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Sugestões de resolução ― Guiões de Leitura Dito e Feito, 5.º ano A Vida Mágica da Sementinha, de Alves Redol [pp. 2-9] Introdução 1. Resposta pessoal. 2.1. 1. TRIGO; 2. BAGOS; 3. RAPTO; 4. MILAGRE; 5. LADRÃO; 6. HISTÓRIAS; 7. FEITICEIRA; 8. MISTÉRIO; 9. RESSURREIÇÃO; 10. VIVEIRO; 11. TRANÇAS. Falam os bagos de trigo 1. a. porção de terra arada, para cultivo; b. primeira lavra de uma terra que é deixada a repousar até nova lavra; c. trabalho árduo, fatigante; d. ponta de ferro afiada de uma vara que serve para picar os bois. 2. O primeiro espaço mencionado é uma “velha arca”, onde foram colocados e fechados os bagos de trigo. O outro espaço é exterior, um grande tabuleiro colocado ao Sol, onde estes foram espalhados. 2.1. No interior da arca, os bagos tinham adormecido, achando- se, talvez, esquecidos, resignados a um destino que não passaria dali. Quando a arca foi aberta e receberam a luz do Sol, reinou entre eles entusiasmo e alegria, ainda que inicialmente algo aturdidos e confusos. 3. António Seareiro, Doirado, Maria Rita, Serrano, Sol Soalheiro, Amarelo de Barba Preta, Sementinha, Despedida-de-Verão. 4. A Sementinha iniciou uma conversa com uma flor, a Despedida- de-Verão, que estava muito convencida da sua beleza. A Sementinha estava indignada porque a flor, afirmando-se muito bela, comparava-se com ela, considerando-a feia. A semente ficou muito triste e chorosa com as palavras da flor, e o Amarelo de Barba Preta, apercebendo-se da situação, procurou perceber o que se passava. Perante as palavras da flor orgulhosa, que justificou o estado da Sementinha com o facto de não ser tão bonita como ela, o Amarelo de Barba Preta disse que a pequena semente era tão bela como ela e até mais por não ser vaidosa. E retirou todos os argumentos à flor quando lhe disse que um dia DF5LP © Porto Editora 1

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Dito e Feito, 5º Ano

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Sugestões de resolução ― Guiões de Leitura Dito e Feito, 5.º ano

A Vida Mágica da Sementinha,de Alves Redol [pp. 2-9]

Introdução1. Resposta pessoal.2.1. 1. TRIGO; 2. BAGOS; 3. RAPTO; 4. MILAGRE; 5. LADRÃO; 6. HISTÓRIAS; 7. FEITICEIRA; 8. MISTÉRIO; 9. RESSURREIÇÃO; 10. VIVEIRO; 11. TRANÇAS.

Falam os bagos de trigo1. a. porção de terra arada, para cultivo; b. primeira lavra de uma terra que é deixada a repousar até nova lavra; c. trabalho árduo, fatigante; d. ponta de ferro afiada de uma vara que serve para picar os bois.

2. O primeiro espaço mencionado é uma “velha arca”, onde foram colocados e fechados os bagos de trigo. O outro espaço é exterior, um grande tabuleiro colocado ao Sol, onde estes foram espalhados.2.1. No interior da arca, os bagos tinham adormecido, achando-se, talvez, esquecidos, resignados a um destino que não passaria dali. Quando a arca foi aberta e receberam a luz do Sol, reinou entre eles entusiasmo e alegria, ainda que inicialmente algo aturdidos e confusos.

3. António Seareiro, Doirado, Maria Rita, Serrano, Sol Soalheiro, Amarelo de Barba Preta, Sementinha, Despedida-de-Verão.

4. A Sementinha iniciou uma conversa com uma flor, a Despedida-de-Verão, que estava muito convencida da sua beleza. A Sementinha estava indignada porque a flor, afirmando-se muito bela, comparava-se com ela, considerando-a feia. A semente ficou muito triste e chorosa com as palavras da flor, e o Amarelo de Barba Preta, apercebendo-se da situação, procurou perceber o que se passava. Perante as palavras da flor orgulhosa, que justificou o estado da Sementinha com o facto de não ser tão bonita como ela, o Amarelo de Barba Preta disse que a pequena semente era tão bela como ela e até mais por não ser vaidosa. E retirou todos os argumentos à flor quando lhe disse que um dia qualquer iria murchar, ao que ela reagiu voltando-lhe as costas. Continuou, então, o Amarelo de Barba Preta a animar a Sementinha.

5.1. Na ausência de Maria Rita, um pássaro passou pelo tabuleiro em voo rasante e roubou a Sementinha.

6. Esta história baseia-se na personificação.6.1. São atribuídas características humanas às personagens. As sementes, o Sol e a Despedida-de- -Verão falam, pensam e têm sentimentos, características específicas dos seres humanos.

O rapto da Sementinha

1. e 1.1. a. F (A Sementinha parece ficar entusiasmada com a viagem, ainda que a sua primeira reação seja gritar.); b. V; c. F (O Rouxinol não sabia muito bem por que razão tinha escolhido a Sementinha, tendo em conta que existiam outros bagos maiores, logo mais apetitosos.); d. V; e. F (Embora estivesse muito assustada, a Sementinha falava com o Rouxinol “sem denunciar o medo que sentia”.); f. F (A Sementinha não tinha a certeza se estava a conseguir distrair o Rouxinol (“A Sementinha […] não sabia que a sua vozita mimalha já lhe tocara o coração.”).

2.1. “O Rouxinol fez-se rogado.”

3.1. O Chapim Azul.

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3.2. “alcoviteiro”.3.2.1. Coscuvelheiro; mexeriqueiro; bisbilhoteiro.

4.1. O Rouxinol e o Chapim Azul começaram a discutir, pois ambos queriam levar a Sementinha para o ensaio do coral.4.2. A Sementinha sugeriu que fosse transportada até ao ensaio pelo Rouxinol e que o Chapim Azul ficaria responsável por levá-la de regresso a casa.

O milagre de um Rouxinol apaixonado

1. Melros; chapim azul/chapins; carriças ou estrelinhas; tentilhões; trepadeira; pisco; coruja; galinholas; tordos; pica-peixe; rouxinóis; poupas; cucus; ramboias; pintarroxos; toutinegras reais; abelharucos; pintassilgos; picapaus; petos; flosa (felosa); pardal.[Nota: Poderá ser interessante estabelecer um trabalho de interdisciplinaridade com Ciências da Natureza, promovendo-se um trabalho conjunto de pesquisa sobre as espécies referenciadas neste capítulo.]

2.1. O Rouxinol está irritado, porque os seus alunos estão agitados e não são capazes de se concentrar para dar início ao ensaio, apesar das suas inúmeras chamadas de atenção.2.2. O Chapim Azul, na qualidade de porta-voz da passarada, refere que não é possível ensaiar a Toada da Primavera, tendo em conta que não há sol, ao que alguns dos seus companheiros ainda acrescentam que não há flores e faz frio.

3.1. O Rouxinol destacava-se, cantando melhor do que qualquer um.

4.1. A Sementinha foi raptada pelo Pardal, que estava esfomeado.

5. a. 3; b. 4; c. 2; d. 4; e. 1.

O ladrão escapa-se e a Sementinha cai

1.1. d.; a.; h.; k.; f.; c.; e.; g.; j.; i.; b.

Velhas histórias que convém saber melhor

1.1. “- Há aí uns oito mil anos…” (p. 31, l. 1)1.1.1. Não, pois o uso do advérbio “aí”, que poderia ser substituído neste contexto pela expressão “por volta de”, faz com que a referência temporal seja mais imprecisa.

2.1. As mulheres do Mesolítico.

3.1. Os três bagos de trigo são do Afeganistão.3.2. (a) trigo anão; (b) guerra; (c) Mediterrâneo; (d) Índia; (e) China; (f) semeado; (g) enxadas de pedra; (h) foices com dentes de pedra; (i) azenha; (j) arado; (k) javali; (l) boi; (m) deuses; (n) pão; (o) Egito.

4.1. De repente, a Sementinha viu tudo escuro e ouviu uma voz que lhe disse que estava na casa da Feiticeira dos mil feitiços.

Em poder da Feiticeira

1.1. É a Terra.

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1.2. A Terra quer ajudar a Sementinha a crescer e a libertar-se.1.3. “Vais ser encantada […] e passarás por transformações que te espantarão.” (p. 43, ll. 18-20)

2.1. c. O interior da Sementinha transformou-se num líquido leitoso e branco; d. cabra ou vaca leiteira; e. Começou a nascer no seu corpo um “rabinho airoso”; f. cavalo ou elefante; g. A cauda crescia para baixo e outra começou a desenvolver-se na direção oposta; h. rouxinol; i. A Feiticeira colocou-lhe dois pares de asas; j. avião.

3.1. O Bicho de Conta.[Nota: No que diz respeito ao nome desta personagem, optámos por manter a grafia usada na obra em análise (Bicho de Conta), ainda que a mesma se encontre hifenizada em todas as obras lexicográficas consultadas (Bicho- -de-conta)]. 3.2. Ele tem como missão proteger a Sementinha para que ela sobreviva.

O grande mistério

1.1. a. 6; b. 3; c. 7; d. 4; e. 1; f. 8; g. 2; h. 5.

Ressureição

1.1. O Sol e as nuvens negras.1.2. Não, tratou-se de uma batalha difícil, pois o Sol, embora fraco, não desistiu. (“Embora debilitado por tamanha luta, ele conseguiu aparecer, vitorioso, lá no alto do céu, arrastando o seu corpo em farrapos.”)

2.1. a. O Chapim Azul não estava a reconhecer a Sementinha, quando esta o chamou.; b. O pássaro ficou triste por reencontrar a Sementinha.; c. O Chapim contou à Sementinha que o Rouxinol nunca mais cantou por causa do desgosto de amor.; d. O Rouxinol nunca mais saiu do seu ninho.; e. O Chapim Azul elogia a beleza da Sementinha e convida-a a ir passear com ele.; f. A Sementinha recusa o convite do Chapim Azul, explicando-lhe que está presa à Terra.

3.1. a. “Um bando de cegonhas, a tocar castanholas com os bicos, apareceu no horizonte e aproximou-se.”; “[…] enquanto pelos campos se entornavam cores […]”; “[…] enquanto nos braços do Carvalho rebentavam folhas”.b. “Um bando de cegonhas, a tocar castanholas com os bicos, apareceu no horizonte e aproximou-se.”; “[…] o Chapim Azul viu-se arrastado para o bosque, cantando também, num trinar de que se não julgava capaz.”3.2. Sugestão de frase: O Chapim Azul ficou feliz por sentir que a casca rugosa do Carvalho se embelezava com as cores da primavera e que toda a floresta libertava um cheiro doce e floral.

Uma menina com tranças

1.1. Os caules da Sementinha cresceram e desdobraram-se em espigas mais pequenas. Finalmente, as suas tranças verdes começaram a mudar de cor e ficaram amarelas.

2.1. Comparação.2.2. A Sementinha não estava consciente de que tinha amadurecido, como podemos comprovar através do seu diálogo com a Cegonha (“Não sou a Espiga, mas sim a Sementinha”; “Loira, não. […] Estou verde e bem verde […]” - p. 68).2.3.1. O Sol.2.4. O Sol defende-se, alegando que dá calor de modo equilibrado a todas as espigas. Assim, a Sementinha é a única responsável pela sua situação (“Não tenho culpa de que a tua família seja mais apressada em amadurecer.” - p. 68)

3.1. A festa serviu para comemorar a chegada da ceifa que transformaria a vida da Sementinha e das suas companheiras que seriam cortadas, atadas em molhos, debulhadas e, finalmente, moídas.

A Sementinha é esquartejada

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1.1. A Sementinha foi colocada numa mesa, rodeada por um grupo de homens vestidos de branco que olhavam para ela atentamente e a manuseavam, o que a deixou assustada. Ela queria fugir dali, mas, de repente, um dos homens separou-lhe todas as espigas, enquanto os outros lhe separaram os grãos e os distribuíram pela mesa. Desse modo, os filhos da Sementinha deram continuidade à aventura da mãe.

A Asa de Corvo casa-se como os chineses

1.1. Trata-se de um casamento arranjado, isto é, a Asa de Corvo não pode escolher o seu noivo, porque ele lhe é imposto.1.2. Esse casamento mudou o futuro da agricultura, porque o homem criou grãos “híbridos” capazes de amadurecer mais rapidamente e escapando assim ao fatal destino de serem queimados pelo Vento Suão.1.3. “O feito glorioso foi contado pelos jornais e pela rádio.” ou “Fotografada em espiga e em grão, a Asa de Corvo emocionou o mundo […]”.

Um viveiro de sementes e de histórias

1.1. Resposta pessoal.

Conclusão/ Intertextualidade

1. A obra A Vida Mágica da Sementinha centra a atenção na fábula das sementes e no seu processo de evolução. O poema de Miguel Torga põe a tónica no esforço árduo do ser humano no trabalho agrícola para chegar à colheita. Porém, em ambos os textos, é clara a intenção de representar um processo que tem como fim último a alimentação, o saciar da fome do homem.

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