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Ontologia e Metafísica Vitor Vieira Vasconcelos Processo seletivo de professor substituto Departamento de Filosofia Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT 18 Novembro de 2015 1

Ontologia e metafísica apresentação e plano de aula

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Page 1: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Ontologia e MetafísicaVitor Vieira Vasconcelos

Processo seletivo de professor substituto

Departamento de Filosofia

Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT

18 Novembro de 2015 1

Page 2: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Conteúdo• O que a Ontologia e a Metafísica investigam?

• Parmênides – Da Natureza

• Contraposição Platão X Aristóteles

• Metafísica de Aristóteles

• Filosofia Medieval

• Realismo X Nominalismo

• Prova Ontológica de Deus

• Kant – Crítica da Razão Pura

• Neopositivismo – Eliminação da Metafísica

• Heidegger – Ontologia e Conhecimento

• Uso da ontologia na Ciência da Informação2

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Metafísica

• Andronicos de Rodes (1 A.C) - expressão grega “tàmetàtà physiká” para referir-se às "[obras] depois da física" [de Aristóteles]

• Consolidação da semântica“metaphysika” durante a Idade Média

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Ontologia

• Separação entre:• Ontológico: ser em geral, sua razão, seu

logos• Ôntico: ente, tomado determinadamente,

como manifestação sensível do ser.

• Metafísica como• Categoria geral

• Ontologia

• Cosmologia• Teologia

VAN INWAGEN, P.; SULLIVAN, M., Metaphysics. In: The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Spring 2015 Edition), Edward N. Zalta (ed.)

• Do grego óntos ("ser“) + logia (“conhecimento”)• Jacob Loard, Ogdoas Scholastica, 1606

• “A tarefa da ontologia é o conhecimento do ser dos entes e a explicação do próprio ser” (Heidegger, Ser e Tempo, §7)

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O que se investiga na Metafísica e Ontologia?

• Há um sentido último para a existência do mundo?

• A organização do mundo é necessariamente essa com que deparamos, ou seriam possíveis outros mundos?

• Existe um Deus? Se existe, como podemos conhecê-lo?

Adaptação de “A Criação de Adão”, de Michelangelo, 15115

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O que se investiga na Metafísica e Ontologia?

• O que é uma coisa (ente, objeto)?

• As coisas estão em permanente mudança ou permanecem idênticas?

• Em que categorias podemos agrupar as coisasexistentes?

• Quais são as formas de ser?

• Como as propriedades de um objeto se relacionam com esse objeto?

• Quais propriedades são essenciais ou acidentais a um objeto?

• Quando um objeto deixa de existir?

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Essência Existência

Substância Acidente

Universais Particulares

Objetosconcretos

Objetosabstratos

Monismo Dualismo

Idealismo Materialismo

Dicotomiasontológicas

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Parmênides

• Três vias da indagação:• O que é: unidade e imutabilidade do Ser

• O que não é: não conhecível

• A opinião dos mortais: empírica, mutável, ilusão

• A sensação não consegue levar à verdade

SANTOS, J. T. Parmênides: da natureza. São Paulo: Loyola. 2009.

(530 a.c. – 460 a.c.)

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Contraposição Platão e Aristóteles

• Platão• Mundo das

Ideias(essências)

Escola de Atenas. Rafael. 1510.

• Aristóteles• A essência está

nas própriascoisas

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Filosofia Primeira de Aristóteles

• Metafisica, IV, 1, Aristóteles:

“Há uma ciência que estuda o Ser enquanto ser, e seus atributos essenciais. Ela não se confunde com nenhuma das outras ciências chamadas particulares, pois nenhuma delas considera o Ser em geral, enquanto ser, mas, recortando uma certa parte do ser [...].”

• Os apectos de investigação da Metafísica(Filosofia Primeira) não são acessíveis pelossentidos (pois senão fariam parte da Física).

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As 4 causas

• Discutidas na Metafísica e na Física• Causa formal – mudança na forma de um objeto

• Causa material – o material que está sendo mudado• A madeira em uma mesa, o bronze em uma estátua.

• Causa eficiente – agente externo alterando o objeto• Carpinteiro fazendo uma mesa, pais concebendo filhos

• Causa final – finalidade ou função de um objeto• Para a semente, virar planta; para o marinheiro, velejar.

Metafisica, V, 2, Aristóteles

ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. por Vincenzo Cocco e notas de Joaquim de Carvalho.

São Paulo: Abril Cultural, 1993. (Col. Os Pensadores). I, 3, 983ª 25-32, 11

Page 12: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

As 4 causas Metafisica, V, 2, Aristóteles

Causa Formal

Causa Eficiente

Causa Material

CausaFinal

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Page 13: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

A Causa Final

• Cada coisa tende a um fim – concepção teleológica da Natureza

• O objeto move-se e transforma-se, procurando a perfeição

• A perfeição só se realiza na medida em que ele cumpre a função para o qual foi designado em essência

• Conexão com a Ética: o ser humano tem como finalidade intrínseca buscar sua própria felicidade.

BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar Ltda, 1997.13

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O PrimeiroMotor Imóvel

Metafísica, XII (Lambda)

CausaNão-Causada

causa

causacausacausa

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O PrimeiroMotor Imóvel

• É a primeira causa eficiente: o agente da primeiramudança

• É a primeira causa final: perfeição a que todos osobjetos tendem em última instância

• Deus?

• Apropriação por Tomás de Aquino (Suma Teológica)• Prova quíntupla da existência de deus: o primeiro motor

imóvel, primeira causa eficiente, criador racional, absolutamente perfeito, ser absolutamente necessário.

Metafísica, XII (Lambda)

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As 10 Categorias de Aristóteles

• Substância: essência (não é matéria)• Quantitade: número e extensão (discreto/contínuo)• Qualificação: adjetivos (cor, sabor)• Relação: entre objetos (mestre, maior, metade)• Onde: local no espaço• Quando: tempo• Posição: deitado, sentado• Condição: armado, calçado• Ação: o objeto agindo sobre um outro objeto• Afetação: o objeto sendo afetado por um outro objeto

ARISTOTLE. "Categories". In Barnes, Jonathan. The Complete Works of Aristotle, 2 vols. Transl. J. L. Ackrill. Princeton: Princeton University Press. 1995. pp. 3–24. 16

Page 17: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

RealismoGuilherme de Champeaux (1070-1120)

• Algo de regular existena natureza e podemosabstrair com palavras

• Os substantivos se referem a objetos reais.

• Ex: Sociedade = conjunto dos homens

NominalismoRoscelino (1050-1120)

• Os conceitos universaissão criações do intelectoe não têm existência fora da mente

• Os substantivos nemsempre se referem a objetos.

• Ex: Geometria: estudodas formas – não é um objeto específico no mundo

CAMERON, M. What's in a Name? Students of William of Champeaux on the Vox Significativa,

Bochumer Philosophisches Jahrbuch fur Antike und Mittelalter 9, 2004, pp. 93–114. 17

Page 18: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

A prova ontológica de Deus

• Anselmo de Cantuária (Proslogion, 1078):• A maior coisa que a mente humana pode conceber.

Pense na maiorcoisa possível

Agora imagine queessa coisa não existe

Poderia ser maior,não é?

Então, se você pensar em algo assimtão grande, ele tem que existir!

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Page 19: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

A prova ontológica de Deus

• Anselmo de Cantuária (Proslogion, 1078):• A maior coisa que a mente humana pode conceber.

• Descartes (Meditações, V)• A maior perfeição que a mente humana pode imaginar

• Se ele é perfeito, então tem que existir

• Críticos• Tomás de Aquino (Suma Teológica): o ser humano não é

capaz de entender a natureza de Deus

• Kant (Crítica da Razão Pura): a existência não é necessária para a perfeição

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Page 20: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Kant – Crítica da Razão Pura• Conhecemos os fenômenos sensíveis, e sabemos da

existência do ”noumenon”, mas deste não temos nenhuma experiência sensível (intuição sensível).

Ser(noumenon)

SensaçãoSujeito

(mente/nous)

KANT, I. Crítica da razão pura. [1781]. Tradução J. Rodrigues de Merege. Ed especial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014

• Se não podemos conhecer o Ser (noumenon), não podemosresponder às perguntas da Metafísica, como a existência de Deus, alma, infinito, entre outros.

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Page 21: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Eliminação da MetafísicaNeopositivismo

• Proposições metafísicas não podem ser provadas por um método de verificação• portanto não são nem verdadeiras nem falsas, mas sim

destituídas de sentido

• Necessidade de identificar e eliminar toda a influência da metafísica no conhecimento humano

• Defesa do conhecimento empiricamente verificávelcomo único válido

CARNAP, R., et al. "A Concepção Científica do Mundo - O Círculo de Viena". In Cadernos de História

e Filosofia da Ciência, n. 10, 1986. 21

Page 22: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Não comprovávelPor verificação empírica

Eliminado!

Eliminação da MetafísicaNeopositivismo

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Page 23: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Heidegger

• O ser humano procura, como objetivo derradeiro, um contato com o mais profundo do universo com o seu próprio Ser.

• Diferenciação entre ser e ente• O ser não pode ser determinado, explicado, definido ou

derivado• A metafísica tradicional tenta caminhar do ente ao ser, e por isso

falha – o ente só leva a outro ente

• Ontologia dentro de uma perspectiva temporal• Recolhimento e reflexãosobre as possibilidades de abordar o ser

ao longo da história da Filosofia

HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. Tradução. Márcia de Sá Cavalcanti, São Paulo: Vozes, 1988 (Vol. I), 1989 (Vol. II)HEIDEGGER, M., & STEIN, E. Que é isto - a filosofia? Identidade e diferença. 1971. 23

Page 24: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Heidegger

• Abordagens:• Ciência e técnica: descreve/domina os entes

esquece o ser

• Poesia (arte): desvela o ser

• Vivência primária: mais próxima ao ser

HEIDEGGER, M. A Origem da Obra de Arte. Lisboa: Edições 70, 1990.

• O ser a partir da revelação (aletheia)• “a verdade é o desvelamento do ente ao

qual se realiza uma abertura”Heidegger, 1979c. Sobre a Essência da Verdade. Conferências e escritos filosóficos. São Paulo: Abril Cultural. p. 127-45.”

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Page 25: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Heideger – A questão da Técnica

• Retoma as 4 causasaristotélicas• O artesão ou criador utiliza as 4

causas para revelar a verdade do objeto que está sendo criado.

HEIDEGGER, M. ed. KRELL, D. F. The Question Concerning Technology. In Basic Writings. New York: Harper & Row, Publishers, 1977.

• Poiésis: trazer algo de alguma coisa.

• Ligação entre a arte e a técnica.

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Page 26: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Sistematização das abordagensontológicas

• Ontologia do Uno• Parmênides, Plotino, Escoto Eurígena, Espinoza

• Ontologia do Ser• Aristóteles, São Tomás de Aquino

• Ontologia do Devir (ou do tempo)• Hegel, Marx, Nietzsche e Heidegger

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Page 27: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Ontologia na Ciência da Informação

• Corpo de conhecimento declarativo sobre um dado domínio, assunto ou área de conhecimento

• Na prática, são• hierarquias de conceitos (classes)

• com suas relações, restrições, axiomas e terminologiaassociada

• Servem para estruturar e compartilharinformações disponíveis sobre um dado domínio

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Page 28: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Exemplos

• Biologia: Taxonomia de espécies

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Page 29: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Geografia

• Mapeamento de cobertura vegetal

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Page 30: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Geografia

• Mapeamento de cobertura vegetal

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Page 31: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Agronomia

• Sistemas de aptidão agrícola

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Page 32: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Questões para a reflexão

• As ontologias da Ciência da Informaçãoseriam mais ônticas do que ontológicas?

• Observação de Thomas Khun• Os diagramas e padronizações moldam os paradigmas

científicos de áreas de saber

• Pode a Filosofia auxiliar a aprimorar a reflexãoontológica na prática das Ciência da Informação?

KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. 7.ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.

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Page 33: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Dúvidas?

Perguntas?

Comentários?

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Page 34: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Bibliografia:ARISTOTLE. Categories. In Barnes, Jonathan. The Complete Works of Aristotle, 2 vols. Transl. J. L. Ackrill. Princeton: Princeton University Press.1995 pp. 3–24.

ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. por Vincenzo Cocco e notas de Joaquim de Carvalho. São Paulo: Abril Cultural, 1993. (Col. Os Pensadores).

BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar Ltda, 1997.

CAMERON, M. What's in a Name? Students of William of Champeaux on the Vox Significativa, Bochumer Philosophisches Jahrbuch fur Antike und Mittelalter 9, 2004, pp. 93–114.

CARNAP, R., et al. "A Concepção Científica do Mundo - O Círculo de Viena". In Cadernos de História e Filosofia da Ciência, n. 10, 1986.

HEIDEGGER, M.. Ser e Tempo. Tradução. Márcia de Sá Cavalcanti, São Paulo: Vozes, 1988 (Vol. I), 1989 (Vol. II)

HEIDEGGER, M. A Origem da Obra de Arte. Lisboa: Edições 70, 1990.

HEIDEGGER, M., & STEIN, E. Que é isto - a filosofia?: Identidade e diferença. 1971.

HEIDEGGER, Martin. ed. KRELL, D. F. The Question Concerning Technology. In Basic Writings. New York: Harper & Row, Publishers, 1977.

KUHN, T., A estrutura das revoluções científicas. 7.ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.

KANT, I. Crítica da razão pura. [1781]. Tradução J. Rodrigues de Merege. Ed especial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014

SANTOS, J. T. Parmênides: da natureza. São Paulo: Loyola. 2009.

VAN INWAGEN, P.; SULLIVAN, M. Metaphysics. In: The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Spring 2015 Edition), Edward N. Zalta (ed.) 34

Page 35: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

Obrigado!

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PLANO DE AULA

Candidato: Vitor Vieira Vasconcelos

Seleção para Professor Substituto de Filosofia

Universidade Estadual do Mato Grosso – UFMT

Ano: 2015

I. Dados de Identificação:

Universidade: UFMT

Disciplina: Filosofia

Ministrante: Vitor Vieira Vasconcelos

Data: 18 de Novembro de 2015

Duração: 40 minutos

II. Tema: Ontologia e Metafísica

- Justificativa: Na Filosofia, “já que procuramos os primeiros princípios e as causas mais

elevadas, é evidente que existe, necessariamente, alguma realidade à qual tais princípios e

causas pertencem, em virtude de sua própria natureza. [...] Eis por que devemos estudar as

causas primeiras do Ser enquanto ser.” (Aristóteles, Metafísica, I)

- Conceito: “A tarefa da ontologia é o conhecimento do ser dos entes e a explicação do próprio

ser” (Heidegger, Ser e Tempo, §7)

IV. Objetivos:

Objetivo geral: Compreender os fundamentos de algumas das principais teorias filosóficas

sobre ontologia e metafísica.

Objetivos específicos:

- Avaliar as propostas de abordagem entre verificação empírica e conhecimento

extrassensível na história da filosofia;

- Compreender como dicotomias ontológicas (essência/existência, ideia/matéria,

universal/particular, etc.) foram discutidas ao longo da história da filosofia;

- Entender algumas das implicações das teorias metafísico-ontológicas sobre os demais

conhecimentos humanos;

- Avaliar a sistematização das teorias apresentadas com relação ao Uno, ao Ser e ao Devir.

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V. Conteúdo:

- O que a Ontologia e a Metafísica investigam?

- Parmênides – Da Natureza

- Contraposição Platão X Aristóteles

- Metafísica de Aristóteles

- Filosofia Medieval

- Realismo X Nominalismo

- Prova Ontológica de Deus

- Kant – Crítica da Razão Pura

- Neopositivismo – Eliminação da Metafísica

- Heidegger – Ontologia e Conhecimento

- Uso da ontologia na Ciência da Informação

VI. Preparação:

Como preparação para a aula, propõe-se que os alunos leiam, em casa, pequenos trechos

(selecionados previamente pelo professor) das obras dos filósofos abordados. Essa leitura

tem como objetivo estimular a curiosidade dos alunos e propiciar o contato direto com os

textos clássicos.

VII. Desenvolvimento:

O conteúdo é ministrado predominantemente de maneira expositiva. Todavia, estimula-se a

interação e diálogo por meio de perguntas e comentários.

VIII. Recursos didáticos: Datashow; plano de aula e slides impressos.

IX. Avaliação:

Como possível avaliação dos conteúdos ministrados, os alunos podem escolher a teoria que

mais se interessaram e realizar um trabalho dirigido. O conteúdo também poderá ser avaliado

por meio de prova somativa junto aos demais conteúdos do curso.

X. Bibliografia:

ARISTOTLE "Categories". In Barnes, Jonathan. The Complete Works of Aristotle, 2 vols.

Transl. J. L. Ackrill. Princeton: Princeton University Press.1995 pp. 3–24.

ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. por Vincenzo Cocco e notas de Joaquim de Carvalho. São

Paulo: Abril Cultural, 1993. (Col. Os Pensadores).

BLACKBURN, S. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar Ltda, 1997.

Page 38: Ontologia e metafísica   apresentação e plano de aula

CAMERON, M. What's in a Name? Students of William of Champeaux on the Vox

Significativa, Bochumer Philosophisches Jahrbuch fur Antike und Mittelalter 9, 2004, pp. 93–

114.

CARNAP, R., et al. A Concepção Científica do Mundo - O Círculo de Viena. In Cadernos de

História e Filosofia da Ciência, n. 10, 1986.

HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. Tradução. Márcia de Sá Cavalcanti, São Paulo: Vozes, 1988

(Vol. I), 1989 (Vol. II)

HEIDEGGER, M. A Origem da Obra de Arte. Lisboa: Edições 70, 1990.

HEIDEGGER, M., & STEIN, E. Que é isto - a filosofia? Identidade e diferença. 1971.

HEIDEGGER, Martin. ed. KRELL, D. F. The Question Concerning Technology. In Basic

Writings. New York: Harper & Row, Publishers, 1977.

KUHN, T., A estrutura das revoluções científicas. 7.ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.

KANT, I. Crítica da razão pura. [1781]. Tradução J. Rodrigues de Merege. Ed especial. Rio

de Janeiro: Nova Fronteira, 2014

SANTOS, J. T. Parmênides: da natureza. São Paulo: Loyola. 2009.

VAN INWAGEN, P.; SULLIVAN, M. Metaphysics. In: The Stanford Encyclopedia of

Philosophy (Spring 2015 Edition), Edward N. Zalta (ed.)