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09 DRE de Santa Maria – Compromisso com a Educação de Excelência Parceria da Paranoarte com o Concerto Cultural Brasileiro Rede Solidária de Arte- sanato, Paranoarte é bas- tante conhecida por quem trabalha com moda em Brasília. Peças da ONG já foram mostra- Renomado Grupo de Dança paixonante, forte e re- levante, o Urban Bush Wo- men (UBW) é uma com- panhia de dança formada em 1984 pela coreógrafa de Verão na Área de Liderança, a companhia une-se a grupos e artistas locais, bem como a cidadãos comuns, para dar voz e transformar em belíssimas apresentações as histórias não-contadas ou contadas em circuitos menores. Jawole Willa Jo Zollar fundou o UBW em 1984, depois de estudar com importantes dançarinos como Joseph Stevenson, Katherine Dunham e Dianne McIntyre. Ela possui bacharelado em dança pela Universidade de Missouri – Cidade do Kansas, e mestrado em dança pela Universidade Estadual da Flórida. Além dos 32 trabalhos para o UBW, Zollar criou também coreografias para a companhia norte-americana Alvin Ailey, o Ballet Arizona, o Philadanco, a Universidade de Maryland, a Univer- sidade da Flórida, a Companhia de Dança Contemporânea Dayton, além de vários outros. Ela é professora-titular de dança da Universidade Estadual da Flórida e possui um doutorado-honorário da Faculdade Columbia, em Chicago. Amplamente conhecida e respeitada, Zollar já recebeu vários prêmios impor- tantes, dentre eles o título de United States Artists Wynn Fellow em 2008 e, em 2009, uma bolsa do John Simon Gug- genheim. A Jawole Willa Jo Zollar visando explorar o uso da expressão cultural como catalizadora de mudança social. O UBW mescla dança contemporânea com música e texto para iluminar a história, a cultura e as tradições espirituais dos Afro- Americanos e da Diáspora Africana. Buscando a força e a solidariedade umas das outras, esse grupo composto exclu- sivamente por mulheres celebra as raízes africanas, ao mesmo tempo em que expande seus horizontes além de suas próprias perspectivas. As apresentações do UBW são elétricas e inspiradoras, e a coreografia criteriosa da Sra. Zollar comunica-se com uma incrível força e poder. Baseada na cidade de Nova York, o UBW já excursionou extensivamente por várias partes dos Estados Unidos, Ásia, Austrália, Europa e América do Sul. Além disso, a companhia já colaborou com artistas das mais diversas áreas, dentre eles o jazzista David Murray, os poetas Laurie Carlos e Carl Hancock Rux, os diretores Steve Kent e Elizabeth Herron, a Companhia Nacional de Música e Dança de Moçambique e, mais recentemente, a aclamada Companhia Jant-Bi do Senegal, dirigida por Gemaine Acogny. Extensivamente premiada, o UBW possui um repertório composto por 32 trabalhos. O UBW é também bastante engajado em programas de responsabilidade so- cial, encorajando atividades culturais como parte inerente da vida em comunidade. Por meio do seu Programa Vivo Park Fashion, em novembro do ano passado. De acordo com Vanessa, os modelos começarão a ser desenvolvidos a partir do mês de vem e o conceito ainda não foi definido. A importância dos desfiles A Paranoarte é uma ONG que, há seis anos, dá suporte a grupos de artesãs em várias regiões do DF, como Santa Maria, Paranoá, Lago Azul, Itapoá e Recanto das Emas. Essas cooperativas trabalham com o bordado, tecelagem, confecção de tapetes ou produção de artigos para decoração com reaproveitamento de jornal. O objetivo é oferecer capacitação às artesãs, ajudar na comercialização dos produtos e levá-los para a passarela. De acordo com Helenice Bastos, os desfiles não ajudaram muito a aumentar a venda dos produtos. “No primeiro desfile, há cinco anos, houve um aumento nas vendas, talvez, porque era novidade. Atualmente, os desfiles servem mais para dar visibilidade ao trabalho das artesãs e para mantê-las em contato com o mundo da moda, o que é muito importante”, complementa. A Paranoarte estava escalada para desfilar no ParkFashion 2009, que aconteceu entre os dias 16 e 20 de março, mas não participou do evento. “Nós não fomos chamadas com uma antecedência mínima para preparar uma coleção. E como o nosso trabalho não está só focado na moda, não tivemos tempo”, explica Helenice. Brasília, de nossas luzes, de nossas cores, de nossos sóis, de nossos céus! Que beleza, que beleza! Brasília, de nossos atletas, dos corredores de rua, dos andantes ( com seus cães) A saúde, à saúde! Brasília, das grandes edificações, das obras magnânimas, dos azulejos e jardins Do peso ao sutil. Brasília, das formas, das quadras e prédios iguais, das formalidades O simétrico, a antítese. As culturas diversas, as bocas diversas, vestimentas e gestos O Brasil, resumo do Brasil Brasília das decisões, discussões, do empurra, do sei lá O jeitinho, o jeitinho Capital fabricada, planejada, transportada, revigorada Os operários, os operários Capital das cidades satélites, que se tornam astros A cultura, a cultura Capital da música, da poesia, do teatro, das artes O diverso, o multi Brasília do Nordeste, do Sul, do Norte, do Sudeste O Centro Oeste, o cerrado Brasília aberta! A das no Brasília Fashion Festival e encantaram o público pela qualidade dos bordados. Até então, as integrantes da rede, mulheres de baixa renda de várias cidades-satélites do DF, eram responsáveis somente pelo trabalho manual da coleção. Como muitas não têm noção de corte e costura, as peças eram desenvolvidas por estilistas. A partir deste ano, as artesãs do Paranoarte vão ganhar mais independência. Isso porque, a partir de um convênio firmado entre o Ministério de Ciência e Tecno- logia e o Movimento Integrado de Saúde Comunitária do DF, integrantes da ONG vão fazer curso de corte e costura e modelagem, além de ter aulas de costura lonas plásticas reaproveitados de banners, que podem ser usados em acessórios. O projeto foi viabilizado por uma emenda parlamentar apresentada pelo deputado federal Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). As aulas são ministradas por professores do SENAI, no Instituto Cultural, Educacional e Profissionalizante de Pessoas com Deficiência do Brasil – ICEP-Brasil, que cedeu o local no SIA e as máquinas de costura. Para o primeiro semestre, já foram montadas duas turmas de 15 alunas cada. Serão mais duas turmas semestre que vem. A idéia é que, depois do curso, aquelas que passaram pelas aulas ensinem a outras com- panheiras. O curso, além de capacitar profis- sionalmente as artesãs, é uma resposta à falta de costureiras em Brasília. “Muitos estilistas reclamam que existe pouca mão- de-obra qualificada no DF”, diz Helenice Bastos, coordenadora da Paranoarte. O projeto também vai emancipar essas mulheres para fazerem suas próprias peças e ganhar seu próprio dinheiro. “O artesanato puro não funciona na moda. Só se vier agregado a alguma peça. Muitas mulheres que já trabalharam com estilistas reclamam que não sentem seus trabalhos valorizados”, conta Helenice. A partir do curso, as artesãs vão criar uma coleção, supervisionadas pela arquiteta Vanessa Mattos, que já ajudou a ONG com orientações para a coleção primavera-verão 2009, apresentada no Brasília Aberta

O reg 09

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09DRE de Santa Maria – Compromisso com a Educação de Excelência

Parceria da Paranoarte com oConcerto Cultural Brasileiro

Rede Solidária de Arte-sanato, Paranoarte é bas-tante conhecida por quemtrabalha com moda emBrasília. Peças da ONG jáforam mostra-

Renomado Grupo de Dançapaixonante, forte e re-levante, o Urban Bush Wo-men (UBW) é uma com-panhia de dança formada em1984 pela coreógrafa

de Verão na Área de Liderança, acompanhia une-se a grupos e artistaslocais, bem como a cidadãos comuns,para dar voz e transformar em belíssimasapresentações as histórias não-contadasou contadas em circuitos menores.

Jawole Willa Jo Zollar fundou o UBWem 1984, depois de estudar comimportantes dançarinos como JosephStevenson, Katherine Dunham e DianneMcIntyre. Ela possui bacharelado emdança pela Universidade de Missouri –Cidade do Kansas, e mestrado em dançapela Universidade Estadual da Flórida.Além dos 32 trabalhos para o UBW,Zollar criou também coreografias para acompanhia norte-americana Alvin Ailey,o Ballet Arizona, o Philadanco, aUniversidade de Maryland, a Univer-sidade da Flórida, a Companhia de DançaContemporânea Dayton, além de váriosoutros. Ela é professora-titular de dançada Universidade Estadual da Flórida epossui um doutorado-honorário daFaculdade Columbia, em Chicago.Amplamente conhecida e respeitada,Zollar já recebeu vários prêmios impor-tantes, dentre eles o título de United StatesArtists Wynn Fellow em 2008 e, em2009, uma bolsa do John Simon Gug-genheim.

AJawole Willa Jo Zollar visando exploraro uso da expressão cultural comocatalizadora de mudança social. O UBWmescla dança contemporânea commúsica e texto para iluminar a história, acultura e as tradições espirituais dos Afro-Americanos e da Diáspora Africana.Buscando a força e a solidariedade umasdas outras, esse grupo composto exclu-sivamente por mulheres celebra as raízesafricanas, ao mesmo tempo em queexpande seus horizontes além de suaspróprias perspectivas. As apresentaçõesdo UBW são elétricas e inspiradoras, e acoreografia criteriosa da Sra. Zollarcomunica-se com uma incrível força epoder.

Baseada na cidade de Nova York, oUBW já excursionou extensivamente porvárias partes dos Estados Unidos, Ásia,Austrália, Europa e América do Sul.Além disso, a companhia já colaboroucom artistas das mais diversas áreas,dentre eles o jazzista David Murray, ospoetas Laurie Carlos e Carl HancockRux, os diretores Steve Kent e ElizabethHerron, a Companhia Nacional deMúsica e Dança de Moçambique e, maisrecentemente, a aclamada CompanhiaJant-Bi do Senegal, dirigida por GemaineAcogny. Extensivamente premiada, oUBW possui um repertório composto por32 trabalhos.

O UBW é também bastante engajadoem programas de responsabilidade so-cial, encorajando atividades culturaiscomo parte inerente da vida emcomunidade. Por meio do seu Programa

Vivo Park Fashion, em novembro do anopassado. De acordo com Vanessa, osmodelos começarão a ser desenvolvidosa partir do mês de vem e o conceito aindanão foi definido.

A importância dos desfilesA Paranoarte é uma ONG que, há seisanos, dá suporte a grupos de artesãs emvárias regiões do DF, como Santa Maria,Paranoá, Lago Azul, Itapoá e Recanto dasEmas. Essas cooperativas trabalham como bordado, tecelagem, confecção detapetes ou produção de artigos paradecoração com reaproveitamento dejornal. O objetivo é oferecer capacitaçãoàs artesãs, ajudar na comercialização dosprodutos e levá-los para a passarela.

De acordo com Helenice Bastos, osdesfiles não ajudaram muito aaumentar a venda dos produtos. “Noprimeiro desfile, há cinco anos, houveum aumento nas vendas, talvez,porque era novidade. Atualmente, osdesfiles servem mais para darvisibilidade ao trabalho das artesãs epara mantê-las em contato com omundo da moda, o que é muitoimportante”, complementa.

A Paranoarte estava escalada paradesfilar no ParkFashion 2009, queaconteceu entre os dias 16 e 20 demarço, mas não participou do evento.“Nós não fomos chamadas com umaantecedência mínima para prepararuma coleção. E como o nosso trabalhonão está só focado na moda, nãotivemos tempo”, explica Helenice.

Brasília, de nossas luzes, de nossas cores, de nossos sóis, de nossos céus!Que beleza, que beleza!Brasília, de nossos atletas, dos corredores de rua, dos andantes ( com seus cães)A saúde, à saúde!Brasília, das grandes edificações, das obras magnânimas, dos azulejos e jardinsDo peso ao sutil.Brasília, das formas, das quadras e prédios iguais, das formalidadesO simétrico, a antítese.As culturas diversas, as bocas diversas, vestimentas e gestosO Brasil, resumo do BrasilBrasília das decisões, discussões, do empurra, do sei láO jeitinho, o jeitinhoCapital fabricada, planejada, transportada, revigoradaOs operários, os operáriosCapital das cidades satélites, que se tornam astrosA cultura, a culturaCapital da música, da poesia, do teatro, das artesO diverso, o multiBrasília do Nordeste, do Sul, do Norte, do SudesteO Centro Oeste, o cerradoBrasília aberta!

Adas no Brasília Fashion Festivale encantaram o público pelaqualidade dos bordados. Atéentão, as integrantes da rede,mulheres de baixa renda devárias cidades-satélites do DF,eram responsáveis somentepelo trabalho manual dacoleção. Como muitas não têmnoção de corte e costura, aspeças eram desenvolvidas porestilistas.

A partir deste ano, asartesãs do Paranoarte vãoganhar mais independência.Isso porque, a partir de umconvênio firmado entre oMinistério de Ciência e Tecno-logia e o Movimento Integradode Saúde Comunitária do DF,integrantes da ONG vão fazercurso de corte e costura emodelagem, além de ter aulasde costura lonas plásticasreaproveitados de banners,que podem ser usados em acessórios.

O projeto foi viabilizado por umaemenda parlamentar apresentada pelodeputado federal Rodrigo Rollemberg(PSB-DF). As aulas são ministradas porprofessores do SENAI, no InstitutoCultural, Educacional e Profissionalizantede Pessoas com Deficiência do Brasil –ICEP-Brasil, que cedeu o local no SIA eas máquinas de costura. Para o primeirosemestre, já foram montadas duas turmasde 15 alunas cada. Serão mais duasturmas semestre que vem. A idéia é que,depois do curso, aquelas que passarampelas aulas ensinem a outras com-panheiras.

O curso, além de capacitar profis-sionalmente as artesãs, é uma resposta àfalta de costureiras em Brasília. “Muitosestilistas reclamam que existe pouca mão-de-obra qualificada no DF”, diz HeleniceBastos, coordenadora da Paranoarte. Oprojeto também vai emancipar essasmulheres para fazerem suas própriaspeças e ganhar seu próprio dinheiro. “Oartesanato puro não funciona na moda.Só se vier agregado a alguma peça.Muitas mulheres que já trabalharam comestilistas reclamam que não sentem seustrabalhos valorizados”, conta Helenice.

A partir do curso, as artesãs vão criaruma coleção, supervisionadas pelaarquiteta Vanessa Mattos, que já ajudoua ONG com orientações para a coleçãoprimavera-verão 2009, apresentada no

Brasília Aberta