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dalila-melo
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Oh! par de rosas formosas que eu vejo perto de mim; quem vos fez assim cheirosas, fez muitas flores assim.
Rosas
A natureza enfeitando, sois úteis trabalhadoras, pois conservais meditando as almas mais sonhadoras.
A vossa vida ligeira, de ostentação resumida, é uma lição verdadeira, do que há no mundo e na vida.
Na sua forma exterior, tudo no mundo é fugaz, tudo tem vida de flor que o tempo vem e desfaz.
Da vossa curta experiência, do curto brilho em que estais, floresce a mais pura essência, que não se extingue jamais.
É vosso aroma e perfume qual delicado troféu, que vossas vidas resume em outras flores no céu.
Assim, as coisas do mundo não são o luxo, a vaidade; sim o que vive profundo, na vida da eternidade.
Também na grande passagem, da vida humana agitada, não há apenas miragem, temendo a sombra e o nada.
Dentro do homem palpita, um outro homem mais puro, ser que se bate e se agita, para escapar do monturo.
Oh! rosas, rosas de amores, senhoras dos versos meus, no fundo tudo são flores, a caminhar para Deus.
Jésus Gonçalves
Livro Flores de Outono
Psicografia de Francisco C. Xavier
Elaborado por Nei Sant´Anna