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Powerpoint construído a patir do texto integral "O soldado João" de Luísa Ducla Soares.
2. Era uma vez um soldado chamado Joo. Beatriz Tejo 3. Vinha de sachar milho, de regar cravos, de semear couves e manjericos. Dbora Varela 4. Pelos campos fora, o soldado Joo era a vergonha dos batalhes.Agora, toca a marchar, de espingarda ao ombro, mochila s costas, botas de cano, farda a rigor. Joo Fanha 5. Trazia uma flor ao peito, punha as mos nas algibeiras, coava o nariz, no acertava o passo.Joo Grade 6. E, para cmulo, assobiava ou cantava modinhas da sua aldeia. Bem lhe ralhava o sargento, o ameaava o capito, o castigava o general. Joo Francisquinho 7. O soldado Joo continuava a marchar, feliz e desengonado como se fosse feira comprar gado ou ao mercado vender feijo. Leonor Oliveira 8. Mas tanto, tanto marchou o soldado Joo que chegou terra da guerra. Todos os soldados carregaram as espingardas e fizeram pontaria. Madalena Carvalho 9. Mas o soldado Joo achou indelicado no ir cumprimentar os colegas da outra banda. Ento os outros soldados, espantados, estenderam tambm a mo. Pousou a arma, saltou a trincheira, avanou estendendo a mo. Beatriz Grades 10. - Fogo! - gritava o sargento. - Disparem! - mandava o capito. - Atirem! - ordenava o general. Maria Amado 11. Mas os soldados eram tantos que demorava muito tempo cumpriment-los.Madalena Gies 12. Foi o sargento buscar o soldado Joo, dizendo: - Rapaz, no te lembras de que te ensinei que a guerra para matar? - Vou pr-te a corneteiro, j que no tens jeito para atirador. Maria Mira 13. O soldado Joo pegou na corneta, ei-lo a soprar e logo o fandango ecoou pelos campos fora, convidando dana. Miguel Quintas 14. Sapateava a tropa, rodopiava, batia palmas. Miriam Ponte 15. - Parem! - ordenava o general. - Basta! - mandava o capito. - Alto! - gritava o sargento. Patrcia Ramos 16. Arrancou o sargento a corneta ao soldado Joo e, zangado, explodiu:- Vais para cozinheiro do exrcito. Ao menos a no empatars a guerra. Pedro Silva 17. Mal chegou cozinha, foi buscar caf. Arrastava pelas fileiras, fumegando, o enorme panelo, apetitoso, perfumado. Aproximava-se de cada soldado, tirava-lhe o capacete, para fazer de malga,despejava-lhe uma concha de caf. Pedro Passareiro 18. Amigos e inimigos, todos se deliciavam com to inesperado pequeno-almoo. Rita Dias 19. - Ao vosso lugar! - gritava o sargento. - A postos! - mandava o capito. - Perfilar! - ordenava o general. Rodrigo Alves 20. - J no s atirador, nem corneteiro, nem cozinheiro. Daqui por diante s enfermeiro militar. Tiraram a panela ao soldado Joo, enrolaram-no numa bandeira da cruz vermelha, dizendo: Tiago Tavares 21. Mal se viu na nova funo, ei-lo a correr procura de feridos. Viu um tenente com um olho negro e foi trat-lo. Toms Cardoso 22. Viu um furriel com uma picada de abelha e num instante lhe arrancou o ferro. Viu um tenente com um olho negro e foi trat-lo. Vasco Pereira 23. Notou que os dois generais inimigos coxeavam ligeiramente, descalou-lhes as botas e ps-se a tirar-lhes os calos. Vasco Candeias 24. Ento o incrvel aconteceu.Os dois generais levantaram-se ao mesmo tempo e condecoraram-no com duas luzentes medalhas de ouro. Como era de noite, acharam que j passara o tempo da guerra, apertaram as mos e partiram em paz. Guilherme Coelho 25. O soldado Joo sete dias andou at chegar sua aldeola, onde de novo sacha milho, rega cravos, semeia couves e manjericos. Joo Silva FIM