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RELATIVIDADE (PARTE 1) Matéria e Radiação Aulas: 5,6,7 e 8 Prof. Msc. Charles Guidotti 06/2014

Relatividade (parte 1)

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Page 1: Relatividade (parte 1)

RELATIVIDADE (PARTE 1)

Matéria e Radiação

Aulas: 5,6,7 e 8

Prof. Msc. Charles Guidotti

06/2014

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No final do século XIX as leis fundamentais da Física

eram, em resumo:

1. As leis do movimento de Newton:

"Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso, e um corpo em

movimento tende a permanecer em movimento.”

“Força é sempre diretamente proporcional ao produto da aceleração de um corpo

pela sua massa.”

𝐹 =𝑑𝑝

𝑑𝑡

"As forças atuam sempre em pares, para toda força de ação, existe uma força de

reação.”

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No final do século XIX as leis fundamentais da Física

eram, em resumo:

2. A lei de gravitação de Newton :

A gravitação universal é uma força fundamental de atração que age entre todos

os objetos por causa de suas massas, isto é, a quantidade de matéria de que são

constituídos. A gravitação mantém o universo unido.

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No final do século XIX as leis fundamentais da Física

eram, em resumo:

3. As leis do eletromagnetismo de Maxwell:

“Compõem a base do eletromagnético”

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No final do século XIX as leis fundamentais da Física

eram, em resumo:

3. As leis do eletromagnetismo de Maxwell:

As equações de Maxwell levaram à predição e descoberta das ondas eletromagnéticas, com velocidade de propagação no vácuo

(isto é, na ausência de matéria).

.m/s100,3 8c

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Ondas Eletromagnéticas

• Ideia de onda era associada a um meio de propagação: como no caso as

ondas sonoras.

• Daí o postulado do éter, que estaria em repouso no espaço absoluto de

Newton, e seria o meio de propagação das ondas de Maxwell-Hertz.

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Ondas Eletromagnéticas

A radiação eletromagnética é uma oscilação em fase dos campos elétricos e

magnéticos, que, autossustentando-se, encontram-se desacoplados das cargas

elétricas que lhe deram origem. As oscilações dos campos magnéticos e elétricos

são perpendiculares entre si e podem ser entendidas como a propagação de uma

onda transversal, cujas oscilações são perpendiculares à direção do movimento

da onda (como as ondas da superfície de uma lâmina de água), que pode se

deslocar através do vácuo.

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Relatividade A teoria da relatividade foi uma revolução

para o século XX

Provocou inúmeras transformações em

conceitos básicos.

“A velocidade da luz é c em todas as

direções e em todos os referencias

inerciais.”

Teoria da Relatividade Restrita, que

estuda os fenômenos em relação a

referenciais inerciais

Teoria da Relatividade Geral, que aborda

fenômenos do ponto de vista não inercial.

Em 1905, um jovem funcionário do

escritório de patentes de Berna, na Suíça.

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Relatividade Restrita

1. Postulado da Relatividade: As leis da física são as mesmas para todas os

observadores situados em referenciais inerciais. Não existe um referencial

absoluto.

Referenciais

inerciais Leis de Newton são

válidas Todas as Leis da

Física

Somente as Leis da

Mecânica. Einstein

ampliou para os outros

campos.

Galileu dizia que um fenômeno mantinha sua

natureza independente do referencial.

Page 10: Relatividade (parte 1)

Relatividade Restrita

2. Postulado da Velocidade da Luz: A velocidade da luz no vácuo tem o

mesmo valor c em todos referencias iniciais.

Na natureza existe uma velocidade limite c,

que é a mesma em todas as direções e em

todos os referenciais inerciais.

Nenhuma entidade capaz de transportar

energia ou informação pode exceder esse

limite.

C = 299792458 m/s

Page 11: Relatividade (parte 1)

Consequências dos postulados de

Einstein

Espaço absoluto

Tempo absoluto Para Newton, essas grandezas são,

Independente da matéria e passam da

mesma forma para qualquer observador. Não

têm significado na Teoria da Relatividade.

Page 12: Relatividade (parte 1)

Registrando um Evento

Evento é algo que acontece.

Ex. colisão entre duas partículas, acender

de uma lâmpada, passagem de um pulso

luminoso, etc.

Um observador pode atribuir quatro

coordenadas a um evento, três espaciais e

uma temporal.

Coordenadas

Valor

x

3,58 m

y

1,30 m

z

0 m

t

35,5 s

Espaço e tempo estão interligados na relatividade.

As quatro coordenadas são chamadas de

coordenadas espaço-temporais.

Page 13: Relatividade (parte 1)

Relatividade da Simultaneidade

Uma lanterna pisca a 1 km à direita de você, enquanto que uma granada

luminosa explode 2 km a sua esquerda e que os dois eventos ocorrem

exatamente as 9h. Os eventos ocorrem de forma simultânea para você?

Page 14: Relatividade (parte 1)

Relatividade da Simultaneidade

João observa que dois eventos independentes (evento vermelho e evento azul)

ocorreram simultaneamente. Suponha também que outro observador (Maria), que

está se movendo com velocidade constante 𝑣 em relação a João, também registra

os dois eventos. Os eventos também são simultâneos para Maria?

Dois observadores em movimento relativo não concordam, em geral, quanto

à simultaneidade de dois eventos. Se um dos observadores os considera

simultâneos, o outro em geral conclui que não são simultâneos.

A simultaneidade não é um conceito absoluto e sim um conceito relativo,

que depende do movimento do observador.

Page 15: Relatividade (parte 1)

Consideremos a situação representada na

figura ao lado. Nos pontos A e B do referencial

R são colocadas lâmpadas azul e vermelha,

respectivamente, comandadas por células

fotoelétricas. O observador colocado em M, no

meio do segmento AB, dispara um flash. A

frente de luz esférica que parte de M atinge as

células fotoelétricas e acende as lâmpadas. As

frentes de luz que partem de A e B atingem o

observador no mesmo instante, porque a

velocidade da luz é a mesma para as duas

frentes. Pelo critério estabelecido, o observador

afirma que as:

Lâmpadas A e B se acenderam simultaneamente. Qualquer outro observador

colocado na mediatriz do segmento AB receberá os sinais emitidos de A e B no

mesmo instante e concluirá que foram emitidos simultaneamente. Com esse

processo podemos sincronizar todos os relógios de um referencial. Basta que o

observador se coloque em posições eqüidistantes do relógio tomado como

referência e cada um dos relógios do mesmo referencial que pretende

sincronizar.

Page 16: Relatividade (parte 1)

Relatividade da Simultaneidade

A simultaneidade não é um conceito absoluto e sim um conceito relativo,

que depende do movimento do observador.

Dois eventos em um referencial são simultâneos se os sinais de

luz dos eventos atingem um observador equidistante no mesmo

instante.

Page 17: Relatividade (parte 1)

Relatividade do Tempo

http://atomico.no.sapo.pt/08_03.html

Se dois observadores que estão se movendo um em relação ao outro medem

um intervalo de tempo entre dois eventos, em geral encontram resultados

diferentes.

O intervalo de tempo entre dois eventos depende da distância entre os

eventos tanto no espaço como no tempo, ou seja, as separações espacial e

temporal são interdependentes.

Page 18: Relatividade (parte 1)

Relatividade do Tempo

∆𝑡0 =2 𝐷

𝑐

𝐷 = 𝑣. ∆𝑡

O intervalo de tempo medido por O’ entre os dois eventos é:

𝑐 é a velocidade da luz.

Page 19: Relatividade (parte 1)

Relatividade do Tempo

Qual é o trajeto da luz quando é visto pelo observador O, que está localizado

fora do trem?

Para o observador O os dois eventos acontecem em pontos diferentes do

seu referencial. Agora a luz viaja uma distância 2L entre os eventos 1 e 2.

L L

Page 20: Relatividade (parte 1)

Relatividade do Tempo

O intervalo de tempo medido por O entre os dois eventos é:

L L

L

1

2𝑣 ∆𝑡

D

∆𝑡 = ∆𝑡0

1 − (𝑣𝑐)2

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Relatividade do Tempo

∆𝑡 = ∆𝑡0

1 − (𝑣𝑐)

2

• O intervalo entre os dois eventos, do ponto de vista de O, é maior do que que

do ponto de vista O’.

“O tempo passa mais lentamente para o referencial em movimento” (Dilatação

do tempo)

Quando dois eventos ocorrem no mesmo ponto de um referencial inercial, o

intervalo de tempo entre os eventos, medido neste referencial, é chamado de

intervalo de tempo próprio ou tempo próprio. Quando o intervalo de tempo entre

os mesmo eventos é medido em outro referencial, o resultado é sempre maior que

o intervalo de tempo próprio.

Page 22: Relatividade (parte 1)

Relatividade do Tempo

O fenômeno do aumento do intervalo de tempo medido em consequência do

movimento do referencial é chamado de dilatação do tempo.

∆𝑡 = ∆𝑡0

1 − (𝑣𝑐)

2

𝑣

𝑐= 𝛽 Parâmetro da velocidade

∆𝑡 = ∆𝑡0

1 − (𝛽)2 𝛾 =

1

1 − 𝛽2 Fator de Lorentz

∆𝑡 = 𝛾∆𝑡0 Dilatação do tempo

Page 23: Relatividade (parte 1)

Exercícios

1. A espaçonave do leitor passa pela Terra com uma velocidade relativa de

0,9990c. Depois de viajar durante 10,0 anos (tempo do leitor), para na estação

espacial EE13, faz meia volta e se dirige para a Terra com a mesma velocidade

relativa. A viagem de volta também leva 10,0 anos (tempo do leitor). Quanto

tempo leva a viagem de acordo com um observador terrestre?

2. O tempo médio de vida de múons estacionários é de 2,2 ms. O tempo médio de

vida dos múons de alta velocidade produzidos pelos raios cósmicos é de 16 ms no

referencial da Terra. Determine a velocidade em relação à Terra dos múons

produzidos pelos raios cósmicos.

Page 24: Relatividade (parte 1)

Exercícios

3. Um astronauta faz uma viagem de ida e volta em uma espaçonave, partindo

da terra, viajando em linha reta com velocidade constante durante seis meses e

voltando ao ponto de partida da mesma forma e com a mesma velocidade. A o

voltar à terra, o astronauta constata que 1000 anos se passaram. Determine o

parâmetro da velocidade 𝛽 da espaçonave.

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