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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – CCET DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA ANTONIO SENA DOS SANTOS FILHO 2009002743 PROJETO DO SEMÁFORO

Automação projeto de semáforo

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Page 1: Automação projeto de semáforo

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – CCET

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

ANTONIO SENA DOS SANTOS FILHO 2009002743

PROJETO DO SEMÁFORO

SÃO LUÍS – MA

2014

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ANTONIO SENA DOS SANTOS FILHO 2009002743

PROJETO DO SEMÁFORO

Trabalho apresentado à disciplina

Automação de Sistemas Industriais

do curso de Engenharia Elétrica da

Universidade Federal do Maranhão.

Prof. Dr. Carlos Alberto Brandão Barbosa Leite

SÃO LUÍS – MA

2014

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Sumário

1. AUTOMAÇÃO EM SISTESMAS INDUSTRIAIS …….…….4

1.1 Introdução...............................................................................4

1.2 Conceito..................................................................................5

1.3 Perpectiva histórica.................................................................5

1.4 Controladores lógicos programáveis.......................................7

2. NOVAS TECNOLOGIAS………………………………………17 2.1 Elementos de proteção............................................................19

2.2 Dispositivos de Entrada e Saída..............................................21

2.3 Dispositivos de Saída e atuadores...........................................31

3. SEMÁFORO –ESTADO DA ARTE

3.1 Projeto 1………………………………………………………36

3.2 Projeto 2………………………………………………………38

4 PROJETO DO SEMÁFARO.....................................................43

5 CONCLUSÃO..............................................................................48

6 REFERENCIAS............................................................................49

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1. AUTOMAÇÃO EM SISTEMAS INDUSTRIAIS

1.1 INTRODUÇÃO

O trabalho repetitivo dos artesões foi substituído por maquinas, operadas por

profissionais mais baratos e de menor qualificação. Após substituir o trabalho braçal, na

Revolução industrial, as maquinas começam a substituir o trabalho intelectual nos

escritórios, embora sejam menos capazes de superar a percepção e manipulação, a

inteligência social e a criatividade. Automação é a operação de máquina ou de sistema

automatizados ou por controle remoto, com a mínima interferência humana. Automação

pode ser também definida como sendo o controle de processos automáticos. O termo

automático significa ter um mecanismo de atuação própria, que realize uma ação em tempo

determinado ou em resposta a certas condições.

O conceito de automação inclui a idéia de usar a potência elétrica ou mecânica para

acionar algum tipo de máquina. Deve acrescentar à máquina algum tipo de inteligência

para que ela execute sua tarefa de modo mais eficiente e com vantagens econômicas e de

segurança. Nas varias aplicações da automação industrial, temos com uma importante

ferramenta, conhecida como Controlador Lógico Programável (CLP).

Um Controlador Lógico Programável (CLP), também conhecido pela sigla PLC que vem

do inglês Programable Logic Controller, é um computador especializado, baseado num

microprocessador que desempenha funções de controle em processos automáticos com

diversos níveis de complexidade. Os PLC’s são resistentes e modulares, sendo projetados

especificamente para operar no ambiente de controle de processos. Dependendo da família

que o PLC se encontra, são definidas capacidades de processamento e número de entradas

e saídas diferentes.

Este trabalho busca apresentar ao leitor uma visão geral deste dispositivo que é

amplamente utilizado no campo da engenharia, definindo seu conceito, sua arquitetura

interna, assim como sua linguagem de programação e o ambiente em que esta é

implementada, além de outras informações essenciais para o bom entendimento do

funcionamento de um PLC.

Este problema trata do controle de um sistema de semáforos de um cruzamento de via,

ultizando o software o RSlogix 500, que é o programa responsável por provê um ambiente

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para programa em Ladder e o RSlinx, que é responsável por provê uma comunicação entre

PLC e PC através de drivers/ protocolos de comunicação. O laboratório utilizado para

prática deste experimento foi o Laboratório de automação e controle do curso de

Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Maranhão.

1.2. CONCEITO

Antes de definirmos conceitualmente um Controlador Lógico Programável (CLP),

é importante que voltemos um pouco no passado e exploremos sua história, a fim de

descobrir em que contexto tal dispositivo foi inventado.

1.3. PERPECTIVA HISTÓRICA

Os primeiros sistemas de controle foram desenvolvidos durante a Revolução

Industrial, no final do século XIX. Tais sistemas eram muito específicos, eram

implementados por dispositivos mecânicos complexos e, por isso, tinham um período de

vida útil pequeno. Além disso, suas aplicações eram muito restritas e, caso quisessem

mudar a tarefa a ser controlada, era necessário desenvolver outro sistema, o que tornava

seu uso muitas vezes inviável.

Na década de 1920, os sistemas mecânicos foram substituídos pelos relés e contatores.

Esses novos dispositivos permitiram o desenvolvimento de funções de controle muito mais

sofisticadas e complexas, além de se mostrarem uma alternativa de custo bem mais viável.

O uso de relés rapidamente se disseminou pelo mundo e até hoje ainda é possível encontrar

sistemas mais antigos que operam baseados nessa lógica de controle.

A tecnologia continou avançando e, alguns anos depois, surgiram os Circuitos Integrados

(CI’s), o que possibilitou uma nova geração de sistemas de controle. Tais circuitos eram

baseados nas tecnologias TTL ou CMOS e, comparados aos relés, eram muito menores e

mais rápidos, além de possuir uma vida útil maior. Entretanto, os sistemas de controle

ainda eram implementados utilizando relés. Os relés atuavam em conjunto com os CI’s

através de interligações elétricas, o que dificultava muito a alteração do comportamento do

sistema de controle, uma vez que, para se efetuar uma alteração, era necessária uma nova

interligação.

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Para eliminar essa dificuldade, na década de 1960 os primeiros computadores comerciais

começaram a ser utilizados como controladores em sistemas de controle. Devido a sua

capacidade de ser programável, os computadores apresentaram uma grande vantagem em

relação aos sistemas com interligação elétrica. Porém, os primeiros computadores eram

caros, grandes e muito sensíveis à utilização em ambientes “hostis” encontrados nas

plantas industriais.

Baseado nesse contexto da utilização de computadores como controladores e na

necessidade existente em uma indústria automobilística americana, o Controlador Lógico

Programável foi desenvolvido. Suas primeiras aplicações datam de 1968, em uma divisão

da indústria americana General Motors, a Hydronic Division. Na fábrica, era muito difícil

mudar a lógica de controle dos painéis de comando a cada mudança da linha de produção,

isso demandava muito tempo, dessa maneira, a produtividade diminuía, bem como o lucro

da empresa.

Visando otimizar a produção, o engenheiro Richard Morley, da companhia americana

Bedford Association, liderou uma equipe que tinha como objetivo desenvolver um

controlador que possuísse as seguintes características:

Facilidade de programação e reprogramação, preferencialmente na planta, para ser possível

alterar a sequência de operações na linha de montagem;

• Possibilidades de manutenção e reparo, com blocos de entrada e saída modulares;

• Confiabilidade, para que possa ser utilizado em um ambiente industrial;

• Redução de tamanho em comparação ao sistema tradicional que utilizava relés;

• Ser competitivo em custo com relação a painéis de relés e eletrônicos equivalentes;

• Possibilitar entradas em 115 V e saídas com 115 V e com capacidade mínima de 2 A para

operar com válvulas solenóides e contatores;

• Possibilitar expansões sem grandes alterações no sistema;

• Memória programável com no mínimo 4 kbytes e possibilidade de expansão;

• Estações de operação com interface mais amigável;

• Possibilidade de integração dos dados de processo do CLP em bancos de dados

gerenciais, para tornar disponíveis informações sobre o chão de fábrica para os

departamentos envolvidos com o planejamento da produção.

No fim da década de 1960, a Bedford Association lançou no mercado um dispositivo de

computação denominado MODICON, do inglês MOdular DIgital CONtroller. Este

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dispositivo foi o primeiro CLP lançado e o engenheiro Richard Morley, por ter sido seu

inventor, ficou conhecido como o “pai” do CLP.

1.4. CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMAVÉIS

Agora que sabemos um pouco mais sobre a história do Controlador Lógico

Programável, somos capazes de dar uma definição mais precisa para este dispositivo, uma

vez que conhecemos suas características e o contexto em que foi inventado.

De maneira bem simples, um CLP pode ser visto como um equipamento eletrônico de

processamento que possui uma interface amigável com o usuário e que tem como função

executar controle de vários tipos e níveis de complexidade. Em outras palavras, é um

computador especializado, baseado em um microprocessador que desempenha funções de

controle através de softwares desenvolvidos pelo usuário.

Vale ressaltar que esta definição não é única, existem outras definições de entidades

técnicas que também são válidas e valem a pena ser citadas neste trabalho.

Para a IEC (International Electrotechnical Comission), um CLP é um “sistema eletrônico

operando digitalmente, projetado para uso em um ambiente industrial, que usa uma

memória programável para a armazenagem interna de instruções orientadas para o usuário

para implementar funções específicas, tais como lógica, sequencial, temporização,

contagem e aritmética, para controlar, através de entradas e saídas digitais ou analógicas,

vários tipos de máquinas ou processos. O controlador programável e seus periféricos

associados são projetados para serem facilmente integráveis em um sistema de controle

industrial e facilmente usados em todas suas funções previstas”.

De acordo com a NEMA (National Electrical Manufactures Association), um CLP é “um

equipamento eletrônico que funciona digitalmente e que utiliza uma memória programável

para o armazenamento interno de instruções para implementar funções específicas, tais

como lógica, sequenciamento, registro e controle de tempos, contadores e operações

aritméticas para controlar, através de módulos de entrada/saída digitais ou analógicos,

vários tipos de máquinas ou processos”.

Outra definição de uma importante entidade que rege as normas técnicas do nosso país, a

ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), é a seguinte: “é um equipamento

eletrônico digital com hardware e software compatíveis com aplicações industriais”.

FUNCIONAMENTO BÁSICO DE UM CLP

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Agora que conhecemos as características e a definição exata de um CLP, é

interessante que saibamos as partes básicas de um CLP e como se dá o funcionamento

deste sistema de controle.

Toda planta industrial, por mais simples que seja, necessita de um sistema de controle para

uma operação mais segura e economicamente viável. Dessa maneira, existem sistemas de

controle que partem do mais baixo nível de complexidade até àqueles que desenvolvem

tarefas mais elaboradas. Independente do grau de complexidade dos sistemas de controle,

eles são caracterizados por três partes que possuem tarefas bem definidas: os transdutores

(sensores), os controladores e os atuadores.

Os transdutores são responsáveis por converter a condição física dos sensores em sinais

elétricos para que o CLP possa interpretar esses sinais e, através da sua lógica de controle,

executar uma ação. Os transdutores ficam ligados às entradas dos CLP’s.

Temos também os atuadores que, de forma bem simplificada, podemos dizer que executam

a função inversa dos transdutores. Ou seja, o CLP recebe um sinal elétrico dos

transdutores, executa uma operação de controle e envia um sinal elétrico para a saída que,

através dos atuadores, é convertido em uma ação para o equipamento que está sendo

controlado, podendo este ser ligado ou desligado por exemplo.

Por último, temos os controladores. Estes são responsáveis por receber os dados dos

transdutores e, através de um programa de controle, calcular o estado de saída, enviando

um sinal elétrico para os atuadores que irão converter esse sinal em uma característica

física.

A Figura 1 abaixo ilustra o funcionamento básico de um Controlador Lógico Programável:

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ARQUITETURA INTERNA

Agora que vimos um pouco do conceito, das aplicações e do funcionamento básico

de um CLP, vamos explorar ainda mais este dispositivo, partindo para a sua arquitetura

interna.

A arquitetura de um CLP é constituída basicamente pelos componentes microprocessador,

módulos de entrada e saída e uma fonte de alimentação como ilustrado na Figura 2. O

microprocessador consiste da Unidade Central de Processamento (UCP) e da memória,

além de conter pelo menos uma interface de programação para um dispositivo, interface

para dispositivos remotos e outras comunicações de rede. A UCP é responsável por

controlar e processar todas as operações no CLP. Os CLP’s possuem um clock tipicamente

variando de 1 a 8 MHz. Esta frequência determina a velocidade de operação do CLP

fornecendo a temporização e sincronização do sistema. A informação dentro do CLP é

realizada por meio de sinais digitais que são transportados por barramentos. A UCP usa o

barramento de dados para envio de dados entre os elementos constitutivos, o barramento de

endereço para enviar o endereço dos locais de dados armazenados e o barramento de

controle para ações de controle interno. O barramento de sistema é usado para

comunicação entre os canais de entrada/saída e a unidade de entrada/saída.

CPU

A estrutura interna da CPU depende de qual microprocessador está sendo

utilizado, porém, em geral tem-se:

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• Unidade Lógica e Aritmética: responsável por manipular dados e transporte de saída,

operações aritméticas como adição e subtração e operações lógicas como AND, OR e

NOT;

• Memória: são registradores localizados dentro do microprocessador e utilizados para

armazenar informações envolvidas na execução do programa;

• Unidade de Controle: responsável pelo controle das operações da CPU.

BARRAMENTOS

Os barramentos são os caminhos utilizados para a comunicação dentro do CLP. As

informações são transmitidas de forma binária em palavras de bits. Em geral os CLP’s

possuem quatro barramentos:

• O barramento de dados transporta os dados utilizados no processamento feito pela CPU.

Um microprocessador de 8-bits tem um barramento interno de dados que pode lidar com

números de até 8 bits realizando operações e entregando valores com palavras de 8 bits;

• O barramento de endereço é utilizado para transportar os endereços dos locais de

memória, de modo que cada palavra pode ser localizada na memória e cada localização de

memória possui um único endereço. Se o barramento de endereço consiste de oito linhas,

portanto o número de endereços distintos é 28 = 256;

• O barramento de controle transporta sinais utilizados pela CPU para controle, como, por

exemplo, informar os dispositivos de memória se vão receber dados a partir de uma

entrada ou saída de dados e para transportar sinais de temporização utilizados para

sincronizar ações;

• Barramento do sistema é utilizado para comunicação entre as portas de E/S e a unidade

de E/S.

MEMÓRIA

A memória do CLP é composta de duas grandes memórias diferentes, memória do

sistema e memória de aplicação, que por sua vez são compostas de outras áreas.

A memória do sistema coleciona os programas permanentes e é considerada parte do CLP.

Estes programas supervisórios direcionam ao sistema atividades como execução de

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programas e comunicação com dispositivos periféricos. Esta área é formada por memória

ROM e não é acessível pelo usuário.

A memória de aplicação fornece uma área para as instruções utilizadas pelo programador,

sendo esta composta por vários domínios, cada um tendo sua função específica de

utilização. E geralmente é formada por memória RAM.

A Figura 3 ilustra esta organização de memória conhecida como mapa de memória, onde

as regiões são necessariamente adjacentes, quer fisicamente quer por endereço. O mapa de

memória mostra não só o que está armazenado na memória, mas também onde os dados

são armazenados, de acordo com seus endereços.

Embora os diferentes controladores programáveis raramente possuam mapas de memórias

idênticas, as exigências de armazenamento são semelhantes. Em geral, todos os CLP’s

devem ter memória atribuída para quatro áreas de memória básicas, que são:

• Memória de Execução: é uma coleção de programas permanentemente armazenados que

são incorporados ao sistema. Estes programas de supervisão além de atividades como

execução de programas e comunicação com dispositivos periféricos, como mencionado

anteriormente, são responsáveis por atividades de manutenção de outros sistemas do CLP.

• Bloco de Rascunho: é uma região da memória utilizada para armazenar quantidades

pequenas de dados como cálculos intermediários.

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Estes dados são armazenados nesta memória para evitar desperdício de tempo na

recuperação de dados na memória principal.

• Tabela de Dados: armazena todos os dados associados com o programa de controle, tais

como valores pré-definidos dos contadores e outras constantes armazenadas, além de

variáveis usadas pelo programa ou CPU. Esta seção também é responsável por armazenar

os valores de status da entrada e saída do sistema.

• Programa de Usuário: é uma área da memória que, como o nome já diz, armazena

instruções de programa inseridas pelo usuário além do programa de controle.

UNIDADES DE ENTRADA E SAÍDA

A unidade de entrada e saída fornece a interface entre o sistema e o mundo externo,

permitindo que as conexões sejam feitas através de canais de E/S para dispositivos de

entrada capazes de ler grandezas físicas, tais como temperatura, pressão e umidade, através

de sensores e dispositivos de saída capazes de responder às condições lidas, como motores,

luzes, válvulas etc.

É também a partir da unidade de E/S que os programas são inseridos em um painel de

programa onde cada porta do CLP possui um único endereço que pode ser utilizado pela

CPU. Os canais de E/S fornecem funções de isolamento e condicionamento de sinais,

proporcionada por óptico-isoladores, de modo que os sensores e atuadores podem muitas

vezes ser diretamente conectados, sem a necessidade de outros circuitos condicionadores.

O isolamento elétrico do mundo externo é geralmente por meio de óptico-isoladores. A

Figura 4 (datasheet 4N25 – VISHAY semiconductors) mostra o princípio de

funcionamento de um óptico-isolador. Quando um pulso digital passa através do LED, um

pulso de radiação infravermelho é produzido. Este pulso é detectado pelo foto-transistor e

dá origem a uma tensão no circuito, porém agora com uma corrente menor.

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O sinal digital do CLP geralmente é compatível com o microprocessador que vai nele que,

na grande maioria das vezes, é de 5V DC. No entanto, o condicionamento do sinal, com

isolamento, permite uma ampla gama de sinais de entrada que, dependendo do CLP, pode

variar de 5V a 240V digital/discreto como na Figura 5 abaixo

As unidades de saída recebem uma entrada digital de 5V, e a saída pode ser Digital ou

Analógica variando de 24 a 240V, como mostra a Figura 6. As unidades de saída são

especificadas como sendo do tipo relé, transistor ou triac, dependendo do tipo de atuador a

ser controlado.

Relés funcionam tanto em CA como em CC, resistem à cargas de até 2,5A e suportam

melhor os picos de tensão pois possuem uma camada de ar entre os seus contatos, o que

elimina a possibilidade de corrente de fuga. Mas, são lentos e desgastam com o tempo

sendo inviável em processos que necessitam de uma resposta mais rápida.

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Os transistores são silenciosos, chaveiam em corrente contínua e não tem peças móveis

sujeitas ao desgaste. São rápidos e reduzem o tempo de resposta, mas suportam cargas

muito pequenas sendo necessária a utilização de óptico-isoladores.

Os triacs possuem características semelhantes aos transistores, diferenciando no aspecto de

que os mesmos chaveiam em corrente alternada, pois se baseiam em SCR’s.

FONTE DE ALIMENTAÇÃO

É encarregada de fornecer alimentação ao barramento do CLP, que geralmente é de

5 ou 24VCC, tensão que não é fornecida por concessionárias de energia elétrica. Dessa

forma, utilizamos esse módulo para converter a tensão fornecida (110 ou 220V) para a

tensão requisitada pelo CLP, além de proteger os componentes contra picos de tensão,

garantindo a operação normal com flutuações que variam de 10 a 15%.

Em condições de instabilidade gerada por flutuações na rede de alimentação ou

interferência eletromagnética é aconselhado que junto ao CLP seja instalado

estabilizadores e transformadores de isolação.

SOURCING AND SINKING

Os termos sourcing e sinking são utilizados para descrever como os dispositivos

DC são conectados a um CLP. Quando o módulo de entrada é fonte de corrente, ou seja, o

dispositivo de entrada recebe corrente do módulo de entrada, é do tipo sourcing, como na

Figura 7(a). Já quando a corrente flui em seu sentido convencional, do dispositivo de

entrada para o módulo de entrada, é do tipo sinking, como na Figura 7(b).

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Se a corrente flui a partir do módulo de saída para um carga de saída, o módulo de saída é

do tipo sourcing, como na Figura 8(a). Porém, se a corrente flui para o módulo de saída a

partir de uma carga de saída, então o módulo é do tipo sinking, como na Figura 8(b).

É importante saber o tipo de entrada ou saída em questão para que possa ser corretamente

realizada as ligações com o CLP. As saídas do tipo sourcing de sensores devem ser

conectados às entradas do tipo sourcing do CLP. A interface com o CLP não vai funcionar

e os dados podem se perder caso essa regra não seja seguida.

PROGRAMAÇÃO LADDER

Os CLPs substituem elementos e componentes eletro-eletrônicos de acionamento e

a linguagem utilizada na sua programação é baseada na linguagem de diagramas lógicos de

acionamento desenvolvidos por eletrotécnicos e profissionais da área de controle, esta

linguagem é denominada linguagem de contatos ou simplesmente LADDER.

A linguagem Ladder permite que se desenvolvam lógicas combinacionais, seqüenciais e

circuitos que envolvam ambas, utilizando como operadores para estas lógicas: entradas,

saídas, estados auxiliares e registros numéricos.

A sua simplicidade tem como objetivo facilitar o rápido entendimento por parte de técnico

e engenheiro, já acostumados com a logica de relé; sendo desnecessário aprender uma nova

linguagem de programação.

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Tabela 2: Linguagem Ladder

A fim de entendermos a estrutura da linguagem vamos adotar um exemplo bem simples: o

acionamento de uma lâmpada L a partir de um botão liga/desliga. Na figura 3 temos o

esquema elétrico usual, o programa e as ligações no CLP. Para entendermos o circuito com

o CLP, vamos observar o programa desenvolvido para acender a lâmpada L quando

acionamos o botão B1.

Figura 9. Modelo de programação em Ladder.

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2. NOVAS TECNOLOGIAS

2.1 Introdução

Os módulos de saída podem ser encontrados com drivers a transistor para carga

DC, a relé para cargas AC e DC e a tiristores para cargas AC de potência. As

configurações de CLPs variam de fabricante a fabricante, e os módulos de entradas e

saídas, sejam elas digitais ou analógicas, podem ser encontrados em grupos separados ou

associados [2].

Existem também cartões de comunicação entre CLPs ou entre computadores, sejam

eles industriais ou PCs. Estes cartões são muito utilizados e de extrema importância na

automação de processos e máquinas, pois permitem que um sinal recebido por um PLC,

possa acionar um contato de outro PLC ou de uma placa conversora A/D instalada em um

computador, que estejam distantes.

Outro acessório importante é a IHM - Interface Homem-Máquina, que é um painel

de controle programável, que apresenta para o usuário mensagens de acordo com as

condições dos sinais de entrada e saída, permitindo que um operador normal tome ciência

da condição do sistema ou equipamento que está sendo controlado. Este acessório é

utilizado como sistema supervisório e apresenta mensagens de emergência ou de parada

por problemas técnicos.

Outra área avança com grande força que é a instrumentação virtual, onde os

sensores e atuadores são ligados a um computador e um software processa as informações,

enviando posteriormente as respostas. As vantagens desses softwares são: linguagem de

programação gráfica, ferramenta de simulação interativa, aquisição de dados e controle,

monitoramento e processamento de imagens. Dentre os softwares mais utilizados estão o

LabView e o BridgeView.

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Figura10. Rede industrial.

Figura11. Controle de Processo Industrial com Superviosrio.

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2.2 Elementos de Proteção

Elementos de Proteção Disjuntor

Dispositivo de manobra ( mecânico) e de proteção, capaz de estabelecer ( ligar ),

conduzir e interromper correntes em condições normais do circuito e, assim como

estabelecer, conduzir por tempo especificado e interromper correntes em condições

anormais das especificadas para o circuito, tais como as de curto-circuito. Visa garantir a

proteção, abertura e fechamento de um circuito sem risco de arco elétrico.

Figura 12. Disjuntores.

Figura 13. Componentes do Disjuntores.

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Figura 14. Funções dos Componentes do Disjuntores.

1. Atuator - utilizada para desligar ou resetar manualmente o disjuntor. Também

indica o estado do disjuntor (Ligado/Desligado ou desarmado). A maioria dos

disjuntores são rojetados de forma que o disjuntor desarme mesmo que o atuador

seja segurado ou travado na posição "liga".

2. Mecanismo atuator- une os contatos juntos ou independentes.

3. Contatos - Permitem que a corrente flua quando o disjuntor está ligado e seja

interrompida quando desligado.

4. Terminais

5. Trip bimetálico

6. Parafuso calibrador - permite que o fabricante ajuste precisamente a corrente de trip

do dispositivo após montagem.

7. Solenóide

8. Extintor de arco

Curvas de Disparo

A norma de proteção estabelece que os disjuntores de curva B devem atuar para

correntes de curto-circuito entre três e cinco vezes a corrente nominal. Enquanto isso, os de

curva C atuam entre cinco e dez vezes a corrente nominal e, por fim, os disjuntores de

curva D devem responder para correntes entre dez e vinte vezes a corrente nominal[3].

Os disjuntores de curva B são indicados para cargas resistivas com pequena

corrente de partida( aquecedores elétricos, fornos elétricos e lâmpadas incandescentes);

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jáos de curva C são indicados para cargas de média corrente de partida( motores elétricos,

lâmpadas fluorescentes e máquinas de lavar roupas); por fim, os disjuntores de curva D são

indicados para cargas com grande corrente de partida, a exemplo de transformadores

BT/BT (baixa tensão).

Figura 15. Curva de Disparo de Disjuntores

2.3 Dispositivos de Entrada e Saída

São aqueles que emitem informações (sinais elétricos) ao sistema por meio de uma

ação muscular, mecânica, elétrica, eletrônica ou uma combinação entre elas. Entre esses

elementos, podemos citar : botoeiras, chaves fim-de-curso, sensores de proximidade,

sensores potenciométricos, pressostatos, termopares, termostatos, chaves de nível, entre

outros.

2.3.1 Botoeiras

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São chaves acionadas manualmente, constituídas por: botão, contato NA (normal

aberto) ou NF (normal fechado). Quando seu botão é pressionado, invertem seus contatos,

e quando este for solto, devido ä ação de uma mola seus contatos voltam à posição inicial.

Figura16. Botoeira

Figura 17. Botoeira com retenção

As botoeiras pulsadoras invertem seus contatos mediante o acionamento de um botão

e, devido a ação de uma mola, retornam à posição inicial quando cessa o acionamento.

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Page 23: Automação projeto de semáforo

Essa botoeira possui um contato aberto e um contato fechado, sendo acionada por um

botão pulsador liso e reposicionada por mola. Enquanto o botão não for acionado, os

contatos 11 e 12 permanecem fechados, permitindo a passagem da corrente elétrica, ao

mesmo tempo em que os contatos 13 e 14 se mantêm abertos, interrompendo a passagem

da corrente. Quando o botão é acionado, os contatos se invertem de forma que o fechado

abre e o aberto fecha. Soltando-se o botão, os contatos voltam à posição inicial pela ação

da mola de retorno.

Figura 18. Botao Pulsador.

As botoeiras com trava também invertem seus contatos mediante o acionamento de

um botão, entretanto, ao contrário das botoeiras pulsadoras, permanecem acionadas e

travadas mesmo depois de cessado o acionamento.

Figura 19. Botao com Trava.

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Page 24: Automação projeto de semáforo

Esta botoeira é acionada por um botão giratório com uma trava que mantém os

contatos na última posição acionada. Como o corpo de contatos e os bornes são os mesmos

da figura anterior e apenas o cabeçote de acionamento foi substituído, esta botoeira

também possui as mesmas características construtivas, isto é, um contato fechado nos

bornes 11 e 12 e um aberto 13 e 14. Quando o botão é acionado, o contato fechado 11/12

abre e o contato 13/14 fecha e se mantêm travados na posição, mesmo depois de cessado o

acionamento. Para que os contatos retornem à posição inicial é necessário acionar

novamente o botão, agora no sentido contrário ao primeiro acionamento.

Outro tipo de botoeira com trava, muito usada como botão de emergência para

desligar o circuito de comando elétrico em momentos críticos, é acionada por botãodotipo

cogumelo.

Figura 20. Botao de Emergência.

Mais uma vez, o corpo de contatos e os bornes são os mesmos, sendo trocado

apenas o cabeçote de acionamento. O botão do tipo cogumelo, também conhecido como

botão soco-trava, quando é acionado, inverte os contatos da botoeira e os mantém travados.

O retorno à posição inicial se faz mediante um pequeno giro do botão no sentido horário, o

que destrava o mecanismo e aciona automaticamente os contatos de volta a mesma

situação de antes do acionamento.

Outro tipo de botão de acionamento manual utilizado em botoeiras é o botão flip-

flop, também conhecido como divisor binário, o qual alterna os pulsos dados no botão,

uma vez invertendo os contatos da botoeira, outra trazendo-os à posição inicial.

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2.3.2 Chaves Fim-de-curso

São chaves acionadas mecanicamente, por meio de um rolete mecânico, ou

gatilho (rolete escamoteável), fazendo com que seus contatos sejam invertidos ao serem

acionadas. Geralmente são posicionadas no decorrer do percurso de cabeçotes de

máquinas, ou hastes de cilindros.

Figura 21. Estrutura da Chave Fim-de-Curso.

O acionamento de uma chave fim de curso pode ser efetuado por meio de um rolete

mecânico ou de um rolete escamoteável, também conhecido como gatilho. Existem, ainda,

chaves fim de curso acionadas por uma haste apalpadora, do tipo utilizada em instrumentos

de medição como, por exemplo, num relógio comparador.

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Page 26: Automação projeto de semáforo

Figura 22. Chave Fim-de-Curso.

Esta chave fim de curso é acionada por um rolete mecânico e possui um contato

comutador formado por um borne comum 11, um contato fechado 12 e um aberto 14.

Enquanto o rolete não for acionado, a corrente elétrica pode passar pelos contatos 11 e 12 e

está interrompida entre os contatos 11 e 14. Quando o rolete é acionado, a corrente passa

pelos contatos 11 e 14 e é bloqueada entre os contatos 11 e 12. Uma vez cessado o

acionamento, os contatos retornam à posição inicial, ou seja, 11 interligado com 12 e 14

desligado.

Figura 23. Chave Fim-de-Curso com Rolete.

Esta outra chave fim de curso também é acionada por um rolete mecânico mas,

diferentemente da anterior, apresenta dois contatos independentes sendo um fechado,

formado pelos bornes 11 e 12, e outro aberto, efetuado pelos bornes 13 e 14. Quando o

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Page 27: Automação projeto de semáforo

rolete é acionado, os contatos 11 e 12 abrem, interrompendo a passagem da corrente

elétrica, enquanto que os contatos 13 e 14 fecham, liberando a corrente.

Os roletes mecânicos acima apresentados podem ser acionados em qualquer direção

que efetuarão a comutação dos contatos das chaves fim de curso. Existem, porém, outros

tipos de roletes que somente comutam os contatos das chaves se forem acionados num

determinado sentido de direção. São os chamados roletes escamoteáveis, também

conhecidos na indústria como gatilhos.

Figura 24. Chave Fim-de-Curso com Gatilho.

Esta chave fim de curso, acionada por gatilho, somente inverte seus contatos quando

o rolete for atuado da esquerda para a direita. No sentido contrário, uma articulação

mecânica faz com que a haste do mecanismo dobre, sem acionar os contatos comutadores

da chave fim de curso. Dessa forma, somente quando o rolete é acionado da esquerda para

a direita, os contatos da chave se invertem permitindo que a corrente elétrica passe pelos

contatos 11 e 14 e seja bloqueada entre os contatos 11 e 12. Uma vez cessado o

acionamento, os contatos retornam à posição inicial, ou seja, 11 interligado com 12 e 14

desligado.

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Page 28: Automação projeto de semáforo

2.3.3 Sensores de proximidade

São chaves eletrônicas que emitem um sinal ao detectar a proximidade de

um objeto em esteiras, hastes de cilindros ou cabeçotes de máquinas. Os sensores de

proximidade podem ser de diversos tipos, entre eles estão os: indutivos e óticos.

Basicamente, os sensores de proximidade apresentam as mesmas características de

funcionamento. Possuem dois cabos de alimentação elétrica, sendo um positivo e outro

negativo, e um cabo de saída de sinal. Estando energizados e ao se aproximarem do

material a ser detectado, os sensores emitem um sinal de saída que, devido principalmente

à baixa corrente desse sinal, não podem ser utilizados para energizar diretamente bobinas

de solenóides ou outros componentes elétricos que exigem maior potência.

Diante dessa característica comum da maior parte dos sensores de proximidade, é

necessária a utilização de relés auxiliares com o objetivo de amplificar o sinal de saída dos

sensores, garantindo a correta aplicação do sinal e a integridade do equipamento.

Figura 25. Sensor Capacitivo.

Os sensores de proximidade capacitivos registram a presença de qualquer tipo de

material. A distância de detecção varia de 0 a 20 mm, dependendo da massa do material a

ser detectado e das características determinadas pelo fabricante.

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Page 29: Automação projeto de semáforo

Sensores Indutivos

São sensores que são acionados quando um objeto metálico é aproximado,

entrando em um campo eletromagnético.

Figura 26. Sensor Indutivo.

Os sensores de proximidade indutivos são capazes de detectar apenas materiais

metálicos, a uma distância que oscila de 0 a 2 mm, dependendo também do tamanho do

material a ser detectado e das características especificadas pelos diferentes fabricantes.

Sensores óticos

São sensores que funcionam segundo o princípio de emissão e irradiação

infravermelha.

Ótico por barreira: Sensor no qual possui um elemento emissor de irradiação

infravermelha, montado em frente a um receptor em uma distância pré-determinada. É

acionado quando ocorre uma interrupção da irradiação por qualquer objeto, pois esta

deixará de atingir o elemento receptor.

Ótico por difusão: Sensor no qual o emissor e o receptor estão montados em um

mesmo conjunto. É acionado quando os raios infravermelhos emitidos, refletem sobre a

superfície do objeto e retornam ao receptor.

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Page 30: Automação projeto de semáforo

Ótico por reflexão: Sensor parecido com o ótico por difusão, diferindo apenas no

sistema ótico. Os raios infravermelhos emitidos refletem em um espelho instalado

frontalmente, e retornam ao receptor. É acionado quando um objeto interrompe a reflexão

de raios entre o espelho e o receptor.

Figura 27. Sensor Óptico.

Pressostatos

Os pressostatos, também conhecidos como sensores de pressão, são chaves elétricas

acionadas por um piloto hidráulico ou pneumático. Os pressostatos são montados em

linhas de pressão hidráulica e ou pneumática e registram tanto o acréscimo como a queda

de pressão nessas linhas, invertendo seus contatos toda vez em que a pressão do óleo ou do

ar comprimido ultrapassar o valor ajustado na mola de reposição.

Figura 28. Sensor Pressostato.

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Page 31: Automação projeto de semáforo

2.4. Dispositivos de saída e Atuadores

Recebem as informações (sinais elétricos) enviadas pelo sistema, com a finalidade

de auxiliar ou até mesmo realizar diretamente um trabalho elétrico, mecânico, pneumático

ou hidráulico em uma máquina ou processo industrial, ou apenas a fim de realizar

sinalização visual ou sonora aos operadores.

Entre esses elementos, podemos citar: relés, contatores, solenóides de válvulas,

cilindros, válvulas de controle proporcional, inversores de frequência, motores, entre

outros.

Cilindros Também conhecidos como atuadores pneumáticos ou hidráulicos,

podem ser do tipo linear, rotativo ou oscilante. Os mais comuns são os do tipo linear, que

transformam a pressão do ar comprimido ou do óleo, em movimento linear e força. Os

tipos de cilindros lineares mais utilizados são o de simples ação e o de dupla-ação.

O cilindro de simples ação, possui um único orifício pelo qual o ar ou óleo entra e

sai. Ao colocarmos pressão neste cilindro ele é movimentado e ao retirarmos pressão, uma

mola retorna a haste do cilindro para a posição original.

Já os cilindros de dupla-ação, possuem dois orifícios pelos quais podem

entrar e sair o ar ou óleo, dependendo do movimento desejado, portanto, um orifício

serve para o avanço do cilindro e outro para o seu retorno. O fluxo de ar ou óleo que o

cilindro recebe, é transmitido por válvulas direcionais.

Válvulas direcionais Para os cilindros pneumáticos e hidráulicos trabalharem,

efetuando seu avanço e recuo, é necessária a utilização de válvulas que permitam

direcionar o fluxo de ar comprimido ou óleo para dentro ou para fora do cilindro.

As válvulas direcionais são descritas pelo número de vias e posições que

ele possui. As vias, são conexões de entrada, saída e escape de ar ou óleo, e as posições

são a

quantidade de manobras que aválvula permite realizar, como por exemplo uma

válvula de 2 vias e 2 posições, permite ora a passagem de ar ora o bloqueio de ar da

entrada para a saída.

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Page 32: Automação projeto de semáforo

As válvulas podem ser acionadas por comando manual, elétrico, pneumático ou

mecânico. Normalmente são utilizadas solenóides (bobinas eletromagnéticas) para a

mudança de posição da válvula, pois tem a vantagem de ser acionada a distância e com

bastante segurança e precisão.

Relés Auxiliares

Os relés auxiliares são chaves elétricas de quatro ou mais contatos, acionadas por

bobinas eletromagnéticas. Há no mercado uma grande diversidade de tipos de relés

auxiliares que, basicamente, embora construtivamente sejam diferentes, apresentam as

mesmas características de funcionamento.

Figura 29. Relé Auxiliar.

Este relé auxiliar, particularmente, possui 2 contatos abertos (13/14 e 43/44) e 2

fechados (21/22 e 31/32), acionados por uma bobina eletromagnética de 24 Vcc. Quando a

bobina é energizada, imediatamente os contatos abertos fecham, permitindo a passagem da

corrente elétrica entre eles, enquanto que os contatos fechados abrem interrompendo a

corrente. Quando a bobina é desligada, uma mola recoloca imediatamente os contatos nas

suas posições iniciais.

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Page 33: Automação projeto de semáforo

Figura 30. Contatos do Relé Auxiliar.

Além de relés auxiliares de 2 contatos abertos (NA) e 2 contatos fechados (NF),

existem outros que apresentam o mesmo funcionamento anterior mas, com 3 contatos NA

e 1 NF.

Figura 31. Relé Auxiliar Com Comutador

Este outro tipo de relé auxiliar utiliza contatos comutadores, ao invés dos

tradicionais contatos abertos e fechados. A grande vantagem desse tipo de relé sobre os

anteriores é a versatilidade do uso de seus contatos. Enquanto nos relés anteriores a

utilização fica limitada a 2 contatos Na e 2 NF ou 3 NA e 1 NF, no relé de contatos

comutadores pode-se empregar as mesmas combinações, além de, se necessário, todos os

contatos abertos ou todos fechados ou ainda qualquer outra combinação desejada. Quando

a bobina é energizada, imediatamente os contatos comuns 11, 21, 31 e 41 fecham em

relação aos contatos 13, 24, 34 e 44, respectivamente, e abrem em relação aos contatos 12,

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Page 34: Automação projeto de semáforo

22, 32 e 42. Desligando-se a bobina, uma mola recoloca novamente os contatos na posição

inicial, isto é, 11 fechado com 12 e aberto com

14, 21 fechado com 22 e aberto com 24, 31 fechado com 32 e aberto com 34 e,

finalmente, 41 fechado com 42 e aberto em relação ao 44.

Contatores de Potência

Os contatores de potência apresentam as mesmas características construtivas e de

funcionamento dos relés auxiliares, sendo dimensionados para suportarem correntes

elétricas mais elevadas, empregadas na energização de dispositivos elétricos que exigem

maiores potências de trabalho.

Figura 32. Estrutura do Relé Auxiliar

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Page 35: Automação projeto de semáforo

Indicadores Luminosos

Os indicadores luminosos são lâmpadas incandescentes ou LEDs, utilizadas na

sinalização visual de eventos ocorridos ou prestes a ocorrer. São empregados, geralmente,

em locais de boa visibilidade que facilitem a visualização do sinalizador.

Figura 33. Indicador Luminoso

Indicadores Sonoros

Os indicadores sonoros são campainhas, sirenes, cigarras ou buzinas, empregados

na sinalização acústica de eventos ocorridos ou prestes a ocorrer. Ao contrário dos

indicadores luminosos, os sonoros são utilizados, principalmente, em locais de pouca

visibilidade onde um sinalizador luminoso seria pouco eficaz.

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Page 36: Automação projeto de semáforo

Figura 34. Indicador Sonoro

São equipamentos que, quando energizados, realizam movimentos giratórios de

seu eixo, que podem ser medidos em Rotações por minuto (Rpm).

Existem motores de diversos tipos e finalidades, variando de acordo com sua forma

construtiva e tipo de alimentação (tensão contínua ou alternada), consumo de corrente, etc.

São utilizados para inúmeras aplicações: movimentar e acionar esteiras,

elevadores, bombas, compressores, partes móveis de máquinas, extrusoras, robôs,

misturadores, ventiladores, furadeiras, bem como sua utilização já bastante difundida na

área de eletrodomésticos, automóveis, aviões, etc.

Figura 35. Motor Elétrico

3. SEMÁFORO-ESTADO DA ARTE

3.1. Projeto 1

Os estudantes Antunes e Afonso em [5] fizeram um projeto para o controle de um

sistema de semáforos de um cruzamento. Para realizar o trabalho usaram o PLC do tipo

CPM1, com 6 entradas e 4 saidas.

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Page 37: Automação projeto de semáforo

A comunicação entre o PLC e o computador ocorre atraves da porta serial. A figura

abaixo mostra o esquema dos semáforos.

Figura 36. Semáforo

Figura 37. Motor Elétrico

Nesse trabalho o sincronismo entre os semáforos mostra-se extremamente

importante. Por exemplo: os semaforos 1 e 2 não podem ter a luz acessa ao mesmo tempo

que os semaforos 3 e 4 assim como no caso da luz vermelha para que não ocorra

problemas.

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Page 38: Automação projeto de semáforo

3.2 Projeto 2

Este trabalho foi desenvolvido com o bjetivo de realizar o controle de uma via de

semaforos integrado com o PLC.

Os elementos da modelagem são os seguintes:

Ciclo de temporização dos semáforos das vias 1 e 2;

tempo entre chegada de veículos de cada via; e

demanda de automóveis por via após semáforo.

A Figura33 mostra um esboço detalhado do ambiente de simulação das Vias 1 e 2

do cruzamento semaforizado, onde são aplicados os dados coletados. São três semáforos,

dois instalados na Via 1 (Semáforos 1 e 3) e um na Via 2 (Semáforo 2).

As duas vias são de mão única, com duas pistas cada. Assim, ao se aproximarem da

interseção semaforizada, os veículos das Vias 1 e 2 podem ser conduzidos da seguinte

forma:

Se o motorista da Via 1 desejar se manter nesta mesma Via, ele deve

manter/conduzir o automotivo sobre a pista da esquerda, aqui definida como

v11, ou sobre a pista da direita, aqui definida como v12;

quando o motorista da Via 1 desejar converter para a Via 2, ele deve

manter/conduzir o automotivo sobre a pista v12;

se o motorista que está na Via 2 desejar se manter nesta mesma Via, ele deve

manter/conduzir o automotivo sobre a pista da direita, aqui definida como v21,

ou sobre a pista da esquerda, definida como v22; e

quando o motorista da Via 2 desejar converter para a Via 1, ele deve

manter/conduzir o automotivo sobre a pista v22.

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Page 39: Automação projeto de semáforo

Figura 38. Funciomanento da via

Os autores desse projeto realizaram o seguinte euqema do modelo conceitual da

via:

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Page 40: Automação projeto de semáforo

Figura 39. Modelo conceitual das Vias 1 e 2 documentado

Na figura 35 temos o ambiente de simulaçao do projeto em conexão com o PLC.

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Page 41: Automação projeto de semáforo

Figura 40. Modelo de simulação

Figura 41. Esquema de ligação do PC e o PLC

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Page 42: Automação projeto de semáforo

Figura 42. Esquema da programa em LADDER

Através do modelo, os autores conseguiram acompanhar em tempo real o

comportamento do fluxo de veículos em situações distintas de trânsito. Cada situação foi

oriunda de demandas em horários específicos, onde a lógica de comando dos semáforos no

modelo computacional foi acionada pelo controlador lógico programável.

Através de tabelas e gráficos, pôde-seavaliar o sistema e constatar que o modelo de

simulação atendeu aos diferentes estímulos das variáveis relativas à dinâmica do sistema.

Da mesma forma, o modelo permitiu avaliar o comportamento de cada uma das vias

semaforizadas e dos comandos de ativação/desativação oriundos do controlador[].

4. PROJETO DE SEMÁFOROS

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Page 43: Automação projeto de semáforo

Agora que o programa foi apresentado e sabemos um pouco das suas funções e elementos,

iremos apresentar um exemplo prático, um projeto programado em linguagem Ladder, para

o controle de um semáforo de um cruzamento de uma via, que em questão é o principal

objetivo do nosso trabalho, desenvolvido no laboratório de controle de processo, na

universidade federal do maranhão.

MATERIAL UTILIZADO

-Módulo de Entrada Digital código 176-IA16

-Módulo de Saída Digital relé código 176-OW16

-Módulo de Entrada/Saída Analógica código 1746-NIOV

-PC com MS Windows (9x, NT ou posteriores) com porta de comunicação com conector

DB-9 (macho)

-Cabo DB9/DB9 (fêmea) para a conexão do CLP com o computador

-PLC SLC 500 CPU 5/05

-Botoeira

-chave de fenda

-cabos elétricos

Figura 43. Imagem da bacanda de simulação do semáfaro

Programação em ladder

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Page 44: Automação projeto de semáforo

Figura 44. Programação em ladder

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Page 45: Automação projeto de semáforo

Figura 45. Programação em ladder

A comunicação entre o PLC e o computador ocorre atraves da porta serial. A figura abaixo

mostra o esquema dos semáforos.

Figura 46. (a)

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Page 46: Automação projeto de semáforo

Figura 46. (b)

Figura 46. (c)

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Figura 46. (d)

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Page 48: Automação projeto de semáforo

CONCLUSÃO

Como podemos perceber, por mais simples que seja uma planta industrial ela

necessita de um sistema de controle para que possa funcionar de maneira otimizada e

viável. Nesse contexto, os Controladores Lógicos Programáveis desempenham um papel

fundamental na indústria, pois são capazes de controlar processos dos mais simples aos

mais complexos, com a grande vantagem de serem programáveis, ou seja, se adequam a

qualquer tarefa com facilidade viabilidade econômica.

Dentro dessa gama de possibilidades, cabe um destaque ao CLP da fabricante WEG, o

modelo TPW-03, que possui um grande número de funções e uma capacidade de

processamento altíssima, o que o habilita para desenvolver uma infinidade de tarefas.

Com certeza ainda há muito a se explorar nessa área, ainda existem muitas limitações, mas

o homem já é capaz de controlar inúmeros processos com o que tem em mãos, e a

necessidade trará o surgimento de novas tecnologias.

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Page 49: Automação projeto de semáforo

REFERÊNCIAS

[1] Bolton, W. PROGRAMMABLE LOGIC CONTROLLERS, Newnes,4ª Edition, Oxford,

2006.208p.

[2] Allen Bradley. SLC 500 Modular Hardware Style – Instalation and Operation Manual.

Wisconsin: Allen Bradley Company, 1993,223p.

[3]Apostila Rockwell – EPUSP

[4] CLP curso de Rs logix

[5] Rockwell automation SLC 500 Allen Bradly RS logix 500

[6] Comandos Elétricos-Acionamentos Automáticos-PLC. Material do Sistema FIEMG.

[7] Silva, Marcelo Eurípedes. Automação Industrial. PDF do Colégio Técnico Industrial de

Piracicaba da Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba.

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