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Projeto “MULHERES NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA REGIÃO AMAZÔNICA” Levantamento de Dados Secundários 1 Município de Codó/MA 1 Elaboração do relatório: Erika Masinara Colaboradoras: Vivian Tavares, Grettel Navas 1

Rev codo relatorio dados segundarios 2015

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Projeto

“MULHERES NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA REGIÃO AMAZÔNICA”

Levantamento de Dados Secundários1

Município de Codó/MA

1 Elaboração do relatório: Erika MasinaraColaboradoras: Vivian Tavares, Grettel Navas

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Maranhão/MA

A ocupação colonialista da região hoje definidacomo Maranhão se deu através da luta do Impérioportuguês com franceses e holandeses em iníciosdo século XVII. Os franceses haviam fundado a“França Equinocial” em 1612, tendo sido expulsospelos portugueses três anos depois. Osholandeses ocuparam as terras da Capitania doMaranhão em 1641, expandindo sua “indústria”açucareira que já ocupava a maior parte donordeste da colônia portuguesa. Como parte das mudanças implementadas peloMarquês de Pombal, primeiro ministro português,foi fundado o Vice Reino do Grão-Pará eMaranhão (1621), que tinha entre os objetivos daMetrópole portuguesa a melhoria da defesa dacosta e a consolidação do domínio português naregião. A separação do Maranhão e Pará só

ocorreu em 1774. Durante esse período, o comércio foi incentivado, o cultivo do arroz ealgodão ganhou força, inserindo o estado no sistema agro-exportador vigente no séculoXVII e fazendo da economia maranhense uma das mais prósperas do país até a metadedo século XIX, quando a economia algodoeira perdeu espaço com o fim da Guerra CivilAmericana e o estado entrou em colapso, agravado pelo abandono dos governos imperiale republicano.

A partir da década de 60 do século passado o estado passa a receber incentivos einvestimentos nas ligações férreas e rodoviárias com outras regiões. O Porto de Itaqui,em São Luís é um dos mais movimentados do país e escoa a produção industrial e deminério de ferro vinda de trem da Serra dos Carajás.

Hoje a economia estadual se baseia na indústria de transformação de alumínio,alimentícia, madeireira, extrativista (babaçu), agricultura - soja, mandioca, milho e arroz,sendo o estado em 2008 ocupado a terceira posição nacional na produção arrozeia - napecuária e nos serviços. A pesca artesanal é atividade importante no estado, que detém aliderança na produção de pescado artesanal do país.

O estado está localizado em um bioma de transição entre o sertão nordestino e aAmazônia, apresentando por isso grande diversidade em termos de ecossistemas, sócomparável no Brasil ao do Pantanal Mato-Grossense. Possui o segundo maior litoral doBrasil depois da Bahia. A Mata de Cocais, característica da região, cobre a parte centraldo estado, onde predomina o babaçu e carnaúba. Á área chamada Campos tem comocaracterística a vegetação herbácia, alagável pelos rios e lagos da Baixada Maranhense.Os mangues predominam no litoral do estado desde a foz do Gurupi até o Periá. Avegetação dominante é o cerrado. A área de floresta amazônica no Maranhão ficoureduzida à Reserva Biológica do Gurupi, e a devastação e destruição da floresta sãoapontadas como conseqüências da instalação de siderúrgicas de ferro gusa na região.

As cidades mais populosas depois da capital São Luiz são Imperatriz, Timon, Caxias, São José eCodó. O estado conta com 217 municípios, sendo pouco maior que a Itália e pouco menor que aAlemanha. Cerca de 70% dos habitantes vivem em áreas urbanas. Os grupos indígenasremanescentes e predominantes são dos grupos lingüísticos Jê e Tupi. Os afro-descendentes são amaioria da população e marcam a cultura tradicional da região, que conta com mais de 700comunidades quilombolas na região da Baixada, rio Itapecuru e Mearim.

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Um dos estados mais pobres do Brasil, tem um índice de Desenvolvimento Humano/IDH de 0,683,comparável ao do Brasil em 1980 e superior apenas ao IDH de Alagoas. A expectativa de vida éuma das mais baixas do país.

Fontes: Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Maranh%C3%A3o .

Página visitada em 15 de agosto de 2010. S i t e o f i c i a l d o g o v e r n o d o M a r a n h ã o :

http://www.ma.gov.br/maranhao/index.php?Id=2722. Páginavisitada em 15 de agosto de 2010.

CODÓ – MA

Histórico - Situado no Leste Maranhense, “Codó”(palavra de origem indígena que significa “codorna” ou

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“codorniz”) refere-se não só ao município maranhense como também à microrregião definida peloIBGE, composta por outros cinco municípios: Alto Alegre do Maranhão, Capinzal do Norte,Coroatá, Peritoró e Timbiras. Esta microrregião é vizinha à região do Médio Mearim (em referênciaao rio de 930 Km que banha o estado do Maranhão). O ano de 1780 marcou o início do povoamento de Codó. Sua economia era baseada ematividades agrícolas desenvolvidas por portugueses e senhores da aristocracia rural maranhense.A primeira construção da região hoje denominada Codó foi erguida às margens do rio Itapecurupara depósito de produtos agrícolas vindos do interior e destinados a São Luiz e outras cidadesmaranhenses. No período colonial, Codó destacou-se pela produção de algodão, contribuindo aoprocesso de industrialização do Maranhão.Com o desbravamento das florestas no final do séc. XVIII (1780), as nações indígenas Barbado eGuarani foram expulsas. Portugueses e escravos africanos ocuparam-se da lavoura, enquantoque um século depois o povoado recebeu imigrantes sírios elibaneses que dedicaram-se ao comércio. A localidade foi elevada à condição de cidade com adenominação de Codó em 1896, e desde a divisão territorialde 1960 que permanece até pelo menos 2007, o município éconstituído de três distritos: Codó, Codozinho e SãoRaimundo de Codó. Atualmente o município de Codó baseia sua economia naprodução agrícola de arroz, mandioca, milho e feijão. A sualocalização faz com que a cidade seja cortada pela BR-316e a linha ferroviária São Luís - Teresina que segue atéFortaleza e serve de principal porta de escoamento daprodução agroindustrial.

Fontes: Wikipedia 03/09/2014 – IBGE Cidades – Sitio da Prefeitura de Codó

1.1 MATRÍCULAS - 2012

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1. EDUCAÇÃO

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1.2 NÚMERO DE ESCOLAS E PROFESSORES - 2012

Sugestão de Pesquisa: Segundo os dados de matrículas e docentes do CensoEducacional 2012 o número de alunos por docentes (obtido dividindo o N° de Matrículaspelo N° de Docentes) seria de 15 alunos no Pré-escolar, 20 alunos no Fundamental e 22alunos no Médio. Vocês poderiam pesquisar se isso se aproxima ao número real dealunos por docentes no seu Município?

1.3 ANALFABETISMO - 2010

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(Valores em percentual %)

1.4 FLUXO ESCOLAR POR FAIXA ETÁRIA

A proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclosindica a situação da educação entre a população em idade escolar do município ecompõe o IDHM Educação.

No período de 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola cresceu43,78% e no de período 1991 e 2000, 86,75%. A proporção de crianças de 11 a 13 anosfrequentando os anos finais do ensino fundamental cresceu 209,33% entre 2000 e 2010 e128,66% entre1991 e 2000.

A proporção dejovens entre 15 e17 anos com ensinofundamentalcompleto cresceu350,06% noperíodo de 2000 a2010 e 50,09% noperíodo de 1991 a2000. E aproporção dejovens entre 18 e20 anos com ensinomédio completocresceu 486,67%entre 2000 e 2010 e16,62% entre 1991e 2000.

Fonte: Atlas doDesenvolvimento Humano

– PNUD

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1.5 FLUXO ESCOLAR 2010: COMPARAÇÃO CODÓ / MARANHÃO / BRASIL

Fonte: Atlas do

Desenvolvimento Humano – PNUD

Em 2010, 51,15% dos alunos entre 6 e 14 anos de Codó estavam cursando o ensinofundamental regular na série correta para a idade. Em 2000 eram 26,95% e, em 1991,15,00%. Entre os jovens de 15 a 17 anos, 22,08% estavam cursando o ensino médioregular sem atraso. Em 2000 eram 3,42% e, em 1991, 1,10%. Entre os alunos de 18 a 24anos, 5,53% estavam cursando o ensino superior em 2010, 1,02% em 2000 e 0,03% em1991.

Nota-se que, em 2010 , 2,89% das crianças de 6 a 14 anos não frequentavam a escola,percentual que, entre os jovens de 15 a 17 anos atingia, 19,43%.

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2.1 SERVIÇOS DE SAÚDE

OBS: Dados do CNES referentes ao ano 2010 indicam que existiam 196 leitos totaisdos quais 148 SUS (110 públicos + 38 privados/SUS). Seria interessante entenderporque na conta 2014 não aparecem mais os leitos das estruturas privadas.

2.2 INDICADORES DE LONGEVIDADE, MORTALIDADE E FECUNDIDADE

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2-SAÚDE

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2.3 MORTALIDADE MATERNA

A Taxa de Mortalidade Materna: Estima a freqüência de óbitos femininos em idade fértilatribuídos a causas ligadas à gravidez, parto e puerpério, em relação ao total degestações (representado pelo total de nascidos vivos).Reflete a qualidade da assistência à saúde da mulher. Taxas elevadas de mortalidadematerna estão associadas à insatisfatória prestação de serviços de saúde a esse grupo.

O número de óbitos maternos no município, de 1.996 a 2.012, foi 37.

Considerando que a taxa demortalidade materna é calculada acada 100 mil nascidos vivos, ela podesofrer fortes variações em função donúmero reduzido de crianças nascidasem alguns municípios. Por isso, oimportante é também verificar onúmero de óbitos maternos e onúmero de nascidos vivos e fazer ascorrelações segundo os critérios desaúde adotados.

A taxa de mortalidade maternamáxima recomendada pelaOrganização Panamericana de Saúde(OPAS) é de 20 casos a cada 100 milnascidos vivos. A meta estabelecidapara o Brasil é de 35 casos.

No Brasil, em 2011, esse número foide 55,3; mas devido a subnotificações,estaria próximo de 64,8 óbitos a cada100 mil nascidos vivos, segundo aestimativa da Rede Interagencial deInformações para a Saúde - RIPSA.

Óbito materno é aquele decorrente de complicações na gestação, geradas pelo aborto,parto ou puerpério (até 42 dias após o parto).

É importante que cada município tenha seu Comitê de Mortalidade Materna, inclusiveajudando no preenchimento da declaração de óbito, para evitar as subnotificações emelhorar o entendimento das principais causas das mortes.

Obs.: Dados atualizados sobre os obitos maternos podem-se encontrar no Painel deMonitoramento da Mortalidade Materna do Governo Brasileiro:http://svs.aids.gov.br/dashboard/mortalidade/materna.show.mtw

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3.1 RENDA E POBREZA

A renda per capita média de Codó cresceu 26,3% na primeira década, passando deR$119,20 em 1991 para R$150,53 em 2000 e de 81,65% na segunda década passandode R$ 150,53 em 200 para R$273,45 em 2010. A extrema pobreza (medida pelaproporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais deagosto de 2010) passou de 49,27% em 1991 para 44,37% em 2000 e para 25,07% em2010.

3.2 DISTRIBUIÇÃO DA RENDA

Percentual da renda apropriada pelos 20% mais pobres e 20% mais ricos da população 1991 – 2000 - 2010

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3-INDICADORES DE RENDA, POBREZA E DESENVOLVIMENTO HUMANO

1,1 %4,4 % 1,6 %

Fonte: Portal ODM

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A participação dos 20% mais pobres da população na renda, isto é, o percentual dariqueza produzida no município com que ficam os 20% mais pobres, passou de 4,4%, em1.991, para 1,6%, em 2.010, aumentando os níveis de desigualdade.

Em 2.010, analisando o oposto, a participação dos 20% mais ricos era de 59,8%, ou 37,8vezes superior à dos 20% mais pobres.

3.3 DESENVOLVIMENTO HUMANO – O IDHM

IDHM = Indice de Desenvolvimento Humano Municipal

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Codó é 0,595, em 2010. Omunicípio está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Baixo (IDHM entre 0,5 e0,599). Entre 2000 e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foiEducação (com crescimento de 0,273), seguida por Longevidade e por Renda. Entre 1991e 2000, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Longevidade (comcrescimento de 0,113), seguida por Educação e por Renda.

Codó teve um incremento no seu IDHM de 97,67% nas últimas duas décadas, acima damédia de crescimento nacional (47%) e acima da média de crescimento estadual (78%).O hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e olimite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 42,06% entre 1991 e 2010.

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Codó ocupa a 4255ª posição, em 2010, em relação aos 5.565 municípios do Brasil, sendoque 4254 (76,44%) municípios estão em situação melhor e 1.311 (23,56%) municípiosestão em situação igual ou pior. Em relação aos 217 outros municípios de Maranhão,Codó ocupa a 67ª posição, sendo que 66 (30,41%) municípios estão em situação melhore 151 (69,59%) municípios estão em situação pior ou igual.

3.4 RENDIMENTO E MULHERES 2010

3.5 BOLSA FAMÍLIA

O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência condicionada de renda quebeneficia famílias pobres e extremamente pobres, inscritas no Cadastro Único. Resultante daunificação de diferentes programas, foi instituído por lei em 2004. Integra o Plano Brasil SemMiséria, que tem como foco de atuação os milhões de brasileiros com renda familiar per capitainferior a R$ 77 mensais e está baseado na garantia de renda, inclusão produtiva e no acesso aosserviços públicos. O valor do benefício, reajustável por decreto, varia conforme a renda domiciliarper capita da família, o número e a idade dos filhos.

No Município CODÓ/MA, o total de famílias inscritas no Cadastro Único em ago de2014 era de 37.543 dentre as quais:

21.621 com renda per capita mensal de até R$70,00; 3.845 com renda per capita mensal entre R$ 77,01 e 154,00; 4.029 com renda per capita mensal entre R$ 154,01 e ½ salário mínimo 8.048 com renda per capita mensal acima de ½ salário mínimo

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Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano – PNUD

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O PBF beneficiou, no mês de outubro de 2014, 20.754 famílias, representando umacobertura de 122,9 % da estimativa de famílias pobres no município. As famílias recebembenefícios com valor médio de R$ 158,41 e o valor total transferido pelo governo federalem benefícios às famílias atendidas alcançou R$ 3.287.608 no mês.

Em relação às condicionalidades, o acompanhamento da frequência escolar, com base nobimestre de julho de 2014, atingiu o percentual de 98,65%, para crianças e adolescentesentre 6 e 15 anos, o que equivale a 22.028 alunos acompanhados em relação ao públicono perfil equivalente a 22.329. Para os jovens entre 16 e 17 anos, o percentual atingido foide 98,08%, resultando em 4.344 jovens acompanhados de um total de 4.429.

Já o acompanhamento da saúde das famílias, na vigência de junho de 2014,atingiu 83,33 %, percentual equivale a 14.753 famílias de um total de 17.705 quecompunham o público no perfil para acompanhamento da área de saúde do município.

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Programa Bolsa Família - Historico do Número de Famíliasbeneficiadas 2004-2012 (número de benefícios em dezembro)

0

5.000

10.000

15.000

20.000

Codó 6.380 10.980 15.047 16.010 15.750 16.998 17.432 18.894 18.998

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: Ipeadata e MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome)

Fonte: Relatórios de Informações Sociais do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome)

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4.1 INDICADORES DE HABITAÇÃO

1991 2000 2010

% da população em domicílios com águaencanada

53,41 35,52 63,71

% da população em domicílios com energia elétrica

60,14 77,64 92,78

% da população em domicílios com coleta de lixo *Somente para população urbana

22,02 50,06 88,13

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano

Sugestão de Pesquisa: Quais empresasas fornecem o serviço de água e energia na suacomunidade?

Conceito: Vulnerabilidade é uma condição de risco em que uma pessoa se encontraprincipalmente por não ter as condições sociais ou econômicas para enfrentar umproblema. Alguns sinônimos são: insegurança e desproteção. A vulnerabilidade social éum conceito ligado, então, à condição de pobreza econômica, da ausência de renda parapoder suprir todas as necessidades básicas como alimentação, educação e saúde.

5.1 QUADRO DE VULNERABILIDADE SOCIAL

1991 2000 2010

Vulneráveis à pobreza 77,32 75,22 77,17

Mortalidade infantil 68,95 48,50 21,40

Mulheres 15 - 17 anos com filhos 10,12 21,90 12,81

Crianças de 6 – 14 anos fora da escola 59,24 28,80 16,32

Porcentagem de crianças extremamente pobres 50,23 30,90 38,01

Mães chefes de família sem fundamental completo e com filhos menores de 15 anos

19,06 29,80 26,33

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano

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4- SERVIÇOS PÚBLICOS

5- VULNERABILIDADE SOCIAL

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6.1 BIODIVERSIDADE

De acordo com o Observatório de Áreas Protegidas do World Wild Fund (WWF), oMunicípio de Codó tem 1 unidade de conservação de esfera administrativa federal deBioma tipo “Cerrado”.

Nome do Órgão Gestor Nome da UC Esfera Administrativa

Categoria de Manejo

Instituto Chico Mendesde Conservação da Biodiversidade

RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL FAZENDA PANTANAL

Federal Reserva Particular do Patrimônio Natural

Fonte: Observatório de Áreas Protegidas do World Wild Fund (WWF)

Sugestão de Pesquisa: Quais areas protegidas existem em Codó? Qual é a situação dos Rios?

6.2 INJUSTIÇAS E CONFLITOS AMBIENTAIS

De acordo com o mapa de injustiça ambiental da Fundação Oswaldo Cruz, o Estado deMaranhão reporta 18 conflitos ambientais. No município de Cidelandia não há nenhumconflito reportado.

Mapa de Injustiça socioambiental

Fonte: Mapa Injustiça Ambiental Fiocruz, 2014

Conflito 1. Mesmo reconhecida e certificada desde 2008, comunidade quilombola SantaMaria dos Moreiras tem seus direitos violentados e vidas ameaçadas até os dias atuais.

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6. MEIO AMBIENTE

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A Comunidade Santa Maria dos Moreiras situa-se na zona rural de Codó, a 300 km deSão Luís do Maranhão. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra - CPT (07/11/2012;18/10/2013), a comunidade, que existe há mais de 200 anos, atualmente tem 33 famíliasdistribuídas em 1.742 hectares. Com isto, a comunidade integra um dos maioresterritórios étnicos do estado do Maranhão. Segundo nota da CPT (08/02/2013), o conflitoenvolvendo a comunidade Santa Maria dos Moreiras teve início em 1992, quando partedas terras ocupadas pelas famílias começou a ser disputada pelo deputado estadualCésar Henrique Santos Pires (DEM-MA), líder do governo Roseana Sarney naAssembleia Legislativa do estado do Maranhão.

O conflito se intensificou depois que a comunidade recebeu a certificação deremanescente de quilombo expedida pela Fundação Cultural Palmares (FCP) no dia 24de janeiro de 2008. Como a luta pelo reconhecimento do território quilombola podeimplicar na desapropriação de terras privadas, as famílias vivem em constante clima detensão.

Enquanto aguardam a concretização dos procedimentos do Instituto Nacional deColonização e Reforma Agrária – INCRA - de identificação, reconhecimento, delimitação,demarcação e titulação de terras -, os quilombolas denunciam várias violências, taiscomo: destruição de roças, proibições de acesso às fontes de água, restrições de uso doscaminhos de roça; construções de cercas de arame farpado impedindo o acesso dasfamílias às matas de babaçu e às roças; queima de casas, intimidações de pistoleirosarmados etc.

Sugestão: Existem outros conflitos no seu municípios não ainda registrados? Vocês podem marcar os conflitos socioambientais do seu município aqui: http://www.iconoclasistas.net/

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7.1 PIB – PRODUTO INTERNO BRUTO

DADOS DO PIB EM COMPARAÇÃO COM O ESTADO DO MARANHÃO E O BRASIL(valores do gráfico)

Fonte: IBGE, 2011

7.2 EMPRESA E ORGANIZAÇÕES ATUANTES

Número de empresas atuantes 987 unidadesNúmero de unidades locais 1.016 unidadesPessoal ocupado assalariado 8.313 pessoasPessoal ocupado total 9.335 pessoasSalário médio mensal 1,8 salários mínimosSalários e outras remunerações 114.857 mil reais

Fonte: IBGE,Cadastro Central de Empresas 2012

Variável Codó Maranhão Brasil

Agropecuária 71.425 4.065.451 105.163.000

Indústria 158.856 3.929.251 539.315.998

Serviços 351.973 14.866.394 1.197.774.001

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7- ECONOMIA

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7.3 EMPRESA E ORGANIZAÇÕES POR RAMO DE ATIVIDADE

Administração pública, defesa e seguridade social 0,42%Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 0,85%Água, esgoto, atividade de gestão de resíduos e descontaminação

0,21%

Alojamento e alimentação 2,33%Artes, cultura, esporte e recreação 0,64%Atividades administrativas e serviços complementares 1,70%Atividades financeiras, de seguros e de serviços relacionados 0,42%Atividades imobiliárias 0,11%Atividades profissionais, científicas e técnicas 1,17%Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 63,94%Construção 2,86%Educação 4,14%Indústrias de transformação 4,03%Indústrias extrativas 0,21%Informação e comunicação 1,27%Outras atividades de serviço 11,24%Saúde humana e serviços sociais 2,33%Transporte, armazenagem e correio 2,12%

Fonte: IBGE,Cadastro Central de Empresas 2012

* Pessoal Ocupado: O total de pessoal ocupado refere-se ao número de pessoas efetivamenteocupadas com vínculo empregatício, bem como proprietários e sócios, com atividade na unidade.

* Pessoal Ocupado Assalariado: O pessoal ocupado assalariado refere-se ao número de pessoasefetivamente ocupadas com vínculo empregatício com atividade na unidade.

* Salários e Outras Remunerações: Corresponde ao valor das importâncias pagas no ano a título desalários fixos, honorários, comissões, ajuda de custo, 13º salário, abono financeiro de 1/3 das férias,participações nos lucros etc., referentes aos trabalhadores com vínculo empregatício, sem deduçãodas parcelas correspondentes às cotas de previdência e assistência social (IAPAS/INSS) ou deconsignação de interesse dos empregados (aluguel de casa, conta de cooperativa etc.).

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8. AGRICULTURA

8.1 UTILIZAÇÃO DAS TERRAS 2006

Utilização das terras Utilização das terras Área dos Área dos

estabelecimentosestabelecimentosagropecuáriosagropecuários

Construções, benfeitorias ou caminhos 1.252 Hectares

Lavouras

- Área para cultivo de flores (inclusive hidroponia e plasticultura), viveiros de mudas, estufas de plantas e casas de vegetação

Nãodisponível

Hectares

- Área plantada com forrageiras para corte 4.096 Hectares

- Permanentes 1.092 Hectares

- Temporárias 10.912 Hectares

Matas e/ouflorestas

- Florestas plantadas com essências florestais 279 Hectares

- Naturais (exclusive área de preservação permanente e as em sistemas agroflorestais)

28.493 Hectares

- Naturais destinadas à preservação permanente ou reserva legal 13.834 Hectares

Pastagens - Naturais 18.154 Hectares- Plantadas degradadas 2.780 Hectares- Plantadas em boas condições 29.859 Hectares

Sistemas agroflorestais (área cultivada com espécies florestais também usada para lavouras e pastejo por animais)

16.721 Hectares

Tanques, lagos, açudes e/ou área de águas públicas para exploração da aquicultura

527 Hectares

Terras degradadas (erodidas, desertificadas, salinizadas, etc.)

445 Hectares

Terras inaproveitáveis para agricultura ou pecuária (pântanos, areais, pedreiras, etc.)

4.736 Hectares

Fonte: IBGE Cidades Censo Agropecuário – 2006

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8.2 CONDIÇÃO DO PRODUTOR 2006

CONDIÇÃO DO PRODUTORNÚMERO DE

ESTABELECIMENTOSAGROPECUÁRIOS

FEMININO MASCULINO

Arrendatário 140 1666Assentado sem titulação definitiva

77 519

Ocupante 123 1104Parceiro 70 417Produtor sem área 946 916Proprietário 86 663

TOTAL 1442 5285

Fonte: IBGE Cidades Censo Agropecuário - 2006

CONDIÇÃO LEGAL DOPRODUTOR

UNIDADES HECTARES

Condomínio, consórcio ou sociedade de pessoas

14 3.762

Cooperativa / /

Governo (federal, estadual ou municipal)

1 Não disponível

Instituição de utilidade pública

1 Não disponível

Proprietário individual

6.242 116.707

Sociedade anônima ou por cotas de responsabilidade limitada

12.400 468

Outra condição 1 Não disponível

Fonte: IBGE Cidades Censo Agropecuário - 2006

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8.3 PRODUÇÃO DA PECUÁRIA 2013

Produção da Pecuária Municipal 2013Aquicultura – Tambaqui - produção - quantidade

430.000 kg

Aquicultura – Tambaqui - valor da produção 3.010

Mil Reais

Aquicultura – Tilápia - produção - quantidade 40.000 kgAquicultura – Tilápia - valor da produção 320

Mil Reais

Bovino - efetivo dos rebanhos 81.700 CabeçasCaprino - efetivo dos rebanhos 4.300 CabeçasEquino - efetivo dos rebanhos 1.330 CabeçasGalináceos - galinhas - efetivo dos rebanhos 23.730 CabeçasGalináceos - total - efetivo de rebanhos 83.061 CabeçasLeite de vaca - produção - quantidade 809

Mil litros

Leite de vaca - valor da produção 1.133Mil

ReaisOvino - efetivo dos rebanhos 1.600 CabeçasOvos de galinha - produção - quantidade 59

Mil dúzias

Ovos de galinha - valor da produção 196Mil

ReaisSuíno - matrizes de suínos - efetivodos rebanhos 1.740 CabeçasSuíno - total - efetivo dos rebanhos 9.290 CabeçasVacas ordenhadas - quantidade 2.130 Cabeças

Fonte: IBGE, Produção da Pecuária Municipal 2013

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Page 23: Rev codo  relatorio dados segundarios 2015

8.4 PRODUÇÃO AGRÍCOLA 2013

PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNICIPAL 2013

LAVOURA PERMANENTEÁREA

COLHIDA(HECTARES)

QUANTIDADEPRODUZIDA(TONELADAS)

VALOR DAPRODUÇÃO

Banana (cacho) 43 280 168 milreais

Castanha de caju 90 24 23 mil reais

Coco-da-baía 26 milfrutos

5 mil reais

Laranja 27 176 70 mil reais

Manga 8 16 8 mil reais

LAVOURA TEMPORÁRIAÁREA

COLHIDA(HECTARES)

QUANTIDADEPRODUZIDA(TONELADAS)

VALOR DAPRODUÇÃO

Arroz (em casca) 5.321 2.873 2.298 mil reais

Cana-de-açúcar 1.320 79.200 7.920 mil reais

Feijão (em grão) 460 126 454 mil reais

Mandioca 3.780 26.460 3.175 mil reais

Melancia 70 140 49 mil reais

Milho (em grão) 3.725 1.788 1.252 mil reais

Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2013

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Política de gênero - Setor subordinado a outra secretaria, com orçamentopróprio. É responsável por executar programas e açõespara idosos, crianças e adolescentes, e negros. - Principais áreas de atuação: promover a capacitação emgênero para outras áreas do governo municipal; articularcom outros órgãos municipais a incorporação da questãode gênero na formulação e/ou implementação de políticas;executar diretamente políticas para a promoção daigualdade de gênero ou autonomia das mulheres.

Plano municipal de políticas para as mulheres Sim, sem previsão legal. Criado em 2009.Programa, projeto ou ação em cooperação na área de políticas para mulheres

Articulação com a administração pública estadual; municipal;ONGs, entidades religiosas e de trabalhadores.

Conselho municipal dos direitos da mulher Sim. Criado em 2004. ParitárioCaráter: consultivo e deliberativo

Casa Abrigo para atendimento a mulheres em situação de violência

Não

Direitos Humanos Não possui órgão gestor Estrutura e Legislação O tema direitos humanos é tratado na Lei Orgânica

Municipal e no Plano Plurianual. Política, plano ou programa de direitos humanos NãoConselho municipal de direitos humanos NãoFundo municipal de direitos humanos NãoSaúde Secretaria exclusivaConselho municipal de saúde NãoFundo municipal de saúde SimPlano municipal de saúde NãoPrograma de saúde da família SimHabitação Setor subordinado a outra secretariaConselho municipal de habitação NãoFundo municipal de habitação Não Cadastro ou levantamento de famílias interessadas em programas habitacionais

Sim. O cadastro é informatizado, mas não inclui a naturezado benefício pretendido. Não identifica mulheres chefes defamília.

Regularização fundiária Não possui legislação, plano e/ou programa específicos.Segurança Pública e Acesso à Justiça Setor subordinado diretamente à chefia do executivoConselho municipal de segurança pública NãoFundo municipal de segurança pública NãoPlano municipal de segurança pública NãoDelegacia de polícia civil SimDelegacia de polícia especializada no atendimento à mulher

Não

Guarda municipal NãoAcesso à justiça Município é sede de comarca

Possui Núcleo de defensoria pública na comarcaNão possui núcleo especializado para mulher

Transporte Setor subordinado a outra secretariaConselho municipal de transporte NãoServiços de transporte existentes no município Barco; Mototáxi; Táxi e Van.

Transporte coletivo por ônibus intermunicipalMeio Ambiente Secretaria em conjunto com outra políticaConselho municipal de meio ambiente Sim. Criado em 1991. Paritário.

Caráter: consultivo e fiscalizador.Fundo municipal de meio ambiente SimLicenciamento, Agenda 21, legislação ambiental e Comitê da Bacia Hidrográfica

Encontra-se no estágio de sensibilização/mobilização noâmbito da Agenda 21; Tem legislação específica paratratar de questão ambiental, organizada sob a forma decapítulo ou artigo do plano diretor.

Cultura Secretaria em conjunto com outra políticaLegislação municipal de proteção ao patrimônio Não

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9. POLÍTICAS PÚBLICAS E AGENDAS DO MUNICÍPIO

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culturalConselho municipal de cultura NãoEquipamentos culturais e meios de comunicação Bibliotecas públicas; Centro cultural; Videolocadoras;

Estádios ou ginásios poliesportivos; Lojas de discos, CDs,fitas e DVDs e Rádio FM.

Comunicação - Serviços de atendimento ao público

Correio , fax, internet, telefone convencional

Inclusão digital – Desenvolvimento de política ou plano de inclusão digital

Sim

Fonte: IBGE, Perfil dos Municípios Brasileiros - Gestão Pública 2009.

Sugestaão de Pesquisa: Quantas ONGs tem o Município? Quantas associações? Quaisconselhos municipais existem?

10.1 VEREADORES ELEITOS SEGUNDO O GÊNERO

Fonte: Portal ODM e TSE - Tribunal Superior Eleitoral

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10. MULHERES NA POLÍTICA

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Anexos

Anexo I: Glossário dos Principais Indicadores utilizados

Referência Bibliográfica:

> Cadastro Nacional de Empresas (SIDRA - IBGE) | Empresas por classificação deatividades e faixa de pessoal.

> CNES - Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúdehttp://cnes.datasus.gov.br/Lista_Es_Nome_Por_Estado_Municipio.asphttp://cnes.datasus.gov.br/Mod_Ind_Tipo_Leito.asp

> DATASUS - Cadernos de Informações de Saúde do Ministério da Saúdehttp://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/cadernosmap.htm

> Grupo de trabalho mudanças climáticas pobreza e desigualdadehttp://www.coepbrasil.org.br/coepma/publico/home.aspx

> IBGE – PERFIS DOS MUNICIPIOS BRASILEIROShttp://www.ibge.gov.br/munic2009/index.php

> IBGE CIDADEShttp://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=210330

> IPEA DATAhttp://ipeadata.gov.br/

> Mapa de Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil (2014) http://www.conflitoambiental.icict.fiocruz.br/index.php?pag=mapas

> MDS -Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fomehttp://www.mds.gov.br/bolsafamiliahttp://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.phpRelatório do MDS sobre o Programa Brasil sem Miséria

> MINISTERIO DE SAÚDE DATASUShttp://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0205&VObj=http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nv

> Nova Cartografia Social da Amazôniawww.novacartografiasocial.com

> PNUD – ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANOhttp://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil/codo_ma#vulnerabilidade

> RELATORIOS DINAMICOS DO PORTAL ODMhttp://www.relatoriosdinamicos.com.br/portalodm/

> World Wild Fund (WWF) Observatório de Áreas Protegidas (2014) http://observatorio.wwf.org.br/unidades/?page=3&esfera=&data_final=&categoria_manejo=&nome=&grupo=&uf=AM&data=

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