Upload
joao-gracio
View
53
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Vamos ajudar os
refugiados
EB Bairro Afonso Costa
Ano Letivo 2016/17
2
Título do Projeto: Vamos ajudar os refugiados
Escalão: 2.º
N.º de turmas envolvidas: 3
N.º de alunos envolvidos: 58
Resumo do Projeto
O tema dos refugiados é um tema atual e complexo. São cada vez mais as pessoas que estão a
chegar a Portugal e a iniciar uma nova vida, num novo País. Para que se consigam integrar
plenamente, precisam de ficar a conhecer um pouco mais sobre o sítio onde vão viver e sobre
o país de acolhimento.
O nosso projeto consiste na criação de ferramentas que facilitem a integração na comunidade
através do conhecimento dos espaços, dos serviços e de expressões ou frases-chave úteis no
dia a dia.
1. Introdução/Objetivos
Em Setúbal e em certas escolas do nosso Agrupamento, temos vindo a assistir à integração de
crianças refugiadas Iraquianas que são alvo de um acompanhamento específico e individual,
cuja principal preocupação é com o domínio da Língua, para que possam começar a interagir
com os colegas, com os professores e com outros elementos da comunidade.
Com o nosso projeto, pretendemos criar condições para que essa integração seja feita da
melhor forma possível. A criação de diferentes ferramentas sobre os espaços envolventes, os
serviços disponíveis e frases será útil para que todas estas pessoas possam compreender
melhor a realidade envolvente e o que poderão fazer, em caso de terem alguma dificuldade ou
problema.
Pretendemos, assim, com este projeto, realizar um trabalho ao nível dos alunos envolvidos, do
público-alvo e da comunidade.
Alunos envolvidos no projeto:
Sensibilização para a situação dos refugiados;
Conhecimento de uma cultura estrangeira;
Aprofundamento do conhecimento da comunidade local;
Melhoria de competências tecnológicas utilizadas no processo de criação das
ferramentas.
Público-alvo:
Facilitação do processo de integração.
3
Comunidade local:
Sensibilização para a situação dos refugiados;
Envolvimento da comunidade no acolhimento realizado a estes refugiados.
2. Processos, Procedimentos e produtos
Para que este projeto possa ser realizado, o mesmo deverá ser desenvolvido em várias fases:
1.ª fase (Estabelecimento de parcerias – até ao final do 1.º período)
2ª fase (Sensibilização dos alunos – janeiro de 2017)
1. Envolver os alunos da escola na procura de soluções para os problemas atuais,
principalmente este, que é bastante difícil de resolver. Para que a experiência seja o
mais real possível, pretendemos levar os alunos a experienciar a situação dos
refugiados e tudo aquilo por que passaram;
2. Realizar um trabalho de pesquisa onde os alunos ficarão a saber um pouco mais sobre
as regiões onde existem conflitos armados, como por exemplo a Síria, a Palestina, o
Iraque e a Eritreia.
3.ª fase (Construção das ferramentas – até final do 2.º período 2016/17)
Criar:
Aplicação para conhecimento das instituições e dos serviços existentes na comunidade
envolvente úteis para o dia a dia (ex.: hospital, centro de saúde, junta de freguesia,
supermercado, correios, polícia), a sua localização, contactos e a sua utilidade (em que
situações se deve recorrer a eles). A aplicação abre com um menu constituído por
ícones com as diferentes instituições ou serviços da comunidade. Ao clicar num dos
ícones (por exemplo o centro de saúde) os utilizadores terão acesso à sua localização,
contactos e em que situações podem utilizar esse serviço;
Filmes com situações do quotidiano, para aprendizagem de expressões e frases-chave
mais comuns e a sua utilização adequada. Pretende-se encadear os filmes como se se
tratasse de uma lição ou vídeo-aula sendo que os mesmos serão legendados em língua
árabe;
Aplicações lúdico-pedagógicas para aplicação dos conhecimentos adquiridos.
Pretende-se a criação de alguns jogos, onde serão aplicados os conhecimentos
adquiridos.
Cartões de linguagem alternativa (visual e verbal) para usar em situações do
quotidiano. Serão criadas aplicações, usando o programa MIT APP Inventor, onde os
utilizadores terão acesso a cartões com desenhos e frases-chave que poderão utilizar
em diferentes situações, sempre que necessário.
4
4.ª fase (divulgação – abril de 2017)
Disponibilizar as ferramentas criadas nos sites dos parceiros ou num site a criar para este
efeito e divulgá-las entre o público-alvo.
5.ª fase (Avaliação do projeto – setembro de 2017)
Depois de todo este trajeto, pretendemos avaliar o impacto que o mesmo teve nos nossos
alunos, público-alvo e na comunidade em geral.
Alunos do projeto - através de inquéritos, fichas de avaliação, kahoot.
Público-alvo - através de estatística de utilização/download das ferramentas disponibilizadas,
inquéritos e entrevistas.
Comunidade local - através de inquéritos e entrevistas.
Será realizada uma avaliação preliminar em maio de 2017. No entanto, só fará sentido avaliar
alguns dados com um tempo de implementação do projeto mais alargado ou seja, até
setembro de 2017.
Como tal, contamos ter a avaliação dos alunos completada em maio. Contamos ter também
algumas entrevistas e inquéritos feitos na comunidade local e ao público-alvo nessa data.
A estatística de utilização/download das ferramentas só poderá analisada em setembro. Nessa
altura, teremos também realizadas mais entrevistas e inquéritos à comunidade e ao público-
alvo.
3. Relevância Pedagógica
Com este projeto, pretendemos trabalhar de forma interdisciplinar os seguintes
conteúdos/competências:
Português
Utilização da língua em diferentes situações comunicativas (oralidade e escrita).
Matemática
Resolução de problemas;
Tratamento de dados.
Estudo do Meio
Descoberta dos outros e das instituições do meio local;
Traçar itinerários em mapas;
5
Conhecer aspetos das minorias que eventualmente habitem na localidade/bairro
(costumes, língua, gastronomia, música, religião…).
Competências transversais
Pesquisa e tratamento da informação;
Trabalho colaborativo;
Autonomia.
Cidadania
Reconhecimento de outras culturas existentes no meio local;
Solidariedade;
Compreender o papel desempenhado pelas diferentes instituições da comunidade.
Informática/Programação
Desenvolver o pensamento computacional, levando as crianças a construir produtos
de grande interesse para si próprias (histórias animadas, jogos, apresentações e
outros), com recurso ao desenvolvimento de programas informáticos (Kodu, Scratch,
etc);
Identificar problemas a resolver ou conceber um projeto desenvolvendo perspetivas
interdisciplinares;
Analisar problemas, decompondo-os em partes;
Promover o trabalho cooperativo através da partilha, discussão, proposta de
melhorias, etc.
4. Parcerias
Agrupamento de Escolas Luísa Todi - Utilização das infraestruturas e equipamentos;
Câmara Municipal de Setúbal - Apoio na implementação do projeto, disponibilização
de informações relevantes sobre a cidade para a construção dos trabalhos (3.ª fase) e
na divulgação (4.ª fase);
Junta de Freguesia de São Sebastião - Apoio na implementação do projeto,
disponibilização de informações relevantes sobre a freguesia para a construção dos
trabalhos (3.ª fase) e na divulgação (4.ª fase);
Fundação Islâmica de Palmela - Dinamização de sessão de sensibilização com os alunos
(2.ª fase), informação para a pesquisa (2.ª fase), apoio no uso da língua árabe (3.ª fase)
e na divulgação entre a população-alvo (4.ª fase);
CCTIC-ESE/IPS - Apoio/consultadoria na área tecnológica.
5. Potencial de execução
Existem vários aspetos que poderão beneficiar a implementação do projeto, tais como:
6
Este projeto responde a uma necessidades existente na atualidade, uma vez que
existem já algumas famílias, na nossa área geográfica, com dificuldades de integração
devido ao desconhecimento da nossa língua e dos nossos costumes.
O envolvimento em parceria, de várias instituições, em torno da resolução de um
problema concreto da região;
Articulação do tema do projeto com os programas das várias disciplinas, fomentando
a interdisciplinaridade;
O projeto, inicialmente pensado para ter impacto ao nível local, poderá facilmente ser
alargado numa perspetiva nacional, uma vez que as ferramentas criadas serão ficheiros
informáticos facilmente distribuíveis via internet e de interesse a nível nacional.
Os custos serão mínimos uma vez que a escola possui o hardware e software necessários,
sendo que algum destes programas são freeware. Não se preveem lucros uma vez que os
ficheiros serão distribuídos gratuitamente, privilegiando-se a distribuição via internet e através
das instituições que apoiam estas comunidades.
Ao atingirmos os objetivos do projeto, os alunos serão capazes de desenvolver uma série de
competências descritas já anteriormente, que os tornarão cidadãos mais ativos, atentos e
capazes de intervir num mundo mais solidário.