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SETOR DE EVENTOS CRESCE, MAS SOFRE COM FALTA DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA Trazer Usain Bolt, o homem mais veloz do planeta, foi um desafio para a produção. Em agosto, ele participou de uma prova no Rio de Janeiro. "A gente, para botar o Bolt para correr 10 segundos na Praia de Copacabana, levou 12 meses de trabalho, de muito planejamento, de muita negociação. E chegamos no mês do evento com 130 pessoas dedicadas ao evento", conta Duda Magalhães, diretor executivo da empresa de eventos. Duda conta que bem mais complicado foi trazer o Papa Francisco para a Jornada Mundial da Juventude, no ano passado. Entre grandes e pequenos, os eventos movimentam R$ 60 bilhões por ano no Brasil. É uma multidão de marceneiros e engenheiros trabalhando na estrutura. No Rio, seguranças, operários e equipes de produção trabalham até de noite para deixar tudo pronto na praia. Foram dois meses para montar um auditório para 800 pessoas. A conferência internacional que vai acontecer na praia de Copacabana, no início de outubro, por exemplo, terá apenas cinco dias de duração. Mas exigiu dois anos de planejamento e o envolvimento de cerca de 500 profissionais. Diante de tantos contratos, a empresa responsável decidiu montar um programa acadêmico para treinar mais de 100 funcionários que, durante um ano e meio, terão aulas de finanças, marketing e produção. "Se você não se atualiza, se você não estuda, você fica fora do mercado porque cada trabalho tem um desafio diferente. Se você não está preparado para ele, ele te engole", diz um desses alunos. O setor de eventos vem crescendo no Brasil, mas sofre com um gargalo: a falta de qualificação da mão de obra. O setor cresceu 5,5% no país no ano passado, e é preciso formar mão de obra para atender a essa demanda.

Setor de eventos

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Page 1: Setor de eventos

SETOR DE EVENTOS CRESCE, MAS SOFRE COM FALTA DE MÃO DE

OBRA QUALIFICADA

Trazer Usain Bolt, o homem mais veloz do planeta, foi um desafio para a produção.

Em agosto, ele participou de uma prova no Rio de Janeiro.

"A gente, para botar o Bolt para correr 10 segundos na Praia de Copacabana,

levou 12 meses de trabalho, de muito planejamento, de muita negociação. E

chegamos no mês do evento com 130 pessoas dedicadas ao evento", conta Duda

Magalhães, diretor executivo da empresa de eventos.

Duda conta que bem mais complicado foi trazer o Papa Francisco para a Jornada

Mundial da Juventude, no ano passado. Entre grandes e pequenos, os eventos

movimentam R$ 60 bilhões por ano no Brasil. É uma multidão de marceneiros e

engenheiros trabalhando na estrutura.

No Rio, seguranças, operários e equipes de produção trabalham até de noite para

deixar tudo pronto na praia. Foram dois meses para montar um auditório para 800

pessoas.

A conferência internacional que vai acontecer na praia de Copacabana, no início de

outubro, por exemplo, terá apenas cinco dias de duração. Mas exigiu dois anos de

planejamento e o envolvimento de cerca de 500 profissionais.

Diante de tantos contratos, a empresa responsável decidiu montar um programa

acadêmico para treinar mais de 100 funcionários que, durante um ano e meio,

terão aulas de finanças, marketing e produção.

"Se você não se atualiza, se você não estuda, você fica fora do mercado porque

cada trabalho tem um desafio diferente. Se você não está preparado para ele, ele

te engole", diz um desses alunos.

O setor de eventos vem crescendo

no Brasil, mas sofre com um gargalo: a

falta de qualificação da mão de

obra.

O setor cresceu 5,5% no país no

ano passado, e é preciso formar

mão de obra para atender a essa

demanda.

Page 2: Setor de eventos

Em São Paulo, também há cursos para os interessados. A Associação de

Marketing Profissional do Estado acha que essa é uma forma de garantir que todos

estarão preparados para os riscos envolvidos em um evento ao vivo.

"A gente não pode mais ser amador nesse mercado. Esse mercado é um mercado

técnico, profissional, então nós formamos os profissionais", afirma Tony Coelho,

diretor da Associação de Marketing Profissional.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2014/09/setor-de-eventos-cresce-

mas-sofre-com-falta-de-mao-de-obra-qualificada.html - 27/09/2014.