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Os Caminhos da Esquerda levam à Manchester

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Os Caminhos da Esquerda levam à ManchesterQual é a maior ameaça: o terror jihadista ou a “islamofobia?”

por: Robert Spencer para a FrontPage Mag (25/05/2017)tradução: Rodrigo Belinaso Guimarães

Na noite de segunda-feira (22/05/2017), um assassino em massa matou 22 pessoas e feriu59 ao final de uma apresentação de Ariana Grande em Manchester, Inglaterra. O perpetrador eraum homem chamado Salman Ramadan Abedi, cujos amigos o descreviam como um islâmico“devoto” que tinha memorizado todo o Qur'an. Ele era considerado pelas autoridades britânicascomo uma ameaça terrorista e tinha entrado em contato com um recrutador do Estado Islâmico(ISIS).

Eu nunca tinha ouvido falar de Salman Abedi antes dele assassinar aquelas jovens, seusamigos e familiares no show de Ariana Grande. Porém, recentemente, nas minhas palestras naUniversidade Truman State no Missouri, na Universidade de Buffalo, na Faculdade de Gettysburge em um evento na Islândia, eu tratei do sistema de crenças que incita pessoas tais como SalmanAbedi à violência. Eu explorei os modos pelos quais os jihadistas usam os textos e osensinamentos do Islã para justificar a violência e recrutar muçulmanos pacíficos, além depassagens do Qur'an e da lei islâmica que convocam os muçulmanos para entrarem em guerracontra aqueles que não acreditam no Islã.

Entretanto, as três universidades e a imprensa da Islândia trataram minha presença comose Josef Goebbels tivesse dado uma passadinha para uma visita. Uma petição queria que minhaapresentação na Trumam State fosse cancelada, chamando-me de “agitador, conferencistainflamado e islamofóbico descarado,” afirmando que eu tinha “uma agenda de ódio e violência.”Além disso, alegava-se que “permitir a presença de Spencer neste campus é prejudicial àsegurança e ao bem-estar da comunidade acadêmica.” Outros incitavam que eu fosse atacadofisicamente.

Uma petição análoga foi promovida na Universidade de Buffalo: “A palestra de Spencerrepresenta um sério risco pela promoção de atos de violência entre os estudantes do campus.” Umaluno da faculdade de Gettysburg afirmou, sem apresentar nenhuma prova, que meu trabalho temsido “usado como justificativa para crimes de ódio contra muçulmanos nos Estados Unidos.” Aimprensa da Islândia escreveu no mesmo sentido. O Reykjavik Grapevine advertiu: “Conhecidoislamofóbico realizará conferência no Grande Hotel, provavelmente sob protestos.” Depois dedeixar o país, o Observatório da Islândia disse que “o palestrante americano e islamofóbico RobertSpencer… recentemente proferiu uma palestra intitulada ‘ameaça jihadista' em Reykjavik.

Enquanto eu estava lá, muitos repórteres me acusaram de lançar suspeitas injustificadascontra a pequena comunidade muçulmana da Islândia, alertando que os muçulmanos da ilhapoderiam ser atacados por aqueles que fossem despertados pela minha palestra. Praticamente todoo noticiário sobre a minha visita à Islândia, assim como as petições e as notícias sobre a minhaparticipação naquelas três universidades, continha a informação de que o assassino em massanorueguês Anders Breivik me mencionara diversas vezes em seu manifesto. Nenhum deles notouqualquer diferença entre suas crenças e as minhas; o fato de que ele começou a planejar seus atosde violência ainda nos anos 1990, antes que eu publicasse qualquer coisa sobre a ameaça jihadista;o fato de que eu era criticado no mesmo manifesto por não incitar a violência; ou o fato de que eletambém citou muitas pessoas de um amplo espectro ideológico, incluindo Barack Obama, TonyBlair e Condoleezza Rice, que nunca foram questionadas se contribuíram ou não para suadisposição de matar.

A mensagem era contundente e clara: Spencer é uma pessoa perigosa cujo trabalhoameaça a segurança de pessoas inocentes. Ele fala sobre uma ameaça que não existe. Nestemomento, já faz muitas semanas que eu palestrei nestas três instituições acadêmicas e emReykjavik, onde um esquerdista foi incitado a atentar contra minha vida, sem dúvida, pelacobertura perniciosa que eu recebi da mídia na Islândia, envenenando-me. Neste período, algummuçulmano em Truman State, na Universidade de Buffalo, na Faculdade de Gettysburg ou em

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qualquer lugar da Islândia que brutalizado por aqueles que me ouviram falar? Não. Há algummuçulmano em qualquer lugar sendo morto por um “islamofóbico?” Não. Porém, 22 pessoasforam mortas na Inglaterra pelas mãos de um homem que é a encarnação do que, tal como oObservatório da Islândia publicou, eu chamei de ameaça jihadista. Esta é uma ameaça real ecrescente, como se evidencia nos 30.000 ataques jihadistas ao redor do mundo após o 11 desetembro (2001).

Anders Breivik era um louco, um psicopata que não tem uma visão coerente do mundo.Aqueles que discordam, deveriam tentar considerar o fato de que seus assassinatos“islamofóbicos” foram inspirados em grupos jihadistas como Hamas e al-Qaeda. Ele nãoreivindicou o resultado de sua violência através de uma retórica “islamofóbica.” O fato de que nãohouve nenhum outro assassino “islamofóbico” nem antes nem depois dele é uma evidência distotudo. O que a sua perene notoriedade representa, na verdade, é a avidez com que a esquerda e agrande mídia estigmatiza, demoniza, além disso, marginaliza e silencia aqueles que estãochamando a atenção para o que é uma ameaça real: a jihad islâmica.

No ano passado, houve uma série de ataques de assassinos jihadistas: Orlando, Flórida;Magnanville, França; Würzburg, Alemanha; Ansbach, Alemanha; Rouen, França; Universidade deOhio State; Berlin; e agora em Manchester. Eu listei apenas os ataques na Europa e nos EUA;houve muitos neste período em outros lugares. Nestes que eu listei, 90 pessoas foram mortas,todos por muçulmanos que retiraram as exortações para matar do que está contido no Qur'an e naSunnah.

Ninguém foi vitimado por aqueles que ouviram minhas palestras, em qualquer tempo oulugar. Eu não clamo nem aceito qualquer violência. Ainda que eu esteja seguro de que aquelasinstituições de estudantes brilhantes e a mídia da Islândia foram muito mais hostis a mim do queseriam se um terrorista jihadista fosse libertado de Guantánamo e visitasse esses locais para daruma palestra. Eu fui banido da Inglaterra pelo crime de notar, corretamente, que o Islã possuidoutrinas violentas; enquanto a Inglaterra tem admitido numerosos pregadores da violênciajihadista contra os não-crentes.

Claramente os britânicos, assim com a Universidade de Truman State, a Universidade deBuffalo, a Faculdade Gettysburg e a mídia da Islândia, acreditam que a “ameaça da jihad” éimaginária e a ameaça da “islamofobia” é real. A contagem dos corpos diz o contrário. E caso osestudantes que protestaram por causa da minha presença, o governo da Islândia e a mídia nãoacordarem para esse fato rapidamente, eles descobrirão isto por experiência própria. A estratégiada esquerda em relação a “islamofobia” conduz diretamente para Manchester (local do maisrecente ataque jihadista quando o ensaio foi publicado).

Uma vez que todo inimigo do terror jihadista é demonizado e silenciado, quem falará emresistência? Ninguém, e então a jihad avançará livremente e sem oposição, enquanto que aquelesque poderiam falar permanecem silenciados pelo medo de serem acusados de “islamofóbicos.”