11
Rosimeire Hilário – 911105902 Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho apresentado ao Curso de História da UNINOVE - Universidade Nove de julho, para a disciplina de Patrimônio Histórico. Profº Juliano Custódio Sobrinho São Paulo 03/2012 Patrimônio Histórico é todo um legado que os povos antigos nos deixaram durante o processo histórico. È a memória de povos ao longo de milhares de anos. “De origem latina, a palavra patrimônio significa tudo o que pertence ao pai de família (pater famílias) na sociedade da Roma Antiga.” (aula 01-Patrimônio histórico-definições e categorizações)

Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Trabalho de Patrimônio Histórico - AV1

Citation preview

Page 1: Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho

Rosimeire Hilário – 911105902

Patrimônio Histórico/Cultural

Trabalho apresentado ao Curso de História da UNINOVE -

Universidade Nove de julho, para a disciplina de Patrimônio

Histórico.

Profº Juliano Custódio Sobrinho

São Paulo

03/2012

Patrimônio Histórico é todo um legado que os povos antigos nos deixaram durante o processo histórico. È a memória de povos ao longo de milhares de anos. “De origem latina, a palavra patrimônio significa tudo o que pertence ao pai de família (pater famílias) na sociedade da Roma Antiga.” (aula 01-Patrimônio histórico-definições e categorizações)

Page 2: Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho

Sendo assim nos explica a vontade de acumular bens para as gerações futuras. “Já na Antiguidade clássica percebemos a cultura da conquista material e da transmissão desses valores às futuras gerações familiares.” (aula 01)

Por tanto o Patrimônio Histórico/Cultural é de suma importância para a nossa formação cultural, social, política, pois é através deles que podemos levantar questionamentos, preencher lacunas, para a compreensão de fatos e situações que compõem os dias atuais.

Para muitos de nós a idéia de patrimônio era ou é somente a de bens materiais, essa que estamos acostumados como: “uma obra comemorativa de arquitetura ou de escultura: arco do triunfo, coluna, troféu, pórtico, etc” (...), (Le Goff, Jacques – Documentos/monumentos in. História e memória: Campinas: Unicamp, 1994 p. 535-549)

Com a segunda guerra mundial, onde muitos patrimônios foram destruídos pela ganância e poderio de fogo das nações envolvidas houve a necessidade de se fazer algo que pudesse intervir para a conservação de patrimônios, para implantação de leis, deveres, direitos, para a cobrança de políticas públicas, na análise de patrimônio assim como reconhecimento de tombamentos. “Nesse contexto, foi fundada a Unesco, que encampou, inclusive, as ações em prol dos direitos humanos e do Patrimônio Histórico e passou catalisar ações direcionadas a estimular a implantação de políticas públicas favoráveis à conservação dos bens culturais em várias partes do globo terrestre, inclusive no Brasil.” (Pelegrini, Sandra. Patrimônio Cultural: conhecendo um pouco mais p.19-41)

Sendo assim hoje temos o privilégio de conhecer/estudar muitos dos Patrimônios da Antiguidade de vários povos. É sabido que muitos monumentos foram erguidos para homenagear alguém ou algum ato histórico isolado de interesse de alguns, mas não é por isso que perde seu valor, pelo contrário, para nós é de suma importância conversar com esses patrimônios/monumentos justamente para se entender o contexto social, político, cultural e econômico daquele povo e lugar.

Felizmente o patrimônio como estamos acostumados citados anteriormente não se restringe somente à bens materiais. “Somente em 17 de outubro de 2003, outra carta Patrimonial denominada convenção para a salvaguarda do patrimônio cultural imaterial, aprovada pela Unesco, propôs o reconhecimento do Patrimônio Cultural Imaterial como práticas, representações, expressões, conhecimentos técnicos, com os respectivos instrumentos, objetos, artefatos e lugares que lhe eram associados.” (Pelegrini)

É muito recente esse tipo de patrimônio entre os ocidentais, visto que os orientais já praticavam essa cultura, (...), “essa acepção de patrimônio informou a primeira lei implantada no Japão, 1950, com objetivo de apoiar pessoas e grupos que mantém as tradições cênicas, plásticas, ritualísticas e técnicas que compõem esse patrimônio.” (Pelegrini)

Hoje parece clara a idéia de que nada se faz sozinho, e que as pessoas que fizeram, quer sejam os monumentos, quer seja artesanatos e outros são tão importantes quando os patrimônios de bens materiais. Afinal como se faziam tais monumentos em um período da história que não existia nenhum tipo de tecnologia? E temos ainda a questão das expressões através de danças ou maneiras de fazer algo, sentimentos de um povo, práticas de se comemorar, por exemplo, uma data específica do ano, são tão ricos e interessantes quanto!

E não podemos esquecer jamais do Patrimônio Ambiental, pois como seres vivos fazemos parte desse meio, ou seja, somos o próprio meio, por isso se torna indispensável a preservação do meio em que vivemos, até no sentindo de deixar como herança para gerações futuras. “O meio ambiente não existe como esfera desvinculada das ações, ambições e necessidades humanas.” (Brundtlant Gro Harlen, 1998 – aula de Patrimônio Ambiental)

Page 3: Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho

Nesse caso se torna necessárias leis que obriguem a conservação, e o cuidado com o meio ambiente.

“Art: 225 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem do uso comum ao povo, e essencial à sadia qualidade de vida, empondo-se o Poder Público e á coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” (aula – O meio ambiente como patrimônio nacional)

Como se pode perceber o Patrimônio Histórico/Cultural se tornou abrangente demais para estudos/conhecimentos, nessa conjuntura se tornou necessário alguns parâmetros para ajudar na organização desses conceitos. “O consultor da Unesco, Hugues de Varine Bahan(1974), assinala que o Patrimônio cultural conjuga representações da memória social, divididos em três grandes grupos. O Primeiro deles refere-se ao meio ambiente. O segundo engloba a produção intelectual humana armazenada ao longo da história. O Último agrega os bens culturais resultantes do processo de sítios Patrimoniais: os naturais, os culturais e os mistos.” (Pelegrini)

Percebendo essa amplitude de estudos/conhecimentos e sabendo o quanto tudo isso é importante para a nossa construção cultural, social se torna interessante desenvolver planos/estratégias educacionais deste os primeiros ciclos escolares. Nesse contexto se trabalharia não só a conscientização, mas o respeito e a valorização em relação aos bens de outras civilizações, pois os patrimônios são da humanidade, sendo que cada geração tem o dever de cuidar para as gerações futuras e também o direito de usufruir desses bens. Para se criar esse gosto e cuidado poderia se trabalhar com visitas freqüentes aos patrimônios, talvez pisando, vendo, às vezes tocando objetos, sentindo emoções e vibrações que só certos lugares proporcionam, talvez eles se apropriasse como algo deles, despertando a valorização, a conservação, o respeito e a admiração de tudo que nos foi deixado como herança e assim passar a olhar com mais atenção e interesse também aos bens de agora, ou seja, a história atual, do que realmente estamos deixando para as futuras gerações, e aí, cabe um olhar mais aprofundado para o patrimônio ambiental que vem sendo tão maltratada ao longo dos tempos.

“Desse modo, a educação patrimonial necessita equacionar as questões da diversidade cultural dos povos, e assinalar as mudanças culturais referentes ás distintas identidades, aos conflitos e a solidariedade entre os segmentos sociais-apreendidos como produtores culturais permanentes e agentes histórico-sociais.” (Pelegrini)

Page 4: Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho

Caso de TombamentoANTIGA PREFEITURA DE ALMIRANTE TAMANDARÉ

Inscrição Tombo 119-II Processo Número 01/93 Data da Inscrição: 25 de março de 1.994

Livro Tombo Histórico

Localização: Município: ALMIRANTE TAMANDARÉRua Coronel João Cândido de Oliveira N.º 268 - Centro

Proprietário:Prefeitura Municipal de Almirante Tamandaré

Outras denominações

HISTÓRICO

O edifício de um pavimento com sótão tem singelas características arquitetônicas, representando construções do início do século XX. Construída em alvenaria de tijolos, esquadrias de madeira, janelas em guilhotina e uma varanda na parte superior frontal. Cobertura em duas águas, recoberta com telhas capa e canal, foi restaurada pelo município sob a assessoria técnica da CPHA, hoje sedia a Casa de Cultura Municipal. O povoado de Almirante Tamandaré iniciou por volta de 1631. Posteriormente, em 1680, garimpeiros paulistas vieram conquistar os sertões de Curitiba, entre eles estava o Capitão Salvador João Velho cujas pesquisas auríferas resultaram no Descoberto da Conceição, no Quarteirão da Conceição, distrito de Campo Magro.

Page 5: Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho

Após a decadência da mineração, famílias estabeleceram-se no local com uma agricultura de subsistência e criação de gado. O Presidente da Província, Adolpho Lamenha Lins em 10 de maio de 1875 através da lei n.º 438 criou a freguesia de Pacotuba que em 6 de setembro de 1888, passou à denominação de freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Cercado. A Lei Provincial n.º 957 de 28 de outubro de 1889 a tornou vila independente da administração de Curitiba. O Decreto Estadual n.º 15, do dia 9 de janeiro de 1890 deu o nome de Almirante Tamandaré, patrono da Marinha Brasileira, à nova vila. Na mesma data o decreto n.º 16 estabeleceu a Câmara e empossou os primeiros governantes do município. O primeiro prefeito de Tamandaré foi João Alberto Munhoz que governou de 25/01/1890 a 19/06/1892). Até 1912, quando iniciou-se o governo municipal do Sr. Prefeito Cel. João Cândido de Oliveira o município não tinha uma sede administrativa, de modo que os prefeitos anteriores utilizavam suas casas para tal fim. Assim foi até 26 de março de 1916 quando ocorreu a inauguração da edificação construída para sediar a Prefeitura de Almirante Tamandaré.

http://www.patrimoniocultural.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=276

Piranhas Proposta de Tombamento

A presente proposta de tombamento abrange um amplo território do sertão do Vale do rio São Francisco, no Estado das Alagoas, compreendendo uma configuração antrópica sobre a natureza, onde se acham distintas as marcas da ocupação humana do sertão nordestino, desde a pré-histórica até os últimos momentos do século XX. Essas marcas do território – sítios arqueológicos, casario, fazendas de gado,

Page 6: Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho

monumentos, espaços públicos – consubstanciam os bens patrimoniais materiais, então estabelecidos e revestidos de autenticidade, denotando as diferentes fases desse complexo processo civilizatório do sertão, com seus valores culturais, históricos, paisagísticos e artísticos.

Por outro lado, esse território conserva um rico acervo de tradições, festas, saberes populares, artesanato, compreendendo os bens patrimoniais imateriais, que caracterizam a especificidade da cultura nacional nessa porção de território, por ocasião do processo de ocupação humana do sertão do Nordeste.

A proposta reúne um conjunto de três tombamentos simultâneos dos bens patrimoniais materiais, a saber:

• A paisagem histórico-cultural do sertão do vale do Rio S. Francisco;

• A cidade histórica de Piranhas;

• A vila de Entremontes.

Cabe esclarecer que a paisagem histórico-cultural inclui as áreas geográficas da cidade de Piranhas e da vila de Entremontes (Mapa 1).

 

Nesse conjunto de bens autênticos de valores históricos, paisagísticos, urbanísticos, arquitetônicos e artísticos, que encerra importância fundamental para a manutenção e identidade da cultura nacional, o tombamento garantirá, para a atual e as futuras gerações, a compreensão de dois processos civilizatórios do território nacional, em especial do sertão nordestino:

• A ocupação humana dos sertões;

• A modernização dos sertões.

Ambos processos estão pouco representados nos acervos patrimoniais do Brasil. Cabe urgentemente reparar essa falha, pois a ocupação e a modernização do sertão nordestino são processos fundadores da nossa cultura e nacionalidade. O Tombamento do Território Cultural de Piranhas poderá iniciar tal resgate.

http://www.ceci-br.org/piranhasWeb1/tombamento/proposta.html

Patrimônio Imaterial

desfazendoamala.blogspot.com

Cavalhadas de Guarapuava: é uma reminiscência dos torneios da Idade Média. Revive as lutas entre os mouros e cristãos, com função dramático-religiosa. (professor e estudioso do folclore, Inami Custódio Pinto)

Esforços

Page 7: Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho

Além dos estudos nas universidades alguns esforços têm sido feitos para resgatar as tradições do estado. A Secretaria de Cultura do Paraná lançou, nos dois últimos anos, três publicações com este objetivo: "Pratos Típicos Paranaenses", "Festas Populares do Paraná" e "Lendas e Contos Populares do Paraná". As publicações apresentam um raio X das tradições encontradas no estado e contou com a colaboração das administrações municipais no levantamento das festas, lendas e comidas típicas.

http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?id=592908

NATUREZA

PEDRA BONITA EM JANDIRA A NATUREZA É MORTA! Por MIGUEL   05 de junho de 2009

Page 8: Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho

PEDRA BONITA  

EM JANDIRA A NATUREZA É MORTA!

 

Muita gente ficou estarrecida com a decisão da câmara em autorizar os ilícitos do prefeito em relação ao manejo daquilo que, de acordo com a Lei Municipal Lei complementar nº 3 -  deveria ser uma reserva ecológica além de ser uma área tombada – Lei complementar nº 2 ref. Ao tombamento –

Lei o que impõe e informa o Art 1 da Lei:

Como pode a câmara de vereadores ignorar Leis que eles mesmos fizeram? Simples: Ignorância ou  política de amoucosmá fé.

http://jornal.obatente.jor.br/index.php?option=com_content & task=blogsection & id=10 & Itemid=34

Referente às pesquisas realizadas percebo que há realmente muitos bens materiais tombados.

Por algum motivo me detive nos Patrimônios do Estado do Paraná, onde há uma grande variedade de bens materiais tombados o que é muito interessante, além dos bens imateriais

Page 9: Patrimônio Histórico/Cultural Trabalho

como:

• As manifestações Religiosas: Cavalhada em Guarapuava

• Danças, Músicas: Fandango no litoral Paranaense

• Lendas: Iarobá (Cataratas do Iguaçu)

• CAÁ-yari (Erva-mate) culinárias e iguarias: Barreto e cachaça morretiana no litoral Paranaense.

E foi muito prazeroso já que tenho um gosto especial por cavalarias, saber sobre as cavalhadas sendo uma reprodução nos dias de hoje dos torneios da Idade média. Infelizmente segundo as leituras feitas nos sites pesquisados deste 2003 essa manifestação não tem sido realizada, talvez por falta de interesse da própria população, porém, a secretaria da cultura do Estado do Paraná tem feito sua parte realizando festivais com os mais variados pratos típicos e eventos tradicionais do estado para sensibilizar a população para a história deles e nossa.

Também ocorrem os pedidos de tombamentos mais que infelizmente encontra algumas barreiras no meio do caminho, talvez por falta de interesse das políticas públicas, talvez por falta de profissionais para fazerem acontecer os procedimentos, ou mesmo por falta de interesse da própria população da cidade alheios aos bens materiais e imateriais do lugar. Como no caso da proposta de Tombamento de Piranhas e da Vila de Entremontes que já foi realizada as propostas dos bens materiais e imateriais e se encontra praticamente parado esperando sinceramente o risco de o sertão perder suas características tão peculiares da história dessa região.

Sobre o patrimônio ambiental eu me vi envolvida pela reserva ecológica Pedra Bonita da região do município de Jandira, uma reserva que por sinal deveria ser tombada e de preservação. Uma remanescente da mata atlântica de fauna e flora com um considerável número de espécie animal. Tinha como princípio o uso dessa reserva para fins a educação ambiental da região.

Porém os governantes da região não acataram tal resolução de tombamento, entregando o parque ao povo sem nenhum tipo de preservação correndo o risco de ser totalmente danificados sem contar os animais que lá vivem! Simplesmente ignoraram e não se sabe exatamente porque, talvez porque não interessam á eles como plataforma política. Realmente é uma pena perdermos um bem tão próximo e precioso por ignorância até talvez de alguns políticos que acham saberem tudo, mas estão totalmente por fora do que pode ser um patrimônio público e que poderia ser muitíssimo importante para os estudantes da região e outras.

Nesse contexto se faz necessário mais engajamento de todas as partes, tanto público quanto privado, pois são bens nossos e de direitos nossos. Porém se temos vontade de fazer algo, paramos em outra porta: de como fazer as coisas acontecerem? E se temos as respostas percebo que por vezes as propostas ficam paradas no caminho da burocracia.

Apesar de lamentável, e às vezes até desanimador, é sabido que se tem que fazer algo, começar realmente a agir, e aí, fica o desafio! Não podemos simplesmente fingir que nada está acontecendo no nosso país!