1
INTRODUÇÃO O presente trabalho compõe um projeto de pesquisa maior intitulado “O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR NO CENTRO EDUCACIONAL MUNICIPAL GENTE MIÚDA: um estudo de caso”, vinculado ao GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade, registrado pelo Câmpus São Luís de Montes Belos. As inquietudes quanto ao ensino, principalmente em cidades do interior e pequenas em números de população, despertam a curiosidade epistemológica das pesquisadoras e por isso o tema desta pesquisa é o currículo da escola pública. O presente projeto tem por objetivo de estudo o currículo, sendo delimitado no Centro Educacional Municipal Gente Miúda, da cidade de Cachoeira de Goiás, no período de 2012 à 2014. Para tal organizou-se dois subprojetos. Um investigando a elaboração e efetivação do currículo de um modo geral. O outro investigando como o erro na disciplina de Matemática é trabalhado visando a aprendizagem significativa, mediado pelo currículo. Como problemática elegeu-se uma pergunta da seguinte forma: “Que fragilidades e potencialidades o desenvolvimento curricular da Escola Gente Miúda da cidade de Cachoeira de Goiás apresenta, no período de 2012 à 2014?”. OBJETIVOS Geral: Analisar as fragilidades e potencialidades curriculares no Centro Educacional Municipal Gente Miúda. Específicos: Apresentar os conceitos e as tendências do currículo brasileiro, discutir os conceitos e elementos norteadores do Projeto Político Pedagógico, discursar sobre as fragilidades nos PPP encontrados em pesquisas brasileiras, historicizar o Centro Educacional Gente Miúda, observar sua estrutura física e pedagógica, analisar como o PPP da escola campo, analisar como os professores tratam a questão do erro na disciplina de Matemática e, estabelecer comparações entre a proposta curricular e a operacionalização escolar. METODOLOGIA Pesquisa qualitativa, que segue o método materialismo histórico-dialético, de caráter bibliográfico, com observação não-participante, análise documental e questionários com membros da escola. RESULTADOS E/OU DISCUSSÃO O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR: fragilidades e potencialidades em um estudo de caso Gizelly Silva de Freitas 1 , Andréa Kochhann 2 , Fernanda Nayara da Silva Kochhann 3 , Kellida Gabriela Ferreira de Souza 4 , Grazielle Silva de Freiras 5 , Poliana Alves de Souza 6 1 Acadêmica de Pedagogia. Integrante do GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade. Bolsista Voluntária de Iniciação Científica – PVIC do projeto de pesquisa. Universidade Estadual de Goiás Câmpus São Luis de Montes Belos. [email protected] 2 Pedagoga. Mestre em Educação. Docente Efetiva Dedicação Exclusiva da Universidade Estadual de Goiás Câmpus São Luis de Montes Belos e Jussara. Coordenadora do Projeto de Pesquisa e do GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade. [email protected] 3 Pedagoga pela Universidade Estadual de Goiás. Colaboradora do Projeto de Pesquisa. 4 Pedagoga pela Universidade Estadual de Goiás. Colaboradora do Projeto de Pesquisa. 5 Pedagoga pela Universidade Estadual de Goiás. Colaboradora do Projeto de Pesquisa. 6 Pedagoga pela Universidade Estadual de Goiás. Colaboradora do Projeto de Pesquisa. Já na questão de organização e funcionamento da unidade, tem-se que elogiar, pois a unidade consegue trabalhar unida em prol da qualidade de ensino oferecida. Então, a qualidade de ensino não está em baixo nível, ao contrário, foi percebido que a unidade possui qualidade de ensino, mesmo se possuir concorrência e estrutura adequada. Em relação ao subprojeto que trata do erro matemático com base no currículo, as pesquisadoras afirmam que as considerações nas quais se chegaram não podem ser direcionadas para todos os professores, porque, através das respostas dos questionários foi possível notar que algumas professoras veem o erro como uma forma de aprendizagem, de ampliar a bagagem de conhecimento do aluno. Porém, há professoras que ao se depararem com o erro apenas corrigem, não propiciando ao aluno a possibilidade de aprofundar naquele conteúdo no qual o aluno apresentou dificuldade. A questão do erro, especificamente em Matemática aborda questões de caráter específico na educação. O conhecimento tem de fazer sentido para o aluno. A avaliação é uma forma de repensar as metodologias de ensino utilizadas pelo professor, compreender a fase do processo em que o aluno está vivendo, e compreender o erro como uma possibilidade para a resolução dos problemas. Ao tratar sobre a utilização de jogos como estratégia didática nos conteúdos matemáticos, as professoras entrevistadas tiveram basicamente a mesma linha de pensamento. Relataram que os jogos são importantes para a aprendizagem dos alunos, pois, aprendem de forma lúdica, chamando a atenção e a participação de todos e, consequentemente, aguçando a criticidade dos envolvidos. Convém salientar que muitos currículos são construídos mediante as exigências e quando efetivado podem apresentar grandes lacunas. Bem como entende-se que o erro contribui para o desenvolvimento cognitivo e intelectual do aluno, além de nortear as práticas pedagógicas rumo à aprendizagem, pois, segundo Pinto (2000, p. 12), “[...] o erro é um conhecimento; ele mostra o caminho do acerto que já está ali implícito.”. CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa comprovou que ainda é possível encontrar instituições de ensino em que a elaboração do PPP não são de acordo com o desejável para uma consolidação plena do ensino. O interesse dos funcionários e pais na participação da elaboração do PPP e do currículo, ficam em segundo plano, deixando a desejar. O PPP ainda é desconhecido para alguns e sua visão ainda pode ser distorcida. O PPP deve ser visto com um olhar crítico por todos, é necessário que se acabe com a visão de suas dimensões somente como um documento que contem planos de ensino pedagógicos. Com base na discussão teórica e na análise GEFOPI Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade Quando se trata de currículo fala-se da concretização dos papéis da própria escola. O currículo em sua estrutura está intimamente ligado com a instrumentalização escolar, que faz da escola um sistema social, que por meio do mesmo que estão vinculados todos os atributos do sistema educativo, principalmente a didática e a prática de ensino, que pouco se discute vinculada ao currículo. Pouca discussão também se faz é quanto a participação da comunidade escolar na elaboração do Projeto Político Pedagógico e o acompanhamento de sua efetivação. Assim, como do processo curricular das disciplinas. Através da pesquisa sobre a elaboração e efetivação do currículo foi possível perceber que o Centro Educacional Municipal Gente Miúda encontra-se com falhas na elaboração do PPP, e ficaram aprovadas as hipóteses de fragilidades, expostas pelas pesquisadoras, que são elaboração do PPP retroativo ao

Uma análise do currículo

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Uma análise do currículo

INTRODUÇÃOO presente trabalho compõe um projeto de pesquisa maior intitulado “O

DESENVOLVIMENTO CURRICULAR NO CENTRO EDUCACIONAL MUNICIPAL GENTE MIÚDA: um estudo de caso”, vinculado ao GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade, registrado pelo Câmpus São Luís de Montes Belos.

As inquietudes quanto ao ensino, principalmente em cidades do interior e pequenas em números de população, despertam a curiosidade epistemológica das pesquisadoras e por isso o tema desta pesquisa é o currículo da escola pública. O presente projeto tem por objetivo de estudo o currículo, sendo delimitado no Centro Educacional Municipal Gente Miúda, da cidade de Cachoeira de Goiás, no período de 2012 à 2014. Para tal organizou-se dois subprojetos. Um investigando a elaboração e efetivação do currículo de um modo geral. O outro investigando como o erro na disciplina de Matemática é trabalhado visando a aprendizagem significativa, mediado pelo currículo.

Como problemática elegeu-se uma pergunta da seguinte forma: “Que fragilidades e potencialidades o desenvolvimento curricular da Escola Gente Miúda da cidade de Cachoeira de Goiás apresenta, no período de 2012 à 2014?”. OBJETIVOSGeral: Analisar as fragilidades e potencialidades curriculares no Centro Educacional Municipal Gente Miúda. Específicos: Apresentar os conceitos e as tendências do currículo brasileiro, discutir os conceitos e elementos norteadores do Projeto Político Pedagógico, discursar sobre as fragilidades nos PPP encontrados em pesquisas brasileiras, historicizar o Centro Educacional Gente Miúda, observar sua estrutura física e pedagógica, analisar como o PPP da escola campo, analisar como os professores tratam a questão do erro na disciplina de Matemática e, estabelecer comparações entre a proposta curricular e a operacionalização escolar. METODOLOGIA

Pesquisa qualitativa, que segue o método materialismo histórico-dialético, de caráter bibliográfico, com observação não-participante, análise documental e questionários com membros da escola.

RESULTADOS E/OU DISCUSSÃO

O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR: fragilidades e potencialidades em um estudo de caso

Gizelly Silva de Freitas1, Andréa Kochhann2, Fernanda Nayara da Silva Kochhann3, Kellida Gabriela Ferreira de Souza4, Grazielle Silva de Freiras5, Poliana Alves de Souza6

1 Acadêmica de Pedagogia. Integrante do GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade. Bolsista Voluntária de Iniciação Científica – PVIC do projeto de pesquisa. Universidade Estadual de Goiás Câmpus São Luis de Montes Belos. [email protected] 2 Pedagoga. Mestre em Educação. Docente Efetiva Dedicação Exclusiva da

Universidade Estadual de Goiás Câmpus São Luis de Montes Belos e Jussara. Coordenadora do Projeto de Pesquisa e do GEFOPI – Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade. [email protected] 3 Pedagoga pela Universidade Estadual de Goiás. Colaboradora do Projeto de Pesquisa. 4 Pedagoga pela Universidade Estadual de Goiás. Colaboradora do Projeto de Pesquisa. 5 Pedagoga pela Universidade Estadual de Goiás. Colaboradora do Projeto de Pesquisa. 6 Pedagoga pela Universidade Estadual de Goiás. Colaboradora do

Projeto de Pesquisa.

Já na questão de organização e funcionamento da unidade, tem-se que elogiar, pois a unidade consegue trabalhar unida em prol da qualidade de ensino oferecida. Então, a qualidade de ensino não está em baixo nível, ao contrário, foi percebido que a unidade possui qualidade de ensino, mesmo se possuir concorrência e estrutura adequada.

Em relação ao subprojeto que trata do erro matemático com base no currículo, as pesquisadoras afirmam que as considerações nas quais se chegaram não podem ser direcionadas para todos os professores, porque, através das respostas dos questionários foi possível notar que algumas professoras veem o erro como uma forma de aprendizagem, de ampliar a bagagem de conhecimento do aluno. Porém, há professoras que ao se depararem com o erro apenas corrigem, não propiciando ao aluno a possibilidade de aprofundar naquele conteúdo no qual o aluno apresentou dificuldade.

A questão do erro, especificamente em Matemática aborda questões de caráter específico na educação. O conhecimento tem de fazer sentido para o aluno. A avaliação é uma forma de repensar as metodologias de ensino utilizadas pelo professor, compreender a fase do processo em que o aluno está vivendo, e compreender o erro como uma possibilidade para a resolução dos problemas.

Ao tratar sobre a utilização de jogos como estratégia didática nos conteúdos matemáticos, as professoras entrevistadas tiveram basicamente a mesma linha de pensamento. Relataram que os jogos são importantes para a aprendizagem dos alunos, pois, aprendem de forma lúdica, chamando a atenção e a participação de todos e, consequentemente, aguçando a criticidade dos envolvidos.

Convém salientar que muitos currículos são construídos mediante as exigências e quando efetivado podem apresentar grandes lacunas. Bem como entende-se que o erro contribui para o desenvolvimento cognitivo e intelectual do aluno, além de nortear as práticas pedagógicas rumo à aprendizagem, pois, segundo Pinto (2000, p. 12), “[...] o erro é um conhecimento; ele mostra o caminho do acerto que já está ali implícito.”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa comprovou que ainda é possível encontrar instituições de ensino em que a elaboração do PPP não são de acordo com o desejável para uma consolidação plena do ensino. O interesse dos funcionários e pais na participação da elaboração do PPP e do currículo, ficam em segundo plano, deixando a desejar. O PPP ainda é desconhecido para alguns e sua visão ainda pode ser distorcida. O PPP deve ser visto com um olhar crítico por todos, é necessário que se acabe com a visão de suas dimensões somente como um documento que contem planos de ensino pedagógicos.

Com base na discussão teórica e na análise empírica, as pesquisadoras afirmam que alcançaram os objetivos específicos e como consequência o objetivo geral. De tal maneira, é possível destacar que responderam à problemática, ao apresentarem após análise as fragilidades e potencialidades curriculares no locus, seja quanto a elaboração e efetivação do currículo, seja da concepção do erro em Matemática visando a aprendizagem significativa.

O objetivo da pesquisa não foi denegrir ou julgar a imagem da escola, mas contribuir como sugestão para melhoramento para o processo ensino e aprendizagem, utilizando dos resultados da pesquisa para aprimoramento na elaboração de seu currículo de modo que suas contribuições sejam ponderáveis para o caminhar da instituição.

REFERÊNCIAS PINTO, Neuza Bertoni. O ERRO COMO ESTRATÉGIA DIDÁTICA: Estudo do erro no ensino da matemática elementar. Campinas, SP: Papirus, 2000.

GEFOPI Grupo de Estudos em Formação

de Professores e Interdisciplinaridade

Quando se trata de currículo fala-se da concretização dos papéis da própria escola. O currículo em sua estrutura está intimamente ligado com a instrumentalização escolar, que faz da escola um sistema social, que por meio do mesmo que estão vinculados todos os atributos do sistema educativo, principalmente a didática e a prática de ensino, que pouco se discute vinculada ao currículo. Pouca discussão também se faz é quanto a participação da comunidade escolar na elaboração do Projeto Político Pedagógico e o acompanhamento de sua efetivação. Assim, como do processo curricular das disciplinas.

Através da pesquisa sobre a elaboração e efetivação do currículo foi possível perceber que o Centro Educacional Municipal Gente Miúda encontra-se com falhas na elaboração do PPP, e ficaram aprovadas as hipóteses de fragilidades, expostas pelas pesquisadoras, que são elaboração do PPP retroativo ao ano de efetivação; elaboração por poucos da equipe escolar; currículo tecnicista; os professores e demais funcionários não conhecem o PPP da escola; a família não se envolve com as questões da escola. No entanto, das potencialidades apresentadas, apenas uma foi contemplada, que é a vontade dos professores em inovar suas práticas pedagógicas.