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Década de 70 do séc. XIX: Socialismo vs Republicanismo

Definição: Ideologia defensora de uma justa distribuição da riqueza e da igualdade dos direitos. Defendia o reforço do poder dos municípios (municipalismo), a criação de associações de classe (associativismo) e a federação dos povos peninsulares (federalismo).

Motivos do Fracasso: Fracassou devido ao facto de as suas ideias se dirigirem ao operariado e este ser pouco numeroso e não possuir instrução e organização suficiente para compreender e pôr em prática essas ideias, mas também devido à concorrência do republicanismo.

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Definição: Ideologia defensora da democracia e das ideias de liberdade, igualdade e fraternidade. Surgindo num contexto de monarquia constitucional, pretendia abolir este regime e substituí-lo pela República.

Detalhes: O programa do Partido Republicano Português era muito abrangente, propondo soluções para os problemas de todos os grupos sociais. Em 1878 começou a eleger os primeiros deputados para o Parlamento. Contava com o apoio da pequena e média burguesia, de sectores importantes do Operariado, da Maçonaria (Sociedade secreta de inspiração iluminista, defensora dos princípios da liberdade, igualdade e fraternidade) e da Carbonária (Sociedade secreta com fins políticos, anticlericais e defensora da liberdade, que preconizava o recurso à luta armada para atingir os seus objectivos).Os republicanos pretendiam denunciar as fraquezas do regime monárquico, a corrupção política, a inépcia dos partidos e a influência (para eles negativa) do clero em toda a vida da nação.Apresentando-se como alternativa, o seu maior desejo era derrubar o regime para poder pôr em prática as suas ideias e reformas.

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O chamado Mapa Cor-de-Rosa era o documento que representava a pretensão de Portugal exercer a soberania sobre os territórios que ficavam entre Angola e Moçambique e que correspondem hoje à Zâmbia, ao Zimbabué e ao Malawi. A disputa com a Grã-Bretanha sobre estes territórios deu origem ao ultimato britânico de 11 de Janeiro de 1890, a que Portugal cedeu, com os consequentes danos para imagem interna e externa do governos monárquico português.

Janeiro de1890 – Ultimato Britânico1891 – Tentativa falhada de implantação da República no Porto: mudança de governo.

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As forças revoltadas saíram da Praça de D. Pedro e principiaram a subir a Rua de Santo António (…).Uma multidão imensa acompanhava-os (…); as senhoras às janelas soltavam vivas, batiam palmas (…).Na altura da Viela dos Banhos, do lado direito da Rua de Santo António, a Guarda Municipal deu uma descarga que lançou o Pânico.A rua ficou coberta de vítimas. Os revoltosos desceram até ao edifício da Câmara Municipal, onde se reuniram. O capitão Leitão ainda tentou contra-atacar a Guarda Municipal, mas era já tarde.

Tenente Coelho, História do Regime Republicano (adaptado)

A Revolta de 31 de Janeiro de 1891 foi a primeira tentativa de implantação do regime republicano em Portugal. Teve lugar na cidade do Porto, quando se registou um levantamento militar contra as cedências do Governo (e da Coroa) ao Ultimato Inglês por causa do Mapa Cor-de-Rosa, que pretendia ligar, por terra, Angola e Moçambique. As figuras pioneiras desta revolta foram o capitão Leitão, o alferes Malheiro, o tenente Coelho, o Dr. Alves da Veiga, o actor Verdial e Santos Cardoso.

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• Os revoltosos descem a Rua do Almada, até à Praça de D. Pedro (hoje Praça da Liberdade), onde, em frente ao antigo edifício da Câmara Municipal do Porto, ouviram Alves da Veiga proclamar o governo provisório da República, e hastear uma bandeira vermelha e verde, com foguetes e vivas à República, a multidão decide subir a Rua de Santo António, em direcção à Praça da Batalha, com o objectivo de tomar a estação de Correios e Telégrafos.• No entanto, o festivo cortejo foi bruscamente interrompido por uma forte carga de artilharia e fuzilaria da Guarda Municipal, posicionada na escadaria da Igreja de Santo Ildefonso, no topo da rua, vitimando indistintamente militares revoltosos e simpatizantes civis. Terão sido mortos 12 revoltosos e 40 ficaram feridos.• A reacção oficial foi implacável, os revoltosos foram julgados por Conselhos de Guerra, a bordo de navios de guerra, ao largo de Leixões. Para além de civis, foram julgados 505 militares. Seriam condenados a penas entre 18 meses e 15 anos de prisão mais de 200 pessoas.•Em memória desta revolta, assim que a República foi implantada em Portugal, a então Rua de Santo António foi rebaptizada para Rua de 31 de Janeiro.

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No dia 31 de Janeiro de 1891, há 119 anos, eclodiu no Porto um levantamento militar que, motivado e contrário à cedência do Governo e da Coroa ao Ultimatum de 1890 imposto pela Inglaterra, pretendeu instalar um governo provisório e chegou mesmo a proclamar a República na Praça da Liberdade.

A liderar e a impulsionar a então designada «Revolta do Porto», apoiando as forças reunidas e comandadas por capitão Amaral Leitão, alferes Rodolfo Malheiro e tenente Coelho, destacaram-se, entre outras consideradas figuras intelectuais da época, Alves da Veiga, Basílio Teles, João Chagas, Paz dos Reis, Sampaio Bruno e Verdial Cardoso.

Após empolgante percurso desde a actual Praça da República até à entrada na Praça da Batalha, os revoltosos foram inopidamente parados por um poderoso ataque da Guarda Municipal que, posicionada na escadaria da Igreja de Santo Ildefonso, abriu violenta descarga fuzilante sobre a multidão em marcha, tendo-se aí registado, entre mortos e feridos, à volta de meia-centena de vítimas, o que desde logo intimidou e obrigou à dispersão das hostes revolucionárias.

Em severo rigor repressivo, os implicados na gorada intentona, cerca de 700 revoltosos civis e militares, foram sumariamente julgados por Conselhos de Guerra instalados a bordo de navios estacionados ao largo de Leixões e sentenciados a penas que oscilaram entre 18 meses e 15 anos de reclusão.

Daqui e em memórica honra do ocorrido, logo que a República foi enfim decisivamente proclamada em 1910, entre as diversas ruas da cidade que tomaram o nome das mais importantes figuras revolucionárias, a rua de Santo António, que ascende da Estação de São Bento à Batalha, passou a chamar-se 31 de Janeiro.

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Curiosidades • Conhecida actualmente como Rua 31 de Janeiro, teve em tempos o

nome de Rua nova de Santo António até 1874 e mais tarde, até 1910, Rua de Santo António. Voltou a ter o nome de Rua de Santo António, no tempo do Estado Novo, até 1974.

• A partir de 1974 recuperou o nome de Rua 31 de Janeiro.

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Revolta de 31 de Janeiro

Rua 31 de Janeiro actualmente

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- Manual de 9º ano, História 9, Porto Editora

- “O Tripeiro”, série 3, volume 2- “O Tripeiro”, serie 5 volume 2

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Inês Trigo e Rui Fonseca: Tratamento, recolha e pesquisa de informação.

Mariana Dias: Organização e resumo da informação para formato PowerPoint.

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Trabalho realizado por:

• Inês Trigo, nº14• Mariana Dias, nº18• Rui Fonseca, nº24