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Os Povos Bárbaros - Os Francos - Prof. Medeiros

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Povos fora das fronteiras (sem cultura greco-romana).

Germânicos – principal grupo (suevos, lombardos, teutônicos, francos, godos, visigodos, ostrogodos, vândalos, burgúndios, anglos, saxões...).

Economia agropastoril.

Comércio pouco desenvolvido e ausência de moeda.

Ausência de escrita.

Politeístas.

Inicialmente sem propriedade privada.

Poder político = guerreiros.

Direito Consuetudinário (tradição).

COMITATUS (laços de dependência entre guerreiros).

Os Povos Bárbaros

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Os Povos Bárbaros Os povos bárbaros eram de origem germânica e habitavam as

regiões norte e nordeste da Europa e noroeste da Ásia, na época do Império Romano.

Viveram em relativa harmonia com os romanos até os séculos IV e V da nossa era. Chegaram até a realizar trocas e comércio com os romanos, através das fronteiras. Muitos germânicos eram contratados para integrarem o poderoso exército romano.

Os romanos usavam a palavra “bárbaros” para todos aqueles que habitavam fora das fronteiras do império e que não falavam a língua oficial dos romanos: o latim.

A convivência pacífica entre esses povos e os romanos durou até o século IV, quando uma horda de hunos pressionou os outros povos bárbaros nas fronteiras do Império Romano. Neste século e no seguinte, o que se viu foi uma invasão, muitas vezes violenta, que acabou por derrubar o Império Romano do Ocidente, 476.

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Os FRANCOS

Um dos povos germânicos (“bárbaros”).

Constituíram um Estado organizado.

Fizeram uma forte

aliança com a

Igreja Católica.

Dinastias:

Merovíngia.

Carolíngia.

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A Dinastia Merovíngia

Clóvis:

Reis indolentes e major domus.

Pepino de Heristal:

Carol Martel:

Neto de Meroveu.

Primeiro líder bárbaro a

“converter-se” ao Cristianismo.

Fundador da dinastia.

Dividiu o reino em condados.

Tornou o cargo de major domus vitalício e hereditário.

Venceu os árabes na Batalha de Poitiers (732) e recebeu o título de “Salvador da Cristandade Ocidental” da Igreja Católica.

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A imagem mostra o Rei Clóvis sendo batizado. Era o início de uma longa união entre a Igreja Católica

e os francos e, posteriormente, os carolíngios.

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Charles de Steuben, Batalha de Poitiers, outubro 732. Óleo sobre tela, pintada entre 1834 e

1837, hoje no Musée du château de Versailles (Museu do Palácio de Versalhes, França).

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A Dinastia Merovíngia (Continuação)

Pepino, o Breve:

Depôs o último rei merovíngio, Childerico III.

Fundou a nova dinastia.

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A Dinastia Carolíngia

Pepino, o Breve:

O fundador da dinastia.

Forte aliado da Igreja Católica.

Doou à Igreja Católica o Patrimônio de São Pedro.

Fortaleceu as relações pessoais de dependência,

através de doações de benefícios aos cavaleiros fiéis.

Pepino estabelece o Patrimônio de São

Pedro, formados por um aglomerado de

territórios, basicamente no centro da península Itálica, que se mantiveram

como um estado independente entre os anos de 756 e 1870, sob a autoridade civil

dos Papas, e cuja capital era Roma.

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A Dinastia Carolíngia (Continuação)

Carlos Magno:

Conquistas territoriais.

Fez do Reino dos Francos a mais extensa unidade administrativa da Europa ocidental.

Forte aliança com a Igreja Católica.

Foi coroado Imperador dos Romanos no natal de 800 pelo Papa Leão III.

Distribuição de títulos de condes, duques e marqueses.

Forte controle sobre a nobreza.

Missi dominici (emissários do senhor).

Renascimento Carolíngio.

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• Além da estabilidade política adquirida na época de Carlos Magno houve também um verdadeiro Renascimento Cultural.

• Os nobres, em geral analfabetos (incluindo o Imperador) foram estimulados a ler e a escrever.

• O Imperador criou escolas para a nobreza (Palatinas) e para o clero (Episcopais), estimulando a educação do Império.

Renascimento Carolíngio.

• Nessa época temos o início das traduções dos monges copistas, principalmente de textos de autores greco-romanos.

• Temos um estímulo a ourivesaria, a fabricação de joias, além do advento das iluminuras, textos seguidos de imagens coloridas em miniatura.

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A Dinastia Carolíngia (Continuação)

Luís, o Piedoso:

Fortemente influenciado pela Igreja Católica.

Um monarca fraco.

Fortalecimento da nobreza e do alto clero.

Novas invasões e pilhagens: os vikings (escandinavos), os sarracenos (piratas muçulmanos) e os magiares (húngaros).

Após sua morte, seus três filhos disputaram o império.

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A Dinastia Carolíngia (Continuação)

O Tratado de Verdun (843):

Foi a divisão do Império Carolíngio entre os netos de Carlos Magno.

Carlos, o Calvo, ficou com a França Ocidental (que deu origem ao Reino da França).

Luís, o Germânico, com a França Oriental (a futura Alemanha).

Lotário, com a França Central, repartida após a sua morte, entre Carlos e Luís.

O Tratado de Verdun (843):

Território de Carlos, o Calvo.

Território de Lotário.

Território de Luís, o Germânico.

Estados Pontifícios.

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Alguma considerações finais A autoridade real esfacelou-se rapidamente.

Condes, duques e marqueses usurparam os poderes reais e passaram a exercê-los em nível local.

Em 877, os domínios, chamados então de feudos, tornaram-se hereditários.

Em 911, o rei Carlos, o Simples, incapaz de deter os ataques vikings, cedeu lhes o ducado da Normandia.

No mesmo ano ocorreu também o fim do ramo germânico dos carolíngios, com a morte de Luís, o Jovem.

Em 987, morreu Luís V, o último soberano carolíngio da França Ocidental. Os aristocratas escolheram Hugo Capeto, Conde de Paris, como rei.

Encerrava-se aí a dinastia carolíngia e tinha início a dinastia feudal por excelência, na França, os capetíngios.

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Introdução Povos fora das fronteiras (sem cultura greco-

romana). Germânicos – principal grupo (suevos,

lombardos, teutônicos, francos, godos, visigodos, ostrogodos, vândalos, burgúndios, anglos, saxões...).

Economia agropastoril. Comércio pouco desenvolvido e ausência de

moeda. Ausência de escrita. Politeístas. Inicialmente sem propriedade privada. Poder político = guerreiros. Direito Consuetudinário (tradição). COMITATUS (laços de dependência entre

guerreiros). Os povos bárbaros eram de origem germânica e

habitavam as regiões norte e nordeste da Europa e noroeste da Ásia, na época do Império Romano.

Viveram em relativa harmonia com os romanos até os séculos IV e V da nossa era. Chegaram até a realizar trocas e comércio com os romanos, através das fronteiras. Muitos germânicos eram contratados para integrarem o poderoso exército romano.

Os romanos usavam a palavra “bárbaros” para todos aqueles que habitavam fora das fronteiras

OS BÁRBAROS

do império e que não falavam a língua oficial dos romanos: o latim. A convivência pacífica entre esses povos e os

romanos durou até o século IV, quando uma horda de hunos pressionou os outros povos bárbaros nas fronteiras do Império Romano. Neste século e no seguinte, o que se viu foi uma invasão, muitas vezes violenta, que acabou por derrubar o Império Romano do Ocidente, 476.

Os FRANCOS Um dos povos germânicos (“bárbaros”). Constituíram um Estado organizado. Fizeram uma forte aliança com a Igreja Católica. Dinastias: Merovíngia e Carolíngia. A Dinastia Merovíngia Clóvis: Neto de Meroveu; Primeiro líder bárbaro

a “converter-se” ao Cristianismo; Fundador da dinastia; Dividiu o reino em condados.

Reis indolentes e major domus. Pepino de Heristal: Tornou o cargo de major

domus vitalício e hereditário. Carol Martel: Venceu os árabes na Batalha de

Poitiers (732) e recebeu o título de “Salvador da Cristandade Ocidental” da Igreja Católica.

Pepino, o Breve: Depôs o último rei merovíngio, Childerico III; Fundou a nova dinastia.

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A Dinastia Carolíngia Pepino, o Breve: O fundador da dinastia; Forte

aliado da Igreja Católica; Doou à Igreja Católica o Patrimônio de São Pedro; Fortaleceu as relações pessoais de dependência, através de doações de benefícios aos cavaleiros fiéis.

Carlos Magno: Conquistas territoriais; Fez do Reino dos Francos a mais extensa unidade administrativa da Europa ocidental; Forte aliança com a Igreja Católica; Foi coroado Imperador dos Romanos no natal de 800 pelo Papa Leão III; Distribuição de títulos de condes, duques e marqueses; Forte controle sobre a nobreza; Missi dominici (emissários do senhor); Renascimento Carolíngio.

Além da estabilidade política adquirida na época de Carlos Magno houve também um verdadeiro Renascimento Cultural. Os nobres, em geral analfabetos (incluindo o Imperador) foram estimulados a ler e a escrever. O Imperador criou escolas para a nobreza (Palatinas) e para o clero (Episcopais), estimulando a educação do Império. Nessa época temos o início das traduções dos monges copistas, principalmente de textos de autores greco-romanos. Temos um estímulo a ourivesaria, a fabricação de joias, além do advento das iluminuras, textos seguidos de imagens coloridas em miniatura.

OS BÁRBAROS (Continuação)

Luís, o Piedoso: Fortemente influenciado pela Igreja Católica; Um monarca fraco; Fortalecimento da nobreza e do alto clero; Novas invasões e pilhagens: os vikings (escandinavos), os sarracenos (piratas muçulmanos) e os magiares (húngaros); Após sua morte, seus três filhos disputaram o império.

O Tratado de Verdun (843): Foi a divisão do Império Carolíngio entre os netos de Carlos Magno.

Carlos, o Calvo, ficou com a França Ocidental (que deu origem ao Reino da França).

Luís, o Germânico, com a França Oriental (a futura Alemanha).

Lotário, com a França Central, repartida após a sua morte, entre Carlos e Luís.

Alguma considerações finais A autoridade real esfacelou-se rapidamente. Condes, duques e marqueses usurparam os poderes

reais e passaram a exercê-los em nível local. Em 877, os domínios, chamados então de feudos,

tornaram-se hereditários. Em 911, o rei Carlos, o Simples, incapaz de deter os

ataques vikings, cedeu lhes o ducado da Normandia. No mesmo ano ocorreu também o fim do ramo

germânico dos carolíngios, com a morte de Luís, o Jovem.

Em 987, morreu Luís V, o último soberano carolíngio da França Ocidental. Os aristocratas escolheram Hugo Capeto, Conde de Paris, como rei.

Encerrava-se aí a dinastia carolíngia e tinha início a dinastia feudal por excelência, na França, os capetíngios.