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29/04/2011 4o. Seminário dos Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica da Região Sudeste 1 INADIMPLÊNCIA E CORTE DE ENERGIA ELÉTRICA: a nova Res. 414 da Aneel Demócrito Reinaldo Filho

Inadimplência e Corte de Energia Elétrica: a nova Res.414 da ANEEL

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Palestra de Demócrito Reinaldo Filho no 4º Seminário dos Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica (Abril 2011)

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4o. Seminário dos Conselhos de

Consumidores de Energia Elétrica

da Região Sudeste1

INADIMPLÊNCIA E CORTE DE ENERGIA ELÉTRICA: a nova Res. 414 da Aneel

Demócrito Reinaldo Filho

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Jurisprudência inicial em torno do corte por inadimplência

Impedia o corte, nos casos de inadimplência do

consumidor, sob dois fundamentos:

1º. Art. 22 do CDC (Lei 8.078/90), que consagra o princípio

da continuidade dos serviços públicos essenciais.

2º. Art. 42 do CDC, que proíbe o uso de expedientes

constrangedores na cobrança de dívidas a consumidores.

Precedente: 1ª. Turma do STJ, ROMS 8915-MA, rel. o Min.

José Augusto Delgado, unânime, j. 12.05.98, DJ 17.08.98.

Consequência: a concessionária só ficaria autorizada a

proceder à cobrança executiva do débito.

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Jurisprudência em torno do corte por inadimplência

- o princípio da continuidade (art. 22 CDC) tem outro sentido,

significando que, já havendo execução regular do serviço, a

Administração ou seu agente delegado (concessionário ou

permissionário) não pode interromper sua prestação.

- o art. 6o, par. 3º, inc. II, da Lei 8.987/95 (Lei das Concessões

dos Serviços Públicos): "não se caracteriza como

descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de

emergência ou após aviso prévio", em caso de "inadimplemento

do usuário, considerado o interesse público"

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Jurisprudência em torno do corte por inadimplência

- a jurisprudência caminhou no sentido da possibilidade da

suspensão do fornecimento de energia (corte), no caso de

inadimplemento, bastando a notificação prévia ao consumidor .

- a jurisprudência passou a admitir inclusive o corte de energia a

pessoas jurídicas de direito público (municípios, estatais etc.),

garantindo-se apenas o fornecimento a unidades que prestam

serviços indispensáveis (hospitais, escolas etc.). Não pode haver

corte indiscriminado, devendo ser preservado o fornecimento a

serviços que digam respeito a interesses relevantes da

comunidade

-

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Jurisprudência em torno do corte por inadimplência

-Nos termos do art. 17 da Lei 9.427/96, a suspensão do

fornecimento a consumidor que preste serviço público está

subordinada unicamente à comunicação prévia (15 dias de

antecedência) ao Poder Público local ou ao Poder Executivo

Estadual, que "adotará as providências administrativas para

preservar a população dos efeitos da suspensão do fornecimento

de energia elétrica"

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Jurisprudência em torno do corte por inadimplência

- mais recentemente, a jurisprudência assumiu nova vertente, não

admitindo o corte por inadimplência, quando se tratar de débitos

antigos.

-o corte de energia elétrica pressupõe o inadimplemento de conta

regular, relativa ao mês do consumo, sendo inviável (abusivo),

pois, a suspensão do abastecimento em razão de débitos antigos,

devendo a companhia utilizar-se dos meios ordinários de

cobrança. (STJ: AgRg no Ag 886502/RS, DJ de 19/12/2007;

REsps nºs 756591/DF, DJ de18/05/06; 772486/RS, DJ de

06/03/06; e 772781/RS, DJ de 10/1005.

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Jurisprudência em torno do corte por inadimplência

-“RECURSO ESPECIAL – ADMINISTRATIVO – INTERRUPÇÃO DO FORNECIMENTO

– CABIMENTO – IMPOSSIBILIDADE DE CORTE POR DÉBITOS PRETÉRITOS.

-(...)

-3. Pretende a COSERN a modificação no julgado que condicionou o fornecimento de

energia elétrica apenas ao pagamento das faturas vincendas. A jurisprudência desta

Corte firmou o entendimento no sentido de que não deve haver a suspensão do

fornecimento de energia elétrica por causa de débitos pretéritos.

-4. O corte de energia elétrica pressupõe o inadimplemento de conta relativa ao mês do

consumo, sendo inviável a suspensão do abastecimento, em razão de débitos antigos.

-5. Para tais casos deve a companhia utilizar-se dos meios ordinários de cobrança pois

não se admite qualquer espécie de constrangimento ou ameaça ao consumidor, nos

termos do art. 42 do Código de Defesa do Consumidor.

-Recursos especiais conhecidos e improvidos” (REsp 909.146⁄RN, Rel. Min. Humberto

Martins, DJU de 04.05.07).

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Jurisprudência em torno do corte por fraude

-“ENERGIA ELÉTRICA. FRAUDE NO MEDIDOR. INADIMPLÊNCIA. SUSPENSÃO

DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. LEGALIDADE.

-I – Conforme remansosa jurisprudência é legítima a interrupção do fornecimento de

energia elétrica em razão da inadimplência do consumidor.

-II – Tal entendimento é perfeitamente aplicável quando esta inadimplência é decorrente

da falta de pagamento de faturas pelo fornecimento de energia não paga pelo usuário

em virtude de fraude no medidor de energia, que sofreu a retirada dos lacres e

adulteração na ligação para reduzir a medição.

-III – A suspensão do fornecimento de energia elétrica pode ocorrer em diversas

hipóteses, inclusive quando, após prévio aviso da concessionária, houver negativa de

pagamento por parte do usuário. Tal convicção encontra assento no art. 6º, § 3º, II, da

Lei n. 8.987/95. Precedentes: REsp nº 363.943/MG, Rel. Min. HUMBERTO GOMES DE

BARROS, DJ de 01/03/2004; REsp nº 628.833/RS, Rel. p/ ac. Min. FRANCISCO

FALCÃO, DJ de 03/11/2004 e REsp n.º 302.620/SP, Relator p/ ac. Min. JOÃO OTÁVIO

DE NORONHA, DJ de 16/02/2004. STJ – AgRg no REsp 841968 / CE – Rel. Min.

Francisco Falção – DJ 01.02.2007 p. 431”

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Jurisprudência em torno do corte por fraude

-“ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL. CORTE NO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA.

IMPOSSIBILIDADE DE SUSPENSÃO. HIPÓTESE DE EXIGÊNCIA DE DÉBITO DECORRENTE DE

RECUPERAÇÃO DE CONSUMO NÃO-FATURADO. ALEGAÇÃO DE DÉBITO PRETÉRITO E FRAUDE NO

MEDIDOR. CONSTRANGIMENTO E AMEAÇA AO CONSUMIDOR. CDC, ART. 42.

-1. A concessionária não pode interromper o fornecimento de energia elétrica por dívida relativa à

recuperação de consumo não-faturado, apurada a partir da constatação de fraude no medidor, em face da

essencialidade do serviço, posto bem indispensável à vida. Entendimento assentado pela Primeira Turma,

no julgamento do REsp n.º 772.489⁄RS, bem como no AgRg no AG 633.173⁄RS.

-2. É que resta cediço que a ’suspensão no fornecimento de energia elétrica somente é permitida quando

se tratar de inadimplemento de conta regular, relativa ao mês do consumo, restando incabível tal conduta

quando for relativa a débitos antigos não-pagos, em que há os meios ordinários de cobrança, sob pena

de infringência ao disposto no art. 42 do Código de Defesa do Consumidor. Precedente: AgRg no Ag nº

633.173⁄RS, Rel. Min. JOSÉ DELGADO, DJ de 02⁄05⁄05.’ (REsp 772.486⁄RS, Primeira Turma, Rel. Min. Francisco

Falcão, DJ de 06.03.2006).

-3. Uma vez contestada em juízo dívida decorrente de suposta fraude no medidor do consumo de energia

elétrica, não há que cogitar em suspensão do fornecimento, máxime quando dispõe a concessionária e

fornecedora dos meios judiciais cabíveis para buscar o ressarcimento que entender pertinente, sob pena

de infringência ao disposto no art. 42, do Código de Defesa do Consumidor.

-4. In casu, o litígio não gravita em torno de inadimplência do usuário no pagamento da conta de energia elétrica

(Lei 8.987⁄95, art. 6.º, § 3.º, II), em que cabível a interrupção da prestação do serviço, por isso que não há cogitar

suspensão do fornecimento de energia elétrica pelo inadimplemento.

-5. Agravo Regimental desprovido” (AgRg no REsp 854.002⁄RS, Rel. Min. Luiz Fux, DJU de 11.06.07).

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Corte por fraude-RESOLUÇÃO No. 456, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2000, DA

ANEEL

-

-- estabeleceu as condições gerais de fornecimento de energia

elétrica

-- substituiu as Portarias DNAEE no 466, de 1997, e no 222, de

1987

-- teve por objetivo central estabelecer as regras que regem o

relacionamento do consumidor com o agente de distribuição de

energia elétrica

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Corte por fraude-RESOLUÇÃO No. 456, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2000, DA

ANEEL

-O art. 72 trata dos casos de procedimentos irregulares cuja responsabilidade

não seja atribuível à concessionária e que tenham provocado faturamento

inferior ao correto ou mesmo ausência de faturamento. Seu inciso IV dispõe

sobre os critérios a serem utilizados pela concessionária para fins de revisão do

faturamento, sem prejuízo da incidência de encargos financeiros e da

cominação de penalidades na prestação do serviço previstas em dispositivos

próprios.

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Corte por fraude-“Art. 72. Constatada a ocorrência de qualquer procedimento

irregular cuja responsabilidade não lhe seja atribuível e que tenha

provocado faturamento inferior ao correto, ou no caso de não ter

havido qualquer faturamento, a concessionária adotará as

seguintes providências:

-I - emitir o “Termo de Ocorrência de Irregularidade”, em

formulário próprio, contemplando as informações necessárias ao

registro da irregularidade, tais como:

-II – promover a perícia técnica, a ser realizada por terceirolegalmente habilitado, quando requerida pelo consumidor;

-III - implementar outros procedimentos necessários à fiel

caracterização da irregularidade;

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Corte por fraude-IV - proceder a revisão do faturamento com base nas diferenças entre os valores efetivamente

faturados e os apurados por meio de um dos critérios descritos nas alíneas abaixo, sem

prejuízo do disposto nos arts. 73, 74 e 90:

-a) aplicação do fator de correção determinado a partir da avaliação técnica do erro de medição

causado pelo emprego dos procedimentos irregulares apurados;

-b) na impossibilidade do emprego do critério anterior, identificação do maior valor de consumo

de energia elétrica e/ou demanda de potência ativas e reativas excedentes, ocorridos em até 12

(doze) ciclos completos de medição normal imediatamente anteriores ao início da irregularidade;

-c) no caso de inviabilidade de utilização de ambos os critérios, determinação dos consumos de

energia elétrica e/ou das demandas de potência ativas e reativas excedentes por meio de

estimativa, com base na carga instalada no momento da constatação da irregularidade,

aplicando fatores de carga e de demanda obtidos a partir de outras unidades consumidoras com

atividades similares.

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Corte por fraude-§ 2º Comprovado, pela concessionária ou consumidor, na forma do art. 78 e

seus parágrafos, que o início da irregularidade ocorreu em período não

atribuível ao atual responsável, a este somente serão faturadas as diferenças

apuradas no período sob responsabilidade do mesmo, sem aplicação do

disposto nos arts. 73, 74 e 90, exceto nos casos de sucessão comercial.

-§ 3º Cópia do termo referido no inciso I deverá ser entregue ao consumidor

no ato da sua emissão, preferencialmente mediante recibo do mesmo, ou,

enviada pelo serviço postal com aviso de recebimento (AR).

-§ 4º No caso referido no inciso II, quando não for possível a verificação no

local da unidade consumidora, a concessionária deverá acondicionar o

medidor e/ou demais equipamentos de medição em invólucro específico, a ser

lacrado no ato da retirada, e encaminhar ao órgão responsável pela perícia.

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Corte por fraude-- A atual regulamentação vem demonstrando certa debilidade dos

mecanismos ora instituídos, por vezes ineficazes ante as inúmeraspossibilidades de irregularidades nos sistemas de medição.

-- Essas brechas facilitam o questionamento, inclusive judicial, por

parte de consumidores fraudadores, com relação aos montantes de

energia a recuperar apurados pelas distribuidoras, o que certamente

dificulta o respectivo ressarcimento, com impacto na composição

das tarifas de fornecimento de energia.

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Corte por fraude-REVISÃO da Resolução no 456, de 2000, da ANEEL

-

-- Formação de grupo de trabalho

-- Realização de audiências públicas

--Elaboração da Nota Técnica no 004/2008-SRC/ANEEL,

de 25 de janeiro de 2008

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Corte por fraude – Res. 414/10- Modelo único de Termo de Ocorrência de Irregularidade – TOI, segundo o

grupo de consumo, no qual estão relacionadas todas as informaçõesnecessárias para descrever a irregularidade constatada.

-- Possibilidade da perícia técnica ser solicitada pela distribuidora e a

necessidade da indicação dos procedimentos complementares que devem ser

realizados por esta de modo a reunir provas inequívocas da irregularidade

constatada.

-- Realização da perícia por órgão metrológico ou instituto de criminaliística

-- Inclusão de mais um critério para proceder à revisão do faturamento

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Corte por fraudeDa Caracterização da Irregularidade e da

Recuperação da ReceitaArt. 129. Na ocorrência de indício de procedimento irregular, a distribuidora

deve adotar as providências necessárias para sua fiel caracterização e

apuração do consumo não faturado ou faturado a menor:

-conjunto de evidências

-a) TOI – Termo de Ocorrência e Inspeção;

b) solicitar perícia técnica, a seu critério, ou quando requerida pelo consumidor

ou por

seu representante legal;

c) relatório de avaliação técnica

d) efetuar a avaliação do histórico de consumo e grandezas elétricas;

e) outros procedimentos (recursos visuais, tais como fotografias e vídeos)

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Corte por fraudeArt. 130. Comprovado o procedimento irregular, para proceder à

recuperação da receita, a distribuidora deve apurar as diferenças

entre os valores efetivamente faturados e aqueles apurados por meio

de um dos critérios descritos nos incisos a seguir:

- medição fiscalizadora

- aplicação do fator de correção por meio de aferição do erro de medição

- média dos três maiores valores de consumo mensais, ocorridos em 12

ciclos de medição regular;

- determinação do consumo por meio da carga instalada, a classe do

consumidor, o tempo médio e a freqüência de utilização da carga;

- utilização dos valores máximos de consumo nos três ciclos

imediatamente interiores à irregularidade.

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Corte por fraudeDa Duração da Irregularidade

Art. 132. O período de duração, para fins de recuperação da receita, no caso

da prática comprovada de procedimentos irregulares ou de deficiência de

medição decorrente de aumento de carga à revelia, deve ser determinado

tecnicamente ou pela análise do histórico dos consumos de energia elétrica e

demandas de potência, respeitados os limites instituídos neste artigo.

§ 1o Na impossibilidade de a distribuidora identificar o período de duração da

irregularidade, mediante a utilização dos critérios citados no caput, o período

de cobrança fica limitado a 6 (seis) ciclos, imediatamente anteriores à

constatação da irregularidade.

§ 2o A retroatividade de aplicação da recuperação da receita disposta no

caput fica restrita à última inspeção nos equipamentos de medição da

distribuidora, não considerados o procedimento de leitura regular ou outros

serviços comerciais e emergenciais.

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Corte por fraudeDa Duração da Irregularidade

Art. 132.

§ 4o Comprovado, pela distribuidora ou pelo consumidor, que o início da

irregularidade ocorreu em período não atribuível ao atual titular da unidade

consumidora, a este somente devem ser faturadas as diferenças apuradas no

período sob sua responsabilidade, sem aplicação do disposto nos arts. 131 e

170, exceto quando ocorrer as seguintes situações, cumulativamente:

I – a distribuidora comprovar a aquisição por parte de pessoa jurídica, à

exceção das pessoas jurídicas de direito público e demais excludentes

definidas na legislação aplicável, por qualquer título, de fundo de comércio ou

estabelecimento comercial, industrial ou profissional; e

II – continuidade na exploração, sob a mesma ou outra razão social, firma ou

nome individual, independentemente da classificação da unidade consumidora.

§ 5o O prazo máximo de cobrança retroativa é de 36 (trinta e seis) meses.

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Corte por fraudeSupensão de fornecimento

Art. 172. A suspensão por inadimplemento, precedida da notificação prevista

no art. 173, ocorre pelo:

I – não pagamento da fatura relativa à prestação do serviço público de

distribuição de energia elétrica;

§ 2o É vedada a suspensão do fornecimento após o decurso do prazo de 90

(noventa) dias, contado da data da fatura vencida e não paga, salvo

comprovado impedimento da sua execução por determinação judicial ou outro

motivo justificável, ficando suspensa a contagem pelo período do impedimento.

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-Demócrito Reinaldo [email protected]