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FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA
DIEGO VIGUINI RU 769937
PORTFÓLIO DE PESQUISA E PRÁTICA PROFISSIONAL –
MATERIAIS DIDÁTICOS
VILA VELHA 2012
FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA
DIEGO VIGUINI, RU 769937
PORTFÓLIO DE PESQUISA E PRÁTICA PROFISSIONAL –
MATERIAIS DIDÁTICOS
Relatório de Portfólio de Pesquisa e
Prática Profissional – Materiais
didáticos, apresentado à UTA –
Educação, Ciência e Tecnologia, no
curso de Pedagogia a Distância do
Centro Universitário Uninter.
Tutor Local: Andréia L. Kuyumjian
Centro Associado: Curitiba
VILA VELHA 2012
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................04
2. DESENVOLVIMENTO..........................................................................................05
2.1. APRESENTAÇÃO DOS DADOS COLETADOS................................................07
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................11
4. REFERÊNCIAS......................................................................................................12
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1. INTRODUÇÃO
A importância da pesquisa na atividade profissional é determinante à
formação do futuro professor, e neste relatório de Pesquisa e Prática Profissional –
Materiais didáticos, baseado em entrevista oral com 5 profissionais da educação na
escola estadual de ensino fundamental e médio Assisolina Assis de Andrade; visa
não apenas o auxilio e orientação para adquirir habilidades concernente à disciplina,
mas, também, mantém e promove a atividade perquisitiva do exercício pedagógico,
buscando respostas e analisando possíveis pontos a reparar.
O desenvolvimento do relatório tem como propósito:
Reunir informações relevantes da prática docente que utiliza como
ferramentas de apoio os materiais didáticos disponíveis;
Explanar de maneira evidente a ligação entre pesquisa e ensino com
ações práticas voltadas a utilização dos materiais didáticos.
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2. DESENVOLVIMENTO
Educação, Pesquisa e Materiais didáticos no cotidiano
Existem várias definições para educação segundo literaturas; nesse relatório
definimos educação como processo de formação baseada nas demandas e
princípios morais e éticos da sociedade em que o indivíduo vive (Landim 1997); já o
ensino é visto como representação da instrução recebida e transmitida; socialização
de informações, ligado assim às atividades de treinamento. Entrelaçado à educação
e o ensino, a pesquisa é a capacidade de criarmos questionamentos sobre a
realidade, procurando ampliar ou aplicar o conhecimento e interpor na prática de
forma reflexiva, buscando melhorias para o processo de ensino-aprendizagem.
Quando o assunto é educação logo ligamos o tema ao professor, visto ser ele
o principal articulador entre escola e aluno. Porém, o professor em sua formação
precisa de um preparo necessário para fazer e enfrentar as mudanças, e constantes
inovações no aprendizado das novas tecnologias, já que a educação deve vincular-
se à realidade do indivíduo e ao meio onde está inserido. Essa educação é
acompanhada de perto pelo professor que através do ensino contribui para a
formação do próprio homem, necessitando então à pesquisa, que leva o indivíduo a
novas descobertas e à busca de soluções para diferentes situações, distribuindo o
conhecimento de forma necessária nas modificações sociais. Portanto, a educação
se constrói pelo próprio ser, o ensino transmite conhecimentos e a pesquisa abre
novos conhecimentos e questionamentos para que o ensino (professor) e
aprendizagem (aluno) ampliem a educação.
A pesquisa deve ser compreendida como principio educativo, conhecimentos
novos por meio da ação investigativa, construindo e reconstruindo caminhos e
descobertas de conhecimentos acumulados. Um dos lados da pesquisa é o princípio
educativo, que busca construir metodologia do aprender a aprender. Pela pesquisa,
o professor tem a possibilidade de motivar o estudante, despertando o interesse pela
busca da construção do conhecimento, através da investigação, pois quando o
ensino ocorre por meio da pesquisa, temos a oportunidade de iniciar a elaboração
do próprio conhecimento.
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A utilização de materiais didáticos como ferramenta de apoio para o processo
de ensino-aprendizagem vem inovando ao longo da história. Seu uso na prática
docente é relevante. Citado por Comenius, em seu livro Didactica Magna de 1657,
diferentes recursos foram utilizados como apoio para a aprendizagem. Outros
educadores, como Pestalozzi e Froëbel, entre os séculos XVIII e XIX, defenderam a
utilização de recursos didáticos como elevação de uma educação ativa. (Arce, 2002)
A partir de 1932 com o movimento da Escola Nova, o pioneiro John Dewey foi autor
de experiências que valorizavam o autoaprendizado do aluno, uma integração dos
seus propósitos no aprendizado com os interesses pessoais. (Cunha, 2001).
Partindo dessas experiências alguns educadores como Maria Montessori e Ovide
Decroly criaram jogos e materiais que tinham como objetivo melhorar o ensino.
(Santos, 2005) A inclusão dos materiais didáticos nas escolas aconteceu
lentamente, pois os educadores à época estabeleceram gradativamente as bases
teórico-metodológicas para a utilização desses meios no processo educacional. A
denominação materiais didáticos foi no contexto escolar inserido após ser conhecido
como meios de ensino e outros tipos de recursos. Foram várias denominações
utilizados pelas escolas, mas que tinham o mesmo objetivo: contribuir de modo
eficiente à promoção e melhoria na qualidade do processo de ensino-aprendizagem.
No decorrer do tempo esses materiais, ou meios de ensino evoluíram em gerações a
partir de cartazes, mapas, quadros ao uso de computadores, internet e data show.
Material didático segundo Karling (1991) é definido como recursos humanos e
materiais utilizados para auxiliar e beneficiar o processo de ensino-aprendizagem,
motivando a aula, facilitando a percepção e auxiliando à fixação da aprendizagem,
contribui para a manifestação de aptidões e ajuda a desenvolver habilidades
específicas. Cada material didático pode aproximar-se de diferentes formas dos
sujeitos envolvidos, seja em seu uso primário à educação infantil, como para sua
construção e objetividade aos alunos do ensino fundamental, professores e
pesquisadores.
As ferramentas de aprendizagem devem seguir a idéia de atender às
necessidades do aprendizado, com eficiência e eficácia, e não com o intuito de
reduzir o esforço do professor. Assim, torna-se necessário o conhecimento dos tipos
de materiais didáticos existentes para auxiliar no desenvolvimento do processo
educacional. Em meio aos avanços tecnológicos, os materiais didáticos
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acompanharam esse crescimento e atualmente podem ser classificados em:
recursos visuais (quadro de giz, mural didático, cartazes); recursos auditivos (rádio,
CD); recursos audiovisuais tradicionais (TV, aparelho de DVD); recursos
audiovisuais integrados ao computador (CD-ROM, softwares, projetor multimídia) e
recursos audiovisuais baseados na internet ( base de dados, videoconferências).
(UFPR, 2009). Esses e outros recursos tradicionais, como materiais construídos a
partir de sucata, massa de modelar, varais didáticos, dentre outros, são apoio para a
ação docente. É preciso considerar a aprendizagem significativa, e para que isso
ocorra, é interessante que o aluno participe, construindo os materiais utilizados. O
professor, como autor de sua prática e profissional reflexivo, deve ter o cuidado para
identificar e selecionar os recursos que poderão induzir e impulsionar os alunos, com
o intento de adequar os materiais didáticos aos objetivos propostos para
aprendizagem, (Justino, 2012, pg 148); planejando com critérios definidos, buscando
favorecer a compreensão do aprendiz com as questões do cotidiano, inovando não
apenas por buscar novos conhecimentos na área, mas também para uma
aprendizagem estável e significativa, aconselhando que o educando participe da
construção do material didático e, depois, de sua respectiva exploração, através do
desenvolvimento de atividades previstas pelo professor de modo a levar quem
manipula o material a tirar o maior proveito do mesmo.
2.1. APRESENTAÇÃO DOS DADOS COLETADOS
O professor e as práticas pedagógicas com recursos didáticos
A Pesquisa para compor o portfólio da UTA Educação, Ciência e Tecnologia –
Materiais didáticos foi desenvolvida por meio de entrevista oral de 5 profissionais,
todos pedagogos licenciados e atuantes da mesma instituição, sendo esta a EEEFM
Assisolina Assis Andrade credenciada juridicamente pelo CNPJ 03.432.873/0001-61
de esfera administrativa estadual localizada na periferia da cidade de Vila Velha no
estado do Espírito Santo, à rua São Salvador s/nº, bairro Aribiri com o CEP 29120-
020 esquina com a rua Dolores Duran, telefone (27) 3319-1055 e email’s
[email protected]; [email protected]. A escola foi
inaugurada em 1975 e em 1978, a escola através da Portaria nº 1073/78 passou a
ser denominada com o atual nome.
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Seus horários de funcionamento são no tuno Matutino das 7h às 12h20; turno
vespertino das 12h40 às 18h10 e turno noturno das 18h20 às 22h30 de segunda a
sexta-feira. Atende 04 (quatro) últimas séries do Ensino Fundamental, bem como as
03 (três) séries do Ensino Médio.
Cada turma possui de 25 a 40 alunos matriculados, 632 no total nos três
turnos. A região em si e evidentemente os alunos, tem sérias dificuldades
econômicas - sociais e nível cultural baixo.
As ações dos professores voltadas ao uso de materiais didáticos são
regulares, aliado a recursos didáticos baseado em modelos antigos como o de
materiais permanentes de trabalho, a saber, quadro de giz, apagador; materiais
informativos como jornais e revistas; e materiais experimentais como laboratório de
física e química, que vem sendo extremamente importante para aplicação prática do
conteúdo teórico aprendido em sala de aula. Os docentes utilizam das novas
tecnologias como ferramentas de melhoria da aprendizagem com qualidade, aliada
às inovações da prática pedagógica. Baseado na nova classificação dos materiais
didáticos a escola mantém os recursos antigos procurando adaptá-los a nova
realidade educacional, onde livros são atualizados e sala de vídeo e retroprojetores
usados com objetivos definidos para interação do ensino-aprendizado. O laboratório
de informática como recurso audiovisual integrado, desperta o interesse dos alunos
pela pesquisa, o qual é foco dos professores; ajudando-os a perceber que a internet
tem muito a oferecer para ampliar seus conhecimentos e auxilia em sua formação,
além de contribui para o exercício de atividade propostas pelo docente, sendo
avaliado não apenas por notas conceituais, mas, recebendo valor por aquilo que
conseguiu produzir.
O corpo docente reunido nos três turnos somam 34 profissionais. Suas
formações por licenciatura são; seis em pedagogia; cinco em matemática; quatro em
português; quatro em química; três em ciências biológicas; três em geografia; dois
em história; dois em educação física; e um professor para cada disciplina: letras
inglês, artes visuais, física, filosofia e ciências sociais.
As questões que envolvem educação, ensino e pesquisa e a utilização dos
materiais didáticos pelos professores tem consequências nas atividades de
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aprendizagem pelos alunos. Através disso o docente pode observar se seus
métodos e prática de ensino são ou não eficientes, buscando, desta forma, soluções
práticas para os problemas detectados.
Conforme objetivo proposto a seguir perguntas são respondidas por
profissionais da educação, de acordo com suas competências. No decorrer dessa
exposição, designamos os professores em questão como A, B, C, D, E, F.
A Professora “A” entende por educação, ensino e pesquisa como o tripé que
define todo o processo formativo do professor/educador. Segundo ela é impossível
pensar nessas coisas de maneira separada. Os processos formativos ocorrem com
a garantia do ensino, que depois de concluído pode ser mensurado, analisado e
revisto mediante a pesquisa. Após o efetivo trabalho sempre precisamos passar por
momentos de extensão que apoiam nossas práticas em sala de aula, além de
possibilitar um outro olhar para a prática diária.
O docente “B” responde que a pesquisa contribui de maneira satisfatória, pois
é por ela e com ela que conseguimos medir de maneira qualitativa e quantitativa
quais as mais diversas realidades nos inúmeros contextos sociais e culturais que se
encontram estabelecidas nas instituições de ensino. Feito um trabalho por anos
baseado numa só linha, a pesquisa nos possibilita romper barreiras e apontar para
novos rumos os processos de ensino desenvolvidos nas escolas. Porém, tais dados
devem ser analisados mediante a uma pesquisa séria e criteriosa e não apenas com
o objetivo numérico, ou mesmo formativo para um sujeito.
A profissional “C” explana a questão da utilização de materiais didáticos em
sala de aula dando importância, embora acredite que dentro da escola até o
professor é material didático. Ela cita como exemplo os alunos surdos, onde utiliza
de tudo para fazer com que eles se apropriem da Língua de Sinais, pois sabe que só
mediante a fluência da língua ela pode dar início aos processos de ensino
aprendizagem das disciplinas dos conteúdos. Admite ser importante utilizar livros,
mapas, revistas, jogos, brinquedos, mas que sejam utilizados com um planejamento
anterior e que sua utilização tenha um fim.
O professor “D” cita como materiais didáticos disponíveis em sua escola
livros, jogos, revistas em quadrinhos, formas geométricas, aparelhos para aulas
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específicas (esqueleto humano), mapas, computador, DVD, TV, som, dicionário de
libras, dicionários diversos e computador com acesso a internet.
A pedagoga “E” afirma utilizar materiais didáticos em sala de aula e possui
habilidades de elaboração dos mesmos, como jogos e brinquedos de sucata; um
construído junto aos os alunos chamado de bilboquê, (feito de garrafa pet), outro
para usar na horta foi feito com formato de uma pá com a alça da garrafa de litro de
amaciante; flores com garrafas para as crianças na primavera, jogos da memória
(pintadas e recortadas, coladas em papel cartão). A utilização do material didático
em sala de aula é de suma importância, pois, nos oferece junto com a criatividade e
objetividade suporte para uma melhor aprendizagem dos alunos e através desse
apoio as crianças aprendem brincando ou brincam sempre aprendendo.
A professora “F” promoveu adaptações em materiais didáticos diante de
necessidades, e foi em uma prova de geografia com os alunos de 7º ano, onde o
professor citou uma frase e pediu um texto de 60 linhas valendo 15 pontos. Os
alunos questionaram como poderiam responder visto que eles não dominam a
escrita da língua portuguesa e não sabem organizar os códigos de maneira escrita.
Segundo a professora, ela ampliou o mapa sobre o assunto no quadro branco,
depois fez uma cópia do mesmo mapa para cada aluno, colou na prova com as
divisões exigidas pelo professor em forma de texto, porém em forma de desenho.
Após isso gravou no celular a resposta de um por um em LIBRAS e apresentou ao
professor. Eles conseguiram boas notas.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os objetivos propostos nessa pesquisa que observou no contexto educativo a
utilização de materiais didáticos nos diferentes campos do conhecimento, gerou
boas expectativas. As práticas pedagógicas dos professores da escola pesquisada,
quanto a materiais didáticos vem sendo aprimorado segundo informações. Os
materiais textuais, multimeios e multimídia disponíveis, apesar de poucos, são
aplicados de forma dinâmica. Como grupo, os professores necessitam de um vínculo
teórico-prático, para que sua utilização ocorra de forma planejada, consciente e criativa.
Ainda assim, individualmente, compreendem que o uso dessas ferramentas de apoio
no processo de ensino aprendizagem colabora com o despertar criativo, e os alunos
são envolvidos a participar de forma ativa na construção de alguns materiais, o que
os motiva ao descobrimento de algumas aptidões e conhecimentos que talvez não
saibam que possuíam.
Através dos levantamentos de dados referentes à atuação do professor
quanto a materiais didáticos, compreendi o fato de que por meio da pesquisa posso
ter a oportunidade de entrar na realidade educacional. A prática é a grandeza do
conhecimento, e construir esse conhecimento através do contato com a realidade e
experiências faz-me refletir sobre a ação pedagógica necessária, que no caso
pesquisado sendo o material didático, estarei apto a examinar, avaliar e elaborar,
aplicando seus objetivos em sala de aula.
Apresento como sugestão de recursos didáticos para diferentes áreas
educacionais, um recurso visual que acredito ser usado, mas apresento-o com mais
opções de uso, com o objetivo de atender alunos do ensino infantil ao 4ª ano do
ensino fundamental. Trata-se do Quebra-cabeças com palitos de picolé ou material
similar, descartado facilmente pelas ruas. Os palitos são presos a fita adesiva no
verso, se faz um desenho ou pintura nos palitos seja na vertical ou horizontal, e
depois retira-se a fita adesiva. Os desenhos poderão ser variados: uma expressão
matemática para desenvolver o interesse pelos números, um desenho de animal,
para despertar a curiosidade, o nome de um colega da classe, para integração e
interesses mútuos ou um desenho mais detalhado, para desenvolver a
concentração, habilidades manuais e paciência.
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4. REFERÊNCIAS
JUSTINO, M.N.; Pesquisa e recursos didáticos na formação e prática docentes. Curitiba:
Ibpex, 2012.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 2005, Agosto, Boletim 14 _ Materiais didáticos:
escolha e uso
Jornal do Professor Edição nº 56 – Materiais didáticos
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/jornalImpresso.html?edicao=59