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Politica de-risco-de-mercado

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Page 1: Politica de-risco-de-mercado

Política de Gerenciamento do Risco de Mercado ______________________________________________________________________

ÍNDICE GERAL 1 Introdução 2 Definição de Risco de Mercado 3 Metodologia 4 Gestão de Risco 5 Qualificação de novas operações

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1. Introdução

A Política de Gerenciamento do Risco de Mercado do Standard Chartered Bank (Brasil) S/A – Banco de Investimento (“SCB Brasil”) define um conjunto de controles, processos, ferramentas, sistemas e relatórios padrões, necessários para o adequado controle e gerenciamento do Risco de Mercado. Essa política é baseada nas políticas globais de gerenciamento de Risco de Mercado do Standard Chartered Bank (“SCB”) com adaptações para enquadramento ao requerido pela Resolução 3464 do Conselho Monetário Nacional. Essa política também determina que devem ser implementadas iniciativas pela área de Risco de Mercado para atender às diretrizes da Basiléia II bem como garantir que o SCB Brasil esteja permanentemente alinhado com as melhores práticas de mercado. É responsabilidade do Departamento de Gerenciamento de Risco de Mercado do SCB Brasil (“GMR Brasil”) a manutenção e atualização da Política e estrutura da área anualmente. O GMR Brasil atua de forma independente das áreas de negócios e é responsável pelo monitoramento e análise dos riscos de mercado oriundos das atividades comerciais e tesouraria do banco. Desta forma, o GMR Brasil também é responsável por garantir que os níveis de exposição ao risco estejam de acordo com os limites estipulados tanto pela Diretoria Local quanto pela Matriz, assim como observar e recomendar níveis de capitalização adequados e compatíveis com tais riscos. O SCB Brasil designou um diretor responsável pela Estrutura de Risco de Mercado cujo nome está registrado junto ao Banco Central. O diretor indicado não é responsável por funções relacionadas a administração de recursos de terceiros ou de operações de tesouraria. Esta política foi revisada e aprovada pela diretoria do SCB Brasil, sendo a mesma responsável pela exatidão das informações divulgadas, de acordo com o disposto no Artigo 6º, § 1º da Resolução 3.464 do Conselho Monetário Nacional.

2. Definição de Risco de Mercado

Risco de Mercado pode ser definido como a perda potencial decorrida de oscilações dos preços de mercado do ativo objeto ou mesmo de fatores exógenos que influenciam os preços de mercado. São exemplos de fatores de risco: o risco relacionado à variação cambial, taxa de juros, preços de ações, de mercadorias (commodities), entre outras.

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a) Risco de Taxa de Juros O risco associado à mudanças do valor de mercado de determinado ativo decorrente da variações nas taxas de juros praticadas no mercado. O risco não-sistemático se deve a oscilações no preço devido a fatores associados a um emissor em particular, como por exemplo aumento no grau de risco de certa empresa ou deterioração / melhora de setor específico. b) Risco de Ações O índice de ações é geralmente monitorado por seu Beta. Sua forma não-sistemática está associada às oscilações individuais de determinada ação devido a fatores específicos da empresa em questão.

c) Risco Cambial É o risco associado às oscilações nas taxas de câmbio assim como sua volatilidade.

d) Risco de Commodities É o risco associado a oscilação nos preços de commodities (ex: metais, petróleo, agrícolas).

3. Metodologia

O Risco de Mercado pode ser caracterizado por quatro principais tipos de medidas: posições (stale positions), sensibilidades (PV01), testes de estresse e o “Value-at-Risk” (incluindo testes de aderência e validações). Todas as métricas de risco são monitoradas continuamente de forma integrada com o objetivo de propiciar uma visão global do perfil de risco do SCB Brasil.

a) Posições O monitoramento e controle das posições do banco apenas por seu valor de mercado não fornecem uma sensibilidade adequada à real exposição aos diversos fatores de risco do banco. A complementação desta medida com as demais ferramentas de controle de risco faz-se necessário para um melhor monitoramento e análise das exposições.

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b) Sensibilidades A análise de sensibilidade demonstra o impacto que a mudança de um determinado fator de risco gera sobre a carteira da instituição. As análises de sensibilidade são uma métrica particularmente importante para o gerenciamento do risco de juros de instituição visto que pequenas mudanças nos fatores de risco podem gerar perdas / ganhos significativos quando consideradas todas as carteiras. No SCB Brasil a análise da sensibilidade de juros é realizada pela alteração da estrutura a termo de juros em 1bp. Existem limites específicos de sensibilidade por produto e unidades de negócio. No entanto tal métrica não é a mais apropriada para a medição dos riscos de outros produtos como por exemplo Opções. Nesse caso a sensibilidade é medida através das gregas:

• Delta: variação no valor de mercado dada uma oscilação no preço do

ativo-objeto; • Gamma: medida da alteração do Delta de uma posição com relação ao

preço do ativo objeto; • Vega: é a medida do efeito no valor de uma posição de opções em

relação a uma mudança na volatilidade implícita do ativo-objeto; • Rho: medida do efeito no valor de uma posição de opções referente a

variação nas taxas de juro de mercado;

c) Análise de Cenários de Estresse O teste de estresse é um método para medir a perda potencial em uma carteira devido a eventos extremos (baixa probabilidade) de mercado. A realização de testes de estresse pela área de risco de mercado atende tanto às políticas globais do SCB quanto as exigências das autoridades reguladoras. Os testes de estresse são uma importante ferramenta para complementar o modelo primário de medida de risco (VaR). A área de risco de mercado é responsável pela:

• definição e revisão da metodologia interna utilizada para os testes de estresse;

• realização e monitoramento dos testes de estresse periodicamente; • elaboração dos relatórios de resultados dos testes;

A área de risco de mercado também é responsável pela realização e definição dos parâmetros utilizados nos testes de estresse exigidos pelas autoridades reguladoras.

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d) Value at Risk O Value-at-Risk (valor em risco ou VaR) de uma carteira representa a máxima perda potencial esperada para um dado nível de confiança e por um determinado período de tempo (holding period). O Value-at-Risk é uma importante ferramenta de gerenciamento de risco utilizada internamente pelo SCB Brasil e também utilizada para fins de cálculo de capital regulatório. Os parâmetros empregados no cálculo do VaR podem variar de acordo com o perfil das posições que estão sendo analisadas. Modelos regulatórios e proprietários podem ter diferentes holding periods e intervalos de confiança. Os modelos utilizados pela Matriz bem como a metodologia de Value-at-Risk se encontram disponíveis na intranet do SCB.

e) Back testing

Backtesting é um método utilizado na avaliação da qualidade do modelo de VaR utilizado pelo banco. O método compara os resultados previstos pelo modelo de VaR com os resultados efetivos (clean P&L). Sua função é medir a capacidade de previsão de perdas potenciais do modelo de VaR sob condições normais de mercado, dado um determinado nível de confiança. Caso o P&L exceda o VaR temos um outlier, caso a quantidade de outliers supere o nível de confiança o modelo deve ser revisado. O Standard Chartered Brasil tem como prática a utilização do Backtesting na validação e aderência do modelo de Value-at-Risk nas carteiras do banco. A área de risco de mercado é responsável pela realização do backtesting de acordo com as políticas globais do SCB. 4. Gestão de Risco

a) Gerenciamento e Identificação

A área de risco de mercado é responsável pela identificação e monitoramento constante dos fatores de risco aos quais o banco está exposto. A identificação dos fatores de risco associados a cada operação deve ser realizado previamente à realização de qualquer operação com o intuito de análise dos possíveis impactos na atual estrutura de risco do banco.

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b) Mensuração

A área de risco de mercado utiliza os padrões definidos pelas políticas internas do Standard Chartered na mensuração dos fatores de risco e cálculo de risco de mercado. Além disso, a área de risco é responsável por garantir que as mensurações requisitadas pelos órgãos reguladores estejam sendo corretamente atendidas. Parte do processo de mensuração está relacionado aos dados de mercado utilizados para os cálculos internos de risco de mercado e relatórios regulatórios. Cabe à área de risco de mercado garantir que os bancos de dados utlizados para tais cálculos estejam sendo populados com as informações corretas.

c) Limites

Os limites de risco de Mercado são importantes formas de controle utilizados para assegurar que as exposições a risco de mercado do SCB Brasil estão de acordo com o apetite de risco definido pelo banco. Os limites são definidos e aprovados pelos heads globais de risco de mercado para as diversas localidades e unidades de negócio previamente à realização de qualquer operação. O GMR define limites de VaR além limites específicos para os diversos fatores de risco aos quais o banco possa estar exposto. O tipo de limite a ser definido e monitorado será previamente determinado pela área de risco de mercado. A área de risco de mercado é responável por garantir que todas exposições aos fatores de risco estão de acordo com os limites previamente estabelecidos e aprovados. O monitoramento das posições, independente da classificação das operações, é feito diariamente. Caso os limites de risco de mercado para um determinado fator de risco seja atingido cabe a área de risco de mercado tomar as providências necessárias para a adequação da exposição conforme política interna do banco.

O limites de risco de mercado devem ser revisados anualmente pela área de risco de mercado do SCB.

d) Reporting

A área de risco de mercado é responsável pela elaboração de relatórios com o objetivo de facilitar o monitoramento e gerenciamento das posições do banco. A periodicidade de cada relatório pode variar conforme políticas internas do banco ou exigências dos órgãos reguladores: Dentre os principais relatórios destacam-se:

• Relatório de exposições aos fatores de risco; • Relatorió de VaR;

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• Relatório de Backtesting; • Relatório de Teste de Estresse; • Relatórios Regulatórios(BasiléiaII);

e) Monitoramento

A área de risco de Mercado é responsável pelo monitoramento e controle das posições aos fatores de risco conforme definido na políticas internas previamente definidas pela matriz. A periodicidade do monitoramento pode variar de acordo com a ferramenta de análise de risco utilizada. É responsabilidade da área de risco de mercado a elaboração e revisão das documentações de todos dos procedimentos de monitoramento realizados.

f) Sistemas

O SCB utiliza os seguintes sistemas para cálculo e monitoramento de risco de mercado:

• Hydra: Sistema Global para Cálculo de risco de mercado e controle das

posições; • Mitra: Sistema para cálculo de risco de mercado regulatório; • Asset Control: Sistema Global de banco de dados de mercado a serem

utilizados nos cálculos das exposições e VaR.

g) Governança Os limites de Value-at-Risk e exposições máximas por fator de risco são definidos pelos heads globais de risco mercado do SCB de acordo com a apetite de risco da instituição. A área de risco de mercado também é responsável por determinar as políticas globais e outros padrões de controle e monitoramento além de sua efetiva implementação. Todas as políticas e procedimentos de risco de mercado consideram operações alocadas tanto na carteira trading quanto na carteira banking. Os limites aprovados são monitorados continuamente e as exposições oriundas das operações financeiras apuradas de acordo com modelos proprietários. Limites adicionais devem ser previamente aprovados pela área global de risco de mercado.

h) Responsabilidades A área de risco de Mercado é responsável por:

• Monitorar e analisar posições aos fatores de risco;

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• Assegurar que posições estão de acordo com limites estabelecidos e aprovados internamente;

• Assegurar que os procedimentos internos estão de acordo com as políticas globais de risco de mercado definido pela matriz;

• Análise prévia aos fatores de risco de novas operações; • Cálculo e envios dos relatórios regulatórios referentes a risco de

mercado; • Elaboração e revisão da documentação das políticas e procedimetos da

área de risco de mercado;

5. Qualificação de Novas Operações

Em conformidade às políticas globais SCB e aos normativos do Banco Central do Brasil que regem o assunto (resolução 3.464 e circular 3.3354), as operações são dividas entre as carteiras de negociação (trading) e banking segundo o seguinte princípio básico: Carteira de Negociação (trading): consiste em todas as operações com instrumentos financeiros e mercadorias, inclusive derivativos, detidas com intenção de negociação ou destinadas a hedge de outros elementos da carteira de negociação, e que não estejam sujeitas à limitação de sua negociabilidade. As operações detidas com intenção de negociação são aquelas destinadas à revenda, obtenção de benefício dos movimentos de preços efetivos ou esperados, ou realização de arbitragens. Carteira Banking: formada pelas operações que não estejam classificadas na carteira de negociação. O processo de classificação de novas operações é definido pela área de negócios no momento da realização das operações. Em caso de dúvida/questionamento com relação à classificação de novas operações a área de contabilidade pode ser consultada para esclarecimentos.