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Prova de ensaio para avaliação parcial primeiro bimestre - lct iii

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PROVA DE ENSAIO (AVALIAÇÃO PARCIAL- AP) – PRIMEIRO BIMESTRE

Língua Portuguesa (LCT) III Professor: Humberto Silva de Lima

A - IMPRIMA ESTAS PÁGINAS E RESPONDA NO SEU CADERNO

B - A CORREÇÃO SERÁ FEITA NA AULA ANTES DA APLICAÇÃO DA AP C – CONSULTE O MATERIAL DIDÁTICO ONLINE OU QUAISQUER LIVROS DE LÍNGUA

PORTUGUESA / LITERATURAS PRIMEIRA QUESTÃO Leia o poema abaixo:

Nesse poema, Bandeira critica o léxico e a sintaxe do Parnasianismo que se tornaram anacrônicos, além de ironizar os puristas que queriam manter ainda um português excessivamente castiço, distanciando da riqueza que a variante brasileira oferecia à língua portuguesa. Transcreva do poema TRÊS versos que podem comprovar essa postura de Manuel Bandeira. SEGUNDA QUESTÃO

Longe de caracterizar-se enquanto movimento antinacional, a tropicália promovia um nacionalismo agressivo. Profundamente inspirado na antropofagia de Oswald de Andrade, o movimento aproximava-se de uma renovação estética com articulações com a cultura nacional. Era preciso ser originalmente brasileiro e, ao mesmo tempo, moderno. O termo tropicália é uma referência à composição “Tropicália”, de Caetano Veloso, que, por sua vez, foi inspirada em uma instalação visual de Hélio Oiticica. Leia o fragmento da letra da canção a seguir:

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(UERJ – adaptada) O disco e a música Tropicália tornaram-se símbolos do "Tropicalismo", movimento

protagonizado por artistas e intelectuais, no Brasil, em finais da década de 1960.

Esse movimento destacou-se, principalmente, pela seguinte proposta:

(A) valorização do pluralismo cultural

(B) denúncia das influências estrangeiras

(C) enaltecimento da originalidade nacional

(D) defesa da homogeneização de comportamentos sociais

Leia o trecho e responda às questões a seguir:

Vidas Secas (Graciliano Ramos)

Capítulo X – Contas

Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas como não tinha roça e apenas se

limitava a semear na vazante uns punhados de feijão e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, não chegava a ferrar

um bezerro ou assinar a orelha de um cabrito.

Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça. Forjara planos. Tolice, quem é do chão não se

trepa. Consumidos os legumes, roídas as espigas de milho, recorria à gaveta do amo, cedia por preço baixo o produto das

sortes. Resmungava, rezingava, numa aflição, tentando espichar os recursos minguados, engasgava-se, engolia em seco.

Transigindo com outro, não seria roubado tão descaradamente. Mas receava ser expulso da fazenda. E rendia-se. Aceitava

o cobre e ouvia conselhos. Era bom pensar no futuro, criar juízo. Ficava de boca aberta, vermelho, o pescoço inchando. De

repente estourava: — Conversa. Dinheiro anda num cavalo e ninguém pode viver sem comer. Quem é do chão não se trepa.

Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano. E quando não tinha mais nada para vender, o

sertanejo endividava-se. Ao chegar a partilha, estava encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia.

Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano ajustou o gado, arrependeu-se, enfim deixou a transação meio

apalavrada e foi consultar a mulher. Sinha Vitória mandou os meninos para o barreiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se,

distribuiu no chão sementes de várias espécies, realizou somas e diminuições. No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas

ao fechar o Vidas Secas Graciliano Ramos 2 negócio notou que as operações de Sinha Vitória, como de costume, diferiam

das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferença era proveniente de juros. Não se conformou: devia haver

engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro

no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando

o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria!

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O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda. Aí Fabiano

baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não. Se havia dito palavra à toa, pedia desculpa. Era

bruto, não fora ensinado. Atrevimento não tinha, conhecia o seu lugar. Um cabra. Ia lá puxar questão com gente rica? Bruto,

sim senhor, mas sabia respeitar os homens. Devia ser ignorância da mulher, provavelmente devia ser ignorância da mulher.

Até estranhara as contas dela. Enfim, como não sabia ler (um bruto, sim senhor), acreditara na sua velha. Mas pedia desculpa

e jurava não cair noutra.

TERCEIRA QUESTÃO

Identifique, entre os quatro exemplos extraídos do texto, aqueles que se apresentam em

discurso indireto livre:

I. Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos.

II. — Conversa. Dinheiro anda num cavalo e ninguém pode viver sem comer.

III. Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria! IV. Não era

preciso barulho não.

(a) I e II. (b) II e III. (c) III e IV. (d) I, II e III. (e) II, III e IV.

QUARTA QUESTÃO

No fragmento apresentado, de Vidas secas, as formas verbais mais frequentes se enquadram

em dois tempos do modo indicativo. Marque a alternativa que indica, pela ordem, o tempo verbal

predominante no segundo parágrafo e o que predomina no quinto parágrafo.

(a) pretérito perfeito — pretérito imperfeito.

(b) presente — pretérito imperfeito.

(c) presente — pretérito perfeito.

(d) futuro do pretérito — presente.

(e) pretérito imperfeito — pretérito perfeito.

QUINTA QUESTÃO

“Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano”. A forma verbal

queimava, no período acima, apresenta o sentido de:

(a) ignorava.

(b) assava.

(c) destruía.

(d) marcava.

(e) prejudicava.

SEXTA QUESTÃO

“Quem é do chão não se trepa.” Fabiano emprega duas vezes este provérbio para retratar com

certo determinismo sua situação, que ele considera impossível de ser mudada. Há outros que poderiam

ser utilizados para retratar essa atitude de desânimo ante algo que parece irreversível. Na relação de

provérbios abaixo, aponte aquele que não poderia substituir o empregado por Fabiano, em virtude

de não corresponder àquilo que a personagem queria significar.

(a) Quem nasce na lama morre na bicharia.

(b) Quem semeia ventos colhe tempestades.

(c) Quem nasceu pra tostão não chega a milhão.

(d) Quem nasceu pra ser tatu morre cavando.

(e) Os paus, uns nasceram para santos, outros para tamancos.

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SÉTIMA QUESTÃO

Leia o poema abaixo. A seguir, julgue as assertivas propostas e, seguindo a tabela,

determine o código.

a. ( ) Entende-se da leitura do poema que os inconfidentes foram sentenciados por atuarem

contra os interesses da Coroa portuguesa, mas não por haverem registrado, na bandeira

criada, o anseio por liberdade.

b. ( ) Nos dois primeiros versos, o eu lírico alude ao sigilo dos inconfidentes por meio de

paradoxo e sinestesia.

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c. ( ) No trecho “Uns são reinóis, uns, mazombos; / e pensam de mil maneiras; / mas citam

Vergílio e Horácio, / e refletem, e argumentam,”(v.23-26), fica evidenciado que,

independentemente da origem social, os inconfidentes compartilhavam o mesmo grau de

erudição.

d. ( ) Da leitura da quarta estrofe (v.35-50) depreende-se que a palavra liberdade é o fulcro

vital da bandeira dos inconfidentes e representa a finalidade do engajamento político

daquele grupo.

Ju

lga

me

nto

V F V V V F F F F V

V F V V F F F V V F

V F V F F F V V F V

V F F F F V V V V F

Código 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

CÓDIGO

OITAVA QUESTÃO (ENEM)

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NONA QUESTÃO (ENEM)

O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia de que a brasilidade está relacionada ao futebol.

Quanto à questão da identidade nacional, as anotações em torno dos versos constituem (A) direcionamentos possíveis para uma leitura crítica de dados histórico-culturais. (B) forma clássica da construção poética brasileira. (C) rejeição à ideia do Brasil como o país do futebol. (D) intervenções de um leitor estrangeiro no exercício de leitura poética. (E) lembretes de palavras tipicamente brasileiras substitutivas das originais.

DÉCIMA QUESTÃO Assinale a opção em que o texto apresenta erro de concordância. Todos os textos abaixo foram retirados do sítio www.receita.fazenda.gov.br.

(a) O Programa Contribuinte do Futuro foi uma ação de educação fiscal desenvolvida entre 1971 e 1980.

(b) Conscientizava os estudantes do primeiro grau em relação aos fundamentos do exercício da cidadania.

(c) Reforçava a ideia da participação popular como forma de construção de uma nação justa e igualitária.

(d) O programa contou com ampla divulgação nos meios de comunicação e eram avaliados por meio de concursos de redação e opiniões dos professores coletadas em formulário próprio.

(e) Nos anos em que atuou, como o programa recebeu amplo apoio do Ministério da Educação, distribuiu 40 milhões de livros e atingiu 50 mil escolas.

Faça mais exercícios no material didático (páginas 33-49)! Acesse http://midiahsl.blogspot.com.br/2016/02/ce-hispano-brasileiro-joao-cabral-de.html