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Prova portugues com gabarito 2

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Prefeitura Municipal de Lagoa Grande - PE Concurso Público 2007 – http://www.asperhs.com.br

Grupo 03 - Cargo 13 – Professor de Português Página 1 de 8

Português Texto I

As crenças sobre a superioridade de um falar sobre os demais é um dos mitos que se arraigaram na cultura brasileira. Toda variedade regional é, antes de tudo, um instrumento identitário, isto é, um recurso que confere identidade a um grupo social. Ser nordestino, ser mineiro, ser carioca etc. é um motivo de orgulho para quem o é, e a forma de alimentar esse orgulho é usar o linguajar da sua região e praticar seus hábitos culturais. No entanto, verifica-se que alguns falares têm mais prestígio no Brasil como um todo que outros. Por que isso ocorre?

Em toda comunidade de fala onde convivem falantes de diversas variedades regionais, como é o caso das grandes metrópoles brasileiras, os falantes que são detentores de maior poder – e por isso gozam de mais prestígio – transferem esse prestígio para a variedade lingüística que falam. Assim, as variedades faladas pelos grupos de maior poder político e econômico passam a ser vistas como variedades mais bonitas e até mais corretas. Mas essas variedades nada têm de intrinsecamente superior às demais. O prestígio que adquirem é resultado de fatores políticos e econômicos. O dialeto falado em uma região pobre pode vir a ser considerado um dialeto “ruim”, enquanto o dialeto falado em uma região rica e poderosa passa a ser visto como um “bom” dialeto.

Isso ocorre em todos os países. Na França, por exemplo, o dialeto que adquiriu mais prestígio e que hoje tem o status de língua nacional é o falado na região de Paris, onde se estabeleceu primeiramente a corte francesa e, depois da Revolução Francesa, a sede da República. Quando uma variedade regional é alçada à condição de língua nacional, em virtude de um processo sócio-histórico, ela adquire maior prestígio em detrimento das demais. Porém, esses juízos de valor são ideologicamente motivados e geram preconceitos que devemos combater.

No Brasil, os falares das cidades litorâneas sempre tiveram mais prestígio que os falares das comunidades interioranas. Isso se explica porque essas cidades receberam um contingente muito grande de portugueses nos três primeiros séculos de colonização e desenvolveram falares mais próximos dos falares lusitanos. Além disso, até 1960, a capital do Brasil se situava no litoral. É natural que a sede do governo tenha mais poder político e prestígio, e esse prestígio, como vimos, acaba por se transferir ao dialeto da região. No Brasil de hoje, os falares de maior prestígio são justamente os usados nas regiões mais ricas.

Então, são fatores históricos, políticos e econômicos que conferem o prestígio a certos dialetos ou variedades regionais e alimentam preconceito em relação a outros. Mas sabemos que esse preconceito é perverso e deve ser seriamente combatido, começando na escola, pois a pluralidade cultural e a rejeição aos preconceitos lingüísticos são valores que precisam ser cultivados a partir da educação infantil e do ensino fundamental.

(Stella M. Bortoni-Ricardo. Educação em língua materna. São

Paulo: Parábola, 2004, p. 34-36. Adaptado.) 01. A partir da temática abordada pelo autor do texto, infere-se que:

a) Há, em todas as línguas, diversidades de falas, consideradas relevantes para a ascendência social.

b) O preconceito lingüístico, especificamente na região nordestina, perpassa de influências de comunidades homogêneas.

c) Embora a língua brasileira seja plural, considerando suas variedades lingüísticas, percebe-se, ainda, um falar valorativo aos dominantes.

d) Existem critérios para se estabelecer qual dos dialetos é mais pertinente ou não, contudo, sem relacionar poder e fala.

e) A economia interfere, implicitamente, no campo da linguagem mais favorecida, sendo esta, dominada pela minoria.

02. Em relação ao texto I, analise as seguintes considerações: 1. O autor ressalta a credibilidade de uma linguagem predominantemente culta, instigada, desde cedo, na escola. 2. Existem vários elementos externos que interferem diretamente na fala de uma comunidade, sendo essa provida ou não de recursos financeiros. 3. O autor faz uma analogia entre os dialetos usados nos espaços interioranos e litorâneos. 4. Há, segundo o texto, uma homogeneidade entre os dialetos correntes numa língua, peculiarmente, interioranos. Está (ao) correta (s):

a) 1 apenas b) 2 apenas c) 3 e 4 apenas d) 2 e 3 apenas e) 1 e 4 apenas

03. Analise as relações morfossintáticas estabelecidas nos trechos seguintes do texto I e assinale a alternativa incorreta.

a) Em: “Mas sabemos que esse preconceito é perverso e deve ser seriamente combatido...”, o segmento grifado exerce a função de complemento do verbo ‘sabemos’.

b) Em: “Então, são fatores históricos, políticos e econômicos que conferem o prestígio a certos dialetos ou variedades regionais...” o segmento destacado completa o vocábulo ‘prestígio’.

c) Em: “O dialeto falado em uma região pobre pode vir a ser considerado um dialeto “ruim”, enquanto o dialeto falado em uma região rica e poderosa passa a ser visto como um “bom” dialeto.”, o termo sublinhado estabelece uma relação de concomitância.

d) Em: “... e a forma de alimentar esse orgulho é usar o linguajar da sua região e praticar seus hábitos culturais.”, as expressões destacadas são determinantes, respectivamente, de ‘orgulho’ e ‘linguajar’.

e) Em: “Quando uma variedade regional é alçada à condição de língua nacional...”, a expressão grifada exerce função de complemento do vocábulo ‘alçada’.

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04. No trecho: “No entanto, verifica-se que alguns falares têm mais prestígio no Brasil como um todo que outros.”, o conectivo destacado indica uma relação semântica de:

a) conclusão b) hipótese c) explicação d) causalidade e) oposição

05. Acerca de elementos lingüísticos presentes no texto I, analise as afirmativas abaixo e indique a correta:

a) O segmento sublinhado no trecho: “Então, são fatores históricos, políticos e econômicos que conferem o prestígio a certos dialetos ou variedades regionais e alimentam preconceito em relação a outros.”, indica uma alteração argumentativa em relação ao explícito anteriormente.

b) O conector sublinhado no trecho: “Porém, esses juízos de valor são ideologicamente motivados e geram preconceitos que devemos combater.”, indica uma adição, equivale a ‘mas’.

c) No trecho: “Mas sabemos que esse preconceito é perverso e deve ser seriamente combatido, começando na escola, pois a pluralidade cultural e a rejeição aos preconceitos lingüísticos são valores...”, as expressões grifadas exercem a mesma função sintática.

d) O termo grifado no trecho: “Isso ocorre em todos os países.”, é um elemento coesivo, cuja função é retomar, em síntese, a idéia contida no parágrafo anterior.

e) No fragmento: “... ela adquire maior prestígio em detrimento das demais. Porém, esses juízos de valor são ideologicamente motivados...”, os vocábulos destacados são acentuados pela mesma regra, segundo a norma culta.

Texto II

Pesos e medidas [...] A concepção atual de corpo está diretamente

ligada ao desenvolvimento da medicina que, desde o século XIX, atribuiu conotações positivas à magreza, correlacionando o excesso de peso a inúmeras doenças. No entanto, mercados como o da publicidade, da estética, da moda são hoje os principais divulgadores de um corpo ideal. Procura-se, assim, instituir uma excelência corporal que constitui o resultado que deve ser atingido ou do qual se procura aproximação.

Cuidar do corpo tendo em vista a melhor aparência vai se tornando, gradativamente, uma necessidade de aperfeiçoar o corpo, que é seguida e estimulada pela expansão de conhecimentos concernentes ao corpo nas áreas de estética, alimentação, saúde e educação, além de técnicas e produtos que lhes correspondem. Estrutura-se, dessa forma, um mercado das aparências, representado por inúmeros profissionais especializados em tratamentos de pele, cabelo, gordura, pêlos, unhas e instrumentos de atuação que se encontram em livre desenvolvimento (objetos e produtos para modelar, colorir e alisar os cabelos, aparelhos de eletrochoque para fortalecer o abdômen, raio laser para remover pêlos, máquinas de bronzeamento, agulhas contra celulite, shakes para emagrecer, substâncias para suavizar rugas, entre muitos outros). Entretanto, é

interessante assinalar que muitos efeitos negativos dessas ‘terapias’ são desconhecidos do grande público. Há estudos, por exemplo, indicando que o bronzeamento artificial e a depilação definitiva a laser podem favorecer a ocorrência do câncer.

Paradoxalmente, a mesma cultura do consumo que proclama a magreza e incentiva diversas formas de remodelação corporal produz um exército de pessoas obesas. Estimula-se, a todo o momento, o consumo de alimentos industrializados, compostos pelas mais diversas substâncias artificiais, sintéticas e gorduras saturadas. Propagandas de cervejas, fast-foods, salgadinhos, biscoitos, refrigerantes, sorvetes e chocolates permeiam nosso cotidiano por meio da televisão e, quase sempre, trazem esses alimentos associados a grandes prazeres, à felicidade e à sensualidade, como é típico das campanhas publicitárias de cervejas e chocolates. Assim, a sociedade, como lembrou o nutricionista Jean Trémolières, cria os obesos e depois não os tolera.

Desta forma, as relações que o mercado estabelece com a expectativa de corpo predominante são múltiplas, criando sempre demandas corporais e novas exigências aos indivíduos. A ciência, assim como os meios de comunicação, por meio de sua suposta neutralidade e objetividade, penetraram em todos os recantos da vida. Além da poderosa tarefa de esquadrinhar e normatizar o corpo, oferecem os mais diversos meios para sua fabricação.

[...]

(TRINCA, Tatiane Pacanaro. Sociologia ciência&vida, n. 4, 2007, p. 65–7.)

06. Em seu desenvolvimento global, o texto II tem a finalidade de:

a) mostrar que a remodelação corporal em busca de um padrão valorizado socialmente é regida pela lógica de mercado.

b) criticar a obesidade e implantar novos critérios para acelerar o mercado de cosméticos associado à medicina estética.

c) atenuar o investimento para uma boa forma corporal através de uma política de aparências.

d) reforçar o atual avanço tecnológico para controlar o índice de obesos.

e) incentivar a reeducação alimentar evitando alimentos industrializados, compostos por diversas substâncias gordurosas.

07. No trecho: “A concepção atual de corpo está diretamente ligada ao desenvolvimento da medicina que, desde o século XIX, atribuiu conotações positivas à magreza, correlacionando o excesso de peso a inúmeras doenças.”, as vírgulas foram empregadas de acordo com a norma padrão. Essa mesma regra ocorre em:

a) “Estimula-se, a todo o momento, o consumo de alimentos industrializados...”

b) “No entanto, mercados como o da publicidade, da estética, da moda são hoje os principais divulgadores de um corpo ideal.”

c) “... que é seguida e estimulada pela expansão de conhecimentos concernentes ao corpo nas áreas de estética, alimentação, saúde e educação...”

d) “Entretanto, é interessante assinalar que muitos efeitos negativos dessas ‘terapias’ são desconhecidos do grande público.”

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e) “Procura-se, assim, instituir uma excelência corporal que constitui o resultado que deve ser atingido ou do qual se procura aproximação.”

08. Analise os trechos a seguir e assinale a alternativa que atende corretamente ao padrão culto da concordância verbal.

a) Em: “A concepção atual de corpo está diretamente ligada ao desenvolvimento da medicina que, desde o século XIX, atribuiu conotações positivas à magreza,”, o verbo está no singular concordando com o agente verbal anteposto, porém também poderia ficar no plural e concordar com ‘conotações positivas’.

b) Em: “Estrutura-se, dessa forma, um mercado das aparências, representado por inúmeros profissionais especializados em tratamentos...”, o verbo encontra-se no singular concordando com o termo ‘forma’.

c) Em: “Há estudos, por exemplo, indicando que o bronzeamento artificial e a depilação definitiva a laser podem favorecer a ocorrência do câncer.”, o verbo, nesse caso, poderia também ficar no plural, concordando com ‘estudos’.

d) Em: “Propagandas de cervejas, fast-foods, salgadinhos, biscoitos, refrigerantes, sorvetes e chocolates permeiam nosso cotidiano por meio da televisão e, quase sempre, trazem esses alimentos associados a grandes prazeres...”, o verbo está no plural concordando com ‘esses alimentos’, que também se encontra pluralizado.

e) Em: “Entretanto, é interessante assinalar que muitos efeitos negativos dessas ‘terapias’ são desconhecidos do grande público...”, o verbo flexiona-se no singular, já que o seu sujeito é oracional.

09. No trecho seguinte: “A ciência, assim como os meios de comunicação, por meio de sua suposta neutralidade e objetividade, penetraram em todos os recantos da vida.”, há o emprego adequado da regência verbal para estabelecer a coerência sintática. Assinale a alternativa em que a regência dos verbos atende à norma culta.

a) A ciência, assim como os meios de comunicação, por meio de sua suposta neutralidade e objetividade, aludiram por todos os recantos da vida.

b) A ciência, assim como os meios de comunicação, por meio de sua suposta neutralidade e objetividade, referiram-se em todos os recantos da vida.

c) A ciência, assim como os meios de comunicação, por meio de sua suposta neutralidade e objetividade, vincularam-se de todos os recantos da vida.

d) A ciência, assim como os meios de comunicação, por meio de sua suposta neutralidade e objetividade, não se opuseram a todos os recantos da vida.

e) A ciência, assim como os meios de comunicação, por meio de sua suposta neutralidade e objetividade, acostumaram-se a todos os recantos da vida.

10. Ainda sobre o texto II, analise as expressões e os comentários a seguir e indique a alternativa correta.

a) No trecho: “... atribuiu conotações positivas à magreza, correlacionando o excesso de peso a inúmeras doenças.”, a crase, em ambos os casos, é facultativa.

b) Em: “Há estudos, por exemplo, indicando que o bronzeamento artificial e a depilação definitiva a laser podem favorecer a ocorrência do câncer.”, o termo grifado indica uma síntese conclusiva retomando a expressão anterior.

c) A expressão sublinhada: “Além da poderosa tarefa de esquadrinhar e normatizar o corpo, oferecem os mais diversos meios para sua fabricação.”, indica, semanticamente, uma relação de conseqüência.

d) No trecho: “Estimula-se, a todo o momento, o consumo de alimentos industrializados, compostos pelas mais diversas substâncias artificiais, sintéticas e gorduras saturadas.”, os termos grifados possuem a mesma classe gramatical, embora determinem termos diferenciados.

e) No trecho: “Assim, a sociedade, como lembrou o nutricionista Jean Trémolières, cria os obesos e depois não os tolera.”, os termos em destaque pertencem a mesma classe morfológica.

Conhecimentos Pedagógicos 11. Com relação ao Fracasso Escolar julgue os itens a seguir:

I. Pelo fato de a aprendizagem ser um processo que ocorre entre subjetividades, nunca uma única pessoa pode ser culpada pelo fracasso escolar.

II. A busca incansável e imediata pela perfeição leva à rotulação daqueles alunos que não se encaixam nos parâmetros impostos.

III. É preciso distinguir aquilo que é próprio da criança, em termos de dificuldades, daquilo que ela reflete em termos do sistema em que se insere.

IV. Aprender passa pela observação do objeto, pela ação sobre ele, pelo desejo.

Podemos afirmar que:

a) Há apenas uma afirmativa correta. b) Há apenas duas afirmativas corretas. c) Há apenas três afirmativas corretas. d) Há quatro afirmativas corretas. e) Não há afirmativa correta.

12. Sobre o processo Didático julgue os itens a seguir:

I. Não implica vincular as relações professor e aluno. II. No processo didático que engloba as conexões

professor/aluno/aprendizagem não é exigido um alto grau de coerência, possibilitando a fragmentação dessa conexão.

III. Desenvolve-se mediante a ação recíproca e interdependente das dimensões fundamentais, integram-se e são complementares.

Podemos afirmar que:

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a) Apenas a afirmativa I está correta. b) Apenas a afirmativa II está correta. c) Apenas a afirmativa III está correta. d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. e) Não há afirmativa correta.

13. Quanto à Avaliação Escolar assinale V para afirmativa verdadeira e F para falsa: ( ) A função de controle refere-se aos meios e à freqüência das verificações e qualificações dos resultados escolares, possibilitando o diagnóstico das situações didáticas. ( ) A função pedagógico-didática da avaliação refere-se à verificação sistemática dos resultados do processo de ensino em termos de objetivos gerais e específicos. ( ) A função de diagnóstico da avaliação escolar permite verificar os progressos e dificuldades dos alunos, tanto através de provas escritas dissertativas, como pela atuação do professor, que por sua vez não determinará as modificações no processo de ensino. A seqüência correta, de cima para baixo, é:

a) V – F – F b) F – F – F c) V – F – V d) F – F – V e) V – V – F

14. Quanto à participação na elaboração do Projeto Político Pedagógico, construção coletiva, considerando os Artigos 12, 13 e 14, podemos afirmar que:

I. Os docentes incumbir-se-ão de participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino e de cumprir o plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino.

II. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do sistema de ensino, terão a incumbência de informar os pais sobre a execução de sua proposta pedagógica.

III. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público, na educação básica, de acordo com suas peculiaridades, incluindo a participação dos profissionais das comunidades escolar e local em conselhos escolares equivalentes.

IV. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público, na educação básica, de acordo com os princípios estabelecidos nacionalmente, de modo a manter uma unidade curricular e a evitar o pluralismo de concepções pedagógicas.

a) Somente a afirmativa II está correta. b) Somente as afirmativas I, II e III estão

corretas. c) Somente as afirmativas II e IV estão corretas. d) Somente as afirmativas I e II estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas.

15. A visão histórico-cultural da aprendizagem classifica a avaliação como fonte de informação para novos comportamentos a serem tomados a cada instante, no processo educacional. Isso implica na seguinte afirmação:

a) A ação de avaliar deve ser sempre diagnóstica e processual.

b) A ação de avaliar deve ser sempre classificatória. c) A avaliação deve ocorrer para decidir quanto à

aprovação ou reprovação do aluno, no final do período letivo.

d) Somente os alunos devem ser avaliados. e) N.d.a.

16. O Art. 37. da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional refere-se à Educação de Jovens e Adultos, destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio, na idade própria. É incorreto afirmar que os exames, a que se refere esse artigo:

a) Serão realizados no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de dezoito anos.

b) Serão realizados no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos.

c) Serão realizados no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos.

d) Terão os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais aferidos e reconhecidos.

e) N.d.a. 17. Segundo o art. 5 da LDB, zelar pela freqüência do aluno do Ensino Fundamental à escola compete:

a) Aos pais ou responsáveis e aos órgãos auxiliares da escola.

b) Aos pais ou responsáveis e às entidades particulares.

c) Ao Poder Público juntamente aos pais ou responsáveis.

d) Aos pais ou responsáveis e às associações comerciais.

e) Exclusivamente aos pais ou responsáveis. 18. Com relação aos Recursos Financeiros para a educação, o artigo 69 da LDB determina que a União aplicará, anualmente, nunca menos de ____, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, ____ , ou o que consta nas respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento do ensino público.

a) 18% – 10% b) 10% – 18% c) 15% – 20% d) 18% – 25% e) 10% – 20%

19. A lei 9.394/96 em seu artigo 26, determina que os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura e:

a) Da economia e da clientela. b) Do poder público e dos docentes. c) Dos docentes e da clientela d) Da clientela e do poder público e) Dos docentes e da economia

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20. A Educação Popular é um fenômeno de produção e apropriação dos produtos culturais, expresso por um sistema aberto de ensino e aprendizagem, constituído de uma teoria de conhecimento referenciada na realidade, com metodologias (pedagogia) incentivadoras à participação e ao empoderamento das pessoas, com conteúdos e técnicas de avaliação processuais, permeado por uma base política estimuladora de transformações sociais e orientado por anseios humanos de liberdade, justiça e igualdade. Trata-se de uma expressão derivada da pedagogia proposta por:

a) Piaget b) Paulo Freire c) Vygosky d) Vasconcellos e) John Dewey

Conhecimentos Específicos

TEXTO I DOS USOS DO MORALISMO

Espera-se honestidade e ética de qualquer governante ou pessoa pública — ou motorista, médico ou manicure. Um comportamento moral generalizado é um requisito mínimo para a convivência, com ligeiros ajustes para a hipocrisia e a mentira social. Mas, como tudo na vida, o conceito de moral é relativo. Uma questão de perspectiva. Você pode viver no país mais imoral do mundo, nascer e viver em meio à injustiça mais obscena e à miséria mais pornográfica, sem se dar conta disso — e se escandalizar com cenas de sexo na TV. A imoralidade endêmica brasileira nem exige que a gente viva em permanente estado de indignação, o que até impossibilitaria a vida, nem absolve imoralidades menores a ponto de nada nos indignar. Mas é um pano de fundo contra o qual se estudam os usos e desusos, entre nós, do moralismo, essa outra coisa relativa que depende da perspectiva.

O objetivo do moralismo não é, necessariamente, a moralidade. Como o colesterol, existe moralismo ruim e moralismo bom, com efeitos diferentes no organismo nacional, com perdão da metáfora médica prolongada. O moralismo pode ser um mau conselheiro político. Já foi em muitos momentos da nossa história. Ajudou a eleger o Jânio Quadros, que iria varrer toda a sujeira deixada pelo governo do Juscelino, e cuja renúncia inaugurou um dos piores períodos da nossa vida institucional, culminando com o golpe militar de 64, que também nasceu do moralismo, ou da cooptação de valores cristãos ameaçados pelo demônio vermelho. Foi o moralismo que elegeu o Collor, para acabar com a pouca vergonha dos marajás do serviço público. O moralismo mal usado tem um prontuário quase maior do que o da corrupção na História destes últimos 60 anos.

O bom moralismo é um traço reincidente e surpreendente no eleitorado de um país que gosta de se autocaracterizar como a terra do jeitinho e da malandragem. O pior moralismo é o oportunista, para uso de acordo com a conveniência política. O fato de as denúncias de corrupção do governo Lula não estarem, aparentemente, afetando o julgamento da maioria dos eleitores, sugere uma de duas coisas, dois pontos. Ou o moralismo já não tem o poder político que tinha nas

nossas eleições (suspiros de alívio ou de decepção à vontade), ou os eleitores declarados do Lula estão sabendo distinguir o moralismo de ocasião, cujo objetivo é tudo menos a moralidade, do moralismo legítimo. Ou, claro, estão votando contra a imoralidade maior.

(VERISSIMO.Luís Antônio. O Estado de S. Paulo, 07/09/2006) 21. O texto acima aborda, dentro de um tema bastante amplo e atual, diferentes assuntos. Analise as afirmações a seguir: 1. Dentro de um comportamento moral esperado há espaço para pequenas mentiras, ou “mentiras sociais”. 2. “Moral” e “moralismo” são conceitualmente diferentes, mas igualmente relativos. 3. “Moralismo” pode ser entendido como um uso social, por vezes equivocado, que se faz do conceito de “moral”. 4. Não é esperada de um país que se reconheça na “malandragem” e no “jeitinho” a presença do “bom moralismo”. 5. A “moralidade” esteve presente em muitos momentos da história brasileira, como nas eleições de Jânio Quadros e Collor. Estão corretas:

a) 1, 2 e 3 b) 1,2, 3 e 4. c) 1, 3 e 5. d) 2, 3 e 4. e) 2, 3, 4 e 5.

22. Levando em consideração o último parágrafo do texto, considere os seguintes comentários: 1. Pode-se entender que os eleitores partidários de Lula não são influenciáveis pelo “mau moralismo”. 2. “Bom moralismo” e “mau moralismo” são responsáveis pelos “suspiros de alívio” e “de decepção”, respectivamente. 3. Os eleitores partidários de Lula, ao elegerem-no governante, podem representar a “imoralidade maior”. 4. Pode-se inferir que os partidários de Lula julgam as denúncias de corrupção a seu governo frutos do “mau moralismo”. 5. O fato de os partidários de Lula votarem contra a “imoralidade maior” não assegura a eleição da “moralidade”. Está (ão) incorreto (s):

a) 1 e 2 apenas. b) 2 apenas. c) 3 apenas. d) 4 e 5 apenas. e) 3 e 5 apenas.

23. O texto I expressa sentidos e intenções comunicativas que nos levam a reconhecer certos elementos de sua composição e construção textual. 1. A forma de composição do texto I e as funções comunicativas previstas para ele constituem indicação de que se trata de um texto do tipo expositivo-opinativo. 2. Predomina, no texto I, a função referencial, mesmo que se perceba a presença de elementos da linguagem expressiva e metalingüística. O uso de pronomes de 1ª

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pessoa do plural indica essa expressividade – a inclusão do autor. 3. No segundo parágrafo, o autor usa o recurso da analogia como estratégia para reforçar a tese defendida. 4. As alusões históricas a diferentes épocas da política nacional acarretam no recurso da intertextualidade, já que retomam dados de outras fontes. 5. O recurso lingüístico destacado em “... e cuja renúncia inaugurou um dos piores períodos da nossa vida institucional...” reforça a argumentação do autor. Está (ao) correto (s) o (s) item (ns):

a) 1 e 2 apenas. b) 1, 2 e 3 apenas. c) 3, 4 e 5 apenas. d) 2, 3 e 5 apenas. e) 1, 2, 3 e 4 apenas.

24. Assinale a série em que todas as palavras estão acentuadas corretamente:

a) juri, vírus, órfã, fórum b) cáries, Ângelo, física, martir c) saída, paletó, subsidiária, balaústre d) ítens, parabéns, táxi, vôo e) prototipo, préconceituosa, ritmo, biótipo

25. Indique a alternativa em que haja palavras grafadas erroneamente:

a) extra-ordinário, infraestrutura, contra-regra b) auto-escola, sobre-humano, inter-racial c) pré-história, pós-operatório, neo-republicano d) coabitar, colateral, bem-estar e) extra-oficial, anti-séptico, ultra-som

26. Assinale a alternativa em que a regência verbal esteja incorreta:

a) Deus perdoa aos pecados ao pecador. b) Chamei todos os sócios, para participarem da

reunião. c) Sua irresponsabilidade custou sofrimento a

toda a família. d) Implicaram o advogado em negócios ilícitos. e) Ela namorava o filho do prefeito.

27. Os superlativos absolutos sintéticos das palavras doce, incrível e voraz, são respectivamente:

a) amabilíssimo, incredibilíssimo, voracíssimo. b) amabilérrimo, incredibilérrimo, voracentésimo. c) amabilérrimo, incredibilérrimo, vorabilíssimo. d) amabilíssimo, incredibilíssimo, voracérrimo. e) amabilíssimo, incredibilícissimo, voracíssimo.

28. Considerando-se o emprego de regência e crase, assinale a alternativa que apresenta a norma padrão:

a) É mais preferível o estudo das variedades lingüísticas que ditar o ‘certo’ ou o ‘errado’.

b) Já perguntaram à todo professor de Língua Portuguesa se é relevante o ensino das variedades lingüística na escola.

c) O atual ensino de língua Portuguesa, de que se opõem os lingüistas, refere-se, primordialmente, à gramática.

d) O ensino, com que simpatizam os estudiosos da língua, alude às investigações lingüísticas.

e) As variedades lingüísticas, a que nos referimos, implicam no conhecimento múltiplo da própria língua.

29. No período: “Apesar de tudo isso o show dos Detonadores foi bastante animado”, a palavra destacada veicula uma idéia de:

a) conseqüência b) modo c) companhia d) comparação e) concessão

30.A palavra que deve ser acentuada pela mesma razão de também é:

a) fará b) útil c) caráter d) chá e) jóquei

Os animais pensam como nós?

Será que o homem é realmente tão mais inteligente do que as outras espécies?

Por Rodrigo Cavalcante

Nenhum pesquisador duvida que o pensamento abstrato do Homo sapiens é um feito inédito no mundo animal. Mas, quanto mais os cientistas sabem sobre espécies como chimpanzés, gorilas, orangotangos, baleias e golfinhos, mais eles chegam à conclusão de que a barreira intelectual que separa os homens desses animais é bem menor do que se imaginava.

Dois estudos pioneiros, nas décadas de 1950 e 1960, foram fundamentais para diminuir essa distância. O primeiro, realizado na ilha de Koshima, no Japão, detectou que os macacos da região eram capazes de aprender novas técnicas para se alimentar a partir da mudança do hábito de um dos seus pares. A pesquisa revelou que um jovem macaco provocara uma pequena revolução na ilha ao passar a lavar a batata-doce num pequeno braço d’água antes de comê-la, ato que passou a ser repetido por três quartos de todos os macacos jovens da ilha. A descoberta provou que o homem não era o único a transmitir um comportamento socialmente adquirido – não transmitido geneticamente nem aprendido individualmente.

O segundo estudo foi o da inglesa Jane Goodall que, ao conviver com chimpanzés na Tanzânia, provou que esses primatas tinham uma complexa vida social, uma linguagem primitiva com mais de 20 sons e a capacidade de usar diversas ferramentas para obter alimento – algo considerado exclusivo da nossa espécie. Além disso, os pesquisadores sabem que mamíferos como baleias, golfinhos e elefantes conseguem aprender e ensinar.

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Como até a ONU já reconheceu que não dá mais para tratar os grandes primatas como animais comuns (o secretário-geral da ONU Kofi Annan escreveu que, “assim como nós, eles têm autoconsciência, cultura própria, ferramentas e habilidades políticas”), é bem possível que, no futuro, o homem venha a descobrir que se comportou diante dessas espécies com a mesma arrogância das velhas teorias de superioridade racial.

31.Observando as expressões “... quanto mais os cientistas sabem ...” “... mais eles chegam à conclusão ...”, contidas no texto, no 1º parágrafo, estabelecem entre si uma relação de :

a) conclusão b) proporção c) justificativa d) causa e) definição

32.“Mas, quanto mais os cientistas ...” A palavra destacada indica que:

a) Há uma exceção em relação ao pensamento exposto anteriormente a ela.

b) Não há uma exceção em relação ao pensamento exposto anteriormente a ela.

c) Há uma confirmação em relação ao pensamento exposto anteriormente a ela.

d) O pensamento imediatamente posterior a ela não mantém relação com o pensamento anterior a ela.

e) O pensamento imediatamente posterior a ela mantém relação com o pensamento anterior a ela.

33.“... mais eles chegam à conclusão ...” A expressão retirada do texto quer dizer que:

a) Cada vez que estudam os referidos animais, os pesquisadores chegam a uma nova conclusão.

b) Reforçam mais ainda uma conclusão já analisada. c) Modificam uma conclusão anteriormente

analisada. d) Outras conclusões surgem, modificando a

anterior. e) Não precisam mais analisar o assunto objeto de

estudo. 34.Tendo como base a seqüência natural e progressiva do texto, ... barreira intelectual ... (1º parágrafo), no texto, tem o mesmo valor semântico, também no texto, que:

a) ... essa distância ... (2º parágrafo) b) ... que separa ... (1º parágrafo) c) ... é bem menor ... (1º parágrafo) d) ... pequena revolução ... (2º parágrafo) e) ... duvida ...

35.Concluindo o texto podemos dizer que, relativamente aos animais citados no primeiro parágrafo,:

a) têm capacidade intelectual semelhante à do ser humano.

b) têm capacidade intelectual igual à do ser humano. c) não há como comparar a capacidade intelectual

desses animais com a do ser humano. d) estudos mostram que o ser humano deve

modificar o conceito relativo à relação de comparação entre a nossa capacidade intelectual e a dos referidos animais.

e) têm capacidade intelectual muito inferior à do ser humano.

36.De “A descoberta provou ...” até “... individualmente.” (2º parágrafo), a soma de todos os adjuntos adnominais resulta em:

a) 3 b) 4 c) 5 d) 6 e) 7

37.Indique a alternativa incorreta quanto à norma culta vigente:

a) Quais de nós passaremos na prova? b) Quais de nós passarão na prova? c) O café com leite daquela padaria é muito

bom. d) Muita cautela foi precisa. e) Eles fizeram o trabalho por si só.

38.Marque a assertiva que não é escorreita quanto aos padrões exigidos pela norma culta:

a) Quero aos meus filhos. b) Quero os meus filhos. c) Se eu paguei o livro ao livreiro? Sim. Paguei-lhe. d) Informei-lhe tudo. e) Informei-o de tudo.

39.As almas boas, anjos da noite, pareciam espreitar-nos dos túmulos.

Todas as alternativas, menos uma, mostram perfeita análise sintática de algum ponto do texto. Marque a análise incorreta:

a) anjos da noite = aposto comparativo b) da noite = adjunto adnominal de anjos c) pareciam espreitar-nos dos túmulos = predicado

verbal d) espreitar = verbo transitivo direto e) adjunto adnominal de túmulos = dos

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40.Indique a alternativa gramaticalmente incorreta:

a) Ojeriza é assim que se escreve. b) Voz passiva: Nossos direitos vão ser

recuperados./Voz ativa: Vão recuperar nossos direitos.

c) Antifrase está conforme o padrão culto. d) Como saísse cedo, não se atrasou. A palavra

sublinhada é conjunção causal. e) Ele já se não basta.

FIM DO CADERNO