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II Dimensionamento Econômico da Indústria de Eventos no Brasil - 2013

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  • 1. II DimensionamentoEconmico daIndstria de Eventosno Brasil - 2013

2. SELO DE QUALIDADEABEOC BrasilTrabalhe com os melhoresO Selo de Qualidade ABEOC Brasil foi aplicado dentro doPrograma de Qualidade, projeto desenvolvido em parceriacom o Sebrae, na qualifi cao das Micro e Pequenas Empresasdo Setor de Eventos. Uma ao de capacitao, fortalecimentoe amadurecimento das nossas empresas associadas, que estoainda mais preparadas para atender o mercado nacional einternacional. E, em 2015, aguardem por novidades.www.abeoc.org.brContato: (48) 3039 1058Rua Feliciano Nunes Pires, 35, TrreoCentro - Florianpolis -SC. 3. 3O Brasil vem ganhando muita visibilidade internacional nos ltimos anos. Ao realizar grandeseventos esportivos e culturais, mostramos para o mundo inteiro que o Pas tem inmerosatrativos, como uma gastronomia variada, vasto acervo de artesanato, uma grande diversidadede folclore e de festas populares e uma gama gigantesca de atraes.Aps sediar megaeventos internacionais, como a Copa do Mundo, reafirmamos que temos uma boainfraestrutura para realizar eventos de grande porte e que podemos obter resultados expressivos.Tambm no podemos esquecer que a boa receptividade e alegria dos brasileiros uma qualidadeimensurvel e que influencia fortemente a atrao de eventos. Alm disso, as empresas organizadorasdos eventos e fornecedores do segmento esto cada vez mais preparados e comprometidos com amelhoria da qualidade dos servios.Por tudo isso, o mercado de eventos em nosso Pas est em plena expanso e cresce por volta de 14% ao ano.Ao realizar a pesquisa Dimensionamento Econmico da Indstria de Eventos do Brasil - 2013, o Sebraee a ABEOC Brasil cumprem um papel importante na gerao e difuso de informaes qualificadas quetambm orientam a tomada de deciso para empreender nesse nicho.Nesta publicao, sero detalhados os dados obtidos com o estudo realizado por meio de umaamostragem de mais de 2,7 mil empresas em todo o Pas. A pesquisa foi realizada por meio de entrevistaspor e-mail ou telefone. A partir de informaes como a quantidade de eventos realizados por regio esua sazonalidade, os empresrios podero definir estratgias e nortear a rea de atuao do negcio.O estudo revela que esse segmento movimentou R$ 209,2 bilhes em 2013, o que representa umaparticipao do setor de 4,32% do PIB do Brasil. A pesquisa anterior sobre esse mercado, feita em 2002com dados de 2001, apontou que a renda anual da indstria de eventos foi de R$ 37 bilhes naquele ano.Em 2013, o Brasil sediou 590 mil eventos, 95% deles nacionais e metade realizada na regio Sudeste.Ao todo, eles tiveram a participao de 202,2 milhes de pessoas que gastaram, em mdia, R$ 161,80(o que somou gastos de R$ 99,3 bilhes).Em 2013, a receita das empresas organizadoras de eventos aumentou 18 vezes, se comparada a 2001.Ano passado, as mais de 60 mil empresas que organizam feiras, congressos e exposies lucraramR$ 59 bilhes, enquanto, em 2002, a receita delas no chegava a R$ 4 bilhes.Quem quer empreender no mercado de eventos, como em qualquer outro setor, precisa sempre estarem busca de capacitao e informao sobre a rea de atuao. O empreendedor envolvido com essetipo de atividade precisa adequar-se a um perfil que o mantenha na vanguarda do setor, e nisso o Sebraepode ajudar.O que temos notado nos ltimos anos que as micro e pequenas empresas sobrevivem muito bems crises e elas so as maiores geradoras de emprego no Brasil. Acredito que essa publicao serfundamental para ajudar o planejamento e a tomada de deciso de empresrios do mercado de eventos.Boa Leitura!Luiz BarrettoDiretor-presidente Sebrae Nacional 4. 4PESQUISAUniversidadeFederalFluminense do TurismoPresidente da Repblica Federativa do BrasilDilma RousseffMinistro da EducaoHenrique PaimReitor da Universidade Federal FluminenseRoberto de Souza SallesFaculdade de Turismo e HotelariaCarlos Alberto Lidizia SoaresChefe de Departamento de TurismoJoo Evangelista Dias MonteiroEquipe TcnicaCoordenador da PesquisaOsiris Ricardo Bezerra MarquesPesquisadoresJoo Evangelista Dias MonteiroCarlos Alberto Lidizia SoaresClaudia Correa de Almeida MoraesEduardo Antnio Pacheco VilelaLuciana ThomMarcello de Barros Tom MachadoThiago Graa RamosPesquisadores BolsistasAline de Oliveira FariaAna Cludia Xavier MarinhoAngela Pereira da SilvaAriel da Cunha PortoBruna Calil FesselDayana Macedo FonsecaDbla AleixoFernanda BarbosaFlvio Andrew do Nascimentos SantosGilnei MckeJssica Siqueira LuizJuliana Carneiro da CostaLuiz Fernando Barbosa PereiraMariana Almeida GomesMarina Marins MorettoniNatalia SeccoRmulo Duarte SilvaTarcsio Patrocnio da Conceiowww.observatoriodoturismo.uff.brobservatorio@turismo.uff.brPresidenteAnita PiresVice-Presidente Relaes InstitucionaisRoosevelt HamamVice-Presidente Administrativo FinanceiroJorge Alencar Tavares de FreitasVice-Presidente Relaes InternacionaisMaria Elisa Ordones de OliveiraVice-Presidente de Comunicao E MarketingJos Eduardo de Souza RodriguesVice-Presidente ProjetosNehemias RamosVice-Presidente de CapacitaoMaria Lucia Camargo SilvaVice-Presidente de InovaoAlexandre CarreiraGestor do Programa de Qualidade ABEOC BrasilSrgio BiccaConsultorLuiz Carlos BarbozaDiretora Executiva ABEOC BrasilAriane AngiolettiAssessora do Programa de Qualidade ABEOC BrasilMarana ThomazAssessor de Comunicao ABEOC BrasilRogrio Mosimannwww.abeoc.org.brPresidente do Conselho Deliberativo NacionalRoberto SimesDiretor-PresidenteLuiz Eduardo Pereira Barretto FilhoDiretor-TcnicoCarlos Alberto dos SantosDiretor de Administrao e FinanasJos Claudio dos SantosGerente da Unidade de Atendimento Coletivo - ServiosJuarez de PaulaGerente Adjunta da Unidade de Atendimento Coletivo - ServiosAna Clvia GuerreiroCoordenadora da Carteira de Turismo de Negcios e EventosAndrea FariaInformaes e contatos:Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas SebraeSGAS Quadra 605 Conjunto A Braslia DF CEP 70.200.904Fone: (61) 3348-7100www.sebrae.com.brEDIOOutubro de 2014Especial Revista EventosPublisherSergio Junqueira Arantes MTB 10744Editorlvaro Junqueira de Arantes Filho MTB 19332Direo de ArteAriana AssumpoIlustraoAna VerdanaImpressoEskenaziwww.revistaeventos.com.brOBSERVAT RIEsta publicao um produto doAgradecemos a todos que participaram da pesquisa realizada, atravs do apoioe respostas aos questionrios: gestores dos espaos de eventos, hotis, resorts eoutros meios de hospedagem, empresrios e diretores das empresas organizadorasde eventos. Nosso agradecimento, tambm, s unidades estaduais do Sebrae, sregionais da ABEOC Brasil e s entidades do ForEventos, no trabalho de alcancedos mercados locais e na difuso da cultura da disseminao da informao, toimportante para o desenvolvimento da indstria de eventos.Todos os direitos reservados.A reproduo no autorizada desta publicao, no todo ou em parte, constituiviolao dos direitos autorais (Lei no. 9.610/1998). 5. 5Este Dimensionamento Econmico da Indstria de Eventos no Brasil - 2013 coloca disposiodo mercado de turismo e eventos informaes fundamentais para o planejamento dos negcios.Graas a viso da ABEOC Brasil e do Sebrae, com apoio da Confederao Nacional do Comrciode Bens, Servios e Turismo (CNC), da Federao Brasileira de Hospedagem e Alimentao (FBHA)e do Frum do Setor de Eventos (ForEventos), pode-se oferecer ao Pas o cenrio preciso de um dossetores que mais cresce na economia nacional.Com esta pesquisa, conduzida habilmente pelo Observatrio do Turismo da Faculdade de Turismo eHotelaria da Universidade Federal Fluminense, os empreendedores encontram dados confiveis quepodem orientar investimentos, definir a ampliao dos negcios, analisar pontos fortes e fracos domercado e identificar demandas para novos empreendimentos.O Dimensionamento Econmico uma ferramenta que facilita a sobrevivncia das empresas do segmentode eventos, especialmente as de menor porte, e permite pautar com muito mais preciso as estratgiasa serem adotadas nos negcios.Ao mesmo tempo, permite a definio de polticas de mercado, j que as estatsticas e informaesdeste estudo propiciam ao governo, em todos os nveis, subsdios essenciais para o estabelecimentode polticas pblicas apropriadas ao desenvolvimento do setor de turismo de negcios e eventos, cujaparticipao no PIB e arrecadao de tributos, revelada pela pesquisa, refora a relevncia e o impactoeconmico da atividade que encontra representao na Associao Brasileira de Empresas de Eventos.A ABEOC Brasil, deste modo, cumpre seu papel de tornar a atividade de organizao e prestao deservios em eventos reconhecida, valorizada e respeitada perante o mercado, as entidades e rgospblicos, bem como de motivar o crescimento desta atividade econmica, gerando mais negcios paraas empresas associadas.Vale destacar, ainda, que este estudo parte do Programa de Qualidade ABEOC Brasil - Qualificao emGesto e Certificao de Micro e Pequenas Empresas de Eventos, desenvolvido numa parceria exitosacom o Sebrae. Mais de 200 empresas de 12 estados participaram desta iniciativa de capacitao, queinclui, tambm, a possibilidade de certificao atravs do Selo de Qualidade ABEOC Brasil, uma refernciapara os contratantes que buscam empresas com excelncia nos servios prestados.De forma ousada, a ABEOC Brasil e o Sebrae lideraram este Programa, que traz uma grande contribuiopara o Pas, cada vez mais reconhecido como destino de grandes eventos internacionais, mas quetambm promove um nmero expressivo de eventos que movimentam a cadeia de turismo de negciospor todo o Brasil, gerando empregos e renda para uma importante parcela da populao.Anita PiresPresidente da ABEOC Brasil 6. 6IntroduoO mercado de eventos no Brasil cresceude forma expressiva nos ltimos 12 anos, au-mentandoa sua relevncia econmica no quese refere gerao de negcios, emprego,renda e impostos. Apesar deste crescimento,o ltimo estu-dosobre o di-mensionamen-toeconmicoda indstria deeventos no Bra-silfoi realizadoem 2001.Assim, estapesquisa Dimensionamento Econmico daIndstria de Eventos no Brasil - 2013 tevecomo objetivo quantificar a participao daindstria de eventos no PIB do Brasil, avaliar asua contribuio no processo de gerao deemprego, renda e impostos, alm de inventariaros espaos de eventos no Pas, suas caracters-ticas,localizao e dinmica de funcionamento.Os resultados desse estudo mostram a im-portnciada indstria de eventos nacional eserviro de orientao para as polticas pblicasvoltadas para o desenvolvimento do setor ecomo guia paraas estratgias einvestimentosdas empresas.A pesquisafoi realizada en-treagosto de2013 e setem-brode 2014 e olevantamento de campo entre fevereiro e julhode 2014, tendo como ano base 2013.Este II Dimensionamento Econmico da Inds-triade Eventos no Brasil revela que o setor cres-ceu,nos ltimos 12 anos, aproximadamente 14%ao ano, aumentando a sua participao no PIBdo Pas de 3,1%, em 2001, para 4,32%, em 2013.A pesquisa revelou que a indstria de eventosno Brasil gerou R$ 209,2 bi-lhes,sendo R$ 37,81 bilhesderivados da alocao de es-paos,R$ 72,22 bilhes oriun-dosdas atividades das empre-sasorganizadoras de eventose R$ 99,26 bilhes correspon-dentesaosgastos dosparticipantesdos eventosrealizados em2013. Os da-dosrevelamtambm queo setor de eventos responsvel por 7,5 milhesde empregos diretos, indiretos e terceirizadosna economia nacional e contribui com R$ 48,69bilhes de impostos.O estudo tambm levantou alguns dadosimportantes do mercado de eventos, como: ca-pacidadeinstalada por regio geogrfica, nvelde utilizao, nmero de participantes, preomdio de assentos e preo mdio por metroquadrado da locao dos espaos e distribuiodos eventos por tipologia.Os nmeros da pesquisa mostram a impor-tnciado mercado de eventos em relao ao n-merode participantes e quantidade de eventosno pas. Em comparao com o estudo de 2001,constatou-se que houve um aumento de 153%dos partici-pantes,pas-sandode79,8 milhespara 202,2milhes, em2013. J emrelao aonmero deeventos, oaumento foi de pouco mais de 80%, passandode 330 mil eventos para mais de 590 mil nomesmo perodo de comparao.A pesquisa realizada com as empresas or-ganizadorasde eventos revelou que a maioriaest enquadrada no Simples Nacional, o queconfirma a predominncia das micro e pequenasempresas, que representam 81% do mercado.A pesquisa o mais completo levantamentosobre a indstria de eventosj realizado no Brasil. Alm defornecer as informaes sobrea relevncia e a dinmica daindstria de eventos no Brasil, um guia completo dos maisde 9.445 espaos para eventos,R$ 209,2 bilhes:Faturamento totaldo Setor4,3% doPIB doBrasil590 mileventos7,5 milhes48,7 bilhes de empregosde impostos 7. 7disponveis em 2013, com as suas dimenses elocalizaes. Aponta tambm as principais preocu-paese desafios destacados pelos gestores dosetor, o que possibilitar o uso dessas informaesGrfico 1Nmero de participantesA estimativa do nmero de participantes foiprojetada a partir das informaes coletadasjunto aos espaos. Tais informaes revelam que202.171.787 participantes estiveram presentesnos diversos eventos realizados em 2013. No-vamentea regio Sudeste contou com o maiornmero de participantes, 106.230.447, o querepresenta 52,5% do total, enquanto que o Sul,no planejamento da atividade para os prximosanos, viabilizando o crescimento e fortalecimentodessa indstria como mecanismo de incentivo economia e ao desenvolvimento nacional.Impactos econmicos da indstria de eventosOs dados que so apresentados neste estudoreforam a relevncia do setor de eventos comogerador de renda, emprego e impostos. No anode 2013, foram realizados 590.913 eventos nos9.445 espaos disponveis no Pas, reunindo202.171.787 pessoas e gerando uma receitaestimada de R$ 209,2 bilhes. Em termos deemprego tambm foram levantados nmerosbastante expressivos: mais de 7,5 milhes deempregos gerados, entre diretos, terceirizadose indiretos. Alm disso, a indstria de eventos responsvel pela gerao de mais de R$ 48bilhes em impostos.Em relao distribuio geogrfica dos even-tos,a pesquisa revelou que o Sudeste continuarespondendo pela maior parte do mercado, com305.720 eventos (52%), seguido pelo Nordeste,com 116.362 (20%), Sul, com 88.420 (15%),Centro-Oeste, com 54.698 (9%), e Norte, com25.721 (4%). Comparando com os resultados doestudo de 2001, observa-se que a regio Sudestemanteve a sua participao de 52% e que a regioSul, que ocupava a segunda colocao, com 19%,perdeu essa posio para a regio Nordeste, que,em 2001, ocupava a 3 posio, com 18% doseventos realizados naquele ano.Centro-OesteNordesteNorteSudesteSul54.689(9%) 305.720(52%)88.420(15%)116.362(20%)25.721(4%)Nmero de eventos, segundo as regies brasileiras - 2013Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.regio que ficou em segundo lugar com 18,49%,teve 37.383.838 participantes.Uma observao importante que, no n-meroapurado, um mesmo participante podeser contado mais de uma vez, pois pode terparticipado de mais de um evento ao longo doano. Alm disso, se a mesma pessoa visita de-terminadoevento repetidas vezes, ela tambmpoder contabilizada mais de uma vez. 8. 8Grfico 2Receita gerada pelos participantes de eventosPara estimar os gastos dos participantes, fo-ramutilizadas as seguintes informaes: nmerode participantes, estimado a partir dos dados dapesquisa, e o gasto mdio e o tempo de perma-nnciamdia dos participantes, extrados depesquisas de perfil dos participantes de eventosselecionadas (Ver Referncias Bibliogrficas).A partir das informaes da pesquisa, obser-vou-se que dos 202.171.787 de participantes emeventos no ano de 2013, 74,85% eram residen-tesdo local de realizao dos eventos, o quecorresponde a 151.325.582 de participantes, e25,15% de no-residentes, ou seja, 50.846.204de participantes. O gasto mdio dirio dosparticipantes e a permanncia mdia no localdo evento foram estimados a partir de dadosCentro-OesteNordesteNorteSudesteSul18.243.000(9%) 106.230.447(53%)37.383.838(18%)33.915.225(17%)6.399.276(3%)Nmero de participantes de eventos, segundo as regies brasileiras - 2013Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.secundrios. O gasto mdio dirio dos residen-tesfoi estimado em R$ 69,22 (US$ 32,09) e dosparticipantes no-residentes de R$ 437,16 (US$202,67). A permanncia mdia foi de 1,2 diaspara residentes e de 3,9 dias para no-residentes.Multiplicando as quantidades de participantes,residentes e no-residentes, pelos seus respec-tivosgastos mdios dirios e permannciasmdias, foi possvel estimar os gastos totaisdos participantes de eventos. Os gastos dosparticipantes residentes foram estimados em R$12.569.708.159,47 (US$ 5.827.402.948,29) e dosno-residentes em R$ 86.688.636.578,77 (US$40.189.446.721,73), totalizando um gasto deR$ 99.258.344.738,24 (US$ 46.016.849.670,02),como pode ser visto na Tabela 1.Tabela 1 - Estimativa dos gastos dos participantes de eventos - 2013Tipo de participante Nmero de participantes Permanncia mdia(dias)Gasto mdio Gasto totalem R$ em US$ em R$ em US$Residente 151.325.582 1,2 69,22 32,09 12.569.708.159,47 5.827.402.948,29No-Residente 50.846.204 3,9 437,16 202,67 86.688.636.578,77 40.189.446.721,73Total 202.171.787 1,9 161,76 74,99 99.258.344.738,24 46.016.849.670,02Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Receita gerada pelos espaosO faturamento dos espaos foi mensurada apartir dos dados coletados sobre a quantidadede espaos, o nvel de ocupao dos mesmose o preo mdio de aluguel por metro quadradoe por assento.O inventrio dos espaos para eventos noBrasil revela a capacidade disponvel para arealizao de reunies e afins, por dia, mensu-radaem assentos, e para a realizao de feirase afins, quantificada em metros quadrados. 9. 9Os dados da pesquisa revelam que, em 2013,havia aproximadamente nove milhes de as-sentose dez milhes de metros quadradosdisponveis para a realizao de eventos.Com os dados de ocupao mdia dos es-paos,que foi de 53,12% para assentos e de48,01% para metros quadrados, e os valoresmdios de cada assento (R$9,90) e do metroquadrado (R$11,27), tambm coletados na pes-quisa,foi possvel estimar o faturamento anualgerado pelos espaos, que alcanou o valor deR$37,81 bilhes, 23 vezes maior do que o regis-tradona pesquisa de 2001. Cabe ressaltar que,alm do aumento na quantidade de assentos ede metros quadrados, houve um aumento nospreos, que passaram de R$ 3,42 (por assento)e R$ 2,16 (por m2), em 2001, para R$ 9,90 e R$11,27, respectivamente.Tabela 2 - Receita gerada pela locao de espaos - 2013Tipos de reaslocveisCapacidadedisponvel (dia)Taxa deocupaomdiaOcupaototal/diaPreo dirio mdio Receita total no anoem R$ em US$ em R$ em US$Reunies e afins(assentos) 9.247.626 53,12% 4.912.339 9,90 4,59 17.750.736.727,89 8.229.363.341,63Feiras e afins (m2) 10.166.149 48,01% 4.880.768 11,27 5,22 20.059.468.957,63 9.299.707.444,43Total 37.810.205.685,52 17.529.070.786,05Obs: A receita total no ano foi obtida pela multiplicao da receita mdia diria por 365 diasFonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.A distribuio regional do faturamentogerado pelo aluguel dos espaos mantm atendncia da distribuio dos eventos, comTabela 3 - Distribuio da receita total com locaes de assentos e metros quadrados, segundo as regies brasileiras - 2013Regio Receita anual comassentos (R$)Receita anual com m2(R$)Receita total(R$)Receita total(US$)Participao(%)Sudeste 8.596.681.797,32 11.283.451.288,66 19.880.133.085,98 9.216.566.103,84 52,58%Sul 3.972.614.879,70 5.791.168.688,07 9.763.783.567,77 4.526.557.055,06 25,82%Nordeste 3.134.780.106,15 1.951.786.329,58 5.086.566.435,72 2.358.167.100,47 13,45%Centro-Oeste 1.567.390.053,07 720.134.935,58 2.287.524.988,65 1.060.512.280,32 6,05%Norte 479.269.891,65 312.927.715,74 792.197.607,39 367.268.246,36 2,10%Total 17.750.736.727,89 20.059.468.957,63 37.810.205.685,52 17.529.070.786,05 100,00%Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Receita gerada pelas empresas organizadoras de eventossetor pblico aos 21,49% da pessoa fsica,chega-se ao total de 40,5%, ficando 59,5%para o setor privado, entidades do tercei-rosetor e associaes e sindicatos. Comisso, foi possvel estimar a receita geradapelas empresas organizadoras de eventos,que totalizou R$ 72.215.303.847,43 (US$33.479.510.360,42). Vale ressaltar que, assimcomo no estudo anterior, essa estimativa noabrange os negcios gerados pelos exposi-Dados da pesquisa realizada com as em-presasorganizadoras apontam que a despesadestinada locao corresponde, em mdia,a 23,8% do custo total do evento. Por outrolado, uma parte da receita gerada pelas loca-escorresponde aos gastos do setor pbli-co.Considerando que a participao do setorpblico de 19,02%, os gastos atribudos aeste setor somam R$ 7.191.501.121,39 (US$3.334.029.263,51). Adicionando os 19,02% dodestaque para a regio Sudeste, responsvelpor 52,58% do total da receita. 10. 10tores no dia do evento e no perodo posterior,pois no objeto deste estudo tal dimensio-namento,Tabela 4 - Receita gerada pelas entidades, associaes e empresas organizadoras de eventos no Brasil - 2013Discriminao dos gastosR$ 99.258.344.738,24R$ 72.215.303.847,43(US$ 46.016.849.670,02)R$ 37.810.205.685,52(US$ 17.529.070.786,05)(US$ 33.479.510.360,42)Receita totalR$ 209.283.854.271,18 US$97.025.430.816,50Grfico 3Emprego gerado pela indstria de eventosPor ser um setor intensivo em mo de obra,a indstria de eventos contribui de forma signi-ficativano processo de gerao de emprego noPas. Segundo dados da pesquisa, cada espaoemprega em mdia 9,5 funcionrios fixos e 52,5terceirizados. Com estes nmeros, multiplicadospela quantidade de espaos, 9.445, chegou--se a 89.728 empregos diretos, que, somadosaos 431.736 terceirizados, totalizam 521.463empregos.Por outro lado, as empresas organizadorasempregam, em mdia, 15,2 funcionrios fixos e477,6 terceirizados ao longo do ano. Multiplican-doestes valores pela quantidade de empresasValor total(R$)Valor total(US$)Gasto com locao de espao 37.810.205.685,52 17.529.070.786,05a - Setor pblico (19,02%) 7.191.501.121,39 3.334.029.263,51b - Entidades do terceiro setor(11,89%) 4.491.852.435,44 2.082.453.609,38c - Setor privado (28,83%) 10.900.682.299,13 5.053.631.107,62d - Associaes e sindicatos (18,78%) 7.100.756.627,74 3.291.959.493,62e - Pessoa fsica (21,49%) 8.125.413.201,82 3.766.997.311,92Subtotal (b+c+d) (23,8%) 22.493.291.362,31 10.428.044.210,62Receita total gerada (76,2%) 72.215.303.847,43 33.479.510.360,42Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Receita dos gastos dos participantesReceita das locaes dos espaosReceita gerada pelas empresas organizadoraspesquisadas, 2.784, chegou-se concluso deque as empresas organizadoras de eventos soresponsveis por 42.317 empregos diretos e1.329.638 terceirizados, totalizando 1.371.955empregos.Consolidando os dados de emprego, pode-seconstatar que a indstria de eventos respon-svelpor 132.045 empregos diretos e 1.761.374terceirizados, totalizando 1.893.419 empregos.Utilizando o multiplicador de emprego daindstria turstica brasileira, que estabelecetrs empregos indiretos para cada direto outerceirizado, chega-se a um total de 7.573.676de empregos.Receita gerada pela indstria de eventos no Brasil - 2013Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.apesar de ser um volume adicionalbastante expressivo. 11. 11DiretoTerceirizadoIndiretoTotal de empregos5.680.2571.761.374132.045Empregos gerados pela indstria de eventos no Brasil - 20137.573.676Grfico 4Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Tabela 5 - Composio dos gastos dos participantes de eventos no Brasil - 2013Itens dos gastosResidentes No-Residentes Total de gastosDistribuiodos gastosValor dos gastosDistribuiodos gastosValor dos gastos em R$ em US$Hospedagem 0% 55% 47.850.256.966,00 47.850.256.966,00 22.183.707.448,31Alimentos e bebidas 48% 5.977.224.927,06 21% 17.920.659.706,43 23.897.884.633,49 11.079.223.288,59Transporte 32% 4.078.541.600,51 14% 11.882.384.710,74 15.960.926.311,25 7.399.594.951,90Outros tipos degastos 20% 2.513.941.631,89 10% 9.035.335.195,60 11.549.276.827,50 5.354.323.981,22Total 100% 12.569.708.159,47 100% 86.688.636.578,77 99.258.344.738,24 46.016.849.670,02Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Tributos gerados pela indstria de eventosSegunda dados da pesquisa, os espaospara eventos indicam que, em mdia, 13,54% dareceita de locaes so destinados a pagamentode impostos, o que totaliza R$ 5.119.501.849,82(US$ 2.373.436.184,43). Por outro lado, a car-gatributria das empresas organizadoras deeventos foi estimada a partir da participaopercentual das mesmas nos regimes de tri-butaodeclarados (simples nacional, lucropresumido e lucro real). A mdia da carga tribu-triaestimada para as empresas foi de 13,27%,chegando ao valor de R$ 9.582.970.820,55 (US$4.442.731.024,83). Finalmente, a carga tributriados servios consumidos pelos participantes foiestimada a partir de informaes da incidnciade impostos sobre os produtos e servios naeconomia brasileira. Os tributos foram estimadosem 34,24%, totalizando R$ 33.986.057.238,37(US$ 15.756.169.327,02). Assim, pode-seconcluir que a indstria de eventos gerou, em2013, um total de R$ 48.688.529.908,75 (US$22.572.336.536,28) em impostos.Tabela 6 - Impostos gerados pela indstria de eventos - 2013Total da receita gerada(em R$)Estimativa da alquota deimpostos (%)Impostos gerados(em R$)Impostos gerados(em US$)Gastos dos participantes 99.258.344.738,24 34,24% 33.986.057.238,37 15.756.169.327,02Empresas organizadorasde eventos 72.215.303.847,43 13,27% 9.582.970.820,55 4.442.731.024,83Locao de espaos 37.810.205.685,52 13,54% 5.119.501.849,82 2.373.436.184,43Total 209.283.854.271,18 23,26% 48.688.529.908,75 22.572.336.536,28Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014. 12. 12Tabela 7 - Quadro comparativo dos impactos econmicos da indstria de eventos - 2001/2013Indicador 2001 2013 Taxa de crescimentodo perodo - 2013/2001Taxa de crescimento mdioanualEspaos para eventos 1.780 9.445 430,6% 14,9%Organizadoras e agnciasde eventos no mbitoda pesquisa400 2.784 596,0% 17,5%Capacidade diria instaladapara reunies e eventosafins (assentos)1.781.408 9.247.626 419,1% 14,7%Capacidade diriainstalada para feirase eventos afins (m)1.330.938 10.166.149 663,8% 18,5%Taxa mdia de ocupaoanual dos assentospara reunies50,17% 53,12% 3,0% 0,5%Taxa mdia de ocupaoanual dos m para feiras 47,59% 48,01% 0,9% 0,1%Nmero de eventos por ano 327.520 590.913 80,4% 5,0%Nmero de participantespor ano (pessoas) 79.849.376 202.171.787 153,2% 8,0%Receita gerada pelosgastos dos participantesde eventos (R$)31.429.563.653,00 99.258.344.738,24 215,8% 10,1%Receita gerada pelos gastoscom locaes dos espaospara eventos (R$)1.615.013.187,00 37.810.205.685,52 2241,2% 30,1%Receita gerada pelos gastosdas empresas organizadorasde eventos (R$)3.986.172.874,00 72.215.303.847,43 1711,6% 27,3%Empregos diretos 21.784 132.045 506,2% 16,2%Empregos terceirizados 212.880 1.761.374 727,4% 19,3%Empregos indiretos 703.992 5.680.257 706,9% 19,0%Receita GERADA (R$) 37.030.749.714,00 209.283.854.271,18 465,2% 14,0%TRIBUTOS GERADOS (R$) 4.184.082.000 48.688.529.908,75 1163,7% 22,7%EMPREGOS GERADOS 938.656 7.573.676 706,9% 19,0%Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014. 13. 13Pesquisa realizada com os espaos para eventosInventrio dos espaos para eventosO inventrio dos espaos que realizameventos revelou uma oferta diria de 9.247.626de assentos e 10.166.149 metros quadradosdisponveis em 2013. O destaque para a parti-cipaoTabela 8 - Nmero de assentos/pax e metros quadrados por tipo de espaos - 2013Tipos de espaos Nmero de assentos/pax % Nmero de m2 %Bar e Restaurante 441.348 4,77 1.500 0,01Casa e Salo de festas 729.193 7,89 125.857 1,24Casa noturna 1.071.775 11,59 38.021 0,37Centro de convenes e exposies 461.731 4,99 3.133.038 30,82Clube, Ginsio e Arena 3.356.948 36,30 383.434 3,77Hotel e demais meios dehospedagem 910.419 9,84 129.602 1,27Instituio de ensino 396.713 4,29 17.320 0,17Marina 13.300 0,14 16.300 0,16Museu e Centro cultural 357.569 3,87 60.946 0,60Parque e Jardim 763.962 8,26 642.503 6,32Parque de exposio 62.320 0,67 4.891.161 48,11Resorts 142.366 1,54 22.384 0,22Stio e Chcara 218.465 2,36 622.224 6,12Teatro e Auditrio 321.517 3,48 81.859 0,81TOTAL 9.247.626 100,00 10.166.149 100,00Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.no nmero de assentos fica por contados Clube, Ginsio e Arena, Casa noturna eHotel e demais meios de hospedagem. J emtermos de disponibilizao de espao para fei-ras,exposies e afins, os principais ofertantesso os Centro de convenes e exposies eos Parque de exposies.Tipologia dos espaos para eventosAs informaes levantadas revelam que Bar eRestaurante, Hotel e demais meios de hospeda-geme Casa e Salo de festas so responsveispela maior quantidade de espaos ofertadospara eventos no Pas. Em seguida vm os es-paosreferentes aos Clube, Ginsio e Arena eas Instituies de ensino. Por fim, aparecem osespaos especialmente projetados para a reali-zaode eventos, como Centro de convenese exposies e Parque de exposies, que,apesar de terem uma quantidade reduzida deespaos, possuem uma grande participao emtermos de capacidade, j que, de maneira geral,so espaos grandes. As Marinas ocupam altima colocao na participao geral da ofertade espaos.Ao analisar os dados em termos regionais,percebemos uma mudana importante emrelao a essa participao. Apenas no SulBar e Restaurante figuram com a maior ofertade espaos para eventos. Nas demais regies,Hotel e demais meios de hospedagem enca-beama lista. 14. 14Tabela 9 - Nmero de espaos para eventos por tipo de espaos, segundo as regies brasileiras - 2013Tipos de Espaos CENTRO-OESTE NORTE NORDESTE SUDESTE SUL BRASILBar e Restaurante 104 17,9 58 15,3 299 20,0 687 14,5 570 25,2 1.718 18,2Casa e Salo de festas 93 16,0 30 7,9 208 13,9 886 18,7 279 12,3 1.496 15,8Casa noturna 32 5,5 20 5,3 89 6,0 417 8,8 192 8,5 750 7,9Centro de convenes e exposies 20 3,4 6 1,6 22 1,5 65 1,4 40 1,8 153 1,6Clube, Ginsio e Arena 34 5,9 31 8,2 92 6,2 523 11,1 284 12,5 964 10,2Hotel e demais meios de hospedagem 143 24,7 68 17,9 311 20,8 816 17,3 357 15,8 1.695 17,9Instituio de ensino 55 9,5 74 19,5 132 8,8 402 8,5 166 7,3 829 8,8Marina - 0,0 1 0,3 6 0,4 8 0,2 10 0,4 25 0,3Museu e Centro cultural 10 1,7 15 3,9 57 3,8 218 4,6 109 4,8 409 4,3Parque e Jardim 3 0,5 6 1,6 10 0,7 87 1,8 42 1,9 148 1,6Parque de exposio 6 1,0 1 0,3 1 0,1 17 0,4 11 0,5 36 0,4Resorts 6 1,0 2 0,5 48 3,2 33 0,7 17 0,8 106 1,1Stio e Chcara 28 4,8 3 0,8 38 2,5 320 6,8 57 2,5 446 4,7Teatro e Auditrio 46 7,9 65 17,1 179 12,0 248 5,2 132 5,8 670 7,1TOTAL 580 100,0 380 100,0 1.492 100,0 4.727 100,0 2.266 100,0 9.445 100,0Tipologia dos eventos realizados nos espaosOs Eventos socioculturais foram o tipo deevento mais frequente no ano de 2013 nosdiversos espaos, seguidos das Reunies,Convenes e Congressos. Podemos des-tacar,tambm, a participao importante dosEventos mistos1, expressando uma tendnciade crescimento em relao ao estudo realizadoem 2001. Apesar de sua fora econmica, Ex-posiesrurais e Leiles praticamente mantive-rama mesma participao relativa apresentadaFonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.no estudo anterior.O desempenho das regies tambm acompa-nhaa tendncia nacional. Vale ressaltar a elevadaparticipao dos Eventos socioculturais naregio Norte e a reduzida participao de Con-gressose Convenes quando comparadas sdemais regies. A diminuta oferta de espaosadequados para a realizao de tais eventosexplica, em parte, a menor participao relativada regio Norte.Tabela 10 - Tipos de eventos, segundo as regies brasileiras - 2013Tipos de eventos BrasilRegioCentro-Oeste Nordeste Norte Sudeste SulEventos socioculturais 78,7% 77,8% 76,3% 87,3% 79,2% 78,2%Reunies 72,2% 70,4% 74,1% 70,9% 74,8% 64,0%Convenes 48,8% 54,1% 52,4% 44,3% 47,9% 46,2%Congressos 38,9% 44,4% 50,1% 46,8% 31,9% 41,7%Eventos mistos* 33,0% 43,7% 37,6% 30,4% 29,7% 33,2%Feiras 18,8% 25,2% 19,5% 19,0% 17,1% 20,2%Eventos esportivos 18,8% 17,8% 20,1% 17,7% 17,4% 22,1%Exposies rurais / Leiles 8,3% 7,4% 8,1% 7,6% 8,4% 8,8%Outros tipos 22,0% 23,0% 24,5% 25,3% 20,1% 23,0%Respostas mltiplas. O somatrio total pode ser maior do que 100%.*Considera-se eventos mistos aqueles que apresentam a realizao de duas ou mais categorias de eventosnuma mesma execuo, como congresso + feira; conveno + seminrio; reunio + evento sociocultural.Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.1. Considera-se eventos mistos aqueles que apresentam a realizao de duas ou mais categorias de eventos numa mesma execuo, como congresso + feira; conveno +seminrio; reunio + evento sociocultural. 15. 15Nmero de participantes por eventoA mdia de participantes em cada evento ficouem 342. Multiplicando-se esse valor pela quan-tidadeanual de eventos projetada, de 590.913,obtm-se o nmero total de participantes de even-tosdurante o ano de 2013, que foi de 202.171.787.Vale ressaltar que um mesmo participante podeter participado de mais de um evento e, portanto,estar sendo contado mais de uma vez nesse valor.Tabela 11 - Nmero de participantes de eventos - 2013Indicador TotalNmero de eventos por ano 590.913Mdia de participantes por evento 342,1Total de participantes 202.171.787Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Preos mdios de locaoPara calcular os preos mdios de locao, apesquisa perguntou aos respondentes quantoeles cobravam por um espao de valor inter-medirioe a capacidade desse espao. Comoresultado, obtivemos as mdias de valores queconstam da Tabela 13, de acordo com o tipo deespao em questo com cobrana por assento,e da Tabela 14, de acordo com o tipo de espaoem questo e com cobrana por metro quadrado.Os preos mdios dirios situam-se entre R$9,90 (US$ 1,78) por assento e R$ 11,27 (US$ 6,33)por metro quadrado. Esses preos foram calcula-dosa partir dos valores mdios amostrais ponde-radospela participao dos espaos entrevistados.Tabela 12 - Preo mdio dirio de locao de assentos parareunies e afins, segundo o tipo de espao para eventos - 2013Tipo de espao Preo em R$ por assento/diaClube, Ginsio e Arena R$ 4,78Stio e Chcara R$ 5,28Instituio de ensino R$ 5,84Museu e Centro cultural R$ 7,16Parque e Jardim R$ 7,77Teatro e Auditrio R$ 7,85Centro de convenes e exposies R$ 9,10Casa noturna R$ 9,68Casa e Salo de festas R$ 9,80Resorts R$ 10,26Marina R$ 10,98Bar e Restaurante R$ 13,42Hotel e demais meios de hospedagem R$ 13,66Mdia R$ 9,90Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Tabela 13 - Preo mdio dirio de locao de metroquadrado para feiras e afins, segundo a tipologia dosespaos para eventos - 2013Tipo de espao Preo em R$ por m2/diaClube, Ginsio e Arena R$ 5,70Centro de convenese exposiesR$ 6,70Instituio de ensino R$ 7,65Museu e Centro cultural R$ 7,98Resorts R$ 7,99Teatro e Auditrio R$ 8,69Marina R$ 11,87Hotel e demais meiosde hospedagemR$ 13,99Mdia R$ 11.27Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014. 16. 16Taxa mdia mensal de ocupao dos espaos para eventos no Brasil - 2013DezembroNovembroOutubroSetembroAgostoJulhoJunhoMaioAbrilMaroFevereiroJaneiro59,1%38,3%41,1%47,8%50,2% 52,0% 49,7%55,6%47,8%52,7%55,1% 57,3%Taxa mdia de ocupao dos espaosA taxa mdia de ocupao para os espaos in-vestigadosfica em 50,6%. Este percentual leva emconta o peso de cada regio na amostra. Contudo,conforme podemos observar pelo Grfico 5, ocor-reuma procura maior pelos espaos no segundosemestre do ano. Pela Tabela 14, que mostra ataxa de ocupao mensal nos diferentes espaos,podemos perceber que, apesar dos nveis mensaisde ocupao serem diferentes, o movimento dataxa de ocupao ao longo do ano semelhante.Grfico 5Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Tabela 14 - Taxa mdia mensal de ocupao dos espaos para eventos no Brasil, por tipo de espao - 2013Receita gerada pelas locaes de espaosPara estimar a receita gerada pelas locaes,determina-se, inicialmente, a capacidade dosespaos para eventos ocupados durante o ano,por meio da aplicao da taxa de ocupaoFonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Meses TotalCentro deconveneseexposiesHotel edemaismeios deHospedagemResort Teatros eAuditriosBar eRestauranteCasa eSalo defestasCasanoturnaClube,Ginsio eArenaInstituiode ensino MarinaMuseue CentroculturalParque eJardimStio eChcaraJaneiro 38,3 22,7 29,6 25,7 32,7 52,1 50,3 63,8 43,9 38,5 60,4 45,1 72,0 61,1Fevereiro 41,1 26,6 32,5 29,4 37,7 48,7 48,7 64,3 48,9 45,6 67,4 54,5 68,8 61,5Maro 47,8 38,2 42,5 38,3 50,5 49,6 52,0 62,3 47,3 53,3 70,0 63,7 67,2 58,8Abril 50,2 43,9 45,8 40,3 52,7 50,2 55,1 64,4 46,4 60,5 58,5 62,6 68,0 57,0Maio 52,0 48,3 47,2 41,6 55,4 53,6 59,2 64,3 52,5 60,3 51,4 64,7 60,0 49,7Junho 49,7 44,7 45,3 37,2 54,0 50,5 55,0 66,3 49,2 59,8 42,8 60,9 57,5 43,5Julho 47,8 39,8 43,1 32,0 54,2 51,7 54,0 67,3 46,8 51,1 44,2 60,8 56,5 41,2Agosto 52,7 50,8 50,7 48,4 57,2 50,7 53,6 68,6 46,0 58,6 50,0 61,5 56,5 44,0Setembro 55,1 53,9 51,0 50,6 60,1 52,7 59,9 68,0 59,8 64,5 48,5 63,6 67,6 54,0Outubro 57,3 55,7 53,4 53,6 64,0 56,2 62,0 70,4 53,6 64,3 52,8 64,6 73,8 58,5Novembro 59,1 50,0 52,9 56,8 66,5 62,1 66,5 72,3 61,3 66,3 65,7 70,7 75,0 63,4Dezembro 55,6 43,7 41,3 44,8 60,8 71,5 75,5 75,2 68,2 61,6 81,4 66,4 77,6 72,9Taxa deOcupaoMdia50,6 43,2 44,7 41,6 53,9 54,2 57,7 67,3 52,0 57,1 57,8 61,6 66,7 55,5descrita anteriormente, e multiplica-se pelo preomdio dirio de locao, conforme explicitadona Tabela 15. Ressalte-se, contudo, que essaestimativa refere-se exclusivamente receita ge- 17. 17rada pela locao dos espaos e no abrange ovolume de negcios gerados pelos expositoresdurante e aps o evento.Para inferir o total da receita anual geradapelas locaes de espaos, multiplica-se o n-merodos assentos ocupados e da rea ocupadapelos 9.445 espaos para eventos no Paspelos dias do ano (365) e os respectivospreos. Com relao aos impostos que in-cidemsobre esse faturamento, a pesquisaapontou que cerca de 13,54% so destina-dosao pagamento de tributos.Tabela 15 - Parmetros para o clculo da receita gerada pelas locaes de espaos - 2013Total Capacidade disponvel (dia) Taxa de ocupao Participao Preo dirio mdio R$Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Reunies e afins(assentos) 9.247.626 53,12% 4.912.339 9,90Feiras e afins (m2) 10.166.149 48,01% 4.880.768 11,27R$ 20.059.468.957,63(US$ 9.299.707.444,43)Receita gerada com locao de assentosReceita gerada com locao de mReceita totalR$ 37.810.205.685,52 US$ 17.529.070.786,05R$ 17.750.736.727,89(US$ 8.229.363.341,63)Grfico 6Receita gerada com locaes de assentos e de metros quadrados dos espaos para eventos no Brasil - 2013Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Empregos diretos e terceirizados nos espaos para eventosa mdia de funcionrios fixos (9,5) por espaopelo total de espaos (9.445).DiretoTerceirizadoIndiretoPara se chegar ao nmero de empregos ge-radospelos espaos de eventos, multiplica-se2.085.856Total de empregos89.728431.7361.564.392Grfico 7Empregos diretos, terceirizados e indiretos nos espaos para eventos no Brasil - 2013Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014. 18. 18Sazonalidade - Dias com maior procuraOs dias da semana com maior procura paralocao dos espaos so sbado, sexta-feirae quinta-feira. A desagregao por tipo deespao revela que esses dias so os maisprocurados para a maioria dos espaos, comexceo de Hotel e demais meios de hospeda-gem,onde os dias mais procurados so tera,quarta e quinta-feira.Tabela 16 - Demanda nos espaos de eventos por dias da semana e tipo de espaos - 2013Dias dasemanaTotalCentro deconveneseexposiesHotel edemaismeios dehospedagemResortTeatro eAuditrioBar eRestauranteCasase SalodefestasCasanoturnaClube,Ginsioe ArenaInstituiode ensinoMarinaMuseue CentroculturalParqueeJardimStio eChcaraSeg 22,6% 5,9% 37,3% 31,0% 14,5% 11,2% 3,1% 3,1% 4,9% 35,8% 0% 24,0% 20,8% 2,7%Ter 32,8% 20,6% 57,6% 35,7% 18,2% 13,0% 4,7% 1,0% 5,8% 40,6% 0% 38,7% 20,8% 0%Qua 38,0% 30,9% 66,3% 45,2% 27,3% 15,4% 5,4% 4,1% 5,8% 41,5% 11,1% 38,7% 25,0% 0%Qui 43,8% 54,4% 66,9% 61,9% 49,1% 22,7% 7,8% 17,5% 4,9% 55,7% 11,1% 49,3% 33,3% 0%Sex 60,3% 75,0% 55,1% 88,1% 81,8% 63,4% 55,0% 67,0% 53,4% 65,1% 44,4% 58,7% 66,7% 54,1%Sb 59,8% 73,5% 32,1% 66,7% 70,9% 79,2% 96,1% 81,4% 91,3% 50,9% 88,9% 70,7% 83,3% 91,9%Dom 30,5% 45,6% 19,2% 45,2% 49,1% 33,2% 34,1% 39,2% 37,9% 28,3% 44,4% 34,7% 70,8% 67,6%*Respostas mltiplas. O somatrio total pode ser maior do que 100%. Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Sazonalidade Meses mais procuradosComo podemos perceber pela Tabela 18,a procura por espaos foi maior no segundosemestre de 2013, especialmente entre os mesesde agosto e dezembro. Os meses com menorprocura foram janeiro e fevereiro.Tabela 17 - Demanda nos espaos de eventos por ms e tipo de espaos - 2013Meses TotalCentro deconveneseexposiesHotel edemaismeios dehospedagemResortTeatros eAuditriosBar eRestauranteCasa eSalodefestasCasanoturnaClube,Ginsioe ArenaInstituiode ensinoMarinaMuseue CentroculturalParque eJardimStio eChcaraJan 18,0% 5,8% 7,2% 9,5% 20,0% 27,4% 24,8% 31,6% 30,0% 17,9% 55,6% 26,7% 40,9% 48,6%Fev 17,9% 2,9% 10,0% 7,1% 16,4% 21,8% 21,5% 30,5% 29,0% 26,4% 55,6% 28,0% 50,0% 34,3%Mar 27,3% 23,2% 32,5% 23,8% 18,2% 16,9% 22,3% 29,5% 24,0% 30,2% 66,7% 34,7% 45,5% 20,0%Abr 29,0% 33,3% 36,5% 38,1% 20,0% 14,5% 21,5% 27,4% 24,0% 34,0% 22,2% 38,7% 27,3% 17,1%Mai 36,2% 47,8% 43,5% 35,7% 32,7% 22,2% 27,3% 29,5% 39,0% 45,3% 11,1% 41,3% 22,7% 14,3%Jun 28,6% 37,7% 32,2% 26,2% 25,5% 23,4% 19,0% 27,4% 31,0% 32,1% 0,0% 37,3% 13,6% 8,6%Jul 28,5% 37,7% 26,5% 21,4% 23,6% 32,0% 24,8% 36,8% 24,0% 28,3% 22,2% 40,0% 36,4% 8,6%Ago 37,4% 47,8% 48,0% 50,0% 32,7% 22,5% 29,8% 34,7% 21,0% 42,5% 33,3% 34,7% 22,7% 8,6%Set 43,5% 59,4% 54,5% 73,8% 36,4% 22,2% 38,0% 40,0% 21,0% 51,9% 22,2% 44,0% 45,5% 28,6%Out 50,7% 69,6% 61,1% 64,3% 52,7% 32,6% 45,5% 48,4% 25,0% 52,8% 33,3% 52,0% 45,5% 42,9%Nov 56,3% 55,1% 56,3% 71,4% 60,0% 51,4% 59,5% 61,1% 50,0% 59,4% 55,6% 60,0% 50,0% 60,0%Dez 50,5% 34,8% 25,3% 47,6% 50,9% 80,9% 79,3% 66,3% 75,0% 49,1% 66,7% 57,3% 72,7% 82,9%*Respostas mltiplas. O somatrio total pode ser maior do que 100%.Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014. 19. 19mbito dos eventosA grande maioria dos eventos realizados dembito nacional, sendo apenas 4,4% deles decunho internacional.95,6%Grfico 8Tipos de clientesAs Empresas privadas e as Pessoas fsicasso as que mais locam espaos de acordocom as informaes levantadas. Em seguida,NacionalInternacional4,4%mbito dos eventos realizados nos espaos para eventos no Brasil - 2013Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Empresas privadasPessoa fsicaEmpresas pblicasAssociaes profissionais/SindicatosEntidades do terceiro setorOutrosEmpresas privadasPessoa fsicaEmpresas pblicasAssociaes profissionais/SindicatosEntidades do terceiro setorOutros49,8% 25,5%78,5%49,8% 25,5%71,1%71,1%Clientes que locam os espaos para eventos - 201338,7%8,6%78,5%que locam os espaos para eventos - 201338,7%8,6%Grfico 9Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.figuram as Empresas pblicas, as Associa-esprofissionais/Sindicatos e as Entidadesdo terceiro setor. 20. 20meios utilizados como ferramenta de marketinge comunicao. Os meios tradicionais, comorepresentantes de venda, revistas e mala diretaapresentaram uma participao importante, po-rmreduzida, frente s mdias digitais.MobileOutrosOutdoorTVRdioJornalMala diretaRevistaRepresentante de vendaEmail marketingRedes sociaisSitesMarketing e meios de comunicaoA disseminao da internet e das redes so-ciaisfica evidente nas informaes levantadassobre os veculos de comunicao que osespaos utilizam para se divulgar. Sites, redessociais e email marketing so os principais7,9%14,0%14,4%14,5%18,2%24,8%28,8%30,3%34,4%46,6%66,5%84,4%7,9%14,0%14,4%14,5%18,2%24,8%28,8%30,3%34,4%46,6%66,5%84,4%Grfico 10Principais meios de comunicao utilizados pelos espaos para eventos - 2013Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.MobileOutrosOutdoorTVRdioJornalMala diretaRevistaRepresentante Email marketingRedes sociaisSitesPrincipais meios de comunicao utilizados pelos espaos para eventos - 2013Faixa de faturamentoA maioria dos espaos possui faturamentode at R$ 3,6 milhes, o que representa umaAt R$ 720.000,00De R$ 720.001,00 a R$ 3.600.000,00De R$ 3.600.001,00 a R$ 50.000.000,00De 50.000.001,00 a R$ 100.000.000,00Acima de R$ 100.000.000,00At R$ 720.000,00De R$ 720.001,00 a R$ 3.600.000,00De R$ 3.600.001,00 a R$ 50.000.000,00De 50.000.001,00 a R$ 100.000.000,00Acima de R$ 100.000.000,0051,0%25,8%19,3%2,9%25,8%19,3%2,9%Distribuio dos espaos para eventos por faixa de faturamento - 20130,8%51,0%Distribuio dos espaos para eventos por faixa de faturamento - 20130,8%Grfico 11Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.participao de 76,80% das micro e pequenasempresas. 21. 21Regime tributrioO Simples Nacional a principal categoriade regime tributrio dos espaos para eventos.Em seguida, vem o regime por Lucro Real e Lu-croPresumido. Por fim, os espaos Isentos deTributao so os que tm menor participao,aparecendo com 9,3%.9,3%56,3%11,9%22,5%Regime tributrio dos espaos para eventos - 2013 Isento de TributaoSimples NacionalLucro RealLucro Presumido9,3%56,3%11,9%22,5%Simples NacionalLucro RealLucro PresumidoGrfico 12Regime tributrio dos espaos para eventos - 2013 Isento de TributaoFonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Seguro para eventosA pesquisa com espaos demonstrou que amaioria no exige de seus clientes a contrataoSimNo12,4%86,7%Grfico 13Espaos de eventos que exigem contratao de seguro - 2013Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.de seguro para a realizao de eventos. Apenas12,4% fazem este tipo de exigncia. 22. 22Pesquisa com as empresas organizadoras de eventosAs empresas organizadoras de eventos,como congressos, convenes, feiras e ex-posies,dentre outras modalidades, soas principais locatrias dos espaos. Nesta21,9%rea de atuao das empresas organizadorasAs empresas atuam em todo o territrio nacio-nal,sendo o Sudeste a principal regio de atua-odas mesmas, seguida do Sul. Outro aspectoCongressosFeirasConvenesEventos mistosReuniesEventos socioculturaisEventos esportivosExposies rurais/Tipologia dos eventos realizados pelas empresas organizadoras - 20132. Para mais detalhes, ver Metodologia: Pesquisa com as empresas.Centro-OesteNordesteNorteSudesteSulreas geogrficas de atuao das empresas organizadoras - 201333,8%25,3%18,6%13,4%23,0%10,0%NacionalInternacionalGrfico 14Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Tipos de eventosAssim como na pesquisa anterior (2001), oscongressos continuam sendo o principal tipo deCongressosFeirasConvenesEventos mistosReuniesEventos socioculturaisEventos esportivosExposies rurais/LeilesTipologia dos eventos realizados pelas empresas organizadoras - 201327,0%40,3%52,0% 53,1%58,2% 58,2%66,8%10,7%CongressosFeirasConvenesEventos mistosReuniesEventos socioculturaisEventos esportivosExposies rurais/LeilesTipologia dos eventos realizados pelas empresas organizadoras - 201327,0%40,3%52,0% 53,1%58,2% 58,2%66,8%10,7%27,0%40,3%52,0% 53,1%58,2% 58,2%66,8%10,7%Grfico 15Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.pesquisa, partiu-se de um universo de 2.784empresas, das quais 299 foram entrevistadas2.Os principais resultados da pesquisa so apre-sentadosa seguir.importante apurado foi a significativa participaodas empresas no mbito internacional - 13,4%afirmaram atuar neste mercado.evento realizado pelas empresas, seguido dasfeiras, convenes, eventos mistos e reunies. 23. 23Nmero de empregos geradosO nmero de empregos diretos geradospelas empresas pode ser calculado a partir damdia de 15,2 funcionrios fixos por empresaao ano, apurada na pesquisa, multiplicada pelototal de 2.784 empresas analisadas. Para o totalde empregos terceirizados, da mesma forma,Emprego diretoEmprego terceirizadoEmprego indiretoTotal42.317 1.329.638 4.115.865 5.487.820Empregos gerados pelas empresas organizadoras de eventos - 2013Terceirizao de servios Pessoa Fsica e Pessoa JurdicaUm aspecto importante da pesquisa realiza-dacom as empresas diz respeito ao processode terceirizao pelo qual as mesmas passaramnos ltimos anos. Especialmente no aumentoda contratao de servios terceirizados deAnimao e recreaoAssessoria de imprensaAnimao e recreaoAssessoria de imprensaAtraes (bandas, mgicos, bailarinos)Brindes/Trofus, placas e medalhasAnimao e recreaoAssessoria de imprensaAtraes (bandas, mgicos, bailarinos)Brindes/Trofus, placas e medalhasAtraes (bandas, mgicos, bailarinos)CenografiaBrindes/Trofus, placas e medalhasComputao grfica, vdeo e textoCenografiaComunicao (walk talk/rdio)Comunicao visual/sinalizaoComputao grfica, vdeo e textoComunicao (walk talk/rdio)Comunicao visual/sinalizaoDecorao/mobilirioEletricistaDecorao/mobilirioCenografiaComputao grfica, vdeo e textoComunicao (walk talk/rdio)Comunicao visual/sinalizaoDecorao/mobilirioEletricistaEspecialista em A&B/Consultoria especializada em alimentos e bebidasEletricistaFotografiaConsultoria especializada em alimentos e bebidasEspecialista em A&B/Consultoria especializada em alimentos e bebidasGarom/MaitreFotografiaHospedagem, pacotes e servios receptivosGarom/MaitreLimpezaFotografiaGarom/MaitreHospedagem, pacotes e servios receptivosHospedagem, pacotes e servios receptivosLocao de artigos de buffet e descartveisLimpezaLimpezaLocao de artigos de buffet e descartveisLocao de mobilirio/equipamentos/acessriosManuseadores de mala direta/correspondnciaLocao de artigos de buffet e descartveisLocao de mobilirio/equipamentos/acessriosManuseadores de mala direta/correspondnciaLocao de mobilirio/equipamentos/acessriosManuseadores de mala direta/correspondnciaMestre de cerimniaMdias digitaisNutricionistaMestre de cerimniaMdias digitaisNutricionistaOperador de audiovisualOperador de telemarketingOperador de audiovisualOperador de telemarketingProduo audiovisual (vdeo, mapping)Mestre de cerimniaMdias digitaisNutricionistaOperador de audiovisualOperador de telemarketingProduo audiovisual (vdeo, mapping)Produo audiovisual (vdeo, mapping)ProdutorProdutorProdutorProjeto, montagem e construo de estandesProjeto, montagem e construo de estandesProjeto, montagem e construo de estandesPronto-socorro/Uti mvelRSVPPronto-socorro/Uti mvelRSVPSeguradora de eventosSeguradora de eventosSeguranaSeguranaSerigrafia/Gravaes e adesivosSerigrafia/Gravaes e adesivosServio de cadastramentoServio de cadastramentoServio de recepo/promotores/castingPronto-socorro/Uti mvelRSVPSeguradora de eventosSeguranaSerigrafia/Gravaes e adesivosServio de cadastramentoServio de recepo/promotores/castingServio de traduo e intrpreteServio de traduo e intrpreteServios de buffetServios grficosSomServios de buffetServios grficosSomServio de recepo/promotores/castingServio de traduo e intrpreteServios de buffetServios grficosSomTecnologia aplicada (interatividade, mobile, sistemas)Tecnologia aplicada (interatividade, mobile, sistemas)Transportadora areaTransportadora terrestreTransportadora areaTransportadora terrestreTransporte e manuseio de materiaisTransporte e manuseio de materiaisTecnologia aplicada (interatividade, mobile, sistemas)Transportadora areaTransportadora terrestreTransporte e manuseio de materiaisUniforme, trajes profissionais e promocionaisUniforme, trajes profissionais e promocionaisOutrosmultiplica-se o nmero de 477,6 terceirizadospor empresa pelo total de empresas. Soma-sea esse valor o nmero de empregos indiretosgerados. Esse procedimento nos forneceu umtotal de 5.487.820 de empregos nas empresasorganizadoras de eventos no ano de 2013.Pessoa Jurdica, que figuram como a princi-palforma de terceirizao. O Grfico abaixoevidencia a elevada contratao de PessoaJurdica em detrimento de Pessoa Fsica, compoucas excees.OutrosUniforme, trajes profissionais e promocionaisOutrosServios de terceiros prestados por pessoa fsica e/ou pessoa jurdica mais contratados - 2013Pessoa Pessoa 22%07%04%10%04%07%08%03%10%02%02%01%05%19%06%04%33%03%27%17%06%10%04%05%11%06%09%04%0%12%09%17%10%35%03%09%14%09%0%15%17%14%08%28%46%42%41%48%48%35%46%41%45%44%46%51%34%44%46%33%51%31%43%51%40%47%51%48%49%49%48%36%36%40%40%35%22%39%42%25%39%22%40%15%23%19%Respostas mltiplas. O somatrio total pode ser maior do que 100%.Servios de terceiros prestados por pessoa fsica e/ou pessoa jurdica mais contratados - 2013Pessoa fsicaPessoa jurdica22%07%04%10%04%07%08%03%10%02%02%01%05%19%06%04%33%03%27%17%06%10%04%05%11%06%09%04%0%12%09%17%10%35%03%09%14%09%0%15%17%14%08%28%46%42%41%48%48%35%46%41%45%44%46%51%34%44%46%33%51%31%43%51%40%47%51%48%49%49%48%36%36%40%40%35%22%39%42%25%39%22%40%15%23%19%Respostas mltiplas. O somatrio total pode ser maior do que 100%.terceiros prestados por pessoa fsica e/ou pessoa jurdica mais contratados - 2013Pessoa fsicaPessoa jurdica22%07%04%10%04%07%08%03%10%02%02%01%05%19%06%04%33%03%27%17%06%10%04%05%11%06%09%04%0%12%09%17%10%35%03%09%14%09%0%15%17%14%08%28%46%42%41%48%48%35%46%41%45%44%46%51%34%44%46%33%51%31%43%51%40%47%51%48%49%49%48%36%36%40%40%35%22%39%42%25%39%22%40%15%23%19%Respostas mltiplas. O somatrio total pode ser maior do que 100%.Grfico 16Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Grfico 17Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014. 24. 24Locais contratados para a realizao de eventosA pesquisa constatou que os locais maisprocurados pelas empresas para organizaodos eventos so Centros de Convenes eHotis/Flats. Tambm se destacam Auditrios/Teatros, Pavilhes de Exposio, Buffets/Res-taurantese Resorts. Apesar da pequena parti-cipaodos Atrativos Tursticos, das Arenas edos Navios, h um indicativo da diversificaona busca de novos espaos para a realizaode eventos.Centro de convenesHotel/FlatAuditrio/TeatroPavilho de exposiesBuffet/RestauranteResortCasa noturna/EspetculosClube/EstdioBusiness centerAtrativos tursticosArenaNavio76,8%65,7%53,0%49,0%38,4%36,4%27,8%23,2%18,7%16,2%14,1%7,1%Grfico 18Locais contratados pelas empresas organizadoras para a realizao de eventos -2013Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Valor mdio dos preos praticadosA tabela abaixo nos informa os valores m-dioscobrados para inscries em congressos,reunies e afins, alm de ingressos para showse eventos esportivos e para o metro quadradode feiras e exposies rurais.Tabela 18 - Preo mdio praticado pelas empresas organizadoras de eventos - 2013Tipo de tarifa Valor mdio em R$ Valor mdio em US$Taxa de inscrio para congressos, reunies e afins 385,40 178,60Ingresso para feiras 22,90 10,60Ingresso para shows, eventos esportivos e afins 74,80 34,70Metro quadrado para exposies rurais, leiles e feiras 149,30 69,20*Obs: Clculo realizado com base na cotao mdia do dlar em 2013 (R$/US$ 2,157)Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014. 25. 25Tabela 19 - Composio mdia da receita por tipo de evento - 2013Convenes Congressos Eventos socioculturais Exposies rurais Eventos esportivosContratante 92,4% 46,4% 56,9% 48,0% 39,7%Inscrio n/a 14,8% n/a n/a n/aIngresso n/a n/a 11,1% 7,6% 4,6%Patrocnio 6,6% 15,6% 20,9% 9,2% 12,9%Estande n/a 12,8% 6,8% 31,0% 31,0%Mdia n/a 2,6% n/a 1,1% 1,0%Outros 1,0% 7,9% 4,4% 3,1% 10,8%EspaoInfraestrutura e equipamentosAlimentos e bebidasHospedagem e transporteCenografiaMarketing e promoo (divulgao)Palestrante/ArtistasOutras despesas*EspaoInfraestrutura e equipamentosAlimentos e bebidasHospedagem e transporteCenografiaMarketing e promoo (divulgao)Palestrante/ArtistasOutras despesas*Composio da receita mdia de eventosA principal fonte de receita de um evento de-rivado pagamento da empresa ou contratantedos servios em todos os tipos de eventos pes-quisados.23,8%23,8%16,9%14,5%13,4%16,9%14,5%13,4%Composio mdia das despesas de um evento - 20136,5%6,4%5,9%12,6%* Incluem-se em Outras despesas: servios de intrprete, audiovisual, brindes, entretenimento e outras despesas diversas.Composio mdia das despesas de um evento - 20136,5%6,4%5,9%12,6%* Incluem-se em Outras despesas: servios de intrprete, audiovisual, brindes, entretenimento e outras despesas diversas.Grfico 19Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.As demais receitas so provenientesde inscries, ingressos, patrocnios e mdias,de acordo com a natureza do evento realizado.Composio mdia das despesas de eventosDe acordo com os dados da pesquisa, asmaiores despesas dos eventos foram com o es-Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.n/a: no se aplicapao e com infraestrutura e equipamentos. Almdesses, destacam-se os gastos com alimentos ebebidas, hospedagem e transporte e cenografia. 26. 26Regime de enquadramento tributrioO Simples Nacional o principal regime deenquadramento tributrio das empresas orga-nizadoras,67,5% esto nesta categoria. LucroPresumido vem a seguir, com 23,3%, e o LucroReal apresenta 9,2%.Regime de enquadramento tributrio das empresas organizadora - 2013Tipos de seguros praticadosEm relao aos seguros praticados pelasempresas, apenas 32,4% contratam seguro totaldo evento e 34,1% no contratam nenhum tipoNenhumTotal do eventoOutras modalidadesEquipe de trabalhoEquipamentos32,4%Tipos de seguros praticados pelas empresas organizadoras - 201334,1%10,0%21,1%2,3%Grfico 21Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.de seguro. As 33,4% restantes contratam segurospara as equipes de trabalho, equipamentos eoutros tipos de seguros.Simples NacionalLucro PresumidoLucro Real67,5%23,3%9,2%Grfico 20Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014. 27. 27associaes e entidades de classe, que figuram,na sequncia, como importantes contratantesde eventos.Empresa privadargos e empresas pblicasAssociaes e entidades de classePessoa fsicaEntidades do terceiro setorPrincipais contratantes de eventosAs empresas privadas so as principais con-tratantesdas organizadoras de eventos. Emseguida vm os rgos e empresas pblicas e as83,4%83,4%54,8%50,6%54,8%31,3%27,0%31,3%27,0%50,6%* Respostas mltiplas. O somatrio total pode ser maior do que 100%* Respostas mltiplas. O somatrio total pode ser maior do que 100%Principais contratantes das empresas organizadoras de eventos - 2013Empresa privadargos e empresas pblicasAssociaes e entidades de classePessoa fsicaEntidades do terceiro setorPrincipais contratantes das empresas organizadoras de eventos - 2013At R$ 720.000,00De R$ 720.001,00 a R$ 3.600.000,00De R$ 3.600.001,00 a R$ 50.000.000,00De R$ 50.000.001,00 a R$ 100.000.000,00Acima de R$ 100.000.000,00Faixas de faturamento das empresasOs dados da pesquisa revelaram que 50,3%das empresas tm um faturamento anual de atR$ 720 mil reais e que cerca de 30,8% delastm um faturamento entre R$ 720 mil e R$ 3,6Distribuio das empresas organizadoras por faixa de faturamento - 20131,3%50,3%30,8%14,6%3,0%At R$ 720.000,00De R$ 720.001,00 a R$ 3.600.000,00De R$ 3.600.001,00 a R$ 50.000.000,00De R$ 50.000.001,00 a R$ 100.000.000,00Acima de R$ 100.000.000,00Distribuio das empresas organizadoras por faixa de faturamento - 20131,3%50,3%30,8%14,6%3,0%Grfico 23Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.milhes. Isso significa que 81,2% das empresasorganizadoras podem ser classificadas comomicro e pequenas empresas, j que possuemfaturamento at R$ 3,6 milhes.Grfico 22Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014. 28. 28Mercado de eventos no Brasil: Desafios e Perspectivas 2020sil, lugares que ofeream boas condies logsti-case menores custos. Uma verdadeira mudanano paradigma da atratividade, pois o que tornarum destino mais atraente ser a relao qualidade/preo, atribuindo menos importncia a atributostursticos como natureza, glamour, gastronomia.A busca por maior rentabilidade dever ampliara criao de empresas com estruturas muito redu-zidas,montadas por profissionais provenientes deempreendimentos j estabelecidos no mercado.A expectativa de que essas empresas atuarocomo articuladoras e intermedirias para viabilizara entrega completa do servio, ofertando projetoscom menores custos, uma vez que esses profis-sionaispossuem rede de contatos e experinciana atuao em eventos.Estima-se, tambm, a expanso da criaode reas ou departamentos especficos de even-tosdentro das prprias entidades, empresas,sociedades; visualiza-se, ainda, a ampliao daparticipao no mercado de eventos por agnciasde publicidade e agncias de viagens como orga-nizadoras,mudanas que j esto identificadas edevero avanar nos prximos anos, diversifican-doa matriz de concorrncia.Em relao dinmica do mercado, os gruposprojetaram um aumento no nmero de eventostcnicos e cientficos de porte menor, focando emespecialidades, visando ao maior resultado cient-fico,diminuindo as atividades sociais e resultandoem menor nmero de dias reservados para oseventos. Fruto dessa fragmentao, as verbas depatrocnio tendem a diminuir nos prximos anos.Paralelamente, acreditam no fortalecimento decongressos nacionais, continentais e mundiais,ao passo que os eventos regionais, como oscongressos estaduais, tendem a perder fora.Ainda em relao aos eventos tcnicos e cien-tficos,a estimativa dos grupos de aumento donmero de eventos hbridos, com a ampliao daparticipao remota e acesso virtual aos eventos,causando reduo da participao presencial.Os grupos esperam uma movimentao domercado polarizada entre dois focos: Volumecom menores custos ou diferenciao com valoragregado.Os participantes creditam a crescente perdado foco associativo das entidades e sociedades Pesquisa com grupos focaisIntroduoO setor de eventos est em ascenso, ativan-douma grande cadeia produtiva que envolvediversos segmentos de negcios, impulsionan-domicro e pequenas empresas prestadoras deservios em todas as regies e fomentando agerao de emprego e renda.Este panorama nos impe a necessidade deuma reflexo crtica sobre a situao atual e asperspectivas futuras de negcios, bem comouma anlise das aes e projetos necessriosao desenvolvimento setorial de forma sistmicae sustentvel.Foi com esta premissa que esta Pesquisa comgrupos focais Mercado de Eventos no Brasil:Desafios e Perspectivas 2020 auscultou seusmaiores desafios, suas principais expectativas ecompilou essa reflexo coletiva para os prximosseis anos em cinco eixos temticos centrais: Clientes Concorrncia Redes de Negcios Tecnologia Gerao YOs encontros reuniram grupos formadospredominantemente por associados da ABEOCBrasil e entidades, representando os segmentosde eventos tcnicos, cientficos, corporativo esocial.1ClientesA observao unnime dos grupos de queh uma forte tendncia de que nos deparemoscom mais clientes interessados em lucrar comos eventos.A constatao de que os clientes esto maisexperientes e exigentes foi seguida da hiptesede que haja um aumento na busca por qualida-de,com expectativa de maior lucro, j que estoentendendo os eventos como negcios de altarentabilidade. Os clientes estaro ainda mais vi-dospor inovao, com menor custo de operao,para maximizar os resultados.O foco no lucro, com qualidade, poder pro-movero aumento do deslocamento de muitoseventos para cidades e regies do interior do Bra-1. A metodologia empregada nos Grupos Focais est disponvel em Metodologia na limitada atuao estratgica, com destaque parapg. 32. 29. 29os eventos como condio de sustentabilidadedas mesmas. A maior parte das entidades e so-ciedadesdepende dos eventos para sobreviver.Como subproduto da reflexo sobre a fragili-dadedas entidades, os integrantes dos grupossinalizam duas oportunidades de negcios paraas empresas organizadoras:Um caminho a sociedade em eventosentre organizador e entidade.Outra opo a prestao de serviode consultoria em gesto de entidades pororganizadores de eventos.No segmento de eventos coorporativos, osgrupos abordaram a diminuio do tempo defechamento dos eventos para 15 dias antes dadata prevista de realizao, j que os oramen-tosde marketing encolheram em funo docenrio econmico local e global.No segmento de eventos governamentaise licitaes, os participantes esperam maisrigidez de normas nas licitaes e exigncia demaiores garantias financeiras, o que trar, comoconsequncia, maiores dificuldades ao acessode micro e pequenas empresas organizadorasaos eventos governamentais. Com tantas di-ficuldades,ser quase impossvel que pequenasempresas venam licitaes.No segmento de eventos sociais (formatu-ras),os grupos concluram que as formaturasseguiro diminuindo de tamanho, devido, entreoutros motivos, proliferao de universidadese cursos segmentados. Assim, avaliam, serorealizados mais eventos de menor porte.Outro aspecto importante a exigncia des-saclientela por uma maior oferta de recursos eatrativos para o evento, com menores custos.Os organizadores que atuam no mercado deformaturas precisaro adequar suas ofertas paravenda antecipada a fim de ajustar as condiesde pagamento e parcelamento: Teremos quecomear a trabalhar desde o ingresso do alunona Universidade.ConcorrnciaA grande expectativa detectada nos grupos sobre o aumento da entrada de empresas inter-nacionaisno mercado brasileiro. Acreditam queos grandes eventos sero negociados em bloco:Uma sociedade mdica vai firmar contrato comuma organizadora para os prximos cinco con-gressosnacionais que realizar.Segundo os participantes, as organizadorasinternacionais possuem tecnologia, know-howe capital diferenciados, o que dificultar, emmuito, as concorrncias, forando as empresasbrasileiras a buscarem qualificao.Em contrapartida, estimam que a demandapor suporte local para a realizao de grandeseventos, captados por organizadores internacio-nais,aumentar at 2020. Neste cenrio de sub-contratao,as empresas brasileiras veriam oseu papel de protagonistas do evento reduzido,transformando-se em prestadoras de servios.Outros movimentos de mercado foram apon-tadospelos grupos: um possvel aumento deassociaes de empresas internacionais comempresas brasileiras e da associao entreorganizadoras nacionais para ampliar a capa-cidadede competio no mercado. Tambmvislumbram que mais empresas brasileiras serovendidas para players internacionais.A ampliao do nmero de eventos prpriosfoi destacada como alternativa de negcios paramuitas empresas organizadoras. E, para queelas possam competir, as prticas comerciaisvo ter que ser mais agressivas.Tambm foi apontado o deslocamento deempresas brasileiras de maior porte e filiais paraoutras regies do Brasil, trazendo mudanas docenrio nas concorrncias pelos eventos emdiversos estados.Os grupos evidenciaram que o mercadobrasileiro no est preparado para lidar com estecenrio de concorrncia, atribuindo ao pen-samentoindividualista dos empreendedores,ao curto horizonte de planejamento e culturade gesto de empresa familiar as principais difi-culdadesa serem superadas nos prximos anospara ampliar a competitividade no ambiente denegcios.Grande parte dos integrantes dos grupos con-siderouque a maioria das empresas no possuiposicionamento de mercado e, por esta razo,atuando de forma muito imediatista, lanam-seem diversas concorrncias sem definir e fortale-cerreas de especialidades. Acreditam que oplanejamento com viso de longo prazo tem queestar na lista de prioridades para o fortalecimentodos negcios. 30. 30Outro ponto de destaque foi a convico deque muitas empresas entregam inteligncia,mas vendem e cobram apenas pelo serviode organizao de eventos. Esta constatao,na percepo de vrios empresrios, um alertapara a necessidade urgente de uma profundareflexo sobre o posicionamento dos modelosde negcios e da viso empresarial.Em relao s micro e pequenas empresas,os grupos ressaltam o aumento da verticaliza-ona prestao de servios como alternativade sobrevivncia no curto prazo. As empresasmuito pequenas vo optar por fazer tudo, poiss assim conseguiro sobreviver.Sobre as licitaes governamentais, a esti-mativaentre os pesquisados de que crescero movimento de empresas com expertise ecapital, vencendo concorrncias em diversospontos do Pas.Redes de NegciosOs grupos expressaram a crena na atuaoem rede como alternativa fundamental de so-brevivnciano mercado. Entretanto, percebemque ainda um desafio para o empresariadobrasileiro, seja pela barreira do comportamentoindividualista, seja pela falta de conhecimentosobre o assunto.A falta de dilogo e de articulao entre osempresrios apontada como uma das prin-cipaiscausas das dificuldades de formaode redes de negcios. Os grupos acentuaram,ainda, que o setor de eventos muito desunidoe vive o antigo paradigma da concorrncia, oque se agrava pela diversidade de segmentos eentidades sem projetos coletivos e integrados.Os grupos mostraram estar conscientes deque, nos prximos anos, a sobrevivncia depequenas e mdias empresas no mercado deeventos depender da capacidade de aprendera fazer negcios em rede. No entanto, desconhe-cemcomo operacionalizar este tipo de atuaocoletiva, j que falta informao, sensibilizaoe treino orientado para que se aprenda a ga-nhardinheiro em rede: Com certeza, este ocaminho, mas ainda no sabemos como fazer.A possibilidade de criao de novos neg-ciosna cadeia de fornecimento apresenta-secomo tendncia para os prximos anos naopinio dos integrantes dos grupos. Segundoos participantes, isto poderia ser feito atravsda associao de pequenas e mdias empresas,visando maior capacidade de competio porgrandes eventos.Tecnologia e o setor de eventosNeste eixo temtico, as perspectivas foramde grande crescimento para os prximos anos,tanto no que se refere tecnologia aplicada aoseventos, quanto ao desenvolvimento de novasalternativas que atendam com mais qualidadeas empresas organizadoras nos processos deinscrio, gesto dos projetos, dentre outrasalternativas.Os componentes dos grupos ressaltaram a di-ficuldadeem obter atendimento qualificado parasuas demandas, principalmente em servios detecnologia, devido s limitaes de compreen-so,pelos fornecedores, acerca das atividadesrelacionadas ao setor de eventos.Mas acreditam poder atender com mais quali-dadeao mercado: Quem sabe nos associamospara criar um negcio que fornea sistemas parao setor? Assim, nossas demandas sero atendi-dascom a qualidade que necessitamos, j quens entendemos tudo sobre eventos.Os grupos atriburam a limitao do empre-sariadode pensar o futuro, com novos modelosde negcios virtuais em eventos, dificuldadede planejamento e gesto das empresas e aodistanciamento do mercado de tecnologia dosegmento. Tais limitaes dificultam a atuaodas empresas em novos nichos, como a reali-zaode eventos on-line e as compras on-line,que podem ocorrer tanto nos prprios eventoscomo na cadeia de fornecimento.O interesse do mercado brasileiro pelos even-tosvirtuais foi outro ponto importante destacadopelos grupos, com expectativa de grande expan-sonos prximos anos. Se no nos prepararmosimediatamente, perderemos ainda mais espaono mercado. As empresas devero desenvolverhabilidades para atuar neste contexto, inclusiveporque aumentar muito a necessidade de ge-renciamentovirtual de grupos de trabalho nosprojetos de eventos.Ao refletirem sobre os novos caminhos numhorizonte prximo, os participantes dos gruposacreditam que as pequenas empresas passaroa atuar com apoio de consultores externos, tan-topara captar como para executar projetos deeventos, o que reduzir, significativamente, o 31. 31nmero de colaboradores permanentes, comoalternativa de adaptao ao mercado.Gerao Y2Neste eixo temtico, os participantes reco-nhecem,de imediato, que a gerao Y invadiuo mercado de eventos; no apenas como mode obra em diversas reas, mas, tambm, comocliente, ao assumir posies de liderana nasempresas e, ainda, ao dominar o consumo emdiversos segmentos sociais.As principais mudanas apontadas pelosgrupos em relao gerao Y: o comportamento dos jovens - extrema-menteseletivos, altamente conectados,imediatistas e com ateno dividida -precisa ser observado atenciosamenteno planejamento dos eventos, a fim decaptar participantes jovens que anseiampor inovao e tecnologia. a qualidade de acesso Internet, a ofertade aplicativos e servios virtuais, a flexi-bilidadepara escolhas por interesse e adiminuio da procura por aprofundamen-toterico, atravs de interao presencial,fruto da cultura de pesquisa e busca naInternet, vo interferir fortemente no inte-ressedos jovens pelos eventos; o aumento da velocidade das informaese o possvel impacto da sua repercussopassaro a ser pauta de discusso entreas empresas, demandando estratgiasde ao em mdias de redes sociais, noapenas para publicidade e promoo,mas tambm para gesto de crises.Os grupos apontaram mudanas na relaocom estes clientes da gerao Y: como lderes, apresentam pouca pr-dis-posiopara reunies de planejamento; em funo da alta conectividade e dohbito de acesso fcil informao vir-tual,eles acreditam ter compreenso dediversos temas, demonstrando autonomiapara tomada de deciso, embora lhes falteexperincia; interessados em tecnologia ampliaro ofoco nesta rea nos eventos.Em relao a essa nova mo de obra, osgrupos destacaram que a oferta de cursos paraatender ao mercado de eventos mostra-se muitopouco atrativa, pois as ferramentas educacionaisesto muito defasadas em relao mudana decomportamento dos jovens das geraes Y e Z 3.Mudanas nas empresas salientadas pelosgrupos: Nossas empresas tm dificuldade paralidar com a gerao Y, tanto no que serefere ao aproveitamento de potenciaisinternos, pela carncia de compreensodo comportamento dos jovens, quantopela oferta de condies de trabalho quelhes cause interesse; Os gestores tm dificuldade para lidarcom equipes mistas! (com diferentesgeraes convivendo juntas), lideradaspor jovens da Gerao Y, em ramos denegcios em que a participao doscolaboradores internos e externos fundamental.Consideraes finaisO produto desta Pesquisa (mesmo notendo relevncia estatstica, por ser uma pes-quisaexploratria) um importante contedode apoio reflexo sobre o futuro do setor deeventos no Pas, podendo ser utilizado comosubsdio para o aprofundamento da anlisesetorial e para a continuidade do dilogo nosetor nos prximos anos, contribuindo no pla-nejamento2. Pessoas nascidas aps os anos 80, conhecidas tambm como gerao da Internet.3. Pessoas nascidas aps os anos 90, acostumada a zapear entre TV, internet, vdeo game, celular e MP3.e elaborao de estratgias, aes,projetos e programas. 32. 32MetodologiaA presente pesquisa se desenvolveu emtrs etapas. A primeira, de cunho quantitativo,abrangeu os espaos onde ocorrem os eventos,tais como: Hotel (incluindo flats, apart-hotis,pousadas e hotis fazenda) Centro de convenes e exposies(incluindo Centros de convenes, Cen-trosde convenes e exposies e Pavi-lhesde exposies) Parque de exposio Teatro e Auditrio Stio e Chcara Bar e Restaurante Parque e Jardim Instituio de ensino Museu e Centro cultural Casa e Salo de festas Marina Casa noturna Clube, Ginsio e ArenaNa segunda etapa da pesquisa, tambm decunho quantitativo, foram pesquisadas empre-sasorganizadoras e entidades promotoras, origi-nriasde diferentes partes do territrio nacional.Como o conceito de eventos extremamenteamplo, diversificado e multiforme, a pesquisateve como ponto de partida a definio do tipode evento a ser considerado no estudo. A con-ceituaoadotada para tipific-lo foi resultadoda fuso da tipologia comumente adota pelomercado e da adotada pela literatura acadmicada rea, alm da preocupao em manter a basede comparao com o estudo anterior (2001).Nesse sentido, foram utilizadas as seguintescategorias: Congressos Feiras comerciais Exposies/Leiles Convenes Reunies Eventos socioculturais Eventos mistos (aqueles que apresentama realizao de duas ou mais categoriasde eventos numa mesma execuo, como:congresso + feira; conveno + semin-rio;reunio + evento sociocultural).Na terceira etapa, de cunho qualitativo, foramrealizados cinco grupos de foco, um em cadaregio brasileira, entre os meses de maio e ju-nhode 2014. Os grupos foram compostos porempresrios e lideranas de entidades do setorde eventos, gestores de centros de convenese organizadores de eventos dos segmentos tc-nico,cientfico, corporativo e social associados ABEOC Brasil.Metodologia da pesquisa com espaos paraeventosO levantamento dos espaos para eventospartiu de um levantamento inicial de 375 cidadesbrasileiras. Para realizar a seleo das cidades,foram utilizados os seguintes critrios, listadosabaixo em ordem de importncia:1. ter feito parte do estudo do Dimensiona-mentoEconmico da Indstria de Eventosno Brasil 2001/20022. ser um destino indutor3. possuir mais de 200 mil habitantes4. possuir um calendrio de eventos expres-sivo,organizado e disponibilizado5. cidades que possuem grandes espaospara eventosAs cidades que atenderam a um ou mais doscritrios listados acima foram, ento, seleciona-das. importante ressaltar que todos os 26 esta-dos,mais o Distrito Federal, esto representadosno universo levantado.A partir da seleo das cidades, foi feito olevantamento dos espaos para eventos nesses375 municpios, mediante os seguintes pr--requisitos:a) ter capacidade superior a 100 lugaresb) cobrar pelo uso (espao pode ser locado)c) ser locado regularmenteNeste sentido, foram feitas buscas extensivasdiretas nos sites e catlogos da internet e tam-bmem listagens especializadas fornecidas porrgos e entidades oficiais do setor.O resultado do levantamento mostrou umuniverso de 9.445 espaos para a realizaode eventos nas cidades selecionadas, o querepresentou uma capacidade instalada total de 33. 339.247.626 assentos e 10.166.149 de metrosquadrados. Aqui vale a ressalva de que, relati-vamenteaos Assento, contabiliza-se, alm daquantidade de assentos em si, a capacidadeem nmero de pessoas, que recorrente emCasa noturna e Casa e Salo de festas, porexemplo. Por essa razo, em algumas situaesfaz-se meno aos espaos para reunies e afins(referncia aos assentos) e aos espaos parafeiras e afins (referncia aos metros quadrados).A partir do levantamento realizado, foi possveldesenvolver o desenho amostral da pesquisa.Por conta do levantamento dos espaos terrevelado diferenas importantes em relao aotamanho dos mesmos, e com o intuito de fazercom que a amostra pudesse representar o maisprecisamente possvel a populao, optou-sepor fazer uma amostra proporcional e estratifi-cadaem 3 tercis.A amostra foi proporcionalizada a partir daparticipao dos estados no total da quantidadede espaos no Brasil. Nesse sentido, a amostra foiconstruda a partir da seguinte distribuio regio-nal:6,1% do Centro-Oeste, 15,8% do Nordeste,4,0% do Norte, 50,0% do Sudeste e 24,0% do Sul.Internamente a cada regio, tambm foram res-peitadasas respectivas participaes estaduais.Uma vez definidas as participaes estadu-ais,partiu-se para a seleo amostral a partirda definio da estratificao dos espaos emtercis dentro de cada estado. A estratificao o processo de subdiviso da populao alvoem subpopulaes mais homogneas e poderesultar num sensvel ganho de preciso nasestimativas. Neste sentido, o primeiro tercilconteria os espaos menores, o segundo tercilos espaos intermedirios e o terceiro tercil osespaos maiores. O dimensionamento de cadatercil depende da estrutura dos espaos de cadaestado, j que a distribuio dos tamanhos dosmesmos varia de estado para estado. Dentro decada tercil foi feita uma amostra aleatria paraselecionar os espaos que seriam entrevistados.Dessa forma, alm de termos assegurado quecada estado estivesse representado a partir dasua participao, tambm garantimos que osdiferentes tamanhos de espaos estivessempresentes na amostra.Para dimensionarmos o tamanho da amostra,considerou-se um nvel de confiana de 95%,com uma margem de erro de 2,08%. A partir des-sesparmetros, podemos calcular o tamanhoda amostra estratificada para uma populaofinita a partir da aplicao da frmula seguinte:Lh-1N2h2hWhN2 E2t2 + Lh-1Nh 2hn* =onde:n* = tamanho da amostra calculadoNh = tamanho do estrato hN = Nh o tamanho da populao alvo2h = varincia amostral no estrato hE = erro amostral aceitvel (em unidades da mdia)Wh = Nh, que a proporo de unidades amostrais no estrato hNA partir dos clculos realizados, chegamos auma amostra de 1.798 espaos que deveriam serpesquisados. Como foram pesquisados 1.807espaos em todo o Brasil a partir dos parmetrosacima estabelecidos, garantiu-se, assim, informa-esseguras para a realizao das projeeseconmicas e definio do perfil setorial.Vale notar que, nas projees envolvendoo restante das dimenses que foram levanta-dassobre os espaos para eventos no Pas,adotou-se as mdias ponderadas por regiesgeogrficas e/ou tipo de espao para eventos.A pesquisa foi desenvolvida de agosto de2013 a setembro de 2014, sendo que as en-trevistascom os espaos foram realizadas noperodo de fevereiro a julho de 2014, para que oano base de 2013 pudesse ser capturado na suatotalidade. Foram realizadas, preferencialmente,entrevistas diretas por telefone e, em menormedida, questionrios enviados por e-mail. Napesquisa foram abordados os seguintes aspec-tos/dimenses: identificao do espao pesquisado (nomefantasia, razo social, endereo, telefone/fax, e-mail, nome do responsvel e do en-trevistado,com a especificao do cargo) tipologia do espao (Hotel incluindo nesta 34. 34denominao: hotel, flat, apart-hotel, pousa-dae hotel fazenda); Centro de convenes eexposies (que incluem Centro de Conven-es,Centro de convenes e Exposies ePavilho de Exposies); Parque de exposi-o;Teatro e Auditrio; Stio e Chcara; Bare Restaurante; Parque e Jardim; Instituiode ensino; Museu e Centro culturais; Casae Salo de festas; Marina; Casa noturna;Clube, Ginsio e Arena) tipologia dos eventos e nmero mdiorealizado mensal e anualmente nmero de participantes taxa de ocupao sazonalidade dos eventos e poca demaior procura volume de empregos fixos e terceirizados impostos e taxas incidentes sobre a ati-vidade mbito dos eventos tipos de clientes preos praticados nvel de faturamento meios de comunicao contratao de seguroAs anlises foram realizadas nos nveis deagregao para o Brasil e para as regies bra-sileiras.Por fim, importante registrar que, para fazera converso dos valores de reais para dlares,utilizamos a cotao do dlar mdio do ano de2013 que, segundo o Banco Central, foi de R$/US$ 2,157.Metodologia da pesquisa com empresasorganizadoras de eventosA segunda parte da pesquisa, tambm decunho quantitativo, partiu do ponto de vista dasempresas organizadoras e agncias de marke-tinge eventos para dimensionar a importnciaeconmica do setor.Com auxlio de algumas entidades ligadas in-dstriade eventos, como a ABEOC (AssociaoBrasileira de Empresas de Eventos), a AMPRO(Associao de Marketing Promocional) e osConventions & Visitors Bureaux de vrios esta-dosbrasileiros, foi possvel levantar uma partedas empresas organizadoras credenciadas aparticipar da pesquisa. Outra parte foi levantadanas bases do CADASTUR, cadastro do Ministriodo Turismo de empresas que atuam no setor deturismo. Nesta base, selecionou-se apenas asempresas organizadoras de eventos. A tabelaabaixo subdivide as 2.784 empresas levantadaspelas fontes de tal levantamento.Tabela 20 - Fontes de levantamento e quantidadede empresas organizadoras da amostra - 2013Fontes de levantamento QuantidadeAssociadas abeoc 762Associadas ampro 274Cadastur 1.618Empresas do Convention & Visitors Bureau 130Total de empresas organizadoras 2.784Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Vale notar que trata-se de um nmero conser-vador,visto que desconsiderou-se as empresasorganizadoras e entidades promotoras no asso-ciadasquelas entidades e no abrangeu o totalde entidades que promovem eventos e de de-partamentosde eventos existentes nas grandesempresas, entidades de classe e sindicatos. Almdas empresas no associadas acima elencadas,tambm no se considerou as empresas que noconstavam da base do CADASTUR.Ainda assim, o universo identificado compre-endeparte importante das empresas e entidadesda indstria de eventos em todo Pas. Foramlevantadas informaes de 299 empresas, o quenos oferece a segurana necessria para realizaras projees para um intervalo de confiana de93% e um erro mximo permitido de 5% para ototal de 2.784 empresas.O levantamento de dados foi realizado, namaioria das vezes, por e-mail, atravs da platafor-made pesquisa Qualtrics, a partir de questionrio 35. 35com perguntas fechadas, o que facilita a tabu-laodas informaes, e um outro conjunto deperguntas abertas, que nos ajudou a investigarquestes importantes do setor.Dessa forma, foram abordados na pesqui-sacom as empresas os seguintes aspectos/dimenses: identificao da empresa, entidade ouprofissional autnomo pesquisado (nomeda empresa, endereo completo, telefonede contato, e-mail, nome do entrevistadoe cargo ocupado) tamanho da empresa rea geogrfica de atuao tipologia de eventos e nmero mdio rea-lizadoanualmente total de empregos fixos e temporrios reas de terceirizao de servios locais de realizao dos eventos tipos de seguros contratados composio mdia das receitas e despe-sasdos eventos principais contratantes para a realizaode eventos enquadramento tributrioMetodologia dos grupos de focoNa pesquisa com os grupos focais (Merca-dode Eventos no Brasil: Desafios e Perspec-tivas2020) foi utilizada a tcnica projetiva,possibilitando que, por meio de estmulos,as pessoas possam projetar opinies, ideaise pensamentos perante os outros. E, atravsdessas discusses em grupo, dessa interaoentre os participantes, ampliam-se as vises epercepes sobre o assunto, enriquecendo ocontedo da pesquisa.Os grupos de foco consistem, basicamente,na reunio de um pequeno grupo de pessoasconvidadas para passar algumas horas comum moderador treinado, a fim de discutir sobretemas especficos. A discusso livre e franca estimulada. Assim, os participantes expressampensamentos sobre o assunto abordado, aomesmo tempo em que o moderador focaliza adiscusso, registrada por meio de gravaese anotaes.Para realizao da pesquisa com os gruposfocais, foram convidados empresrios e lideran-asde entidades do setor de eventos, gestoresde centros de convenes e organizadoresde eventos dos segmentos tcnico, cientfico,corporativo e social associados ABEOC.Selecionamos cinco capitais brasileiras:So Paulo, Fortaleza, Manaus, Goinia e Flo-rianpolis,utilizando o critrio de nmero deespaos para eventos, dado que consta nolevantamento realizado pelo Observatrio deTurismo da Universidade Federal Fluminenseno ano de 2013. Em cada capital aconteceu aformao de um grupo focal.A dinmica nos grupos ocorreu nos mesesde maio e junho de 2014, conforme registradona tabela:Tabela 21 - Local, data e nmero de participantes dosgrupos de foco - 2014Local DataNmero departicipantesSo Paulo 28 de maio 7Fortaleza 30 de maio 9Manaus 02 de junho 7Goinia 04 de junho 8Florianpolis 06 de junho 8Fonte: ABEOC Brasil/Sebrae/Obsertrio do Turismo-FTH-UFF, 2014.Ressaltamos que a pesquisa com gruposfocais de carter exploratrio, sem relevnciaestatstica. Contudo, este modelo apresenta re-sultadosaltamente satisfatrios quando utilizadopara gerar hipteses ou explicaes provveis,assim como na identificao de reas para umestudo mais aprofundado, pois trata-se de umamodalidade de pesquisa mais flexvel e queproduz uma viso geral da situao analisada. 36. 36Perspectivas da Indstria de Eventos e TurismoA viso das entidades do setorA indstria de eventos deve ser vista e planejada considerando sua principal caracterstica: a trans-versalidadecom as diversas atividades econmicas e sociais. Os dados levantados pelo II Dimensio-namentoEconmico da Indstria de Eventos no Brasil evidenciam a sua importncia socioeconmica.No entanto, apesar de estar na primeira colocao em Recursos Naturais e Espcies Conheci-das,terceira em Assento Areo/km, sexta na Quantidade de Stios que so Patrimnio Mundialda Natureza e oitava em Nmero de Feiras Internacionais, o Brasil obteve apenas a 51 colocaono ranking de 140 pases estudados no The Travel & Tourism Competitiveness 2013, produzido peloWorld Economic Forum (Davos). Extenso e Efeitos da Tributao (140), Infraestrutura de Trans-porteTerrestre (129), Competitividade dos Preos (126), Taxas Aeroporturias (118), Qualidadedo Sistema Educacional (115) e Prioridade Governamental para Tourism & Travel e Efetividade doMarketing TT (102) so aspectos em que o Brasil situa-se entre os piores do mundo.Por sermos um Pas de imensurvel potencial de desenvolvimento de sua indstria de eventos eturismo, imprescindvel que algumas providncias sejam tomadas para mant-lo vivel economi-camentee atrair mais investimentos, com o objetivo de tirar o mximo proveito de seu potencial eelev-lo ao nvel de uma atividade prioritria para o Brasil.Com esse intuito, foi constitudo o Frum Permanente das Entidades do Setor de Eventos (ForE-ventos),reunindo as entidades representativas do segmento, bimestralmente, para analisar e debateros aspectos transversais da indstria.Ao analisar o resultado da pesquisa apresentada, pode-se traar diversas linhas para a definiodos desafios que esta indstria precisa superar para crescer de forma mais consistente e constante.Sob a tica da dependncia direta da infraestrutura do Pas, a indstria de eventos vislumbra gran-desdesafios, como fomentar e garantir, junto ao setor privado e ao poder pblico, o desenvolvimentode amplos e modernos modais aerovirio, ferrovirio e hidrovirio.Alm disso, a necessidade de investimentos e incentivos governamentais para a construo demodernos e amplos centros de convenes mostra-se urgente. O Brasil no possui centros de conven-esno ranking dos maiores do mundo. A falta de centros de convenes de grande porte nos doisprincipais centros econmicos nacionais onera a realizao de grandes eventos no Brasil, dificultandoa sua captao, bem como a manuteno dos maiores eventos corporativos no Pas. Merece destaque,tambm, a reviso dos coeficientes construtivos para reas de eventos, o que pode incentivar a cons-truode espaos para eventos e espaos culturais em empreendimentos imobilirios e/ou hoteleiros.A melhoria da mobilidade urbana para proporcionar uma interligao entre os pontos tursticos eequipamentos de hospedagem, gastronomia e eventos da cidade, principalmente nos transportespblicos, tambm um desafio a ser superado.Destaca-se, tambm, como primado essencial para o desenvolvimento da indstria de eventos eo crescimento do Pas no ranking de eventos internacionais, o livre acesso de turistas ao territrionacional, mediante iseno da obrigatoriedade de visto ou, se o mesmo for necessrio, facilitar suaobteno atravs do uso de meios eletrnicos, seja no pas de origem, seja em solo brasileiro.Outro desafio a modernizao da legislao para adequao realidade produtiva, como a cria-ode normas