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Oficina de formação “A Biblioteca Escolar 2.0” Marta Cristina Teixeira Cardoso Maia Medeiros (Sessão 8 Tarefa 2) Sessão 8 - Tarefa 2 As potencialidades das redes sociais na educação e no trabalho da biblioteca As redes sociais virtuais são um resultado da necessidade inata de comunicar do ser humano, de novas formas de socialização, aplicada às redes da Internet. Boyd & Ellison definem e especificam-nas como «serviços online que permitem aos indivíduos: 1. criar um perfil público ou semipúblico dentro de um sistema com regras; 2. criar uma lista de outros utilizadores com quem partilham uma ligação; 3. ver e cruzar a sua lista de contactos e as listas criadas por outros dentro do sistema; Numa sociedade onde a informação se produz ou se divulga, a cada segundo, não seria uma atitude sensata, perspetivar as aprendizagens, como se a revolução tecnológica não tivesse acontecido. As redes sociais permitem maior rapidez na troca de informação, partilha de saberes e podem dar uma maior e mais célere visibilidade ao trabalho da biblioteca. Estimulam a comunicação e a interação através de comentários e possibilitam a criação de verdadeiras comunidades de interesses comuns. Hoje em dia, são um dos mais fortes canais de comunicação utilizados por muitos jovens para obter e partilhar informação de todo o género e nos mais variados suportes. A maioria (e os mais populares) dos sítios fornece este serviço de forma gratuita. De entre a oferta de redes sociais a que podemos aderir, criando um registo e um perfil de utilizador, o Facebook, tornou-se a rede social com mais sucesso na Europa. Tem a vantagem de ser a ferramenta preferida e mais identificada pelos alunos e com a "linguagem" virtual com que se identificam. É também uma ferramenta usada por instituições, além das revistas científicas se estarem a apoderar deste espaço para publicarem e divulgarem conteúdos interessantes em diferentes áreas do conhecimento e não há político que não use as redes sociais para chegar junto dos cidadãos ou eleitores. É necessário estar onde estão os nossos alunos, os nossos utilizadores, promovendo a literacia da informação, e nada melhor do que a utilização destas redes, onde se obtém e partilha informação de todo o tipo, se estabelecem e mantêm contatos,

Sessão 8 -Tarefa 2

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Oficina de formação “A Biblioteca Escolar 2.0”

Marta Cristina Teixeira Cardoso Maia Medeiros (Sessão 8 – Tarefa 2)

Sessão 8 - Tarefa 2

As potencialidades das redes sociais na educação e no trabalho da biblioteca

As redes sociais virtuais são um resultado da necessidade inata de comunicar do

ser humano, de novas formas de socialização, aplicada às redes da Internet.

Boyd & Ellison definem e especificam-nas como «serviços online que permitem

aos indivíduos:

1. criar um perfil público ou semipúblico dentro de um sistema com regras;

2. criar uma lista de outros utilizadores com quem partilham uma ligação;

3. ver e cruzar a sua lista de contactos e as listas criadas por outros dentro do

sistema;

Numa sociedade onde a informação se produz ou se divulga, a cada segundo,

não seria uma atitude sensata, perspetivar as aprendizagens, como se a revolução

tecnológica não tivesse acontecido.

As redes sociais permitem maior rapidez na troca de informação, partilha de

saberes e podem dar uma maior e mais célere visibilidade ao trabalho da biblioteca.

Estimulam a comunicação e a interação através de comentários e possibilitam a criação

de verdadeiras comunidades de interesses comuns. Hoje em dia, são um dos mais fortes

canais de comunicação utilizados por muitos jovens para obter e partilhar informação de

todo o género e nos mais variados suportes. A maioria (e os mais populares) dos sítios

fornece este serviço de forma gratuita.

De entre a oferta de redes sociais a que podemos aderir, criando um registo e um

perfil de utilizador, o Facebook, tornou-se a rede social com mais sucesso na Europa.

Tem a vantagem de ser a ferramenta preferida e mais identificada pelos alunos e com a

"linguagem" virtual com que se identificam. É também uma ferramenta usada por

instituições, além das revistas científicas se estarem a apoderar deste espaço para

publicarem e divulgarem conteúdos interessantes em diferentes áreas do conhecimento e

não há político que não use as redes sociais para chegar junto dos cidadãos ou eleitores.

É necessário estar onde estão os nossos alunos, os nossos utilizadores,

promovendo a literacia da informação, e nada melhor do que a utilização destas redes,

onde se obtém e partilha informação de todo o tipo, se estabelecem e mantêm contatos,

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se oferecem conteúdos de qualidade, se dinamizam atividades, onde há intercâmbio de

informação em distintos formatos: imagens, vídeos, texto… entre outros saberes.

Também a literacia digital, como parte da participação cívica, pode contribuir

para uma maior qualidade de vida porque ajuda as pessoas a compreender como é que a

comunicação e a informação são construídas e apresentadas, ajudando a criar e a retirar

sentido do mundo.

Através do facebook muitas bibliotecas conseguem divulgar os seus sites e os

seus blogues e o número de visualizações dos mesmos aumenta de uma forma

extraordinária. Assim, um dos objetivos desta rede para as nossas Bibliotecas é

conseguirmos fazer chegar ao público-alvo as nossas atividades, eventos, exposições…

e permitir uma maior interação da biblioteca com os alunos. Através dos comentários e

opiniões não só promovemos a interação como em alguns casos é possível que

possamos melhorar os nossos serviços, alargando-os para além do espaço e do tempo

reais, tornando a BE um local de aprendizagem e de partilha acessível a todos a

qualquer hora.

Não se pode ficar indiferente ao que as redes sociais oferecem às instituições e à

aprendizagem. As escolas, sendo um espaço de cidadania por excelência, podem

desempenhar um papel importante a este nível, incentivando à participação na e através

da internet. No entanto, algumas situações são preocupantes, como é a questão da

segurança e da consulta dos alunos, surgindo perigos associados, tais como apropriação

de identidade, falsas identidades, Cyberbullying, ausência de controlo efetivo de idade,

etc. A utilização das redes de forma pouco segura e expositiva é um aspeto que deverá

ser da nossa responsabilidade. Também se torna imperativo aprender boas formas de

procurar e de pesquisar, aprender quando confiar nas fontes de informação, saber da

necessidade de confrontar as mesmas. Promover a formação de utilizadores nas redes

sociais, ensinando-lhes as regras de etiqueta na comunicação online e alertando-os para

os perigos que podem advir do mau uso das mesmas é essencial, considerando estes

aspetos desde cedo e ajudando as crianças a aplicá-los aos trabalhos que executam,

tornando-se como requisito prévio a planificação do uso das redes sociais e a

determinação dos objetivos para as mesmas.

O computador e a web, e as suas potencialidades ao nível de redes sociais, são

geniais. Os educadores/professores bibliotecários têm um papel fundamental, que é

tornar o processo de ensino-aprendizagem mais atrativo, instigante e eficaz através de

práticas inovadoras que proporcionem mais qualidade na educação.

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Cabe-nos explorá-las devidamente em benefício das aprendizagens e do

desenvolvimento das novas competências.