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LEI ORDINÁRIA MUNICIPAL Nº 2.645/2007 DE 19 DE NOVEMBRO DE 2007 APROVA O PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. DELMAR HINNAH, Prefeito Municipal de Panambi, RS, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Artigo 58, Inciso XIX, da Lei Orgânica Municipal FAÇO SABER que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte LEI ORDINÁRIA MUNICIPAL Art. 1º. Fica aprovado o PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO relativo ao decênio 2005-2014 constante do Anexo I da presente Lei. Art. 2º. Revogadas as disposições em contrário, a presente Lei Ordinária Municipal entra em vigor na data de sua publicação. PREFEITURA MUNICIPAL DE PANAMBI GABINETE DO PREFEITO, em 19 de novembro de 2007 52 Anos de Município NARA VIVIANE GRAEFF DELMAR HINNAH Sec. Mun. da Educação e Cultura Prefeito Registre-se e Publique-se ANDRÉ DIETER KLOS Chefe de Gabinete

Plano municipal de educação 2005-2014 - lei 2645-2007

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O Plano Municipal Decenal de Educação para o período de 2005 a 2014 sucede o Plano Municipal que vigorou de 1993 a 2003, o que evidencia lacuna no ano de 2004 e, considerando o fato de que a Secretaria Municipal de Educação e Cultura solicitou ao Conselho Municipal de Educação que expedisse Parecer favorável à implementação extraoficial nos anos de 2005 e de 2006, também é necessário que se explique o referido período sem a vigência oficial do Plano Municipal de Educação. O ano de 2004 foi o período em que foram sistematizadas as idéias e anseios dos diversos segmentos diretamente envolvidos com educação no Município, sistematização essa que deu origem à Proposta de Plano Decenal Municipal de Educação que foi encaminhada ao Conselho Municipal de Educação em dezembro de 2004.

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LEI ORDINÁRIA MUNICIPAL Nº 2.645/2007 DE 19 DE NOVEMBRO DE 2007

APROVA O PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DELMAR HINNAH, Prefeito Municipal de Panambi, RS, no uso das atribuições que lhe

são conferidas pelo Artigo 58, Inciso XIX, da Lei Orgânica Municipal

FAÇO SABER que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte

LEI ORDINÁRIA MUNICIPAL Art. 1º. Fica aprovado o PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO relativo ao decênio

2005-2014 constante do Anexo I da presente Lei. Art. 2º. Revogadas as disposições em contrário, a presente Lei Ordinária Municipal

entra em vigor na data de sua publicação. PREFEITURA MUNICIPAL DE PANAMBI GABINETE DO PREFEITO, em 19 de novembro de 2007 52 Anos de Município

NARA VIVIANE GRAEFF DELMAR HINNAH Sec. Mun. da Educação e Cultura Prefeito Registre-se e Publique-se ANDRÉ DIETER KLOS Chefe de Gabinete

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PLANO

MUNICIPAL

DE

EDUCAÇÃO

PANAMBI 2005 - 2014

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SUMÁRIO

I - Justificativa para os anos 2004 e 2005 .................................................................................. 3 Justificativa .......... ................................................................................................................. 4

II - Introdução .......... ................................................................................................................. 8 1 - Introdução ....... ................................................................................................................. 9

III - Níveis de Ensino .................................................................................................................. 11 A - Educação Básica ............................................................................................................ 12

2 - Educação Infantil ............................................................................................................ 12 2.1 - Diagnóstico ............................................................................................................ 12 2.2 - Diretrizes ............................................................................................................... 18 2.3 - Objetivos e Metas ................................................................................................... 20

3 - Ensino Fundamental ...................................................................................................... 21 3.1 - Diagnóstico ............................................................................................................ 21 3.2 - Diretrizes ............................................................................................................... 28 3.3 - Objetivos e Metas ................................................................................................... 30

4 - Ensino Médio .................................................................................................................. 32 4.1 - Diagnóstico ............................................................................................................ 32 4.2 - Diretrizes ............................................................................................................... 36 4.3 - Objetivos e Metas ................................................................................................... 37

B - Educação Superior ......................................................................................................... 39 5 - Educação Superior ......................................................................................................... 39

5.1 - Diagnóstico ............................................................................................................ 39 5.2 - Diretrizes ............................................................................................................ 45 5.3 - Objetivos e Metas ................................................................................................... 46

IV - Modalidades de Ensino ...................................................................................................... 47 6 - Educação Especial ......................................................................................................... 48

6.1 - Diagnóstico ............................................................................................................ 48 6.2 - Diretrizes ............................................................................................................... 50 6.3 - Objetivos e Metas ................................................................................................... 52

7 - Educação de Jovens e Adultos ....................................................................................... 53 7.1 - Diagnóstico ............................................................................................................ 53 7.2 - Diretrizes ............................................................................................................... 56 7.3 - Objetivos e Metas ................................................................................................... 56

8- Educação profissional ...................................................................................................... 58 8.1 - Diagnóstico ............................................................................................................ 58 8.2 - Diretrizes ............................................................................................................... 63 8.3 - Objetivos e Metas ................................................................................................... 64

V - Projetos Extracurriculares ................................................................................................ 65 9 - Projetos Extracurriculares ............................................................................................. 66

9.1 - Diagnóstico ............................................................................................................ 66 9.2 - Diretrizes ............................................................................................................... 68 9.3 - Objetivos e Metas ................................................................................................... 69

VI - Profissionais da Educação Básica ...................................................................................... 70 10 - Formação e Valorização dos Profissionais da Educação................................................ 71

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10.1 - Diagnóstico ............................................................................................................ 71 10.2 - Diretrizes ............................................................................................................... 76 10.3 - Objetivos e Metas ................................................................................................... 77

VII - Financiamento e Gestão ...................................................................................................... 78 11 - Financiamento e Gestão ................................................................................................ 79

11.1- Diagnóstico ............................................................................................................ 79 11.2- Diretrizes ............................................................................................................... 81 11.3- Objetivos e Metas ................................................................................................ 83

VIII - Acompanhamento e Avaliação do Plano ........................................................................ 85 12 – Acompanhamento e Avaliação do Plano ........................................................................ 86

Referências bibliográficas ................................... ........................................................................ 87 Lista de Quadros ........................................... ........................................................................ 90 Lista de Gráficos ............................................ ........................................................................ 92

IX – Apêndices..................................................... ....................................................................... Apêndice A dados 2004 a 2006 Educação

Infantil..................................................................... .......................................................................

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Apêndice B dados 2004 a 2006 Ensino Fundamental............................................................

......................................................................

104

Apêndice C dados 2004 a 2006 Educação Especial...................................................................

.......................................................................

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Apêndice D dados 2004 a 2006 Educação de Jovens e Adultos.....................................................

.......................................................................

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II -- JJUUSSTTIIFFIICCAATTIIVVAA PPAARRAA OOSS AANNOOSS 22000044

EE 22000055

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JUSTIFICATIVA

O Plano Municipal Decenal de Educação para o período de 2005 a 2014 sucede o Plano Municipal que vigorou de 1993 a 2003, o que evidencia lacuna no ano de 2004 e, considerando o fato de que a Secretaria Municipal de Educação e Cultura solicitou ao Conselho Municipal de Educação que expedisse Parecer favorável à implementação extra-oficial nos anos de 2005 e de 2006, também é necessário que se explique o referido período sem a vigência oficial do Plano Municipal de Educação.

O ano de 2004 foi o período em que foram sistematizadas as idéias e anseios dos diversos segmentos diretamente envolvidos com educação no Município, sistematização essa que deu origem à Proposta de Plano Decenal Municipal de Educação que foi encaminhada ao Conselho Municipal de Educação em dezembro de 2004.

A época citada marcava transição de governo municipal e a equipe que assumiu a Secretaria Municipal de Educação e Cultura teve como uma de suas primeiras preocupações a análise da Proposta de Plano que tramitava, consciente de que o Plano deve representar não um governo, mas os anseios sociais, entretanto, com a responsabilidade de operacionalizar os quatro primeiros anos de sua vigência.

Com essa preocupação, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura solicitou ao Conselho Municipal de Educação que a Proposta enviada retornasse para análise, o que aconteceu em março de 2005. A partir de então, o Plano foi lido e recebeu acréscimos e modificações, retornando ao Conselho em abril de 2006.

Ao enviar ao Conselho Municipal de Educação o que considera a Proposta definitiva de Plano Municipal Decenal de Educação, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura enviou também uma lista das Metas previstas que estão sendo priorizadas pela Administração Municipal nos anos de 2005 e de 2006, com objetivo de justificar o pedido feito, para que o Plano recebesse Parecer favorável para vigorar de 2005 a 2014. São as seguintes as Metas que foram priorizadas nos anos de 2005 e de 2006:

EDUCAÇÃO INFANTIL

Efetivar mecanismos de colaboração entre os setores de Educação, Saúde e Assistência Social no sentido de atender as necessidades para o bem-estar da criança.

Ampliar a oferta de Educação Infantil de forma a atender, após 10 anos, toda população inscrita, até cinco anos completos até o último dia de fevereiro, co-responsabilizando União, Estado e Município.

Implantar, gradativamente, o atendimento em tempo integral, nas EMEIs, para as crianças de zero a três anos, priorizando crianças em situação de vulnerabilidade social e provenientes de famílias de baixa renda.

Assegurar infra-estrutura necessária nas escolas que atendem exclusivamente Educação Infantil e nas escolas que atendem Educação Infantil e Ensino Fundamental, para um trabalho pedagógico de qualidade, desde a construção física até os espaços de recreação e ludicidade e a adequação de equipamentos nas escolas existentes, assim como naquelas a serem criadas, de acordo com a legislação vigente.

Promover a inclusão de crianças com necessidades educativas especiais nas instituições de Educação Infantil, quando houver condições de atendimento, oferecendo assessoramento e acompanhamento de profissionais qualificados, com recursos didático-

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pedagógicos adequados a cada necessidade e constituindo essas classes com menor número de alunos em relação às demais turmas.

Realizar parcerias com as Secretarias Municipais de Saúde e Assistência Social para que coloquem à disposição das instituições de Educação Infantil públicas municipais, equipe multiprofissional, garantindo o acompanhamento sistemático.

Assegurar, gradativamente, que as Escolas Municipais de Educação Infantil contem com profissionais de apoio administrativo e coordenação pedagógica.

Ampliar e criar novas Escolas de Educação Infantil nos bairros onde houver necessidade comprovada por estudos estatísticos.

Disponibilizar monitor para as escolas, no caso de haver crianças com necessidades especiais, cujo caso assim o exigir.

Universalizar, gradativamente, o atendimento das crianças com 05 anos completos até o último dia de fevereiro na Educação Infantil.

Garantir o cumprimento das leis federais, estaduais e municipais no que diz respeito à educação.

ENSINO FUNDAMENTAL

Ampliar a duração do Ensino Fundamental para 09 anos de duração, incluindo crianças de 06 anos de idade neste nível de ensino.

Regularizar o fluxo escolar, reduzindo, progressivamente, as taxas de repetência. Adaptar gradativamente todas as escolas, para atender adequadamente os alunos

com necessidades educacionais especiais. Ao longo dos 10 anos, adequar e ampliar os espaços de biblioteca, laboratório de

informática e sala de vídeo em todas as escolas da Rede Municipal de Ensino. Ampliar a EMEF Conrado Doeth. Ao longo dos primeiros 4 anos de vigência deste Plano, possibilitar o acesso de

todas as escolas à Internet. Equipar as escolas, continuamente, com recursos didático-pedagógicos e acervos

bibliográficos próprios para todas as áreas do conhecimento. Incluir nos programas de capacitação de professores a utilização das novas

tecnologias na educação. Incluir nos programas de capacitação dos profissionais do Ensino Fundamental

qualificação para o atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular.

Incluir, sempre que possível, em turmas regulares, alunos com necessidades educacionais especiais oferecendo assessoramento e acompanhamento de profissionais qualificados, recursos didático-pedagógicos adequados a cada necessidade, constituindo essas classes com menor número de alunos, em comparação com as outras turmas.

Criar estratégias que possibilitem ampliar o tempo de permanência dos alunos nas escolas para que a aprendizagem e o trabalho interdisciplinar se fortaleçam.

Garantir o cumprimento das leis federais, estaduais e municipais no que diz respeito à educação.

Reivindicar, junto a Secretaria Municipal de Saúde a ampliação da Equipe Multiprofissional para atender as escolas municipais.

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Disponibilizar monitores para auxiliar o professor que atende aluno com necessidades educacionais especiais no ensino regular, quando a situação assim o exigir.

Ampliar, reequipar e manter os parques infantis das escolas, considerando o espaço físico disponível para tal.

Equipar, progressivamente, as escolas com quadros escolares que favoreçam a segurança, a saúde do professor e a limpeza da sala.

Modernizar os equipamentos e prover a manutenção dos Laboratórios de Informática das escolas, em parceria com as ACPMs e outras entidades, quando possível e necessário.

Priorizar a matrícula de alunos do zoneamento em cada escola. Racionalizar o aproveitamento dos espaços físicos das escolas já existentes no

Município, ocupando vagas disponíveis. Reorganizar, sempre que possível, as linhas de transporte escolar, a fim de

oportunizar que os alunos das “escolas pólo” rurais possam comparecer em turno inverso à escola, otimizando seu tempo de espera.

EDUCAÇÃO ESPECIAL

Compor uma Equipe Multiprofissional no Município, em parceria com as áreas de Saúde e Assistência Social, destinada a auxiliar às escolas de ensino regular a darem o apoio necessário aos professores e alunos com necessidades educacionais especiais.

Garantir a permanência da Equipe Multiprofissional constituída de profissionais da Assistência Social e Saúde para oferecer apoio técnico na Escola Municipal de Ensino Fundamental Pequeno Príncipe, ampliando a carga horária dos mesmos.

Incluir nos programas de capacitação dos profissionais do Ensino Fundamental, qualificação para o atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular.

Adequar os prédios escolares para possibilitar o acesso de pessoas com necessidades especiais, durante a década da vigência deste plano, conforme prevê o Plano Nacional de Educação.

Adquirir recursos didático-pedagógicos e equipamentos atualizados para qualificar o atendimento, considerando as diferentes necessidades.

Incluir, sempre que possível, em turmas regulares, alunos com necessidades educacionais especiais, oferecendo assessoramento e acompanhamento de profissionais qualificados, recursos didático-pedagógicos adequados a cada necessidade, constituindo essas classes com menor número de alunos.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Ampliar a oferta de Educação de Jovens e Adultos, ao longo dos 10 anos, a nível de Ensino Fundamental para a população de 15 anos ou mais, que não tenha atingido este nível de escolaridade, com profissionais qualificados e infra-estrutura adequada.

Estabelecer políticas que facilitem parcerias para o aproveitamento dos espaços ociosos existentes na comunidade, bem como para o efetivo aproveitamento do potencial de

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trabalho comunitário das entidades da sociedade civil, com vistas a erradicar o analfabetismo no Município.

Viabilizar que os professores de Educação de Jovens e Adultos participem de cursos e programas de capacitação para qualificar sua atuação.

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Possibilitar cursos profissionalizantes de nível básico a todos os alunos de 7ª e 8ª série das escolas públicas em sistema de colaboração financeira e pedagógica entre o Poder Público Estadual e Municipal, a Escola Técnica Particular, as empresas locais, as entidades do Sistema Nacional de Aprendizagem, otimizando as estruturas e os espaços já existentes na comunidade.

Organizar projetos extracurriculares que objetivem a preparação para o trabalho em diferentes áreas para alunos da Rede Municipal de Ensino.

Organizar, em parceria com instituições particulares, projetos extracurriculares que objetivem a preparação para o trabalho em diferentes áreas para alunos da Rede Municipal, Estadual e Particular de Ensino.

PROJETOS EXTRACURRICULARES

Ampliar a oferta de vagas em cada um dos Projetos na medida em que houver interesse e procura por parte dos alunos.

Criar novos Projetos, oportunizando a participação de mais alunos, após leitura anual das necessidades e oportunidades.

Articular o diálogo entre as partes responsáveis pelos Projetos, promovendo encontros que favoreçam a socialização de experiências para que se potencialize recursos e propostas que venham a enriquecer e valorizar as ações desenvolvidas nos Projetos.

Orientar o planejamento de cada Projeto, organizando os espaços, as etapas e as propostas para que os resultados atendam as expectativas e objetivos propostos.

Contribuir para o desenvolvimento de atitudes favoráveis ao estudo, auxiliando as crianças e adolescentes na recuperação de aprendizagens, estimulando-os a enfrentar os desafios da escola.

Descentralizar a oferta de Projetos a fim de atender a cada grupo de alunos em suas características e expectativas.

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Investir na formação permanente e continuada dos profissionais da educação como direito incluso na jornada de trabalho, privilegiando a escola como um local para essa formação.

Promover avaliação periódica da qualidade de atuação dos professores como subsídio à definição de necessidades e características dos cursos de formação continuada.

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Reelaborar o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal, buscando atender, na medida dos recursos disponíveis, as reivindicações da categoria.

Desenvolver programas de formação de gestores com as equipes diretivas das escolas.

Capacitar os professores de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educadores não-docentes para trabalhar com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais.

FINANCIAMENTO E GESTÃO

Aplicar os percentuais mínimos vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino no Município, demonstrando e discriminando os gastos.

Levar ao conhecimento de todas as escolas o plano de aplicação dos recursos municipais em educação.

Garantir entre as metas dos planos plurianuais vigentes nos próximos dez anos, a previsão do suporte financeiro às metas e objetivos deste Plano Municipal de Educação, conforme os recursos disponíveis.

Garantir a aplicação do valor mínimo para o custo-aluno-qualidade em todos os níveis e modalidades de ensino.

Fortalecer o regime de colaboração entre os Sistemas de Ensino com vistas a uma ação coordenada entre entes federativos, compartilhando responsabilidades a partir das funções constitucionais próprias.

Fortalecer o Sistema Municipal de Ensino de Panambi. Desenvolver padrão de gestão que tenha como elementos a destinação de recursos

para as atividades-fim, a descentralização, a autonomia da escola, a eqüidade, o foco na aprendizagem dos alunos e a participação da comunidade.

Apoiar, financeiramente, as escolas públicas municipais para que executem o que está previsto nas suas Propostas Pedagógicas.

Estabelecer parcerias/convênios entre as redes de ensino e entre órgãos governamentais e privados.

Considerando o exposto até aqui e considerando que o Conselho Municipal de Educação, através do Ofício nº 44/2006 afirma que “o referido Plano teve um processo de planejamento bem democrático, visto que foi elaborado e reelaborado por duas equipes diferentes da Secretaria Municipal de Educação e Cultura e demonstra, de maneira geral, nos seus objetivos e metas, buscar a garantia de acesso e permanência dos alunos na escola e a qualidade de ensino;” afirma, também, que o mesmo “é coerente com as necessidades expostas, possível de ser executado, desde que haja efetivo regime de colaboração entre o Município, o Estado e a União, tal como está garantido na Constituição Federal/1988-Emenda Constitucional nº 14, de 12 de setembro de 1996, na Constituição Estadual/1989, na Lei Orgânica do Município/1990-Emenda nº 06/98, de 21 de dezembro de 1998, e na Lei Federal nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996, assim como, do esforço integrado e compartilhado entre todos os agentes do processo educativo.”

Para o CME/Pbi, “o Plano Municipal Decenal de Educação,..., desde que sejam levadas em consideração as sugestões, os apontamentos e as recomendações dos Conselheiros,..., é passível de ser aprovado”. As sugestões, os apontamentos e as

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recomendações foram consideradas e acatadas, portanto, damos prosseguimento a este processo, solicitando ao Executivo Municipal que encaminhe Projeto de Lei para análise do Legislativo Municipal, com objetivo de garantir, com a maior brevidade, a vigência oficial do Plano Decenal Municipal de Educação 2005-2014.

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IIII -- IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO

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1 INTRODUÇÃO O município de Panambi localiza-se no Planalto Rio-Grandense, mais especificamente na Região Noroeste Colonial. Seu território é palco do entroncamento das BRs 158 e 285, as quais cortam o Estado de norte a sul e de leste a oeste, respectivamente.

Segundo o IBGE – Censo - 2000, Panambi conta com 32.601 habitantes, tendo como as etnias formadoras da população, a portuguesa, a alemã e a italiana, entre outras. Com a chegada dos colonizadores, foram instaladas as primeiras oficinas no Município, as quais são o marco inicial do desenvolvimento, que fez surgir um considerável parque industrial, lançando Panambi no cenário estadual como o 3º Pólo Metal-Mecânico do Rio Grande do Sul. A educação sempre recebeu a atenção das autoridades ao longo da história de Panambi. A primeira escola iniciou suas atividades em 1903, tendo como primeiros professores o casal Maria e Hermann Faulhaber, naturais da Alemanha, os quais vieram ao Brasil a convite do Senhor Herrmann Meyer, Diretor da Empresa de Colonização Neu Württemberg. Em 1906 teve início o ensino público no município, quando foi instalada a primeira escola pública pela Intendência Municipal de Cruz Alta, sendo o seu primeiro professor, o Senhor Minoly Gomes do Amorim. Com o crescimento da população no município, muitas outras escolas foram criadas para que as crianças e adolescentes em idade escolar pudessem ter acesso à educação. Os desafios que surgiram a partir do crescente desenvolvimento de Panambi exigiram um sistema educacional de qualidade, que atendesse as necessidades deste contexto, no qual a população panambiense se encontrava. Diante disso e considerando as exigências da legislação vigente, em 1991, a Lei Municipal nº 1219, de 20 de dezembro de 1991, institui o primeiro Plano Municipal de Educação para o período de 1991 a 1993. O Brasil participou, em março de 1990, da Conferência de Educação para Todos, em Jomtiem, na Tailândia, convocada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Banco Mundial. Desta Conferência resultaram posições consensuais, sintetizadas na Declaração Mundial de Educação para Todos, que deveriam constituir as bases dos planos decenais de educação, especialmente, dos países de maior população no mundo, signatários desse documento. Para atender essa política federal, em 29 de setembro de 1995, a Lei Municipal nº 1473/95 institui o Plano Decenal Municipal de Educação para o período de 1993 a 2003. Outra medida significativa foi a instituição do Sistema Municipal de Ensino de Panambi, em novembro de 1999. Em 2004, o município de Panambi, preocupado em adequar a educação ao contexto histórico, político, social, cultural e educacional, incluindo a exigência da legislação em vigor, elaborou o novo Plano Municipal Decenal de Educação para a década 2005 – 2014, em consonância com o Plano Nacional de Educação (PNE), o Plano Estadual de Educação (PEE), as normatizações do Conselho Municipal de Educação (CME) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, dando maior ênfase à realidade local. Inicialmente, foi elaborado um texto preliminar pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, contendo diagnóstico, diretrizes, objetivos e metas sobre a totalidade da educação do Município, o qual foi encaminhado para as unidades escolares para que fosse

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lido, analisado, discutido e complementado pelas equipes diretivas e professores, assumindo, então, um caráter mais coletivo, traduzindo as necessidades e exigências de adequação, mudança e ampliação que se faziam sentir em relação à educação. A partir das contribuições enviadas pelas escolas, o pré-texto foi adequado e

enriquecido, sendo, em seguida encaminhado ao Conselho Municipal de Educação e, após

parecer deste, ao Poder Legislativo, ao qual coube a tarefa de levar o Plano ao conhecimento

das entidades, instituições e população em geral para que estas instâncias tomassem

conhecimento, ampliassem a discussão do seu conteúdo e apresentassem novas propostas para

ser aprovado na forma de Lei.

O texto do Plano contempla, na sua organização, os seguintes itens: níveis de ensino, modalidades de ensino, projetos extracurriculares, profissionais da educação, financiamento e gestão e acompanhamento e avaliação do referido Plano, através dos quais procurou-se expor as políticas educativas para os próximos dez anos, que se acredita serem necessárias para o permanente enriquecimento das ações a serem desenvolvidas no que diz respeito à educação em nosso Município. Considerando a abrangência do Plano Municipal Decenal de Educação, as ações propostas embasam-se em três princípios, os quais são: a educação como direito, a educação como instrumento de desenvolvimento econômico e social e a educação como fator de inclusão social. Diante do contexto em que se encontram as instituições de ensino, a educação é vista como a estratégia mais eficaz de combate à exclusão pelo poder que o conhecimento e as habilidades desenvolvidas oferecem à pessoa na sua inserção e participação social.

Pensar a educação municipal pela ótica destes princípios, reflete a concepção de homem como um ser cultural, social, aprendente, por conseguinte, um ser em permanente formação, que pode constituir-se em agente de transformação, via linguagem e ação, estando inserido na sociedade e a concepção desta como resultado da construção de significados, na interação dos homens entre si e com o grupo social, permitindo a formação da subjetividade e a sobrevivência como ser humano, o que deve dar-se num contexto democrático. A elaboração deste Plano materializa, portanto, o conceito de democracia como o consenso que há num grupo, resultado das vozes, do saber ouvir, do tomar decisões e do respeitar as diferenças.

Diante destas concepções, o Plano Municipal Decenal de Educação constitui-se no conjunto das políticas que poderão contribuir no desenvolvimento das ações que favorecem uma educação de qualidade, uma vez que as instituições de ensino estão inseridas num contexto social, político, cultural e econômico. A operacionalização deste Plano deve acontecer através de uma gestão democrática, compreendida como processo participativo, em permanente construção, no qual participam a comunidade escolar e a comunidade local. Esse processo precisa contar com a participação e o respeito às pessoas e as suas opiniões num clima de confiança entre os vários segmentos das respectivas comunidades, com o desenvolvimento de competências básicas necessárias à participação de todos os envolvidos no processo educativo e com o comprometimento dos mesmos na execução deste.

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IIIIII -- NNÍÍVVEEIISS

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A. EDUCAÇÃO BÁSICA

2 EDUCAÇÃO INFANTIL

2.1 DIAGNÓSTICO

A Educação Infantil ganha expressão no Brasil na década de 1970, processo que vem acompanhado de uma dinâmica transformadora que pode ser definido como um novo momento na história da Educação Infantil. A própria expressão Educação Infantil foi adotada recentemente em nosso país, consagrada nas disposições expressas na Constituição de 1988, assim como no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 e consolidada na LDBEN, em 1996.

Em Panambi, a história da Educação Infantil tem estreita relação com as questões que dizem respeito à história da infância, da família, da população, da urbanização, do trabalho e das relações de produção.

A Educação Infantil na Rede Privada iniciou com o curso de Jardim de Infância, a partir do ano de 1945, por iniciativa da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas (OASE) da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, de Panambi. Inicialmente, funcionava nas dependências de um imóvel da Comunidade Evangélica e, em 1946, passou a funcionar nas dependências do Colégio Evangélico Panambi.

Na década de 1990, a Rede Privada é ampliada com a criação de novas escolas de Educação Infantil.

No setor público já havia preocupação com o atendimento da pré-escola a partir da década de 1970. Na década de 1980, com o objetivo de atender também a faixa de 0 a 3 anos, houve a criação da Creche Pequeno Lar, da Creche Bem Me Quer e da Creche Amor Perfeito, além da pré-escola que já era atendida nas EMEFs. Essas três creches municipais estiveram sob a responsabilidade da Assistência Social até 1994, portanto, desenvolvendo um trabalho com características de assistência e de guarda das crianças, com ações voltadas aos cuidados físicos, de saúde e alimentação. Elas eram custeadas por meio de convênios com a Legião Brasileira de Assistência (LBA) e com recursos do Poder Público. Ainda no ano de 1994, a SMEC assume a responsabilidade sobre essas creches, tendo por objetivo dar maior importância à intencionalidade educativa própria deste nível.

Com a aprovação das Leis Federais nº 11.114, de 16 de maio de 2005 e nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, que alteram artigos da LDB e tornam obrigatória a matrícula aos seis anos de idade no Ensino Fundamental, a Educação Infantil, na faixa etária de 0 a 06 anos, sofreu alguma alteração na organização das turmas. O Município instituiu para sua Rede Municipal de Ensino, através do Decreto Municipal nº 069, de 07 de novembro de 2005, amparado na Resolução do CME Nº 014 de 1º de novembro de 2005, o Ensino Fundamental de 09 anos, obrigatório a partir dos 06 anos de idade, completados até o último dia de fevereiro, sendo, então, que nos dois níveis de ensino, a partir de 2006, há crianças de 06 anos de idade.

A matrícula em instituições de Educação Infantil cresceu, de 1994, comparada a 2003, em decorrência da necessidade da família contar com uma instituição que se encarregue do cuidado e da educação de seus filhos pequenos, enquanto a mãe trabalhadora busca no mercado de trabalho a melhoria da renda familiar, insuficiente para garantir uma melhor qualidade de vida. Essa realidade pode ser comprovada no quadro a seguir:

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Quadro 1 - MATRÍCULA INICIAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL NAS REDES MUNICIPAL,

ESTADUAL E PARTICULAR – 1994 a 2003

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA

ANO IDADE MUNICIPAL PARTICULAR ESTADUAL TOTAL

0-3 104 104 1994 4-6 391 128 106 625 0-3 201 201 1995 4-6 608 148 237 993 0-3 183 183 1996 4-6 513 130 233 876 0-3 255 255 1997 4-6 702 116 169 987 0-3 228 228 1998 4-6 575 126 131 832 0-3 292 292 1999 4-6 519 154 133 806 0-3 225 225 2000 4-6 738 131 126 995 0-3 224 235 2001 4-6 723 169 141 1033 0-3 222 22 244 2002 4-6 811 134 151 1096 0-3 225 15 240 2003 4-6 791 140 135 1066

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. Censo Escolar. INEP/MEC, 1994 a 2003

Quadro 2 - TAXA DE ATENDIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM PANAMBI EM 2003

Dados da Educação Infantil Ano 2003

Estimativa da população de 0 a 03 anos no Município 2224 Crianças de 0 a 03 anos atendidas em creches 240 Percentual de crianças atendidas de 0 a 03 anos 10,7% Estimativa da população de 04 a 06 anos no Município 1.599 Crianças de 04 a 06 anos atendidas em classes de pré-escola 1.066 Percentual de crianças atendidas de 04 a 06 anos 66,6%

Fonte: PANAMBI, Tabelionato e Cartório Civil, 2003 Censo Escolar do INEP / MEC, 2003

Como pode ser observado no quadro acima, 66,6% da estimativa de crianças na

faixa etária de 04 a 06 anos freqüentam a pré-escola em Panambi, enquanto apenas 10,7% da estimativa de crianças na faixa etária de de 0 a 03 anos são atendidas. Esta distribuição indica que, apesar da expansão real da Educação Infantil, há uma expressiva falta de oferta na faixa etária de 0 a 03 anos.

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Quadro 3 - DADOS DE MATRÍCULA NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM 1995

Níveis e Modalidades Dependência Administrativa estadual % Municipal % particular %

TOTAIS

Creche - - 201 100 - 201 Pré-escola 237 23,8 608 61,2 148 14,9 993 Educação

Infantil Total Creche +

Pré-escola 237 19,8 809 67,7 148 12,3 1194

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 1995

Quadro 4 - DADOS DE MATRÍCULA NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM 1999

Níveis e Modalidades Dependência Administrativa estadual % municipal % particular %

TOTAIS

Creche - - 292 100 - 292 Pré-escola 133 16,3 519 64,3 154 19,1 806 Educação

Infantil Total Creche +

Pré-escola 133 12,1 811 73,8 154 14 1098

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 1999

Quadro 5 - DADOS DE MATRÍCULA NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM 2003

Níveis e Modalidades Dependência Administrativa estadual % municipal % particular %

TOTAIS

Creche - 225 93,7 15 6,2 240 Pré-escola 135 12,6 791 74,2 140 13,1 1066 Educação

Infantil Total Creche +

Pré-escola 135 10,3 1016 77,7 155 11,8 1306

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 2003

A evolução de matrículas – 1995 – 1999 – 2003 – indica que a oferta vem aumentando na Rede Municipal nos últimos anos. Porém, na rede estadual e particular essa proporção equipara-se em percentuais menores de atendimento nesse nível da Educação Básica.

Observando a distribuição da matrícula nas esferas pública e privada, conforme Quadros 1, 3, 4, 5 e 6 – Dados de Matrícula – Educação Infantil – 1995 – 1999 – 2003 e Matrícula na Educação Infantil por grupo etário no Município, em 2004, analisamos que:

- A Rede Estadual, em 1995, atendia 237 crianças, em 1999, 133 e em 2003, 135, baixando de 19,8% para 12,1% e 10,3%.

- A Rede Particular, nos anos de 1995 até 2001, atendia somente a pré-escola. Em 2002, ampliou seu atendimento também para a faixa etária relativa à creche. Mesmo assim, o atendimento manteve-se na média de 12% de matrículas.

- A Rede Municipal sempre atendeu creche e pré-escola, aumentando sua parcela de 67,7% em 1995 para 77,7% em 2003. Isso decorre da crescente demanda que recai sobre o Poder Público Municipal, que deve atender, também, esse nível de ensino.

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Quadro 6 - MATRÍCULA NA EDUCAÇÃO INFANTIL POR GRUPO ETÁRIO, NO MUNICÍPIO DE PANAMBI EM 2004

Grupo Etário

0-02 anos

Grupo Etário

02–04anos

Grupo Etário 05 anos

Grupo Etário 06 anos

TOTAL

Número de Turmas de Educação Infantil 10 22 19 33 84 Número de Crianças 102 303 328 638 1371 Número de Professores - 7 25 36 68 Número de não-docentes (atendentes e/ou auxiliar) 22 22 11 6 61

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 2004

A demanda neste nível de ensino é decorrente de vários fatores, entre os quais

destacam-se: famílias que buscam a inserção da criança numa instituição de Educação Infantil devido ao conhecimento dos benefícios no seu desenvolvimento, maior número de mulheres buscando o mercado de trabalho, famílias em situação de vulnerabilidade social, assistidas pela Promotoria Pública, Secretarias Municipais de Assistência Social e Saúde e Conselho Tutelar.

Quadro 7 - ATENDIMENTO DA DEMANDA NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE

EDUCAÇÃO INFANTIL EM 2003

Grupo Etário Potencial Manifesta Atendida % Manifesta não Atendida % 0 a 03 anos 2224 225 10,1 144 6,4 04 a 06 anos 1599 597 37,3 85 5,3 TOTAL 3823 822 21,5 229 5,9

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Pesquisa de Campo, 2003

A demanda potencial corresponde às crianças nascidas entre 1997 a 2003, no município de Panambi, a qual totaliza 3823 crianças na faixa etária de 0 a 06 anos. Nas Escolas Municipais de Educação Infantil, EMEIs, são atendidas 37,3% das crianças de 04 a 06 anos e 10,1% das crianças de 0 a 03 anos, do Município. Na Rede Municipal, atualmente, está sendo priorizado o atendimento das crianças de 05 e 06 anos nas classes de pré-escola das Escolas Municipais de Ensino Fundamental, EMEFs. As demais idades são prioritariamente atendidas nas EMEIs. A demanda na faixa etária de 0 a 03 anos apresenta o percentual de 6,4% de crianças que procuram vagas, mas não conseguem ser atendidas. Essa demanda manifesta não atendida merece atenção especial no estabelecimento das metas deste Plano.

A demanda potencial da Educação Infantil constitui-se da natalidade em cada município. Até a década de 60, nasciam 5,5 crianças por mulher em idade reprodutiva no Rio Grande Sul. Em 1970, a taxa de fecundidade do RS era de 4,29 (número de filhos por mulher). Em 2000, essa taxa baixou para 2,2.

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Gráfico 1 - NATALIDADE NO MUNICÍPIO DE PANAMBI – 1993A 2003

492563

618552 593 629 658 608

502567

406

0100200300400500600700

1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Fonte: PANAMBI. Tabelionato e Cartório Civil Paulo Weber, 2003

Analisando os dados do gráfico 1, conclui-se que a demanda potencial para a

Educação Infantil está decrescendo em Panambi.

Quadro 8 - MATRÍCULA INICIAL POR IDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM 2003

IDADES REDE MUNICIPAL REDE ESTADUAL REDE PARTICULAR 0 34 1 58 2 2 89 4 3 129 23 4 208 03 47 5 349 24 64 6 149 96 15 7 12

TOTAL 1016 135 155 Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal Censo Escolar – INEP / MEC, 2003

Através do quadro 8 pode-se perceber que ainda há crianças com 07 anos que freqüentam as classes de pré-escola, no Município de Panambi, apesar de que, na época, o artigo 6º da LDB afirmava que “é dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos 07 anos de idade, no Ensino Fundamental”. A matrícula obrigatória aos 06 anos está sendo colocada em prática pela Rede Municipal de Ensino e por uma escola particular, havendo dificuldades para a Rede Estadual adequar-se, colocando em prática as mudanças legais, o que evidencia disparidades em âmbito municipal nas idades de matrícula na Educação Infantil.

A passagem das creches municipais da jurisdição da Assistência Social para a da Educação é um dos fatores que trouxe a ampliação da demanda manifesta. Isto implicou na necessidade do estabelecimento de critérios e orientações quanto ao ingresso de crianças nas EMEIs. Esses critérios visam garantir a prioridade do atendimento às crianças, filhos(as) de mães trabalhadoras, de baixa renda e/ou que se encontram em situação de vulnerabilidade social, tendo em vista que o Plano Nacional de Educação reforça em suas

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diretrizes, que a oferta de Educação Infantil na rede pública deve conceder prioridade às crianças de famílias de baixa renda e de maior necessidade, quando os pais trabalham fora de casa. A matrícula na Educação Infantil nas escolas é opção da família e cada vez mais crianças têm buscado essa escolarização.

Gráfico 2 - NÚMERO DE FAMÍLIAS ATENDIDAS CONFORME RENDA FAMILIAR NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL EM 2003

0

30

60

90

120

150

180

210

240

SF BMQ PL PQ GM PG AP MP RS Total

até 1 Salário 1 Salário 1 a 2 Salários 2 a 3 Salários Acima de 3 Salários

Fonte: EMEIs – Pesquisa de Campo, 2003

LEGENDA: SF – EMEI Sonho e Fantasia BMQ – EMEI Bem-Me-Quer PL – EMEI Pequeno Lar PQ – EMEI PQ’ Ninos GM – EMEI Gente Miúda PG – EMEI Pingo de Gente AP – EMEI Amor Perfeito MP – EMEI Madre Paula Montalt RS – EMEI Raio de Sol

Considerando esse universo, temos 430 famílias atendidas nas EMEIs que

apresentam renda de até R$ 500,00 e 197, acima de R$ 500,00.

O Município de Panambi conta com 30 escolas que atendem a Educação Infantil. O maior atendimento é realizado pela esfera pública municipal, conforme levantamento realizado no Censo Escolar, em 2004. Ver gráfico 3.

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Gráfico 3 - MAPEAMENTO DOS GRUPOS ETÁRIOS ATENDIDOS NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE PANAMBI EM 2004

Fonte: MEC/INEP – Censo Escolar, 2004

As crianças de 05 e 06 anos estão sendo atendidas prioritariamente pelas Escolas de Ensino Fundamental. Na Rede Municipal há 05 EMEFS que atendem esta faixa etária e outras cinco que atendem somente crianças de 06 anos, em decorrência do seu espaço físico e da prioridade com a matrícula no Ensino Fundamental. As Escolas Estaduais priorizam o atendimento das crianças com 06 anos em função da ampliação da oferta do Ensino Médio. Das escolas privadas, temos 03 que atendem crianças de 0 a 06 anos e 02 escolas atendem a faixa etária de 03 a 06 anos. Algumas destas escolas têm enfrentado dificuldades para manter-se, devido à baixa matrícula. Quadro 9 - DATA DE CRIAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO

INFANTIL

ESCOLA LOCALIZAÇÃO DATA DE CRIAÇÃO EMEI Pequeno Lar Bairro Vila Nova 29/08/1980 EMEI Bem-Me-Quer Bairro Piratini 13/01/1982 EEI Estrelinha Dourada Centro 29/08/1989 EMEI Amor Perfeito Bairro Zona Norte 04/09/1989 EEI Futuro Feliz Bairro Bela Vista 15/02/1993 EMEI Pingo de Gente Bairro Italiana 28/02/1994 EEI Recanto do Pimpolho Centro 22/08/1994 EMEI Raio de Sol Bairro Pavão 28/02/1995 EMEI Gente Miúda Bairro São Jorge 1º/06/1996 EMEI Sonho e Fantasia Bairro Alvorada 31/05/1999 EMEI PQ’NINOS Bairro Esperança 06/10/2000 EMEI Madre Paula Montalt Bairro Fátima 20/05/2001 EEI Sementes do Amanhã Bairro Zona Norte 05/01/2004

10% 7%10%

3%17%17%

19%

10% 7%

EMEIs 0 a 4 EMEIs 0 a 5 EMEIs 0 a 6

EMEIs 4 a 6 EMEFs 5 a 6 EMEFs 6

ESC.EST. 5 e 6 ESC.PART. 0 a 6 ESC. PART.3 a 6

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Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC

Observando o quadro 9, percebe-se que, gradativamente, está acontecendo a ampliação da oferta de Escolas de Educação Infantil no Município, contemplando diferentes zoneamentos. No entanto, a problemática maior é que nem todas as escolas atendem todas as faixas etárias. Conforme podemos visualizar no gráfico 3, as escolas atendem faixas etárias diferentes. Essa diferenciação se dá em função do zoneamento, do espaço físico das escolas e da demanda ser maior na faixa etária de 0 a 03 anos. Destas, apenas uma escola está autorizada a funcionar pelo Conselho Municipal de Educação e as demais estão em processo de autorização de funcionamento.

Nesse sentido, faz-se necessário adequar a EMEI Pingo de Gente e a EMEI Raio de Sol, com a construção de dois novos prédios, podendo, dessa forma, ser ampliado também o atendimento a crianças com até 05 anos de idade, o que hoje não está acontecendo devido ao espaço físico dos prédios não comportar essa demanda. Outra escola que necessita prédio próprio é a EMEI Madre Paula Montalt, devendo ser planejada para ampliar o atendimento também à faixa etária de 0 a 03 anos.

De acordo com o Censo Escolar, a Educação Infantil está atendendo em 2004, 13 crianças com necessidades educativas especiais. Essa realidade é preocupante, pois enfrentamos dificuldades quanto a adequações na arquitetura dos prédios existentes, à quantidade de crianças por turma, à capacitação do professor e do corpo não-docente e à organização de Equipe Multiprofissional para apoio pedagógico. Na Rede Municipal, essa equipe é formada por uma psicóloga, uma fonoaudióloga e uma nutricionista, que atendem a demanda das EMEIs e EMEFs, causando dessa forma, lentidão ao processo de atendimento. As escolas estaduais também dependem de atendimento por parte da saúde pública. Já as escolas particulares têm tentado prover essa necessidade com custeio próprio.

Apesar dos avanços, a Educação Infantil, tanto pública, quanto privada, enfrenta dificuldades por não ter uma política federal de financiamento específica para este nível.

Também no que se refere à merenda escolar, o valor custeado pelo Governo Federal é de apenas R$ 0,18 por aluno/dia de Educação Infantil, no ano de 2005. As demais despesas, incluindo funcionários, manutenção dos prédios, complementação de gêneros alimentícios, de limpeza, e outros são assumidos pelo Poder Público. As Associações Círculo de Pais e Mestres contribuem com as despesas dentro das suas possibilidades.

No aspecto pedagógico, todas as escolas de Educação Infantil têm elaborado o seu Projeto Curricular e a sua Proposta Pedagógica, dois documentos que traduzem um conjunto de referências teóricas e orientações didático-pedagógicas à ação dos docentes e não-docentes, visando a fundamentação de práticas pedagógicas mais coerentes e ações adequadas às necessidades educativas e de cuidados, próprios dessa faixa etária.

O Regimento das EMEIs, documento que orienta a comunidade escolar com informações sobre a organização e funcionamento das escolas, através de processo de discussão e em função das normatizações do Conselho Municipal de Educação – CME/Pbi, foi elaborado, em 2002. Esse processo também foi desenvolvido pelas Escolas de Educação Infantil da iniciativa privada. No ano de 2005, o Regimento das EMEIs foi

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amplamente discutido, revisado e enviado ao Conselho Municipal de Educação para análise e aprovação.

2.2 DIRETRIZES

A LDB nº 9394/96 e as Leis Federais nº 11.114/05 e 11.274/06 que introduziram

alterações, regulamentam os princípios constitucionais relativos à educação e estabelece a Educação Infantil, incluindo creche e pré-escola, como a primeira etapa da Educação Básica. É o reconhecimento de que a educação começa nos primeiros anos de vida e é essencial para o cumprimento de sua finalidade, ou seja, “o desenvolvimento integral da criança até os 06 anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.

A história da Educação Infantil tem evidenciado que a idéia de infância é uma construção social, coexistindo em um mesmo momento múltiplas idéias de criança e de desenvolvimento infantil.

Pesquisas sobre a infância em várias áreas das ciências humanas e sociais apontam para impressionantes mudanças nos primeiros 06 anos de vida, indicando que as crianças são portadoras das melhores potencialidades.

A Educação Infantil precisa articular ações que integrem desenvolvimento com a vida individual, social e cultural, num ambiente onde as formas de expressão ocupem lugar privilegiado, num contexto de jogos e brincadeiras, em que as famílias e as equipes das escolas convivam intensa e construtivamente, cuidando e educando.

É de suma importância a presença dos pais no processo de educação dos filhos, dada a relação de maior intimidade e de envolvimento com as crianças, conhecimento de sua singularidade e de sua história. Isso tem importância no desenvolvimento social, emocional, lingüístico e de raciocínio da criança. A escola sozinha não pode assumir um processo de desenvolvimento inicial, cuja responsabilidade é da família. Por isso, as políticas de Educação Infantil precisam explicitar a inter-relação criança – família – contexto educativo.

A família e a escola são instituições diferentes, mas com um objetivo comum: a educação e o cuidado da criança. Neste contexto, a família tem o compromisso com a “maternagem” primária, pois a base da educação começa no lar e, por conseguinte, a criança não está obrigada a freqüentar uma instituição de Educação Infantil, mesmo sendo um direito seu. Dessa forma, a proteção integral às crianças deve ser assegurada pela família com a co-responsabilidade do Poder Público, Estado e União.

A Escola por sua vez, deve ser um espaço de relações múltiplas e variadas para a criança, enfatizando o respeito à dignidade e a diversidade social, econômica, cultural, étnica e religiosa, mediante utilização de situações estimuladoras, desafiantes e lúdicas. Além disso, esse espaço precisa constituir-se de ambientes que a acolham e apresentar características muito particulares no que se refere a sua organização, ou seja, sendo amplos, bem diferenciados e de fácil acesso.

Apresentar uma boa infra-estrutura dos prédios e dispor de espaço externo é condição básica para o atendimento às peculiaridades dessa faixa etária. O espaço

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destinado à Educação Infantil precisa ser motivador e promotor de aventura, de descoberta, de criatividade, de desafios, de aprendizagem, de interação criança-criança e criança-adulto. Desse modo, entendemos que o ambiente físico deve oferecer condições compatíveis com os requisitos de infra-estrutura definidos pelo Plano Nacional de Educação e normatizações do Sistema Municipal de Ensino, considerando os conceitos de sustentabilidade, de acessibilidade e de segurança, bem como a adequação funcional necessária para o desenvolvimento da Proposta Pedagógica da Educação Infantil.

A integração/inclusão de crianças com necessidades educativas especiais e o atendimento à temporalidade são grandes desafios, pois trazem consigo questões relativas ao desenvolvimento infantil, em seus aspectos cognitivos, afetivos e neurológicos. Isso por sua vez acarreta dificuldades no trabalho desenvolvido junto às crianças, pois os profissionais e as instituições nem sempre estão preparados para lidar com diferentes crianças.

As ações de integração/inclusão do especial devem caminhar na perspectiva de garantir estrutura física, material e humana que auxiliem na promoção de um crescer saudável e na ampliação de seus conhecimentos sobre si e o mundo.

Uma outra forma de atuação junto às Escolas de Educação Infantil consiste na garantia de uma equipe multiprofissional (psicólogas, psicopedagogas, fisioterapeutas, fonoaudiólogas, assistentes sociais, pediatras, enfermeiras, etc) devido às especificidades dessa faixa etária, visando o acompanhamento sistemático do processo de inserção da criança no contexto escolar.

Um dos aspectos que precisa ser considerado neste Plano é quanto à garantia do atendimento em período integral somente para crianças em situação de vulnerabilidade social, priorizando as famílias de baixa renda e de mães trabalhadoras. Pelas limitações financeiras do sistema público para a Educação Infantil, com o atendimento em período parcial, mais famílias serão atendidas.

Face a essa situação, as escolas precisam prever em suas propostas pedagógicas o desenvolvimento de um plano de trabalho para atuar no cotidiano, prevendo a situação de crianças que a freqüentam em período parcial e integral, garantindo o direito à infância, zelando pelo bem-estar, crescimento, aprendizagem e desenvolvimento de todas elas.

Outro aspecto que merece atenção é a faixa etária atendida nas escolas. Este plano propõe que se priorize a oferta da Educação Infantil nas EMEIs para crianças até os 06 anos e nas EMEFs para crianças do Ensino Fundamental e da faixa etária dos 05 a 06 anos na Educação Infantil, conforme a disponibilidade do espaço físico, buscando, gradativamente, universalizar esse atendimento nas escolas de Ensino Fundamental. Com essa nova realidade as EMEIs podem ampliar o atendimento para a faixa etária de 0 a 03 anos, podendo também ser reorganizado o grupo etário de 0 a 02 anos, para atender as especificidades das crianças de 0 a 01 ano e de 01 a 02 anos, trabalho que já vem sendo realizado nas EMEIs Pequeno Lar, PQ’ninos e Gente Miúda.

A conquista de um corpo de direitos sociais para as crianças é recente. Muito pouco se tem feito no sentido de articular políticas sociais para a infância. Os investimentos refletem isso de forma tímida na área educacional. Vivemos, assim, momentos de muitas discussões e preocupações em torno da implementação de políticas de financiamento a

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nível federal e estadual que concretizem as novas definições legais conquistadas pela Educação Infantil. Veja no apêndice A - dados atualizados de Educação Infantil 2004 a 2007.

2.3 OBJETIVOS E METAS Efetivar mecanismos de colaboração entre os setores de Educação, Saúde e

Assistência Social no sentido de atender as necessidades para o bem-estar da criança. Ampliar a oferta de Educação Infantil de forma a atender, após 10 anos, toda

população inscrita, até cinco anos completos até o último dia de fevereiro, co-responsabilizando União, Estado e Município.

Assegurar que o Município tenha definido sua política para a Educação Infantil, neste Plano, com base nas Diretrizes Nacionais e observando a legislação vigente.

Promover cursos de capacitação para professores e não-docentes da Educação Infantil, estabelecendo parcerias entre as redes estadual, municipal e particular de ensino, universidades e entidades afins.

Implantar, gradativamente, o atendimento em tempo integral, nas EMEIs, para as crianças de zero a três anos, priorizando crianças em situação de vulnerabilidade social e provenientes de famílias de baixa renda.

Assegurar infra-estrutura necessária nas escolas que atendem exclusivamente Educação Infantil e nas escolas que atendem Educação Infantil e Ensino Fundamental, para um trabalho pedagógico de qualidade, desde a construção física até os espaços de recreação e ludicidade e a adequação de equipamentos nas escolas existentes, assim como naquelas a serem criadas, de acordo com a legislação vigente.

Promover a inclusão de crianças com necessidades educativas especiais nas instituições de Educação Infantil, quando houver condições de atendimento, oferecendo assessoramento e acompanhamento de profissionais qualificados, com recursos didático-pedagógicos adequados a cada necessidade e constituindo essas classes com menor número de alunos em relação às demais turmas.

Capacitar os professores e profissionais não-docentes ou de apoio para atenderem com qualidade crianças com necessidades educativas especiais.

Implantar, gradativamente, formas de participação da comunidade escolar e local na melhoria do funcionamento das instituições de Educação Infantil e no enriquecimento das oportunidades educativas e dos recursos pedagógicos.

Reivindicar junto ao Governo Federal a ampliação dos valores “per cápita”, que em 2005 é de 1,546 ao dia, destinados à merenda escolar, a fim de que se qualifique esse atendimento na Educação Infantil.

Garantir a continuidade e a ampliação das ações sócio-educativas no Município, mediante parcerias entre as Secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social para assegurar o atendimento, acesso e permanência das crianças em situação de vulnerabilidade social na escola, com acompanhamento às famílias.

Reivindicar junto à União recursos para desenvolver de forma compartilhada projetos e ou programas suplementares de alimentação escolar, material didático e assistência à saúde, que atenda as necessidades das crianças de 0 a 05 anos.

Realizar parcerias com as Secretarias Municipais de Saúde e Assistência Social para que coloquem à disposição das instituições de Educação Infantil públicas municipais, equipe multiprofissional, garantindo o acompanhamento sistemático.

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Assegurar, gradativamente, que as Escolas Municipais de Educação Infantil contem com profissionais de apoio administrativo e coordenação pedagógica.

Ampliar e criar novas Escolas de Educação Infantil nos bairros onde houver necessidade comprovada por estudos estatísticos.

Ampliar o espaço físico das escolas, dando principal atenção aos espaços para recreação e atividades físicas.

Disponibilizar monitor para as escolas, no caso de haver crianças com necessidades especiais, cujo caso assim o exigir.

Reivindicar, junto às empresas de grande porte a criação de suas próprias creches, obedecendo ao que preceitua a legislação.

Universalizar, gradativamente, o atendimento das crianças com 05 anos completos até o último dia de fevereiro na Educação Infantil.

Garantir o cumprimento das leis federais, estaduais e municipais no que diz respeito à educação.

3 ENSINO FUNDAMENTAL

3.1 DIAGNÓSTICO

A Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo 208, determina que o Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito, cabendo ao Poder Público garantir a sua oferta.

Essa obrigatoriedade exige o esforço deste Sistema de Ensino para que, prioritariamente, todas as pessoas na faixa etária de 06 a 14 anos (nos termos do Decreto Municipal Nª 069, de 07 de novembro de 2005) estejam matriculadas no Ensino Fundamental, obtendo a formação mínima para o exercício da sua cidadania e para usufruir o patrimônio cultural da sociedade. No entanto, a idade de 14 anos não desobriga que pessoas com mais idade e que ainda não tenham completado o Ensino Fundamental, assim o façam.

Os indicadores nacionais de 2002 apontam que, das crianças em idade escolar, 3,6% ainda não estão matriculadas. Entre aquelas que estão na escola, 21,7% estão repetindo a mesma série e apenas 51% concluirão o Ensino Fundamental, fazendo-o em 10,2 anos em média.

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Quadro 10 - TAXA DE ESCOLARIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DE PANAMBI NO

ENSINO FUNDAMENTAL EM 2000

DADOS ANO 2000

Taxa de escolarizaçã

o líquida

Taxa de escolarização bruta

Estimativa da população de 07 a 14 anos 4.763

Estimativa da população de 15 a 17 anos 1.798

Alunos freqüentando classes de 1ª série do Ensino Fundamental com menos de 07 anos 304

Alunos freqüentando classes de 1ª a 8ª série do Ensino Fundamental com 07 a 14 anos 4.636

Alunos freqüentando Escola de Educação Especial em nível de Ensino Fundamental com 07 a 14 anos 97

99,3%

Alunos freqüentando classes de 1ª a 8ª série do Ensino Fundamental com 15 anos ou mais 598

Total de alunos freqüentando classes de 1ª a 8ª série do Ensino Fundamental em Panambi em 1999 5.635

118,3%

Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2000 - MEC / INEP / SEEC – Banco de Dados do Sied Regional – matrícula 1999

Segundo dados do IBGE – Censo Demográfico 2000 e do MEC/INEP – Censo Escolar 1999, em Panambi, a taxa de escolarização líquida da população no Ensino Fundamental aponta para o índice de 99,3%, muito próximo da universalização, na faixa etária de 07 a 14 anos. Já a taxa de escolarização bruta é de 118,3%, pois a matrícula total, em 1999, no Ensino Fundamental, incluía 304 crianças que ainda não haviam completado 07 anos e 598 jovens com idade superior a 14 anos.

A presença de alunos com idade acima de 14 anos no Ensino Fundamental é conseqüência da reprovação, do abandono e do reingresso na escola, que geram a distorção idade/série. Considera-se que um aluno está em distorção idade/série, quando apresenta 2 anos ou mais do que a idade própria para a série, qual seja: 07 anos para a 1ª série, 08 anos para a 2ª série, 09 anos para a 3ª série e assim sucessivamente, nos termos do Ensino Fundamental de 8 anos com ingresso dos alunos até 2005, na Rede Municipal de Ensino.

No Brasil, a taxa de distorção idade/série, em 2000, era de 43,7% no setor público e de 5,0% no setor privado. A realidade municipal, apresentada no gráfico a seguir, mostra índices bastante inferiores à média nacional, ficando por volta de 15%. Tomando para análise os dados das três redes de ensino no Município, houve decréscimo nessa taxa, comparando os anos de 1999 e 2003. Um dos fatores que tem contribuído para esse resultado é o acompanhamento e as ações efetivas, que têm sido colocadas em prática,

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numa parceria de controle da infreqüência do aluno, entre escolas, Secretaria Municipal de Educação e Cultura, Conselho Tutelar e Ministério Público.

Quadro 11 - TAXA DE DISTORÇÃO IDADE/SÉRIE NO ENSINO FUNDAMENTAL

NO MUNICÍPIO DE PANAMBI

REDE MUNICIPAL REDE ESTADUAL REDE PARTICULAR 1999 2003 1999 2003 1999 2003 A B C D A B C D A B C D A B C D A B C D A B C D

1ª 414 13 427 3,0% 380 4 384 1,0% 178 5 183 2,7% 217 11 228 4,8% 57 1 58 1,7% 31 31 0,0%

2ª 402 19 421 4,5% 323 18 341 5,3% 198 5 203 2,5% 215 9 224 4,0% 58 58 0,0% 38 1 39 2,6%

3ª 385 34 419 8,1% 313 27 340 7,9% 201 13 214 6,1% 196 9 205 4,4% 49 49 0,0% 29 29 0,0%

4ª 387 48 435 11,0% 342 29 371 7,8% 223 30 253 11,9% 202 37 239 15,5% 67 67 0,0% 51 51 0,0%

5ª 303 68 371 18,3% 323 53 376 14,1% 216 39 255 15,3% 226 80 306 26,1% 66 66 0,0% 46 1 47 2,1%

6ª 308 72 380 18,9% 310 55 365 15,1% 229 102 331 30,8% 224 58 2182 20,6% 75 2 77 2,6% 51 51 0,0%

7ª 253 72 325 22,2% 279 55 334 16,5% 230 128 358 35,8% 222 65 287 22,6% 61 1 62 1,6% 28 28 0,0%

8ª 181 44 225 19,6% 209 17 226 7,5% 215 127 342 37,1% 207 49 256 19,1% 55 55 0,0% 54 1 55 1,8%

G 2633 370 3003 12,3% 2479 258 2737 9,4% 1690 449 2139 21,0% 1709 318 3927 15,7% 488 4 492 0,8% 328 3 331 0,9%

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Matrícula inicial 1999 e 2003.

Legenda:

A = Nº de alunos na faixa etária

B = Nº de alunos fora da faixa etária

C = Total de alunos matriculados D = Taxa de distorção idade/série

A UNESCO, em 1997, concluiu, através de pesquisa, que no Brasil, de cada 100 estudantes matriculados nos cinco primeiros anos do Ensino Fundamental, 26 repetiam alguma série. Essa situação vem sendo amenizada nos últimos anos da década, pois tem aumentado os anos de permanência das crianças na escola. No entanto, a cultura da repetência ainda é o maior problema educacional do País. Experiências têm sido feitas no Município, no sentido de que haja mais alunos promovidos.

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Na Rede Municipal de Ensino de Panambi vê-se que, comparando os dados dos anos de 1999 e 2003, houve um decréscimo nas taxas de abandono, chegando esta a ser inexpressiva, e uma pequena variação nas taxas de aprovação e reprovação, o que não exclui a preocupação com esse último índice, o qual tem se mantido num patamar entre 15 e 20% em algumas séries. Para tanto, há necessidade de maiores investimentos em ações que possibilitem aos alunos recuperar defasagens de aprendizagem ao longo do ano letivo.

Os indicadores educacionais de Panambi, ao serem confrontados com os do restante do País e até mesmo de outros municípios do Rio Grande do Sul, são animadores em algumas séries, mas comprometem a melhoria da qualidade da educação oferecida, principalmente nas 1ªs, 5ªs, 6ªs e 7ªs séries, principais focos de reprovação. A realidade da Rede Municipal pode ser observada no quadro a seguir:

Quadro 12 - EVOLUÇÃO DAS TAXAS DE APROVAÇÃO, REPROVAÇÃO E ABANDONO NO ENSINO FUNDAMENTAL NA REDE MUNICIPAL - 1993 - 1999 - 2003.

1993 % 1999 % 2003 %

SÉRIE

Apr

ovaç

ão

Rep

rova

ção

Aba

ndon

o

Apr

ovaç

ão

Rep

rova

ção

Aba

ndon

o

Apr

ovaç

ão

Rep

rova

ção

Aba

ndon

o

1ª 81,6 18,3 1,6 85,2 14,7 - 85,5 14,4 -

2ª 94,3 5,6 1,2 91,7 8,2 - 87,9 12,0 -

3ª 92,4 7,0 1,9 94,7 4,7 0,5 89,1 10,8 -

4ª 92,4 7,5 1,2 88,3 10,9 0,6 63,8 9,5 -

5ª 73,1 26,8 4,0 80,6 17,6 1,6 75,0 23,8 1,0

6ª 83,4 16,5 4,0 74,6 20,2 5,1 79,5 20,2 0,2

7ª 81,3 18,6 3,4 76,9 17,0 5,9 79,3 20,3 0,3

8ª 93,4 6,5 2,3 86,7 7,7 5,4 91,5 6,2 0,4

GERAL

86,3 13,6 2,2 85,2 12,6 2,0 84,5 15,1 0,2

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Junho, 2004

A taxa de reprovação leva ao desperdício do investimento por causa da repetência desses alunos na série, o que onera o custo-aluno. Esse investimento anual, por aluno, no Ensino Fundamental, tem crescido consideravelmente nos últimos anos, embora não haja um sistema de custo que comprove esses valores com precisão.

A matrícula no Ensino Fundamental, em Panambi, tem decrescido, indicando redução na demanda geral e melhoria de fluxo ao longo das séries, conforme comprovação dos quadros abaixo, embora continue sendo superior à população na faixa etária de 07 a 14

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anos, no Município. Isso comprova, mais uma vez, que ainda há alunos com mais de 14 anos cursando esse nível de ensino e essa realidade já tem levado ao fato de alguns desses alunos buscarem terminar os estudos através dos Exames Supletivos e da matrícula no turno da noite na Educação de Jovens e Adultos, quando a idade mínima de 15 anos permite.

Quadro 13 - DADOS DE MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL EM 1995

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA NÍVEL / SÉRIE

Estadual % Municipal % Particular % TOTAIS

1ª 241 34,5 387 55,4 70 10 698

2ª 234 34,1 377 54,9 75 10 686

3ª 241 35,1 383 55,8 62 9,0 686

4ª 254 37,7 367 54,5 52 7,7 673

Sub-total 970 35,2 1.514 55 265 9,6 2.749

5ª 338 44,8 352 46,6 64 8,4 754

6ª 419 52,7 248 31,2 130 16,3 794

7ª 438 58,3 195 25,9 118 15,7 751

8ª 369 61,2 144 23,9 89 14,7 602

Sub-total 1.564 53,9 939 32,3 401 13,8 2.901

ENSINO

FUNDAMENTAL

Total 2.534 44,8 2.453 43,4 666 11,7 5.653

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 1995.

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Quadro 14 - DADOS DE MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL EM 1999

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA NÍVEL / SÉRIE

Estadual % Municipal % Particular % TOTAIS

1ª 183 27,6 420 63,5 58 8,7 661

2ª 203 30,2 411 61,1 58 8,6 672

3ª 214 31,6 414 61,1 49 7,2 677

4ª 253 33,8 428 57,2 67 8,9 748

Sub-total 853 30,9 1.673 60,6 232 8,4 2.758

5ª 255 36,8 371 53,6 66 9,5 692

6ª 331 42 380 48,7 77 9,7 788

7ª 358 48 325 43,6 62 8,3 745

8ª 342 60,6 167 29,6 55 9,7 564

Sub-total 1.286 46,1 1.243 44,5 260 9,3 2.789

ENSINO

FUNDAMENTAL

Total 2.139 38,4 2.916 52,5 492 8,8 5.547

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP, MEC, 1999.

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Quadro 15 - DADOS DE MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL EM 2003

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA NÍVEL / SÉRIE

Estadual % Municipal % Particular % TOTAIS

1ª 228 35,4 384 59,7 31 4,8 643

2ª 224 37,0 342 56,5 39 6,4 605

3ª 206 35,6 343 59,3 29 5,0 578

4ª 239 36,1 371 56,1 51 7,7 661

Sub-total 897 36,0 1.440 57,9 150 6,0 2.487

5ª 306 41,9 376 51,5 47 6,4 729

6ª 282 40,4 365 52,2 51 7,3 698

7ª 287 44,2 334 51,4 28 4,3 649

8ª 256 47,6 226 42,0 55 10,2 537

Sub-total 1.131 43,2 1.301 49,7 181 6,9 2.613

ENSINO

FUNDAMENTAL

Total 2.028 39,7 2741 53,7 331 6,4 5.100

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 2003.

Analisando esses quadros, conclui-se que a demanda por vagas não tem crescido na última década. O que houve foi um movimento decorrente do êxodo rural, da migração e da concentração da população em determinados pontos da zona urbana, criando áreas de estrangulamento na oferta de vagas, ocasionando a implantação do Ensino Fundamental completo em muitas escolas, forçando ações no sentido de ampliar os espaços escolares, enquanto que em outros pontos e, principalmente, na zona rural, houve uma redução significativa da matrícula.

Enquanto a Educação Básica pública se expandiu na zona urbana de Panambi, o ensino particular reduziu seu atendimento a partir do ano 2000. Nos últimos 04 anos houve a gradativa cessação de atividades de uma das escolas mais tradicionais da cidade – o Colégio Nossa Senhora de Fátima, que encerrou suas atividades em 2002. Também o Colégio Evangélico Panambi reduziu sua matrícula no Ensino Fundamental. Essa redução está ligada, fundamentalmente, à condição econômica da população. O descompasso entre o sistema público e o privado modificou a proporção entre eles. Em 1995, havia 1 aluno de escola particular para cada 7,5 alunos dos estabelecimentos públicos. Em 2003, para o mesmo aluno que pagava para estudar, existiam 14,4 alunos na educação pública gratuita. Dentro do setor público, a Rede Municipal vem, ao longo dos anos, detendo a maioria das matrículas. Em 2003, essa taxa já era de 53,7%. Vejamos quadro a seguir.

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Quadro 16 - EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA INICIAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA NO ENSINO FUNDAMENTAL – 1993 – 1995 – 1999 – 2003

Anos 1993 1995 1999 2003

Dependência Administrativa

Nº Matr. % Nº Matr. % Nº Matr. % Nº Matr. %

Municipal 2.896 49,7 2.453 43,4 2.916 52,5 2.741 53,7

Estadual 2.279 39,1 2.534 44,8 2.139 38,5 2.028 39,7

Particular 641 11 666 11,6 492 8,8 331 6,5

Total 5.816 5.653 5.547 5.100

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP, MEC, 1993, 1995, 1999 e 2003.

Gráfico 4 - TAXA DE URBANIZAÇÃO DE PANAMBI EM 2000

05000

100001500020000250003000035000

Zona Urbana 24089 26335 28285

Zona Rural 5290 5312 4316

Total de Habitantes 29379 31647 32601

1991 1996 2000

Fonte: IBGE – Censos Demográficos 1991, Estimativa de 1996 e 2000.

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O abandono do campo e a migração ajudaram a constituir, em 2000, uma taxa de 86,7% de urbanização da população do município de Panambi.

Pode-se comprovar essa realidade, observando também a evolução da matrícula nas escolas das zonas urbana e rural, o que obrigou um processo de nuclearização de algumas escolas, conforme nos apontam os números dos quadros abaixo:

Quadro 17 - EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA INICIAL NAS ESCOLAS DA ZONA RURAL E ZONA URBANA POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA NO ENSINO

FUNDAMENTAL

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA

Municipal Estadual Particular Anos

Zona Urbana % Zona

Rural % Total Zona

Urbana% Zona

Rural % Total Zona Urbana % Zona

Rural % Total

1993 2.074 82,7 432 17,2 2.506 2.090 78,7 565 21,2 2.655 641 100 - - 641

1995 2.058 83,8 395 16,1 2.453 2.186 86,2 348 13,7 2.534 666 100 - - 666

1999 2.494 85,5 422 14,5 2.916 1.884 88 255 12 2.139 492 100 - - 492

2003 2.369 86,4 372 13,5 2.741 1.835 90,4 193 9,5 2.028 331 100 - - 331

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 1993, 1995, 1999 e 2003.

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Quadro 18 - MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL NAS ESCOLAS RURAIS EM 1995

ESCOLAS RURAIS MUNICIPAIS ESTADUAIS

Mad AT AB BJ CM GV MC OC CB 1ºM SA 21

AB

Total PI EL T SJB HF Total

ª 3 3 7 3 3 - 19 7 10 4 8 9 76 - 12 6 3 17 38

ª 12 5 4 2 2 - 12 - 5 7 16 11 74 - 4 5 8 20 37

ª 5 5 5 3 4 8 14 7 - 8 - 11 70 9 12 3 12 15 51

ª 7 - 5 - - 20 17 - - - - 18 67 3 6 - 10 24 43

ª 29 - - - - - 10 - - - - 20 59 - - - 23 24 47

ª - - - - - - - - - - - 22 22 - - - 31 31 62

ª - - - - - - - - - - - 15 15 - - - 17 25 42

ª - - - - - - - - - - - 12 12 - - - 12 16 28

- - - - - - - - - - - - 395 - - - - - 348

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 1995.

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Quadro 19 - MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL NAS ESCOLAS RURAIS EM 1999

ESCOLAS RURAIS MUNICIPAIS ESTADUAIS

Mad AT AB BJ CM GV MC OC CB 1ºM SA 21AB

Total PI EL T SJB HF Total

1ª 18 6 - - - - 20 6 - - - 11 54 - - - 7 10 17 2ª 22 4 4 - - - 17 4 - - - 16 63 - - - 17 13 30 3ª 20 8 4 - - - 12 2 - - - 11 53 - - - 14 12 26 4ª 27 - - - - - 23 - - - - 13 58 - - - 12 19 31 5ª 46 - - - - - 14 - - - - 15 75 - - - 17 21 38 6ª 28 - - - - - - - - - - 18 46 - - - 12 29 41 7ª 30 - - - - - - - - - - 15 45 - - - 22 19 41 8ª 16 - - - - - - - - - - 12 28 - - - 16 15 31 - - - - - - - - - - - - 422 - - - - - 255

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 1999.

Quadro 20 - MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL NAS ESCOLAS RURAIS EM 2003

ESCOLAS RURAIS MUNICIPAIS ESTADUAIS

Mad AT AB BJ CM GV MC OC CB 1ºM SA 21AB

Total PI EL T SJB HF Total

1ª 24 - - - - - 16 - - - - 9 49 - - - 7 13 20 2ª 24 - - - - - 15 - - - - 12 51 - - - 9 18 27 3ª 22 - - - - - 14 - - - - 14 50 - - - 8 10 18 4ª 28 - - - - - 15 - - - - 12 55 - - - 9 15 24 5ª 31 - - - - - - - - - - 17 48 - - - 4 11 15 6ª 18 - - - - - - - - - - 14 32 - - - 12 20 32 7ª 40 - - - - - - - - - - 19 59 - - - 14 11 25 8ª 14 - - - - - - - - - - 14 28 - - - 13 19 32 - - - - - - - - - - - - 372 - - - - - 193

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 2003.

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Legenda:

Escolas Municipais Escolas Estaduais Mad – Madalena MC – Maurício Cardoso PI – Princesa Isabel

AT – Almirante Tamandaré OC – Osvaldo Cruz EL – Professor Ernesto Lammers

AB – Assis Brasil CB – Presidente Castelo Branco

T – Tiradentes

BJ – Bom Jesus 1ºM – 1º de Maio SJB – São João Batista

CM –Capitão Menoly Gomes Amorim

AS – Santo Antônio HF – Hermann Faulhaber

GV – Getúlio Vargas 21Ab – 21 de Abril

Em alguns bairros da cidade a procura por vagas nas escolas conturbou a observância do zoneamento, seja nas escolas municipais, seja nas escolas estaduais. Com isso, alguns pais não têm tido a liberdade de escolher a escola na qual desejam que seus filhos estudem. A concentração da população em novos loteamentos, ou na ampliação destes, tem obrigado alguns alunos a se deslocarem para escolas bastante afastadas de sua residência.

Atualmente, há a necessidade de ampliação da EMEF Conrado Doeth, do Bairro Fritsch para que possa atender a mais turmas de uma mesma série. Além disso, verifica-se um constante aumento da procura por vagas no zoneamento atendido pelas EMEFs Rui Barbosa e Waldenor Winkler, cujos excedentes estão sendo transportados para outros estabelecimentos de ensino, como a EMEF Maurício Cardoso, especialmente da 1ª e da 4ª série, demonstrando a necessidade de que se repense a estrutura escolar daquela região, até mesmo para atender alunos em situação de vulnerabilidade social em tempo integral. Nos demais bairros é difícil prever a ampliação ou criação de escolas, pois os dados estatísticos não indicam urgente demanda nesse sentido.

Nestes últimos anos, a implantação das séries finais e o aumento de turmas em todas as escolas públicas municipais exigiram investimentos nas áreas físicas das escolas, tanto em construções de novos espaços, quanto no que se refere à reorganização e reformas dos espaços já existentes. Foram construídas muitas salas de aula, laboratórios de Ciências e Informática, quadras cobertas, refeitórios, bibliotecas, salas para apoio administrativo, sanitários, coberturas de acessos, entre outros. Nos espaços já existentes foram recolocados salas de vídeo, salas de Arte, salas de aula, bibliotecas, laboratórios, secretarias, cozinhas, lavanderias, almoxarifados, despensas e outros

Também nas escolas da Rede Estadual houve várias reformas e ampliações, possibilitando melhorias na qualidade do ensino oferecido no Município.

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Apesar dessas inúmeras melhorias na infra-estrutura das escolas, ainda há carência de espaços adequados para biblioteca e laboratório de informática em algumas escolas públicas. Espaços próprios para reunir pais, comunidade na escola, para organizar eventos culturais e sociais dentro das escolas, ainda precisam ser providenciados. Uma nova demanda que se apresenta é a necessidade de se organizarem espaços adequados para atividades em turno inverso às aulas regulares que visem aprendizagens para superação dos índices de repetência, como os estudos de recuperação, o que fica por vezes inviabilizado numa realidade em que todas as salas de aula são ocupadas pelos diversos níveis e séries que uma escola atende, em suas aulas do currículo mínimo. Outra carência é o acesso das escolas à Internet, o que possibilitaria o enriquecimento da pesquisa.

Paralelamente a sua implantação, as novas tecnologias trouxeram o desafio para que os educadores se capacitem no sentido de utilizá-las em favor da educação. No entanto, a maioria dos docentes é oriunda de uma época em que esses recursos não faziam parte de sua formação inicial. Alguns sentem receio e, por isso, privam seus alunos do contato com mais esse recurso pedagógico. Somente através de cursos de capacitação, estudos e socialização de práticas poderemos otimizar o uso desses materiais nas escolas.

A integração de pessoas com necessidades educacionais especiais no sistema regular de ensino já é realidade em várias escolas do Município, independente de dependência administrativa. São muitos os casos atendidos, além daqueles que estão sendo matriculados na EMEF Pequeno Príncipe e na Escola Girassol –Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. No entanto, a maioria das escolas públicas não está adaptada para incluir essa gama de alunos. Algumas turmas com grande número de alunos, as barreiras arquitetônicas, a falta de capacitação dos professores e a oferta insuficiente de profissionais, pela área da Saúde, para constituir as Equipes Multiprofissionais de apoio às escolas, que atendem tais alunos, são desafios que precisam ser enfrentados nos próximos anos.

Todas as escolas da Rede Municipal têm elaborado seu Projeto Político-Pedagógico, seu Regimento Escolar individualizado e seus Planos de Estudos, sendo que estes últimos carecem de reformulação em termos de componentes curriculares, em algumas escolas, conteúdos e avaliação.

Conhecer a média da quantidade dos alunos por turma é também indicador de evidência da qualidade da educação que está sendo oferecida no Ensino Fundamental, em Panambi. Em 2004, essa média atingiu 21,4 alunos por turma, o que pode ser observado no quadro abaixo:

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Quadro 21 - MÉDIA /ALUNO POR TURMA NO ENSINO FUNDAMENTAL EM 2004

Dependência Administrativa Série Nº de Turmas Nº de Alunos Média por

Turma

1ª à 4ª 65 1.449 22,3 Municipal

5ª à 8ª 62 1.377 22,2

1ª à 4ª 48 923 19,2 Estadual

5ª à 8ª 53 1.112 20,9

1ª à 4ª 07 135 19,3 Particular

5ª à 8ª 07 183 26,1

Total - 242 5.179 21,4

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. Censo Escolar. INEP / MEC, 2004.

O custeio do transporte escolar tem sido ponto polêmico não só em Panambi, mas em todo o Rio Grande do Sul. A definição das instâncias, apesar de estar em lei, ainda não chegou na prática, ficando por conta do Município também o transporte dos alunos que vêm da zona rural para as escolas estaduais, cabendo ao administrador a decisão sobre assinatura de convênio para transporte dos referidos alunos, o que vem sendo feito.

Quadro 22 - ALUNOS TRANSPORTADOS PELO MUNICÍPIO EM 2004

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Nível e modalidade de

ensino MUNICIPAL ESTADUAL PARTICULAR TOTAL

Educação Infantil 57 11 - 68

Ensino Fundamental 550 153 03 706

Ensino Médio - 175 02 177

Educação Especial 75 - 10 85

TOTAL 682 339 15 1.036

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. Setor de Transportes, 2004

Dentre os alunos do Ensino Fundamental, transportados em 2005, há 23 alunos na Rede Municipal e 33, na Rede Estadual, que utilizam o transporte vindo da zona rural para deslocar-se de um bairro para outro, principalmente do Loteamento Alvis Kläsener (inserido no Bairro Pavão) e do Bairro Pavão propriamente dito para os Bairros São Jorge

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e Arco-Íris, e do Bairro Fritsch para a Linha Brasil, Escola Hermann Faulhaber, em decorrência da falta de vagas nos zoneamentos aos quais pertencem. Também 22 alunos do Ensino Médio utilizam as linhas já existentes para irem do Loteamento Alvis Kläsener para as Escolas Estaduais Paulo Freire e Poncho Verde.

Além dos alunos, o Poder Público Municipal coloca transporte coletivo à disposição de 68 professores e funcionários para terem acesso às EMEFs Maurício Cardoso, 21 de Abril, Madalena e Rui Barbosa.

Amparado em Lei Municipal, o Poder Público em alguns anos cobrou dos alunos do Ensino Médio 50% do valor de seu transporte, bem como o valor integral dos alunos de Ensino Fundamental cujas famílias deixam de matriculá-los em escola próxima à residência e optam por transportá-los para outro educandário. Atualmente, 2005, não há a cobrança. Veja no apêndice B - dados de 2004 a 2007.

3.2 DIRETRIZES

A Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, ratificadas pelo Conselho Municipal de Educação de Panambi, CME/Pbi e pelo Conselho Estadual de Educação/RS, apresentam as bases para o estabelecimento de uma política educacional para esse nível, o qual é de matrícula obrigatória e deve ser oferecido com gratuidade nos estabelecimentos públicos, sendo, portanto, responsabilidade do Poder Público a busca de sua universalização. Isso implica em cuidar da indissociabilidade do acesso, da permanência, do sucesso dos alunos nas escolas e da qualidade dessa educação oferecida às crianças e aos jovens panambienses, já que o direito não se refere apenas à matrícula.

Segundo Martins (1999), é preciso estabelecer critérios objetivos para determinar a expansão das redes escolares. É indispensável conhecer a procura presente e futura por vagas, com dados, pelo menos para os próximos cinco anos, projetando a evolução da população escolarizável. É preciso também dispor de dados mais gerais do Município, a fim de que a rede escolar, em termos de localização de escolas, atenda adequadamente à população.

Importa, nesse processo, também, a garantia da racionalização do uso dos espaços físicos disponíveis e da indicação precisa quanto às necessidades de expansão, resguardadas as condições de garantia da qualidade pedagógica expressa nas normatizações dos respectivos sistemas de ensino. É necessário um bom diagnóstico da capacidade de atendimento das redes escolares atualmente implantadas. Comparando esse diagnóstico com os parâmetros estabelecidos, ter-se-á condições de identificar as escolas com superlotação, escolas com vagas, zonas com déficits ou superávits de atendimento, zonas com vazios de atendimento, escolas mal localizadas, etc...

Racionalizar o uso da rede escolar é, sobretudo, ocupar adequadamente todos os espaços disponíveis antes de projetar alguma expansão. A ocupação desses espaços pode, eventualmente,

significar redistribuição dos alunos entre as escolas.

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Nesse sentido, cada bairro da cidade deve disponibilizar, em seu zoneamento ou próximo a ele, vagas suficientes para todas as pessoas em idade escolar terem oportunidade de cursar o Ensino Fundamental, não impedindo com isso que as famílias tenham a liberdade de escolher a escola na qual desejam que seus filhos estudem, responsabilizando-se, diariamente, pelo acesso deles à escola.

Nesse contexto, o sucesso escolar tem sido o maior desafio. Por isso, a reflexão e a busca de alternativas para que a escola efetive melhores índices de aprendizagem são necessidades que precisam ser supridas na década deste Plano. As condições de aprendizagem dos alunos, a importância do trabalho interdisciplinar nas escolas, a potencialização dos estudos de recuperação, a organização do tempo escolar, a adequação dos recursos didático-pedagógicos, a qualidade das intervenções e mediações realizadas pelos professores; as peculiaridades das formas de aprender em cada faixa etária constituem pontos que merecem aprofundamento e investimentos na sua qualificação.

A democratização das oportunidades de aprendizagem deve, em decorrência, regularizar os percursos escolares, corrigir as distorções idade/série e diminuir os índices de analfabetismo no Município que, conforme dados do censo 2000, atingem 14,6% da população.

A escola do Século XXI não pode prescindir das novas tecnologias, pois somente nela os alunos da escola pública, em sua maioria, têm acesso às mesmas. Segundo a UNESCO, a importância que convém dar às novas tecnologias da informação e da comunicação ultrapassa o contexto da sua simples utilização pedagógica e implica em uma reflexão de conjunto sobre o acesso ao conhecimento humano. É uma revolução cultural, econômica e social que a escola não pode ignorar. Não se trata, com isso, de substituir as clássicas formas de educação, mas de enriquecer e atualizar as propostas educacionais, colocando-as a serviço dos sujeitos escolares. Assim, cada escola precisa ter clareza de sua Proposta Pedagógica, tendo nesta o elemento norteador de todas as suas ações.

Também o funcionamento das instituições escolares precisa estar de acordo com as normatizações emanadas dos seus respectivos Sistemas de Ensino: o Estadual no caso das escolas públicas estaduais e das escolas particulares, e o Municipal no caso das escolas públicas municipais.

A participação e o envolvimento da comunidade na gestão educacional é outra diretriz que deve ser fortalecida no período de vigência deste Plano. A comunidade, através de suas entidades e organismos, tem o papel de propor, fiscalizar e cobrar resultados com vistas a uma educação cada vez mais comprometida com os objetivos que se almeja alcançar. A criação de conselhos escolares em cada escola pode auxiliar no avanço dessa diretriz. Também são necessárias ações que responsabilizem as famílias com filhos em idade escolar, no sentido de assisti-los com relação às necessidades de alimentação, vestuário, material escolar, segurança física e emocional. Para tanto, faz-se necessário cada vez mais, o incremento da parceria entre Educação, Saúde, Assistência Social, Conselho Tutelar e Ministério Público.

A escola de tempo integral preconizada pela LDB e pelo Plano Nacional de Educação já se constitui em demanda para o município de Panambi, embora ainda sejam necessários estudos no sentido de prover financeira e pedagogicamente tal empreendimento. Além de exigir, no mínimo, a duplicação da rede de escolas e de

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profissionais para o atendimento, seria necessário um grande investimento no sentido de oferecer atendimento diversificado no turno inverso ao da aula. É preciso ter cautela com iniciativas que possam flexibilizar, ainda mais, o papel da família na educação dos filhos em idade escolar.

O atendimento em tempo integral pode acontecer em circunstâncias especiais, em situações de vulnerabilidade social, em zoneamentos em que a escola necessite realmente suprir funções familiares como a orientação no cumprimento dos deveres, o desenvolvimento de competências básicas para o trabalho e a responsabilidade e o suprimento de alimentação adequada, buscando avançar na diminuição das desigualdades sociais.

Há necessidade de qualificar e fortalecer as escolas ainda existentes no meio rural, bem como capacitar os profissionais que nelas trabalham. Hoje, todos os alunos têm acesso facilitado à escola, via transporte escolar, a escolas que oferecem ensino de igual qualidade ao oferecido na zona urbana. O número e a idade de pessoas que permanecem na zona rural não justifica a criação de novas escolas de Ensino Fundamental naquele meio. Este investimento deveria acontecer em nível de Educação Profissional.

3.3 OBJETIVOS E METAS Ampliar a duração do Ensino Fundamental para 09 anos de duração, incluindo

crianças de 06 anos de idade neste nível de ensino. Universalizar o atendimento dos estudantes, garantindo o acesso, a permanência na

escola e o sucesso crescente no processo de aprendizagem. Regularizar o fluxo escolar, reduzindo, progressivamente, as taxas de repetência. Adaptar gradativamente todas as escolas, para atender adequadamente os alunos

com necessidades educacionais especiais. Construir auditório em 50% das escolas da Rede Municipal de Ensino até o final

da década de vigência deste Plano. Ao longo dos 10 anos, adequar e ampliar os espaços de biblioteca, laboratório de

informática e sala de vídeo em todas as escolas da Rede Municipal de Ensino. Ampliar a EMEF Conrado Doeth. Ao longo dos primeiros 4 anos de vigência deste Plano, possibilitar o acesso de

todas as escolas à Internet. Equipar as escolas, continuamente, com recursos didático-pedagógicos e acervos

bibliográficos próprios para todas as áreas do conhecimento. Incluir nos programas de capacitação de professores a utilização das novas

tecnologias na educação. Incluir nos programas de capacitação dos profissionais do Ensino Fundamental

qualificação para o atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular.

Incluir, sempre que possível, em turmas regulares, alunos com necessidades educacionais especiais oferecendo assessoramento e acompanhamento de profissionais qualificados, recursos didático-pedagógicos adequados a cada necessidade, constituindo essas classes com menor número de alunos, em comparação com as outras turmas.

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Criar estratégias que possibilitem ampliar o tempo de permanência dos alunos nas escolas para que a aprendizagem e o trabalho interdisciplinar se fortaleçam.

Criar, gradativamente, Conselhos Escolares em todas as escolas públicas municipais de Ensino Fundamental.

Garantir o cumprimento das leis federais, estaduais e municipais no que diz respeito à educação.

Ampliar o turno das escolas para tempo integral somente em situações especiais, que envolvam questões de vulnerabilidade social, após estudo do Poder Público e da comunidade a ser atendida.

Oportunizar aos alunos em situação de vulnerabilidade social, inclusive da zona rural, acesso a escolas de tempo integral, oferecidas pelo Município, na medida em que estas forem criadas.

Reivindicar, junto a Secretaria Municipal de Saúde a ampliação da Equipe Multiprofissional para atender as escolas municipais.

Reivindicar, junto a Secretaria Estadual de Saúde que esta constitua Equipe Multiprofissional para atender as escolas estaduais.

Disponibilizar monitores para auxiliar o professor que atende aluno com necessidades educacionais especiais no ensino regular, quando a situação assim o exigir.

Reivindicar junto ao setor competente melhorias nos passeios públicos de acesso às escolas, adequando-os à circulação das crianças e jovens, com e/ou sem necessidades educacionais especiais.

Ampliar, reequipar e manter os parques infantis das escolas, considerando o espaço físico disponível para tal.

Reivindicar junto a empresas competentes a ampliação das linhas de transporte urbano entre os bairros para facilitar o acesso às escolas.

Promover parcerias com instituições de ensino particular para desenvolver ações de formação dos discentes e a formação continuada dos docentes.

Equipar, progressivamente, as escolas com quadros escolares que favoreçam a segurança, a saúde do professor e a limpeza da sala.

Modernizar os equipamentos e prover a manutenção dos Laboratórios de Informática das escolas, em parceria com as ACPMs e outras entidades, quando possível e necessário.

Ampliar, gradativamente, a oferta de Ensino Fundamental nas escolas municipais, oportunizando que as escolas estaduais atendam maior número de alunos no Ensino Médio.

Criar estratégias de ação para diminuir casos de distorção idade/série e reprovação. Procurar aproximar o Calendário Escolar das redes estadual, municipal e

particular. Implantar, gradativamente, o Serviço de Orientação Educacional nas escolas

municipais. Ampliar os espaços das áreas livres das escolas, desapropriando terrenos vizinhos

àquelas que necessitarem. Procurar unificar as idades para ingresso na Educação Infantil e na 1ª série do

Ensino Fundamental nas Redes Municipal, Estadual e Particular. Priorizar a matrícula de alunos do zoneamento em cada escola. Racionalizar o aproveitamento dos espaços físicos das escolas já existentes no

Município, ocupando vagas disponíveis.

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Promover, sempre que necessário, encontros com gestores escolares das três redes, a fim de discutir assuntos do interesse das mesmas.

Reorganizar, sempre que possível, as linhas de transporte escolar, a fim de oportunizar que os alunos das “escolas pólo” rurais possam comparecer em turno inverso à escola, otimizando seu tempo de espera.

4 ENSINO MÉDIO

4.1 DIAGNÓSTICO

A contagem da população realizada pelo IBGE em 2000 aponta para uma população na faixa etária de 15 a 19 anos de 49,6% de homens e 49,4% de mulheres no Brasil, 50,8% de homens e 49,1% de mulheres na região da AMUPLAM-RS, 51% de homens e 48,9% de mulheres no município de Panambi-RS. Conclui-se que a figura masculina predomina nesta faixa etária, embora a diferença seja inexpressiva. Ver esta realidade no quadro a seguir

Quadro 23 - POPULAÇÃO NA FAIXA ETÁRIA 15 A 19 ANOS NO BRASIL,

NA REGIÃO DA AMUPLAM E EM PANAMBI EM 2000.

POPULAÇÃO FAIXA ETÁRIA DE 15 –19 ANOS

MASCULINO % FEMINIMO %

BRASIL 17.294.242 8.738.424 49,6 8.555.818 49,4

REGIÃO DA AMUPLAM 15.161 7.704 50,8 7.457 49,1

PANAMBI 3.092 1.578 51 1.514 48,9 Fonte: Censo Demográfico, IBGE, 2000.

Em 2002, os alunos matriculados no Ensino Médio somavam 1.460, em Panambi. Em 2003, havia 1.711 alunos matriculados no Ensino Médio e 479 na Educação Profissional, totalizando 2.190 estudantes. Enquanto nível não obrigatório esta realidade mostra um bom índice de atendimento, ou seja, 70,8% das 3.092 pessoas na faixa etária de 15 a 19 anos estão se escolarizando.

Os alunos matriculados no Ensino Médio são geralmente os egressos do Ensino Fundamental (ver gráfico abaixo), aqueles que realizam provas do Supletivo e aqueles que voltam a estudar depois de certo tempo, o que pode ser comprovado pelo levantamento realizado através do Censo Escolar de 2004 que mostra a situação dos alunos matriculados no Ensino Médio neste ano, quando se constatou o seguinte: 1.100 alunos foram promovidos da 1ª, 2ª e 3ª série do Ensino Médio, 242 são repetentes, 59 freqüentavam a Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Ensino Fundamental no ano anterior e 49 não haviam freqüentado escola em 2003.

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Gráfico 5 - ALUNOS CONCLUINTES APROVADOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM PANAMBI

EM 2002 E 2003

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar, INEP / MEC 2002 e 2003.

Em 2003, o índice de alunos aprovados no Ensino Fundamental corresponde a 47% (227) dos alunos da Rede Estadual, 10,37% (50) dos alunos da Rede Particular e 42,53% (205) dos alunos na Rede Municipal de Panambi.

A reprovação e a evasão no Ensino Fundamental fazem com que os jovens cheguem ao Ensino Médio mais velhos ou voltem à escola vários anos depois para concluir o Ensino Fundamental.

Em virtude dessas duas condições, o Ensino Médio, majoritariamente atendido na Rede Estadual, apresenta a situação de jovens e adultos com idade acima da prevista para este nível de ensino. O gráfico mostra a Taxa de Distorção Idade/ Série no Ensino Médio.

0

200

400

600

Nº de Alunos

Estadual 203 227

Particular 55 50

Municipal 218 205

Total 476 482

2002 2003

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47

Gráfico 6 - TAXA DE DISTORÇÃO IDADE / SÉRIE NO ENSINO MÉDIO EM PANAMBI NA REDE ESTADUAL EM 2003

0

500

1000

1500

2000

1ª 558 59,4 380 40,5 938 *

2ª 187 58,2 134 41,7 321

3ª 180 64,5 99 35,4 279

Total 925 60,1 613 39,8 1538

Dentro daFaixa

% Fora daFaixa

% Total dealunos

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. Censo Escolar, INEP/ MEC, 2002 e 2003

* No total dos 938 alunos da 1ª série estão incluídos os da Escola Estadual José de Anchieta, cujo

currículo é não-seriado.

Constatou-se que 40,5% dos alunos matriculados na 1ª série do Ensino Médio estão fora da faixa etária. Na 2ª série são 41,7% e na 3ª série 35,4%. Estes dados confirmam que muitas pessoas estão voltando a estudar, mas também refletem a conseqüência das taxas de

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reprovação ao longo das séries. O total geral de alunos fora da faixa etária corresponde a 39,8%.

O Poder Público tem se empenhado em atender a demanda, no entanto, causas externas ao sistema educacional contribuem para que os adolescentes e jovens se percam pelos caminhos da escolarização, agravadas por dificuldades da própria organização da escola e do processo ensino-aprendizagem.

Os números do abandono, reprovação e promoção, apesar das melhorias dos últimos anos, ainda são desfavoráveis. O gráfico a seguir mostra a situação do movimento e rendimento escolar no Ensino Médio nas Redes Estadual e Particular de Panambi, em 2003.

Gráfico 7 - MOVIMENTO E RENDIMENTO ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO EM PANAMBI

EM 2003

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. Censo Escolar, INEP / MEC, 2002 e 2003

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

Nº de alunos promovidos

1.073 69,7 156 88,1

Nº de alunos afastados por abandono

192 12,4 5 2,8

Nº de alunos reprovados

272 17,6 16 9

Matrícula Inicial 1538 177

Estadual % Particular %

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49

Analisando o Quadro do Movimento e Rendimento Escolar no Ensino Médio em Panambi, constata-se que 69,7% dos alunos da Rede Estadual e 88,1% da Rede Particular foram promovidos em 2003. Dos alunos matriculados, 12,4% da Rede Estadual e 2,8% da Rede Particular abandonaram a escola, enquanto que 17,6% dos alunos da Rede Estadual e 9% dos alunos da Rede Particular foram reprovados. Logo, 30% (485) dos alunos não aproveitaram as oportunidades oferecidas pela escola. Segundo a 36º Coordenadoria Regional de Educação de Ijuí, o custo-aluno no Ensino Médio corresponde aproximadamente a R$ 1.400,00 por ano, em 2004

O número de alunos que não aproveitaram as oportunidades chegou a 464. A evasão escolar é uma problemática enfrentada não só em Panambi – RS, mas em outros estados. Confira a seguir, o quadro com o índice de evasão escolar ao longo do Ensino Médio no Rio Grande do Sul e no Brasil.

Quadro 24 - ÍNDICE DE EVASÃO ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO

ANO RS (%) BRASIL (%) 1995 35,5 28,6 1996 30,7 17,1 1997 27,3 21,5 1998 30,2 18,3 1999 34 22,3 2000 31,3 26

Fonte: Zero Hora, março, 2003

A Secretaria Estadual de Educação-SEC/RS revelou que, a partir de 2000, a evasão no Ensino Médio aumentou de 11% em 2002, para 16%, em 2003. Segundo o jornal Zero Hora (2003, p.42), a juventude não acredita mais no Ensino Médio como alternativa de inclusão social e no mercado de trabalho e muitos deixam os estudos por necessidade de trabalhar.

Conforme o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP) “o percentual de alunos que entram no Ensino Médio, mas não conseguem concluí-lo pode sofrer variações expressivas de um ano para outro, em razão de contingências políticas” (ZH, 2003, p.42).

Para Dotti (ZH, 2003), a crise econômica é uma das causas mais prováveis para o salto na evasão verificada no Ensino Médio no Estado a partir de 2000. Também o ensino noturno é apontado como um provável culpado pelas elevadas taxas de evasão. O aluno que estuda no turno da noite chega cansado à escola e não tem tempo para estudar. Ou ele falta à primeira hora para estudar, para comer e tomar banho ou ele dorme no último período (ZH, 2003, p.43).

Já para Figueró (ZH, 2003), uma das causas para a expressiva evasão pode ser o aumento da oferta de vagas nesse nível de ensino. Alunos que antes não chegavam ao Ensino Médio, agora estão tendo essa oportunidade. No entanto, falta-lhes perseverança para concluir os estudos. Trata-se de uma faixa da população mais vulnerável a abandonar a escola.

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50

Há, entretanto, aspectos positivos no panorama do Ensino Médio panambiense. As matrículas aumentaram nos últimos anos nas Redes Estadual e Particular. Os dados do gráfico a seguir sobre a Matrícula Inicial no Ensino Médio, nos anos de 1995, 1999 e 2003, comprovam o que foi dito anteriormente.

Gráfico 8 - MATRÍCULAS NO ENSINO MÉDIO EM PANAMBI EM 1995-1999-2003.

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP/ MEC, 1995, 1999 e 2003.

O Censo Escolar 2000 mostrou, ainda, que existem 8 milhões e 700 mil alunos, entre 15 e 17 anos, matriculados na escola pública, no Brasil, dentro de um universo de 17,2 milhões de jovens nessa idade, sendo que destes 8,7 milhões, quase a metade, está matriculado no Ensino Fundamental ainda.

No município de Panambi há quatro escolas que oferecem Ensino Médio, sendo que uma é particular e três são estaduais. Das três escolas estaduais, uma é não-seriada. Este fato tem gerado uma migração interna de uma escola para outra, no caso do aluno vir a reprovar, principalmente, no terceiro ano do Ensino Médio, pois nesta escola os alunos precisam cursar somente a disciplina na qual reprovaram na escola anterior. Outra opção feita por alguns alunos é deixar de freqüentar a escola no caso de reprovar no 3º ano e optar por realizar as provas do Supletivo, eliminando, assim, a referida disciplina, embora a aprendizagem não ocorra como deveria. Outra realidade que se apresenta em relação à migração interna entre as escolas é o fato de uma das escolas estaduais oferecer a Educação de Jovens e Adultos, em nível de Ensino Médio, no turno da noite. Alunos que atingem a idade mínima (18 anos) para ingresso na Educação de Jovens e Adultos (EJA) deixam o ensino diurno e buscam completar os estudos à noite nessa modalidade de ensino.

0

5 0 0

1 0 0 0

1 5 0 0

2 0 0 0

A n o s

N º d e A l u n o s

E s t a d u a l 5 4 8 7 0 8 1 5 3 8 P á r t i c u l a r 1 3 4 1 2 2 1 7 3

1 9 9 5 1 9 9 9 2 0 0 3

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No município de Panambi, em 2003, havia 6 turmas de alunos de Ensino Médio matriculados na Rede Particular e 53 na Rede Estadual, somando 59 turmas. Deste total, 28 (47,4%) turmas funcionavam no turno diurno e 31 (52,5%) no noturno. Disso, conclui-se que o maior número de alunos do Ensino Médio estuda nas turmas do noturno, na Rede Estadual. Esse contingente que estuda à noite sofre as conseqüências constatadas em pesquisas realizadas e citadas anteriormente. A seguir, apresenta-se o quadro com número de turmas de alunos que freqüentaram o Ensino Médio em 2003, em Panambi.

Quadro 25 - TURMAS DE ALUNOS DE ENSINO MÉDIO EM PANAMBI EM 2003

Nº. de Turmas ESCOLAS Diurno % Noturno % Escola Estadual de Ensino Médio Paulo Freire 6 6

Escola Estadual de Educação Básica Poncho Verde 10 14

Escola Estadual de Ensino Médio José de Anchieta 6 11 Colégio Evangélico Panambi 6 -

Total 28 47,4 31 52,5 Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar, INEP/MEC, 2003.

Há necessidade de ampliar a quantidade de vagas no turno diurno, pois, para muitas

famílias e, também para os menores de idade, o ensino noturno dificulta o acesso à escola, principalmente, no caso daqueles que residem na zona rural.

Segundo Júlio G. Filho (Jun. 2003), “os cursos de ensino noturno apresentam índices baixíssimos de produtividade: a evasão, somada às reprovações e retenções por dependência de alunos do curso noturno, faz com que apenas 30% dos alunos matriculados nesse período de aulas em escolas de todo o País consigam chegar ao fim do Ensino Médio”.

As matrículas no Ensino Médio diurno e noturno, na maioria das escolas do País, acontecem em “bloco fechado de disciplinas” que variam de nove a doze por ano. Caso no meio do ano o aluno perceba que não conseguirá passar em uma matéria, este sabendo que vai repetir a série, acaba se desmotivando e abandonando o ano letivo. Outras escolas no País permitem que os alunos reprovados em até três disciplinas usufruam uma progressão parcial, em esquema de dependência, o que na opinião do professor Júlio Gregório, professor do Ensino Médio há 28 anos, é uma oportunidade irreal. Segundo ele, as Secretarias de Educação passaram, nos últimos anos, a adotar políticas de promoção independente do conhecimento produzido pelo aluno. Essas políticas têm mascarado a realidade e aprofundado os problemas que caracterizam o ensino noturno.

Segundo o Plano Nacional de Educação (2001), nos próximos anos, as taxas de conclusão de 8ª série deverão elevar-se, ocorrendo ampliação de forma explosiva no Ensino Médio. Não se trata apenas de expansão, mas um aspecto deverá ser superado, que é a formação de professores. No setor público há professores que ainda não concluíram sua graduação plena e estão ministrando aulas nesse nível de ensino, sem falar na necessidade da contratação temporária de profissionais de outras áreas para atuarem nas classes de Ensino Médio e do deslocamento de professores de uma área para lecionar em outra disciplina, e de um nível para outro, em decorrência da falta de professores em algumas disciplinas, tais como, Ensino Religioso, Matemática, Física, Geografia, Química, etc.

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A expansão futura, porém, dependerá da utilização judiciosa dos recursos vinculados à educação, especialmente, porque não há, para este nível de ensino, recursos adicionais como os que já existem para o Ensino Fundamental.

A partir de 2005, os estudantes vão poder cursar disciplinas do Ensino Médio integradas às do Ensino Técnico nas escolas brasileiras, conforme o Decreto Federal nº 5.154, de 23 de julho de 2004. O documento regulamenta quatro artigos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e prevê alternativas de articulações entre os Ensino Médio e Técnico de nível secundário. Essa operacionalização depende de acordos entre os Estados e o Ministério da Educação.

4.2 DIRETRIZES

Em 1988, foram estabelecidas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM). Entre vários objetivos, um deles foi tirar do Ensino Médio o caráter exclusivo de etapa cumulativa de informação para o vestibular. O Ensino Médio constitui a terceira etapa da Educação Básica e é destinado a pessoas que irão inserir-se no mercado de trabalho, que aspiram à melhoria social e salarial e que precisam dominar habilidades que permitam assimilar e utilizar, produtivamente, recursos tecnológicos novos e em acelerada transformação.

Propõe-se ao Ensino Médio uma educação que propicie a aprendizagem de competências de caráter geral, que forme pessoas aptas para assimilar mudanças, para terem autonomia nas escolhas, para respeitarem as diferenças; que permita aquisição de competências relacionadas ao pleno exercício da cidadania e da inserção produtiva; que possibilite a auto-aprendizagem, a percepção da dinâmica social, a capacidade para nela intervir, a compreensão dos processos produtivos, a capacidade de observar, interpretar e tomar decisões, o domínio de aptidões básicas de linguagem, comunicação, abstração, a aquisições de habilidades para incorporar valores éticos de solidariedade, cooperação e respeito às individualidades; que envolva os professores e alunos em projetos de trabalho coletivo, comprometidos com as Propostas Pedagógicas de suas escolas, que responsabilizem-se pelos insucessos e se empenhem por sua superação.

Delors ( 2001, pp.135-137) descreve que:

...é preciso preocupar-se mais com a qualidade e preparação para a vida, num mundo em rápida transformação, freqüentemente submetido ao império da tecnologia. ...Atualmente, os ensinamentos teóricos transmitidos no nível secundário, servem muitas vezes, sobretudo, para preparar os jovens para os estudos superiores, deixando à margem, mal equipados para o trabalho e para a vida, os que não têm sucesso, que abandonam ou que não encontram lugar no ensino superior. Qualquer reforma deveria ter por objetivo diversificar a estrutura do ensino e preocupar-se mais, não só com os conteúdos, mas também com a preparação para a vida ativa.

É urgente repensar a reestruturação do Ensino Médio noturno, desvinculando-o das

idéias, concepções e propostas curriculares clássicas. O oferecimento de opções que possam flexibilizar a organização do currículo pode auxiliar os alunos a permanecerem na escola mesmo que sua evolução seja lenta. O importante é que esses alunos estejam

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agregando conhecimentos e habilidades indispensáveis ao seu crescimento profissional, mesmo sem caráter profissionalizante (FILHO, 2003, p3).

É necessário estabelecer parcerias com universidades a fim de viabilizar a oferta de cursos de capacitação e formação para os profissionais da educação, com diferencial em sua organização e custeio financeiro, desenvolver pesquisas, encontros entre professores e estagiários, realizar mostra de trabalhos científicos, etc.

É dever do Estado garantir a progressiva universalização do Ensino Médio gratuito, a oferta de uma formação sólida e medidas econômicas que assegurem recursos financeiros para seu financiamento, bem como realizar concurso público para admissão de professores nas diferentes áreas do conhecimento, a fim de substituir, gradativamente, os contratados por concursados.

Há necessidade de integrar os alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular do Ensino Médio (Constituição Federal, Art. 208, III) e também oferecer a qualificação aos professores, bem como a adaptação das escolas quanto às condições físicas, mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos para trabalhar com essas pessoas.

4.3 OBJETIVOS E METAS Zelar para que as instâncias competentes venham a: Adaptar prédios escolares para o atendimento a alunos com necessidades

educativas especiais, até 2008. Reorganizar e revisar, continuamente, os Projetos Político-Pedagógicos e os

Planos de Estudo das escolas para a efetivação de uma educação ao longo da vida. Possibilitar ao educando do Ensino Médio reconstruir o conhecimento,

desenvolvendo suas habilidades e potencialidades, possibilitando a capacidade de argumentação para que possa interagir e intervir na sociedade, exercendo sua cidadania.

Desenvolver as habilidades dos alunos do Ensino Médio, de forma a atingir níveis satisfatórios de desempenho, definidos pelos sistemas nacional e estaduais de educação.

Garantir, progressivamente, o acesso e a permanência de adolescentes, jovens e adultos no Ensino Médio, oferecendo condições de atendimento à demanda com qualidade.

Prover as escolas de recursos humanos e materiais para todos os componentes curriculares, nas áreas do conhecimento, conforme a legislação em vigência.

Criar estratégias para atrair profissionais habilitados, com dedicação exclusiva ao magistério, compensando-os com um salário condigno que lhes assegure possibilidades de buscar o próprio aperfeiçoamento e qualidade de vida.

Atualizar o processo ensino-aprendizagem através da qualificação em serviço, dos professores, viabilizada pelas mantenedoras.

Assegurar que, em cinco anos, pelo menos 50% e, em dez anos, a totalidade das escolas disponham de equipamentos de informática para modernização da administração e para apoio à melhoria do ensino e da aprendizagem.

Substituir, gradativamente, profissionais contratados por professores concursados, na rede pública de ensino.

Estabelecer parceria com instituições de Ensino Superior, visando a adequação dos currículos acadêmicos ao atendimento da pluralidade do Ensino Médio.

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Incentivar as organizações representativas dos segmentos da comunidade escolar, Associações Círculos de Pais e Mestres, Grêmios Estudantis e outros, como espaços de participação e exercício da cidadania.

Formular e implementar, progressivamente, uma política de gestão da infra-estrutura na Educação Básica que assegure ampliação dos espaços físicos de escolas públicas de Ensino Médio de acordo com a demanda de vagas manifestadas pela clientela, no prazo de dois anos, a contar da vigência do Plano Estadual.

Atender, no Ensino Médio, a totalidade dos egressos do Ensino Fundamental, os que não tiveram acesso na idade própria e os que possuem necessidades especiais de aprendizagem.

Reivindicar junto à União um sistema de financiamento para o Ensino Médio, a fim de suprir as necessidades desse nível de ensino.

Ampliar a oferta de Ensino Médio diurno no Município. Oferecer transporte escolar aos alunos de Ensino Médio, provenientes da zona

rural, em todos os dias letivos.

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55

5 EDUCAÇÃO SUPERIOR

5.1 DIAGNÓSTICO

O Censo Escolar INEP/MEC 2002 revelou que no Brasil o número de alunos no Ensino Superior cresceu 84% na Rede Privada e 31% nas instituições públicas nos últimos 5 anos. No RS, o crescimento público foi menor, chegando à taxa de 6%, enquanto a Rede Privada cresceu 56%. Nesse período foram abertos, em média, 1.490 cursos por ano, 124 por mês. A Rede Privada detêm 63,5% do total dos cursos, cabendo a cada instituição uma média de 9 cursos.

Das dez maiores universidades do País, seis são privadas e duas são gaúchas: a ULBRA, Universidade Luterana do Brasil, em 4º lugar, e a UNISINOS, Universidade do Vale dos Sinos, em 7º lugar. A Região Sul tem 19% do total de alunos do país, isto é, 677.655 alunos matriculados. No Brasil, 58% dos alunos freqüentam curso noturno e 57% são mulheres.

Outra realidade é o fato de 70% dos alunos brasileiros estarem matriculados no Ensino Superior privado. No RS, 88% das instituições são privadas. Essas 53 instituições oferecem 903 cursos. As instituições públicas são 7 e reúnem 187 cursos. Segundo especialistas, a nossa educação superior é elitista e uma das mais privadas do mundo.

Segundo o MEC, atualmente, apenas 9% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos conseguem uma vaga no Ensino Superior. Um percentual muito baixo, se comparado com outros países. Menor ainda, dentro desse índice, é o número de estudantes de baixa renda que consegue vencer as barreiras para ingressar na faculdade. O objetivo do Plano Nacional de Educação, PNE, é elevar para 30% o percentual de jovens cursando o Ensino Superior.

Em 2000, quando o número de ingressos por faixa etária começou a ser coletado, 64% tinham até 24 anos e 5,3%, 40 anos ou mais. Agora, o primeiro grupo representa 62% e o outro, 6,4% dos admitidos. Neste mesmo ano, em Panambi, havia 4.311 pessoas na faixa etária de 18 a 24 anos, idade própria para cursar a Educação Superior. No entanto, por razões diversas não se tem condição de aferir o número de pessoas que não ingressaram em curso superior e nem o número de pessoas com mais idade que voltaram a estudar.

Nos últimos 13 anos, houve um crescimento de 100% nas matrículas de alunos do Ensino Superior nos três Estados do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A análise do cenário brasileiro revela que o inchaço na oferta de vagas é esvaziado pela dificuldade do aluno em pagar as mensalidades na Rede Privada. Dos quatro mil alunos que ingressam a cada semestre, mil não concluem os estudos, afirma Sirlei Dias Gomes, da ULBRA. Em média 40% dos estudantes não concluem o curso no tempo mínimo. Evasão, prolongamentos por dificuldade de cursar as disciplinas e transferências são motivos apontados.

Outro aspecto que preocupa é o fato de que nem todos os egressos da Educação Superior têm vaga garantida no mercado de trabalho. Nos últimos 10 anos, o desemprego dos jovens não parou de aumentar. Enquanto o número de jovens no mundo cresceu 10,5%, a oferta de postos de trabalho para essa população cresceu 0,2%.

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A Organização Internacional do Trabalho (OIT) está assustada com o aumento de jovens desempregados na América Latina, e prevê que isso vai se agravar nos próximos 10 anos. Além disso, a OIT alerta para o perigo de que estes venham a engrossar o número de pessoas com título superior atuando no setor informal.

Segundo o Correio do Povo (ago, 2004), a criação de novos cursos superiores no País, depende de uma Portaria baixada pelo Ministério da Educação, a qual determina alguns indicadores, como grau de alfabetização, de escolaridade, pobreza, emprego formal e número de jovens para que seja autorizada.

O objetivo do MEC é expor um marco regulador e, assim defender a expansão do ensino privado. Também será delineado o perfil da clientela em potencial para o Ensino Superior.

A Portaria do Ministério da Educação (em tramitação) determina que as novas instituições credenciadas somente terão autorização de funcionamento para os novos cursos que forem considerados necessários à região onde serão instalados.

Diante dessa situação, a Universidade precisa repensar a oferta de cursos, oportunizando estudos em áreas que constituirão o futuro mercado de trabalho. As empresas, hoje, estão produzindo a mesma quantidade de cinco anos atrás com 25% de trabalhadores a menos. Galpões lotados de empregados foram substituídos por linhas de produção automatizadas. O mundo do velho emprego está acabando. Agora se exige mais dos funcionários, isto é, que estes apresentem sugestões para reduzir custos, aumentar a qualidade dos produtos e oferecer segurança no trabalho.

Muitos são os jovens e adultos panambienses que estudam em universidades da região, em outros Municípios do Rio Grande do Sul e até mesmo em outros Estados, além dos que freqüentam o Campus localizado no Município.

Grande parte dos universitários de Panambi estudam na UNICRUZ e na UNIJUI, sendo beneficiados pela Lei Municipal nº 991/89, de 22 de maio de 1989, aprovada pela Câmara Municipal de Vereadores, que subsidia o transporte escolar coletivo de terceiro grau no Município.

A UNICRUZ ofereceu no Vestibular de Inverno – 2004, 535 vagas, distribuídas em 14 cursos de Regime Regular e 80 vagas no Curso Seqüencial de Formação Específica em Análise de Tecnologia da Informação.

Conforme informações do cadastro de alunos junto aos Acadêmicos de Panambi, dos universitários panambienses que freqüentam cursos na UNICRUZ, 23,23% estão cursando licenciaturas na área da educação, sendo que 0,42% no curso de Ciências Biológicas, 0,84% em Química, 3,8% na Pedagogia, 5,93% em Letras (Inglês), 1,69% na Matemática, 0,84% em História, 9,7% em Educação Física. Em relação à freqüência nos cursos na área da Saúde, o percentual é de 9,59%, distribuídos nos seguintes cursos: 0,42% em Nutrição, 1,27% em Farmácia, 2,54% em Fisioterapia e 15,5% em Enfermagem.

A Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUI oferece 32 cursos de graduação, distribuídos nos diversos Campus da Universidade.

Dos universitários panambienses que freqüentam cursos na UNIJUÍ, 23,71% estão cursando licenciaturas na área da educação, sendo que: 0,47% no curso de Licenciatura em

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Computação, 2,39% em Ciências, 0,95% em Ciências Biológicas, 0,31% na Licenciatura em Química, 3,83% na Pedagogia, 0,15% na Licenciatura em Física, 2,07% em Letras (Port/Lit), 4,31% em Letras (Inglês), 1,11% em Letras (Espanhol), 3,51% na Matemática, 0,15% na Filosofia, 0,63% em História, 0,79% em Geografia, 1,59% em Artes Visuais e 1,45% em Educação Física.

Em relação aos cursos na Área da Saúde o percentual é de 17,39%, distribuídos nos seguintes cursos: 5,43% em Nutrição, 3,83% em Psicologia, 2,55% em Farmácia, 1,75% em Fisioterapia e 3,83% em Enfermagem.

Os cursos nas Áreas da Saúde e da Educação somam 41,1% do total freqüentados pelos universitários panambienses na UNIJUI e 32,82% na UNICRUZ.

A seguir, quadro com a relação de cursos freqüentados pelos universitários de Panambi, número de alunos por curso e por universidade e também percentual de universitários que freqüentam os diversos cursos.

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Quadro 26 - RELAÇÃO DE CURSOS E NÚMERO DE ALUNOS QUE FREQÜENTAM A

EDUCAÇÃO SUPERIOR NAS ÁREAS DA EDUCAÇÃO E DA SAÚDE EM 2004

ÁREA DA

EDUCAÇÃO UNIJUI

%

por

Curso

%

por

Áre

a

UNICRUZ

%

por

Curso

%

por

Área

Licenciatura. em

Computação

03 0,47 - -

Ciências 15 2,39 - -

Ciências Biológicas 06 0,95 01 0,42

Química 02 0,31 02 0,84

Pedagogia 24 3,83 09 3,81

Física 01 0,15 - -

Letras (Port / Lit) 13 2,07 - -

Letras (Inglês) 27 4,31 14 1,69

Letras (Espanhol) 07 1,11 - -

Matemática 22 3,51 04 1,69

Filosofia 01 0,15

23,

71

- -

23,23%

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59

História 04 0,63 02 0,84

Geografia 05 0,79 - -

Artes Visuais 10 1,59 - -

Educação Física 09 1,45

23 9,7

ÁREA DA SAÚDE

Nutrição 34 5,43 01 0,42

Psicologia 24 3,83 - -

Farmácia 16 2,55 03 1,27

Fisioterapia 11 1,75 06 2,54

Enfermagem 24 3,83

17,

39

13 5,5

9,59%

Fonte: UNIJUI Campus Panambi. Agosto, 2004

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60

Quadro 27 – RELAÇÃO DE CURSOS FREQUENTADOS PELOS UNIVERSITÁRIOS DE

PANAMBI NAS UNIVERSIDADES UNIJUI / UNICRUZ

Áreas Cursos de Graduação

UNIJUI

(noturno)

(diurno-não

informado)

%

UNICRUZ

(diurno/notur

no)

%

Agronomia 06 03

Medicina Veterinária - 10

Técnico Agropecuário - 01

CIENCIAS

AGRÁRIAS

Agroindústria -

0,9

5 01

6,3

5

Ciências Biológicas 06 01

Biomedicina - 03

Educação Física 09 23

Enfermagem 24 13

Farmácia 16 03

Fisioterapia 11 06

Nutrição 34 01

Ciências 15 -

CIENCIAS

BIOLÓGICAS E

DA SAÚDE

Psicologia 24

22,

16

-

20,

18

Matemática 22 04 CIENCIAS

EXATAS Química 02

02

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61

Engenharia Mecânica 14 -

Engenharia Elétrica 49 -

Engenharia Civil 45 -

Física 01

21,

2

-

2,5

4

Ciência da Computação - 38

Licenciatura em computação 03 - CIÊNCIAS DA

TECNOLOGIA

Informática 17

3,1

8 -

16,

10

História 04 02

Geografia 05 -

Pedagogia 24 09

CIENCIAS

HUMANAS

Filosofia 01

5,5

-

Administração 24 14

Arquitetura e Urbanismo - 15

Ciências Contábeis 38 06

Ciências Econômicas - 04

Gestão de Empresas Rurais - 02

Gestão Pública 01 -

CIÊNCIAS

SOCIAIS E

APLICADAS

Economia 06

11

01

17,

79

Jornalismo 03 02

Publicidade e Propaganda 06 01

Relações Públicas 07

01

24,

57

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62

Comunicação Social (não informaram a

área)

- 07

Direito 89 34

Serviço Social 12 08

COMUNICAÇÃ

O SOCIAL

Turismo -

20,

56

05

57

Letras (Português/ Inglês) 27 14

Letras(Português/ Espanhol) 07 -

Letras(Português/ Literatura 13 -

Artes Visuais 10 -

LINGUISTICA

LETRAS E

ARTE

Design 06

10,

03

-

5,9

3

Não informaram

o curso

39 6,2

3

01 0,4

2

TOTAL 626 236

Fonte: PANAMBI. Associação dos Acadêmicos de Panambi. Relatório de Viagens de alunos cadastrados na AACADI, 16/08/2004.

PANAMBI. Associação dos Acadêmicos de Panambi. Lista de Associados da AACAPAN, Agosto, 2004.

PANAMBI. União dos Acadêmicos de Panambi. Lista de alunos cadastrados na UNICAP, 24/04/2004.

Quadro 28 - FORMAÇÃO DOS DOCENTES QUE ATUAM NOS CURSOS NA UNIJUI CAMPUS PANAMBI EM 2003

Titulação dos docentes Quantidade Doutor 11 Doutorando 02 Mestre 26 Especialista 13 TOTAL 52

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63

Fonte: UNIJUI Campus Panambi. Agosto, 2004

Dos 52 professores que lecionam na UNIJUI - Campus Panambi, 50% são mestres, 25% são especialistas, 21% são doutores e 3,8% são doutorandos, prevalecendo, portanto, o número de mestres, o que atende as exigências do Ministério da Educação.

Quadro 29 - ACERVO BIBLIOGRÁFICO DA UNIJUI - CAMPUS PANAMBI

ANOS 90 ANOS

2000/2003

Outros Anos TOTAL

Livros 892 541 975 2408

Monografias 40 46 4 90

Teses 3 0 4 7

Dissertações 1 1 2 4

Relatórios 1 28 11 40

Vídeos 8 3 27 38

Disquetes 8 3 1 12

Normas

Técnicas

62 8 55 125

Folhetos 266 194 71 531

Catálogos 48 8 125 181

Cd-rom 9 5 1 15

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64

Mapas 2 2 0 4

Total 1340 839 1276 3455

Compra Doação Permuta Total

Periódico 14 210 2 226

Total de Títulos de Todos os

Materiais

3681

Total de exemplares de todos os

materiais

6137

Artigo de periódico 656

Fonte: UNIJUI Campus Panambi

A Biblioteca da UNIJUI - Campus Panambi possui Livros, Monografias, Teses, Dissertações, Relatórios, Vídeos, Disquetes, Folhetos, Catálogos, Mapas, etc. Através do quadro acima percebe-se que o acervo bibliográfico da UNIJUI - Campus Panambi teve um aumento significativo desde sua implantação até este ano de 2004.

Segundo Delors (2001, p142):

Numa época em que o volume de conhecimentos de informações passa por um crescimento exponencial, e em que se espera das instituições de Ensino Superior que satisfaçam as necessidades educativas de um público cada vez mais numeroso e variado, adquire cada vez mais importância a qualidade da formação dada aos professores e a qualidade do ensino prestado pelas instituições de ensino superior.

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Quadro 30 - CURSOS DE GRADUAÇÃO NA UNIJUI - CAMPUS PANAMBI

Sem 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

1º 50 50 50 50 50 50 50 50 100 50 50 Engenharia

Mecânica 2º 00 00 00 00 00 50 00 00 00 00 00

1º - - - - - - - - - - 50 Pedagogia

2º - - - - - - - - - - 30

1º - - - - - - - - 55 55 55

Vagas

Administração 2º - - - - - - - - - - 30

1º 52 67 41 44 68 78 44 46 783 511 415 Engenharia

Mecânica 2º 00 00 00 00 00 18 00 00 00 00 00

1º - - - - - - - - - - 21 Pedagogia

2º - - - - - - - - - - 10

1º - - - - - - - - 48 67 70

Inscritos

Administração 2º - - - - - - - - - - 64

1º 86 122 127 127 152 165 146 137 199 227 269 Engenharia

Mecânica 2º 80 112 113 120 138 161 136 128 189 225 273

1º - - - - - - - - - - 23 Pedagogia

2º - - - - - - - - - - 33

Matriculados

Administração 1º - - - - - - - 39 84 139 204

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2º - - - - - - - 31 80 141 261

Engenharia

Mecânica

- - - - 20 11 13 16 17 12 05 02

Pedagogia - - - - - - - - - - - -

Diplomados

Administração - - - - - - - - - - - -

Fonte: UNIJUI Campus Panambi. Agosto 2004

O Campus UNIJUI, em Panambi, oferecia, em 2004, três cursos: Engenharia Mecânica, Administração e Pedagogia. O primeiro curso foi oferecido à comunidade panambiense em 1994. Pode-se observar no quadro anterior que as vagas e matrículas oscilaram no decorrer dos dez anos.

No ano de 2004, do total dos alunos matriculados, 48,2% correspondem ao Curso de Engenharia Mecânica, 46% ao curso em Administração e 5,8% ao curso de Pedagogia.

A seguir, quadro sobre a situação de vagas, inscritos e matrículas em 2004, na UNIJUI - Campus Panambi.

Quadro 31 - MATRÍCULA NA EDUCAÇÃO SUPERIOR EM 2004 NA UNIJUI - CAMPUS PANAMBI

VAGAS VESTIBULAR INVERNO JULHO / 2004

Fonte: UNIJUI Campus Panambi

Cursos Vagas Inscritos Matrícula

Engenharia Mecânica - - 273

Administração 30 64 261

Pedagogia 30 10 33

TOTAL 60 74 567

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Quadro 32 - NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS E ESTAGIÁRIOS DA UNIJUI –

CAMPUS PANAMBI EM 2004

Setor Funcionários Estagiários

Pró- Reitoria 3 0

Telefonia 1 0

Tesouraria 1 0

Biblioteca 1 0

Coordenação de Cursos 2 0

Vigilância 4 0

Limpeza, Copa e Cozinha 3 0

Coord. Gestão e Desenv. Tecnológico 7 3

Manutenção 1 0

UNILIVROS 1 0

Fonte: UNIJUI - Campus Panambi

Em Panambi, a Educação Superior, ao longo da sua história sempre foi um valor

cultivado por sua comunidade. Isso se comprova pelo fato de se ter conseguido a implantação, em 1994, de um Campus Universitário Privado no Município, o qual vem crescendo tanto em estrutura física, quanto na qualidade e quantidade de cursos oferecidos.

A área física total do Campus da UNIJUI em Panambi é de 45.056 m², sendo a área construída de 2.469,21 m². Para manter esta estrutura em boas condições e demonstrando qualidade no atendimento aos universitários, conta com 24 funcionários distribuídos nos setores, conforme quadro descrito anteriormente.

As atividades iniciaram, nesse espaço físico, com 50 alunos no curso de Engenharia Mecânica, curso este que foi implantado como resultado de uma necessidade apresentada

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na Região. Panambi é considerado o Terceiro Pólo Metal Mecânico do Estado, visto que as empresas, na sua maioria, são voltadas para a indústria, principal atividade econômica do Município.

Entre os dias 30 de setembro e 3 de outubro de 1997, uma Comissão do MEC visitou as dependências do Curso de Engenharia Mecânica para verificar suas condições de funcionamento e através da Portaria nº 347, de 28 de abril de 1998, o curso foi oficialmente reconhecido. No ano de 1999, passou por mais uma avaliação do MEC feita em todos os cursos de Engenharia Mecânica do Estado do Rio Grande do Sul, na qual foi classificado como o segundo melhor curso do Estado, obtendo os seguintes conceitos:

- CMB: Condições Muito Boas para o Corpo Docente, conceito este aplicável a um curso que apresenta um padrão de excelência;

- CB: Condições Boas, para a Organização Didático-Pedagógica e para as Instalações do Curso, conceito este aplicável a um curso que apresenta um padrão de boa qualidade.

A qualidade de ensino, bem como a sua localização estratégica no município de Panambi, culminou com a parceria UNIJUI/ UERGS, viabilizando o acesso de 100 alunos de forma gratuita ao Curso de Engenharia Mecânica no ano de 2002, contribuindo para o processo de desenvolvimento de Panambi e região. Este convênio existe até o presente ano, permitindo o acesso anual de 50 alunos com ensino gratuito.

No ano de 2003, o curso de Engenharia Mecânica obteve conceito “A” na Avaliação Nacional de Cursos do MEC, e com isso foi reconhecido como o segundo melhor curso do Estado e o sétimo melhor curso do País, o que consolida a Universidade como referência na área de ensino.

Ao longo desses doze anos de existência do Campus Panambi foram abertos dois outros cursos que beneficiaram a comunidade: Administração de Empresas e Pedagogia como se pode observar no quadro 30.

5.2 DIRETRIZES

Num país, como o Brasil, com diferenciações sociais, o Ensino Superior precisa assegurar qualidade e quantidade para atender a maior procura por vagas.

Paralelo ao debate oficial sobre a necessidade de uma reforma no Ensino Superior, os resultados dos Exames Nacionais de Cursos demonstram que o processo de ampliação de ofertas de cursos universitários no país não vem se pautando sempre pela preocupação com a qualidade.

Segundo o INEP, o acesso a recursos como biblioteca e computador exerce efeito significativo sobre quem está concluindo o terceiro grau, devendo, por isso, merecer atenção especial por parte do Poder Público.

Para Delors (2001), além da tarefa de preparar numerosos jovens para a pesquisa ou para empregos qualificados, a universidade deve continuar a ser a fonte capaz de matar a sede de saber dos que, cada vez em maior número, encontram na sua própria curiosidade de espírito o meio de dar sentido à vida. A cultura, tal como a entendemos, inclui todos os domínios do espírito e da imaginação, das ciências mais exatas à poesia. A universidade

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deve apelar mais à colaboração de especialistas além dos professores de Ensino Superior. O trabalho de grupo, a cooperação com a comunidade circunvizinha e o trabalho de estudantes a serviço da comunidade, são alguns dos fatores que podem enriquecer o papel cultural das instituições de ensino superior e como tal merecem ser encorajados.

A universidade é, pois, responsável e precisa estar presente, participando nos debates relacionados com a concepção e com o processo de transformação da sociedade, estudando os problemas regionais e gerando soluções, tendo como chave de entrada o universo da ciência. A idéia da cooperação entre a universidade e as diferentes áreas da sociedade é respeitada internacionalmente.

É importante também, pensar nas situações que geram o insucesso escolar no curso superior. O ideal seria iniciar pelo diagnóstico das dificuldades desses alunos, as quais, muitas vezes, estão ligadas as suas situações familiares, étnicas, culturais, profissionais e/ou sociais. Repensar a organização dos cursos, criando percursos de aprendizagem mais suaves e flexíveis talvez limitasse significativamente o abandono e as saídas do sistema escolar sem qualificações e/ou certificações o que gera situação de inferioridade perante o mercado de trabalho, pois as formas de certificação não levam em conta as competências adquiridas ao longo da vida. É preciso que se reflita sobre a seletividade e a orientação na escolha dos cursos. Esta última deveria ser conseqüência de um processo iniciado nos níveis anteriores de ensino.

A demanda atual pós-universidade também precisa substituir a “esperança de um emprego” pela “criação de empregos”. O mundo do trabalho tornou-se mais complexo e quem se comporta segundo padrões antigos se arrisca a ingressar nos índices do desemprego. Sem o domínio de dois idiomas, computador, interesses variados, sintonia com as mudanças e uma nova fileira de habilidades não dá para ser um bom candidato a um emprego ou a abertura de um empreendimento.

A internacionalização da economia obriga que aconteça uma reengenharia na formação profissional, tanto em termos de competências, quanto em termos de atitudes. É preciso olhar para o que acontece a nossa volta e ver as informações disponíveis que indicam os contornos das carreiras daqui a dez ou quinze anos. Para entender o trabalho no século XXI, quatro palavras são chaves: tecnologia, globalização, serviços e conhecimento. Além disso, é preciso que se saiba identificar problemas, resolvê-los, integrar soluções e trabalhar em equipe.

5.3 OBJETIVOS E METAS Gestionar junto às Instituições de Ensino Superior que já estão instaladas no

Município e as que vierem a se instalar, que se regionalizem através da: diversificação da oferta de ensino, incentivando a criação de cursos em nível

superior com propostas inovadoras, sejam eles seqüenciais ou modulares. oferta de cursos de Licenciatura Plena nas áreas do conhecimento com maior

carência de profissionais, inclusive em Ensino Religioso.

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oportunidade de acesso, permanência e conclusão de cursos de Licenciatura Plena e nas áreas em que existe comprovação de falta de recursos humanos, através de concessão de bolsas e do sistema de crédito educativo.

ampliação da oferta de Educação Superior para faixa etária de 18 a 24 anos em Panambi.

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6 EDUCAÇÃO ESPECIAL

6.1 DIAGNÓSTICO

A Organização Mundial de Saúde estima que em torno de 10% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência. No município de Panambi, considerando o percentual apresentado, tem-se em torno de 3.200 pessoas com necessidades especiais. O conhecimento dessa realidade ainda é bastante precário, porque não se dispõe de estatísticas completas e a falta de informação tem contribuído para ocultar a identificação das pessoas que necessitam de um atendimento especializado. No ano de 2003, realizou-se trabalho de esclarecimento a respeito desta parcela da população para os profissionais da educação que atuam na Rede Municipal. A partir do Censo Escolar INEP / MEC de 2004 conseguiu-se obter dados mais precisos, que permitiram análises mais profundas da realidade municipal. No entanto, esse trabalho ainda não atingiu o âmbito da Rede Pública Estadual e da Rede Privada. Nelas, os dados ainda inexistem embora se saiba que são muitos os alunos com necessidades educacionais especiais incluídos nesses sistemas regulares de ensino. Urge que se utilize o Censo Escolar do próximo ano como mecanismo de esclarecimento e coleta dessas informações para que se possa ter a dimensão dessa realidade no Município em sua totalidade, além do que é necessário realizar levantamento em nível de Município sobre essa população.

Na Rede Municipal, nas escolas de ensino regular, no ano de 2004, houve uma matrícula inicial de 2.905 alunos no Ensino Fundamental e destes, 8 alunos foram declarados como necessitando de Educação Especial. Na Educação Infantil havia13 alunos mencionados em relação à matrícula inicial, de um total de 1.017 alunos. Conclui-se que os números da matrícula nos estabelecimentos escolares são tão baixos que não permitem qualquer confronto com o contingente estimado, conforme mostra o quadro a seguir:

Quadro 33 - TAXA DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS

ESPECIAIS NO SISTEMA REGULAR NA REDE MUNICIPAL EM 2004.

Alunos Portadores de Necessidades Especiais % Alunos não Portadores

de Nec. Especiais % Total

Ed. Infantil 13 1,27 1.004 98,72 1.017 Ens. Fundamental 8 0,27 2.897 99,72 2.905

Total 21 0,53 3.901 99,46 3.922 Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar. INEP / MEC, 2004

Esses números retratam casos severos de alunos com necessidades educacionais

especiais nas seguintes especificidades: visual, física, mental e condutas típicas, sendo que os casos leves não foram considerados para o cálculo desse índice. Se fosse feita uma análise mais rigorosa do que se entende por Educação Especial, hoje, se teria um número mais elevado de portadores de necessidades especiais.

Dos estabelecimentos de Educação Especial no município de Panambi, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Pequeno Príncipe mantida, integralmente, pela Prefeitura Municipal, tanto com recursos humanos, materiais e físicos, como também, com transporte gratuito para a totalidade dos alunos e a Escola de Educação Especial Girassol, que tem como

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mantenedora a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e recebe recursos oriundos do Ministério da Ação Social através dos Serviços de Ação Continuada (SAC) com contrapartida de 20% do Município, da bolsa de recursos do Estado e do Município através do Fundo de Assistência Social, Convênio Bolsa de Estudos – 20 Metas – Secretaria Estadual de Educação. Com os recursos recebidos são pagos parte do corpo docente, material didático-pedagógico, de limpeza, de expediente, luz, água, telefone e transporte escolar para seus alunos. Há também convênio com os poderes públicos, que mantêm cedidos, através da SMEC, 2 professores com regime de trabalho de 22 horas e pela Secretaria da Educação do Estado/RS, 1 professor com 40 horas para a Escola de Educação Especial Girassol.

Analisando o atendimento na escola especializada da esfera pública e da particular, no Município verifica-se que cada uma delas procura atender uma parte da clientela da Educação Especial num efetivo trabalho de complemento. A Escola Municipal dá preferência ao atendimento de alunos com dificuldades de comunicação e sinalização, que apresentam surdez, cegueira ou distúrbios acentuados de aprendizagem, para os quais são adotadas formas diferenciadas de ensino e adaptações de acesso ao currículo, alunos com deficiência mental leve, condutas típicas e deficiências múltiplas que apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem e requerem um currículo diferenciado e os alunos que, por razões diversas não tiveram êxito no processo de alfabetização nas classes regulares de ensino, os quais, no momento em que acontecer a conclusão da sua alfabetização, são reintegrados ao sistema regular de ensino. Já a Escola Particular oferece às pessoas com deficiência mental e/ou múltipla, que apresentam comprometimento mais severo, equipe multidisciplinar em estimulação intensificada, bem como presta suporte à equipe pedagógica, atendimento em classes de Educação Infantil e Ensino Fundamental, organizada em ciclos, atendimento à Educação Profissional de Jovens e Adultos, grupos de convivência e a programas pedagógicos específicos, todos baseados na APAE Educadora.

A Escola ainda oferece atividades complementares como a Capoeira, a Natação, o Teatro, a Dança, a Hidroginástica, a Hidroterapia, a Educação Física, os Treinamentos de Atletismo e Futsal e o Espaço Lúdico.

Nos últimos anos, a tendência de encaminhamento para as escolas especializadas, no atendimento de Educação Especial, restringiu-se aos casos de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais e requerem atenção individualizada nas atividades da vida autônoma e social, recursos, ajudas e apoios intensos e contínuos, bem como adaptações curriculares tão significativas que a escola comum não tem conseguido prover. Verifica-se, no gráfico a seguir, que houve um decréscimo na matrícula inicial da Escola Municipal Pequeno Príncipe, porém, um aumento na Escola Girassol, chegando no ano de 2004, a se equivalente entre elas o número total de alunos atendidos.

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Gráfico 09 - MATRÍCULA INICIAL NA EDUCAÇÃO ESPECIAL DE 1994 A 2004

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Matrícula Inicial 1994 a 2004.

Na Rede Pública, tanto Municipal quanto Estadual, no Município, faz-se necessária

a eliminação das barreiras arquitetônicas nas escolas, adequando os prédios escolares com instalações sanitárias para alunos com necessidades especiais, rampas e corrimões, naquelas que ainda não apresentam, para assegurar o acesso a todo e qualquer cidadão. Nota-se, entretanto, que a escola particular e filantrópica do nosso Município, que atende exclusivamente Educação Especial, possui uma organização arquitetônica que favorece o acesso de todos os seus alunos por ter sido projetada e construída para este fim. O mesmo não acontece com a Escola Especial Municipal, cujo prédio foi somente adaptado para esse uso.

Em relação à qualificação dos profissionais do magistério, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Pequeno Príncipe, todo o corpo docente está habilitado e/ou capacitado para trabalhar com esta modalidade de ensino, 4 professores possuem formação específica em áreas da Educação Especial. Os demais professores possuem cursos de capacitação, o que, em anos anteriores, garantiu o seu ingresso por concurso público na Rede Municipal. Outro fator positivo em relação ao corpo docente é que 5 professores possuem formação em Licenciatura Plena e 5 possuem especialização, sendo 3 em Educação Especial.

Na Escola Girassol, 1 dos professores está cursando Licenciatura, 4 possuem Licenciatura Plena concluída, 5 professores possuem curso de capacitação na área de Educação Especial, 2 professores estão cursando a especialização e 2 professores estão com a especialização concluída.

123

97

50

88

48

96

50

7966

96

64

89

67

94

63

88

67 6775

7974

0153045607590

105120135150

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Nº Alunos EMEF Pequeno Príncipe Nº Alunos Escola Girassol

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Quadro 34 - FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Escola Municipal Escola Privada

Função

Nível de

Formação

Regentes /

classe

Diretor

Coordenador

Regentes /

classe Diretor Coorden

ador

Ensino Médio Normal

2

Licenciatura em Curso

1 1

Licenciatura Curta

Licenciatura Plena 5 2 2 4

Especialização 5 2

Especialização em curso

1 1

Mestrado

Fonte: PANAMBI. Pesquisa de Campo, 2004

A qualificação do corpo docente e do corpo técnico das escolas do ensino regular ainda é insuficiente para atender alunos com necessidades educacionais especiais. Nem todos os professores têm conhecimento das especificidades da educação de alunos especiais, embora, todos devessem ter conhecimento na área. Os sistemas de ensino estão procurando fazer a sua parte no que se refere a esta qualificação.

No quadro a seguir, é apresentada a relação professor/aluno nas escolas de Panambi. A média do número de alunos por professor nas escolas de Educação Especial se equivale. No entanto, esse número, no geral, parece baixo, principalmente se for considerada essa média, incluindo os professores que não estão em regência de classe. É difícil avaliar o ideal no que se refere a essa proporção, quando se trata de Educação Especial, pois a formação de turmas depende das condições de interação apresentadas pelos alunos, chegando a ter em alguns casos, necessidade de atendimento individualizado.

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Quadro 35 - RELAÇÃO PROFESSOR / ALUNO NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL EM 2004

Rede Nº de alunos

Professor Alunos/Professores

Regentes

Alunos/Regentes

Municipal 79 17 4,6 13 6,0

Privada 74 14 5,2 12 6,1

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. Censo Escolar INEP / MEC, 2004

A concepção atual de Educação Especial tem trazido novas demandas com a proposta de inclusão de alunos portadores de necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino, que prevê adaptações arquitetônicas internas e externas, aquisição de mobiliário específico necessário, aquisição de equipamentos e recursos materiais específicos, aquisição de instrumentos e de equipamentos que favoreçam a comunicação e participação de alunos surdos e cegos nas atividades da vida escolar, adaptação de materiais de uso comum em sala de aula, a formação continuada dos professores e demais profissionais da educação, a cedência de acompanhante para alunos que necessitem, contratação de intérprete de Libras para turmas com alunos surdos e, para atendê-las, investimentos crescentes serão necessários na década de vigência desse Plano. Veja no apêndice C - dados de 2004 a 2007.

6.2 DIRETRIZES

Tradicionalmente, a Educação Especial tem sido concebida como aquela destinada apenas aos alunos que apresentam deficiências (mental, visual, auditiva, física/motora e múltiplas), condutas típicas, síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos, bem como a alunos que apresentam altas habilidades/ superdotação.

Hoje, com a adoção do conceito de necessidades educacionais especiais, afirma-se o compromisso com uma nova abordagem, que tem como horizonte, a inclusão. Dentro dessa visão, a ação da Educação Especial amplia-se, passando a abranger não apenas as dificuldades de aprendizagem relacionadas a condições, disfunções, limitações e deficiências, mas também, aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica, considerando que, por dificuldades cognitivas, psicomotoras e de comportamento, alunos são, freqüentemente, negligenciados ou mesmo excluídos dos apoios escolares.

A Constituição Federal em seu Artigo 208, Inciso III e a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, no Capítulo V, tratam, especificamente, da Educação Especial, quando estabelecem o direito das pessoas com necessidades especiais receberem atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino. O CME/Pbi também elaborou normatizações específicas para esta modalidade de ensino. Considerando que a diretriz atual é a de plena integração dessas pessoas em todas as áreas da sociedade, faz-se necessário garantir o

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direito à educação, comum a todas as pessoas, e o direito de receber essa educação, sempre que for recomendado por avaliação de suas condições pessoais, junto com os demais alunos do ensino regular.

Segundo o Plano Nacional de Educação 2001, uma política explícita e vigorosa de acesso à educação de responsabilidade da União, dos Estados e Distrito Federal e dos Municípios, é uma condição para que sejam assegurados às pessoas especiais seus direitos. Tal política abrange o âmbito social, do reconhecimento das crianças, jovens e adultos especiais como cidadãos e de seu direito de estarem integrados na sociedade o mais plenamente possível, e o âmbito educacional, tanto nos aspectos administrativos (adequação do espaço escolar, de seus equipamentos e materiais pedagógicos), quanto na qualificação dos professores e demais profissionais envolvidos. O ambiente escolar como um todo deve ser sensibilizado para uma perfeita integração. Propõe-se uma escola integradora, inclusiva e aberta à diversidade dos alunos, na qual a participação da comunidade é fator essencial. Quanto às escolas especiais, a política de inclusão as reorienta para prestarem apoio aos programas de integração.

A educação é um direito social de todo indivíduo. Para promover o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, moral e social dos alunos com necessidades educacionais especiais, e ao mesmo tempo facilitar-lhes a integração na sociedade como membros, a escola precisa estar assessorada por uma equipe multiprofissional, segundo o Plano Nacional de Educação de 2001. A articulação e a cooperação entre os setores da Educação, Saúde e Assistência Social é fundamental e potencializa a ação de cada um deles, tendo em vista o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças, jovens e adultos com necessidades especiais.

A Educação Especial, como modalidade de educação escolar, deve começar precocemente, inclusive como forma preventiva, fundamentada nos princípios da preservação da dignidade humana, na busca da identidade e no exercício da cidadania. Quanto mais cedo se dá a intervenção educacional, mais eficaz ela se torna no decorrer dos anos, produzindo efeitos mais profundos sobre o desenvolvimento das crianças, sendo a Educação Especial promovida sistematicamente nos diferentes níveis de ensino. A garantia de vagas e o adequado atendimento no ensino regular para os diversos graus e tipos de deficiência são medidas importantes.

A formação de recursos humanos com capacidade de oferecer o atendimento aos educandos especiais nas escolas de Educação Infantil, escolas regulares de Ensino Fundamental, Médio e Superior, bem como em instituições especializadas e outras instituições é uma prioridade também para o nosso Município. Não há como ter uma escola regular eficaz, quanto ao desenvolvimento e aprendizagem dos educandos especiais, sem que seus professores, técnicos, pessoal administrativo e auxiliar sejam preparados para atendê-los adequadamente. As classes situadas nas escolas “regulares” que integram alunos especiais precisam contar com professores capacitados na área, número reduzido de alunos em relação à média de aluno por turma na escola, material pedagógico adequado, bem como, com adaptação da parte arquitetônica.

O grande desafio a ser enfrentado é operacionalizar, no plano político-pedagógico, uma educação inclusiva, que garanta o direito à educação de todos os alunos, independentemente de classe, raça, gênero, sexo, características individuais ou

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necessidades educacionais especiais de modo que possam aprender juntos em uma escola de qualidade. A inclusão social é direito de todos, mas a inclusão escolar deve acontecer para os alunos especiais que apresentarem reais condições de freqüentar a classe no ensino regular.

No entanto, para que isso aconteça, é essencial que os profissionais da educação estejam aptos para identificar alunos com singularidades, que realmente os caracterizem como portadores de necessidades educacionais especiais e os diferenciem daqueles que possuem dificuldades de aprendizado comuns, como problemas de dispersão e atenção ou problemas disciplinares, de forma que a prática de colocar nas classes especiais todos os inadaptados seja evitada. A esses deve ser dado maior apoio pedagógico nas suas próprias classes, e não separá-los como se precisassem de uma Escola de Educação Especial.

Considerando que o aluno especial pode ser também da escola regular, os recursos para atendê-lo devem também estar previstos, tendo em vista as especificidades dessa modalidade de educação e a necessidade de promover a ampliação do atendimento. Recomenda-se reservar uma parcela equivalente a 5% dos recursos vinculados à Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, uma vez que, hoje, o Município tem em seu orçamento uma previsão que chega aproximadamente a 2,3% do valor orçado.

6.3 OBJETIVOS E METAS Compor uma Equipe Multiprofissional no Município, em parceria com as áreas de

Saúde e Assistência Social, destinada a auxiliar às escolas de ensino regular a darem o apoio necessário aos professores e alunos com necessidades educacionais especiais.

Garantir a permanência da Equipe Multiprofissional constituída de profissionais da Assistência Social e Saúde para oferecer apoio técnico na Escola Municipal de Ensino Fundamental Pequeno Príncipe, ampliando a carga horária dos mesmos.

Incluir nos programas de capacitação dos profissionais do Ensino Fundamental, qualificação para o atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular.

Aumentar os recursos destinados à Educação Especial, a fim de atingir até o final da década deste Plano, o mínimo equivalente a 5% dos recursos vinculados à Manutenção e ao Desenvolvimento do Ensino, contando, para tanto, com parcerias das áreas de Saúde, Assistência Social, Trabalho e Previdência.

Adequar os prédios escolares para possibilitar o acesso de pessoas com necessidades especiais, durante a década da vigência deste plano, conforme prevê o Plano Nacional de Educação.

Assegurar, durante a década de vigência deste Plano, transporte escolar com as adaptações necessárias aos alunos que apresentam dificuldade de locomoção.

Flexibilizar os currículos, metodologias de ensino, recursos didáticos e processos de avaliação, tornando-os adequados ao aluno com necessidades educacionais especiais de todas as ordens, em consonância com o Projeto Político – Pedagógico da escola.

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Assegurar a continuidade do apoio financeiro e de pessoal às instituições privadas sem fins lucrativos, com atuação exclusiva em Educação Especial.

Estabelecer mecanismos de cooperação entre órgãos governamentais, visando o desenvolvimento de programas de qualificação profissional para alunos com necessidades educacionais especiais.

Generalizar, em dez anos, o ensino da Língua Brasileira de Sinais para os alunos surdos e, sempre que possível, para seus familiares e para o pessoal da unidade escolar da qual façam parte.

Criar um sistema de informações completas e fidedignas sobre a população a ser atendida pela Educação Especial, coletadas pelo Censo Educacional, a partir de 2005.

Oportunizar, na década da vigência deste Plano, a oferta de cursos sobre o atendimento básico a educandos com necessidades educacionais especiais para os profissionais em exercício na Educação Infantil e Ensino Fundamental.

Adquirir recursos didático-pedagógicos e equipamentos atualizados para qualificar o atendimento, considerando as diferentes necessidades.

Construir prédios escolares, conforme os padrões mínimos de infra-estrutura e as normatizações existentes para receber adequadamente alunos especiais.

Expandir o PAP (Programa Apaeano de Prevenção) na comunidade, com apoio e parcerias de profissionais da área da Saúde e Educação.

Garantir a todas as pessoas com necessidades educacionais especiais do Município um atendimento especializado, conscientizando seus familiares da importância de receberem tal atendimento.

Assegurar parceria com o CAPS (Centro de Atendimento Psico-Social) no que se refere à possibilidade de ter um psiquiatra para atender alunos com necessidades especiais, que o necessitem.

Garantir intérprete da Língua Brasileira de Sinais aos alunos integrados no Ensino Regular, onde se fizer necessário.

Incluir, sempre que possível, em turmas regulares, alunos com necessidades educacionais especiais, oferecendo assessoramento e acompanhamento de profissionais qualificados, recursos didático-pedagógicos adequados a cada necessidade, constituindo essas classes com menor número de alunos.

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7 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

7.1 DIAGNÓSTICO

Historicamente, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem apresentado várias tendências, sendo vista até os anos 40 como uma extensão da educação formal, compensatória e complementar. Nos anos 50, foi considerada como educação de base, de desenvolvimento comunitário e, no início dos anos 60, como educação libertadora, conscientizadora e como educação funcional, que preparava mão-de-obra produtiva. Nos anos 70, o analfabetismo foi concebido pelo sistema como uma chaga, que várias campanhas tentaram eliminar.

Uma das campanhas desenvolvidas foi a criação do MOBRAL, Movimento Brasileiro de Alfabetização, o qual iniciou suas atividades regularmente em 08 de setembro de 1970, Dia Internacional da Alfabetização. Pelo Censo de 1970, constatou-se que havia, no País, cerca de 17.936.887 analfabetos, sendo um percentual de 33% sobre a população de 15 anos para cima. No Estado havia mais de 700 mil analfabetos e 80 mil freqüentavam as aulas. Em 1970, ano em que foi instalado o MOBRAL em Panambi, o Município contava com 997 analfabetos, correspondendo a um percentual de 9,5% sobre a população com mais de 15 anos. Até fins de 1974, foram alfabetizadas 447 pessoas, baixando o índice para 2,7%.

O Estado que apresentava 19% de sua população analfabeta conseguiu, através desse movimento, baixar este índice para 9%, em 10 anos.

A Constituição Federal de 1988 exigiu a participação do governo e da sociedade civil na erradicação do analfabetismo. Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 foi reafirmado o direito de jovens e adultos ao ensino básico adequado às condições peculiares de estudo e o dever do poder público em oferecê-lo gratuitamente.

A ressignificação veio nos anos de 1990, com a elaboração de diretrizes na formulação de políticas de alfabetização, em que a Educação de Jovens e Adultos passou a ser vista como modalidade de ensino. Assim, os movimentos sociais, as organizações não-governamentais e as universidades geraram mudanças nessa forma de educação através de projetos, programas e propostas que romperam com a padronização da exclusão, culminando nas diretrizes do Parecer CEB 11/2000 e no Plano Nacional de Educação, PNE e, em nível municipal, nas normatizações do Conselho Municipal de Educação, para o Sistema Municipal de Ensino de Panambi.

O Censo Demográfico do IBGE (2000) registrou no Rio Grande do Sul, na faixa etária de 15 anos ou mais, uma população analfabeta de 146.331 homens e de 199.018 mulheres nas áreas urbanas, e de 80.317 homens e 75.595 mulheres no meio rural, totalizando 501.261 pessoas que “não são capazes de ler e escrever um bilhete simples”, o que representa 6,65% da população. Em Panambi, a população analfabeta corresponde a 409 homens e 519 mulheres na zona urbana; 89 homens e 87 mulheres na zona rural. No entanto, não se tem clareza onde encontrar essas pessoas e, em função disso, é difícil ampliar a oferta de EJA no Município de Panambi. O ideal é que fosse realizado um mapeamento dessa população através de um censo. A seguir, o gráfico ilustra a população de 15 a 24 anos não alfabetizada em Panambi.

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Gráfico 10 - POPULAÇÃO DE 15 A 24 ANOS DE IDADE, NÃO ALFABETIZADA,

RESIDENTE EM PANAMBI

Zona Rural

50,5%

49,4% HomensMulheres

Zona Urbana

44,0%

55,9%

HomensMulheres

Fonte: IBGE – Censo Demográfico, 2000

O crescente aumento das taxas de escolarização no Brasil está impulsionando a elevação do nível de instrução da população. Estudos mostram que a taxa de analfabetismo entre crianças de 10 a 14 anos baixou para 5% em 1999. Em Panambi, o Censo Demográfico de 2000 registra 26 jovens e adultos nessa condição. Encontrá-las e incluí-las no sistema escolar é um dos desafios da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

A partir do quadro a seguir, pode-se ter uma visão do analfabetismo em Panambi na sua totalidade. Este total de 1073 pessoas corresponde aproximadamente a 4% da população de Panambi, em 2002, na faixa etária de 10 a 80 anos.

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Quadro 36 - POPULAÇÃO NÃO ALFABETIZADA, POR FAIXA ETÁRIA, RESIDENTE EM PANAMBI

Faixa

etária

10 anos

a

14 anos

15

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a 34

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a

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a

79

80

a

+

Total

Nº de

Pessoas 26 20 37 34 43 50 82 106 122 112 121 98 82 57 83 1073

Fonte: Censo Demográfico, IBGE, 2000

A Educação de Jovens e Adultos, em Panambi, sempre acompanhou as políticas federais, iniciando com as ações do MOBRAL na década de 70 e continuou na década de 90 desenvolvendo ações institucionais para implementar esta modalidade de ensino.

No ano de 1991, a SMEC de Panambi manteve convênio com o Centro Estadual de Ensino Supletivo de Cruz Alta - CEES. Os alunos de 5ª a 8ª séries participavam de aulas em Panambi, com professores cedidos pelo Município e, após esses estudos, escolhiam os módulos fornecidos pelo CEES, dos quais desejavam fazer as provas. O Poder Executivo cedia o ônibus para levar os alunos para realizarem as provas naquela cidade, além disso, em algumas oportunidades as provas foram realizadas aqui mesmo, em Panambi.

Além das provas em Cruz Alta, eram realizadas provas, inicialmente semestrais, hoje anuais, dos Exames Supletivos em Panambi, organizados pela 36ª Delegacia de Educação de Ijuí, com apoio da SMEC.

No que se refere ao Ensino Supletivo de 2º Grau, este também fazia parte do convênio. No entanto, o estudo ficava a cargo, exclusivamente, do aluno, através dos módulos fornecidos pelos CEES (Centro Estadual de Ensino Supletivo). A Prefeitura auxiliava apenas no deslocamento dos alunos até Cruz Alta para a realização de provas.

Tanto nas Séries Finais do 1º Grau, quanto no 2º Grau, o número de alunos foi reduzindo em decorrência da média para a aprovação ser muito elevado (80 pontos) e do grande número de módulos para serem vencidos.

No final da década de 90, o MOVA – RS (Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos), mantido pela Secretaria Estadual de Educação, iniciou suas atividades no município de Panambi. Esse movimento fez parte da política estadual de combate ao analfabetismo, como herdeiro da Educação Popular, tendo como representantes os movimentos populares dos municípios, os quais eram conveniados com a SEC, através de parceria administrativo-financeira e político-pedagógica.

Em Panambi, várias entidades aderiram ao movimento, criando turmas de alfabetização em diferentes pontos da cidade, inclusive, no interior, onde atuavam educadores populares, sob a coordenação de pedagogos ligados à 36ª Delegacia de Educação de Ijuí, hoje Coordenadoria Regional de Educação - CRE.

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Essas turmas, a princípio, tiveram uma grande participação, mas, ano a ano, foram diminuindo. Em contato com a 36ª CRE, não foi possível obter dados relativos ao número de pessoas alfabetizadas neste período de atuação do MOVA.

No ano de 2000, diante dos desafios que se apresentavam, surgiu o interesse da Secretaria Municipal de Educação e Cultura em oferecer turmas de Educação de Jovens e Adultos, no turno da noite, em quatro escolas pólos da zona urbana. Para viabilizar esta oferta, surgiu a necessidade de proporcionar formação aos profissionais que atuariam nestas classes, bem como dispor de recursos didático-pedagógicos para atender esta modalidade de ensino. Diante destes desafios, foi enviado projeto ao MEC, tendo como objetivo conseguir recursos financeiros para atender este fim. Enquanto a SMEC aguardava a aprovação dos projetos pelo MEC, as escolas estaduais iniciavam a EJA em nível de Ensino Fundamental e Médio, no noturno, para alunos fora da faixa etária regular.

No ano de 2001, através do projeto aprovado pelo MEC, foi realizado o Curso de Formação Continuada de Professores de Educação de Jovens e Adultos para a Rede Municipal de Panambi, com 120 horas, nos meses de maio a agosto do mesmo ano, com 30 professores das diversas áreas do conhecimento. O curso foi ministrado pela Universidade Federal de Santa Maria -UFSM e efetuado via Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (FATEC), entidade responsável por sua administração.

Também foi aprovada pelo MEC/FNDE a impressão de material didático-pedagógico para alunos de 1ª a 8ª série, sendo o mesmo elaborado pela equipe de coordenadoras da SMEC de Panambi, material este enviado a todas as escolas da Rede Municipal.

Após análise da nova realidade que se apresentava com a oferta da Educação de Jovens e Adultos pelo Estado, a SMEC compreendeu que oferecer esta mesma modalidade, também nas escolas da Rede Municipal, pulverizaria a demanda que já havia acorrido às escolas estaduais e, diante disso, decidiu adiar o propósito de oferecer EJA nas escolas municipais.

Em 2003, por iniciativa da 36ª CRE, através do Programa Alfabetiza RS, em parceria com a Prefeitura Municipal, buscou-se localizar as pessoas que o Censo IBGE apontava como não-alfabetizadas no Município. Através de pesquisa realizada pelos Agentes de Saúde do Município, formou-se apenas uma turma de 16 alunos na faixa etária de 15 a 60 anos, com professor remunerado pelo Estado, material didático fornecido pelo mesmo e espaço físico cedido pela comunidade. Concluíram esses estudos, alfabetizando-se 10, dos 16 alunos.

A partir dessa tentativa concluiu-se que a disposição dos jovens e adultos que não concluíram seus estudos, em voltar a estudar, ainda era pequena, o que inviabilizou a continuidade desse trabalho no Município. Mesmo as escolas estaduais, que oferecem turmas de 1ª série de EJA, não conseguiram número significativo de alunos. Talvez isso se justifique pelo fato de 675 das 1073 pessoas consideradas analfabetas terem mais de 50 anos. Implementar políticas de redução de analfabetismo entre os mais velhos não é tarefa fácil.

A seguir, quadro com dados das escolas e número de alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos em 1999 e 2003.

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Quadro 37 - ESCOLAS E NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM PANAMBI EM 1999 E 2003

EJA ESCOLA ANO

1ª a 4ª série 5ª a 8ª série Ens. Médio

Escola de Ens. Supletivo Cobra 1999 0 76 94

E.E. Paulo Freire 2003 0 0 93

E.E. Pindorama 2003 0 251 0

E.E. A.dolfo Kepler 2003 22 172 0

E.E. Hermann Faulhaber 2003 16 86 0

TOTAL 38 509 187

Fonte: SMEC, Pesquisa de Campo, Julho, 2004

O total de matrículas na Educação de Jovens e Adultos soma 734 alunos, sendo que: 5,1%, freqüentam de 1ª a 4ª séries, 69,3%, de 5ª a 8ª séries e 25,4%, o Ensino Médio. Logo, a maior procura é nas Séries Finais do Ensino Fundamental.

Atualmente, vários também são os alunos que desistem da escola regular, transferem-se para a EJA e desta se evadem. Associados ao contingente de pessoas que migram para o Município e pela necessidade de conseguirem emprego estes buscam comprovar escolarização através dos Exames Supletivos.

Conforme o quadro abaixo, percebe-se que, dos 50 professores das Escolas Estaduais que atuam junto à EJA no Município de Panambi, 84% possuem curso superior.

Quadro 38 - FORMAÇÃO DE PROFESSORES QUE ATUAM NA REDE ESTADUAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Escola Magistério Licenciatura Curta

Licenciatura Plena em Curso

Licenciatura Plena

Pós-graduação Mestrado

E.E. Adolfo Kepler 01 02 09 01 -

E.E. Hermann Faulhaber - 01 04 - -

E.E. Paulo Freire 01 - 16 02 1

E.E. Pindorama - - 02 10 - -

Fonte: SMEC, Pesquisa de Campo, Julho, 2004

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Todo profissional que assume tarefas com a educação tem o dever e o direito de preparar-se para desempenhá-las. O desenvolvimento profissional do professor de EJA e suas competências são construídas num processo contínuo, que começa em sua formação inicial, continua durante o desempenho de suas atividades, sendo, portanto, permanente. Esta formação continuada é oportunizada pela Secretaria Estadual de Educação.

7.2 DIRETRIZES

A Constituição Federal determina, como um dos objetivos do Plano Nacional de Educação, a integração do Poder Público nas políticas que conduzam à erradicação do analfabetismo (art. 214. I). Trata-se de tarefa que exige uma ampla mobilização de recursos humanos e financeiros por parte dos governos e da sociedade.

O analfabetismo não decorre apenas da ineficiência do ensino ou de uma inadequação deste, mas de desequilíbrios estruturais, históricos e complexos da sociedade brasileira. Ao mesmo tempo, a resposta educativa para o contingente de analfabetos não se resume à alfabetização, pelo fato de não ser somente esta a dar conta das necessidades de leitura e escrita na sociedade em que vivemos.

Conforme o II CONED- Congresso Nacional de Educação, alfabetizar jovens e adultos não significa somente compensação de perdas ou preenchimento de lacunas. A Educação de Jovens e Adultos precisa considerar o desenvolvimento afetivo, intelectual, social e cultural, numa perspectiva de conquista da cidadania. A educação é uma das práticas sociais que pode instrumentalizar o processo de elaboração dos conhecimentos e a aquisição das habilidades em grupo e articular as ações coletivas no sentido de resolução de problemas, possibilitando a transformação social.

Assim, para pensar a Educação de Jovens e Adultos é necessário considerá-los e compreendê-los em sua totalidade. O aluno adulto, em geral, é um trabalhador que teve pouca ou nenhuma experiência escolar, mas possui uma grande vivência histórica.

É fundamental que o professor domine as formas de transmissão de conhecimento e, principalmente, seja capaz de relacionar a experiência de vida dos alunos ao conhecimento universal sistematizado, despertando neles outras necessidades de aprendizagem e que seja ainda capaz de estimulá-los a participar ativamente do processo de ensino, possibilitando a vivência da ação participativa e democrática na prática efetiva da escola e nos espaços organizados da sociedade civil, buscando a construção da autonomia.

A valorização e o apoio ao professor na sua formação profissional são de fundamental importância, na medida em que se oferece ao mesmo condições de realizar plenamente o trabalho que dele se espera.

A integração de programas de Educação Profissional aumenta a eficácia da Educação de Jovens e Adultos, tornando-a mais atrativa. É importante o apoio dos empregadores no sentido de considerar a necessidade de formação, o que pode dar-se de diversas formas: organização de jornadas de trabalho compatíveis com o horário escolar,

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concessão de licenças para freqüentar cursos de atualização e implantação de cursos de formação de jovens e adultos no próprio local de trabalho.

Segundo a UNESCO - União das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, pesquisas demonstram que países que apresentam índice de analfabetismo acentuado têm dificuldades de empreender ações que visam democratizar o acesso da população a novas tecnologias e reduzir as desigualdades sociais, o que, conseqüentemente, impede seu crescimento.

Programas que combatam o analfabetismo são promissores para um País que não pode mais continuar descuidando da educação. Diante de desafios nestas dimensões, que exigem a aplicação de medidas a longo prazo, o maior problema, a cada governo, são os projetos que acabam não tendo continuidade ou até mesmo sendo abandonados. Por isso, o país precisa buscar uma espécie de pacto pelo ensino, que possa assegurar metas possíveis só a longo prazo, unindo esforços oficiais aos da sociedade em geral.

7.3 OBJETIVOS E METAS Zelar para que as instâncias competentes venham a: Alfabetizar gradativamente os jovens e adultos de modo a atingir toda a população

analfabeta de 15 anos ou mais, reduzindo significativamente o analfabetismo no Município. Ampliar a oferta de Educação de Jovens e Adultos, ao longo dos 10 anos, a nível

de Ensino Fundamental para a população de 15 anos ou mais, que não tenha atingido este nível de escolaridade, com profissionais qualificados e infra-estrutura adequada.

Proceder mapeamento da população analfabeta, através de Censo Educacional. Estabelecer políticas que facilitem parcerias para o aproveitamento dos espaços

ociosos existentes na comunidade, bem como para o efetivo aproveitamento do potencial de trabalho comunitário das entidades da sociedade civil, com vistas a erradicar o analfabetismo no Município.

Reivindicar junto ao Estado e a União o fornecimento de material didático-pedagógico adequado à clientela dos níveis de Ensino Fundamental e Médio.

Articular as políticas de Educação de Jovens e Adultos, associando-as ao universo de trabalho.

Articular as políticas de Educação de Jovens e Adultos, considerando no currículo escolar aspectos culturais para que a clientela seja beneficiária de ações que permitam ampliar sua cultura.

Viabilizar que os professores de Educação de Jovens e Adultos participem de cursos e programas de capacitação para qualificar sua atuação. Veja no apêndice D – Dados 2004 a 2007.

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8 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

8.1 DIAGNÓSTICO

A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 criou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Este dedica um capítulo inteiro à questão do trabalho infantil (Cap V - Do direito à profissionalização e à proteção no trabalho). Os Artigos 62,63 e 64 do Estatuto da Criança e do Adolescente referem-se ao processo de aprendizagem dos adolescentes. A condição de aprendiz diz respeito ao adolescente que se profissionaliza, trabalhando dentro de um processo educacional, com a utilização de métodos que proporcionem o conhecimento teórico-prático de um oficio, cujo exercício exige pré-qualificação.

A Consolidação das Leis do Trabalho-CLT- considera “menor de idade” o trabalhador de 14 até 18 anos no que diz respeito à Lei da Aprendizagem. O trabalho, a menores de 16 anos, é proibido, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos (Art. 403). O trabalho do aprendiz deve, portanto, desenvolver-se por meio de uma dinâmica pedagogicamente orientada, sob o ponto de vista teórico - prático, conduzindo à aquisição de um ofício ou de conhecimentos básicos gerais para o trabalho qualificado.

A Emenda Constitucional nº 20, de 16 de dezembro de 1998, estabeleceu o limite de 16 anos para o trabalho, sendo que a partir de 14 anos foi autorizado o trabalho por meio da profissionalização.

O trabalho do aprendiz é de seis horas diárias no máximo, no caso do aluno estar cursando o Ensino Fundamental e poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que tiveram completado o Ensino Fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.

O artigo 429 da CLT foi alterado para estabelecer que o percentual de aprendizes contratados pelas empresas de qualquer ramo da economia poderá ser preenchido por intermédio do Sistema S: Serviço Nacional de Aprendizagem na Indústria (SENAI), Serviço Nacional de Aprendizagem no Comércio (SENAC), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e Serviço Nacional de Aprendizagem no Transporte (SENAT), mantendo o percentual de 5 a 15%. Este percentual não é levado em consideração quando o empregador for entidade sem fins lucrativos que tem por objetivo a educação profissional.

O artigo 68 do Estatuto da Criança e do Adolescente regulamenta o “trabalho educativo”, ou seja, aquele que ocorre desde que o adolescente preste serviços em entidades sem fins lucrativos e que desenvolvam programas nos quais a finalidade educacional prepondere sobre a produtiva.

O Estado incentiva a contratação de aprendizes sem incidência de Encargos Previdenciários, Patronais ou Imposto de Renda, desde que tais aprendizes sejam contratados por intermédio de Entidades sem fins lucrativos.

O primeiro Censo da Educação Profissional foi realizado pelo Ministério da Educação (Brasil), em 1999. Este teve por finalidade colher e fornecer dados abrangentes sobre os cursos básicos, técnicos e tecnológicos oferecidos pelas escolas técnicas federais, estaduais, municipais, pelos estabelecimentos do chamado Sistema S (SESI, SENAC,

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SESC e outros) e até aqueles ministrados por instituições empresariais, sindicais, comunitárias e filantrópicas (PNE, 2001).

O maior problema brasileiro, no que diz respeito às escolas técnicas públicas de nível médio, é o custo pela alta qualidade do ensino, extremamente alto para sua instalação e manutenção, o que torna inviável uma multiplicação capaz de atender ao conjunto de jovens que procura formação profissional. Além disso, criou-se um sistema de seleção que tende a favorecer os alunos de maior renda e melhor nível de escolarização, afastando os jovens trabalhadores, que são os que dela necessitam.

Nos anos 90, em Panambi, havia duas escolas particulares e uma escola estadual que oferecia cursos profissionalizantes. Uma delas, o Colégio Nossa Senhora de Fátima, inaugurado em 1966, administrado pelas Irmãs Escolápias da Congregação das Escolas Pias, com sede em Belo Horizonte, possuía 228 alunos matriculados no curso de Magistério, em 1995. No início deste século, este educandário encerrou suas atividades em decorrência das condições econômicas da população e da baixa demanda de matrícula no Ensino Médio, modalidade Normal, após a aprovação da LDB 9394/96, que trouxe a exigência mínima de curso superior para os professores da Educação Básica. Serviu à comunidade panambiense por 37 anos. Ao longo destes anos formou 35 turmas de professores para as Séries Iniciais. Em 1995, esta escola particular, juntamente com o Colégio Evangélico Panambi, atendia 77,63% dos alunos matriculados nos cursos profissionalizantes, enquanto que a Rede Estadual representada pela Escola Estadual de 1º e 2º Graus Poncho Verde, atendia 22,27% dos alunos. No ano de 1999, a Rede Particular atendeu 82,18% dos alunos matriculados nos cursos profissionalizantes, enquanto que a Rede Estadual reduziu o seu atendimento para apenas 17,82%. Atualmente, somente a Rede Particular atende alunos dos cursos profissionalizantes. Através do quadro a seguir, pode-se observar a drástica redução da matrícula nessa modalidade de ensino.

Quadro 39 - MATRÍCULA INICIAL NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NA REDE PARTICULAR E ESTADUAL DE PANAMBI

1995 1999 2003 Dependência Administrativa Nº de Alunos % Nº de Alunos % Nº de Alunos %

PARTICULAR 897 77,7 946 82,1 479 100 ESTADUAL 257 22,2 205 17,8 - -

TOTAL 1154 99,9 1151 99,9 479 - Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo INEP / MEC, 1995, 1999 e 2003.

A Rede Estadual oferecia curso profissionalizante nos anos 90, através da Escola

Estadual de 1º e 2º Graus Poncho Verde. Aos poucos esta Escola deixou de oferecê-lo, amparada na Lei 7044/82, que dá nova redação a alguns artigos da Lei 5692/71. As inovações mais importantes foram: cessação da obrigatoriedade da profissionalização no ensino de 2º Grau, e elaboração da nova redação para o artigo 1º, que cuidava dos objetivos do ensino de 1º e 2º Graus, substituindo a expressão “qualificação para o trabalho” por “preparação para o trabalho”. A partir de então, a “preparação para o trabalho” no 1º e 2º Graus, tornou-se obrigatória como elemento de formação integral do aluno.

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A seguir, quadro com a relação das escolas e seus cursos, nos anos de 1995, 1999 e 2003, nas Redes Particular e Estadual e gráfico com cursos oferecidos pelo Colégio Evangélico Panambi, em 2004.

Quadro 40 - MATRÍCULA INICIAL NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NAS ESCOLAS PARTICULARES E ESTADUAL DE PANAMBI EM 1995

Particular Estadual

Colégio Evangélico Panambi Colégio Nª Sª Fátima

E. E. de 1º e 2º Graus

Poncho Verde

Ano

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Proc

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1º 80 39 109 38 41 46 101 2º - 38 35 35 30 66 101 3º - 24 27 24 29 65 55 4º - 24 - - 15 - - Estágio - 20 - - 10 51 - Total 80 145 198 121 125 228 257

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. Censo Escolar do INEP / MEC, 1995

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Quadro 41- MATRÍCULA INICIAL NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NAS ESCOLAS

PARTICULARES E ESTADUAL DE PANAMBI EM 1999

Particular Estadual

Colégio Evangélico Panambi

Colégio Nª Sª de Fátima

E. E. de 1º e 2º Graus Poncho

Verde

Ano

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em

Proc

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o e

Com

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o

1º 78 66 43 43 47 67 2º 74 83 38 38 31 73 3º 98 22 59 41 58 65 4º - 35 - 25 - - Estágio 27 27 - 33 40 - Total 217 233 140 180 176 205

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. Censo Escolar do INEP / MEC, 1999

Quadro 42 - MATRÍCULA INICIAL NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NAS ESCOLAS

PARTICULARES DE PANAMBI EM 2003

Particular

Colégio Evangélico Panambi Colégio Nª Sª de Fátima

Ano Técn

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em

Proc

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Mec

atrô

nica

Elet

roté

cnic

a

Mag

isté

rio

1º - 47 - 46 37 - 2º - 48 - - 23 - 3º 23 44 - - 22 - 4º 47 63 - - 44 - Estágio - - - - - 35 Total 70 202 - 46 126 35

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. Censo Escolar do INEP / MEC, 2003.

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Gráfico11 - CURSOS PROFISSIONALIZANTES OFERECIDOS PELO COLÉGIO EVANGÉLICO

PANAMBI EM 2004

72

295

12239

139

210

100

200

300

400Informática

Mecânica

Eletrotécnica

Produção Instalação eManutenção IndustrialMecatrônica

Segurança do Trablho

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 2004.

Ao analisar os dados dos quadros acima sobre a matrícula inicial dos anos 1995, 1999 e 2003 na Educação Profissional, constata-se que houve diminuição nas matrículas.

Uma das causas da diminuição no número de matrículas na Educação Profissional foi a suspensão da compra de vagas por parte do Estado e da complementação do Salário Educação que garantia o acesso de alunos à Rede Privada (ZH, 2001, p.28).

Nos cursos profissionalizantes, o número de alunos promovidos é bem significativo. No ano de 2003, este índice alcançou o percentual de 78,3%, enquanto que o percentual de alunos reprovados foi de apenas 9,2%.

O Censo Escolar INEP / MEC (2003) apresenta dados sobre o Movimento e Rendimento Escolar, que podem ser conferidos no quadro a seguir.

Quadro 43 - MOVIMENTO E RENDIMENTO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

EM PANAMBI EM 2003

Situação dos Alunos Rede Particular % Matrícula Inicial em 2003 489 Nº de alunos promovidos 383 78,3 Nº de alunos afastados por abandono 13 Nº de alunos reprovados 45 9,2

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo INEP / MEC, 2003.

Nº de Alunos

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O Colégio Evangélico Panambi possui 27 turmas no noturno, distribuídas entre seis cursos profissionalizantes. No quadro a seguir, pode-se verificar os cursos, número de turmas e número de alunos por sexo.

Quadro 44 - NÚMERO DE TURMAS E NÚMERO DE ALUNOS POR SEXO NOS CURSOS PROFISSIONALIZANTES OFERECIDOS PELO COLÉGIO EVANGÉLICO PANAMBI EM

2004

Cursos Nº. de alunos Turmas Sexo Masculino Feminino Informática 72 03 30 42 Mecânica 295 10 246 49 Eletrotécnica 122 06 99 23 Produção Instalação e Manutenção Industrial 39 03 37 02 Mecatrônica 139 04 124 15 Segurança do trabalho 21 01 19 02 Total 688 27 555 133 % 80,6 19,3

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo INEP / MEC,2004

Analisando os dados, constata-se que o curso que possui mais alunos matriculados é o de Mecânica, com 295 alunos, em segundo lugar aparece o curso de Mecatrônica, com 139 alunos e em terceiro lugar, o curso de Eletrotécnica, com 122 alunos.

Em todos os cursos profissionalizantes do Colégio Evangélico Panambi há a presença da figura feminina. No curso de Informática, o número de mulheres é superior ao de homens. Nos demais cursos, prevalece a figura masculina. No geral dos cursos, o percentual de homens corresponde a 80,6%, enquanto que o de mulheres, a 19,3%.

No mundo inteiro, a entrada recente da mulher no mercado de trabalho, independente de qualquer ideologia, está trazendo a transformação das estruturas psíquicas tanto dos homens quanto das mulheres e, simultaneamente, uma mudança das estruturas socioeconômicas pelos caminhos mais surpreendentes. Esta modificação está acontecendo aos poucos, quase de forma despercebida. Na medida em que a mulher entra para o espaço público, o homem se vê obrigado a entrar no espaço doméstico, ajudando a companheira nos afazeres domésticos e no cuidado dos filhos.

A Educação Profissional tem exercido importante papel no desenvolvimento do município de Panambi. Por ser um Município economicamente ativo, tem sua economia distribuída da seguinte forma: 59,26% na indústria, 30,79% no comércio e 9,93% na agropecuária. Esta realidade leva os alunos a buscar a sua formação, principalmente, na área industrial.

Os alunos, atualmente, podem cursar os dois níveis ao mesmo tempo (médio e profissional), mas só recebem o diploma técnico depois de concluir o curso médio, podendo isso acontecer em escolas diferentes.

A oferta de Educação Profissional de nível técnico, em Panambi, que, hoje, está restrita aos cursos oferecidos pelo Colégio Evangélico Panambi, deveria acontecer também nas escolas públicas estaduais. O educandário, até o início dos anos 80, oferecia praticamente um único curso, ou seja, Técnico em Contabilidade. A esse curso veio somar-se, a partir de 1981, o Curso Técnico em Mecânica. Ele se expandiu de tal forma que passou a ser oferecido

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na modalidade integral, cujos alunos estudavam em dois turnos, pela manhã e à noite. As empresas passaram a subsidiar 75% das mensalidades em 1993. Em 1988, surgiu o Curso Técnico em Eletrotécnica. Em 1990, o Curso Técnico em Segurança do Trabalho. No ano de 1995, teve início o curso Técnico em Processamento de Dados.

Na área dos cursos profissionalizantes, em 1995, houve a concessão de Bolsa de Estudos via 36ª Delegacia de Educação, através da compra de vagas junto à Secretaria de Educação e Cultura (SEC/RS).

A partir do mês de março de 1999, iniciaram as tratativas oficiais para a inserção do Colégio Evangélico Panambi no projeto denominado PROEP (Projeto de Expansão da Educação Profissional), do MEC/BIRD.

Em 1º de julho de 1999 foi assinado o convênio com o Ministério da Educação e Cultura (MEC). O valor inicial destinado ao Centro Tecnológico de Formação Profissional foi de R$ 1,8 milhões (um milhão e oitocentos mil reais), que qualificou a formação profissional e possibilitou o acesso de alunos oriundos de escolas públicas.

Visando tornar mais eficiente o sistema de ingresso dos alunos nos cursos oferecidos, o Colégio Evangélico Panambi reorganizou o Seminário de Admissão, aumentando-o para 100h, no qual é sondada a vocação dos mesmos para os cursos. Nele, os alunos têm a oportunidade de revisar conteúdos de Matemática e Física, disciplinas imprescindíveis nos cursos em questão, bem como os conhecimentos de Informática. Participam também de curso de Relações Interpessoais, são submetidos a entrevistas nas empresas locais e realizam visitas orientadas nas mesmas.

Após, apresentam um relatório escrito sobre a visita, o qual é, posteriormente, exposto verbalmente a uma platéia, que inclui, entre outros, empresários locais. A apresentação do relatório, o teste psicométrico, a avaliação do conhecimento e a entrevista são decisivos para que o candidato mostre suas competências para o trabalho no curso escolhido.

Segundo a escola, desde que foi adotada essa nova sistemática, os índices de evasão e repetência nos cursos reduziram sensivelmente, pois o sistema oportuniza que as escolhas sejam mais direcionadas.

Quase a totalidade dos alunos com 16 anos ou mais trabalham e custeiam seus estudos, apresentando um baixo índice de inadimplência.

Os professores que atuam nos cursos estão todos habilitados, poucos têm dedicação exclusiva e são admitidos através de diferentes formas de contrato. Essa diferenciação se justifica pela organização dos cursos em módulos e sub-funções. Com essa organização, ao longo dos cursos, vão se formando diferentes agrupamentos, ora precisando mais, ora precisando menos de cada profissional, o que leva a uma variação e aumento dos custos, considerando a demanda em cada situação.

Essa organização curricular favorece tanto o aluno que deseja a certificação de sua escolarização a nível técnico, quanto aquele que deseja aprofundar conhecimentos em determinados campos do trabalho. Para esses últimos, a certificação se dá apenas em nível de curso de qualificação.

Em Panambi, o Ensino Técnico tem seduzido os estudantes não só pelo caráter

prático dos conteúdos, mas também pela boa receptividade no mercado de trabalho.

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O Correio do Povo (2004, p.4) afirma que: Uma oferta de educação profissional representaria a correção das desigualdades regionais para o atendimento do crescente número de jovens e adultos que buscam capacitação profissional. Com as mudanças propostas pelo MEC, será aumentada a possibilidade de acesso. Segundo o Ministério, de cada cinco estudantes que saem do Ensino Médio apenas um entra na universidade. Sobram 1,6 milhão e só há 600 mil vagas no Ensino Profissionalizante. Os demais vão para o mercado de trabalho, mas sem formação especifica.

Em pesquisas de opinião realizadas pelo MEC sobre o tema emprego, 20% dos

entrevistados pediram mais vagas para o Ensino Profissional. Isso reflete uma preocupação presente na América Latina, onde, pelo menos, 9,4 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos estão sem emprego, informa o relatório divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Nos últimos dez anos, o número de desempregados cresceu 44% nesta faixa etária. No mundo, há 88 milhões de jovens sem emprego.

Segundo os dados da OIT, nos países pobres um jovem tem 3,5 vezes menos chance de encontrar um trabalho do que um adulto. Na América Latina, o aumento percentual (44%) do número de desempregados até 24 anos é quase o dobro da média mundial, atualmente em 26,8%.

A Organização das Nações Unidas afirma que até 2010 ingressarão no mercado de trabalho mundial 700 milhões de pessoas entre 15 a 25 anos, o que vai desencadear a necessidade da criação de mais de 1 milhão de vagas para absorver esta nova mão-de-obra e para controlar o desemprego. Eis o grande desafio que se coloca neste início do 3º Milênio.

Panambi também conta com cursos profissionalizantes de nível básico, os quais constituem-se de cursos de curta duração, realizados independente da escolarização do interessado. São positivos, porque num tempo em que os índices de desemprego aumentam a cada dia, os mesmos preparam mão-de-obra, rapidamente, para exercerem determinadas atividades. São negativos, porque não possibilitam que através deles os sujeitos avancem na escolarização e possam chegar à Educação Superior. A maioria deles são oferecidos pelos organismos do sistema S: SENAI, SESI, SENAC, SESC, SEBRAE e empresas particulares, nas quais os cursos oferecidos estão voltados, principalmente, para a área de Informática. O SENAI tem tido, na comunidade panambiense, papel de destaque, embora o seu sistema de seleção restrinja em muito o número de vagas.

O futuro de Panambi está vinculado aos cuidados dispensados aos adolescentes. A educação, a formação profissional e o acesso a empregos, darão aos adolescentes condições de manter uma qualidade de vida saudável.

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8.2 DIRETRIZES

Segundo o Plano Nacional de Educação (2001, p.82), estão sendo implantadas:

... novas diretrizes no sistema público de educação profissional, associadas à reforma do ensino médio. Prevê-se que a educação profissional, sob o ponto de vista operacional, seja estruturada nos níveis: básico - independente do nível de escolarização do aluno, técnico - complementar ao ensino médio e tecnológico - superior de graduação ou de pós-graduação.

A Educação Profissional articulada com as demais formas de educação, com o trabalho, com a ciência e a tecnologia, visa formar profissionais, qualificar, reprofissionalizar, especializar, aperfeiçoar e atualizar trabalhadores para uma atuação efetiva, ética e eficiente no mundo do trabalho. Por sua vez, a Educação Profissional de nível técnico pode ser desenvolvida com independência e/ou articulada com o Ensino Médio.

Atualmente, há consenso nacional de que a formação para o trabalho exige níveis cada vez mais altos de Educação Básica. Entende-se que a Educação Profissional, incluindo também o trabalhador rural, não pode ser concebida apenas como uma modalidade de Ensino Médio, mas deve constituir educação continuada, que perpassa toda a vida do trabalhador. É importante considerar que a oferta de Educação Profissional deva ser responsabilidade igualmente compartilhada entre o setor educacional, o Ministério do Trabalho, Secretarias do Trabalho, Serviços Sociais do Comércio, da Agricultura e da Indústria e dos Sistemas Nacionais de Aprendizagem.

Assim como outros níveis e modalidades de ensino, a Educação Profissional deve promover a igualdade de condições de acesso às escolas e cursos e a permanência neles, bem como a valorização dos profissionais que neles se constituem como tal.

O ideal seria iniciar a profissionalização a nível de Ensino Fundamental, através de cursos básicos, oportunizando que os alunos egressos desse nível já pudessem prosseguir os estudos com um direcionamento profissional. Não se trata de apologia ao trabalho infantil, mas de preparação dos jovens para a entrada no mundo do trabalho através do desenvolvimento de competências necessárias para o exercício pleno da sua cidadania.

As estruturas de emprego evoluem à medida que as sociedades progridem e a máquina substitui o homem. Em matéria de qualificação, as exigências são cada vez maiores. Nas diferentes áreas a pressão das modernas tecnologias dá vantagens aos que são capazes de as compreender e dominar. Os empregadores exigem cada vez mais do seu pessoal a capacidade de resolver problemas e de tomar iniciativas. A cultura geral necessária para ocupar lugar no setor dos serviços coloca novas exigências à Educação.

O currículo escolar pode não corresponder, imediatamente, às necessidades do mercado de trabalho e, por isso, as instituições que obtêm melhores resultados são as que sabem incrementar com flexibilidade e espírito de cooperação, aprendizagens que transcendem os limites do currículo e da própria escola.

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Os recursos financeiros precisam provir de múltiplas fontes. É necessário, cada vez mais, contar com recursos das empresas, das famílias e do Poder Público. A política de Educação Profissional é, portanto, tarefa que exige a colaboração de múltiplas instâncias da sociedade civil.

8.3 OBJETIVOS E METAS

Possibilitar cursos profissionalizantes de nível básico a todos os alunos de 7ª e 8ª

série das escolas públicas em sistema de colaboração financeira e pedagógica entre o Poder Público Estadual e Municipal, a Escola Técnica Particular, as empresas locais, as entidades do Sistema Nacional de Aprendizagem, otimizando as estruturas e os espaços já existentes na comunidade.

Gestionar, junto ao Estado, a compra de vagas no Ensino Técnico para alunos de baixa renda.

Organizar projetos extracurriculares que objetivem a preparação para o trabalho em diferentes áreas para alunos da Rede Municipal de Ensino.

Gestionar, junto às instituições que oferecem Educação Profissional, a permanente revisão e adequação dos cursos básicos e técnicos, às exigências de uma política de desenvolvimento local, observadas as ofertas do mercado de trabalho, em colaboração com empresários e trabalhadores.

Mobilizar, articular para que aconteça o aumento da capacidade instalada na rede de Instituições de Educação Profissional, de modo a triplicar, a cada cinco anos, a oferta de cursos básicos destinados a atender à população que está sendo excluída do mercado de trabalho.

Estabelecer parcerias com Cooperativas, SENAR e EMATER para o desenvolvimento de projetos ou para a realização de cursos básicos em diferentes níveis de ensino, voltados para a melhoria do nível técnico das práticas agrícolas e da preservação ambiental dentro da perspectiva do desenvolvimento auto-sustentável.

Estimular, permanentemente, o uso das estruturas públicas e privadas para a capacitação de trabalhadores com vistas a inseri-los no mercado de trabalho com mais condições de competitividade e produtividade, possibilitando a elevação de seu nível educacional, técnico e de renda.

Propor às escolas que oferecem ou que venham a oferecer Educação Profissional, que contemplem em suas propostas pedagógicas estágios supervisionados, estudos sobre a legislação que regulamenta as respectivas profissões e a criação de cooperativas escolares.

Zelar pela ampliação da oferta de vagas nos cursos de Educação Profissional para alunos com necessidades educacionais especiais.

Organizar, em parceria com instituições particulares, projetos extracurriculares que objetivem a preparação para o trabalho em diferentes áreas para alunos da Rede Municipal, Estadual e Particular de Ensino.

Reivindicar, junto ao Estado, a implantação de Escolas Profissionalizantes Públicas no Município para atender possíveis demandas não supridas pelas redes já existentes.

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VV -- PPRROOJJEETTOOSS

EEXXTTRRAACCUURRRRIICCUULLAARREESS

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PROJETOS EXTRACURRICULARES

9.1 DIAGNÓSTICO

No município de Panambi, a Educação sempre recebeu a atenção das autoridades, que demonstraram interesse para que a mesma viesse a atender as necessidades impostas pelo contexto histórico, social e político no qual está inserida. Assim, é imprescindível que se avance no oferecimento de uma educação de qualidade, preparando a clientela para enfrentar a realidade, a qual exige cidadãos criativos, responsáveis e capazes para assumir seu papel diante do contexto local e regional.

A SMEC tem procurado oferecer atividades que atendam a diversidade que constitui o indivíduo e a sociedade, com o objetivo de complementar o programa do Plano de Estudos elaborado pelas escolas. Cabe ressaltar que esta proposta é extracurricular e visa oportunizar aos alunos experiências através das quais possam desenvolver aptidões, talentos, criatividade e capacidades individuais e cultivar qualidades humanas, tornando-se respeitadores do ambiente humano e natural e da diversidade de tradições e culturas presentes no contexto, no qual vivem e convivem.

Por outro lado, se é verdade que a formação permanente é uma idéia essencial nos nossos dias, é preciso desenvolver ações no sentido de que a educação aconteça ao longo da vida, compreendendo-a como condição de desenvolvimento harmonioso e contínuo da pessoa. Assim sendo, “o processo de desenvolvimento [...] deve antes de mais nada, fazer despertar todo o potencial daquele que é, ao mesmo tempo, o seu principal protagonista e último destinatário: o ser humano, o que vive hoje aqui na Terra, mas também o que nela viverá no dia de amanhã.” (DELORS, 2001, p.85)

Neste sentido, foi criado em 1997 o Coral Infantil Municipal, o qual reúne alunos das três redes de ensino, municipal, estadual e particular, com os objetivos de oportunizar o desenvolvimento do talento musical e a universalização da música, iniciação à crítica musical, formação de platéia, desenvolvimento do gosto pela música e da habilidade de ouvir. Pode-se dizer que esse projeto foi iniciado como uma tímida experiência, porém, os resultados e objetivos alcançados indicaram que o mesmo deveria ter continuidade, visto que a comunidade panambiense cultiva, em sua história, a apreciação pelo canto-coral. Sempre que convidado, o Coral participa de atividades festivas, sendo um elo de ligação entre todos os segmentos da comunidade, trazendo alegria, sensibilidade e motivação para a vida.

Dando continuidade a esta proposta, no ano de 2000, foi oferecida, em parceria com o Rotary Club, a Escola de Talentos, que objetiva apresentar a música como linguagem e uma experiência humana necessária, através da qual o indivíduo vivencia a arte pela arte, num processo de desenvolvimento de talentos artísticos e culturais de crianças e jovens do Município. Deste Projeto participam alunos matriculados nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental.

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Analisando os resultados dos projetos já em andamento, a SMEC percebeu que havia uma lacuna a ser preenchida, pois os mesmos atendiam uma parcela reduzida de alunos, não abrangendo as singularidades e diferenças presentes no contexto escolar. Viu-se a necessidade de proporcionar práticas educativas, culturais e esportivas através de atividades rítmicas e de expressões regionais e étnicas.

Para que fosse possível ampliar a oferta dos Projetos foi preciso levar em conta a diversidade e a especificidade de talentos e a riqueza de expressões culturais e lingüísticas presentes na sociedade.

Neste sentido, foi criada, em 2003, a Escola do Movimento, destinada aos alunos matriculados nas Escolas Municipais de Educação Infantil e de Ensino Fundamental, aos quais são oportunizadas situações artísticas, culturais e esportivas que visam complementar o currículo, num ambiente cultural e educativo, que permite diversificar as fontes do conhecimento e do saber, através dos projetos de ballet, capoeira, danças alemãs, danças gaúchas, ginástica olímpica, língua alemã, natação e orientação.

A permanência e o sucesso dos alunos na escola é uma preocupação que acompanha a Proposta Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Panambi. Neste sentido, foi organizado, em 2004, o Projeto de Aulas de Reforço para os alunos das Séries Iniciais, que apresentavam dificuldades acentuadas de aprendizagem, complementando os estudos de recuperação realizados nas escolas. Essa intervenção pedagógica objetivou atender à singularidade de cada aluno na aquisição do conhecimento, favorecer a permanência dos alunos no contexto educativo, através de novas oportunidades de aprendizagens. As aulas eram oferecidas em pequenos grupos, por série, no turno inverso ao turno do ensino regular, uma vez por semana, em local centralizado, ou seja, numa das salas do Centro Poliesportivo do SESI. Sua localização também favoreceu o deslocamento dos alunos, facilitando o acesso dos mesmos.

Igualmente, para que fosse possível viabilizar os demais Projetos na prática, a SMEC procurou entidades e clubes de serviço dispostos a firmar parcerias, pois o sucesso da escolarização depende, em grande parte, do valor que a coletividade atribuiu à educação.

Os Projetos de Língua Alemã e Danças Alemãs contaram com o apoio do Centro Cultural 25 de Julho, que cedeu o espaço para que pudessem ser desenvolvidas as aulas.

Igualmente, as aulas do Projeto de Danças Gaúchescas, aconteceram naquele Centro, pois sua localização, embora ainda não fosse a ideal, tornou o acesso dos alunos que integram o Projeto mais viável em relação ao local anterior.

As aulas do Projeto de Natação e Ballet foram inicialmente realizadas nas dependências da Academia Nado Livre, que ofereceu seu espaço para que os alunos possam ter as aulas, sendo que as de dança, como o Ballet, estão sendo descentralizadas. Já as roupas para as crianças do Ballet foram adquiridas pelo Lions Club de Panambi.

A seguir, quadro que mostra o número de alunos atendidos nos diversos Projetos

oferecidos:

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Quadro 45 - NÚMERO DE ALUNOS QUE INTEGRAM OS PROJETOS EXTRACURRICULARES

NOME DO PROJETO

1997 / 1999

2000 2001 2002 2003 2004

CORAL 35 35 35 35 35 35

ESCOLA DE TALENTOS

112 170 170 180 180

ESCOLA DO MOVIMENTO

- - - - 425 550

AULAS DE REFORÇO

- - - - - 56*

TOTAL 35 147 205 205 640 651

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC, 2004

* Este número pode variar de acordo com as necessidades dos alunos.

O desenvolvimento dos diversos Projetos tem sido uma oportunidade ímpar para os

alunos que a eles têm acesso. No entanto, ainda não se alcançou um ideal, considerando as lacunas e dificuldades que são percebidas. Diante do número de alunos matriculados na Rede Municipal e do número de alunos atendidos nos Projetos, percebe-se que grande parte dos discentes não têm acesso aos mesmos.

A participação de forma mais efetiva nas aulas de cada Projeto fica prejudicada, de certa forma, devido à dificuldade de acesso dos alunos aos locais onde acontecem as aulas. Como grande parte das escolas municipais localiza-se em bairros mais periféricos e outras na zona rural, há o problema do transporte dos mesmos até as áreas centrais da cidade onde estes são desenvolvidos.

Em muitas situações percebe-se que a família tem tido dificuldades de assumir sua parte para que as crianças e adolescentes, a quem se destinam os diversos Projetos, possam participar com mais êxito e sucesso.

Além disso, as modalidades oferecidas também não contemplam todas as possibilidades, pois há diversas outras situações que podem ser proporcionadas aos alunos visando sua educação integral.

Por outro lado, descentralizar os Projetos, oferecendo-os nas escolas exige a contratação de mais profissionais, o que acarreta outros problemas administrativos para a Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

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Sabe-se que, para que um projeto possa atingir seus objetivos, é preciso que todas as partes envolvidas – Secretaria Municipal de Educação e Cultura, escolas, professores, alunos e pais – assumam o compromisso com o mesmo, realizando o que é de sua competência.

Para atender os diversos Projetos, a SMEC disponibiliza profissionais que apresentam conhecimento afim na área em que atuam, alguns pertencentes ao quadro de concursados, como é o caso dos professores que atuam nos projetos esportivos e outros disponibilizados através de convênios como no caso das aulas de ensino profissionalizante e das aulas realizadas em academia de natação. A regularização do vínculo dos profissionais da área de música com a Prefeitura Municipal tem sido um obstáculo a superar.

A partir de 2005, os projetos de Música e Esporte desenvolvidos e coordenados pela SMEC foram redimensionados sob a denominação de Projeto Compassos, incluindo o coral, aulas de instrumentos musicais, atletismo, ginástica olímpica, orientação, capoeira, futsal feminino, natação e ballet.

Em 2005 aconteceu ainda uma reorganização das aulas de Estudos de Recuperação em todas as escolas da rede municipal, sendo que um número maior de horas, de professores das diversas séries e componentes curriculares, foi destinado a essa finalidade, para que os alunos tenham mais oportunidades de aprender e superar suas dificuldades, porém na própria escola, visando atender maior número de alunos e diminuir o número de faltas, extinguindo-se, assim, o projeto de reforço centralizado, em que os alunos deveriam se deslocar de seus bairros para as aulas.

Além disso, um convênio de cooperação entre a Prefeitura Municipal e o Colégio Evangélico Panambi proporciona uma iniciação profissionalizante para alunos da 8ª série das EMEFs, nas áreas de Mecânica e Eletricidade, em turno inverso ao das aulas, com objetivo de contribuir para sua formação integral e para suas escolhas futuras, tanto em termos de prosseguimento nos estudos como de inclinação profissional. Por outro lado, em todas as áreaa citadas, os projetos têm sido descentralizados e oferecidos conforme as características das comunidades onde são propostos, contando para isso com a colaboração de instituições como a Escola citada, associações e clubes de serviço, dispostos a ceder estrutura física ou profissionais, além de outros recursos. Nesse sentido, a SMEC conta com a colaboração da Central de Projetos da Prefeitura Municipal, atuante no que se refere a encontrar parceiros e recursos para viabilizar os projetos que já estão em andamento, redimensionando-os, além de novas alternativas.

Os projetos oferecidos pela educação pública precisam considerar que a educação brasileira comparada a outros países, mesmo na América Latina, tem um grande atraso, sobretudo na escolaridade dos mais pobres: mais de 16 milhões não tem nenhum grau de escolaridade e quase 17 milhões não completam a quarta série do Ensino Fundamental. Portanto, 33 milhões de brasileiros acima de 15 anos podem ser considerados analfabetos.

Em Panambi, segundo dados do IBGE - Censo Demográfico 2000 e do MEC / INEP - Censo Escolar 1999 a taxa de escolarização líquida do Ensino Fundamental aponta para o índice de 99,3% muito próximo da universalização, na faixa etária de 7 a 14 anos e os indicadores de Panambi são animadores quanto os níveis de escolaridade, porém, as ações educacionais transcendem a alfabetização. A educação integral do ser humano só acontecerá

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ao investir-se na construção da cidadania, que passa pelo acesso a bens culturais de lazer e esportes, da arte, de valores ligados diretamente a forma de ver, de sentir , viver e projetar.

9.2 DIRETRIZES As mudanças pelas quais passa o contexto nacional têm colocado na ordem do dia a

reflexão sobre o papel da educação na transformação da realidade brasileira e local. As desigualdades e as injustiças sociais ferem os direitos dos pequenos e jovens cidadãos, expressos no Estatuto da Criança e do Adolescente e os conflitos sociais vividos numa sociedade desigual afetam a todos de várias maneiras.

Ao Sistema Educacional cabe defender suas crianças e adolescentes, bem como lutar pela sua inclusão social e cultural, porque a escola é uma instituição a serviço das pessoas. Não se pode mais admitir que nela somente predomine o espaço da razão, como se educar fosse depositar conhecimentos e as comunicações interpessoais fossem restritas a trocas de um “capital técnico e cientifico” acumulado.

Numa época em que o conhecimento é difundido em muitos espaços de formação, a escola precisa dar sentido ao conhecimento socialmente valorizado, sendo essencialmente sensível e inclusiva. O conhecimento da realidade, dos fundamentos conceituais, bem como do bem que as Artes e os Esportes proporcionam, leva a direcionar espaços para a mudança e torna-se prioridade de quem está disposto a contribuir para que essa mudança ocorra.

Proporcionar projetos extracurriculares abre espaços para a edificação humana, integrando colaboradores, instrutores, educadores, famílias, órgãos públicos, governamentais e demais segmentos da sociedade em busca de alternativas, o que é urgente e necessário. É definitivo. Todo investimento por maior gasto que se tenha hoje, parecerá pouco diante da possibilidade de termos uma cidade mais tranqüila, mais justa e com jovens com personalidades firmes para dizer não ao uso de drogas e demais perversidades que a vida lhes oferecerá.

Conhecendo-se o potencial cultural de Panambi e cientes da responsabilidade que a Secretaria Municipal de Educação e Cultura tem diante de seu compromisso com o desenvolvimento humano do município, é determinante ir ao encontro da comunidade panambiense e proporcionar uma série de ações culturais e esportivas, oferecendo aos cidadãos acesso aos bens espirituais, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida.

9.3 OBJETIVOS E METAS

Ampliar a oferta de vagas em cada um dos Projetos na medida em que houver

interesse e procura por parte dos alunos. Auxiliar os alunos no desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e cultural,

estimulando práticas de respeito, ética, solidariedade, cidadania, responsabilidades, através da participação em atividades significativas e práticas culturais e esportivas.

Estabelecer parcerias com instituições, organizações não-governamentais (ONG’s), empresas e pessoas que se interessem e se disponham a participar dos Projetos, valorizando o que a SMEC faz.

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Criar novos Projetos, oportunizando a participação de mais alunos, após leitura anual das necessidades e oportunidades.

Articular o diálogo entre as partes responsáveis pelos Projetos, promovendo encontros que favoreçam a socialização de experiências para que se potencialize recursos e propostas que venham a enriquecer e valorizar as ações desenvolvidas nos Projetos.

Orientar o planejamento de cada Projeto, organizando os espaços, as etapas e as propostas para que os resultados atendam as expectativas e objetivos propostos.

Contribuir para o desenvolvimento de atitudes favoráveis ao estudo, auxiliando as crianças e adolescentes na recuperação de aprendizagens, estimulando-os a enfrentar os desafios da escola.

Descentralizar a oferta de Projetos a fim de atender a cada grupo de alunos em suas características e expectativas.

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VVII -- PPRROOFFIISSSSIIOONNAAIISS

DDAA

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BBÁÁSSIICCAA

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10 FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

10.1 DIAGNÓSTICO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no Artigo 62, afirma que “a formação de docentes para atuar na Educação Básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura de graduação plena, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na Educação Infantil e nas quatro primeiras séries do Ensino Fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal”.

De acordo com o CNE, em seu Parecer nº 01/2003, de 19 de fevereiro de 2003, até 2011, no mínimo 70% dos professores deverão ter curso superior de graduação plena em áreas da Educação, o que justifica também a atual procura dos professores por cursos de licenciatura.

A realidade, a nível de Brasil, mostra que 67,5% dos professores possuem o Ensino Superior e 32,5%, o Ensino Médio. A situação mais grave ocorre nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde cerca de 15% dos profissionais ainda estão sem a habilitação necessária.

No município de Panambi os profissionais da educação estão em busca da habilitação, apresentando uma realidade diferente daquela que aparece em algumas regiões do Brasil.

A análise do quadro abaixo permite verificar que a formação em nível superior para trabalhar com a Educação Infantil tem sido vista pelos profissionais como uma necessidade para a melhoria da qualidade do trabalho pedagógico.

A demanda por aperfeiçoamento dos professores que atuam na Educação Infantil atende às normas do Conselho Municipal de Educação como consta na Resolução CME nº 006, de 14 de novembro de 2000 e na Resolução CME nº 009, de 09 de setembro de 2003 : “O responsável direto por qualquer agrupamento fixo de crianças de 0 a 6 anos, em atuação na relação direta professor aluno é o professor de Educação Infantil, habilitado em curso de nível superior específico, admitida, como habilitação mínima, a oferecida em nível médio – Modalidade Normal”.

Quadro 46 - FORMAÇÃO DOS PROFESSORES QUE ATUAM NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM PANAMBI

Dependência Administrativa Níveis de Formação Municipal Estadual Particular Total Ensino Médio Modalidade Normal 14 3 10 27 Licenciatura Plena 6 3 10 19 Licenciatura em curso 13 1 5 19 Especialização 1 1 1 3

Fonte:PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Pesquisa de Campo. Junho, 2004

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Dos profissionais docentes da Educação Infantil, 27,9% já buscaram sua formação em cursos de licenciatura e o mesmo percentual de 27,9% ainda estão em curso, totalizando 55,8%. Os professores que possuem como formação o nível médio, Modalidade Normal, totalizam 39,7%. Este número indica que muitos professores permanecem com a formação mínima exigida para trabalhar com a Educação Infantil. Ainda 4,4% dos professores são especialistas em áreas da Educação.

No que se refere ao exercício de direção das instituições de Educação Infantil, o Conselho Municipal de Educação resolve que “a direção da instituição será exercida, preferencialmente, por profissional formado em curso de Pedagogia com habilitação em Administração Escolar ou habilitação Superior na área de Educação, admitindo-se, até 20 de dezembro de 2006, que estejam cursando”.

Quadro 47 - FORMAÇÃO DOS GESTORES DAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL NO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO DE PANAMBI

Dependência administrativa Níveis de Formação Municipais Iniciativa Privada

Ensino Médio Normal Licenciatura em curso 1 Licenciatura Curta Licenciatura Plena 3 2 Especialização 3 1 Especialização em curso 3 TOTAL 9 4

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Pesquisa de Campo. Junho, 2004

A pesquisa mostra que 92,3% dos gestores possuem nível superior, atendendo, desde então, as exigências do CME/Pbi e as necessidades que a função requer.

Para o atendimento da faixa etária de 0 a anos, as instituições que atendem exclusivamente a Educação Infantil contam também com a atuação do profissional não-docente que é admitido com a formação mínima em nível de Ensino Médio como estabelece a normatização do CME/Pbi, Resolução nº 009, de 09 de setembro de 2003, Artigo 1º.

A nova dimensão da Educação Infantil, como primeira etapa da Educação Básica, gerou a valorização do papel do profissional que se dedica à criança de 0 a 5 anos, necessitando um novo patamar de habilitação, decorrente das responsabilidades sociais e educativas que se espera dele.

Dos 61 educadores não-docentes que atuam nas escolas locais, 10 possuem Ensino Fundamental Incompleto, 2 Ensino Fundamental, 10 Ensino Médio, 31 Ensino Médio modalidade Normal e 8 Licenciatura em curso, como pode ser visto no quadro a seguir:

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Quadro 48 - FORMAÇÃO DOS EDUCADORES NÃO-DOCENTES QUE ATUAM NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM PANAMBI

Dependência administrativa Níveis de Formação Municipais Estadual Particulares

Ensino Fundamental Incompleto 10 - -

Ensino Fundamental 02 - - Ensino Médio 10 - 2 Ensino Médio/Modalidade Normal 31 - - Licenciatura - - - Licenciatura em curso 08 - -

TOTAL 61 - 2

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Pesquisa de Campo. Junho, 2004

O quadro de educadores não-docentes da Rede Municipal, par aos alunos de 0 a 03 anos de idade, revela dados satisfatórios se for considerado que 49% destes profissionais possuem Ensino Médio, na modalidade Normal, 19% possuem formação em nível médio sem formação pedagógica, 12,6% estão cursando licenciatura e apenas 19% ainda permanecem com o Ensino Fundamental completo ou incompleto.

Os 19% que permanecem sem a formação mínima estabelecida pelas normatizações do CME/Pbi são os 12 profissionais remanescentes da época em que a Educação Infantil era mantida pela Assistência Social, sendo os mesmos concursados especificamente para essa função e, como tal, não podem ser remanejados para outras funções.

Também no Artigo 2º da mesma Resolução, o Conselho Municipal de Educação normatiza que a Entidade Mantenedora deve oferecer programas de qualificação e de formação continuada para estes profissionais, bem como facilitar a complementação da formação mínima exigida para todos os profissionais, que estão em seu quadro e que ainda não a tem.

A procura pelo Ensino Superior, mesmo em pequena escala, mostra que os educadores não-docentes demonstram necessidade de, aos poucos, ir aprimorando seus conhecimentos, através da qualificação profissional.

Esses educadores não-docentes estão desenvolvendo suas atividades numa jornada de trabalho de 44 horas semanais, o que precisa ser revisto, buscando novas definições num Plano de Carreira para essa categoria.

Assim como na Educação Infantil, no Ensino Fundamental a demanda por aperfeiçoamento dos professores demonstra que se está próximo à meta estabelecida pelo Conselho Nacional de Educação.

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Quadro 49 - FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS REGENTES DE CLASSE NO ENSINO FUNDAMENTAL EM 2004.

*Municipal Estadual Particular Área de atuação Área de atuação Área de atuação Formação

1ª a 4ª 5ª a 8ª Total 1ª a 4ª 5ª a 8ª Total 1ª a 4ª 5ª a 8ª Total Ensino Médio/Normal 34 - 34 16 - 16 - 1 1 Licenciatura em Curso 37 6 43 8 61 69 2 1 3 Licenciatura Curta - 1 1 1 8 9 - - - Licenciatura Plena 20 76 96 28 33 61 13 19 32 Especialização 4 17 21 7 23 30 3 2 5 Mestrado - 2 2 - 3 3 - - -

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Pesquisa de Campo. Junho, 2004

* Estes números correspondem à carga horária de 22 horas semanais. Os dados do quadro apontam um número bastante significativo de professores com a

formação em nível superior já concluída: 69% dos professores da Rede Municipal, 61,5% da Rede Estadual e 91% da Rede Particular de Ensino com curso superior na área da Educação, o que já evidencia a proximidade da meta colocada pelo Conselho Nacional de Educação somente para 2011.

Os professores que ainda estão cursando licenciatura totalizam um percentual de 22,9%, incluindo as três redes de ensino. Na Rede Estadual este percentual totaliza 31,6%, sendo que a maioria destes atua nas Séries Finais do Ensino Fundamental e, por isso, não pode prestar concurso público para o preenchimento das vagas. Conseqüentemente, atuam através de contratos temporários o que não é positivo nem para as escolas, nem para os profissionais.

Na Rede Municipal o número maior de professores com licenciatura em curso são os que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o que não impediu o seu ingresso através de concurso, visto que a exigência mínima para atuar nessa etapa é a de nível Médio, modalidade Normal. A pesquisa mostra também que muitos professores não permanecem com a formação mínima e a cada ano mais profissionais procuram qualificação e especialização.

Dos profissionais que compõem as equipes gestoras das escolas de Ensino Fundamental das três redes de ensino e da Coordenação Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, 91,6% possuem formação superior atendendo desta forma as exigências e as necessidades que as funções de administração e apoio pedagógico requerem.

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Quadro 50 - FORMAÇÃO DOS GESTORES DAS ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL E DA SMEC EM 2004

*Escolas Municipais Escolas Estaduais Escolas Particulares Formação Diretor e

Vice-diretor Coordenador Orientador Equipe Diretiva Equipe Diretiva

Ensino Médio/Normal 2 Licenciatura em Curso 4 5 Licenciatura Curta 1 1 Licenciatura Plena 21 10 24 1 Especialização 4 10 15 2 Mestrado 1 1

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Pesquisa de Campo. Junho, 2004 * Estes números correspondem à carga horária de 22 horas semanais.

Analisando o quadro de formação dos gestores, há 11 profissionais sem formação superior. Na Rede Municipal, o Parecer do CME/Pbi nº 003/2000 admite que, até 20 de dezembro de 2006, para exercer a função de Diretor e Vice-diretor, estes estejam cursando Educação Superior na área da Educação e recomenda que se busque formar as equipes diretivas com profissionais habilitados em nível superior também em cursos de licenciatura.

Paralela à formação inicial, que é exigência, há a necessidade da formação continuada do profissional da educação, a qual constitui-se um direito garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no Artigo 67, Inciso II. Ambas são indispensáveis para que se ofereça uma educação de qualidade.

A formação continuada é hoje uma realidade nas redes de ensino do Município.Todos os profissionais têm garantido em sua jornada de trabalho horas destinadas para a sua atualização e capacitação, organizadas na forma de reuniões de estudo, seminários, oficinas, palestras, relatos de experiência, cursos, tanto no âmbito das escolas, como no Município e até mesmo fora do Município, muitos frutos de iniciativa envolvendo as três redes de ensino.

Uma sólida formação inicial e um permanente aperfeiçoamento dos profissionais que atuam na escola são elementos essenciais para a melhoria da educação e devem continuar a ser uma preocupação dos gestores da Educação no Município.

Quadro 51 - INGRESSO DOS PROFESSORES QUE ATUAM NO ENSINO FUNDAMENTAL

NA REDE MUNICIPAL NOS ÚLTIMOS 30 ANOS.

Ano de ingresso na rede municipal Nº de professores 1975 a 1977 1 1978 a 1980 2 1981 a 1983 5 1984 a 1986 12 1987 a 1989 20 1990 a 1992 13 1993 a 1995 42 1996 a 1998 76 1999 a 2001 - 2002 a 2004 88

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Pesquisa de Campo. Junho, 2004

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Os dados nos mostram que 63,3% dos professores que atuam no Ensino Fundamental

possuem entre 1 e 10 anos de atividade, 28,9% possuem entre 10 e 20 anos e 7,3% entre 20 e 30 anos de atividade na Rede Municipal, o que evidencia um crescimento acentuado das escolas municipais, principalmente a partir da década de 80.

O quadro do magistério da Rede Municipal, na sua maioria, tem a sua formação em nível superior concluída nas universidades da região, que não prevêem carga horária satisfatória para as áreas de psicologia, metodologia e didáticas, segundo profissionais delas oriundos, para que pudessem auxiliar diretamente sobre as técnicas a serem utilizadas, metodologias de planejamento, registros, elaboração de instrumentos de avaliação, entre outros, já que isso tem se apresentado como problemas entre alguns profissionais, gerando em alguns casos, a crise da autoridade pessoal e profissional do docente.

Está crescendo, no Ensino Fundamental do setor público municipal, o número de professores concursados, evidência da conclusão de sua formação. No entanto, ainda há a figura do contrato temporário de profissionais com licenciatura em curso, o que resulta na rotatividade de professores nas escolas e nas turmas, fator negativo para a construção da identidade escolar.

Outro fator que necessita de reflexão é o fato de um professor trabalhar em várias escolas para completar sua jornada de trabalho semanal. Também está crescendo o número de professores que trabalham em mais de uma dependência administrativa. Isso tem dificultado a participação de professores nas atividades de formação continuada específica de cada escola, no desenvolvimento de uma proposta interdisciplinar de ensino e no conhecimento dos alunos com os quais trabalha, pois um professor de Arte, por exemplo, chega a trabalhar, em média, com 200 alunos por semana, se o seu regime de trabalho for de 22 horas. Se for de 44 horas esse número chega a dobrar.

Essa situação atinge também os professores do Ensino Médio que trabalham,

freqüentemente, com turmas de Ensino Fundamental e de Ensino Médio em mais de uma instituição e apresentam as mesmas problemáticas citadas anteriormente.

A maioria desses professores também está investindo no seu processo de formação, como podemos observar no quadro abaixo:

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Quadro 52 - FORMAÇÃO DOS PROFESSORES QUE ATUAM NO ENSINO MÉDIO EM PANAMBI

Formação Particular Estadual Total

Licenciatura em curso 25 25

Licenciatura Curta

Licenciatura Plena 13 40 53

Especialização 3 23 26

Mestrado 2 2 4

Fonte: PANAMBI. Escolas Estaduais e Particulares. Pesquisa de Campo. Junho, 2004

Analisando os dados expostos no quadro anterior, conclui-se que 23,1% dos professores do Ensino Médio ainda estão cursando licenciatura, 49% possuem Ensino Superior concluído, 24% já concluíram um curso de especialização e 3,7% possuem curso de mestrado.

Esses dados também nos mostram que existem muitos profissionais com licenciatura em curso atuando no Ensino Médio, o que justifica os contratos temporários para atender a grande demanda de alunos. Esses professores, para custear a formação e sua sobrevivência, acabam por assumir exaustivas cargas horárias, acarretando problemas para si e para o atendimento aos alunos.

Pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) sobre a valorização do magistério mostra que o rendimento mensal dos professores de Educação Básica em diferentes regiões do Brasil é inferior ao de várias outras categorias profissionais. Há também fortes desigualdades na situação de professores de escolas privadas e públicas. De um modo geral, os professores das escolas públicas estão em condições econômicas e sociais bastante inferiores aos das escolas privadas.

É evidente que bons salários não bastam para melhorar a qualidade do ensino, mas podem tornar a profissão mais atrativa e podem atrair graduados mais bem preparados para a atividade docente na Educação Básica.

De acordo com a pesquisa realizada pela UNESCO, em 2004, sobre o perfil dos professores brasileiros, o nível de renda traz impacto significativo no acesso ao computador, por exemplo. Dos 5000 docentes que participaram da pesquisa, pouco mais de 50% não tem computador em casa e 59,5% não utilizam correio eletrônico.

O estudo revela também que 81,5% dos professores são mulheres e 18,5% são homens. No Rio Grande do Sul, uma pesquisa realizada em 1997 pelo Jornal Zero Hora já mostrava esta realidade, ou seja, as mulheres representavam 89% do quadro do magistério. A baixa remuneração do magistério em algumas regiões pode ser considerada como um indicador da pouca procura dos homens pelo exercício da profissão.

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Em Panambi, nas escolas municipais, os profissionais da educação são, em sua maioria, mulheres. Do total de professores, 289 são mulheres e 30 são homens.Essa realidade, de um modo geral, é a mesma nas Redes Estadual e Particular.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no Artigo 67, assegurou ao profissional da educação o direito ao piso salarial profissional e a um plano de carreira, contemplando progressão funcional baseada na titulação ou habilitação e na avaliação do desempenho. Para atender esta demanda, o Governo Federal criou, em 1996, um fundo especial, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) para financiar o Ensino Fundamental. Assim o município passou a dispor de recursos para custear a remuneração de seus professores.

Embora a Lei 9394/96 assegure a necessidade de um Plano de Carreira que contemple piso salarial profissional e progressão funcional baseada na titulação ou habilitações, os professores municipais ainda não foram contemplados com esse último item em seu Plano. O mesmo está em processo de reelaboração buscando contemplar essa possibilidade do profissional ter vantagens financeiras na constituição de sua carreira. O magistério estadual já tem garantido esses dois pontos em seu Plano de Carreira, mas a estratégia escolhida para a progressão tornou bastante moroso esse processo. Há professores com anos de profissão sem terem sido promovidos.

Quadro 53 - SALÁRIO BASE DOS PROFESSORES*

Municipais Estaduais Particulares Ensino Médio Modalidade Normal 509,54 227,64 Licenciatura 616,82 421,13 855,00 Especialização 683,86 586,00 1.100,00

Fonte: PANAMBI. Pesquisa de Campo. Agosto, 2004

*A remuneração corresponde a uma jornada de trabalho de 22 horas semanais na Rede Municipal, 20 horas semanais na Rede Estadual e 24 horas semanais na Rede Particular.

Os números da pesquisa deixam claras as diferenças na situação de professores das

escolas privadas, públicas municipais e estaduais, tanto na questão salarial, quanto na carga horária.

Entre as escolas públicas é pequena a diferença salarial para o professor que tem o Ensino Médio/Normal e aquele que já possui o Ensino Superior.

No Plano de Carreira dos professores da Rede Municipal está assegurada a Avaliação por Desempenho Funcional, implantada em 1994, que pode, atualmente, ampliar em até 20% a remuneração dos professores. Esse mecanismo tornou-se problemático ao longo dos anos, pois foi difícil organizar um sistema de avaliação isento e imparcial. Os critérios avaliativos basearam-se em aspectos bastante subjetivos e de difícil comprovação, fazendo com que os professores assumissem esse adicional, de forma coorporativa, como salário. Essa situação pode ser revertida com a implantação das classes no novo Plano de Carreira.

O regime de trabalho desses professores, de acordo com o Plano de Carreira que está em vigor, é de 22 horas semanais, sendo garantido, no mínimo, 20% para horas atividades. No processo de reelaboração do Plano de Carreira, há reivindicação dos professores no sentido de alterar a carga horária semanal, passando-a de 22 para 20 horas.

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10.2 DIRETRIZES

A exigência da formação inicial e a garantia da formação continuada, bem como da valorização do profissional da educação são compromissos do Poder Público seja ele municipal ou estadual, para assegurar a melhoria da qualidade do ensino.

A formação inicial dos profissionais da Educação Básica deve ser responsabilidade, principalmente, das instituições de Ensino Superior, nos termos do Art. 62 da LDB, o qual expressa que as funções de pesquisa, ensino e extensão e a relação entre teoria e prática devem garantir o patamar de qualidade social, política e pedagógica que se considera necessário. Igualmente é responsabilidade das instituições de formação em Nível Médio / Modalidade Normal, oferecer a formação mínima para atuação na Educação Infantil e nas quatro primeiras séries do Ensino Fundamental a esses profissionais.

É necessário que se ofereça, nos Sistemas de Ensino, oportunidades de educação continuada, que assegurem aos profissionais um constante inovar. Torna-se fundamental que os profissionais de educação sejam educadores-pesquisadores em sua área de atuação, na faixa etária a qual atendem repercutindo na incorporação de temas próprios ao campo de conhecimento que vem sendo construído pela área e na consolidação de uma pedagogia específica.

Na medida em que o Poder Público garante condições adequadas de formação, de trabalho e de remuneração aos profissionais da educação, espera-se que estes tenham amplo compromisso com a aprendizagem dos alunos, respeito aos educandos e a seus direitos como cidadãos em formação. Também é necessário que, principalmente, o professor domine as tecnologias de comunicação de informação, a fim de integrá-las à prática do magistério. O acompanhamento das mudanças pelas quais passa a sociedade deve fazer parte da rotina de um profissional da educação voltado para o desenvolvimento de suas práticas e de seu ambiente.

A formação continuada dos profissionais deve ser garantida pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Educação através de uma política de formação e qualificação dos educadores, materializada em programas bem definidos, garantindo sua continuidade. Da mesma forma, a Entidade Mantenedora deve oferecer programas de qualificações que complementem a formação mínima exigida para todos os profissionais que estão em seu quadro.

Considerando que a escolaridade exigida para os profissionais não-docentes é o Ensino Médio, devem ser garantidas alternativas de habilitação para aqueles que não a têm e capacitação em serviço no que se refere aos conteúdos que desenvolvem as habilidades específicas para a educação e cuidado de crianças de 0 a 6 anos para todos esses profissionais.

A integração/inclusão de alunos portadores de necessidades educacionais especiais exige dos profissionais conhecimentos relativos aos aspectos cognitivos, afetivos e neurológicos que implicam nas especificidades destes alunos. Para tanto, é necessário que se invista em programas de capacitação a fim de garantir competências para o trabalho que venha a ser desenvolvido com estes alunos.

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O compromisso com a melhoria da qualidade de ensino não pode ser cumprido sem a valorização dos profissionais da educação, o que implica em Planos de Carreira adequadamente estruturados e que permitam um crescimento profissional associando a remuneração à constante melhoria do nível de qualificação dos mesmos.

Nos Planos de Carreira deve-se prever sistemas de ingresso, de promoção, de avaliação do trabalho e de capacitação, possibilidades de afastamentos para formação continuada, bem como contemplar jornada de trabalho, na qual se incluam atividades complementares a sua formação inicial.

10.3 OBJETIVOS E METAS

Investir na formação permanente e continuada dos profissionais da educação como

direito incluso na jornada de trabalho, privilegiando a escola como um local para essa formação.

Em dez anos, contar com todos os professores do Ensino Fundamental com formação em curso superior.

Viabilizar que os profissionais não-docentes, que já pertencem ao quadro de recursos humanos das Escolas de Educação Infantil, busquem ampliar sua escolaridade para até, no mínimo, o Ensino Médio, articulando essa formação com instituições de Ensino Médio e EJA noturnos.

Zelar para que, no prazo de dez anos, todos os professores de Ensino Médio possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura plena nas áreas de conhecimento em que atuam.

Promover avaliação periódica da qualidade de atuação dos professores como subsídio à definição de necessidades e características dos cursos de formação continuada.

Reelaborar o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal, buscando atender, na medida dos recursos disponíveis, as reivindicações da categoria.

Reestruturar o Plano de Carreira dos profissionais educadores não-docentes, desvinculando-o do Plano de Carreira dos Servidores, buscando atender, na medida dos recursos disponíveis, as reivindicações da categoria.

Promover parcerias com instituições de Ensino Privado para ações de formação de docentes.

Desenvolver programas de formação de gestores com as equipes diretivas das escolas.

Capacitar os professores de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educadores não-docentes para trabalhar com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais.

Viabilizar horas de formação continuada aos profissionais da educação em parceria Município-Estado.

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VVIIII --

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11 FINANCIAMENTO E GESTÃO

11.1 DIAGNÓSTICO

A fixação de um plano de metas exige uma previsão de custos assim como a identificação dos recursos atualmente disponíveis e das estratégias para sua ampliação, seja por meio de uma gestão mais eficiente, seja por meio de criação de novas fontes, a partir da constatação da necessidade de maior investimento. Os percentuais constitucionalmente vinculados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino devem representar o ponto de partida para a formação e implementação de metas educacionais. (PNE, 2001 pg.118).

A Constituição Federal de 1988, a Lei do Direito Financeiro, que trata dos orçamentos públicos (Lei Federal nº 4.320/64), a Lei de Responsabilidade Fiscal, que trata da responsabilidade dos agentes quanto à utilização de recursos públicos (Lei complementar nº 10/2000), a Lei das Licitações, que trata dos procedimentos relacionados às compras feitas pela Administração (Lei Federal nº 8.666/93), as instruções do Tribunal de Contas do Estado e a Lei do FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – nº 9.429/96) são hoje os norteadores do gerenciamento e aplicação dos recursos públicos e privados na Educação, seja ela federal, estadual ou municipal.

A Constituição da República Federativa do Brasil determina, em seu Artigo 212, que a União deve aplicar, anualmente, pelo menos 18%, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no mínimo 25% da receita proveniente de impostos na manutenção e no desenvolvimento do ensino. Esses são os recursos vinculados, que têm garantido, em lei, a sua aplicação na Educação Básica. De acordo com o Artigo 211, parágrafos 2º e 3º, os municípios atuarão, prioritariamente, no Ensino Fundamental e na Educação Infantil, enquanto os Estados e o Distrito Federal atuarão de forma idêntica nos Ensinos Fundamental e Médio.

Quadro 54 - INSTÂNCIAS DE ATUAÇÃO NOS NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO EM PANAMBI

NÍVEIS DE ATUAÇÃO E MODALIDADES

Dependência Administrativa Educação Infantil

Ensino Fund.

Ensino Médio

Educação Superior

Educação Especial

Ed.de Jovens e Adultos

Educação Profissional

MUNICÍPIO X X X ESTADO X X X X X PARTICULAR X X X X X X

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Pesquisa de Campo. Junho, 2004

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Também a Lei Orgânica do Município de Panambi preceitua em seu Artigo 148 “O Município aplicará nunca menos de 25% da receita proveniente de transferências, para a Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Público Municipal”.

A Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) possui conta específica dentro do Orçamento do Município, cujo valor é decidido no planejamento deste, a cada ano. Destes recursos, 60% devem ser utilizados exclusivamente no Ensino Fundamental e os 40% restantes podem ser aplicados na Educação Infantil.

Quadro 55 - DEMONSTRATIVO DE RECURSOS APLICADOS NA MANUTENÇÃO E

DESENVOLVIMENTO DO ENSINO EM PANAMBI NOS ÚLTIMOS CINCO EXERCÍCIOS

1999 2000 2001 2002 2003 Receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências (Art. 212 da C.F.)

3.154.559,66 2.956.620,60 3.447.152,70 3.817.425,08 4.556.561,38

Valores aplicados no MDE 3.250.072,09 2.984.461,00 3.462.999,33 4.027.329,98 4.557.369,35 Percentual aplicado 25,75 25,23 25,12 26,37 25,01

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. Setor de Contabilidade. Agosto, 2004

Em 1996, foi instituído, através da Emenda Constitucional nº 14, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) composto por 15% de cada uma das seguintes fontes: Fundo de Participação dos Estados (FPE), Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados para Exportação (IPI – EXP) e, por último, a Lei Complementar nº 87/96, conhecida por Lei Kandir. Esses recursos são destinados às unidades federativas, através de um mecanismo redistributivo, que considera valores mínimos anuais, de acordo com o número de matrículas no Ensino Fundamental constante no Censo Escolar do ano anterior. O retorno do FUNDEF para o município de Panambi, em 2004, correspondente à quota – aluno de R$ 1.144,00 para 1ª à 4ª série, R$ 1.203,65 para 5ª à 8ª série e R$ 1.203,55 para a Educação Especial.

A aplicação desses recursos deve ser realizada no Ensino Fundamental, sendo 60%, no mínimo, em remuneração de profissionais do magistério. Atualmente, em Panambi, são aplicados, em média, 80% do FUNDEF para esse fim, o que garante aos professores municipais do Ensino Fundamental, um dos melhores salários da região da Associação dos Municípios do Planalto Médio - AMUPLAM.

Quadro 56 - DEMONSTRATIVO DE RECURSOS RECEBIDOS E APLICADOS NO

FUNDEF NOS ÚLTIMOS CINCO EXERCÍCIOS EM PANAMBI

1999 2000 2001 2002 2003 Receita total 1.798.283,61 2.200.197,73 2.405.685,64 2.715.404,03 3.277.243,85 Despesa total 1.616.973,16 2.267.381,76 2.312.564,80 2.920.384,41 3.344.201,27 Valor aplicado em Valorização do Magistério 1.612.683,14 1.449.558,63 1.446.021,20 2.333.722,03 2.576.503,85

Percentual 89,67 65,88 60,10 85,94 78,62 Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. Setor de Contabilidade. Agosto, 2004

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Além das receitas originárias de impostos, existem outras que dão suporte à Educação. Um bom exemplo é a proveniente do Salário Educação. O Salário Educação é uma contribuição social, também garantida na Constituição Federal de 1988, Artigo 212, Parágrafo 5º, que as empresas pagam mensalmente ao governo, calculada com base em 2,5% sobre o total da folha de pagamento de seus funcionários. Essa receita é distribuída aos Estados e aos Municípios, sendo sua aplicação exclusiva no Ensino Fundamental público.

A quota federal, que fica em poder do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) do MEC, é aplicada em diversos programas educacionais, entre eles o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que pode ser aplicado em despesas de manutenção, conservação e pequenos reparos na unidade escolar, aquisição de material de consumo, capacitação e aperfeiçoamento de profissionais da educação, aquisição de material didático-pedagógico e permanente.

Quadro 57 - VALORES RECEBIDOS E APLICADOS (EMPENHADOS) DO SALÁRIO

EDUCAÇÃO PELO MUNICÍPIO DE PANAMBI NOS ÚLTIMOS ANOS

ANO VALORES RECEBIDOS VALORES APLICADOS 1999 158.769,18 141.785,26 2000 235.680,30 186.399,49 2001 174.177,07 104.699,42 2002 147.219,25 284.789,60 2003 216.666,32 4.772,00

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. Setor de Contabilidade. Agosto, 2004

Em 2003, o valor do Salário Educação aplicado foi baixo em função do Município somente ter recebido o valor de R$ 196.460,86, por parte do Estado, em dezembro, ficando sua aplicação, portanto, para o exercício 2004.

Quadro 58 - VALORES REPASSADOS PELO PDDE ÀS ESCOLAS PÚBLICAS DE

PANAMBI NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

Nº de alunos no Ensino Fundamental Valor repassado/ano 21 a 50 R$ 500,00 51 a 99 R$ 1.100,00

100 a 250 R$ 1.800,00 251 a 500 R$ 2.700,00 501 a 750 R$ 4.500,00

751 a 1000 R$ 6.200,00

No ano de 2004 houve um reajuste, considerando a diferença no crescimento de matrículas dentro do intervalo, no qual está enquadrada cada escola. A partir desse cálculo o maior reajuste chegará a R$ 220,00

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Agosto, 2004

Esses recursos têm sido significativos para qualificar o ensino oferecido, nos últimos anos, nas esferas públicas educacionais. O direcionamento de verbas, com a conseqüente prestação de contas, tem garantido que as administrações públicas cumpram os princípios da legalidade, da moralidade, da impessoalidade e da publicidade, preceituados no Artigo 37 da Constituição Federal, ou seja, obedecendo ao que a lei prescreve, aplicando os recursos com ética, resguardando o interesse público de forma impessoal, divulgando esses atos o mais amplamente possível.

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Portanto, o financiamento e a gestão estão indissoluvelmente ligados. O exercício do controle social também tem permitido a efetiva aplicação dos recursos. Esse controle é exercido pelos diferentes conselhos a partir do que foi definido como suas competências específicas. As pessoas que fazem parte desses conselhos têm buscado ampliar suas capacidades políticas e técnicas através da participação viabilizada pelo Poder Público, em cursos de capacitação.

Outra figura importante no gerenciamento dos recursos é o gestor escolar. Com a finalidade de profissionalizar a gestão de 2003 foi oferecido, na Rede Municipal de Ensino de Panambi, o Programa de Capacitação à Distância para Gestores Escolares - PROGESTÃO – com duração de 270 horas, sendo aproximadamente 90h presenciais.

Esse Programa contou com a participação de representantes de cada uma das unidades escolares que compõe a Rede Pública Municipal, enfatizando, num dos estudos, a capacidade de planejar, executar e prestar contas.

O gestor escolar tem papel fundamental na organização das Associações Círculo de Pais e Mestres, entidade de direito privado, sem fins lucrativos, representativa da comunidade escolar, responsável pelo recebimento e execução dos recursos transferidos às escolas e pela captação de recursos privados para serem empregados no custeio das escolas públicas. Todas as escolas públicas têm legalmente constituída sua ACPM. Em algumas dessas unidades educacionais, por meio de parcerias, contribuições, doações, festas, rifas, e outras, têm arrecadado, na comunidade panambiense, valores consideráveis, os quais têm contribuído no funcionamento das escolas, o que se reflete na qualidade de ensino. A aplicação desses recursos deve pautar-se pelos mesmos princípios utilizados na administração dos recursos públicos. Para tanto, têm-se buscado capacitar os gestores escolares também nesse sentido.

Apesar do aporte de recursos financeiros que chegam a área educacional pública ter melhorado nos últimos anos, ainda há algumas problemáticas que atualmente desafiam o Poder Público no que se refere ao custeio da Educação:

• Os repasses, principalmente, com relação à Merenda Escolar não são suficientes para custear as despesas para a oferta de uma merenda de qualidade;

• O Estado não efetua as contrapartidas de recursos e quando o faz não observa os prazos legais para tal, principalmente no que se refere à Merenda Escolar e ao Transporte Escolar;

• Há defasagem nas cotas estipuladas pela União para repassar recursos aos órgãos executores nos municípios;

• Os cálculos para os repasses são realizados sobre o Censo Escolar do ano anterior, o que os afasta da realidade;

• A falta de garantia de um financiamento próprio para a Educação Infantil e para o Ensino Médio;

• A incerteza sobre a continuidade do FUNDEF, pois este está assegurado, por lei, somente até 2006;

• As dificuldades financeiras vivenciadas pelo Município para expandir e manter as instituições públicas de Educação Infantil.

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No que se refere ao setor privado da Educação, o financiamento constitui-se,

basicamente, do pagamento de mensalidades pagas pelos alunos. Nos últimos anos, a inadimplência nesses pagamentos tem colocado as escolas em situações difíceis para continuar oferecendo ensino de qualidade.

11.2 DIRETRIZES

A gestão financeira dos recursos públicos compõe-se de três etapas fundamentais: o

planejamento, a execução e a prestação de contas. Para realizar o planejamento com sucesso é preciso ter clareza do diagnóstico

referente à área ou setor sobre o qual se vai planejar, e o diagnóstico da situação financeira e econômica dos recursos, bem como suas origens e aplicação. Um plano de aplicação de recursos é imprescindível para que se possa gastar o que se tem de forma racional, estabelecendo prioridades para sua aplicação e planejando soluções para situações que se venha a enfrentar. Planejar sugere boa dose de conhecimento da maioria das situações que conduzem aos problemas, imaginação e criatividade na busca de soluções e respostas.

A Constituição Federal de 1988 consagrou o princípio de que o orçamento integra um sistema em que as ações dos governos são definidas em um processo amplo de planejamento, pelo qual se estabelecem, com antecedência, as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública. Para compor esse sistema, a Constituição criou três instrumentos distintos, mas interligados entre si: o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual. O primeiro, define as diretrizes, objetivos e metas para um período de quatro anos; o segundo, antecipa a discussão orçamentária e define prioridades para o ano seguinte e, o terceiro, dá forma operacional e quantifica financeiramente as ações do Governo (PRASEM – 1999 pg. 173).

Esse Plano Municipal de Educação, elaborado para dez anos, descreve as ações de forma detalhada para deixar claro o que pretende. Em razão da escassez de recursos em algumas áreas e da falta de regulamentação do regime de colaboração entre os entes federados, tão propagado atualmente, quanto mais realista for o Plano, maiores as possibilidades dele se concretizar, pois o período de cobertura de um plano, a extensão deste, depende de vários fatores: da vontade política das esferas governamentais e dos setores privados, do grau de complexidade das ações, da materialização das decisões, do volume de recursos que se poderá dispor para implementar suas metas, dos convênios, parcerias que se estabelecerão para torná-lo exeqüível e da legalidade das despesas a serem contempladas.

Os orçamentos deverão, pois, conter o detalhamento desse Plano e devem apresentar de forma quantificada e com valor fixado a distribuição das despesas entre as prioridades definidas entre os agentes que compõem os Sistemas de Ensino Estadual e Municipal, atendidos os princípios democráticos de igualdade, eqüidade e responsabilidade, na sua divisão. Um orçamento anual deve ser a expressão, em valores, das atividades e projetos pensados para compor as instituições, com base nas estimativas de arrecadação e de entradas de recursos que são as receitas e também a fixação das despesas.

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Estimar os recursos potencialmente disponíveis para a Educação é tarefa que precisa ter planejamento para ser executada em uma década. O ideal seria calcular o percentual equivalente do PIB gasto em Educação para poder projetá-lo para os próximos anos. Esta tarefa inclui o Poder Legislativo na sua função de aprovar os Planos Plurianuais e emendar e aprovar os Orçamentos que vigorarão nesse período. Nesta dimensão, os vereadores têm papel decisivo no que se refere ao Orçamento Municipal.

A Educação é um investimento que deve ser contínuo, e cujos resultados aparecem a longo prazo, às vezes, na próxima geração. Daí a importância de existirem fontes de recursos estáveis que financiem o esforço de universalização do ensino e o aprimoramento de sua qualidade.

A execução dos recursos financeiros significa aplicá-los de acordo com o que foi planejado. No entanto, o orçamento aprovado pode ser modificado no curso do exercício financeiro, pois se trata de um instrumento dinâmico de administração que, como tal, precisa estar permanentemente ajustado à realidade. Esses créditos adicionais somente poderão acontecer se houver a existência de recursos para a sua cobertura, bem como se houver a autorização legislativa, excetuando-se desses critérios as situações de guerra e calamidade pública.

O gerenciamento financeiro deste Plano depende das autoridades públicas, que através do cumprimento de normas legais e técnicas devem desenvolvê-lo em benefício dos cidadãos, principalmente, daqueles que mais dependem das políticas públicas.

Os responsáveis pela Educação no Município devem conhecer, com detalhes, as necessidades educacionais e devem acompanhar, permanentemente, a evolução das redes de ensino, tendo como critério básico o pedagógico. É, pois, indispensável uma visão de conjunto do processo educativo para decidir sobre educação. Aplicar recursos financeiros em educação sejam eles de origem pública ou privada, envolve o interesse público e a competência na gestão.

A execução orçamentária é tarefa que deve obedecer a critérios e procedimentos que garantam sua adequação e o bom uso dos recursos públicos. No entanto, o uso racional dos recursos não pode prescindir da qualidade dos bens e serviços adquiridos, nem das instâncias de aplicação.

No Artigo 4º, IX, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional dispõe que o Estado deve garantir “padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem”. O que se pretende é que seja financiado um ensino de qualidade cada vez melhor.

Sendo a educação um direito de todos e dever do Estado e da família, e a forma de Estado adotada no Brasil, a federativa, há que se buscar na Constituição qual ou quais as esferas do poder público responsáveis por cada nível de ensino. O Município atuará, prioritariamente, no Ensino Fundamental e na Educação Infantil (Art. 211, §2º), contando, para tanto, com a cooperação técnica e financeira da União e dos Estados (Art. 30, VI).

Já a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional preceitua que o Município deve incumbir-se de oferecer a Educação Infantil e, com prioridade, o Ensino Fundamental, permitindo a sua atuação em outros níveis somente se atendidas as necessidades dessa área de competência e sem comprometer os percentuais mínimos vinculados à Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (Art. 11,V).

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Também há que se fiscalizar a correta aplicação dos recursos, nos termos dos Artigos 70 e 71 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que definem quais as despesas que podem ou não ser consideradas como manutenção e desenvolvimento do ensino.

O controle é uma das principais funções numa administração pública. Através dele se espera a garantia de que o sistema funcione, atenda as finalidades e produza resultados. A legislação exige que o controle leve ao cumprimento dos objetivos e metas definidos na fase de planejamento, sendo exercido em duas instâncias: a interna e a externa. Na instância externa, o Tribunal de Contas do Estado tem papel decisivo. Também os Conselhos Comunitários, a Câmara de Vereadores e o Ministério Público têm a função de fiscalizar o uso do dinheiro público. Por isso, a transparência e a publicidade administrativa da prestação anual de contas pode legitimar todo o processo.

Essa “engrenagem” do financiamento da Educação é formada, por legislações, políticas nacionais, estaduais e municipais que orientam todo o sistema da administração pública da educação.

A busca de fontes alternativas de recursos financeiros na comunidade, bem como as parcerias são soluções interessantes na consecução dos objetivos e metas deste Plano Municipal de Educação.

As parcerias são um caminho a mais para a viabilização do setor educacional, campo de negociação e otimização de espaços e recursos com vistas a atender os interesses da sociedade local. Estas podem acontecer em diversos níveis, desde a participação em projetos ou programas específicos de agências e setores internacionais, até acordos e convênios celebrados entre instituições, empresas e entidades locais e regionais. Importa que se coloque a criatividade e o aproveitamento de oportunidades em favor da educação panambiense.

11.3 OBJETIVOS E METAS

Aplicar, prioritariamente, na Educação Infantil, os 40% dos recursos vinculados ao

MDE não reservados para o Ensino Fundamental. Assegurar que, além de outros recursos municipais, os 10% dos recursos de

Manutenção de Desenvolvimento do Ensino, não vinculados ao FUNDEF, sejam aplicados, efetivamente, na Educação Infantil.

Criar um banco de dados estatísticos sobre a Educação no Município, que possa ser acessado em rede.

Implantar um sistema de custos na Prefeitura Municipal, de forma que se possa aferir valores precisos em diferentes áreas, inclusive na Educação.

Aplicar os percentuais mínimos vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino no Município, demonstrando e discriminando os gastos.

Levar ao conhecimento de todas as escolas o plano de aplicação dos recursos municipais em educação.

Garantir entre as metas dos planos plurianuais vigentes nos próximos dez anos, a previsão do suporte financeiro às metas e objetivos deste Plano Municipal de Educação, conforme os recursos disponíveis.

Garantir a aplicação do valor mínimo para o custo-aluno-qualidade em todos os níveis e modalidades de ensino.

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Fortalecer o regime de colaboração entre os Sistemas de Ensino com vistas a uma ação coordenada entre entes federativos, compartilhando responsabilidades a partir das funções constitucionais próprias.

Fortalecer o Sistema Municipal de Ensino de Panambi. Desenvolver padrão de gestão que tenha como elementos a destinação de recursos

para as atividades-fim, a descentralização, a autonomia da escola, a eqüidade, o foco na aprendizagem dos alunos e a participação da comunidade.

Apoiar, financeiramente, as escolas públicas municipais para que executem o que está previsto nas suas Propostas Pedagógicas.

Transformar a Biblioteca Pública Municipal em Centro Multimidial. Garantir a vinculação de recursos de impostos estaduais e municipais dentre os

recursos orçamentários propostos para a Educação Básica, assegurando a qualidade desta. Estabelecer parcerias/convênios entre as redes de ensino e entre órgãos

governamentais e privados.

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12 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO Um plano da importância e da complexidade do Plano Municipal de Educação tem

que prever mecanismos de acompanhamento e avaliação que lhe dêem segurança no prosseguimento das ações, ao longo do tempo, e nas diversas circunstâncias em que se desenvolverá. Adaptações e medidas corretivas conforme a realidade for mudando ou assim que novas exigências forem aparecendo dependerão de um bom acompanhamento e de uma constante avaliação de percurso.

Como este Plano não é de governo, mas um Plano que transcende as gestões municipais, a participação de diferentes segmentos da sociedade não pode estar concluída com a transformação deste texto, em lei. A aprovação do PME pela Câmara de Vereadores e a conseqüente execução das metas nele propostas são fatores decisivos para que se produzam as mudanças, que ainda se fazem necessárias no panorama educacional panambiense, mas, também, as correções terão papel fundamental nos dez anos de sua vigência.

A consecução do Plano Municipal de Educação, cuja vigência é de 2005 a 2014, depende do grau de articulação entre as esferas federadas, através da cooperação entre os órgãos federais, estaduais e municipais no que é relativo a sua área de abrangência. Considera-se, igualmente, muito importante a participação das entidades da comunidade educacional, dos profissionais da educação, dos estudantes e dos pais reunidos nas suas entidades representativas, das entidades da sociedade civil responsáveis pelos direitos da criança e do adolescente e dos conselhos comunitários como co-autores na condução deste Plano.

A avaliação precisa ser um processo contínuo e apoiar-se em dados e análises qualitativas e quantitativas fornecidos pelos agentes em sua implementação, servindo, pois, esta para indicar as necessidades de replanejamento.

Para que o acompanhamento aconteça de maneira sistemática e periódica propõe-se que a cada três anos a Secretaria Municipal de Educação e Cultura organize essa avaliação no conjunto dos segmentos envolvidos na execução deste Plano.

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_________ Escola Municipal de Educação Infantil Bem Me Quer. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Infantil Gente Miúda. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Infantil Madre Paula Montalt. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Infantil Pequeno Lar. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Infantil Pingo de Gente. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Infantil PQ’Ninos. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Infantil Raio de Sol. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Infantil Sonho e Fantasia. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Fundamental 21 de Abril. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Fundamental Bom Pastor. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Fundamental Conrado Doeth. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Fundamental Dona Leopoldina. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Fundamental Madalena. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Fundamental Maurício Cardoso. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Fundamental Pequeno Príncipe. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004.

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_________ Escola Municipal de Educação Fundamental Presidente Costa e Silva. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Fundamental Princesa Isabel. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Fundamental Rui Barbosa. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Municipal de Educação Fundamental Waldenor Winkler. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Jardim de Infância Futuro Feliz. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ Escola Particular de Educação Infantil Sementes do Amanhã. Análise do Texto Preliminar do Plano Municipal de Educação 2005 – 2014 com apresentação de contribuições, set/ 2004. _________ PREFEITURA MUNICIPAL. Plano de Trabalho do Mobral. Apostila (não publicada) 1980. ___________________________________Coletânea Tematizada para Educação de Jovens e Adultos, 2002. ___________________________________ Relatório das Atividades do Mobral, em 1970. ___________________________________SMEC. Proposta Educacional da Rede Municipal. Administração 2001-2004. _________ Tabelionato e Cartório Civil, Levantamento da Natalidade e Mortalidade na faixa etária de 0 a 6 anos, 1993 – 2003.

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Lista de Quadros Página

Quadro 01 Matrícula inicial da Educação Infantil nas Redes Municipal, Estadual e Particular - 1994 a 2003..... 13 Quadro 02 Taxa de atendimento na Educação Infantil em Panambi em 2003 ..................................................... 13 Quadro 03 Dados de matrícula na Educação Infantil em 1995 ............................................................................. 13 Quadro 04 Dados de matrícula na Educação Infantil em 1999 ............................................................................. 14 Quadro 05 Dados de matrícula na Educação Infantil em 2003 ............................................................................. 14 Quadro 06 Matrícula na Educação Infantil por grupo etário, no Município de Panambi em 2004 ................... 14 Quadro 07 Atendimento da demanda nas escolas municipais de Educação Infantil em 2003 .......................... 15 Quadro 08 Matrícula inicial por idade na Educação Infantil em 2003 ............................................................... 15 Quadro 09 Data de criação e localização das escolas de Educação Infantil ........................................................ 17 Quadro 10 Taxa de escolarização da população de Panambi no Ensino Fundamental em 2000 ......................... 21 Quadro 11 Taxa de distorção idade/série no Ensino Fundamental no Município de Panambi ........................... 22 Quadro 12 Evolução das taxas de aprovação, reprovação e abandono no Ensino Fundamental na Rede

Municipal 1993 - 1999 e 2003 .............................................................................................................. 23

Quadro 13 Dados de matricula inicial no Ensino Fundamental em 1995 ............................................................ 23 Quadro 14 Dados de matricula inicial no Ensino Fundamental em 1999 .................................................... 24 Quadro 15 Dados de matricula inicial no Ensino Fundamental em 2003 .................................................... 24 Quadro 16 Evolução da matricula inicial por dependência administrativa no Ensino Fundamental 1993- 1995-

1999 e 2003 ......................................................................................................................... 25

Quadro 17 Evolução da matrícula inicial nas escolas da zona rural e zona urbana por dependência administrativa no Ensino Fundamental ................................................................................... 25

Quadro 18 Matrícula inicial no Ensino Fundamental nas Escolas Rurais em 1995 .............................................. 26 Quadro 19 Matrícula inicial no Ensino Fundamental nas Escolas Rurais em 1999 ........................................ 26 Quadro 20 Matrícula inicial no Ensino Fundamental nas Escolas Rurais em 2003 ........................................ 26 Quadro 21 Média/aluno por turma no Ensino Fundamental em 2004 ....................................................... 27 Quadro 22 Alunos transportados pelo Município em 2004 ...................................................................... 28

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Quadro 23 População na faixa etária de 15 - 19 anos no Brasil, na Região da AMUPLAM e em Panambi em2000. ................................................................................................................................... 32

Quadro 24 Índice de evasão escolar no Ensino Médio ............................................................................ 34 Quadro 25 Turmas de alunos de Ensino Médio em Panambi em 2003 ............................................................... 36 Quadro 26 Relação de cursos e número de alunos que freqüentam a Educação Superior nas áreas da Educação e

Saúde em 2004........................................................................................................................ 41

Quadro 27 Relação de cursos freqüentados pelos universitários de Panambi nas universidades UNIJUI eUNICRUZ .................................................................................................................... 42

Quadro 28 Formação dos docentes que atuam nos cursos da UNIJUI - Campus Panambi em 2003 .................... 43 Quadro 29 Acervo Bibliográfico da UNIJUI - Campus Panambi .......................................................................... 43 Quadro 30 Cursos de graduação na UNIJUI - Campus Panambi .......................................................................... 44 Quadro 31 Matrícula na Educação Superior em 2004 na UNIJUI - Campus Panambi. Vagas vestibular inverno

julho/2004............................................................................................................................ 44

Quadro 32 Número de funcionários e estagiários da UNIJUI - Campus Panambi em 2004 ................................ 45 Quadro 33 Taxa de inclusão de alunos com necessidades educativas especiais no sistema regular na Rede

Municipal em 2004 ................................................................................................................ 48

Quadro 34 Formação dos profissionais que atuam na Educação Especial .................................................... 50 Quadro 35 Relação professor / aluno nas escolas de Educação Especial em 2004 ........................................ 50 Quadro 36 População não alfabetizada, por faixa etária, residente em Panambi ................................................. 54 Quadro 37 Escolas e número de alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos em Panambi em 1999 e

2003 ...................................................................................................................................................... 55

Quadro 38 Formação de professores que atuam na Rede Estadual na Educação de Jovens e Adultos ............ 55 Quadro 39 Matrícula inicial na Educação Profissional na Rede Particular e Estadual de Panambi ...................... 59 Quadro 40 Matrícula inicial na Educação Profissional nas Escolas particulares e estaduais de Panambi em 1995 59 Quadro 41 Matrícula inicial na Educação Profissional nas Escolas particulares e estadual de Panambi em 1999 60 Quadro 42 Matrícula inicial na Educação Profissional nas Escolas particulares de Panambi em 2003 ................ 60 Quadro 43 Movimento e rendimento escolar na Educação Profissional em Panambi em 2003. .......................... 61 Quadro 44 Número de turmas e número de alunos por sexo nos cursos profissionalizantes oferecidos pelo CEP

em 2004................................................................................................................................ 61

Quadro 45 Número de alunos que integram os Projetos Extracurriculares. ............................................................ 67 Quadro 46 Formação dos professores que atuam na Educação Infantil em Panambi .......................................... 71 Quadro 47 Formação dos gestores das Escolas de Educação Infantil no Sistema

Municipal de Ensino de Panambi ............................................. 72

Quadro 48 Formação dos educadores não-docentes que atuam na Educação Infantil em Panambi ............... 72 Quadro 49 Formação dos profissionais regentes de classe no Ensino Fundamental em 2004 ............................ 73 Quadro 50 Formação dos gestores das escolas de Ensino Fundamental e da Secretaria Municipal de Educação e

Cultura em 2004..................................................................................................................................... 73

Quadro 51 Ingresso dos professores de Ensino Fundamental na Rede Municipal nos últimos 30 anos. ............ 74 Quadro 52 Formação dos professores que atuam no Ensino Médio em Panambi ............................................... 75 Quadro 53 Salário base dos professores ................................................................................................................. 76 Quadro 54 Instâncias de atuação nos níveis e modalidades de ensino em Panambi ............................................. 79 Quadro 55 Demonstrativo de recursos na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino em Panambi nos últimos

cinco exercícios...................................................................................................................................... 79

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132

Quadro 56 Demonstrativo de recursos recebidos e aplicados no FUNDEF nos últimos cinco exercícios emPanambi. ................................................................................................................................................ 80

Quadro 57 Valores recebidos e aplicados (empenhados) do Salário Educação pelo Município de Panambi nos últimos anos .......................................................................................................................................... 80

Quadro 58 Valores repassados pelo PDDE às escolas públicas de Panambi nos últimos dez anos. ................... 80

Lista de Gráficos Página

Gráfico 01 Natalidade no Municipio de Panambi ................................................................................................ 15

Gráfico 02 Número de famílias atendidas conforme renda familiar nas escolas de Educação Infantil da Rede Municipal em 2003 ............................................................................................................................. 16

Gráfico 03 Mapeamento dos grupos etários atendidos nas escolas de Educação Infantil de Panambi em 2004.. 17 Gráfico 04 Taxa de urbanização de Panambi em 2000......................................................................................... 25 Gráfico 05 Alunos concluintes do Ensino Fundamental em Panambi em 2002 e 2003........................................ 32 Gráfico 06 Taxa de distorção idade/série no Ensino Médio em Panambi na Rede Estadual em 2003................. 33 Gráfico 07 Movimento e rendimento escolar no Ensino Médio em Panambi em 2003....................................... 34 Gráfico 08 Matrículas no Ensino Médio em Panambi em 1995 – 1999 – 2003 ................................................... 35 Gráfico 09 Matrícula inicial na Educação Especial de 1994 a 2004.................................................................... 49 Gráfico 10 População de 15 a 24 anos de idade, não alfabetizada, residente em Panambi.................................. 53 Gráfico 11 Cursos profissionalizantes oferecidos pelo Colégio Evangélico Panambi em 2004.......................... 60

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133

APÊNDICE

APÊNDICE A

DADOS ATUALIZADOS REFERENTES À

EDUCAÇÃO INFANTIL

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134

DADOS DE MATRÍCULA NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM 2004

Níveis e Modalidades Dependência Administrativa estadual % municipal % particular %

TOTALS

Creche - - 221 87 20 13 241 Pré-escola 168 15,3 796 72,8 129 11,8 1093 Educação

Infantil Total Creche +

Pré-escola 168 12 1017 76 149 12 1334

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 2004

DADOS DE MATRÍCULA NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM 2005

Níveis e Modalidades Dependência Administrativa estadual % municipal % particular %

TOTAIS

Creche - - 414 92 40 8 454 Pré-escola 176 16,8 713 68,3 154 14,9 1043 Educação

Infantil Total Creche +

Pré-escola 176 12 1127 75 194 13 1497

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 2005

DADOS DE MATRÍCULA NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM 2006

Níveis e Modalidades Dependência Administrativa estadual % municipal % particular %

TOTAIS

Creche - - 369 90,7 38 9,3 407 Pré-escola 163 20,6 541 65 117 14,4 821 Educação

Infantil Total Creche +

Pré-escola 163 13 910 74 155 13 1228

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 2006

A evolução de matrículas na Educação Infantil de 2004 a 2007 – indica que a Rede

Municipal continua atendendo maior número de crianças nesta faixa etária. A rede estadual e particular equipara-se em percentuais menores de atendimento nesse nível da Educação Básica.

Observando a distribuição da matrícula nas esferas pública e privada, conforme Quadros de. Dados de Matrícula – Educação Infantil - 2004 a 2006 analisamos que a Rede Estadual, em 2004, atendia 168 crianças, em 2005, 176, em 2006, 163, mantendo o atendimento 12% nos anos de 2004 e 2005 e em 2006 aumentou em 1% seu atendimento, passando para 13%.

A Rede Municipal em 2004 atendeu 1017 crianças (76,2%), em 2005, 1127 (75,4%), em 2006, 910 (74,1%).

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135

A aparente diminuição no atendimento na Educação Infantil deu-se a partir do atendimento das crianças de seis anos no Ensino Fundamental no início de 2006.

Em 2004 o número de crianças atendidas no grupo etário creche no município chegou a 241 crianças, sendo que 221 crianças foram atendidas na Rede Municipal, o que representou o percentual de 87%, enquanto que as demais 20 crianças foram atendidas pela Rede Particular, representando 13%.

Já em 2005 o número de crianças atendidas no grupo etário creche no município chegou a 454 crianças, sendo que 414 crianças foram atendidas na Rede Municipal, o que representou o percentual de 92%, enquanto que as demais 20 crianças foram atendidas pela Rede Particular, representando apenas 8%.

Muitas destas crianças permaneciam apenas um turno na EMEI, isto é, apenas no turno que a trabalha.

No ano de 2006 o número de crianças atendidas no grupo etário creche no município chegou a 407crianças, sendo que 369 crianças foram atendidas na rede municipal , o que represento o percentual de 90,6%%, enquanto que as demais 38 crianças foram atendidas pela rede particular, representando 9,4%.

Em 2007 o número de crianças atendidas no grupo etário creche no município chega a 513 crianças, sendo que 458 crianças estão sendo atendidas na rede municipal, o que representa o percentual de 89%, enquanto que 55 crianças estão sendo atendidas pela rede particular o que representa o percentual de 11%.

Em relação a faixa etária dos três aos 5 anos, denominado pré- escola e ou jardim de infância, observando os dados dos quadros de 2004,2005 e 2006 percebe-se claramente que a Rede Municipal também esta na frente em relação ao atendimento nesta faixa etária.

Em 2004 o total de atendimento no jardim de infância e ou pré-escola foi de 1093 crianças, sendo que destas 796 (72,8%) foram atendidas pela Rede Municipal, enquanto que 168 crianças (15,3%) atendidas pela rede estadual, e 129 crianças (11,8%) atendidas pela Rede Particular.

No ano de 2005 o total de atendimento no jardim de infância e ou pré-escola foi de 1043 crianças, sendo que destas 713 (68,3%) foram atendidas pela Rede Municipal, enquanto que 176 crianças (12%) atendidas pela Rede Estadual, e 194 crianças (13%) atendidas pela Rede Particular

Já em 2006 o total de atendimento no jardim de infância e ou pré-escola foi de 821 crianças, sendo que destas 541 crianças (65%) foram atendidas pela Rede Municipal, enquanto que 163 crianças (20,6%) atendidas pela Rede Estadual, e 117 crianças (14,4%) atendidas pela Rede Particular.

EM 2007, o total de atendimento no jardim de infância e ou pré-escola no município é de 573 crianças. Destas, 512 estão sendo atendidas pela Rede Municipal, o que corresponde ao percentual de 89%. A Rede Particular atende 61 crianças na faixa etária de quatro e cinco anos, correspondendo a 11%.

Page 136: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

136

DADOS DE CRIANÇAS INSCRITAS NAS EMEIS POR GRUPO ETÁRIO,

ISTO É, DEMANDA NÃO ATENDIDA.

GRUPO ETÁRIO NÚMERO DE CRIANÇAS

INSCRITAS

berçário 42 50%

Maternal I 17 20, %

Maternal II 25 30%

Jardim (4 e 5 anos) 0 0%

Total de crianças inscritas 84 100%

Fonte: PANAMBI, SMEC, Relação de crianças inscritas nas EMEIs, mês de março de 2007

O total de inscritos soma 84 crianças, sendo que 42 (50%) são da faixa etária

berçário (de 1 a 2 anos), 17 (20%) corresponde ao maternal I (2 anos) e 25 (30%) são da faixa etária dos 3 anos.

A renda das famílias inscritas é a seguinte: 8 famílias ganham até um salário, o que correponde a 9%, 70 famílias ganham entre dois a três salários mínimos, o que corresponde a 83% e 5 famílias ganham acima de três salários mínimos.

NÚMERO DE FAMÍLIAS ATENDIDAS CONFORME RENDA FAMILIAR NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL EM 2007

Conforme Boletim Estatístico de março de 2007 e a Relação de Crianças Matriculadas nas Escolas Municipais de Educação Infantil, há 741 crianças matriculadas distribuídas de berçário a jardim II, ou seja, de 4 meses a cinco anos incompletos.

Veja gráfico a seguir sobre a renda familiar das famílias que freqüentam as Escolas Municipais de Educação Infantil.

Page 137: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

137

GRÁFICO: RENDA DAS FAMÍLIAS QUE POSSUEM FILHOS MATRICULADOS

NAS EMEIS EM 2007

Fonte: PANAMBI, SMEC, Relação de Crianças Matriculadas nas EMEIs. Pesquisa de Campo, março de 2007

Deste universo de crianças matriculadas 116 (16%) famílias ganham até um salário mínimo, 217 (29%) famílias ganham de um até dois salários mínimos, 225 (30%) famílias ganham de dois a três salários mínimos e 183 (25%) famílias ganham acima de três salários mínimos.

O maior número de famílias atendidas ganha de dois a três salários mínimos. O percebe-se que o poder aquisitivo das famílias está aumentando, a mulher também está trabalhando, aumentando assim a renda familiar.

DADOS GERAIS SOBRE AS ESCOLAS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO

INFANTIL DA REDE MUNICIPAL

Até o final do ano de 2004, das nove Escolas Municipais de Educação Infantil da Rede Municipal, apenas uma escola estava autorizada a funcionar pelo Conselho Municipal de Educação, ou seja, a EMEI Madre Paula Montalt, localizada no bairro Fátima, em prédio alugado. As demais estavam com o Processo de Autorização de Funcionamento em andamento junto ao CME/ Pbi.

A Secretaria Municipal de Educação e Cultura, desde que assumiu os trabalhos, procurou realizar os apontamentos recebidos do CME/Pbi em relação aos Processos de Autorização de Funcionamento das EMEIs.

Os principais apontamentos referiam-se à segurança, isto é, à elaboração dos PPCI - Planos de Prevenção e Proteção contra Incêndio, os quais foram elaborados e enviados à Assessoria Técnica do Corpo de Bombeiro. Estes expediram os Alvarás da Prevenção e Proteção Contra Incêndio em junho de 2007.

116

217 225

103

050

100150200250

até um saláriominimo

de 1 a 2saláriosminimos

de 2 a 3saláriosminimos

mais de trêssaláriosminimos

RENDA DAS FAMILIAS QUE POSSUEM OS FILHOS MATRICULADO NAS EMEIs

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138

Foi necessário revisar e reencaminhar ao setor de Engenharia da Prefeitura as plantas baixas das Escolas Municipais de Educação Infantil, a fim de que fossem adaptadas as ampliações realizadas nas administrações anteriores. Também foi encaminhado ao setor de cadastro, a solicitação das averbações das construções realizadas nas EMEIs de 2000 até 2006, a fim de atualizar e enviar ao CME/Pbi.

Foram construídas rampas de acesso para pessoas com necessidades especiais nas EMEIs: Bem Me Quer, Amor Perfeito, Pequeno Lar, PQ´ninos e Sonho e Fantasia.

Em 2006, foi encaminhado ao CME/Pbi o pedido de mudança de Sede da EMEI Gente Miúda e reencaminhado o Processo de Autorização de Funcionamento desta Escola. Autorizado a mudança, a referida Escola recebeu a Autorização de Funcionamento e está funcionando de acordo com a legislação do Conselho Municipal de Educação, ampliando o número de vaga de 60 para 160 crianças.

Em 2007, a EMEI Sonho e Fantasia foi ampliada sendo reencaminhado o Processo de Autorização de Funcionamento ao Conselho Municipal de Educação. Após visita e analisado o Processo, a referida Escola recebeu o Parecer que autoriza o funcionamento, de acordo com as normatizações do CME/Pbi.

Os Processos de Autorizações de Funcionamento das Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI Amor Perfeito, EMEI Bem Me Quer, EMEI Pequeno Lar e EMEI Pingo de Gente), foram reencaminhado ao Conselho Municipal de Educação em maio de 2007, uma vez que todos os apontamentos recebidos no início da Administração (2004-2008) foram realizados. Estamos aguardando Parecer favorável do CME/Pbi.

Em relação à EMEI Pingo de Gente, em 2006 foi adquirida uma nova área para construção de uma nova escola. Também foi elaborado o Projeto desta Escola e enviado ao FNDE, pois os recursos da Prefeitura para a Educação Infantil eram insuficientes. Estamos aguardando retorno a fim de dar inicio na nova obra.

A EMEI Madre Paula Montalt passou a atender o grupo etário de dois anos (maternal I), a partir de março de 2006.

O Regimento das Escolas Municipais de Educação Infantil permite o atendimento em um turno, para as crianças de 4 e 5 anos. Com esta medida adotada, já foi possível em 2007 atender 100% das crianças inscritas nesta faixa etária. Acreditamos que desta forma estaremos oportunizando que mais crianças possam freqüentar as classes de jardim de infância antes de ingressarem no Ensino Fundamental.

Desde 2005 foi oportunizado a todos os profissionais que trabalham nas Escolas de Educação Infantil, independente da função que ocupam, a participarem de Seminários que acontecem no início de cada ano promovido pela SMEC, a participarem de estudos nos dias internos (uma vez por mês), bem como, de palestras com temas diversificados, entre outros.

A seguir gráficos com dados de matrículas por grupo etário nas Escolas Municipais de Educação Infantil de 2004 a 2006.

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139

GRÁFICO MATRÍCULAS BERÇÁRIO NAS EMEIS 2004 a 2006

Fonte: PANAMBI, SMEC, Boletim Estatístico março de 2004, 2005 e 2006.

Os dados do Gráfico acima mostram o número de crianças que freqüentam o berçário nas Escolas Municipais de Educação Infantil, (grupo etário creche), da Rede Municipal. Percebe-se que houve aumento de crianças freqüentando estas escolas. Isto aconteceu devido a muitas mães trabalharem somente um turno, portanto, as crianças estão matriculadas conforme os horários de trabalho das famílias. No restante do tempo os familiares dispõem do tempo para cuidar e educar seus filhos.

Na EMEI PQ’ninos em de março de 2006, foi adaptada uma sala para atendimento de mais uma turma de berçário (15 vagas). A Secretaria Municipal de Educação e Cultura investiu no mobiliário e utensílios, oferecendo vagas desde março de 2006.

A EMEI Gente Miúda , em março de 2006, passou a atender mais uma turma de berçário (10 crianças), devido à mudança para a nova sede.

A EMEI Sonho e Fantasia, em março de 2007, passou a atender mais uma turma de berçário (15 vagas) e mais duas turmas de Jardim , devido à ampliação realizada na escola.

Até dezembro de 2006, o CME/Pbi orientava que para cada seis crianças devia ter um educador. Já em janeiro de 2007, a orientação é que as Escolas pertencentes ao Sistema Municipal de Ensino tenham um educador para cada cinco crianças. Este educador deve ser nomeado por concurso, tendo como formação mínima o Ensino Médio.

11 11 11

0

22

10

17 17

1312

1312

0

29

12

15

11

1513

16

29

0

28

11

34

14

18

0

5

10

15

20

25

30

35

2004 2005 2006

MATRICULAS: CRIANÇAS DO BERÇÁRIO

EMEI AMOR PERFEITO

EMEI BEM ME QUER

EMEI GENTE MIUDA

EMEI MADRE . MONTALT

EMEI PEQUENO LAR

EMEI PINGO DE GENTE

EMEI PQ́ NINOS

EMEI RAIO DE SOL

EMEI SONHO E FANTASIA

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140

GRÁFICO MATRICULA MATERNAL I NAS EMEIS 2004 a 2006

Fonte: PANAMBI, SMEC, Boletim Estatístico, março de 2004,2005 e 2006.

Os dados do Gráfico acima mostram o número de crianças matriculadas no Maternal I nas Escolas Municipais de Educação Infantil (grupo etário creche), da Rede Municipal.

Analisando o gráfico percebe-se que houve aumento de crianças freqüentando estas escolas. Isto aconteceu devido a muitas mães trabalharem somente um turno, portanto, as crianças estão matriculadas conforme os horários de trabalho das famílias. No restante do tempo os familiares dispõem do tempo para dedicar-se aos mesmos, cuidando e educando-os.

Nas EMEIs: Amor Perfeito, Gente Miúda e Sonho e Fantasia aumentou o número de crianças deste agrupamento no ano de 2006, devido o grupo etário jardim ter um turno só, e com essa medida estas turmas (grupo etário creche) puderam ser beneficiadas com maior número de vagas.

Uma das Normatizações do CME/Pbi orientava que para cada oito crianças devia ter um educador. Em janeiro de 2007, a SMEC recebe correspondência do CME/Pbi, reafirmando as orientações para todas as Escolas que pertencem ao Sistema Municipal de Ensino que, para cada oito crianças haja um educador. Este educador deve ser nomeado por concurso, ter no mínimo o Ensino Médio. Pana os profissionais que não possuem a formação, a SMEC está oportunizando a “Formação Continuada” nos dias Internos, isto é, uma vez por mês.

18 19 19

0

31

15 15

21

14

24

1417

0

24

15 15

10

15

37

33

54

21 21 20

15 16

30

0

10

20

30

40

50

60

2004 2005 2006

MATRICULAS: MATERNAL I

EMEI AMOR PERFEITO

EMEI BEM ME QUER

EMEI GENTE MIUDA

EMEI MADRE . MONTALT

EMEI PEQUENO LAR

EMEI PINGO DE GENTE

EMEI PQ́NINOS

EMEI RAIO DE SOL

EMEI SONHO E FANTASIA

Page 141: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

141

GRÁFICO MATRÍCULA MATERNAL II NAS EMEIS 2004 a 2006

.Fonte: PANAMBI, SMEC, Boletim Estatístico março de 2004, 2005 e 2006 O Gráfico traz o número de crianças que freqüentam o maternal II (grupo etário

creche), nas Escolas de Educação Infantil, da Rede Municipal. As Normatizações do Conselho Municipal de Educação orientam que: a) as

crianças deste grupo etário devem ser atendidas em um turno por professor (a). Este deve ter a formação de no mínimo o curso de Magistério. O restante do horário pode ser atendido por profissional que tenha o Ensino Médio completo; b) a turma deve ter o máximo 15 crianças respeitando-se um metro e meio (área interna x externa) para cada criança.

A EMEI Raio de Sol diminuiu o atendimento, devido às salas serem pequenas. As crianças passaram a ser atendidas neste agrupamento, mas em turno integral.

A EMEI Gente Miúda oportunizou novas vagas, em função da mudança para a nova sede cujo espaço permite o atendimento a um maior número de crianças.

A EMEI Sonho e Fantasia e Gente Miúda também aumentaram suas vagas devido o jardim (5 anos) passar a ter atendimento em um só turno.Nestes espaços foi oferecido maior número de vagas para o grupo etário do maternal II.

A seguir gráfico com o número de turmas nas EMEIs por grupo etário.

13

18 18 18 1714 14

26

11

1815

17 16 1613

18 1815

18 19

42

20

1412

21

17

21

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

2004 2005 2006

MATRICULAS: Maternal II

EMEI AMOR PERFEITO

EMEI BEM ME QUER

EMEI GENTE MIUDA

EMEI MADRE . MONTALT

EMEI PEQUENO LAR

EMEI PINGO DE GENTE

EMEI PQ´NINOS

EMEI RAIO DE SOL

EMEI SONHO E FANTASIA

Page 142: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

142

GRÁFICO NÚMERO DE MATRICULADOS POR GRUPO ETÁRIO NAS EMEIs

Fonte: PANAMBI, SMEC, Boletim Estatístico março de 2006

GRÁFICO NÚMERO DE MATRICULADOS POR GRUPO

ETÁRIO NAS EMEIs

Fonte: PANAMBI, SMEC, Boletim Estatístico março de 2007

2 2

11

2

1 11

0

5

2 22

3 3

2 2

1

4

1 11 1 1 1 1 1

2

0 00 0 0

2

0

1

0 0 000 0 00 000,5

11,5

22,5

33,5

44,5

5

BERÇÁRIO MATERNAL I MATERNAL II JARDIM I JARDIM II

NÚMERO DE TURMAS POR GRUPO ETÁRIO NAS EMEIs

EMEI GENTE MIUDA EMEI P̀ NINOS EMEI BEM ME QUER

EMEI RAIO DE SOL EMEI PEQUENO LAR EMEI AMOR PERFEITO

EMEI SONHO E FANTASIA EMEI PINGO DE GENTE MADRE P. MOLTALT

NÚMERO DE TURMAS POR GRUPO ETÁRIO EM 2007

2

3

2 2 22 2

1 1 11

2

1 1

0

1

2

1

0 0

2 2

1

0 0

1

2

1 1

2

1

2

1 1

2

1

2

1 1

00

1 1

2

1

0

1

2

3

4

BERÇÁRIO MATERNAL I MATERNALII JARDIM I JARDIM II

EMEI GEN TE MIUDA EMEI PQNINOSEMEI BEM ME QUER EMEI RAIO DE SOLEMEI PEQUENO LAR EMEI AMOR PERFEITOEMEI SONHO E FANTASIA EMEI PINGO DE GENTEEMEI MADRE PAULA MONTALT

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143

Analisando os dados dos gráficos números de turmas por grupo etário constata-se que houve aumento de turmas de berçário em 2006, uma turma a mais na EMEI PQ´Ninos. Em 2007 uma turma a mais de berçário na EMEI Sonho e Fantasia.

No agrupamento do grupo etário de dois a três anos, foi aberta uma turma a mais em 2006 na EMEI Madre Paula Montalt.

Em relação ao Jardim I e II houve um aumento de turma no ano de 2007, pois as crianças foram reorganizadas por grupo etário, conforme a norma, ou seja, completar dois, três, quatro e cinco anos até o final de fevereiro. Com esta reclassificação foi oportunizada a muitas crianças a permanência na turma de dois ou três anos no ano de 2006.

Assim sendo, o reflexo do número de turmas no Jardim veio acontecer em 2007. Em 2006 tínhamos cinco turmas, e em 2007, o número de turmas passou para dezessete. Nestas turmas a exigência é que as crianças sejam atendidas por um professor, cuja formação seja o mínimo o curso magistério.

DADOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL – REDE MUNICIPAL- 2007

Grupo Etário

0-2 anos

Grupo Etário 3anos

Grupo Etário 04 anos

Grupo Etário 05 anos TOTAL

EMEIs EMEIs EMEIs EMEFs EMEIs EMEFs Número de Turmas de Educação Infantil

31 09 9 1 8 9 67

Número de Crianças 279 149 173 16 140 171 928 Número de Professores 0 8 9 1 8 9 35 Número de não-docentes (atendentes e/ou auxiliar) 73 + 13 (LS) 0 0 0 0 1030

Fonte: PANAMBI, SMEC, Boletim Estatístico das EMEIs/ EMEFs, março de 2007

O número de turmas na Educação Infantil na Rede Municipal é de 67, sendo que

destas, 10 (15%) são nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental e 57 (85%) nas Escolas Municipais de Educação Infantil.

O total de crianças na Educação Infantil é de 928 crianças. Destas 187 (20%) crianças freqüentam as EMEFs e 741 (80%) estão freqüentando as EMEIs.

Os grupos etários de zero a três anos são atendidos por atendentes. No quadro de atendentes temos 78 nomeadas e 8 contratados, somando 86 atendentes. Destas, 13 encontram-se em : Licença Saúde Gestante , Licença Saúde e Licença Interesse.

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APÊNDICE B – DADOS GERAIS ATUALIZADOS

SOBRE O ENSINO FUNDAMENTAL

EVOLUÇÃO DAS TAXAS DE APROVAÇÃO, REPROVAÇÃO E EVASÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL NA REDE MUNICIPAL – 2004 -2005 e 2006.

APROVADOS E REPROVADOS POR SÉRIE - 2004 Série Aprovados %

de aprovados

Reprovados %

De reprovados

Ttotal de alunos

1ª 345 85,82 57 14,18 402

2ª 326 88,59 42 11,41 368

3ª 316 89,52 37 10,48 353

4ª 301 85,27 52 14,73 353

5ª 328 79,42 85 20,58 413

6ª 270 78,49 74 21,51 344

7ª 277 85,23 48 14,77 325

8ª 237 94,80 13 5,20 250

Total 2400 85,47 408 14,53 2808

Fonte: PANAMBI, SMEC, Boletim Estatístico, 2004

APROVADOS E REPROVADOS POR SÉRIE - 2005 Série Aprovados %

de aprovados

Reprovados %

De reprovados

Total de alunos

1ª 339 87,14 50 12,86 389

2ª 355 92,44 29 7,56 384

3ª 335 91,03 33 8,97 368

4ª 324 87,56 46 12,44 370

5ª 296 76,09 93 23,91 389

6ª 306 80,74 73 19,26 379

7ª 243 83,79 47 16,21 290

8ª 245 93,87 16 6,13 261

Total 2443 86,32 387 16,68 2830

Fonte: PANAMBI, SMEC, Boletim Estatístico, 2005

Page 145: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

145

APROVADOS E REPROVADOS POR SÉRIE - 2006 Série Aprovados %

de aprovados

Reprovados %

De reprovados

Total de alunos

1ª Série

9 Anos

142 100 0 0 142

1ª 373 84,77 67 15, 23 440

2ª 345 92,99 26 7,01 371

3ª 367 95,08 19 4,92 386

4ª 333 90,98 33 9,02 366

5ª 316 81,44 72 18,56 388

6ª 297 84,86 53 15,14 350

7ª 288 89,72 33 10,28 321

8ª 216 92,31 18 7,69 234

Total Geral 2677 89,29 321 10,71 2998

E.F.(8

anos)

88,76 321 11,24 2856

Fonte: PANAMBI, SMEC, Boletim Estatístico, 2006

Page 146: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

146

DADOS DE MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL EM 2004

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA NÍVEL / SÉRIE Estadu

al % Municip

al % Particul

ar %

TOTAIS

1ª 231 35 391 60 35 5 657

2ª 226 36 360 59 32 5 618

3ª 230 37 357 57 37 6 624

4ª 236 39 341 56 31 5 608

Sub-total 923 37 1449 58 135 5,

3 2507

5ª 289 37 434 56 53 7 776

6ª 285 41 353 51 50 8 688

7ª 284 43 333 50 49 7 666

8ª 254 47 257 47 31 6 542

Sub-total 1112 42 1377 51 183 7 2672

ENSINO

FUNDAMENTAL

Total 2035 39 2826 55 318 6 5179

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP, MEC, 2004.

Page 147: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

147

DADOS DE MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL EM 2005

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA NÍVEL / SÉRIE Estadu

al % Municip

al % Particul

ar %

TOTAIS

1ª 218 34 392 61 34 5 644

2ª 231 35 391 59 39 6 661

3ª 233 36 367 59 33 5 633

4ª 244 38 366 56 38 6 648

Sub-total 926 1516 144 2586

5ª 274 39 392 56,5

32 4,5

698

6ª 290 39 395 54 51 7 736

7ª 272 44 300 48 49 8 621

8ª 279 47 267 45 47 8 593

Sub-total 1115 1354 179 2648

ENSINO

FUNDAMENTAL

Total 2041 39 2870 55 323 6 5234

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP, MEC, 2005.

Page 148: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

148

DADOS DE MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL EM 2006

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA NÍVEL / SÉRIE Estadu

al % Municip

al % Particul

ar %

TOTAIS

1ª – 9 anos

0 148 79 39 21 187

1ª 208 31 431 64 37 5 676

2ª 227 35 387 60 32 5 646

3ª 217 33 397 62 33 5 647

4ª 248 38 373 57 31 5 652

Sub-total 900 34 1588 61 133 5 2621

5ª 278 39 400 56 38 5 716

6ª 257 40 356 55 32 5 645

7ª 271 41 335 51 52 8 658

8ª 222 43 242 47 50 10 514

Sub-total 1028 41 1333 52 172 7 2533

ENSINO

FUNDAMENTAL

Total 1928 37 2921 57 305 6 5154

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP, MEC, 2006.

Page 149: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

149

DADOS DE MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL EM 2007

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA NÍVEL / SÉRIE Estad

ual % Municip

al % Particul

ar %

TOTAIS

1ª – 9 anos

113 24 328 70 28 6 469

2ª 0 0 197 86 31 14 228

1ª 148 100 0 0 0 0 148

2ª 203 33 390 62 34 6 627

3ª 216 36 352 59 30 5 598

4ª 235 35 402 60 33 5 670

5ª 272 39 385 56 32 5 690

6ª 247 38 362 56 35 5 644

7ª 261 43 311 5 31 5 603

8ª 229 41 276 50 47 8 552

ENSINO

FUNDAMENTAL

Total 2320 40 3087 53 387 7 5794

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Matrícula Inicial, 2007

EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA INICIAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA NO ENSINO FUNDAMENTAL – 2004-2005-2006-2007

Anos 2004 2005 2006 2007

Dependência Administrativa

Nº Matr. % Nº

Matr. % Nº Matr. % Nº

Matr. %

Municipal 2826 54 2870 55 2921 57 3087

Estadual 2035 40 2041 39 1928 37 2320

Particular 318 6 323 6 305 6 387

Total 5179 100

5234 100

5154 100

5794

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC, Censo Escolar do INEP, MEC, 2004, 2005, 2006 e Matricula Inicial,2007

Page 150: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

150

MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL NAS ESCOLAS RURAIS EM 2004

ESCOLAS RURAIS

MUNICIPAIS ESTADUAIS

Mad AT AB BJ CM GV MC OC CB 1ºM SA 21AB

Total PI

EL T SJB HF Total

1ª 23 - - - - - 17 - - - - 11 51 - - - 6 16 22 2ª 23 - - - - - 12 - - - - 6 41 - - - 7 17 24 3ª 28 - - - - - 13 - - - - 13 54 - - - 8 22 30 4ª 27 - - - - - 14 - - - - 14 55 - - - 9 12 21 5ª 31 - - - - - 17 - - - - 14 62 - - - 8 14 22 6ª 19 - - - - - - - - - - 13 32 - - - 6 17 23 7ª 15 - - - - - - - - - - 12 27 - - - 11 16 27 8ª 40 - - - - - - - - - - 13 53 - - - 13 9 22

Total 206 - - - - - 73 - - - - 96 375 - - - 68 123 191 Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 2004.

MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL NAS ESCOLAS RURAIS EM 2005

ESCOLAS RURAIS MUNICIPAIS ESTADUAIS

Mad AT AB BJ CM GV MC OC CB 1ºM SA 21AB

Total PI EL T SJB HF Total

1ª 21 - - - - - 10 - - - - 11 42 - - - 10 18 28 2ª 24 - - - - - 21 - - - - 14 59 - - - 7 17 24 3ª 21 - - - - - 15 - - - - 05 41 - - - 8 16 24 4ª 25 - - - - - 11 - - - - 11 47 - - - 9 23 32 5ª 28 - - - - - 0 - - - - 14 42 - - - 11 12 23 6ª 29 - - - - - - - - - - 11 40 - - - 11 15 26 7ª 19 - - - - - - - - - - 13 32 - - - 07 14 21 8ª 17 - - - - - - - - - - 11 28 - - - 11 16 27 Total

184

- - - - - 47 - - - - 90 32

1 - - - 74

131

205

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 2005.

Page 151: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

151

MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL NAS ESCOLAS RURAIS EM 2006

ESCOLAS RURAIS MUNICIPAIS ESTADUAIS

Mad AT AB BJ CM GV MC OC CB 1ºM SA 21AB Total

PI EL T SJB HF Total

1ª 9 ANOS

05 - - - - - 04 - - - - 04 13 - - - 0 0 0

1ª 21 - - - - - 12 - - - - 11 44 - - - 10 17 27 2ª 24 - - - - - 18 - - - - 14 56 - - - 9 19 28 3ª 25 - - - - - 20 - - - - 05 50 - - - 9 13 22 4ª 24 - - - - - 25 - - - - 11 60 - - - 7 12 19 5ª 31 - - - - - 0 - - - - 14 45 - - - 10 22 32 6ª 26 - - - - - - - - - - 11 37 - - - 11 13 25 7ª 25 - - - - - - - - - - 13 38 - - - 08 12 20 8ª 18 - - - - - - - - - - 11 29 - - - 06 14 20

Total 199 - - - - - 79 - - - - 94 37

2 - - - 70 122 192

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 2006

Page 152: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

152

MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL NAS ESCOLAS RURAIS EM 2007

ESCOLAS RURAIS MUNICIPAIS ESTADUAIS

Mad AT AB BJ CM GV MC OC CB 1ºM SA 21AB Total

PI EL T SJB HF Total

1ª 9 ANOS 24 - - - - - 21 - - - - 3 48 - - - 0 12 12

2ª 7 0 7 14 0 0 0 1ª 0 - - - - - 0 - - - - 0 0 - - - 13 0 0 2ª 20 - - - - - 18 - - - - 11 49 - - - 11 17 28 3ª 26 - - - - - 11 - - - - 11 48 - - - 9 17 26 4ª 24 - - - - - 15 - - - - 13 52 - - - 9 11 20 5ª 35 - - - - - 0 - - - - 8 43 - - - 8 9 17 6ª 31 - - - - - 0 - - - - 18 49 - - - 12 20 32 7ª 25 - - - - - 0 - - - - 15 40 - - - 10 14 24 8ª 26 - - - - - 0 - - - - 14 40 - - - 7 14 21

Total 218 - - - - - 65 - - - - 100 383 - - - 79 114 193 Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Matrícula Inicial, 2007.

Legenda:

Escolas Municipais Escolas Estaduais

Mad – Madalena MC – Maurício Cardoso PI – Princesa Isabel

AT – Almirante Tamandaré OC – Osvaldo Cruz EL – Professor Ernesto Lammers

AB – Assis Brasil CB – Presidente Castelo Branco

T – Tiradentes

BJ – Bom Jesus 1ºM – 1º de Maio SJB – São João Batista

CM –Capitão Menoly Gomes Amorim

AS – Santo Antônio HF – Hermann Faulhaber

GV – Getúlio Vargas 21Ab – 21 de Abril

Page 153: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

153

EVOLUÇÃO DA MATRÍCULA INICIAL NAS ESCOLAS DA ZONA RURAL E ZONA URBANA POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA NO ENSINO

FUNDAMENTAL

2004 A 2007

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA

Municipal Estadual Particular Anos

Zona Urbana % Zona

Rural % Total Zona

Urbana% Zona

Rural % Total Zona Urbana % Zona

Rural % Total

2004 2451 87 375 13 2826 1844 91 191 9 2035 318 100 0 0 318

2005 2549 89 321 11 2870 1836 90 205 10 2041 323 100 0 0 323

2006 2549 87 372 13 2921 1736 90 192 10 1928 305 100 0 0 305

2007 3087 89 383 11 3470 2320 92 193 8 2513 387 100 0 387

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Censo Escolar do INEP / MEC, 2004, 2005, 2006 e Matricula Inicial 2007

ALUNOS TRANSPORTADOS PELO MUNICÍPIO EM 2005

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Nível e modalidade de

ensino MUNICIPAL ESTADUAL PARTICULAR TOTAL

Educação Infantil 78 85% 14 15% 0 0% 92

Ensino Fundamental 540 77% 164 23% 0 0% 704

Ensino Médio 0 0% 165 100% 0 0% 165

Educação Especial 40 67% 0 100% 20 33% 60

TOTAL 658 48% 682 50% 20 2% 1360

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC, Setor de Transportes, 2005

Page 154: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

154

ALUNOS TRANSPORTADOS PELO MUNICÍPIO EM 2006

DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Nível e modalidade de

ensino MUNICIPAL ESTADUAL PARTICULAR TOTAL

Educação Infantil 61 73% 22 26% 0 0% 83

Ensino Fundamental 573 77% 169 23% 0 0% 742

Ensino Médio 0 0% 150 100% 0 0% 150

Educação Especial 48 70% 0 0% 20 30% 68

TOTAL 682 341 20 1043

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC, Setor de Transportes, 2006

Page 155: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

155

APÊNDICE C - DADOS GERAIS

2004 a 2007

REFERENTE À EDUCAÇÃO ESPECIAL

TAXA DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS

ESPECIAIS NO SISTEMA REGULAR NA REDE MUNICIPAL EM 2007.

Alunos com necessidades especiais % Total de alunos

na Rede Municipal % Total

Educação Infantil 923

Ensino Fundamental 272 9 3004 Total

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Matricula Inicial, 2007

EVOLUÇÃO DE MATRICULAS NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

Fonte: PANAMBI, Prefeitura Municipal. SMEC. Boletim Estatístico dos anos de 2000 a 2007

8994

88

6777

71 68 68

43

67 63 6775 74 76

85 85 86

0102030405060708090

100

2000 2001 2002 2003 2004 2004 2005 2006 2007

PP EEG

Page 156: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

156

GRÁFICO: NÚMERO DE CASOS DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS/ TRANSTORNOS/ CONDUTAS TÌPICAS NA REDE MUNICIPAL

Número de Casos de Alunos com Deficiências/Transtornos/Condutas Típicas que as Escolas Municipais Atendem

3111 23

20

44

4557

1

1

2

73

27

15 2121 12

Deficiência auditiva c/aparelho Paralisia Cerebral

Deficiência Física (motora) c/ paralisia cerebral Deficiência f isica (motora) c/ hidrocefalia

Transtorno do Déficit de atenção Hiperativdade

Dif iculdade de aprendizagem acentuada Transtornos Emocionais (psicológicos)

Transtornos da fala ( fonoaudiólogicos) Psicose

Autismo Hidrocefalia c/ válvula

Deficiência Auditiva -surdez Deficiência mental leve

Dislalia Disgrafia

Mucopolissacaridose Distrofia muscular

Epilepsia Psícose

Dslexia

Fonte: PANAMBI. Prefeitura Municipal. SMEC. Coordenadora da Educação Especial, junho de 2007

Page 157: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

157

QUADRO: INCLUSÃO NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE ENSINO Nº de

Alunos EMEF PI

EMEF PCS

EMEF BP

EMEF MC

EMEF WW

EMEF DL

EMEF RB

EMEFs Todas

EMEI BMQ

Síndrome down 02 01 01 Deficiência visual/cegueira Total

01 01

Deficiência auditiva c/ aparelho

03 02 01

Paralisia cerebral 01 01 Deficiência física (motora) com Paralisia Cerebral

01 01

Deficiência física (motora) com Hidrocefalia

01 01

Transtorno com déficit de atenção

23 23

Hiperatividade 20 20 Dificuldades de Aprendizagem acentuadas

44 44

Transtornos emocionais (psicológicos)

45 45

Transtornos da fala (Fonoaudiólogicos)

57 57

Autismo 01 01 Hidrocefalia com válvula

02 02

Deficiência auditiva - surdez

07 07

Deficiência mental leve 03 01 02 Dislalia 27 27 Dislexia 12 12 Disgrafia 15 15 Mucopolissacaridose 02 02 Distrofia Muscular 01 01 Epilepsia 02 01 01 Psicose 01 01 TOTAL 272 11 08 03 01 02 01 02 231 01 Fonte : PREFEITURA MUNICIPAL DE PANAMBI, SMEC. Coordenadora da Ed. Especial, Julho de 2007

Page 158: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

158

APÊNDICE D - DADOS GERAIS

2004 a 2007

REFERENTE À EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ESCOLAS E NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS EM PANAMBI EM 2004

EJA ESCOLA

1ª a 4ª série 5ª a 8ª série Ens. Médio

E.E. Paulo Freire - 43 214

E.E. Pindorama - 223 -

E.E. A.dolfo Kepler 30 211 -

E.E. Hermann Faulhaber 05 90 -

TOTAL 35 567 214

Fonte: PANAMBI, SMEC, Ficha Matrícula Inicial, Julho, 2004

ESCOLAS E NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS EM PANAMBI EM 2005

EJA ESCOLA

1ª a 4ª série 5ª a 8ª série Ens. Médio

E.E. Paulo Freire - - 162

E.E. Pindorama - 174 -

E.E. A.dolfo Kepler 23 183 -

E.E. Hermann Faulhaber - 84 -

TOTAL 23 441 162

Fonte: PANAMBI, SMEC, Ficha Matrícula Inicial, Julho, 2005

Page 159: Plano municipal de educação   2005-2014 - lei 2645-2007

159

ESCOLAS E NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM PANAMBI EM 2006

EJA ESCOLA

1ª a 4ª série 5ª a 8ª série Ens. Médio

E.E. Paulo Freire - - 177

E.E. Pindorama - 160 -

E.E. A.dolfo Kepler 10 187 -

E.E. Hermann Faulhaber - 44 -

TOTAL 10 391 177

Fonte: PANAMBI, SMEC, Ficha Matrícula Inicial, Julho, 2006

ESCOLAS E NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS EM PANAMBI EM 2007

EJA ESCOLA

1ª a 4ª série 5ª a 8ª série Ens. Médio

E.E. Paulo Freire - - 198

E.E. Pindorama - 150 -

E.E. A.dolfo Kepler 17 161 -

E.E. Hermann Faulhaber 6 62 -

EMEF Rui Barbosa - 40 -

TOTAL 23 413 198

Fonte: PANAMBI, SMEC, Ficha Matrícula Inicial, Julho, 2007