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Políticas públicas, formação e escolaridade dos profissionais de educação infantil nas redes municipais. (Camila Barros)

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I Jornada de Educação Infantil e Primeiros Anos do Ensino Fundamental - UFRRJ - Campus Nova Iguaçu - 26 de maio de 2012

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Page 1: Políticas públicas, formação e escolaridade dos profissionais de educação infantil nas redes municipais. (Camila Barros)

“Ainda temos muito para caminhar, mas a menina dos

olhos é a formação”:

Políticas públicas e escolaridade de profissionais da educação infantil

Dissertação de mestrado, Departamento de Educação, PUC-Rio

Camila dos Anjos Barros

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Objetivo da dissertação

Investigar se os governos municipais valorizam e oportunizam a formação dos profissionais de educação infantil em nível superior.

Perguntas centrais: As Secretarias Municipais de Educação

desenvolvem ações no sentido de que os profissionais de educação infantil tenham formação superior? Caso desenvolvam, quais são essas ações? Caso não, quais as razões?

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Estratégias metodológicas

Análise dos blocos 4 e 5 dos questionários respondidos pelos municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro;

Análise de dados do Inep sobre a escolaridade dos profissionais de creche e pré-escola nesses municípios;

Análise da categoria “Formação”, construída a partir das entrevistas realizadas em 24 municípios do estado do Rio de Janeiro;

Realização de uma entrevista sobre ingresso e carreira dos profissionais de educação infantil em um município selecionado.

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Referencial teórico

Políticas públicas: Educação infantil:

Campos; Corsino e Nunes; Kishimoto; Kramer.

Formação de professores: Freitas; Brzezinski, Weber.

Estudos da linguagem: Bakhtin.

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Estrutura da dissertação Capítulo 1 – Educação infantil e formação de

profissionais: a política nacional e as políticas municipais.

Capítulo 2 – O campo empírico e os dados do questionário: buscando a materialidade das condições objetivas.

Capítulo 3 – As entrevistas: buscando a materialidade dos discursos.

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Capítulo 3

Porque quando teve a contratação, muitos estimuladores não sabiam o que iam fazer, então muitos deles queriam trocar de qualquer jeito. Esse profissional não está preparado para isso. Ele não sabe o quê que é. Eles não conhecem a realidade da creche e vão pensando que é uma coisa e quando chegam lá é outra. Então, esse profissional tem que ser bem preparado. (Laura - município 40)

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Capítulo 3

O nosso professor, é raro o professor que não tem faculdade, são pouquíssimos. Nossos professores, de um modo geral, a maioria já tem faculdade, pedagogia ou outra, mas tem. (Monique - município 02)

Eu fiz um levantamento de professores, da formação de professores. A gente não tem ninguém com menos de graduação, é muito pouco. É mestrado, é pós. (Elizete - município 58)

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Capítulo 3

O que ela está colocando é que a escola está sentindo uma necessidade de se estudar para saber, embasada em que ela tem aquela prática. E não porque alguém orientou daquele jeito. Eles sentem necessidade de buscar e estudar. Às vezes o professor parece uma nuvem vazia. Alguém chega, orienta, e ele vai para um lado. Depois outro chega de outro jeito e ele muda. Por quê? Porque ele não tem consolidada a sua própria fundamentação. (Catarina – município 39)

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Capítulo 3

Mas enquanto município, a gente fica na zona de conforto. A gente cumpre a legislação. Enquanto os fóruns brigam porque você sabe que isso dá demanda, aí depois a gente vai para Brasília, aquela coisa. Enquanto os fóruns estão brigando, aí tem o fórum da educação infantil. Enquanto os fóruns estão brigando, a gente fica na zona de conforto. E a gente atende à legislação (Subsecretária).

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Capítulo 3

Hoje existe uma exigência legal de que todos os estimuladores tenham também a formação de professores. E aí nós fizemos adesão enquanto município ao Proinfantil (Subsecretária).

O que a gente está fazendo é a adesão àquele programa do governo federal: Plataforma Freire. Nós fizemos a adesão e os profissionais que querem fazer uma segunda graduação ou uma graduação, eles entram e a gente autoriza (Subsecretária).

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Capítulo 3

É um plano antigo, mas ele é bem ousado (Coordenadora).

Até porque muda de nível. Por exemplo, uma pessoa com mestrado, ele sobe de nível, também. Além de ele ter o seu salário garantido no período de estudo, mestrado e doutorado, depois ele muda de nível. E é uma mudança significativa (Subsecretária).

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Conclusões

A capacidade financeira dos municípios e os modos de fazer política devem ser levados em consideração na análise das políticas municipais de educação;

No estado do Rio de Janeiro, destacaram-se as parcerias entre a instância municipal e federal e a quase ausência da instância estadual;

O reconhecimento da importância da formação dos professores está muito presente nos discursos;

No entanto, os dados mostram percentuais tímidos de profissionais formados em nível superior;