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REDAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA A Prova de Redação em Língua Portuguesa tem o objetivo de avaliar a capacidade de expressão na modalidade escrita da Língua Portuguesa. O candidato deverá produzir texto dissertativo, com extensão mínima de 30 linhas e máxima de 60 linhas, legível, caracterizado pela coerência e coesão, com base em um tema formulado pela banca examinadora. Com a função de motivar o candidato para a redação, despertando ideias e propiciando o enriquecimento de informações, poderá haver, na prova, textos e outros elementos correlacionados ao assunto em questão. Os critérios de avaliação mais abrangentes referem-se ao desenvolvimento do tema, à observância da apresentação e da estrutura textual e ao domínio da expressão escrita. Em termos restritos, estabelecem-se critérios específicos ligados a cada item. A LETRA A letra pode mostrar a sua personalidade. Existe uma ciência que trata disto é a GRAFOLOGIA. Para nós o que interessa na Redação é a Estética da escrita e a aplicação da técnica de dissertação: - Nada de n parecido com r; - Nada de s parecido com j; - Nada de j com cara de s ou vice-versa; - Nada de y com cara de g e vice-versa; - Nada de m com cara de n; - Nada de sc com cara de x e vice-versa; - Nada de t com cara de f; - Nada de ç com cara de ss; - Nada de bolinha nos is; - Nada de h com cara de m maiúsculo; - Nada de letra maiúscula onde deveria ser minúscula exceto se a norma pedir; - Nada de rr com cara de m ou vice-versa; - Procure fazer uma letra manuscrita, a de forma confunde muito, ocupa espaço e não se pode distinguir a CAIXA ALTA da BAIXA; - Não se perca em detalhes mas escreva com boa grafia (normalmente as moças prezam mais pela boa letra mas podem perder tempo enfeitando muito); - Não escreva palavras com dúvida de grafia; - Não acelere o ritmo para acabar logo nem demore demais para não perder tempo; - Não exceda em reticências, ponto e vírgula, dois pontos e vírgula sem necessidade; - Não ultrapasse as margens do papel tanto nas laterais quanto no topo e no fim da pauta. Para isto existem as faixas de limite do papel; O mais importante: Letra com firmeza e segurança, bem nítida, bem clara, média, com ritmo tranquilo e sem correria e bastante estética na redação para facilitar a leitura e a compreensão da estrutura de seus pensamentos e opinião pessoal ou dentro da sugestão do texto apresentado. Resumindo as últimas dicas, podemos dizer que o ato de escrever exige: - Um plano articulado e você já aprendeu como fazê-lo; - Meditação e concentração na formação de ideias. Isto depende do quanto escreveu, atualizou e de sua segurança na dissertação; - Esquematização da estrutura e você viu muito disto nas dicas;

Redação em língua portuguesa

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REDAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

A Prova de Redação em Língua Portuguesa tem o objetivo de avaliar a capacidade de expressão na

modalidade escrita da Língua Portuguesa. O candidato deverá produzir texto dissertativo, com extensão

mínima de 30 linhas e máxima de 60 linhas, legível, caracterizado pela coerência e coesão, com base em um

tema formulado pela banca examinadora. Com a função de motivar o candidato para a redação, despertando

ideias e propiciando o enriquecimento de informações, poderá haver, na prova, textos e outros elementos

correlacionados ao assunto em questão.

Os critérios de avaliação mais abrangentes referem-se ao desenvolvimento do tema, à observância da

apresentação e da estrutura textual e ao domínio da expressão escrita. Em termos restritos, estabelecem-se

critérios específicos ligados a cada item.

A LETRA

A letra pode mostrar a sua personalidade. Existe uma ciência que trata disto é a GRAFOLOGIA.

Para nós o que interessa na Redação é a Estética da escrita e a aplicação da técnica de dissertação:

- Nada de n parecido com r;

- Nada de s parecido com j;

- Nada de j com cara de s ou vice-versa;

- Nada de y com cara de g e vice-versa;

- Nada de m com cara de n;

- Nada de sc com cara de x e vice-versa;

- Nada de t com cara de f;

- Nada de ç com cara de ss;

- Nada de bolinha nos is;

- Nada de h com cara de m maiúsculo;

- Nada de letra maiúscula onde deveria ser minúscula exceto se a norma pedir;

- Nada de rr com cara de m ou vice-versa;

- Procure fazer uma letra manuscrita, a de forma confunde muito, ocupa espaço e não se pode distinguir a

CAIXA ALTA da BAIXA;

- Não se perca em detalhes mas escreva com boa grafia (normalmente as moças prezam mais pela boa letra

mas podem perder tempo enfeitando muito);

- Não escreva palavras com dúvida de grafia;

- Não acelere o ritmo para acabar logo nem demore demais para não perder tempo;

- Não exceda em reticências, ponto e vírgula, dois pontos e vírgula sem necessidade;

- Não ultrapasse as margens do papel tanto nas laterais quanto no topo e no fim da pauta. Para isto existem

as faixas de limite do papel;

O mais importante: Letra com firmeza e segurança, bem nítida, bem clara, média, com ritmo tranquilo e sem

correria e bastante estética na redação para facilitar a leitura e a compreensão da estrutura de seus

pensamentos e opinião pessoal ou dentro da sugestão do texto apresentado.

Resumindo as últimas dicas, podemos dizer que o ato de escrever exige:

- Um plano articulado e você já aprendeu como fazê-lo;

- Meditação e concentração na formação de ideias. Isto depende do quanto escreveu, atualizou e de sua

segurança na dissertação;

- Esquematização da estrutura e você viu muito disto nas dicas;

- Reflexão no entendimento da mensagem (Eu escritor também sou leitor e mais que isto: Sou Examinador e

Crítico de meu próprio texto. O meu "Eu" se registra em minha redação pela organização, pela letra e pela

lógica de meus pensamentos. Isto já é tema para uma tese de pós-gradução em linguística por sua

importância na análise de redações dos vestibulandos;

- Uma escrita legível, proporcional, nem dilatada nem apertada demais, bem limpa sem borrões, com uma

velocidade rítmica regular (muitas vezes a turma começa a rabiscar e nada se entende no final), sem muitos

ornamentos na letra, com uma pressão forte e segura e sem muita tensão;

- Calma e atenção. Autocontrole e fidelidade ao tema;

- Muito exercício e treino. Análise do texto e compreensão das estruturas gramaticais;

- Determinação em suas exposições e opinião final;

- Capacidade de coordenar suas ideias sem perder a facilidade de expressão;

- Bastante leitura acerca do assunto e concentração no que vai ser redigido;

- Prática de Redação Dissertativa (quanto mais cedo começar a escrever melhor sua integração de estilo que

é pessoal e ninguém faz duas redações iguais exatamente pela capacidade dialética de reter informações

expondo-as na memória e dispondo-as de maneiras diferentes dentro de sua forma de pensamento);

- Cuidado com a ortografia e as acentuações;

- Atualização dos fatos através de jornais e revistas;

- Ser fiel ao que escreve e sentir segurança (como vocês dizem: "sentir firmeza");

- Conhecimento de suas estruturas e técnicas. Você já teve um despertar sobre este assunto!

- Idéias bem delimitadas com opinião pessoal e bem objetiva (quando exigida) ou de acordo com a análise do

texto proposto para afirmar ou negar sua opinião (seu pensamento escrito);

- Seleção e ordenação da ideia central que fortalecerá as acessórias mantendo a unidade da redação;

- Uma redação espontânea e natural que agrade os dois lados da comunicação (vestibulando/examinador)

mostrando harmonia e simplicidade na forma estrutural-lógica, prezando pelas normas gramaticais (regências,

concordâncias e análise sintática);

- Uma estrutura com equilíbrio na exposição de ideias e regularidade de conjunto;

- Não faça menos que o exigido e nem ultrapasse o máximo de linhas na dissertação da folha de Redação

(Para isto você ganha uma folha de rascunho).

Dissertar é:

I. Expor um assunto, esclarecendo as verdades que o envolvem, discutindo a problemática que nele reside;

II. Defender princípios, tomando decisões

III. Analisar objetivamente um assunto através da sequência lógica de ideias;

IV. Apresentar opiniões sobre um determinado assunto;

V. Apresentar opiniões positivas e negativas, provando suas opiniões, citando fatos, razões, justificativas.

Sendo a dissertação uma série concatenada de ideias, opiniões ou juízos, ela sempre será uma tomada de

posição frente a um determinado assunto - queiramos ou não.

Procurando convencer o leitor de alguma coisa, explicar a ele o nosso ponto de vista a respeito de um

assunto, ou simplesmente interpretar um ideia, estaremos sempre explanando as nossa opiniões, retratando

os nosso conhecimentos, revelando a nossa intimidade. É por esse motivo que se pode, em menor ou maior

grau, mediar a cultura (vivência, leitura, inteligência...) de uma pessoa através da dissertação.

Podemos contar um estória (narração) ou apontar características fundamentais de um ambiente (descrição)

sem nos envolvermos diretamente. A dissertação ao contrário, revela quem somos, o que sentimos, o que

pensamos. Nesse ponto, tenha-se o máximo de cuidado com o extremismo. Temos liberdade total de expor

nossas opiniões numa dissertação e o examinador salvo raras exceções - sabe respeita-las. Tudo o que

expusermos, todavia, principalmente no campo político e religioso, deve ser acompanhado de argumentações

e provas fundamentais.

Para fazer uma boa dissertação, exige-se:

a) Conhecimentos do assunto (adquirido através da leitura, da observação de fatos, do diálogo, etc.);

b) Reflexões sobre o tema, procurando descobrir boas ideias e conclusões acertadas (antes de escrever é

necessários pensar);

c) Planejamento:

1. Introdução: consiste na proposição do tema, da ideia principal, apresentada de modo a sugerir o

desenvolvimento;

2. Desenvolvimento: consiste no desenvolvimento da matéria, isto é, discutir e avaliar as ideias em torno do

assunto permitindo uma conclusão;

3. Conclusão: pode ser feita por uma síntese das ideias discutidas no desenvolvimento. É o resultado final.

d) Registrar ideias fundamentais numa sequência (ESQUEMA)

e) Acrescentar o que faltar, ou suprimir o que for supérfluo, desnecessário (RASCUNHO)

f) Desenvolvimento do plano com clareza e correção, mantendo sempre fidelidade ao tema.

COMO FAZER UMA DISSERTAÇÃO

Certamente você já deu a sua opinião sobre um assunto qualquer. Numa roda de amigos ou até mesmo numa

conversa ao telefone, constantemente queremos dizer o que pensamos, expor nossas idéias. Sempre que

fazemos isso, estamos fazendo uma dissertação. Então podemos afirmar que DISSERTAR É EXPOR NOSSA

OPINIÃO SOBRE DETERMINADO ASSUNTO.

Dissertação Escrita

Colocar uma opinião no papel é bem diferente de dizê-la a alguém. Ao escrevermos, não podemos usar

alguns recursos que temos na fala como, por exemplo, gírias (já é, o cara, a mina, bolado), interjeições

(argh!,putz!). Mas por que isso? Porque quando escrevemos, principalmente em redações, devemos ser mais

formais para não atrapalhar o entendimento de quem vai ler. Uma pessoa mais idosa, por exemplo, pode não

entender uma expressão como "já é" e interpretar tudo errado. Não imagine que o leitor entenda tudo que

você escreve, portanto seja simples e formal (mas sem exageros) quando escrever uma DISSERTAÇÃO.

Planejando o Texto

Em uma prova, o tempo para escrever é muito curto, portanto, você deve, antes de tudo, planejar a sua

redação. A primeira etapa é identificar o tema.

Identificação do Tema

Em alguns concursos, a banca fornece o tema através de pequenos textos-guias. Veja o exemplo:

01. (FUVEST - 1997) Redija uma dissertação em prosa, relacionando os três textos a seguir.

Texto 1

Na prova de Redação dos vestibulares, talvez a verdadeira questão seja sempre a mesma:

"Conseguirei?". Cada candidato aplica-se às reflexões e às frases na difícil tarefa de falar de um tema A

proposto, com a preocupação em B - "Conseguirei?" - para convencer o leitor X.

Texto 2

Ao escrever "Lutar sem palavras / é a luta mais vã. / Entanto lutamos / mal rompe a manhã", Carlos

Drummond de Andrade já era um poeta maior da nossa língua.

Texto 3

"É difícil defender,

só com palavras, a vida". (João Cabral de Melo Neto)

Neste exercício acima, está claro que o tema é "a dificuldade de se expressar através das palavras". Então,

nesse caso, basta escrever falando sobre cada aspecto citado em cada um dos três textos. Não se pode

copiá-los, apenas fale um pouco sobre o que cada texto diz.

Tema Live

Se o tema da redação for livre, isto é, se você tiver a opção de escolhê-lo, basta pensar algum assunto

interessante e depois delimitar o tema.

O que é "Delimitar o Tema"?

Vamos supor que o tema que você escolheu seja "televisão". O que escrever? Há uma variedade enorme de

aspectos: a televisão educativa, a televisão como entretenimento, o poder influenciador da televisão, a história

da televisão, a televisão e a família, a televisão brasileira, etc.

Bem você deve ter notado que cada tópico especifica um tema. Então basta escolher UM TEMA APENAS E

FALAR SOMENTE DELE, esquecendo os demais

Observação: veja que ao colocar a palavra verão ao lado de "a moda", eu delimitei o tema, ou seja, eu

não vou mais falar sobre o mundo da moda e sim, somente da moda que é usada no verão.

Leia mais em: http://www.redijamelhor.blogspot.com

Estrutura da Dissertação É uma modalidade de composição que visa análisar, ou comentar expositivamente conceitos ou ideias sobre

um determinado assunto. Pode apresentar-se de formaexpositiva ou argumentativa. Possui uma natureza

reflexiva que consiste na ordenação dessas ideias a respeito de um determinado assunto contido em um uma

frase-tema, um conjunto de textos verbais, não-verbais, ou até mesmo uma mescla de textos.

Dissertar é debater. Para discutirmos questões dos variados assuntos que a sociedade nos apresenta

precisamos da Dissertação. Aquele que desenvolve uma dissertação é comumente denominado

de Enunciador de ideias. Como enunciadores somos nós que desenvolvemos o texto dissertativo sem

usar primeira pessoa, expressando o nosso ponto de vista para desenvolvê-lo com concisão e clareza. Essas

ideias fundamentam nossa posição. É por isso que toda dissertação deve ser desenvolvida em terceira

pessoa. Estabelecer nos parágrafos do desenvolvimento as relações de causa e consequência, contribui para

um texto correto e conciso. Frases curtas, linguagem direta apresenta um texto com estrutura organizada e

lógicidade de ideias.

A Estrutura do texto Dissertativo

São três as partes básicas de uma redação: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Isso necessariamente

não quer dizer que uma dissertação tenha que ter três parágrafos. O mínimo de parágrafos lógicos seriam

quatro e no máximo cinco, por se tratar de um texto para leitura rápida e concisa.

Na Introdução de texto dissertativo encontramos a delimitação de um tema, através de frases chamadas de

argumentos, ou ideias secundárias, de uma ideia central que conhecemos como assunto, o assunto do tema

que amarrará os parágrafos do desenvolvimento - sugestão ou duas, ou no máximo três;

No Desenvolvimento do texto dissertativo trabalharemos as frases ideias, ou argumentos observando a

estrutura padrão de um parágrafo de desenvolvimento que apresentarei mais adiante, apresentando sua

causa e consequência e exemplos sempre no fim parágrafo para mostrar harmonia;

A Conclusão no texto dissertativo também uma estrutura padrão, chega de inventar, até para finalizar um

texto devemos seguir regras. Seguindo-as o resultado final da redação será primoroso.

Eis o Esquema Estrutural que poderá ajudá-lo a fazer sua dissertação:

Acima temos um modelo para uma redação com cinco parágrafos, abaixo segue o desenvolvimento de

uma redação a partir do seguinte tema:

"ÁGUA, CULTURA E CIVILIZAÇÃO"

No mundo moderno, incrivelmente globalizado, ocorre uma tendência a valorização do lucro em detrimento a

fatores de grande importância para a sobrevivência humana. Pois, a falta de água potável no futuro trará

consequências hediondas. Mas, há uma cultura que pode ser formada através da educação ambiental nas

escolas para as nossas crianças e, além do mais, descaso de nossos governantes aponta para uma

civilização em crise e em processo de autodestruição.

Embora, o homem não tenha dado o valor devido à importância da água para sua subsistência. Estudiosos

prevêem que daqui a 50 faltará água potável. Que ironia para o ser humano que vive em um planeta composto

por 2/3 de água. Lembrando que 2% da água da terra é doce e o mais criminoso é que 5% dos 2% está

poluída. Além da destruição de seu "habitat" natural, o aumento demográfico é absurdo, poluindo o que ainda

resta, sem nenhuma ação governamental para conter esta realidade terrível e inevitável.

Ainda com a falta de políticas públicas, contribuindo para esse descaso. Sem um processo de Educação

Ambiental nada pode ser feito contra essa escassez. Preparar a cultura dos herdeiros da terra para essa

mudança de postura, já entranhada dentro de nossos governantes que por não terem interesses políticos nada

fazem, é essencial.

Mesmo, diante dessas grandes civilizações que dominam o planeta, algumas que surgiram, ou tem como

modelo, se organizarem perto dos grandes rios como vemos o Tigre, Eufrates, Amarelo, Nilo, Mississipi, Rio

Grande, Amazonas e outros. Não foi mera coincidência, antes sim suas necessidades de vitalidade e de

preservação de suas espécies. A água é vital para todos os seres vivos, é usada em rituais desde a

antiguidade. Logo pode existir a humanidade sem seu líquido precioso que é a água.

Assim, esse bem tão precioso, que para alguns pensadores da Grécia Antiga foi o princípio de tudo, só terá

relevância, com preocupação no âmbito mundial, quando a catástrofe estiver pronta. Todos os dias os avisos

são dados, com a natureza se rebelando, pó enquanto são os outros seres que estão entrando em extinção.

Quando chegar a vez do bicho homem, só assim, ele irá se preocupar, mas já será tarde demais.

Outros temas:

1. Prova de Redação do Enem 2006

2. Temas (Frases)

"Quem decide pode errar: quem não decide já errou".

"O outro nome da paz é justiça".

"A capacidade de ouvir o adversário da à medida do amor a liberdade".

Lembre-se que o Ponto de vista é a mágica da redação. É a primeira frase para iniciar a delimitação do tema.

Aquela que vem em primeiro lugar na sua mente. Está presente em seu pensamento após ler qualquer texto.

É a primeira ideia que você tem do assunto. Supondo que você fosse dissertar sobre um tema simples e

comum que todos usam para explicar ponto de vista. "A TELEVISÃO".

O que geralmente chamamos de ideias são pontos de visão do tema, que inseridos em uma frase servem

como frase inicial. A primeira frase para iniciar o primeiro parágrafo O Ponto de Vista. O Ponto de Vista

depende de sua capacidade de leitura e absorção de ideias, conhecimentos. Quanto mais informação você

tem melhor para desenvolver e expor suas ideias na forma escrita. É por isso que eu sempre afirmei para

meus alunos e agora na internet me permitam finalizar com a minha eterna frase.

"Só se escreve sobre aquilo que se conhece. - Robson Moura‖

Produção de texto com base em esquemas

Caríssimos, é possível (e bem mais tranquilo) desenvolver um texto dissertativo a partir da elaboração de

esquemas. Por mais simples que lhes pareça, a redação elaborada a partir de esquema permite-lhes

desenvolver o texto com sequência lógica, de acordo com os critérios exigidos no comando da questão

(número de linhas, por exemplo), atendendo aos aspectos mencionados no espelho de avaliação. A

professora Branca Granatic (Técnicas Básicas de Redação) oferece-nos a seguinte sugestão de esquema:

Sugestão de Produção de Texto com Base em Esquemas

Esquema Básico da Dissertação

1º parágrafo: TEMA + argumento 1 + argumento 2 + argumento 3

2° parágrafo :desenvolvimento do argumento 1

3° parágrafo: desenvolvimento do argumento 2

4° parágrafo: desenvolvimento do argumento 3

5° parágrafo: expressão inicial + reafirmação do tema + observação final.

Exemplo:

TEMA: Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver gravesproblemas que

preocupam a todos.

Por Quê?

arg. 1: Existem populações imersas em completa miséria.

arg. 2: A paz é interrompida frequentemente por conflitos internacionais.

arg. 3: O meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico.

Texto definitivo

Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver os graves problemas que

preocupam a todos, pois existem populações imersas em completa miséria, a paz é interrompida

frequentemente por conflitos internacionais e, além do mais, o meio ambiente encontra-se ameaçado

por sério desequilíbrio ecológico.

Embora o planeta disponha de riquezas incalculáveis – estas, mal distribuídas, quer entre Estados, quer entre

indivíduos – encontramoslegiões de famintos em pontos específicos da Terra. Nos países do Terceiro

Mundo, sobretudo em certas regiões da África, vemos com tristeza, a falência da solidariedade humana e da

colaboração entre as nações.

Além disso, nesta últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos conflitos

internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança das guerras do Vietnã e da

Coréia, as quais provocaram grande extermínio.

Em nossos dias, testemunhamos conflitos na antiga Iugoslávia, em alguns membros da Comunidade dos

Estados Independentes, sem falar da Guerra do Golfo, que tanta apreensão nos causou.

Outra preocupação constante é o desequilíbrio ecológico,provocado pela ambição desmedida de alguns,

que promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que

o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por se transformar em local inabitável.

Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que o homem está muito longe de solucionar os

graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer

pessoa consciente e solidária. É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças

ameaçadoras, para podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacífico,

será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras.

Se vocês seguirem a orientação dada pelo esquema, desde o 1º parágrafo, verão que não há como se perder

na redação, nem fazer a introdução maior que o desenvolvimento, já que a introdução apresenta, de forma

embrionária, o que será desenvolvido no corpo do texto. E lembre-se de que a conclusão sempre retoma a

ideia apresentada na introdução, reafirmando-a, apresentando propostas, soluções para o caso apresentado.

Com essa noção clara, de estrutura de texto, também é possível melhorar o seu desempenho nas provas de

compreensão e interpretação de textos.

Critérios de Avaliação Roteiro seguido pelos professores na correção de textos nos vestibulares.

I. A redação não pode fugir ao tema proposto. O conteúdo do texto precisa ter relação direta com o tema.

Pode parecer uma regra óbvia, mas nem sempre ela é seguida.

II. É avaliada a capacidade do aluno de organizar os argumentos que fundamentarão as conclusões do texto.

No caso de um texto narrativo, leva-se em conta a habilidade do autor na construção de personagens.

III. O uso da língua na forma como ela é escrita. Ou seja, é uma armadilha para o aluno o emprego de termos

coloquiais, utilizados na fala e não em textos. Expressões coloquiais só são aceitas na reprodução de

diálogos. Isso não significa que o texto tenha de ser empolado, de difícil entendimento.

IV. A utilização correta dos recursos da língua. Em outras palavras, evitar erros gramaticais.

"Tenha autoconfiança, você foi criado à imagem e semelhança de Deus!"

Como fazer a introdução da dissertação? A INTRODUÇÃO

Aristóteles já dizia: "A introdução é aquilo que não pede nada antes, mas que exige algo depois". E ele tinha

razão, pois a introdução inicia o leitor no assunto. Diz o que o texto vai dizer. Então, já deu pra perceber que

nas primeiras linhas, o leitor deve ser informado sobre o tema da redação. E mais: como essa tema será

apresentado.

Comece com frase bem atrativa, que chame a atenção de quem está lendo. Pode ser uma pergunta, uma

declaração, uma exclamação. O importante é que esteja dentro do tema. Bem, mas como aqui a gente mata a

cobra e mostra o pau, vamos dar um exemplo de introdução:

O mundo anda carente de confiança. Em quem acreditar, em quem confiar? Antigamente a gente confiava

mais nas pessoas. Hoje talvez sejamos mais espertos, criancinhas conhecem mundos e maldades que a

gente só conhecia depois de casado...e olhe lá.

Olhe que bela introdução de texto: logo na primeira frase, o autor já diz o tema da redação, que é a carência

de confiança que o mundo está sofrendo. Depois ele reforça o tema com uma pergunta (em quem confiar?).

Após isso, ele apresenta argumentos para provar o valor da declaração inicial: antigamente, confiávamos mais

nas pessoas e as crianças estão conhecendo as maldades cada vez mais cedo.

São esses argumentos que serão defendidos no desenvolvimento, um em cada parágrafo. Fácil, não?

Vejamos outra introdução:

Parece que agora o governo brasileiro quer ensinar aos governantes estrangeiros como sair da penúria. Do

jeito que falam, dão a entender que o Brasil é um exemplo de administração pública e prosperidade, ao

contrário dos outros países. Mas basta viajar para a Europa, por exemplo, para se ter uma opinião bem

diferente da dos nossos dirigentes.

Nessa introdução, o autor começa com uma frase inicial bem irônica e ela já contém o tema: o governo

brasileiro quer ensinar aos estrangeiros a como sair de uma crise econômica. Depois, ele apresenta um

argumento para explicar o que disse anteriormente e na última frase, ele demonstra que não concorda com a

atitude dos governantes brasileiros e assim já nos mostra qual é o objetivo do texto.

tema: o governo brasileiro

delimitação do tema (tópico frasal): o governo brasileiro quer ensinar aos estrangeiros a como sair de uma

crise.

objetivo: mostrar que a realidade não é outra

Vamos a outro exemplo:

Desde que comecei a votar, sempre depositei minha confiança no Partido dos Trabalhadores. Demorou, mais

Lula chegou lá. Foram oito anos de governo, continuados agora com Dilma, em quem também votei.

Reconheço que houve muitos erros, muitos escândalos, mas nada muito diferente da época em que o PSDB

estava no poder. O país avançou economicamente, mas a miséria continua. Agora me pergunto: vale a pena

continuar acreditando no PT?

Dessa vez, o autor foi esperto. Começou falando sobre os seus primeiros votos, analisando os candidatos que

escolheu. Depois fez uma pergunta que instiga o leitor a continuar lendo. O desenvolvimento dessa introdução

só tem um caminho: responder a essa pergunta. Acho essa uma das melhores formas de se introduzir um

texto.

O parágrafo-chave: 18 formas para você começar um texto

Ao escrever seu primeiro parágrafo, você pode fazê-lo de forma criativa. Ele deve atrair a atenção do leitor.

Por isso, evite os lugares-comuns como: atualmente, hoje em dia, desde épocas remotas, o mundo de hoje, a

cada dia que passa, no mundo em que vivemos, na atualidade.

Listamos aqui dezoito formas de começar um texto. Elas vão das mais simples as mais complexas.

1. Uma declaração (tema: liberação da maconha)

É um grave erro a liberação da maconha. Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado

perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogaspsicotrópicas e nossas instituições de

recuperação de viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda.

A declaração é a forma mais comum de começar um texto. Procure fazer uma declaração forte, capaz de

surpreender o leitor.

2. Divisão (tema: exclusão social)

Predominam ainda no Brasil duas convicções errôneas sobre o problema da exclusão social: a de que ela

deve ser enfrentada apenas pelo poder público e a de que sua superação envolve muitos recursos e esforços

extraordinários. Experiências relatadas nesta Folha mostram que o combate à marginalidade social em Nova

Yorkv em contando com intensivos esforços do poder público e ampla participação da iniciativa privada.

Ao dizer que há duas convicções errôneas, fica logo clara a direção que o parágrafo vai tomar. O autor terá de

explicitá-lo na frase seguinte.

3.Definição (tema: o mito)

O mito, entre os povos primitivos, é uma forma de se situar no mundo, isto é, de encontrar o seu lugar entre os

demais seres da natureza. É um modo ingênuo, fantasioso, anterior a toda reflexão e não-crítico de

estabelecer algumas verdades que não só explicam parte dos fenômenos naturais ou mesmo a construção

cultural, mas que dão, também, as formas da ação humana.

A definição é uma forma simples e muito usada em parágrafos-chave, sobretudo em textos dissertativos. Pode

ocupar só a primeira frase ou todo o primeiro parágrafo.

4. Uma pergunta (tema: a saúde no Brasil)

Será que é com novos impostos que a saúde melhorará no Brasil? Os contribuintes já estão cansados de tirar

dinheiro do bolso para tapar um buraco que parece não ter fim. A cada ano, somos lesados por novos

impostos para alimentar um sistema que só parece piorar.

A pergunta não é respondida de imediato. Ela serve para despertar a atenção do leitor para o tema e será

respondida ao longo da argumentação.

5. Comparação (tema: reforma agrária)

O tema da reforma agrária está presente há bastante tempo nas discussões sobre os problemas mais graves

que afetam o Brasil. Numa comparação entre o movimento pela abolição da escravidão no Brasil, no final do

século passado e, atualmente, o movimento pela reforma agrária, podemos perceber algumas semelhanças.

Como na época da abolição da escravidão existiam elementos favoráveis e contrários a ela, também hoje há

os que são afavor e os que são contra a implantação da reforma agrária.

Para introduzir o tema da reforma agrária, o autor comparou a sociedade de hoje com a do final do século XIX,

mostrando a semelhança de comportamento entre elas.

6. Oposição (tema: a educação no Brasil)

De um lado, professores mal pagos, desestimulados, esquecidos pelo governo. De outro, gastos excessivos

com computadores, antenas parabólicas, aparelhos de videocassete. É este o paradoxo que vive hoje a

educação no Brasil.

As duas primeiras frases criam uma oposição (de um lado / de outro) que estabelecerá o rumo da

argumentação. Também se pode criar uma oposição dentro da frase, como neste exemplo:

Vários motivos me levaram a este livro. Dois se destacam pelo grau de envolvimento: raiva e esperança.

Explico-me: raiva por ver o quanto a cultura ainda é vista como artigo supérfluo em nossa terra; esperança por

observar quantos movimentos culturais têm acontecido em nossa história, e quase sempre como forma de

resistência e/ou transformações.(...)

O autor estabelece a oposição e logo depois explica os termos que a compõem.

7. Alusão histórica (tema: globalização)

Após a queda do muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos lesteoeste e o mundo parece ter aberto de

vez as portas para a globalização. As fronteiras foram derrubadas e a economia entrou em rota acelerada

de competição.

O conhecimento dos principais fatos históricos ajuda a iniciar um texto. O leitor é situado no tempo e pode ter

uma melhor dimensão do problema.

8. Uma frase nominal seguida de explicação (tema: a educação no Brasil)

Uma tragédia. Essa é a conclusão da própria Secretaria de Avaliação e Informação Educacional do Ministério

da Educação e Cultura sobre o desempenho dos alunos do 3º ano do 2º grau submetidos ao Saeb (Sistema

de Avaliação da Educação Básica), que ainda avaliou estudantes em todas as regiões do território nacional.

A palavra tragédia é explicada logo depois, retomada por essa é a conclusão.

9. Adjetivação (tema: a educação no Brasil)

Equivocada e pouco racional. Esta é a verdadeira adjetivação para a política educacional do governo.

A adjetivação inicial será a base para desenvolver o tema. O autor dirá, nos parágrafos seguintes, por que

acha a política educacional do governo equivocada e pouco racional.

10. Citação (tema: política demográfica)

"As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não chorarem mais, trazerem a criança,

jogarem num bolo de mortos, virarem as costas e irem embora". O comentário do fotógrafo Sebastião

Salgado, falando sobre o que viu em Ruanda, é um acicate no estado de letargia ética que domina algumas

nações do Primeiro Mundo.

A citação inicial facilita a continuidade do texto, pois ela é retomada pela palavra comentárioda segunda frase.

11. Citação de forma indireta (tema: consumismo)

Para Marx a religião é o ópio do povo Raymond Aron deu o troco: o marxismo é o ópio dos intelectuais. Mas

nos Estados Unidos o ópio do povo é mesmo ir às compras. Como as modas americanas são contagiosas, é

bom ver de que se trata.

Esse recurso deve ser usado quando não sabemos textualmente a citação. É melhor citar de forma indireta

que de forma errada

12. Exposição de ponto de vista (tema: o provão)

O ministro da Educação se esforça para convencer de que o provão é fundamental para a melhoria da

qualidade do ensino superior. Para isso, vem ocupando generosos espaços na mídia e fazendo milionária

campanha publicitária, ensinando como gastar mal o dinheiro que deveria ser investido na educação

Ao começar o texto com a opinião contrária, delineia-se, de imediato, qual a posição dos autores. Seu objetivo

será refutar os argumentos do opositor, numa espécie de contra-argumentação.

13. Retomada de um provérbio (tema: mídia e tecnologia)

O corriqueiro adágio de que o pior cego é o que não quer ver se aplica com perfeição na análise sobre o atual

estágio da mídia: desconhecer ou tentar ignorar os incríveis avanços tecnológicos de nossos dias, e supor que

eles não terão reflexos profundos no futuro dos jornais é simplesmente impossível.

Sempre que você usar esse recurso, não escreva o provérbio simplesmente. Faça um comentário sobre ele

para quebrar a ideia de lugar-comum que todos eles trazem. No exemplo acima, o autor diz "o corriqueiro

adágio" e assim demonstra que está consciente de que está partindo de algo por demais conhecido.

14. Ilustração (tema: aborto)

O Jornal do Comércio, de Manaus, publicou um anúncio em que uma jovem de dezoito anos, já mãe de duas

filhas, dizia estar grávida mas não queria a criança. Ela a entregaria a quem se dispusesse a pagar sua

ligação de trompas. Preferia dar o filho a ter que fazer um aborto.

O tema é tabu no Brasil.(...)

Você pode começar narrando uma fato para ilustrar o tema. Veja que a coesão do parágrafo seguinte se faz

de forma fácil; a palavra tema retoma a questão que vai ser discutida.

15. Uma sequência de frases nominais (frases sem verbo) (tema: a impunidade no Brasil)

Desabamento de shopping em Osasco. Morte de velhinhos numa clínica do Rio. Meia centena de mortes

numa clínica de hemodiálise em Caruaru. Chacina de sem-terra em Eldorado dos Carajás.

Muitos meses já se passaram e esses fatos continuam impunes.

O que se deve observar nesse tipo de introdução são os paralelismos que dão equilíbrio às diversas frases

nominais. A estrutura de cada frase deve ser semelhante.

16. Alusão a um romance, um conto, um poema, um filme (tema: a intolerância)

Quem assistiu ao filme A rainha Margot, com a deslumbrante Isabelle Adjani, ainda deve ter os fatos vivos na

memória. Na madrugada de 24 de agosto de 1572, as tropas do rei de França, sob ordens de Catarina

de Médicis, a rainha-mãe e verdadeira governante, desencadearam uma das mais tenebrosas carnificinas da

História.(...)

Desse horror a História do Brasil está praticamente livre(...)

O resumo do filme A rainha Margot serve de introdução para desenvolver o tema da intolerância religiosa. A

coesão com o segundo parágrafo dá-se através da palavra horror, que sintetiza o enredo do filme contado no

parágrafo inicial.

17. Descrição de um fato de forma cinematográfica (tema: violência urbana)

Madrugada de 11 de agosto. Moema, bairro paulistano de classe média. Choperia Bodega - um bar da moda,

frequentado por jovens bem-nascidos.

Um assalto. Cinco ladrões. Todos truculentos. Duas pessoas mortas: Adriana Ciola, 23, e José Renato Tahan,

25. Ela, estudante. Ele, dentista.

O parágrafo é desenvolvido por flashes, o que dá agilidade ao texto e prende a atenção do leitor. Depois

desses dois parágrafos, o autor fala da origem do movimento "Reage São Paulo".

18. Omissão de dados identificadores (tema: ética)

Mas o que significa, afinal, esta palavra, que virou bandeira da juventude? Com certeza não é algo que se

refira somente à política ou às grandes decisões do Brasil e do mundo. Segundo Tarcísio Padilha, ética é

um estudo filosófico da ação e da conduta humanas cujos valores provêm da própria natureza do homem e se

adaptam às mudanças da história e dasociedade.

Caríssimos, dependendo do tema que será abordado, há algumas sugestões bem interessantes que podem

ser aproveitadas. Há que se verificar a natureza do concurso, as características da instituição promotora, para

produzir o seu texto.

As duas primeiras frases criam no leitor certa expectativa em relação ao tema que se mantém em suspenso

até a terceira frase. Pode-se também construir todo o primeiro parágrafo omitindo o tema, esclarecendo-o

apenas no parágrafo seguinte.

Como construir um texto dissertativo Procedimentos Básicos

01. Interpretação do tema

Devemos interpretar cuidadosamente o tema proposto, pois a fuga total a este implica zerar a prova de

redação;

02. Levantamento de ideias

A melhor maneira de levantar ideias sobre o tema é a auto-indagação;

03. Construção do rascunho

Construa o rascunho sem se preocupar com a forma. Priorize, nesta etapa, o conteúdo;

04. Pequeno intervalo

Suspenda a atividade redacional por alguns instantes e ocupe-se com outras provas, para que possa desviar

um pouco a atenção do texto; evitando, assim, que determinados erros passem despercebidos;

05. Revisão e acabamento

Faça uma cuidadosa revisão do rascunho e as devidas correções;

06. Versão definitiva

Agora passe a limpo para a versão definitiva, com calma e muito cuidado!

07. Elaboração do título

O título deve ser urna frase curta condizente com a essência do tema.

Orientação para Elaborar uma Dissertação

Seu texto deve apresentar tese, desenvolvimento (exposição/argumentação) e conclusão.

Não se inclua na redação, não cite fatos de sua vida particular, nem utilize o ainda na 1ª pessoa do

plural.

Seu texto pode ser expositivo ou argumentativo (ou ainda expositivo e argumentativo). As ideias-

núcleo devem ser bem desenvolvidas, bem fundamentadas.

Redija na 1ª pessoa do singular ou do plural, ou fundamentadas. Evite que seu texto expositivo ou

argumentativo seja urna sequência de afirmações vagas, sem justificativa, evidências ou

exemplificação..

Atente para as expressões vagas ou significado amplo e sua adequada contextualização. Ex.:

conceitos como ―certo‖, ―errado‖, ―democracia‖, ―justiça‖, ―liberdade‖, ―felicidade‖ etc.

Evite expressões como ―belo‖, ―bom‖, ―mau‖, ―incrível‖, ―péssimo‖, ―triste‖,―pobre‖, ―rico‖ etc.; são

juízos de valor sem carga informativa, imprecisos e

subjetivos.

Fuja do lugar-comum, frases feitas e expressões cristalizadas: ―a pureza das crianças‖, ―a sabedoria

dos velhos‖. A palavra ―coisa‖, gírias e vícios da linguagem oral devem ser evitados, bem como o uso

de ―etc.‖ e as abreviações.

Não se usam entre aspas palavras estrangeiras com correspondência na língua portuguesa: hippie,

status, dark, punk, laser, chips etc.

Não construa frases embromatórias. Verifique se as palavras empregadas são fundamentais e

informativas.

Observe se não há repetição de ideias, falta de clareza, construções sem nexo (conjunções mal

empregadas), falta de concatenação de ideias nas frases e nos parágrafos entre si, divagação ou

fuga ao tema proposto.

Caso você tenha feito uma pergunta na tese ou no corpo do texto, verifique se a argumentação

responde à pergunta. Se você eventualmente encerrar o texto com uma interrogação, esta pode

estar corretamente empregada desde que a argumentação responda à questão. Se o texto for vago,

a interrogação será retórica e vazia.

Verifique se os argumentos são convincentes: fatos notórios ou históricos, conhecimentos

geográficos, cifras aproximadas, pesquisas e informações adquiridas através de leituras e fontes

culturais diversas.

Se considerarmos que a redação apresenta entre 20 e 30 linhas, cada parágrafo pode ser

desenvolvido entre 3 e 6 linhas. Você deve ser flexível nesse número, em razão do tamanho da letra

ou da continuidade de raciocínio elaborado. Observe no seu texto os parágrafos prolixos ou muito

curtos, bem corno os períodos muito fragmentados, que resultam numa construção primária.

Seguem alguns modelos

TEMA: ―DENÚNCIAS, ESCÂNDALOS, CASOS ILÍCITOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, CORRUPÇÃO E

IMPUNIDADE... ISSO É O QUE OCORRE NO BRASIL HOJE.‖

Uma nova ordem

Nunca foi tão importante no País uma cruzada pela moralidade. As denúncias que se sucedem, os escândalos

que se multiplicam, os casos ilícitos que ocorrem em diversos níveis da administração pública exibem, de

forma veemente, a profunda crise moral por que passa o País.

O povo se afasta cada vez mais dos políticos, como se estes fossem símbolos de todos os males. As

instituições normativas, que fundamentam o sistema democrático, caem em descrédito. Os governantes,

eleitos pela expressão do voto, também engrossam a caldeira da descrença e, frágeis, acabam

comprometendo seus programas de gestão.

Para complicar, ainda estamos no meio de uma recessão que tem jogado milhares de trabalhadores na rua,

ampliando os bolsões de insatisfação e amargura.

Não é de estranhar que parcelas imensas do eleitorado, em protesto contra o que vêem e sentem, procurem

manifestar sua posição com o voto nulo, a abstenção ou o voto em branco. Convenhamos, nenhuma

democracia floresce dessa maneira.

A atitude de inércia e apatia dos homens que têm responsabilidade pública os condenará ao castigo da

história. É possível fazer-se algo, de imediato, que possa acender uma pequena chama de esperança.

O Brasil dos grandes valores, das grandes ideias, da fé e da crença, da esperança e do futuro necessita,

urgentemente da ação solidária, tanto das autoridades quanto do cidadão comum, para instaurar uma nova

ordem na ética e na moral.

Carlos Apolinário, adaptado

Comentário:

O primeiro parágrafo constitui a introdução do texto (tese).

Os parágrafos segundo, terceiro e quarto constituem o desenvolvimento (argumentação — exemplificação

com análise e crítica).

O último parágrafo é a conclusão (perspectiva de solução).

TEMA:

Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena

(Fernando Pessoa)

Sonhar é preciso

―Nós somos do tamanho dos nossos sonhos. Há, em cada ser humano, um sebastianista louco, vislumbrando

o Quinto Império; um navegador ancorado no cais, a idealizar ‗mares nunca dantes navegados‘; e um obscuro

D. Quixote de alma grande que, mesmo amesquinhado pelo atrito da hora áspera do presente, investe contra

seus inimigos intemporais: o derrotismo, a indiferença e o tédio.

Sufocado pelo peso de todos os determinismos e pela dura rotina do pão-nosso-de-cada-dia, há em cada

homem um sentido épico da existência, que se recusa a morrer, mesmo banalizado, manipulado pelos

veículos de massa e domesticado pela vida moderna.

É preciso agora resgatar esse idealista que ocultamente somos, mesmo que D. Sebastião não volte, ainda que

nossos barcos não cheguem a parte alguma, apesar de não existirem sequer moinhos de vento.

Senão teremos matado definitivamente o santo e o louco que são o melhor de nós mesmos; senão teremos

abdicado dos sonhos da infância e do fogo da juventude; senão teremos demitido nossas esperanças.

O homem livre num universo sem fronteiras. O nordeste brasileiro verde e pequenos nordestinos, ri sonhos e

saudáveis, soletrando o abecedário. Um passeio a pé pela cidade calma. Pequenos judeus, árabes e cristãos,

brincando de roda em Beirute ou na Palestina.

E os vestibulandos, todos, de um país chamado Brasil, convocados a darem o melhor de si no curso superior

que escolheram.

Utopias? Talvez sonhos irrealizáveis de algum poeta menor, mas convicto de que nada vale a pena, se a alma

é mesquinha e pequena.‖

Comentário:

A introdução encontra-se no 1° parágrafo, que faz uma espécie de síntese do texto, funcionando como uma

espécie de índice das ideias e elementos que aparecerão no desenvolvimento (sebastianista, o navegador, o

D. Quixote).

O desenvolvimento está nos cinco parágrafos seguintes, que retomam e explicam cada uma das ideias e

elementos apresentados no inicio.

A conclusão realiza-se no último parágrafo, reafirmando a tese de que somos do tamanho de nossos sonhos e

de nossas lutas por nossos ideais, sem os quais a alma seria mesquinha e pequena (e a vida não valeria a

pena).

TEMA: ―À busca do Brasil de nossos sonhos, travar-se-á uma longa jornada.‖

Em busca do Brasil de nossos sonhos

Utopia, talvez seja este o termo que resuma os anseios de um povo que, há mais de quatro séculos, alimenta

esperanças de ver seu país constituir-se em um Estado forte e humanitário.

Transformações drásticas e rápidas não correspondem ao caminho a se seguir que será árduo e penoso,

entretanto os júbilos alcançados serão tão doces e temos que terão valido cada gota de sangue e suor

derramado.

Muitos são os problemas (corrupção, injustiça, desigualdades...) e suas soluções existem, só não fazem parte

do plano político-econômico e social a ser seguido, pois este não há. Generalizar chega a ser infantil e

prematuro, mas atualmente não se tem tido conhecimento sobre uma reforma concreta e séria que vise à

melhoria de vida da população e que não esteja ―engavetada‖, ainda em ―processo de viabilização‖, tal como

as reformas agrária e tributária, por exemplo. A justiça no Brasil, além de paradoxal, vem a ser ilusória.

Diversidade de solos, climas, costumes, gente, vários povos misturados em um só, tantos méritos e nenhuma

vitória que não tenha sido mais do que temporária. O amor à pátria a cada dia fica mais frágil quando deveria

se fortalecer, então o que fazer?

Lutar, não travando guerras ou impondo violência. Reivindicar direitos e estipular deveres requer sabedoria, a

liberdade de expressão foi conquistada com muito esforço e perseverança por brasileiros que queriam gritar e

não se calar diante da destruição lenta e contínua de seu país.

Valorizas o nosso e melhorar o Brasil depende não da vontade de cada um, isoladamente, mas sim do desejo

de todos, afinal são mais de cento e trinta milhões de pessoas com interesses diversos ocupando um mesmo

país, e muitas querem vê-lo progredir, no entanto como isso será possível? Optando por um nacionalismo

extremado? Talvez. Para haver mudanças é preciso que se queira mudar, um Estado politicamente

organizado, quem sabe, este Estado: o Brasil.

Tatiana R. Batista

Como melhorar o Brasil

―E nas terras copiosas, que lhes denegavam as promessas visionadas, goravam seus sonhos de redenção‖.

Com estas palavras José Américo de Almeida, em seu livro ―A Bagaceira‖, conseguiu caracterizar um Brasil

que, há quinhentos anos, mantém-se o mesmo: injusto e desigual.

Fome e miséria em meio à fartura e pujança, descontentamento e inércia presentes em um mesmo povo.

Tantas contradições advêm de um processo histórico embasado em inserir o Brasil no contexto sócio-

econômico mundial como um Estado dependente economicamente, subdesenvolvido tecnologicamente, sendo

por isso frágil perante a soberania de um sem-número de países que desde sempre deteve o controle

supremo de o quê, e como tudo deve ser direcionado.

De colônia à república, sendo monarquia ou não, a aristocracia se mantém presente, forte e imponente,

segura habilidosamente ―as rédeas‖ deste ―carro desgovernado‖ chamado, anteriormente, de Terra brasilis. É

estranho pensar que um vasto território, em que se afirma vigorar o ―governo de todos e para todos‖ pertença

na realidade a um restrito grupo que não deseja alterações de qualquer tipo, por considerar a atual situação do

Brasil ideal. O ideal seria desconsiderar tais argumentos, sendo estes inválidos e inadmissíveis, uma vez que

altos níveis de desemprego, corrupção, carência nos diversos setores públicos..., não correspondem ao que

se espera para haver uma elevação no padrão de desenvolvimento de um país.

A globalização, tão comentada em todo o mundo, só ratifica ainda mais um processo que, aos olhos de todos,

parece inevitável: a colonização do mundo, a preponderância de uns poucos Estados politicamente

organizados sobre o resto do planeta. O Brasil virando colônia, principalmente, dos Estados Unidos da

América. A submissão completa.

Deste ponto de vista (que pode ser o único), a situação se apresenta de forma grave. Alarmante, porém é a

falta de soluções.

Pior, talvez seja a falta de interesse em mudanças. Já foram privatizadas a (Companhia Vale do Rio Doce, a

Siderúrgica Nacional, logo em breve a Petrobrás e o Banco do Brasil, símbolos da soberania nacional.

Vivemos em um mesmo espaço o qual cada vez mais deixa de nos pertencer, estamos enfraquecidos, o

nacionalismo se enfraquece se a nação única deixa de existir. Não se pode afirmar que uma atitude

revolucionária seja o melhor caminho ou o caminho certo, no entanto a passividade neurastênica da

população jamais resolverá nada. O exercício da cidadania é necessária para implantar a verdadeira

cidadania. Consciência política e senso de justiça o pior obstáculo a ser contornado é a alienação,

consequência da ignorância que cerca a maior parte da população, sem acesso à cultura.

O primeiro passo já foi dado: conhecer os problemas e, mesmo que superficialmente, pensar a respeito.

Ufanismo, utopia, sonho, perseverança e luta. A coragem precisa de esperança, o homem precisa de ambas

para sobreviver e lutar. Se o povo brasileiro é naturalmente corajoso, lutemos agora para seguir em frente e

firmar este país como soberano e forte que é.

Tatiana R. Batista

A corrupção no Brasil

Durante todo o processo de formação cultural do povo brasileiro, o trabalho nunca foi considerado uma

atividade digna, a riqueza, mesmo ilícita era a grande nobreza e a comprovação da superioridade.

No período colonial, o trabalho para o português recém-chegado toma-se um ato ignóbil, explorar o bugre e o

negro é a maneira de se viver numa terra nova, onde a ―esperteza‖ de sempre tirar lucros e ganhar, mesmo

através da trapaça, é considerada uma virtude.

No império e na república oligárquica, a história se repete e sempre está a favor de uma aristocracia, que

desrespeita a condição humana, com suas atitudes nepóticas e de extrema fraternalidade entre os iguais

mineiros e paulistas.

Nos períodos seguintes, a rede de corruptos se mostra e toma contorno urbanos, onde a população adquire

maior intelectualidade e passa a exigir um maior respeito e que pelo menos se disfarcem os roubos contra

nossa população de miseráveis e condicionados.

Já cansada pelos quinhentos anos de ―falcatruas‖ justificadas e pela explosão de novas ―bombas‖, a cada dia

a população apercebe-se. em fim, do maquiavelismo político e rejeita as soluções prontas e maternais da

pátria mãe gentil.

Esperamos que, nos próximos anos, a política brasileira tome-se mais séria, rejeite o dito maquiavélico e trate

o trabalho como um meio de ascensão e de dignificação do homem e não como um ato oprobriante.

Tiago Barbosa

Como Escrever Bem uma Redação A. Introdução (início, começo)

Podemos começar uma redação fazendo uma afirmação, uma declaração, uma descrição, uma pergunta, e de

muitas outras maneiras. O que se deve guardar é que uma introdução serve para lançar o assunto, delimitar o

assunto, chamar a atenção do leitor para o assunto que vamos desenvolver.

Uma introdução não deve ser muito longa para não desmotivar o leitor. Se a redação dever ter trinta linhas,

aconselha-se a que o aluno use de quatro a seis para a parte introdutória.

Defeitos a evitar

I. Iniciar uma ideia geral, mas que não se relaciona com a segunda parte da redação.

II. Iniciar com digressões (o início dever ser curto).

III. Iniciar com as mesmas palavras do título.

IV. Iniciar aproveitando o título, com se este fosse um elemento d primeira frase.

V. Iniciar com chavões

Exemplos:

- Desde os primórdios da Antiguidade...

- Não é fácil a respeito de...

- Bem, eu acho que...

- Um dos problemas mais discutidos na atualidade...

B. Desenvolvimento (meio, corpo)

A parte substancial e decisória de uma redação é o seu desenvolvimento. É nela que o aluno tem a

oportunidade de colocar um conteúdo razoável, lógico. Se o desenvolvimento da redação é sua parte mais

importante, deverá ocupar o maior número de linhas. Supondo-se uma redação de trinta linhas, a redação

deverá destinar de catorze (14) a dezoito (18) linhas para o corpo ou desenvolvimento da mesma.

Defeitos a evitar

I. Pormenores, divagações, repetições, exemplos excessivos de tal sorte a não sobrar espaço para a

conclusão.

C. Conclusão (fecho, final)

Assim como a introdução, o fim deverá ocupar uma pequena parte do texto. Se a redação está planejada para

trinta linhas, a parte da conclusão deve ter quatro a seis linhas.

Na conclusão, nossas ideias propõem uma solução. O ponto de vista do escritor, apesar de ter aparecido nas

outras partes, adquire maior destaque na conclusão.

Se alguém introduz um assunto, desenvolve-o brilhantemente, mas não coloca uma conclusão: o leitor sentir-

se-á perdido, estupefato.

Defeitos

I. Não finalizar (é o principal defeito)

II. Avisar que vai concluir, utilizando expressões como "Em resumo" ou "Concluindo"