O que podemos aprender a partir de experimentos dentro e fora de sala de aula?

Objetivos Motivacao Evidencias Conclusoes Referencias

O que podemos aprender a partir deexperimentos dentro e fora de sala de aula?

Matheus Albergaria de Magalhaes

12 de Abril de 2013

Palestrante: Matheus Albergaria de Magalhaes

Experimentos em Sala de Aula


Objetivos

I Apresentar breve introducao da area de EconomiaExperimental.

I Enfatizar importancia didatica de experimentos em sala deaula.

I Destacar potencial carater diferenciado da universidade para arealizacao de experimentos.




Motivacao

I Minha meta hoje: demonstrar que experimentos podemrepresentar importante recurso didatico na atualidade, tantodentro quanto fora de sala de aula.

I Possibilidades:

1. Mudar a forma como ensinamos alunos de graduacao emcursos de Ciencias Sociais Aplicadas.

2. Transformar processo de aprendizagem em atividade dinamica,participativa e divertida.




Evidencias

I Dois tipos basicos de experimentos:

1. Experimentos de Laboratorio (Lab Experiments): simulacao desituacoes em ambiente controlado envolvendo estudantesuniversitarios.

2. Experimentos de Campo (Field Experiments): testes de teoriasselecionadas a partir da observacao de comportamentosespecıficos em ambientes reais.




Evidencias

Experimentos de Laboratorio Experimentos de Campo




Evidencias

I Experimentos de laboratorio e campo podem ser vistos comoabordagens complementares (Levitt e List 2008; Kagel 2009).

I De fato, metodologia experimental pode ser vista comocomplementar a analises estatısticas, econometricas,historicas, etc. (List 2012).

I Em algumas areas da economia (e.g., Teoria dos Jogos;Economia do Setor Publico), metodo experimental vem sendoamplamente utilizado.

I Em outras (e.g., Macroeconomia, Financas), aceitacao aindanao e completa.




Evidencias

I Areas de Economia Experimental e Economia Comportamentalvem ganhando crescente destaque nas ultimas decadas.

I Atualmente, experimentos sao utilizados com fins didaticos,academicos e de polıtica economica.

I Exemplos recentes focam em distintos temas, indo deexperimentos com animais ate praticas de corrupcao,passando por esportes.




Evidencias

Keith Chen (Yale): Macacos




Evidencias

Ben Olken (M.I.T.): Corrupcao




Evidencias

John List (Chicago): Figurinhas de Beisebol




Evidencias

I Tres razoes basicas para economistas utilizarem experimentoshoje (Duffy 2011):

1. Melhorar teoria economica.

2. Buscar novos fatos (dados a frente da teoria).

3. Influenciar formuladores de polıtica economica.




Evidencias

I Existem evidencias apontando para vantagens na utilizacao deexperimentos como recursos didaticos (Duffy 2008).

I Aprendizado de novos conceitos economicos tende a sersignificativamente melhor em cursos introdutorios.

I Estudantes tem melhor desempenho em provas envolvendoquestoes relacionadas a experimentos realizados em sala deaula.

I Ainda assim, ocorrem diferencas entre alunos em termos dedesempenho em provas e exames.




Evidencias

I Questao: a medida em que abordagem experimental fica cadavez mais comum em Economia, por que nao utiliza-la em salade aula?

I De fato, o experimento que realizamos hoje testa umcomportamento especıfico.

I Experimento voltado para comportamentos oportunistas.

I Ha situacoes onde indivıduos querem usufruir dos benefıciosconjuntos de um bem sem ter de arcar com custos individuaisassociados.




Evidencias

I Bens Publicos Puros: nao rivais e nao-excludentes.

I Exemplos Classicos: farol marıtimo, seguranca nacional(Stiglitz 2000, cap.6).

I Outros Exemplos: metro, vias urbanas, Parque do Ibirapuera,etc.

I Como, em muitos casos, iniciativa privada nao tem incentivospara prover bens publicos, esta acaba sendo uma justificativapara intervencao governamental na economia.




Evidencias

I Problema: provisao de bens publicos exige que sociedadecontribua para seu financiamento.

I Questionamento em nıvel individual: ”por que eu deveriacontribuir se o bem sera ofertado de qualquer maneira?”.

I Em situacoes assim, pessoas tem incentivos a agir comofree-riders (”caronas”).




Evidencias

I Insight: podemos testar a ocorrencia deste tipo decomportamento em um ambiente controlado.

I No caso, vamos simular uma situacao onde indivıduos tenhama oportunidade de contribuir voluntariamente para a provisaode um bem publico.

I Como fazer isto?

I Acabamos de faze-lo a partir de nosso experimento inicial.




Evidencias

I Indice Free Rider (IFR) (Leuthold 1993):

IFR = (Investimento no Ativo A)/R$100

I Detalhe: IFR varia entre 0 e 1.

I Quanto mais proximo de 1, maior a ocorrencia decomportamentos do tipo free rider (”carona”).

I Vamos analisar resultados do mesmo experimento, emboraaplicado a outra turma de graduacao (curso de Economia).




Evidencias

I Resultados do Experimento:

1. IFR Medio: 0,57.

2. IFR Mediano: 0,60.

3. Moda (IFR): 1,00.

I Conclusao: maior parte da turma exibiu comportamento freerider.




Evidencias

Resultados: Idade

Notas: Idade (Eixo Horizontal); IFR (Eixo Vertical).




Evidencias

Resultados: Sexo




Evidencias

Resultados: Educacao




Evidencias

Resultados: Orientacao Polıtica




Conclusoes

I Nosso experimento de hoje disse muito sobre comportamentohumano.

I Adicionalmente, nos permitiu aprender conceitos economicosespecıficos em um dado intervalo de tempo.

I Mas, ainda ha diversas possibilidades relacionadas a utilizacaode experimentos na universidade.




Conclusoes

I Possibilidades:

1. Realizar experimentos relacionados a outros conceitoseconomicos (e.g., mercados, leiloes, votacao, etc.).

2. Fazer experimentos de campo (field experiments),aproveitando vantagens estrategicas da universidade (e.g.,biblioteca, cantina, etc.).

3. Convocar profissionais de distintas areas (e.g., ex-alunos,CEOs, etc.) para participar de experimentos.




Conclusoes

I Experimentos possuem clara funcao didatica.

I De fato, podemos aprender muito com experimentos (dentroe fora de sala de aula).

I Nos proximos anos, aprendizado podera ser mais ativo edivertido, tanto para alunos quanto professores.




Referencias

ANDREONI, J. Why free ride? Strategies and learning in public goods

experiments. Journal of Public Economics, v.37, n.3, p.291-304,

Dec.1988.

DUFFY, J. Experimental economics in the classroom. 2008 Teaching

Economics Conference. Robert Morris University, 2008.

DUFFY, J. Introduction to experimental economics. Why experiment?

Economics 2200 Lecture Notes, University of Pittsburgh, 2011.

FRECHETTE, G.R. Laboratory experiments: professionals versus

students. New YorkUniversity, manuscrito, 2010.




Referencias

KAGEL, J.H. Laboratory experiments. The Ohio State University,

manuscrito, 2009.

LEUTHOLD, J.H. A free rider experiment for the large class. Journal of

Economic Education, v.24, n.3, p.353-363, 1993.

LEVITT, S.D.; LIST, J.A. Homo Economicus evolves. Science, v.319,

Feb 2008, p.909-910.

LIST, J.A. Why economists should conduct field experiments and 14 tips

for pulling one off. Journal of Economic Perspectives, v.25, n.3, p.3-16,

Summer 2011.




Obrigado!

Matheus Albergaria de Magalhaes

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