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T éc n ic as e Mod el o s d e E s crit a A ata Uma ata é um registo escrito de factos ocorridos e das decisões tomadas numa reunião. Como escrever uma ata Na elaboração da ata deverá(s): - relatar os assuntos pela ordem em que foram relatados na reunião; - reproduzir fielmente o essencial do que foi dito e decidido, de forma concisa; - utilizar uma linguagem cuidada e objetiva; - escrever todos os números por extenso. Estrutura da ata Numa ata, é obrigatório constarem os seguintes elementos: - o número da ata (1); - a data e a hora exata (2); - o local da reunião (3); - a natureza da mesma (4); - a ordem de trabalhos (5); - as pessoas convocadas – presentes e ausentes (6); - a síntese das principais intervenções (7); - as deliberações / decisões tomadas (8); - a fórmula de encerramento (9); - as assinaturas do presidente da reunião e do secretário (10). Exemplo de uma ata (1) Ata número (2) Aos dias do mês de , do ano de ,

Técnica e modelos de escrita: convocatoria e ata

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Page 1: Técnica e modelos de escrita: convocatoria e ata

T éc n ic as e Mod el o s d e E s crit a

A

ataUma ata é um registo escrito de factos ocorridos e das decisões tomadas numa reunião.

Como escrever uma ata

Na elaboração da ata deverá(s):- relatar os assuntos pela ordem em que foram relatados na reunião;- reproduzir fielmente o essencial do que foi dito e decidido, de forma concisa;- utilizar uma linguagem cuidada e objetiva;- escrever todos os números por extenso.

Estrutura da ata

Numa ata, é obrigatório constarem os seguintes elementos:- o número da ata (1);- a data e a hora exata (2);- o local da reunião (3);- a natureza da mesma (4);- a ordem de trabalhos (5);- as pessoas convocadas – presentes e ausentes (6);- a síntese das principais intervenções (7);- as deliberações / decisões tomadas (8);- a fórmula de encerramento (9);- as assinaturas do presidente da reunião e do secretário (10).

Exemplo de uma ata

(1) Ata número

(2) Aos dias do mês de , do ano de , pelas horas, decorreu (3) uma reunião de (4) ,

com a seguinte Ordem de Trabalhos: (5)Ponto um - ; Ponto dois - ;.

(6) A reunião foi presidida por , estando todos presentes/ ausentes .

(7) (8) Relativamente ao ponto um da Ordem de Trabalhos, Quanto ao segundo ponto, … (9) Nada mais havendo a tratar, deu-se por encerrada a sessão, da qual se lavrou a presente ata que, depois

de lida e aprovada, vai ser assinada nos termos da lei.

Page 2: Técnica e modelos de escrita: convocatoria e ata

(10) O Presidente da reunião: O(A) Secretário(a):

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C O N S Í L IO D O S D E U S E S

Convocatória (Exemplo)

Ao abrigo do artigo nº 554 do Regulamento Interno do Olimpo, convoco todos os deuses para participarem num consílio, a realizar no dia 22 de Novembro de 1497, pelas 15:00 horas, na Grande Sala do Trono, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

Ponto único – destino dos navegadores portugueses e, consequentemente, o futuro doOriente.

O Presidente,Júpiter

(Pai dos deuses)

Olimpo, 20 de Novembro de 1497

Ata (Exemplo)

Aos vinte e dois dias do mês de novembro de mil quatrocentos e noventa e sete, pelas quinze horas, na Grande Sala do Trono, sob a presidência de Júpiter, com a presença de todos os deuses, teve lugar um consílio, a fim de dar cumprimento à seguinte Ordem de Trabalhos:

Ponto único – destino dos navegadores portugueses e, consequentemente, o futuro do Oriente.O consílio teve início com a intervenção do presidente da reunião, Júpiter, que começou por

glorificar os portugueses pelos seus feitos grandiosos, bravura e coragem – quer em tempos do passado quer no momento presente - mostrando-se preocupado com eles, viajando por mares desconhecidos, numa frágil nau e já cansados. Propôs, assim, que lhes fosse mostrada terra (na costa de África) para aí descansarem e obterem indicações sobre o resto da rota marítima até à Índia.

Então, deu-se uma acesa discussão entre os deuses sobre esta questão.Seguidamente, Baco, deus fundador da cidade de Nisa, senhor da Índia e adorado no Oriente,

interveio, opondo-se veementemente a esta proposta do Pai dos deuses, pois temia que, com a chegada dos portugueses à Índia, tornando-se, assim, senhores do Oriente, a sua própria fama fosse esquecida. Mas a deusa Vénus era grande admiradora do povo lusitano - por os achar muito semelhantes aos romanos, reconhecer a enorme coragem e valor destes, pelo facto de ver os portugueses como um povo predestinado ao sucesso, por considerar a língua portuguesa muito próxima do latim e, ainda, por saber que, tratando-se de homens de sangue quente e fortes paixões, onde eles chegassem, ela seria sempre celebrada como deusa do amor – e, deste modo, assumiu-se inteiramente a favor dos mesmos.

A discussão entre os deuses teve continuação, até que o deus da guerra, Marte, apoiando Vénus, dirigiu-se a Júpiter e apresentou os seus argumentos: começou por referir que o Pai de todos os deuses era senhor da razão e juiz sensato, portanto a sua posição seria a acertada; que Baco não passava de um invejoso, não se podia dar-lhe ouvidos; que Júpiter não deveria voltar atrás com a sua palavra, no sentido de se prestar auxílio aos portugueses, pois era sinal de fraqueza. Deveria, portanto, ser-lhes enviado Mercúrio, a fim de lhes mostrar terra, para que se recompusessem da longa viagem que haviam já feito e soubessem pormenores do caminho para a Índia.

Júpiter concordou com Marte, tendo, assim, ficado decidido dar-se, efetivamente, apoio aosportugueses, de forma a eles poderem chegar ao destino, às terras longínquas do Oriente.

Nada mais havendo a tratar, deu-se por terminada a reunião, da qual se lavrou esta ata que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada pelo Presidente e por mim, que a secretariei.

O Presidente: Júpiter

O Secretário: Juno