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Regime Júridico dos Empreendimentos Turísticos Escola Secundária D. Pedro V Ano Lectivo: 2010/2011 Disciplina: T.I.A.T. 12º8 Trabalho realizado por: Ana Catarina Rocha, nº1 Maria Miranda, nº12

Regime júridico dos empreendimentos turísticos

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  • 1. Escola Secundria D. Pedro V Ano Lectivo: 2010/2011 Disciplina: T.I.A.T.128 Trabalho realizado por:- Ana Catarina Rocha, n1- Maria Miranda, n12

2. ndice O que define um Empreendimento Turstico; Tipologias dos Empreendimentos Tursticos; Estabelecimentos de Alojamento Local; O que fazer antes de iniciar o processo de instalao; Como decorre o processo de instalao: Com interveno do Turismo de Portugal, I.P. Sem interveno do Turismo de Portugal, I.P. Processo de Classificao; Empreendimentos Tursticos:Normas de funcionamento, Decreto de Lei N 39/2008Equipamentos de uso comumInstalaes para a prtica de actividade fsica com carcter recreativo e de bem-estar Estatuto dos Profissionais da Direco Hoteleira: Competncias Habilitaes Direitos e deveres Requisitos dos Estabelecimentos Hoteleiros, Aldeamentos Tursticos e Apartamentos Tursticos 3. O que define um empreendimento tursticoEmpreendimentos tursticos so estabelecimentos que se destinam a prestarservios de alojamento, mediante remunerao, dispondo para o seufuncionamento de um adequado conjunto de estruturas, equipamentos eservios complementares. 4. So empreendimentos tursticos os estabelecimentos quando: Se destinam a prestar servios de alojamento; Dispem um adequado conjunto de estruturas, equipamentos eservios complementares.S no considerado um empreendimento turstico quando: As instalaes ou estabelecimento so explorados sem intuito lucrativoou para fins de solidariedade social; As instalaes ou os estabelecimentos que, mesmo que proporcionemalojamento temporrio com fins lucrativos, seja do tipo alojamentolocal. 5. Tipologias dos Empreendimentos TursticosEstabelecimentos Hoteleiros: - Hotis (1* a 5*)Aldeamentos - Hotis - Apartamento (1* a 5*) Tussticos Empreendimentos- Pousadas de Turismo de(3* a 5*)HabitaoParques deApartamentos Empreendimentos Campismo eTursticos Caravanismo(3* a 5*) TursticosConjuntos Empreendimentos deEmpreendimentosTursticosTurismo Rural: de Turismo de(Resorts)Natureza - Casas de Campo- Agro-Turismo- Hotis Rurais (3* a 5*) 6. Estabelecimentos hoteleiros : So estabelecimentos hoteleiros os empreendimentos tursticos destinados a proporcionar, mediante remunerao, servios de alojamento e outros servios acessrios ou de apoio, com ou sem fornecimento de refeies, e vocacionados a uma locao diria. Existem trs grupos de estabelecimentos hoteleiros com as seguintes categorias: Hotis Hotis- Apartamento Pousadas Devem dispor, no mnimo, 10 unidades de alojamento. Podem ocupar uma parte independente de um ou mais edifcios, constitudos por pisos, num mesmo edifcio podem ser instalados estabelecimentos hoteleiros de diferentes categorias. 7. Aldeamentos Tursticos:So aldeamentos tursticos osempreendimentos tursticosconstitudos por um conjuntode instalaes funcionalmenteinterdependentes, situadas em espaos com continuidade territorial,ainda que atravessados por estradas e caminhos municipais, linhasferrovirias secundrias, linhas de gua e faixas de terreno com afuno de proteco e conservao de recursos naturais, destinados aproporcionar alojamento e servios complementares de apoio aturistas.No podem exceder trs pisos, incluindo o rs-do-cho;Devem dispor de: No mnimo, 10 unidades de alojamento; Vias de comunicao internas quepermitam o trnsito de veculos deemergncia; Equipamentos de desporto e lazer.Fig 1. Vila Bicuda 4*, Cascais 8. Apartamentos Tursticos So apartamentos tursticos osempreendimentos tursticos constitudos por um conjunto coerente de unidades de alojamento, mobiladas e equipadas, que se destinem a proporcionar alojamento e outros servios complementares e de apoio a turistas. Podem ocupar parte de um edifcio, constitudo por pisos completos e contnuos, que devem dispor, no mnimo, 10 unidades de alojamento. Fig. 2 - Clube Praia da Oura 4*, Albufeira 9. Conjuntos Tursticos(Resorts) So conjuntos tursticos (Resorts) os empreendimentos constitudos por ncleos de instalaes funcionalmente interdependentes, situados em espaos com continuidade territorial, ainda que atravessados por estradas e caminhos municipais, linhas ferrovirias secundrias, linhas de gua e faixas de terreno, destinados a proporcionar alojamento e servios complementares de apoio a turistas, sujeitos a uma administrao comum de servios partilhados e de equipamentos de utilizao comum, que integrem pelo menosdois empreendimentos tursticos, sendo obrigatoriamente um deles um estabelecimento hoteleiro de Fig. 3 Vila Sol Spa & Golf Resort 5*, cinco ou quatro estrelas,um Vilamoura equipamento de animao autnomo e um estabelecimento de restaurao. 10. Equipamentos de animao autnomo: Campos de golfe; Marinas, portos e docas de recreio; Spa, balneoterapia, talassoterapia; Centros de convenes e de congressos; Hipdromos; Casino; Autdromos e kartdromos; Parques temticos; Centros e escolas de mergulho.Infra-estruturas e equipamentos: Vias de circulao internas que permitam otrnsito de veculos de emergncia; reas de estacionamento de uso comum; Espaos e reas verdes exteriores envolventes parauso comum; Portaria; Piscina de utilizao comum; Equipamentos de desporto e lazer. 11. Empreendimentos de Turismo de Habitao: So empreendimentos de turismo de habitao os estabelecimentos de natureza familiar instalados em imveis antigos particulares que, pelo seu valor arquitectnico, histrico ou artstico, sejam representativos de uma determinada poca, nomeadamente palcios e solares, podendo localizar-se em espaos rurais ou urbanos. Fig. 4 Quinta dos Amarelos, Sesimbra 12. Empreendimentos de Turismo no Espao Rural So empreendimentos de turismo no espao rural os estabelecimentos que se destinam a prestar, em espaos rurais, servios de alojamento a turistas, dispondo para o seu funcionamento de um adequado conjunto de instalaes, estruturas, equipamentos e servios complementares, tendo em vista a oferta de um produto turstico completo e diversificado no espao rural. Os empreendimentos de turismo no espao rural podem ser classificados nos seguintes grupos: Casas de campo Agro -turismo Hotis rurais 13. Parques de Campismo e de Caravanismo: So parques de campismo e de caravanismo os empreendimentos instalados em terrenosdevidamente delimitados e dotados de estruturas destinadas a permitir a instalao de tendas, reboques, caravanas ou autocaravanas e de mais material e equipamento necessrios prtica do campismo e do caravanismo, podendo ser pblicos ou privativos, consoante se destinem ao pblico em geral ou apenas aos associados ou beneficirios das respectivas entidades proprietrias ou exploradoras. Fig. 5 Parque de Campismo, Quarteira 14. Empreendimentos de Turismo Natureza So empreendimentos de turismo de natureza os estabelecimentos que se destinem a prestar servios de alojamento a turistas, em reas classificadas ou noutras reas com valores naturais, dispondo para o seu funcionamento de um adequado conjunto de instalaes, estruturas, equipamentos e servios complementares relacionados com a animao ambiental, a visitao de reas naturais, o desporto de natureza e a interpretao ambiental.Fig. 6 Casa das PenhasDouradas, Design Hotel & Spa,Serra da Estrela 15. Estabelecimentos de Alojamento LocalSo Estabelecimentos de Alojamento Local moradias,apartamentos e estabelecimentos de hospedagem que, apesar deterem autorizao para servio de alojamento temporrio, mas norenem os requisitos para serem empreendimentos tursticos edevem respeitar os servios mnimos de segurana e higiene.Apenas os estabelecimentos de alojamento local registados nascmaras municipais da respectiva rea podem ser comercializadospara fins tursticos quer pelos seus proprietrios, quer por agnciasde viagens e turismo. 16. O que fazer antes de iniciar o processo de instalaoAspectos fundamentais a salvaguardar na fase inicial doprocesso de instalao de um empreendimento turstico: Conhecer a legislao que rege a actividade e os procedimentosadministrativos; Proceder ao enquadramento correcto em termos de tipologia erequisitos aplicveis; Consultar os instrumentos de gesto territorial aplicveis para quepossa desde incio definir e limitar o projecto; Conhecer a estrutura de capitais e instrumentos de financiamentoadequados ao projecto. 17. Como decorre o processo de instalaoCom interveno doSem interveno doTurismo de Portugal, I.P. Turismo de Portugal, I.P. Estabelecimentos HoteleirosEmpreendimentos de Turismo de(Hotis, Hotis- Apartamentos, HabitaoPousadas) Aldeamentos Tursticos Casas de Campo e Agro- Turismo Apartamentos Tursticos Parques de Campismo e Caravanismo Conjuntos Tursticos(Resorts)Hotis Rurais 18. Com Interveno do Turismo de Portugal, I.P: Estabelecimentos Hoteleiros(Hotis, Hotis- Apartamentos, Pousadas) Aldeamentos Tursticos Apartamentos Tursticos Conjuntos Tursticos(Resorts) Hotis RuraisPara a abertura do empreendimento necessrio qualquer dosdocumentos: Apresentar o processo na C.M, que procede ao pedido de parecer a todasas entidades envolvidas, incluindo o Turismo de Portugal, I.P. Apresentar o pedido e recolher os pareceres directamente nasentidades envolvidas, remetendo posteriormente o processo C.M. 19. Sem Interveno do Turismo de Portugal, I.P:No caso dos parques de campismo e de caravanismo dosempreendimentos de turismo de habitao e de turismo noespao rural, a cmara municipal, juntamente com a emisso do alvarde licena ou a admisso da comunicao prvia para a realizao deobras de edificao, fixa a capacidade mxima e atribui a classificaode acordo com o projecto apresentado.Para a abertura do empreendimento necessrio qualquer dosdocumentos: Alvar de autorizao de utilizao para fins tursticos doempreendimento; Comprovativo de ter efectuado a comunicao; Requerimento de intimao judicial para a prtica de acto legalmentedevido. 20. Com Interveno do TP Sem Interveno do TP-Parecer do TP: 20 dias1. Pedido de informao prvia - Deliberao da CM: 20/30 dias- Deliberao da CM: 20/30 dias 2. Comunicao prvia de operaes-Parecer do TP: 20 dias - Deliberao da CM: 45 diasurbansticas / projecto de arquitectura - Deliberao da CM: 45 dias3. Licena ou admisso de comunicao- Deliberao da CM: 60 dias para rejeioprvia de operaes urbansticas/ obra -Pedido CM-Pedido CM: 20dias 4. Autorizao de utilizao para fins ( A CM comunica a emisso do alvar ( A CM comunica a emisso do alvartursticosde utilizao para fins tursticos aode utilizao para fins tursticos ao TP)TP) 5. Comunicao de abertura - Comunicao CM com - Comunicao CM com (em caso de ausncia do n4)conhecimento ao TP conhecimento ao TP 6. Classificao- Classificao pelo TP: 2 meses - Classificao pela CM: 2 meses- TP procede incluso do empreendimento no RNET Registo Nacional de 7. Incluso no RNETEmpreendimentos Tursticos 21. Processo de ClassificaoA auditoria de classificao realizada directamente pelo Turismode Portugal ou pela cmara municipal ou por entidade acreditadapara o efeito.Aps a realizao da auditoria , o Turismo de Portugal ou a cmaramunicipal fixa a classificao do empreendimento turstico e atribuia correspondente placa identificativa, a qual afixada no exterior,junto entrada principal do empreendimento.A sua classificao deve ser revista de quatro em quatro anos e deveser formulada pelo rgo seis meses antes do fim do prazo. Taxa:Pela realizao de auditorias de classificao efectuadas peloTurismo de Portugal, devida uma taxa, nos termos a fixar porportaria conjunta dos membros do Governo responsveis pelasreas das finanas e do turismo, destinada a suportar as despesasinerentes, sem prejuzo. 22. Empreendimentos Tursticos:Normas de funcionamentoDecreto de Lei N 39/2008 Devem cumprir certas normas tcnicas de construo aplicveis sedificaes em geral, como a segurana contra incndio, sade,higiene, rudo e eficincia energtica; Deve ter em conta as restries de localizao legalmente definidas,para cautelar a segurana das pessoas e possveis riscos naturais etecnolgicos; Devem possuir uma rede interna de esgotos e respectiva ligao sredes gerais que conduzam as guas residuais a sistemas adequados aoseu escoamento; Devem dispor de instalaes, equipamentos ede uma unidade de alojamento, que permitama utilizao por utentes com mobilidadecondicionada. 23. Deve conter espaos delimitados destinadosao uso exclusivo e privativo do utente, como :quartos, suites, apartamentos ou moradiasdo qual devem ser identificadas no exterior darespectiva porta de entrada bem visvel. As portasdevem possuir um sistema de segurana, apesarde terem que existir janelas ou portas directaspara o exterior; A sua capacidade determinada pelo nmero e tipo de camas (individuais ouduplas) fixas, podem ser instaladas contestavelmente desde que no se excedao nmero das camas fixas. Estas podem ser amovveis; Podem instalar estabelecimentoscomerciais ou de prestao de serviosdesde que no afectem a funo e autilizao das reas de uso comum(Slide 27); 24. Os nomes dos empreendimentos tursticos no podem sugerirtipologia, classificao ou caractersticas que no possuam; A publicidade, documentao comercial e merchandising dosempreendimentos tursticos deve indicar o respectivo nome eclassificao, no podendo sugerir uma classificao ou caractersticasque o empreendimento no possua. Em todos os empreendimentos tursticos deve haverum responsvel, nomeado pela entidadeexploradora, a quem cabe zelar pelofuncionamento e nvel de servio; Podem estabelecer livremente os seus perodosde funcionamento, deve ser devidamentepublicitado e afixado em local visvel ao pblicodo exterior do empreendimento; 25. Devem dispor de livro de reclamaes: A folha original devem serenviada Autoridade deSeguranaAlimentareEconmica(ASAE); A ASAE deve facultar aoTurismo de Portugal acesso sreclamaesdosempreendimentos tursticos,nos termos de protocolo acelebrarentreosdoisorganismos. 26. As obras que se possam realizar que estejam sem licena sodeclaradas ao Turismo de Portugal, mediante o formulrio adisponibilizar na pgina da internet daquela entidade, no prazode 30 dias aps a sua concluso, desde que: Concluda a obra, o interessado requer a concesso da autorizao de utilizao para fins tursticos. 27. Equipamentos de uso comum dosEmpreendimentos Tursticos Espaos destinados ao lazer; Espaos destinados actividade fsica com carcterrecreativo; Espaos de bem-estar.Devem cumprir os requisitos de instalao e defuncionamento aplicveis a cada tipo de equipamento eapresentar adequadas condies de higiene, limpeza,conservao e funcionamento. 28. Instalaes para a prtica de actividadefsica com carcter recreativo e de bem-estarSo instalaes para a prtica de actividade fsica comcarcter recreativo e de bem-estar, do qual no exigidoresponsvel: Piscinas; Ginsios; Salas de musculao ou actividades afins; Campos de jogos; Salas de squash; Ringues de patinagem; Circuitos de passeios; Espao de jogo e recreio infantil(1 responsvel por casa 15 crianas); Balneoterapia(Banheiras de hidromassagem, jacuzzis, piscinas de hidromassagem,saunas, banhos turcos, duche escocs, ). 29. De acordo com as piscinas, asua dimenso deve seradequada respectivacapacidade do aldeamentoturstico. Deve terbalnerios, vestirios,instalaes sanitrias deapoio e, por fim, devem terequipamentos que garantama qualidade da gua.Os ginsios devem terbalnerios, vestirios einstalaes sanitrias deapoio. 30. Estatuto dos Profissionais da DirecoHoteleira Competncias: Assistente de direcoDirector de hotel Subdirector de hotelde hotel Por determinao do Zelar pelo bomdirector ou dofuncionamento e Exerccio das funes subdirector, assumequalidade de prestao que forem delegadas pelo responsabilidade dade servios do director de hotel.organizao eestabelecimento.funcionamento de umdeterminado sector. 31. Habilitaes: Assistente de direcoDirector de hotel Subdirector de hotelde hotela) Possuir o diploma de curso de a) Possuir o diploma de curso de a) Possuir o diploma de curso de gesto hoteleira, reconhecidogesto hoteleira, reconhecidogesto hoteleira, reconhecido pelo Instituto Nacional de pelo Instituto Nacional de pelo Instituto Nacional deFormao Turstica, realizado no Formao Turstica, realizado no Formao Turstica, realizado no pas ou no estrangeiro;pas ou no estrangeiro;pas ou no estrangeiro; b) Ter experincia profissional b) Ter experincia profissional b) Ter experincia profissional na indstria hoteleira, durante na indstria hoteleira, durante na indstria hoteleira, durantepelo menos oito anos; pelo menos oito anos; pelo menos seis anos; c) Possuir o domnio da lnguac) Possuir o domnio da lnguac) Possuir o domnio da lnguaportuguesa e de duas lnguasportuguesa e de duas lnguasportuguesa e de duas lnguas estrangeiras, sendo uma delas estrangeiras, sendo uma delas estrangeiras, sendo uma delasnecessariamente o ingls. necessariamente o ingls. necessariamente o ingls. 32. Direitos e Deveres:Direitos Deveres a) Usufruir de condies de a) Desempenhar com eficincia as trabalho compatveis com asuas funes, exercendo-as com dignidade e prestgio dos cargos dinamismo; que desempenham; b) Gozar de todos os direitos eb) Promover a sua valorizao garantias reconhecidos por lei ou profissional, atravs de umainstrumento de regulamentao permanente actualizao dosindividual ou colectiva de trabalho. conhecimentos. 33. Requisitos dos EstabelecimentosHoteleiros, Aldeamentos Tursticos e Apartamentos TursticosPortaria n 327/2008 34. Turismo de Portugal I.P ,Legislao Empreendimentos Tursticos