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Discente: Anderson dos Santos Formiga Disciplina: Instalações Industriais e Refrigeração Docente: Osvaldo Soares da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS CAMPUS DE POMBAL – PB Descongelamento

Descongelamento

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Discente: Anderson dos Santos Formiga Disciplina: Instalações Industriais e Refrigeração

Docente: Osvaldo Soares da Silva

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDECENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTARUNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

CAMPUS DE POMBAL – PB

Descongelamento

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Sempre importante estabelecer a periodicidade da descongelação;

O número de vezes vai depender do tipo de evaporador, da natureza da instalação e o método de descongelação;

Os grandes evaporadores sem isolamento, são geralmente descongelados apenas uma ou duas vezes por mês;

A duração do período de descongelação é determinada pela quantidade de acumulação de gelo no evaporador e pela quantidade de calor que pode ser aplicada para fundir o gelo.

Espaçamento das descongelações

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Métodos de descongelação

Descongelação natural• Utiliza o calor do ar do espaço refrigerado para retirar o

gelo do evaporador.

Descongelação forçada• Utiliza outras fontes de calor.

As fontes mais comuns de fornecimento de calor suplementar são a água, salmoura, elementos elétricos aquecedores e o gás Quente proveniente da descarga do compressor.

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Descongelação por água Para evaporadores com temperaturas inferiores a -40 °F;

A água é pulverizada sobre as serpentinas do evaporador.

Processo de descongelação

Válvula de retenção é

fechada

Refrigerante é escoado do evaporador

Compressor para e os ventiladores

desligados

Água de pulverização é

ligada até que o evaporador

fique descongelado

Água não é pulverizada sobre o espaço

refrigerado

Escoamento da água das

serpentinas do evaporador e do depósito

Pulverizadores desligados

I)

II)

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Descongelação elétrica São empregadas resistências elétricas aquecedoras para

descongelação dos aparelhos de ar condicionado; O ciclo de descongelação elétrica pode ser iniciado e parado

manualmente ou automaticamente.

Válvula solenoide

Esvaziamento do evaporador

Elementos aquecedores

ativados e

Ventiladores são desligados, com isso o calor não

vai para o espaço refrigerado

Evaporador descongelado

Aquecedores são desativados

Fechada

Abertura Sistema volta a funcionar

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Descongelação por gás quente

Tem muitas variantes, mas todas elas utilizam de algum modo o gás quente da descarga do compressor, como fonte de calor para descongelação do evaporador;

Instala-se uma derivação com uma

válvula solenoide entre a descarga do

compressor e o evaporador

Válvula solenoide

Gás quente do compressor contorna o

condensador e entra no evaporador

Aberta

Gás cede calor ao evaporador frio,

condensando e havendo a descongelação

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Descongelação por gás quente

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Serpentinas de Reevaporação

Durante o funcionamento do ciclo normal, a válvula solenoide localizada na linha de aspiração está aberta e o vapor aspirado do evaporador contorna a serpentina reevaporadora, a fim de evitar uma perda de pressão excessiva na linha de aspiração;

Quando a descongelação está completa, ciclo de descongelação pode acabar, quer pela atuação do regulador de descongelação, quer pela ação de um evaporador-temperatura atuado por um termostato.

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Válvula solenoide da linha de gás

quente

Válvula solenoide da

linha de derivação de

aspiração

Os ventiladores do evaporador param e os do reevaporador

arrancam

Aberta

Fechada

O líquido condensado no evaporador é reevaporado na serpentina de reevaporação

O vapor é comprimido e retorna ao evaporador

Descongelação completa

Compressor

Válvula solenoide da linha de gás

quente

Válvula solenoide da linha de derivação de

aspiração

FechadaAberta

Serpentinas de Reevaporação

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Serpentinas de Reevaporação

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Sistema de descongelação por evaporadores múltiplos

Quando dois ou mais evaporadores estão ligados a um condensador comum, os evaporadores podem ser descongelados individualmente e, neste caso, o evaporador que está a funcionar serve de reevaporador do refrigerante condensado do evaporador que está a ser descongelado.

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Ciclo de descongelação inverso

Aplicando o princípio do ciclo inverso (Bomba de calor), o condensador pode ser utilizado como serpentina reevaporadora do refrigerante que se condensa do evaporador durante o ciclo de descongelação;

É utilizada uma válvula de expansão automática para introduzir o líquido refrigerante no condensador, para reevaporação.

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Ciclo de descongelação inverso

(a) Sistema de descongelação de gás quente por ciclo inverso (operação normal).(b) Sistema de descongelação de gás quente por ciclo inverso (Ciclo de descongelação).

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Bateria aquecedora de descongelação

A termobateria, método de descongelação de gás quente, utiliza uma bateria de água para armazenar a quantidade de calor geralmente desperdiçado no condensador quando evaporador está a ser refrigerado;

Durante o ciclo de descongelação, o calor armazenado na bateria de água é utilizado para reevaporar o refrigerante condensado no evaporador descongelado.

Calor desperdiçado

no condensadorBateria de água Descongelamento

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Bateria aquecedora de descongelação

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Descongelação Vapot

Vapot é uma linha de aspiração acumuladora especial, concentra o líquido refrigerante condensado no evaporador;

Por intermédio de um tubo de escoamento rigorosamente dimensionado, volta a enviar, continuamente, uma quantidade determinada de líquido para o compressor, em conjunto com o vapor aspirado;

Vapot fornece uma contínua fonte de calor latente para a descongelação do evaporador e, simultaneamente, elimina a possibilidade de retorno ao compressor de grandes quantidades de líquido.

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Compressão em Multi-Estágios (Booster)

Em grandes instalações, deve ser utilizado um sistema de funcionamento em multi-estágios (T < 0°F);

Dois tipos básicos: Estágios diretos Estágios em cascata

Estágio direto: Utiliza dois ou mais compressores ligados em série para comprimir um único refrigerante em estágios sucessivos;

Estágio em cascata: Emprega dois ou mais circuitos separados de refrigerante, que utilizam refrigerantes tendo pontos de ebulição progressivamente mais baixos.

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Compressão em Multi-Estágios (Booster)

(a) Sistema de compressão por três estágios diretos. (b) Sistema em cascata (2 estágios).

(a) (b)

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Inter-refrigeradores (Trocadores de frio)

Devido a grande diferença de temperatura entre o condensador e o evaporador, é sempre preferível refrigerar o líquido refrigerante;

Tipo Jateamento: As vantagens principais do inter-refrigerador do tipo jateamento

são sua simplicidade e baixo custo, porém tem como desvantagem a pressão do líquido que passa para o evaporador, que é reduzida à pressão intermediária no inter-refrigerador.

Tipo carcaça e serpentina ou fechado: Difere do tipo jateamento porque apenas uma porção do líquido

do condensador é expandida para o inter-refrigerador, portanto, a pressão não é reduzida a uma pressão intermediária.

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Inter-refrigeradores (Trocadores de frio)

As vantagens são as pressões mais elevadas do líquido;

Tipo expansão seca: Não é apropriado para sistemas de amônia; O dessuperaquecimento é conseguido superalimentando o

inter-refrigerador.

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Estágios Diretos versus Estágios em Cascata

Estágios Diretos: Utilizam refrigerantes com ponto de ebulição suficientemente

baixos para produzir a baixa temperatura exigida no condensador;

Esses refrigerantes são condensáveis a pressões pouco elevadas utilizando o ar ou a água à temperatura normal.

Estágios em Cascata: Empregam refrigerantes no estágio inferior com baixos pontos

de ebulição a pressão elevada (metano, etano, etileno); A principal desvantagem é a superposição das temperaturas

dos refrigerantes no condensador de cascata, reduzindo a eficiência térmica;

Por outro lado, os estágios em cascata tornam possível o emprego de refrigerantes de grande densidade.

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Diminuições de carga e Controle de capacidade

Embora não seja comum aos sistemas de baixa temperatura, o problema das diminuições de cargas, é mais grave nesses sistemas em virtude da diferença de temperaturas existentes;

Recomenda-se que o compressor seja dimensionado para 150% da potência exigida;

A pressão de aspiração deve ser limitado por um regulador de pressão ou por uma válvula de expansão limitadora de pressão colocada no cárter;

Os métodos de controle da capacidade para os sistemas de estágios múltiplos, são iguais aos utilizados nos sistemas de estágio único.

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Sistema de temperatura Múltipla É aquele em que, dois ou mais evaporadores funcionando em

diferentes temperaturas e localizados em espaços ou equipamentos diferentes, são ligados à mesma unidade compressora ou condensadora;

Tem como principais vantagens a economia de espaço e o custo inicial do equipamento;

Porém, os elevados custos de funcionamento são normalmente superiores a vantagem do custo inicial;

São economicamente justificados em instalações de pequena capacidade;

Outra grande desvantagem é no caso de avaria do compressor, todas as áreas servidas ficarão sem refrigeração.

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Sistema de temperatura Múltipla controlados a solenoide

São frequentemente utilizadas válvulas de retenção termostáticas, controladas a solenoide, instaladas em ambas as linhas, de líquido ou de aspiração, dos evaporadores de alta temperatura;

O funcionamento deste tipo de sistema é semelhante ao dos sistemas que empregam reguladores de pressão na linha de aspiração;

As válvulas solenoides são controladas por um termostato atuado pela temperatura ambiente;

A colocação de válvulas solenoide tem a desvantagem de exigir válvulas muito mais caras.

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Sistema de temperatura Múltipla controlados a solenoide

No caso de uma fuga no controle do refrigerante, existe sempre o perigo de o líquido se acumular no evaporador, enquanto a válvula solenoide estiver fechada e de entrar no compressor quando a válvula se abre;

Quando ambas as linhas, de aspiração e de líquido, têm válvulas solenoides, devem ser instalados válvulas de retenção nas linhas de aspiração dos evaporadores, evitando temperaturas e pressões excessivas nessas unidades.

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Ciclo de Refrigeração-Absorção

Semelhante ao ciclo de compressão de vapor;

Usa refrigerante volátil (amônia ou água);

O refrigerante vaporiza no evaporador a baixa pressão e se condensa a alta pressão no condensador;

Difere do ciclo de compressão de vapor na força motriz que circula o refrigerante através do sistema.

O compressor de vapor é substituído por um absorvedor e gerador.

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Combinações de Refrigerante-Absorvente

O absorvente deve ter uma grande afinidade como vapor do refrigerante;

Os dois fluidos devem ser seguros, estáveis e não corrosivos, tanto individualmente como em combinação;

Idealmente o absorvente deve ter uma volatilidade pequena;

O refrigerante deve ter um calor latente suficientemente alto, para que o fluxo não seja excessivo;

As combinações refrigerante-absorvente mais usadas é amônia e água e água e o brometo de lítio.

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Sistemas de Amônia-Água São geralmente empregados em refrigeradores domésticos,

sistemas comerciais e industriais;

Ambos os fluidos são altamente estáveis e compatíveis com a maior parte dos materiais utilizados nos sistemas de refrigeração;

Apenas o cobre e as suas ligas não são recomendadas;

O refrigerante amônia tem um calor latente elevado, mas e levemente tóxico;

A maior desvantagem desse sistema é a água ser razoavelmente volátil, podendo reduzir a eficiência de refrigeração, caso chegue no evaporador.

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Sistemas de Água-Brometo de Lítio

São largamente utilizados em ar condicionado e outras aplicações de alta temperatura;

Com a água como refrigerante, não se pode usar esse sistema em dispositivos onde a temperatura do evaporador seja inferior a 32 °F;

A grande desvantagem desse sistema é que o absorvente não é totalmente solúvel na água em todas as circunstâncias;

A grande vantagem é que o absorvedor não é volátil, não ocorrendo a mistura do absorvente com o vapor do refrigerante;

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Sistemas domésticos de absorção

Adicionando um terceiro fluido, um gás inerte como o hidrogênio, ao sistema de absorção, equilibra-se as partes de baixa e de alta pressão, a onde não é necessário usar um bomba de solução ou qualquer dispositivo móvel;

Esses sistemas, tem um grande campo de aplicação;

O ciclo funciona baseado na lei de Dalton, que determina que a pressão total de toda mistura, gás e vapor, é igual a soma das pressões parciais exercidas por cada componente da mistura;

Nesse sistema a pressão total exercida pelos gases e vapores é teoricamente igual em todo o sistema.

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Sistemas de Absorção versus Sistemas de Compressão de Vapor

O equipamento de absorção é muito mais simplificado e muito menos caro do que o de compressão de vapor;

Os sistemas de absorção são mais silenciosos e tem menos manutenção;

O coeficiente termodinâmico de funcionamento é muito menor na maquina de absorção do que na de compressão de vapor;

Os sistemas de absorção não são normalmente econômicos quando se tem de instalar e manter uma caldeira apenas para refrigeração.

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Referência

ROY J. DOSSAT. Princípios de refrigeração. Hemus. Edição 1, 2004.