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TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS DO ENSINO DE HISTÓRIA Éderson Dias Oliveira Fonte: Parâmetros Curriculares Nacionais de História

Tendencias e perspectivas do ensino de história

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TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS DO ENSINO DE HISTÓRIA

Éderson Dias Oliveira

Fonte: Parâmetros Curriculares Nacionais de História

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A História como Disciplina Escolar

•A História como disciplina escolar teve início na França “iluminista – sec. XVIII” onde razão e ciência buscavam a libertação e igualdade do homem.

•A História passou a ser empregada com o objetivo de identificar a ‘base comum’ formadora da nacionalidade.

•Foi onde se começou a falar em conceitos presentes em nossas histórias ensinadas hoje: nação, pátria, nacionalidade e cidadania.

Criança Geopolítica assistindo o nascimento do Novo Homem

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Distinção entre: Nação, Pátria, País e Estado

Nação sublinha os valores culturais comuns a uma população — «comunidade de indivíduos dispersos em áreas geográficas diversas, unidos por identidade de origem, costumes, religião Ex.: a n. judaica». pertencimento

Pátria salienta um país/território enquanto realidade afetiva que indivíduos estão ligados - «país em que se nasce/pertence como cidadão; terra natal; ex: «minha pátria é o Irã». afetividade

País refere-se a um território com organização política própria — «território geograficamente delimitado e habitado por uma coletividade com história própria; ex.: Chile. território organizado

Estado é a entidade responsável pela organização de um território e da população que aí habitam — «país soberano, politicamente organizado»; ex. «o Estado brasileiro». relação de poder

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•No Brasil, a História como disciplina escolar autônoma ocorreu apenas em 1837 - Colégio Pedro II.

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•Foi seguido o modelo francês, a História Universal entrou no currículo, junto com a História Sagrada.•Tratava-se de um conteúdo destinado a fornecer

conhecimentos políticos rudimentares e uma formação moral cristã à população. •História Civil articulada à História Sagrada

(catequese).•As propostas vigentes no ensino não distinguiam as

ideias morais e religiosas das histórias políticas dos Estados, nem dos costumes dos povos. •Prevaleceu o ensino religioso no currículo escolar,

visando dar legitimidade à aliança entre o Estado e a Igreja.

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•A História aparecia como disciplina optativa do currículo nos programas das escolas elementares.

•Porém após 1855 a História do Brasil foi introduzida no ensino secundário, além da H. Sagrada que integrou o currículo escolar - educação moral/religiosa.

•Por volta de 1870, sob influência do cientificismo os programas curriculares foram ampliados, com a inclusão da História/Geografia Universal, História do Brasil e Regional.

•Para os educadores da época, o ensino de História tinha dois objetivos.

1) serviria como lições de leitura, com temas menos áridos, “para incitar a imaginação dos meninos”;

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2) serviria para fortificar o “senso moral”, aliando-se à Instrução Cívica.•Por volta de 1875 foram feitas novas reformulações dos currículos visando uma História mais “profana”.•Tal fato traduzia a atmosfera das discussões sobre o fim da escravidão, a transição do Império para a República e a retomada dos debates sobre o ensino laico.•Os métodos de ensino nas aulas de História eram baseados na memorização e na repetição oral dos textos.•Os materiais didáticos restringiam-se à fala do professor e aos poucos livros didáticos com perguntas e respostas, facilitando as arguições. •Desse modo, ensinar História era transmitir os pontos do livro – o aluno repetia as lições recebidas.

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•Seminário de 5 minutos cada, sem nenhum recurso didático, só a fala.

•1500 (2); 1534 (2); 1580 (1); 1750 (1); 1763 (1); 1789 (1); 1808 (1); 1822 (2); 1840 (1); 1865 (1); 1888 (1); 1889 (2); 1903 (1); 1930 (1); 1964 (2); 1985 (1) e 1988 (1).

•Vamos fazer o sorteio.

•Data de apresentação.

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Mudanças e Permanências nos

Métodos da História Escolar

• Por muito tempo, a escola primária, era o lugar de ensinar a “ler, escrever e contar”. •Para o ensino da leitura, os professores deveriam

utilizar, entre outros, a “Constituição do Império e a História Geral”. •O objetivo maior era o fortalecimento do senso moral

por meio de deveres com a Pátria e seus governantes.•Nesta prerrogativa, aprender História significava

memorizar nomes, fatos e datas, repetindo exatamente o que estava escrito nos livros ou copiados nos cadernos.

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•Ainda hoje verifica-se professores que se recusam a inovar e acompanhar as tendências atuais para o ensino.•A História, segundo o método catecismo, era

apresentada por perguntas/respostas, devendo os alunos repetir, oralmente/escrito, literalmente as respostas do livro. •Como castigo, pela

imprecisão dos termos, recebiam a famosa palmatória - Sistema de avaliação associado a castigos físicos (Bittencourt, 2004).•O “aprender de cor” foi

uma constante desde fins do século XIX.

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•Mas, precisamos ainda considerar que memorizar conscientemente é diferente de “aprender de cor”, ou memorizar mecanicamente.•Por volta de 1930, a

situação se agravou, quando os Estudos Sociais passaram a construir disciplina nas “escolas primárias” em substituição à História, à Geografia e ao Civismo.•As datas cívicas e as

comemorações dos feitos dos heróis e dos grandes acontecimentos nacionais eram, os únicos conteúdos históricos para a escola primária.

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Como forma de mudar esse quadro, a partir do fim da década de 1980, criaram-se várias propostas curriculares de História para o EF como:• A redefinição do papel do professor, fornecendo-lhe maior autonomia no trabalho pedagógico;• A fundamentação tendo como princípio que o aluno é sujeito ativo no processo de aprendizagem;• A aceitação que o aluno possui um conhecimento prévio, obtido pela história de vida e os meios de comunicação, que deve ser integrado ao processo de aprendizagem;• A introdução dos estudos históricos a partir das séries iniciais do ensino fundamental.

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•A transdisciplinaridade é uma característica da nova tendência da história que se relaciona com a sociologia, antropologia, arqueologia, filosofia e etc.•O estudo das origens genealógicas, é um exemplo

de atividade que evita o estudo do passado pelo passado.•Só o conhecimento crítico do passado permite a

construção da cidadania tal como se pretende hoje, com o desenvolvimento de um senso histórico-crítico.•Todas essas modificações deslocam o professor do papel de transmissor do saber pronto e acabado para um professor mediador entre o aluno e a produção do próprio conhecimento que este aluno efetua.

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•Aliás, desde a Revolução da Informática, a informação está ao alcance de todos e fica claro que o professor não tem mais o monopólio da informação. •A flexibilidade necessária à docência inclui ser além

de um informante: um formador de consciências críticas e criativas, capazes de pensarem por si mesmas.•A avaliação passa, a partir

daí, por um processo de revisão que inclui a eliminação da “avaliação bancária” – Paulo Freire. •A nova avaliação se define

como diagnóstica, processual e formativa, que busca o crescimento do aluno e não sua classificação e exclusão.

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Concepções de Conteúdos Escolares e de Aprendizagem

•Um dos grandes problemas no ensino de história é a dificuldade do docente de contemplar todos os itens a serem ministrados em suas aulas (História é política).•Nessa, quase sempre os fatos mais atuais ficam por serem vistos, em detrimento do passado sempre estudado quase sem ligação com o presente.•Há professores que

ainda consideram o aprender como a memorizar, dominar muitas informações de acontecimentos da história nacional, datas, episódios, heróis e seu desempenho.

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•Para aprender história se faz necessária à habilidade interpretativa do texto, de tabelas, gráficos e mapas e esses conteúdos são o “lugar” do saber histórico.•Convém destacar que informação não é conhecimento. •Informação é “matéria-prima”, e só se torna

conhecimento se for transformada pelo sujeito cognoscente, se fizer sentido para este e se relacionar com outros conhecimentos já construídos e incorporados.•Para os PCN’s, espera-se que, ao longo do EF, os

alunos gradativamente possam ler e compreender sua realidade, posicionar-se, fazer escolhas e agir criteriosamente.

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ATIVIDADES

1)Tendo como base as aulas até aqui, qual é a importância da história para a criança nas séries iniciais? Qual o seu papel na sua formação?

2)Sem apelar para o decoreba, em breves palavras tente conceituar o que é NAÇÃO, PÁTRIA, PAÍS E ESTADO?

3)O que foi o método do “catecismo” no ensino de História?

4)Informação é sinônimo de Conhecimento? Justifique

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1. A história no estágio inicial trata da particularidade da criança. A mesma está imbricada na realidade e experiências do indivíduo, contribuindo na formação dos seus valores e do senso crítico.

2. Nação – pertencimento; Pátria – afetividade; País – território organizado; Estado - relação de poder.

3. Forma de ensino tradicional, que usado termos repetitivos, leitura e cópias de textos desconexo da realidade do alunos, juntamente com pressão física/psicológica.4. Informação é um dado ao relento, desconexo da significações de um fato/fenômeno. Conhecimento trata da informação lapidada, que reverte na significação e entendimento de um fato ou fenômeno.

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Nesse sentido, os alunos deverão ser capazes de:Nesse sentido, os alunos deverão ser capazes de:

• • Identificar o próprio grupo de convívio e as relações Identificar o próprio grupo de convívio e as relações que estabelecem com outros tempos e espaços;que estabelecem com outros tempos e espaços;

• • Organizar repertórios histórico-culturais que lhes Organizar repertórios histórico-culturais que lhes permita localizar acontecimentos no tempo, permita localizar acontecimentos no tempo, formulando explicações para questões do presente e formulando explicações para questões do presente e passado;passado;

• • Conhecer/respeitar o modo de vida de diferentes Conhecer/respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em distintos tempos e espaços, em grupos sociais, em distintos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre sociais, reconhecendo semelhanças e diferenças entre eles;eles;

• • Reconhecer mudanças e permanências nas Reconhecer mudanças e permanências nas vivências humanas, presentes na sua realidade e em vivências humanas, presentes na sua realidade e em outras comunidades, próximas ou distantes no tempo outras comunidades, próximas ou distantes no tempo e no espaço;e no espaço;

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• Questionar sua realidade, identificando problemas e refletindo sobre soluções, reconhecendo formas de atuação política e organização coletiva da sociedade civil;• Utilizar métodos de pesquisa e de produção de textos de conteúdo histórico, aprendendo a ler diferentes registros escritos, iconográficos, sonoros;• Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e como um elemento de fortalecimento da democracia.

Superar o Ego.

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•O ensino da História, exige nos anos iniciais conteúdos que permita identificar o grupo de convívio e as relações entre eles estabelecidas com outros tempos e espaços (recorte cultural).•A superação do preconceito inicia quando se

pretende formar uma base de tolerância para a convivência entre os membros na sociedade.•Com isso é importante identificar as relações sociais

no grupo de convívio, situar acontecimentos históricos, relacionar com outras disciplinas e novamente, conhecer e respeitar o modo de vida do outro.

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A grande intenção é estabelecer a harmonia, do micro ao macro, visando nossa humanidade tão atingida pelo fenômeno do “estranhamento” entre culturas, motivada pela diferença que brota da especificidade de cada grupo.

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A Formação de Conceitos•Pensando sobre a formação de conceitos, podemos interrogar: como as crianças aprendem conceitos? É possível elas em qualquer faixa etária dominar conceitos?•Tomando como referência Vygotsky (1896/1934), há uma proximidade entre os conceitos espontâneo (cotidiano) e o científico (ensino formal).

•Os conhecimentos espontâneo não são esquecidos, sendo

transformado através das diferenças que percebidas ao entrar em contato com

os conceitos sistematizados.

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Observando a dinâmica do processo de formação de conceitos, Vygotsky chegou a conclusões como:•A percepção e a linguagem são indispensáveis à formação de conceitos;•A percepção das diferenças ocorre mais cedo do que a percepção de semelhança;•O desenvolvimento dos processos da formação de

conceitos começa na infância, mas suas funções intelectuais basilares cristaliza-se na adolescência;

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•A formação de conceitos é o resultado de uma atividade complexa, em que as funções intelectuais básicas (atenção, memória lógica, abstração, capacidade para comparar e diferenciar) tomam parte;•Os conceitos novos e mais elevados transformam o

significado dos conceitos inferiores (Vygotsky, 1991).•Neste sentido, o conhecimento prévio dos alunos é

a condição necessária para a construção de novos significados e esquemas – “valorização do vivido”.

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•Outro aspecto relevante sobre a formação de conceitos, tratado por Vygotsky, diz respeito:

aos processos cotidianos;à experiência pessoal da criança e a instrução

formal;à aprendizagem em sala de aula.•Essas desenvolvem dois tipos de conceitos

(espontâneos e científicos) que se relacionam e se influenciam constantemente.•Para Montoya (2006) um conceito é produto das

mudanças que envolverão reorganizações por abstrações reflexionantes.•Ex: criança, arvore, abelha, lago.

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•Para Vygotsky os conceitos espontâneos e científicos não estão em conflitos, pois fazem parte de um mesmo processo, ainda que se desenvolvam sob condições distintas e motivadas por problemas diferentes.

•Nas experiências cotidianas, a criança centra-se nos objetos e não tem consciência de seus conceitos.•Por exemplo, usa corretamente o conceito de

município, mas não é capaz de fazê-lo numa situação experimental.•Ao passo que nos conceitos aprendidos na escola,

consegue resolver melhor problemas que envolvem o uso consciente do conceito.

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•A criança tem os saberes empíricos construídos na interação com seu meio social e a escola os conhecimentos escolares/científicos, que articulam-se entre si.•Os conceitos científicos desenvolvem-se na criança

de forma diferente dos conceitos espontâneos porque os mesmos não surgem do nada.•Esses usam os conhecimentos

que a criança já possui previamente. Ex. barco – capacidade de abstração.•Ao elaborar com a criança um

determinado círculo de conhecimentos, o conceito deixa de ser novo e passa a ser comparado com os outros conhecimentos que ela já possui. Ex. Zebu

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•Quando a criança consegue elaborar hipóteses explicativas sobre por que os barcos andam na água é porque já vivenciou de alguma maneira.•Para Vygotsky (2001) a força dos conceitos

científicos manifestou-se onde se revelou a fraqueza dos conceitos espontâneos, e vice-versa. •Ou seja, quando um

conceito espontâneo não é suficientemente forte para dar uma explicação, o conceito científico surge para suprir a fraqueza da falta de conhecimento.

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•É necessário que o conceito espontâneo tenha alcançado certo nível para que o conceito científico correspondente seja internalizado. •Em linhas gerais o

desenvolvimento dos conceitos espontâneos é ascendente (indutivoindutivo), enquanto que dos conceitos científicos é descendente (dedutivodedutivo).

•Antes da escola, a criança já possui um conjunto de conhecimento informal, produto do desenvolvimento ontogenético em suas experiências.•Este constitui o seu sistema de crenças sobre o

mundo, influenciando a obtenção do conhecimento formal escolar.

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INDUÇÃO E DEDUÇÃO (formas opostas de raciocínio)•Imagine que, visitando outro país, você conhece uma loja

de “frifas” (sem saber o que significa), e percebe que ela vende bonecas. No dia seguinte, ao ver outra loja de “frifas”, você poderá INDUZIR que ela também vende bonecas.•A INDUÇÃO é o raciocínio próprio dos investigadores (quando faltam pistas de um crime) e cientistas (quando faltam dados concretos sobre uma pesquisa) - Raciocínio em que, de fatos particulares, se chega a uma conclusão geral (vai de uma parte ao todo). O número 64 é par, logo, todo número que tem dois algarismos é par?•Se você fizer uma pesquisa em TODAS as lojas de “frifas”

existentes e descobrir que TODAS vendem bonecas, sempre que encontrar qualquer uma dessas lojas, você poderá DEDUZIR que também vende bonecas. Toda pessoa nascida no Paraná é brasileiro.•A DEDUÇÃO é uma forma mais segura de raciocínio, porque é baseada em dados mais abrangentes e já aceitos - Raciocínio que parte do geral para o particular (vai do todo a uma parte).

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•MÉTODO DEDUTIVO: caracteriza-se, quando se parte de uma situação geral e genérica para uma particular.•A dedução é o processo mental contrário à indução.

Através da indução, não produzimos conhecimentos novos, porém explicitamos conhecimentos que antes estavam implícitos.•O seguinte exemplo mostra a diferença entre os

métodos indutivo e dedutivo:•Dedutivo: todo mamífero tem um coração - Ora, todos

os cães são mamíferos - Logo, todos os cães têm um coração.•Indutivo: todos os cães que foram observados tinham

um coração - Logo, todos os cães têm um coração.

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•Dado que o conhecimento externo, pode conflitar com o da escola, como o professor pode agir para não ter “repostas corretas” apenas para cumprir tarefas escolares sem sentido e inúteis?•Esta tarefa não é fácil, porque implica uma revisão

de conteúdos e metodologias. A seguir há algumas sugestões nessa tarefa complicada:

As experiências culturais e familiares dos alunos não podem ser negadas. Suas ideias devem ser aceitas para progressivamente evoluírem e serem transformadas;

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A resistência para substituir alguns conceitos só é superada se o conceito científico fizer sentido e for útil;

A observação e o diálogo com os (dos) alunos possibilita o diagnóstico de suas ideias ao longo da aprendizagem;Nem todo conceito é passível de experimentação, daí o valor de meios variados: filmes, entrevista, viagens de campo, vestimentas do passado, etc.•Por fim o ensino deve levar o aluno à

reconceitualizações, além de desenvolver formas de pensar que se estendam para outras áreas e transcendam a sala de aula.

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O Professor de História e o Cotidiano de Sala de Aula

•O professor é quem transforma o saber ensinado em saber apreendido, ação fundamental na produção do conhecimento.•Prestigiar temas apenas do passado ou do presente são perigosos, pois o passado visto em si mesmo não ilustra nem informa o presente. •Nem o presente se explica

a partir de si mesmo.•Do passado devem ser

destacados fatos que permitam a conexão com o hoje, sem desprezar os aspecto político, sócioeconômico, ideológico ...

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•Já com relação a tecnologia Karnal (2004) adverte que a mesma não é um fim em si mesma, mas um meio para se atingir uma finalidade. •Seja com a Internet (virtual) ou com o giz/lousa,

(tradicional), o que vale é a intervenção do mediador, na busca de solução dos questionamentos.•A produção do

conhecimento se faz de maneira

formal, mas também a partir do informal, do cotidiano, da

experiência do aluno.

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•Ainda no interesse de organizar o pensamento para o ensino de História é necessário os imprescindíveis elementos de ordenação do conhecimento histórico, como: •“o que aconteceu? Como aconteceu? Quando

e em que ritmo aconteceu?” •Sem tais

questões não se constroem os processos e as

explicações gerais. •E mais “que isso não se faz uma

ciência da história”

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•Uma aula pode ser conservadora e ultrapassada contando com todos os mais modernos meios audiovisuais. •Como também pode ser

dinâmica e inovadora utilizando giz, professor e aluno.

•Os detalhes introduzidos em nossa prática didática podem parecer insignificantes à primeira vista, mas são os responsáveis pela nossa eficaz docência – autocrítica.•O que, e como ensinar é algo que passa muito

além dos temas, mas, sobretudo põe à prova a nossa verdadeira capacidade de comunicação do que sabemos.

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•No ensino de História é importante sempre levar em conta o aluno, suas necessidades, indagações e recursos intelectuais prévios que variam de um para outro, sempre.•A história não deixa nunca de ser história ciência,

mas necessita partir “de um conjunto de provocações” que encaminhem para o verdadeiro saber histórico.•Nas últimas décadas a História mudou o seu devir

na escola, pois hoje todos somos sujeitos da História e não mais somente os heróis.•Também o espaço e o tempo de aprendizado é

extremamente infinito se considerarmos o ambiente virtual.

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ATIVIDADES

1. O que é demandado do aluno no seguinte trecho “Conhecer/respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em distintos tempos e espaços”?

2. Na formação da criança qual a distinção entre os conceitos espontâneos e os científicos?

3. Com suas palavras defina indução e dedução, dê um exemplo?

4. A produção do conhecimento se faz de maneira formal ou informal? Justifique.

5. O que quer dizer quando é colocado que nas últimas décadas a História mudou o seu devir na escola, pois hoje todos somos sujeitos da História e não mais somente os heróis.