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REVISTA LITERÁRIA PRATA DA CASA IRAPORANGA 2011

REVISTA LITERÁRIA DO EDUCANDÁRIO ROBERTO SANTOS - ANO 01 - 2011

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Projeto literário que incentiva a produção escrita de alunos, professores e funcionários do Educandário Roberto Santos.

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EDUCANDÁRIO ROBERTO FIGUEIRA SANTOS

DISCIPLINA: PRODUÇÃO DE TEXTO

REVISTA LITERÁRIA

PRATA DA CASA

IRAPORANGA

2011

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SÉRIE: 1º ANO C – ENSINO MÉDIO

PROFESSORA: SUZANA DURÃES VIANA

REVISTA LITERÁRIA

PRATA DA CASA

IRAPORANGA

2011

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

Camila P. da Silva, Daniela A. dos Santos e Roberta B. Alves

DOCE

LOUCURA............................................................................................ .....07

Fernanda Pereira Lima

SAUDADES DE SER AMADA...............................................................................09

Geisiane oliveira Souza

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LEITURA.....................................................................................................................

.10

Ilzalúcia Vieira de Oliveira

O BRASIL E A LÍNGUA PORTUGUESA................................................................11

Izamara Oliveira Gomes

AMOR

ETERNO...............................................................................................13

Itamária Aquino Alves

O ESTUDO E O FUTURO...................................................................................14

NUNCA DIGAS NADA SEM PENSAR..................................................................15

Jéssica Santos Farias

O AMOR......................................................................................................17

VERSOS .....................................................................................................18

Juliana Araújo Oliveira

A LEITURA...................................................................................................19

Laís Jesus de Souza e Micaele de Santana Santos

AS GÊMEAS SAPEQUINHAS..............................................................................20

Maria das Graças Souza Araújo

VERSOS.......................................................................................................22

Marciel de Jesus Lima

A

REALIDADE..................................................................................................23

EM BUSCA DA FELICIDADE................................................................................24

AMAR E VIVER..............................................................................................25

Marinez Bonfim Pereira

AMAR É... ...................................................................................................26

Paloma Alves de Aquino

AMIZADE.....................................................................................................27

Renato Mathias dos Santos

BRASIL.......................................................................................................28

SUPREMO DEUS............................................................................................29

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Roclécia das Neves Silva

CANTINHO DO AMOR.....................................................................................31

Taynara Souza Vieira

PAIXÃO OU ILUSÃO........................................................................................33

VOCÊ.........................................................................................................34

AMOR.........................................................................................................35

.

Tainá de Sousa Santos

TUDO COMEÇA.............................................................................................36

ESTRELAS...................................................................................................38

Antonio Gunes Viana

ESTÁGIOS DA VIDA.........................................................................................39

MINHA TERRA...............................................................................................40

CHAPADA DIAMANTINA...................................................................................41

Maria Moreira de Souza Neta e Silva

SAUDADE....................................................................................................42

Selma Magalhães de Souza Oliveira

VALE DO CAPÃO – GRÃOS DE LUZ E GRIÔ

SENTIMENTO OU SENSAÇÃO DE ESTAR AQUI.......................................................44

PEDAGOGIA GRIÔ-INESQUECÍVEL......................................................................46

Suzana Durães Viana

PARNAÍBA...................................................................................................54

O CASAMENTO DE JOÃO PREGUIÇA ...................................................................58

SE TODO DIA FOSSE NATAL..............................................................................61

Tércio Bispo

HISTÓRIAS E BELEZAS DA PACATA IRAPORANGA..................................................62

Valdetina Santana

O Príncipe Encantado....................................................................................64

MENSAGEM..............................................................................................66

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APRESENTAÇÃO

"Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto

final. No meio você coloca as ideias."

(Pablo Neruda)

“Sabe-se que um dos principais problemas na educação da atualidade é a dificuldade que os

estudantes têm de ler e produzir textos. Essa é uma reclamação constante não só pelos

professores da disciplina de Língua Portuguesa, mas de toda a categoria docente.

A leitura proficiente tem infinitas possibilidades. Ela começa pelos olhos, mas vai além deles,

pois necessita de um elemento fundamental para a compreensão, que é o conjunto de

conhecimentos prévios relacionados ao assunto do texto lido. Por isso, a capacidade do ser

humano de compreender os textos depende da relação entre o cérebro e os olhos.”

É necessário envolver os alunos na produção de textos de diversos gêneros para que passem a

compreender o processo de leitura de modo integral. E qualquer que seja o objetivo de uma

leitura é importante levar em consideração que ninguém vai ler algo com atenção se não vê

uma utilidade nessa leitura, pois lemos e escrevemos sempre para atender a uma necessidade

pessoal.

Por isso, no desenvolvimento do trabalho de Produção de Texto do nível médio de ensino,

optou-se por trabalhar a montagem de uma revista, pois além de ser um dos suportes que

carrega uma variedade de gêneros, é também um dos materiais de leitura mais apreciados

pela maioria dos estudantes.

Então, para este projeto, a tarefa principal é promover a produção escrita individual e

pessoal de estudantes e professores do ERFS.

Nosso principal objetivo é mostrar o que o estudante do Roberto produz. É também

conscientizá-lo sobre o ato de ler; desenvolver amplamente o gosto por leituras e produções

literárias.

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CAMILA P. DA SILVA, DANIELA A. DOS SANTOS E ROBERTA B.

ALVES

Todas as alunas têm 13 anos e residem no Alto da Lagoa, em Iraporanga. Cursam o 7º ano

do Ensino Fundamental, turma A, matutino.

DOCE LOUCURA

Visitei a vida para não sofrer...

Já venci por coisa que nunca pensei que ia vencer...

Já ultrapassei coisas que nunca pensei que fosse ultrapassar...

Já passei por coisa que jamais pensei que ia passar.

Visitei a morte para não morrer...

Já calei na hora que jamais pensei que fosse calar...

Já chorei na hora que jamais pensei que fosse chorar...

Visitei a tristeza para não ficar triste...

Mas apesar de tantas perdas e desafios,

Alegrias e tristeza, acabei sofrendo.

Sofrendo por um amor que viveu de engano e de muita dor.

Mas acima de tudo sobrevivi.

Estou aqui,

Preparada e superada para entrar em outra.

Espero que seja diferente.

Hoje estou à procura de um amor,

Que vive atrás da esperança.

Uma esperança que cada dia cresce mais.

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FERNANDA PEREIRA LIMA

Estudante do Ensino Médio, 2º ano B. Reside em Olhos D’Água. Tem 16 anos.

Gosta de escrever poesias.

SAUDADES DE SER AMADA

Ah que saudades tenho

Do tempo em que era amada

Tantas coisas boas vivia

Porque estava apaixonada.

Oh, como eu era feliz

Mas eu estava enganada

Com o tempo descobri

Que havia outra amada.

Perdi-me dentro de mim

A minha alma ficou perdida

Senti um ódio profundo

Uma tremenda raiva da vida.

Nunca pensei que um dia

Pudesse ser enganada

O meu grande amor partiu

Com a sua outra amada.

Ah que saudade que tenho

Por aquele amor me machuquei

Ai como tenho saudades

Dos sonhos que não sonhei.

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GEISIANE OLIVEIRA SOUZA

Nasceu no dia 17 de fevereiro de 2000. Mora com os seus pais, Gerciano Conceição de

Souza e Ediná Rosa Oliveira no bairro do Gato em Iraporanga. Tem dois irmãos, Eveni e

Gustavo. Estudou no Grupo Escolar Odilon Torres, e este ano estuda o 6º ano do Ensino

Fundamental no ERFS. Gosta dos professores. Brinca com suas amigas de futebol, baleado

e outras coisas. Gosta de fazer poemas, de ler e escrever e de aprender artesanato. É

muito alegre.

LEITURA

Saber ler e escrever é muito legal

Só basta você gostar

A leitura é especial

Você vai se apaixonar.

A leitura sempre foi boa

Boa e legal

Você gosta da leitura?

Ela é muito especial!

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ILZALÚCIA VIEIRA DE OLIVEIRA

Natural de Riacho do Mel. Nasceu em 1º de março de 1968. Cursou-se o Magistério no

ERFS. É graduada em Pedagogia e Pós-graduada em Psicopedagogia. Ex-aluna do Roberto

Santos e Professora do Ensino Fundamental na Escola Jandira Pinheiro em Riacho do Mel.

O BRASIL E A LÍNGUA PORTUGUESA

Amo a Língua Portuguesa

Com todo amor varonil

Respeitando as diferenças culturais

Entre países, e regiões do Brasil.

Esse país tão imenso

Com vinte e seis estados existentes

Todos falam o mesmo idioma

Mas com sotaque diferente.

Angola, Moçambique, S. Tomé e S. Vicente

São alguns dos países

Onde o português é existente

Sem esquecer que no Brasil

Nosso sotaque é ainda mais atraente.

A nossa língua, nosso idioma

Com tantas palavras exuberantes

Entre elas a palavra amor

Que expressamos os sentimentos.

Nosso Português veio de Portugal

Algo importante para se lembrar

Foi com a Reforma Pombalina

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Que o Português no Brasil

Pode se implantar.

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IZAMARA OLIVEIRA GOMES

Nasceu em 12 de abril de 1996. Mora em Riacho do Mel e estuda o 1º ano do Ensino

Médio, turma A, turno matutino.

Seu objetivo de vida é lutar por seu verdadeiro amor.

AMOR ETERNO

Já sofri por amor inconsequente na vida

Eu pude encontrar o que é o amor

Realmente o amor me encontrou

Em cada lugar

Em cada momento

Em cada tempo.

Foi numa amizade

No beijo

No telefone

Agora eu estou aqui

Fazendo juras de amor

O amor encantado

Que veio do tamanho de um destino

De um conto de fadas.

Não sei se vou realizar

Mas sei que cada dia estou mais apaixonada

E vou fazer o que todo mundo faz:

Ser feliz com o meu amor eterno.

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ITAMÁRIA AQUINO ALVES

Itamária tem 18 anos, mora no Alto da Lagoa, em Iraporanga. Aluna do 9º ano do Ensino

Fundamental, turma A, turno matutino. Gosta de ler e também adora escrever

mensagens, versos e pensamentos.

O ESTUDO E O FUTURO

Quando você for à escola

Uma coisa deve pensar

Vai para escola aprender

E não brincar e bagunçar.

Cuide bem de sua escola

Não quebre as cadeiras, não

Hoje ela serve para você

Amanha vai servir para seu irmão.

O professor só quer nosso bem

Então vamos respeitar

Considerando o professor

Ele vai nos considerar.

Vamos todos estudar

Vamos todos aprender

Para ser alguém na vida

Depois você vai agradecer.

Pense no que estou falando

Eu não estou brincando, não

O estudo é a porta/ Para toda solução.

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NUNCA DIGAS NADA SEM PENSAR

Nunca digas que você não é ninguém

Pois saiba que você é tudo para mim.

Nunca digas que você está errado

Pois para mim você sempre será a pessoa certa.

Nunca digas que ninguém te ama

Pois eu sou a pessoa que mais te ama nessa vida.

Nunca digas que estás triste

Pois eu estarei sempre aqui para te alegrar.

Nunca digas que estás doente

Pois eu serei a cura na sua precisão.

Nunca digas nada de ruim

Diga sempre coisas boas

Saiba que eu lhe desejo tudo de bom.

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JÉSSICA SANTOS FARIAS

Estudante do 1º ano c. reside em Riacho do Mel. Tem 15 anos. Gosta de escrever

versos e poesias.

O AMOR

Um sentimento

Do qual não seria nada sem ele

Quando estamos perto do verdadeiro amor

Sentimos a diferença da paixão.

Ele nos faz notar

As pequenas diferenças

E descobrimos que a maioria de todas as belezas

São as menores de todas as raridades.

Até mesmo seu desejo de ser família

Para que a família desejasse ser você

Nela se faz paz no ouvir, no falar e no amar

O amargo vira mel.

Versos

Não sou coca

Nem guaraná

Mas faço sucesso

Em todo lugar.

Quando me vir sorrindo

Nem sempre estarei contente

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Pois nem tudo que a gente faz

Traduz o que a gente sente.

Ame quem te ama

Esquece quem não te quis

Pense no futuro

E saiba ser feliz.

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JULIANA ARAÚJO OLIVEIRA

Tem 13 anos e mora no Schubert e estuda o 7º ano do ensino Fundamental, turma A,

turno matutino.

A LEITURA

A leitura me enfeitiçou por quê?

Para nunca mais te esquecer.

A leitura entrou na minha vida

E mudou tudo, me ensinou

O verdadeiro caminho que me faz viver!

Por isso eu digo que preciso dela.

Escrevo para você ler

Escrevo simplesmente para te dizer

Que eu amo, amo a leitura.

Força é ceder aos limites

Do tempo que o livro dá para a vida

De um filho de Deus.

A leitura é a arte da vida!

Eu amo a leitura!

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LAÍS JESUS DE SOUZA e MICAELE DE SANTANA SANTOS

Alunas de 13 e 14 anos. Moram no bairro do Gato em Iraporanga. Elas cursam o 8º ano do

Ensino Fundamental, turma A, matutino. Gostam de ler, de escrever e de fazer

artesanato.

AS GÊMEAS SAPEQUINHAS

Num dia de sábado Cosmina e Damiana levantaram bem cedo, tomaram o café da manhã e

foram brincar. Eram duas irmãs gêmeas. Tinham seis anos de idade e eram muito sapecas.

A mãe delas, dona Tereza costumava lavar roupas aos sábados. Ela colocou algumas peças

de roupa na máquina, um pouco de sabão em pó, ligou o aparelho e depois foi arrumar os

quartos.

As meninas aproveitaram para aprontar. Foram até a cozinha, pegaram todos os pratos

sujos da pia e jogaram dentro da máquina. Logo depois a lavadora começou a pipocar,

fumaçando, com um forte cheiro de queimado.

Dona Tereza ouvindo o barulho e sentindo o cheiro estranho, saiu correndo desesperada.

- O que aconteceu, meninas? Pergunta a mãe.

- Não foi nada, mãe! Respondeu Cosmina.

- Como não foi nada? Olha só a máquina?

- Ah, mãe, a gente só queria lavar os pratos.

- Na máquina de lavar roupas?!

- Sim, mamãe, a gente pensou que podia lavar prato nessa coisa que lava roupa!

- Vão já para dentro as duas, agora! Vocês estão de castigo por dois dias!

Dona Tereza foi à cozinha, trouxe um pouco de milho, despejou no chão e mandou que as

meninas ajoelhassem em cima. Depois deixou as duas trancadas no quarto.

Algum tempo depois as garotas saíram do castigo. Dona Tereza resolve tirar um cochilo,

enquanto as meninas brincam no quintal.

Às três horas da tarde elas param de brincar e vão até o quarto ver a mãe que estava num

sono bem pesado. Fizeram a maior baderna e Dona Tereza não acordou. Bagunçaram o

cabelo da mãe. Pegaram sua maquiagem, e enquanto Cosmina pintava o rosto da mãe,

Damiana foi a casa dos vizinhos e chamou todo mundo. Disse que havia uma grande festa

em sua casa.

Quando todos chegaram Damiana pediu que se sentassem no sofá e esperassem um pouco.

Cosmina também desceu do quarto e se sentou também. Logo depois dona Tereza

levantou-se e foi para o banheiro. Ao se olhar no espelho, deu um grito. Desceu as

escadas e deu de cara com um monte de gente no seu sofá.

Todos caíram na gargalhada. Dona Tereza parecia uma palhaça.

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-Cosmina! Damiana! O que está acontecendo aqui? Perguntou a mãe furiosa.

- Nada, mãe! Disse a menina.

- Eu não aguento mais! Vocês são muito sapecas! Vou me trancar no quarto e nunca mais

eu vou sair, vocês que se cuidem sozinhas.

A mãe saiu muito nervosa.

- Nós não devíamos ter feito isso com a mamãe! – disse Cosmina.

- Não mesmo – disse Damiana.

Passaram-se alguns dias e a mãe das meninas realmente permanecia trancada no quarto

sem comer e beber nada. As meninas preocupadas, todos os dias batiam na porta do

quarto e pediam para a mãe sair, mas ela dizia sempre a mesma coisa.

- Não vou sair por tão cedo!

Mais um dia se passa e as garotas vão tentar mais uma vez convencer a mãe a sair do

quarto. Só que dessa vez a mãe não respondia. As gêmeas ficaram preocupadas e

chamaram os vizinhos. Eles arrombaram a porta do quarto e entraram. Dona Tereza

estava morta.

Cosmina e Damiana estavam agora sozinhas no mundo. Já não tinham pai e ficaram órfãs

também da mãe. Sem parentes, as gêmeas sapecas foram internadas num orfanato.

A família é o bem mais precioso do mundo, principalmente os pais.

Trate bem seu pai e sua mãe, porque mais cedo ou mais tarde você pode perdê-los.

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MARIA DAS GRAÇAS SOUZA ARAÚJO

Tem 13 anos e estuda o 7º ano do Ensino Fundamental, turma A, turno matutino. Mora na

localidade do Vitoriano.

VERSOS

Não tenha vergonha de suas lágrimas,

Pois elas são iguais a uma chuva

Para molhar nossos corações

Que são muito ressecados.

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MARCIEL DE JESUS LIMA

Mais conhecido como Igor, reside em Iraporanga. Estuda o 3º ano do Ensino Médio, turma

A. É considerado o poeta do ERFS, pois adora escrever poemas e mensagens.

A REALIDADE

O que é a realidade?

Realidade é o que há em você, do que você não pode fugir o que você tem que viver, sem

medo.

Ser realista é ser eu mesmo, ser realista é ser você.

Viva sempre a sua realidade porque ela está ali dentro de você.

Não deixe sua realidade ir para o mundo invisível porque lá você não pode vê-la,

E se você não ver a sua própria realidade, ninguém nunca verá por você.

Não viver o que deve ser é ficar no mundo imaginário.

Veja o que é real

Viva o que é real

Seja realmente você

Encontre sua realidade.

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EM BUSCA DA FELICIDADE

Se um dia tudo se transformasse em brilho!

Será a vida sorrindo a meu favor?

Se um dia sentir realmente felicidade!

Serão sonhos sendo realizados?

Se na distância estiver perto!

Será amor?

Se por um só momento errar profundamente!

Desistiria?

Se um dia conseguir o que mais deseja!

O que mais ter?

Será o fim, um começo ou um recomeço?

Se tiver que ultrapassar os limites!

Continuaria?

Viva buscando e nunca desista porque sempre chega o momento de encontrar.

Se encontrar seja feliz porque a felicidade espera por você.

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AMAR É VIVER

Se o amor levasse-nos a riqueza, todos realizariam sonhos.

Se o amor estivesse só no passado, nunca viveríamos o presente.

Infelizmente a vida para mim é assim...

Se eu vivesse no passado um grande amor, o presente na minha vida não existiria.

Você deve está se perguntando como eu entendo tanto sobre o amor.

Eu não achei, não encontrei,nem ganhei, eu descobri vivendo, gostando, buscando em

mim.

Esse é o verdadeiro significado da vida,

Amor.

Amar é ter uma completa felicidade.

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MARINEZ BONFIM PEREIRA

Nasceu em 27 de abril de 1993 em Iraporanga-Bahia. Estuda o 1º ano do Ensino Médio,

turma C. Gosta de escrever mensagens.

AMAR É...

Amar é saber pedir mesmo quando não há nada a receber,

É saber está perto mesmo quando está ausente,

É sentir saudades mesmo presente.

Amar é dar amor sem cobrar nada em troca,

É saber dar carinho nos momentos decisivos

É proteger de tudo e de todos.

Amar é dar tudo de si,

É confiar mesmo quando não é verdade,

É respeitar mesmo quando o próximo quando respeito

Amar é aceitar o sofrimento

E fazer dele uma alegria.

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PALOMA ALVES DE AQUINO

Tem 13 anos e mora no Riacho do Mel. Estuda o 7º ano do Ensino Fundamental, turma B,

turno matutino.

AMIZADE

Amizade não é simplesmente

Uma palavra ou objeto

É algo que se constrói

E depende muito da pessoa para dar certo.

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RENATO MATHIAS DOS SANTOS

Nasceu em São Paulo em 18 de janeiro de 1985 e mora atualmente em Iraporanga. Cursa

o 2º ano do Ensino Médio, turno noturno.

BRASIL

Oh! Bendita pátria de minh’alma

Cuja grandeza supre nossas necessidades

Ao soar-me ao ouvido tudo acalma

E nos repleta de boas lembranças e saudades.

Bandeira brasileira que representa a luz

A ti honramos com fidelidade

É o rumo certo que nos conduz

Fiéis, fiéis por toda a eternidade.

Tu és digna bandeira

De uma pátria cheia de ternura

És como forte videira

Onde seu bom fruto se perdura.

Oh! Brasil doce e terno

Nossos corações se jubilam por ti

Oh! Pátria de beleza e amor eterno

Cuja paixão maior nunca senti.

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SUPREMO DEUS

Supremo Deus de infinita bondade,

Poder e sabedoria.

Imploramos que nos conceda o entendimento

Da sua divina teoria.

Em nome do teu filho amado que és bendito,

Eterno e amigo,

Para que não sejamos enganados

Pelo perverso inimigo.

Preencha os espaços vazios de nossos corações

Como seu eterno amor.

Nos proteja de toda malignidade

E nos envolve com teu resplendor.

Proteja teus pequeninos e livra-nos do mal

Que o mundo proporciona.

A tua benignidade, grandeza e infinito amor,

Intensamente nos emociona.

Glórias te damos divino Pai eterno

Cuja tão quão ternura é suprema.

Que a nossa fé em ti, Pai celestial

Venha vencer qualquer problema.

Que um breve futuro, o ser humano

Venha conhecer este verdadeiro Deus.

O Deus que nos ama, o Deus que nos salva,

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O Deus que cuida dos filhos teus.

Viemos agradecer por tudo, inclusive

Pela saúde e forte perseverança,

Pois acreditamos num novo mundo,

Onde haverá pás, harmonia e esperança.

DEUS SEJA LOUVADO.

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ROCLÉCIA DAS NEVES SILVA

Tem 19 anos e mora em Olhos D’Água. Estuda o 1º ano do Ensino Médio na turma C, turno

noturno.

CANTINHO DO AMOR

O amor é cego

O amor é mudo

Mas pra quem ama

O amor é tudo.

Meu abc caiu no fogo

Corri para pegar

Peguei a letra J

O resto pode queimar.

Uma cor, teus olhos

Uma alegria, te beijar

Um medo, te perder

Uma frase, amo você.

Quando te beijei

Não parei para pensar

Foi com aquele beijo

Que comecei a te amar.

Cravo para ser cravo

É preciso ter espinho

Amor para ser amor

Precisa de carinho.

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Se você me ama

Não diga a ninguém

Diga somente para mim

Que eu te amo também.

Se um dia você dizer

Que eu já te esqueci

Chore, pois neste dia

Com certeza já morri.

Gosto de você

Gostarei até o fim

Gostaria de saber

Se ainda gosta de mim.

É triste um amor

Um amor ter um fim

É triste gostar de você

E você não gostar de mim.

Se sonhar comigo

Não tente esquecer

Sonho não é realidade

Mas um dia pode ser.

Gosto porque gosto

Gosto porque sim

Gosto também da sua mãe

Que fez você para mim.

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TAYNARA SOUZA VIEIRA

Taynara tem 13 anos e mora no bairro do Gato em Iraporanga. Cursa o 7º ano do Ensino

Fundamental, turma B, turno matutino. Gosta de ler e de escrever poesias. Também gosta

de fazer artesanato. Ganhou a medalha de ouro na disciplina de Ciências nas Olimpíadas

Estudantis de Iraquara.

PAIXÃO OU ILUSÃO

Você me fez acreditar

Que era minha grande paixão

Mas só era uma grande ilusão

E em minha vida

Fez grande destruição.

Só me fez sofrer

Nunca quis me defender

Me fez chorar

E não me deixou as lágrimas enxugar.

Só quis comigo brincar

Me machucar

Me deixou a te esperar

Sabendo que nunca vai voltar.

Mas estou feliz

Aqui sem você

Meu coração encontrou / Uma nova paixão.

VOCÊ

Pelas estradas que andei

Page 31: REVISTA LITERÁRIA DO EDUCANDÁRIO ROBERTO SANTOS - ANO 01 - 2011

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Pelas que encontrei

Você é a pessoa

Que nunca esquecerei.

Você me ensinou o que é amor

O que é amar

Também aprendi com você

O que é se apaixonar.

Fico pensando

Se eu não te encontrasse

Quem me amaria

Quem me ensinaria a amar.

Mas a sorte surgiu

E você encontrei

E foi por você

Que eu me apaixonei

E é claro que eu sempre te amarei.

AMOR

Amável

Incomparável

Indispensável

Inexplicável

É o amor.

Page 32: REVISTA LITERÁRIA DO EDUCANDÁRIO ROBERTO SANTOS - ANO 01 - 2011

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Às vezes se transforma em dor

Às vezes se transforma numa grande paixão.

Como uma rosa delicada

E também perigosa

Tem pétalas e tem espinhos.

Você pode pisar em pétalas

E caminhos lindos encontrar

Ou em espinhos

E sua vida completamente acabar.

Page 33: REVISTA LITERÁRIA DO EDUCANDÁRIO ROBERTO SANTOS - ANO 01 - 2011

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TAINÁ DE SOUSA SANTOS

Tainá tem 17 anos e mora no bairro do Gato em Iraporanga. Cursa o 2º ano do Ensino

Médio, turma A, turno noturno. Adora ler e escrever. Participa do Projovem. É leitora

assídua da Biblioteca Maria Torres.

TUDO COMEÇA

Tudo começa num encontro inesperado

Num jeito impensado

No sorriso apaixonado.

Tudo começa

Numa noite clara de luar

Quando dois amigos resolvem passear.

Tudo começa num beijo roubado

No desejo incontrolável

No pensar assustado

De dois amigos que um dia

Iriam ser namorados.

Tudo começa quando algo

Inexplicável abençoa

Esse casal apaixonado.

ESTRELAS

Olho as estrelas e fico a pensar

Como seria te reencontrar.

Page 34: REVISTA LITERÁRIA DO EDUCANDÁRIO ROBERTO SANTOS - ANO 01 - 2011

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Olho as estrelas e fico a imaginar

Como seria te conquistar.

Olho as estrelas e fico a sonhar

Como seria poder te olhar.

Olho as estrelas e estou a pensar

Como seria poder te falar

Olho as estrelas e estou a pensar

Como seria poder te abraçar

Olho as estrelas e estou a pensar

Como seria poder te beijar.

Olho as estrelas e me ponho a sonhar

Em um dia te amar

Olho as estrelas e me ponho a pensar

Um dia você e eu no altar.

Page 35: REVISTA LITERÁRIA DO EDUCANDÁRIO ROBERTO SANTOS - ANO 01 - 2011

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ANTONIO GUNES VIANA

Professor de Matemática. Atualmente é vice-diretor do ERFS. É compositor e poeta.

Aprecia a música e gosta muito de cantar. Publicou seu primeiro livro, VERSOS

METEOROLÓGICOS, em outubro de 2010.

ESTÁGIOS DA VIDA

1º estágio:

Os choros e as mamadeiras

Os tombos e as brincadeiras.

2º estágio:

As escolas e as namoradas

As alegrias e as gargalhadas.

3º estágio:

Os projetos e ambições

Os sonhos e as realizações.

4º estágio:

A família, os filhos e os netos

As frustrações e os novos projetos.

5º estágio:

O conhecimento adquirido

E a certeza de ter vivido.

6º estágio:

A velhice e as lamentações

As doenças e as desilusões.

7º estágio:

A fé, o espírito e a luz

A confiança nas promessas de Jesus.

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MINHA TERRA

Iraquara! Iraquara!

Minha terra, minha vida.

Quero ver desenvolver,

De Iraquara a Zabelê,

Por toda terra tão querida.

Em Iraquara vou viver.

Tem café, tem mandioca

E a Lagoa de Piroca.

Tem Lapa doce, Pratinha e Torrinha.

Tem mamona e tem feijão.

Tem marro do Sobradão

E as cachoeiras lá no Mel

Tem pedras até sinais

Muitas frutas nos quintais

Tudo pode produzir.

Iraquara! Iraquara!

Minha cidade tão rara

Vamos juntos progredir.

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CHAPADA DIAMANTINA

Chapada Diamantina,

Linda menina

Tu vais a brilhar

No teu reino brilhante.

Faça-me te amar

Passando por lindos vales

Tu nem me fales,

Vou escutar

O canto das cachoeiras.

Tuas perambeiras

Vou penetrar

Por entre morros e rios

Teus desafios

Vou enfrentar.

Morando lá nas cavernas,

Lendas eternas

Eu vou contar.

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MARIA MOREIRA DE SOUZA NETA E SILVA

Licenciada em Letras Vernáculas pela UNEB e pós-graduada em Língua e Sociedade pelo

ISEGO. Tem 25 anos de docência. Foi diretora por 12 anos do ERFS, escola onde hoje

leciona Língua Portuguesa e Literatura Brasileira.

SAUDADE

O que é saudade?

Quem tem saudade?

Quem tem um amor

ou quem é amado?

Que bom amar!

Amar é soltar,

libertar amarras, apertos, dor.

Que sentimento é esse?

Que ora prende, ora liberta

ora sofre, ora se alegra.

Quanta dor e quanta alegria!

Alegria por saber que existe

um motivo pra sofrer e quanta dor

por saber que alguém que está

distante é o seu amor.

que amor? Quantos amores?

Tantos quanto o coração

aguente dividir.

Amor de amor, amor de filho

amor de mãe,

ha! Amor de mãe!

Que amor é esse?

Um amor tão sublime

que se anula, que cresce,

que sofre, que ama!

Um amor tão grande que

ultrapassa até os limites

da eternidade.

mas às vezes não suporta

a distância do abraço,

do beijo, do estar perto.

e se sente preso / numa gaiola da saudade!!!.

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SELMA MAGALHÃES DE SOUZA OLIVEIRA

Natural de Afrânio Peixoto, Lençois-Bahia. Nasceu a 05 de maio de 1961. Filha de

Miguel Alves de Souza e Isaudy Magalhães de Souza. Casada, mãe de cinco e avó

de cinco netos. Professora e amante da literatura. Gosta de escrever poesias e

narrar as histórias vividas em sua infância.

VALE DO CAPÃO – GRÃOS DE LUZ E GRIÔ

SENTIMENTO OU SENSAÇÃO DE ESTAR AQUI

Depois de muitos dizeres estar aqui significa:

Serenidade, curiosidade,

Saudade, tranqüilidade,

Ansiedade, paz, nervosismo

Alegrias, muitas coisas

Coisa gostosa, liberdade

Parado demais, devagar

Afobamento, contato com a natureza,

Grandeza, magia e encantamento

Conto de fadas, estar no paraíso

Dor de cabeça sem estresse

Amor e tudo isso

Maravilha, confusão interessante

Brincadeira de dar tchau

Brincar de mamar e despedir

E voltar pra mamar

Sorte por estar aqui

Viver o eu em harmonia com a natureza

Encontrar comigo mesmo

Aprender em parceria

Apaixonar para aprender

Ou aprender apaixonado

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Mudança radical

Silencio e tudo de bom

Gente dentro da gente, sendo todos

Ao mesmo tempo.

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PEDAGOGIA GRIÔ - INESQUECÍVEL

Nossa viagem começou

Desde o primeiro encontro

Vendo tudo diferente

Foi tamanha a animação

Ao ouvir que muito breve

Em dias bem lá pra frente

Teria outra reunião

Para se sentir mais leve

Pra trabalhar bem contente

Mas nem passou por nossa mente

Que seria aqui no Capão.

Pois bem

Pra continuar a história

Vou contar da euforia

Do grupo da minha escola

Quando soube pra onde ia

Começaram a lavar sacola

E pensar no que cabia

Para não esquecer nada

Principalmente o que aquecia.

Ao chegar o grande dia

Oh que contentamento

Arrumamos a cachorra

Cuidamos das unhas e dos cabelos

Ninguém quis ficar atrás

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Dos meninos às meninas

Cada qual se mostrava mais.

Assim nesse clima gostoso

Seguimos estrada afora

Passando pontes e mata-burros

Sem se preocupar com a hora.

Muito menos com o calor

Ou o dia de vir embora.

Dentro do ônibus as brincadeiras

O calor e as poeiras

Terezinha com as bolachas

A arrelia das bagagens

E o animado dominó

Da turma do fundão.

Nesse clima de amizade

Com o buzão a rodar

As mulheres arrumadinhas

Tal qual princesas a esperar

A festa do príncipe encantado

Que vivem sempre a sonhar

As horas foram passando

E nós na estrada a pensar

Como seria a chegada! Quem estaria lá?

Será que o velho Griô

Estaria a nos esperar?

Depois de muito rodar

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Meu Deus que confusão

A estrada não era aquela

Volta de ré o buzão

Como sempre a alegria

Misturada a apreensão

Depois, ai que alivio

O motorista aplaudido

Pela sua atuação.

Voltamos à estrada

Acertamos a entrada

Que maravilha a chegada

Foi aí que fiquei pasmada

Por falar em princesa encantada

A pousada tão esperada

Alem de linda e alinhada

Tem por nome “Castelar da Alvorada”.

Lilian e Arita, que lindas

Nos recebeu com um sorriso

Não tive dúvida nenhuma

Estamos no paraíso

Que paz, que vida

Pois tudo é tão bonito

Que valeu o sacrificio

De deixar as nossas casas

Mulheres, maridos e filhos queridos.

Entramos no Paraíso

Conhecemos o alojamento

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Chalé lindo, maravilhoso

Depois de guardar a cachorra

Tomamos um lanche gostoso

Para tristeza de Barbara

Carne nem pra guloso.

Ao passear pelos arredores

Tudo cuidado com amor

Vimos coisas interessantes

Cada um falou, falou

Das construções diferentes

Que objetos lembrou

Esse parece um forninho

De assar avoador

Foi que Eliene pensou.

Vou descrevendo os fatos

Como tudo aconteceu

O que cada um achou

Do lugar que nos acolheu

Depois de entrar no templo

Foi que tudo começou

Energia boa, confraternização

Músicas e brincadeiras

Coisas novas a conhecer

Grãos de Luz e Griô, pedagogia diferente

Gostosa de viver e de fazer.

Na hora de socializar

E expressar sentimentos

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Todos puderam falar

Daí surgiu brincadeiras

Pra ninguém de fora ficar

Mestre Luizinho passou mal

Por falta de feijoada forte

Sinelandia de touca e luvas

Frio que Nemo dela

Só lá no Pólo Norte.

Na roda lá do templo

Saudades de partir corações

Dos filhos e dos maridos

Que ficaram logo esquecidos

Na hora das refeições.

Deixando as saudades de lado

Vamos lembrar os demais

Não vai escapar um fato

O que meus olhos alcançaram

Deixarei neste relato

A história de Sinelândia

A burrinha de Pedro Sié

O beijo de Lilian e Márcio

A pombinha do nosso chalé.

Aqui rolou de tudo

Comparações movimentos

Gestos com músicas

Lembrando garimpeiros

Lavadeira e pescador

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O castelo de Aline Vieira

A palhaçada de Nelson

Deixando Aline Novaes

Tremendo de medo e pavor

As meninas no trapézio

Que Didácia fotografou.

Não posso terminar meu registro

Deixando alguém esquecido

Por isso o último verso

Vai ficar um pouco comprido

Citarei nome por nome

Desse grupo tão unido

Oi, meu Deus que distração

Quase esqueço um acontecido

A proposta de Alaíde

Ao seu esposo querido

Para uma segunda lua-de-mel

Nesses chalés escondidos.

Alaíde, Alines e Arita

Ana Paula, Bárbara e Cleide

Didácia, Eliene e Enilson

Enoque, Graciema e Iolanda,

Joanas, Lilian e Luiz

Marlene, Marcia e Marias

Marivaldo, Nilson, Nilza e Nivaci

Raimundo, Paulo, Sinelandia e Silvana

Sirleide, Terezinha e Tércio.

Deixo a todos um abraço

Aguardando o próximo encontro

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Espero no mesmo espaço

E mandar com todo amor

Um abraço de todos nós/ Ao nosso querido velho Griô.

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SUZANA DURÃES VIANA

Natural da vila de Iraporanga, município de Iraquara-BA, onde reside. É graduada em

Letras Vernáculas e pós-graduada em Língua, Sociedade e Educação pelo ISEGO e atua

como professora de Língua Portuguesa e Produção Textual na rede pública. Apaixonada

por livros e artesanato. Publicou na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, pela

Câmara Brasileira de Jovens Escritores. Atualmente publica seus textos nos sites Recanto

das Letras e O melhor da web. Gosta de escrever poemas e cordéis.

PARNAÍBA

Parnaíba, Parnaíba

Minha vila capital

És o berço de meu berço

Um cantinho especial

Onde vive gente amiga

De carinho natural

Parnaíba, minha terra

Tens o brilho do cristal.

Parnaíba, minha vila

Tua história me seduz

Fiz de ti, minha morada

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Agradeço a Jesus

Parnaibano sincero

Não despreza a sua luz

Vim cantar suas belezas

A você eu faço jus.

Em sua geografia

És curioso lugar

Parece cratera aberta

Tipo faceta lunar

E a lagoa encantada

Desperta o nosso pensar

Será lenda ou verdade

O que aconteceu por lá?

Tens clima especial

Quente, leve e fagueiro

Em meio à grande Chapada

Daí o friozinho mineiro.

Em cuja vegetação

Vejo orquídea e coqueiros

E na fauna, onça e tatu

E muito passarinheiro.

Outros nomes já te deram

Parnaíba, minha flor

Esconso, Iraporanga,

Mas nenhum com tal fervor

Como este encravado

Proclamado com amor

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Parnaíba é o preferido

De teus filhos de valor.

Oh, vila tão pequenina

De distintas divisões

Alto, Lobato e Gato

Centro e aglomerações

De gente simples e robusta

Que honra suas tradições

Ao garantir seu espaço

Não aceita contradições.

Parnaíba, vila minha

Tua gente hospitaleira

Acolhe quem a procura

Com alma gentil e faceira

Povo alegre e amoroso

Que adora brincadeira

Na defesa dos direitosLevanta firme a bandeira.

Santo Antonio te proteja

A Mãe Senhora há de guardar

O Evangelho te guia

Santos Reis há de amparar

E que as Forças do Bem

Sustentem o teu caminhar.

São tantos os teus encantos

Vila minha e de todos

O meu maior desejo:

Seu progresso sem engodo.

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Que jamais falte o sossego

Em cada canto envolto

Parnaíba, Parnaíba

És o brilhante do Poço.

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O CASAMENTO DE JOÃO PREGUIÇA (Cordel)

Preste atenção, minha gente

No causo que vou contar

É a história de um Cabra

Sem gosto pra trabalhar

O seu nome é João Preguiça

Seus deslizes vou narrar.

Deitado em bela rede

Dia e noite a balançar

Sem pressa nem adjunto

Que o faça levantar

Quem vê sua situação

Passa logo a perguntar.

Esse bicho não levanta

Nem ao menos pra comer?

Onde já se viu um homem

Dormindo feito bebê?

A preguiça vai matá-lo

E isso nós vamos ver.

Admire minha gente

Do fato que sucedeu

João Preguiça em sua rede

Nada fazia de seu

Noite e dia na madorna

Muita sorte mereceu!

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Apareceu uma Dona

Rica e doida pra casar

Decerto era a idade

Já estava a passar

Encantou-se por João

E quis logo se noivar.

O casamento se deu

Com muita festa e folia

Mas o noivo em sua rede

Sem vontade não saía

Foi preciso grande esforço

E muita estripulia.

Passado o casamento

Pra rede João voltou

E a malfadada esposa

Pouco a pouco se cansou

De ver faltar o marido

Debaixo do cobertor.

Pois a preguiça do Cabra

Fazia perder a razão

Deixava a mulher sozinha

Sem afago e atenção

Para não fazer esforço

Ao usar a munição.

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Tudo tem começo e fim

Não seria diferente

Com João e sua preguiça

Que amolava tanta gente

Sua mulher foi embora

Nos braços de um Tenente.

Será que João sofreu

Com a traição merecida?

Será que sentiu dor

Ao ver a triste partida?

Ou pouco se incomodou

Pra ele não foi desdita?

Na sua rede estava

Na sua rede ficou

Tudo que aconteceu

Pra João pouco importou

Ele queria sossego/ E isso ela deixou.

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SE TODO DIA FOSSE NATAL...

Haveria mais brilho no mundo

Ensejo de novos rumos

Energia mais salutar.

Haveria mais irmandade

Gestos de camaradagem

Amor a compartilhar.

Haveria mais esperança

Cuidaríamos mais das crianças.

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TÉRCIO BISPO

Pedagogo, pós-graduado em Gestão Ambiental. Reside em Iraporanga. É professor no

ERFS. Luta pelo uso consciente e responsável da natureza, para que possamos viver em

condições dignas perante o meio ambiente.

HISTÓRIAS E BELEZAS DA PACATA IRAPORANGA

Apesar de pequenina, a antiga Vila de Iraporanga nascida por volta de 1730,

pertencente ao município de Iraquara, cravada no coração da Chapada Diamantina-Bahia,

é construída sobre pilares sólidos de crenças e culturas que fazem dessa terra um cartão

de visitas, um atrativo pra quem ama "causos" e adora vislumbrar a natureza. A pacata

vila possui uma história que parte do achado de um facão no qual continha uma inscrição

"Parnahyba", dando assim início à formação de uma cultura riquíssima, à homogeneização

das raças, dos costumes, da criação de lendas e crendices. A velha Parnahyba serviu para

a travessia de tropeiros, altos comerciantes que espalhavam um pouco da moda e da

cultura de países europeus como: França, Espanha, dentre outros.

Situada há 470 km da sua capital (Salvador), a vila foi crescendo aos poucos,

consolidando seu aspecto, influenciada muitas vezes pelo Brasil-Colônia, sendo construída

também com traços africanos, pois nasceu em meio a todo processo escravista no país.

Algum tempo depois, por questões políticas, passa a chamar-se Iraporanga, que do

Tupi significa "cabaça de mel", mas pouquíssimos moradores se referem ao lugar pelo

nome atual.

Contam os antigos que um vilarejo fora inteiramente engolido pelas águas da chuva,

dando origem ao que é hoje, uma grande lagoa coberta pela vegetação de taboas. Pessoas

afirmam categoricamente que já viram ou que viveram situações horripilantes diante de

um lobisomem. Outros dizem que o vilarejo está suspenso por três colunas rochosas... e

assim por diante. Mas nem tudo se resume em causos e fantasias, pois as belezas estão

estampadas nas fachadas dos casarios antigos, no calçamento da praça principal, no verde

que ainda brota do chão, bem como os poços de água escura do rio Rochedo, fincado no

meio da serra.

O que mais marca é a expressão sertaneja presente no "aboiar", na música caipira

ainda ouvida, no cantar dos passarinhos que celebram muitas vezes os períodos de chuva,

nas cantigas de roda, no reisado e tantas outras manifestações.

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Hoje com pouco mais de 4.000 habitantes (IBGE 2010) Iraporanga busca sua emancipação,

para assim conseguir recursos frente aos órgãos governamentais, para as tão sonhadas

melhorias e o progresso do lugar.

Se você quer paz de espírito, tranquilidade, respirar ar puro, e de deliciar com as belezas

naturais deste lugar, venha conhecer Iraporanga e corra o risco de nunca mais querer ir

embora.

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VALDETINA SANTANA

Mora em Iraporanga, ao lado do Educandário Roberto Santos onde é funcionária há-- anos. É grande apreciadora da leitura e ótima contadora de histórias. Uma colega de trabalho alegre, prestativa e que mantém um relacionamento muito saudável com os

estudantes. Abaixo uma das tantas histórias que ela tem prazer em narrar.

O PRÍNCIPE ENCANTADO

Havia um pai que tinha três filhas. Ele era viajante. Certo dia se preparou para viajar mais uma vez. Perguntou às suas filhas o que

queriam que ele trouxesse de presente. A mais velha disse que trouxesse um vestido da cor do mar, enfeitado de peixinhos. A do meio pediu um vestido da cor do céu salpicado de estrelas. O pai perguntou á mais nova o que ela queria. Ela respondeu:

- Não quero nada não. - Vou trazer vestidos para suas irmãs e nada para você? – disse o pai. A menina então respondeu: - Quero uma flor. A primeira que o senhor avistar no caminho. O pai viajou. Durante a viagem comprou os presentes pedidos pelas filhas, mas não

encontrou nenhuma flor para a mais nova. Na volta para casa, avistou um castelo. No jardim do palácio viu uma linda flor.

Aproximou-se para colhê-la e levá-la para sua filhinha. Ao chegar perto da flor, ouviu uma voz:

- Não lhe toque. O homem não sabia de quem era a voz, mas mesmo assim contou toda sua história e

do pedido feito pela filha. A voz então falou: - Você pode levá-la para casa, mas com uma condição. A primeira pessoa que você

encontrar tem que trazer para mim. Ele pensou: ”O primeiro que vejo é o meu cachorro que vem me encontrar.” E lá

foi ele para casa. Ao chegar em sua casa, a primeira pessoa a encontrar foi sua filha mais nova. O pai

então lhe deu a flor e contou toda a história da voz misteriosa. A menina entendeu e disse:

- Eu vou ao castelo, meu pai. Pode me levar. Ao chegar ao castelo ouviram a voz: “-Pode deixar ela aqui e voltar.” Falou para a mocinha: - Entre! Ela entrou. A voz continuou falando: - Vá ao quarto, tome banho e ponha o vestido que está sobre a cama. Assim ela fez. Mais uma vez a Voz falou: - Vá agora à cozinha que o jantar está sobre mesa. A garota foi à cozinha, jantou e depois foi descansar. E assim passou a viver no

castelo em companhia daquela voz que ela não sabia de quem era, pois nunca via ninguém.

Com o passar do tempo ela sentiu saudades dos pais e das irmãs e pediu para ir fazer-lhes uma visita. A voz disse:

- Pode ir, mas não traga nada de lá. Ela foi visitar a família. Chegando a casa contou toda a história. A irmã mais velha

sugeriu: - Ele deve ser um príncipe encantado. Leve um pente e quando a Voz estiver

jantando passe em sua cabeça que ele desencantará. A menina lembrou-se da recomendação que a Voz fez e não levou o pente quando

voltou pro castelo. Mais uma vez ela voltou a casa do pai. Dessa vez a irmã do meio lhe falou:

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-Leva uma vela e quando ele estiver jantando pingue três pingos sobre a sua cabeça e ele desencantará.

Dessa vez ela resolveu seguir o conselho e levou a vela. Quando o príncipe jantava, ela pingou três pingos sobre sua cabeça e ele desencantou. Era realmente um príncipe. Ele então lhe diz:

- Você traiu a minha confiança. Pra me encontrar agora você terá que caminhar bastante.

E sumiu. A moça andou, andou, andou. Chegou à casa do Sol. Saiu uma velhinha. Ela contou

toda sua história. A Velha respondeu: - Meu filho anda bastante, mas ele é bem quente. Não sei se você vai agüentar a

quentura dele. O sol chegou e o tempo estava frio. A moça contou a historia. O Sol falou: -Eu só ando de dia, mas minha amiga Lua sabe onde fica o palácio. O príncipe está

lá. O Sol levou a menina até a casa da Lua. Chegando lá uma velhinha atendeu. A

garota contou toda sua historia. A Velha falou: -Minha filha é bastante fria, se você suportar... A lua chegou e ela repetiu a história. A Lua disse: -Vou te levar a quem sabe todas as coisas, um amigo que anda por todos os lugares.

E a levou ate a casa do Vento. Uma velha a recebeu: - Meu filho é bastante forte, se você suportar... Ela disse: -Eu suporto. - E repetiu toda a história. O Vento falou: -O príncipe vai se casar daqui a dois dias. Vamos que eu te levo ao palácio. E assim

fez. Chegando ao palácio, colocou a jovem num lago perto do palácio. Nesse lago havia

uma negra que estava carregando água para o castelo. Ao abaixar para tirar água do lago a negra viu o reflexo da moça na água. Pensou que era o dela.

- Olha como sou linda e carregando água para a ama?! Ah!, eu vou quebrar esse pote.

Quebrou o pote e foi embora. No castelo a ama falou: - Você tem que carregar água, negra, pra preparar a festa do meu casamento. A negra voltou com a lata. Tornou ver o reflexo na água e falou: - Ah, sou tão linda e carregando água! – Amassou a lata. A jovem começou a dar risadas lá de cima da arvore. A negra disse, ao vê-la:

- Ah, é você que tá aí , né. Desça. A jovem desceu. A negra então enfiou um alfinete em sua cabeça e ela

imediatamente virou uma pomba. A pomba voou ate o quarto do príncipe e sentou-se em seu colo. Ele começou a

alisar a sua cabecinha quando encontrou o alfinete. Puxou o alfinete e o encanto se desfez.

- Ah, é você! – disse o príncipe vendo a jovem. -Sim, sou eu. Andei bastante para te encontrar. Era o dia do casamento do príncipe. Ele foi ate a janela do palácio e falou alto: - Minha gente, eu perdi uma chave velha e achei uma nova. E agora eu encontrei a

velha. Com quem eu devo ficar?! Todos gritaram: -Fica com a velha!!!! Então o príncipe casou com a jovem princesa e foram felizes para sempre.

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MENSAGEM

Escrever o que pensamos e o que sentimos nos liberta, nos conforta e nos atrela àqueles

que nos leem.

Que a edição desta Revista Literária seja o primeiro passo para que tantos outros

estudantes que apreciam não só a leitura, mas também a escrita, desenvolvam cada vez

mais o seu potencial criativo e que sejam reconhecidos.

O nosso objetivo é dar visibilidade a esses escritores anônimos do Educandário Roberto

Santos.

Agradecemos a todos e todas que colaboraram para que este trabalho acontecesse.

Parabéns aos escritores e escritoras PRATA DA CASA presentes nesta 1ª edição.

Organizadores: Estudantes do 1º ano C e Suzana Durães Viana.

Iraporanga

2011

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