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Escola Estadual Professor Ignácio LunelliDia da Consciência Negra – 2014
Valorização da cultura afro-brasileira ecombate a discriminação racial
Racismo - Conceito
Racismo é toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada;
Diferença entre Racismo e Injúria Racial
A Injúria Racial, está prevista no artigo 140, § 3º do Código Penal, se caracterizando como qualquer tipo de ofensa discriminatória onde o alvo, ou a vítima no caso, é uma pessoa ou grupo determinado de pessoas. Na injúria racial, há uma atribuição negativa a uma pessoa, ofendendo a honra da vítima, ou seja, sua própria autoestima.
o Racismo está previsto do artigo 20 da Lei nº 7.716/89, e diferente da injúria racial, só ocorre quando as ofensas atingirem toda uma “raça”, etnia, religião ou origem, onde não há como determinar o número de vítimas ofendidas.Por exemplo: Não permitir a entrada de negros em determinado estabelecimento, deixar de vender algum produto só para os Judeus, não empregar indígenas numa empresa, etc.
Efeitos do Racismo na Criança:
• Baixa autoestima;
• Negação da própria imagem;
• Sentimento de angústia e revolta;
• Dificuldades de relacionamento;
• Queda no rendimento escolar.
RACISMO SE COMBATE COM POLÍTICAS AFIRMATIVAS
Lei 10.639/03 - Obrigatoriedade do ensino de História e da Cultura Afro-brasileira.
Lei 11.645/08 – Obrigatoriedade do ensino de História e da Cultura Afro-brasileira e indígena.
Lei 12.711/12 - Cotas para afrodescendentes no Ensino Superior.
Estatuto da Igualdade Racial - Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica.
Dez maneiras de contribuir para uma infância sem racismo
Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.
Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer – contextualize e sensibilize!
Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.
Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente. Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada.
Não deixe de denunciar. Em todos os casos de discriminação, você deve buscar defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.
Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.
Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnico-racial.
Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e de pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde você trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.
Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.
As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.
Mão da LimpezaO branco inventou que o negroQuando não suja na entradaVai sujar na saída, êImagina sóVai sujar na saída, êImagina sóQue mentira danada, êNa verdade a mão escravaPassava a vida limpandoO que o branco sujava, êImagina sóO que o branco sujava, êImagina sóO que o negro penava, êMesmo depois de abolida a escravidãoNegra é a mão De quem faz a limpezaLavando a roupa encardida, esfregando o chãoNegra é a mãoÉ a mão da purezaNegra é a vida consumida ao pé do fogãoNegra é a mão Nos preparando a mesaLimpando as manchas do mundo com água e sabãoNegra é a mão De imaculada nobrezaNa verdade a mão escravaPassava a vida limpandoO que o branco sujava, êImagina sóO que o branco sujava, êImagina sóEta branco sujão
Autor: Gilberto Gil
Nascido em Gana, Kofi Anan foi o sétimo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), de 1997 a 2006. Ele recebeu o Nobel da Paz em 2001.