2. A economia de mercado: o hamster impossvel:
https://www.youtube.com/watch?v=a73hjWQRak4 Nenhuma sociedade na
histria foi guiada por uma sede de lucro como a contempornea, que
leva os proprietrios do capital a acumular cada vez mais, criando
cada vez mais falsas necessidades (Daniel Tanuro, in O Impossvel
Capitalismo Verde). O progresso um elevador sem mecanismo de
descida, inteiramente autnomo e cego, donde no sabemos sair, nem
aonde ir parar (Serge Moscovici, in Natureza: para pensar a
ecologia)
3. Nos "top ten"! 2012 desafia La Nia e entra para a lista dos
mais quentes! Um ano que comeou com um evento de La Nia, no
Pacfico, como 2012, deveria ter sido marcado por temperaturas
relativamente mais baixas. No entanto, com o enfraquecimento e
desaparecimento desse fenmeno, as temperaturas globais rapidamente
subiram, e 2012 se aproximou dos anos mais quentes do registro
histrico. 2012 encerrou como o dcimo mais quente desse registro,
iniciado em 1880, 0,57C acima da mdia histrica. o 36 ano
consecutivo em que as temperaturas globais ficaram mais quentes do
que essa mdia (de 1977 para c). Se voc tem 36 anos de idade ou
menos, portanto, voc no teve oportunidade de viver um ano sequer de
sua vida em que as temperaturas globais estivessem abaixo do
"normal". Fonte: oquevocefariasesoubesse.blogspot.com.br
4. 2013 j um dos anos mais quentes da Histria (12.11.2013
Terra) Este ano, 2013, desponta como um dos mais quentes da
histria, de acordo com um relatrio da Organizao Meteorolgica
Mundial (OMM) divulgado nesta tera-feira na Conferncia contra a
Mudana Climtica (COP19), realizado em Varsvia. No documento, a
COP19, inaugurada ontem, revela que a temperatura mdia mundial
entre janeiro e setembro de 2013 foi aproximadamente meio ponto
superior registrada entre 1961 e 1990. O aumento do nvel do mar fez
com que as regies litorneas estejam mais vulnerveis as tempestades,
como se pde comprovar nas Filipinas, cuja regio central ficou
arrasada aps o passagem do tufo Haiyan, que deixou pelo menos dez
mil mortos.
5. 2014 foi o ano mais quente da histria O ano de 2014 foi o
mais quente desde que as temperaturas comearam a ser registradas, h
mais de um sculo. A temperatura da terra ficou 0,69 graus maior e
passou o recorde anterior, de 2010. Os dez anos mais quentes da
histria ocorreram desde 1997, o que os cientistas dizem ser
consequncia das emisses de gases do efeito estufa pelo homem. A
Nasa divulgou uma animao grfica para ilustrar como desde 1980 o
planeta foi ficando mais quente:
https://www.youtube.com/watch?v=K9kga9c0u2I Os cientistas ficaram
surpresos pelo recorde e calor ter acontecido em ano sem o fenmeno
do El Nio que, dizem os cientistas, tem grandes chances de ocorrer
em 2015, o que elevaria ainda mais a temperatura na Terra. Fonte:
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2015/01/2014-foi-o-ano-mais-
quente-da-historia.html
6. Onda de calor mata mais de mil e lota necrotrios no Paquisto
25/06/2015 08h12 - Atualizado em 25/06/2015 11h49 Hospitais pblicos
enfrentam dificuldades para lidar com a situao. Calor coincidiu com
corte na eletricidade e na gua. A pior onda de calor em 35 anos a
atingir a cidade de Karachi, no sul do Paquisto, j matou mais de
mil pessoas, informou uma organizao de caridade nesta quinta-feira
(25), medida que necrotrios comeam a ficar sem espao e hospitais
pblicos enfrentam dificuldades para lidar com a situao. A onda de
calor na cidade de 20 milhes de habitantes coincidiu com cortes nos
fornecimento eletricidade, deixando muitos sem ventilador, gua e
energia, e com o incio do ms sagrado do Ramad, quando muitos
muulmanos no comem ou bebem durante o dia. saiba maisNmero de
mortos por onda de calor no Paquisto chega a 800 Depois de vrios
dias de temperaturas superiores a 40 graus, o clima em Karachi, a
maior cidade do pas, deu uma trgua na quarta-feira (24). A
meteorologia prev temperaturas de 34 graus para esta quinta. Fonte:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/06/onda-de-calor-mata-mais-de-
mil-e-lota-necroterios-no-paquistao.html
7. A humanidade nunca enfrentou um problema cuja relevncia
chegasse perto das mudanas climticas, que vai afetar absolutamente
todos os seres vivos do planeta. No temos um sistema de governana
global para implementar medidas de reduo de emisses e verificao.
Por isso, vai demorar ainda pelo menos algumas dcadas para que o
problema comece a ser resolvido, opinou Paulo Artaxo (USP/IPCC).
Para o pesquisador, a medida mais urgente a reduo das emisses de
gases de efeito estufa compromisso que tem de ser assumido por
todas as naes. A conscincia de que todos habitamos o mesmo barco
muito forte hoje, mas ainda no h mecanismos de governabilidade
global para fazer esse barco andar na direo certa. Isso ter que ser
construdo pela nossa gerao, concluiu. FONTE:
http://agencia.fapesp.br/17944
8. Sinais da Crise - aquecimento global e mudanas climticas O 4
Relatrio de Avaliao das Mudanas Climticas do IPCC (Painel
Intergovernamental de Mudanas Climticas, em sua sigla em ingls), de
fevereiro de 2007, concluiu que o aquecimento do sistema climtico
inequvoco e que suas causas, ligadas emisso de gases do efeito
estufa (GEEs), so antropognicas e no naturais e que seus impactos
sobre a natureza e a sociedade j se fazem sentir. Fatos: o
superaquecimento da terra (cerca de 1C em 1 sculo; causa
antropognica (emissso de GEEs) e desencadeamento de mudanas
climticas.
9. Elevao da temperatura mdia vs. Elevao na emisso de CO2.
10. Elenco de fenmenos climticos e de suas resultantes sobre a
vida no planeta: Acrscimo da temperatura mdia da terra (anos mais
quentes nas ltimas dcadas); Derretimento das geleiras e calotas
polares (vide http://oquevocefariasesoubesse.blogspot.com.br/2013
/01/mais-uma-vez-o-artico.html#more) , a desapario de espcies
(comprometimento das fontes); Enchentes, tornados e furaces com
mais freqncia; Subida do nvel do mar; desaparecimento de ilhas e
faixas costeiras
(http://oquevocefariasesoubesse.blogspot.com.br/2015/07/
por-agua-abaixo.html ); Desertificao (regies ridas e semiridas)
Refugiados climticos (A Cruz Vermelha Internacional, que publicou,
em 2001, o Relatrio Mundial de Desastres, estima a existncia de 25
milhes de refugiados climticos atualmente, com uma projeo de mais
de 200 milhes em 2050).
11. Riscos a que o planeta est sujeito, segundo essas projees
(4. Relatrio): Acrscimo de 1C: O derretimento das geleiras ameaar o
suprimento de gua para 50 milhes de pessoas; cerca de 80% dos
recifes de coral em todo o globo morrero; aumentam os danos
costeiros causados por inundaes e tempestades; Acrscimo de 2C: A
produo de cereais na frica tropical cair at 10%; at 30% das espcies
de seres vivos sero ameaadas de extino e a camada de gelo da
Groenlndia comear a derreter de forma irreversvel; Acrscimo de 3C:
Entre l bilho e 4 bilhes de pessoas a mais enfrentaro falta de gua;
entre l milho e 3 milhes de pessoas a mais morrero de desnutrio e
haver incio do colapso da floresta amaznica;
12. Riscos a que o planeta est sujeito, segundo essas projees
(4. Relatrio): Acrscimo de 4C: As safras de produtos agrcolas
diminuiro entre 15% e 35% na frica e at 80 milhes de pessoas a mais
sero expostas malria no continente; at 40% dos ecossistemas no
mundo sero afetados; Acrscimo de 5C: Grandes geleiras desaparecero;
a elevao do nvel dos oceanos ameaar locais como Londres e Tquio; o
sistema de sade sofrer uma sobrecarga com o aumento do nmero de
casos de afetados.
13. Mudanas climticas aumentam riscos globais de fome, inundaes
e conflitos, alerta IPCC (o 5. Relatrio) . O mais recente relatrio
do Painel Intergovernamental sobre Mudanas Climticas (IPCC)
denominado Mudanas Climticas 2014: Impactos, Adaptao e
Vulnerabilidade afirmou que os efeitos das mudanas climticas, em
sua maior parte, ocorrem pela m preparao para seus riscos. O IPCC,
que foi divulgado nesta segunda-feira (31/03/2014) em Yokohama, no
Japo, detalha os impactos das mudanas climticas at agora, os riscos
futuros e as oportunidades para medidas eficazes de reduzir dos
riscos. Conclui que a resposta s mudanas climticas envolvem fazer
escolhas sobre os riscos em um mundo mudando constantemente.
14. O encolhimento de geleiras, migrao de espcies, diminuio da
produtividade das culturas, aumento de doenas transmitidas por
vetores e aumento de eventos extremos so alguns dos fatores citados
por Rajendra Pachauri, Presidente do IPCC, como evidncia da
necessidade que a comunidade internacional tem de fazer escolhas
para melhor adaptao e diminuio dos efeitos negativos. O mundo tem
que levar a srio este relatrio, porque h implicaes com a segurana
do abastecimento de alimentos, os impactos de eventos extremos na
morbidade e mortalidade, impactos graves e irreversveis sobre
espcies e um risco de cruzar vrios pontos de ruptura por causa do
aumento da temperatura, disse Pachauri, explicando que esses
impactos tambm afetam a segurana humana, podendo provocar
deslocamento da populao em massa ou aumento de conflitos.
15. Mudanas climticas pem em risco segurana hdrica na Amrica do
Sul 5 Relatrio As mudanas climticas j observadas e as projetadas
para as Amricas do Sul e Central colocaro em risco a segurana
hdrica das regies e tero impactos diretos no abastecimento domstico
e industrial e em setores fortemente dependentes de gua, como o de
gerao de energia hidreltrica e a agricultura. O captulo 27 do
documento, que aborda as projees das mudanas climticas paras as
Amricas do Sul e Central, destaca que a vulnerabilidade atual de
abastecimento de gua nas zonas semiridas das duas regies e nos
Andes tropicais dever aumentar ainda mais por causa das mudanas
climticas. E o problema poder ser agravado pela reduo das geleiras
andinas, pela diminuio de chuvas e pelo aumento da evapotranspirao
nas regies semiridas das Amricas do Sul e Central, previstos pelo
IPCC. No Nordeste do Brasil dever cair o rendimento de culturas de
subsistncia para a populao da regio, como feijo, milho e mandioca,
e haver reduo de reas atualmente favorveis para o cultivo de feijo.
FONTE: http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/mudancas-
climaticas/8359-mudancas-climaticas-poem-em-risco-seguranca-hidrica-
na-america-do-sul
17. Aquecimento global, problema dos outros? 16 DE JUNHO DE
2015 Sob um manto de silncio, seca alastra-se por todo Nordeste,
afetando abastecimento de gua, energia e produo de alimentos. Mas
Brasil permanece tmido nas negociaes sobre clima Por Washington
Novaes, na Envolverde inquietante. Ao mesmo tempo que o governo
brasileiro mantm posies tmidas e insuficientes nas negociaes
globais sobre o clima para um novo acordo este ano, internamente
tambm se sucedem crticas sobre iniciativas para enfrentar as graves
questes no nosso territrio. Uma das ltimas d conta de que a
barragem de Sobradinho, no Rio So Francisco, poder ter de recorrer
ao volume morto para abastecer parte da populao do Nordeste
(Estado, 17/5) cenrio que a Agncia Nacional de guas considera de
extrema gravidade. O Operador Nacional do Sistema Eltrico (ONS) j
comunicou ao Ibama que preciso reduzir a vazo na barragem, seno o
volume til pode chegar a zero em setembro. Segundo a Chesf, a
estiagem a pior em 84 anos. Em Alagoas, mais de 100 mil pessoas j
esto sendo socorridas para o abastecimento domstico; no Cear,
agricultores perderam de 80% a 90% das safras de milho e feijo
(remabrasil, 6/5), inclusive porque tiveram de abrir porteiras para
o gado se alimentar
18. Aquecimento global: o Cear no olho do furaco Pelo menos
quatro grandes questes levantadas pelo IPCC tm relao direta com o
Cear, afirma o pesquisador, em entrevista ao O POVO. A primeira o
aumento de temperatura. A segunda, as secas prolongadas. A
terceira, o aumento do volume de enchentes. Por fim, a elevao no
nvel dos oceanos, aponta o Professor Alexandre Arajo Costa, da
UECE. Com o aumento da temperatura, alm de perodos de seca mais
rigorosos e extensos tambm sofreremos aqui no Cear com tempestades
mais intensas. Segundo o pesquisador da Uece, a explicao para esse
fenmeno, aparentemente contraditrio, que com as altas temperaturas,
as nuvens precisam de um volume maior de gua evaporada para se
formar, em decorrncia, demoram mais para estarem carregadas, e,
assim, quando formadas, as nuvens tero uma quantidade maior de gua.
Fonte:
http://www.opovo.com.br/app/opovo/dom/2014/04/05/noticiasjornald
om,3231583/aquecimento-global-o-ceara-no-olho-do-furacao.shtml
19. Distribuio desigual dos riscos e danos: Em ltima instncia,
a mudana do clima uma ameaa para o mundo, como um todo. Mas so os
pobres, aqueles que no tm responsabilidade pelo dbito ecolgico em
que nos encontramos, que se deparam com os custos humanos mais
severos e mais prementes (ONU. PNUD, 2007). o desenvolvimento
desigual e combinado do sistema capitalista que acaba por gerar e
distribuir, tambm de forma desigual e combinada, os impactos
sociais e ambientais das mudanas climticas por todo o planeta. O
consumo e a destruio de recursos da natureza por parte dos ricos
entre as dcadas de 1960 e 1990 dever impor ao longo do sculo 21 uma
perda de US$ 7,4 trilhes da economia de pases de renda per capita
baixa e mdia. A dvida externa dos pases pobres na mesma poca
atingiu US$ 1,7 trilho. GARCIA, RAFAEL. Jornal Folha de So Paulo,
So Paulo, 22.01.2008.
20. Novo estudo confirma o que j havamos debatido em relao
injustia climtica (vide
http://oquevocefariasesoubesse.blogspot.com/2015/01/desigualdade-e-
irracionalidade-marcas.html), ou seja, os pases mais pobres, menos
responsveis pela crise climtica, so os que esto mais expostos e so
mais vulnerveis; os que esto sob maior risco climtico, sob maior
ameaa sua populao, a seus recurso...Ver mais
21. Distribuio desigual dos riscos e danos: Entre 2000 e 2004,
cerca de 262 milhes de pessoas foram afetadas todos os anos por
desastres meteorolgicos: 98% das vtimas viviam em pases em vias de
desenvolvimento. Alguns exemplos: a possiblidade de desapario de
pases insulares no Pacfico Sul, como Tuvalu e as Maldivas; na
Etipia e no Qunia, dois dos pases mais expostos s seca, as crianas
menores de 5 anos tm, respectivamente, 36% e 50% mais
probabilidades de sofrerem de subnutrio, se nascerem em um perodo
de seca. Fonte: O Impossvel Capitalismo Verde, Daniel Tanuro.
22. Impactos sobre o Brasil (4. Relatorio): Amaznia - Se o
avano da fronteira agrcola e da indstria madeireira for mantido nos
nveis atuais, a cobertura florestal poder diminuir dos atuais 5,3
milhes de km2 (85% da rea original) para 3,2 milhes de km2 em 2050
(53% da cobertura original). O aquecimento global vai aumentar as
temperaturas na regio amaznica, e pode deixar o clima mais seco,
provocando a savanizao da floresta. O aquecimento observado pode
chegar at 8C no cenrio pessimista A2. Os nveis dos rios podem ter
quedas importantes e a secura do ar pode aumentar o risco de
incndios florestais;
23. Semi-rido - As temperaturas podem aumentar de 2C a 5C no
Nordeste at o final do sculo XXI. A Caatinga ser substituda por uma
vegetao mais rida. O desmatamento da Amaznia pode deixar o
semi-rido mais seco. Com o aquecimento a evaporao, aumenta e a
disponibilidade hdrica diminui. O clima mais quente e seco poderia
levar a populao a migrar para as grandes cidades da regio ou para
outras regies, gerando ondas de refugiados ambientais; Zona
Costeira - O aumento do nvel do mar vai trazer grandes prejuzos ao
litoral. Construes beira-mar podero desaparecer, portos podero ser
destrudos e populaes teriam que ser remanejadas. Sistemas precrios
de esgoto entraro em colapso. Novos furaces podero atingir a costa
do Brasil;
24. Recursos hdricos - A reduo de chuvas e a diminuio da vazo
nos rios vo limitar os esgotos e o transporte fluvial. Poder haver
transbordamento de estaes de tratamento e de sistemas de sanitrio.
A gerao de energia ficar comprometida com a falta de chuvas e altas
taxas de evaporao devido ao aquecimento, em algumas regies; Grandes
cidades - Regies metropolitanas ainda mais quentes, com mais
inundaes, enchentes e desmoronamentos em reas principalmente nas
encostas de morro;
-------------------------------------------------------------------
PRINCIPAIS PONTOS DO 5. RELATRIO DO IPCC PARA REDUZIR EMISSES DE
CO2: http://www.ecodebate.com.br/2014/04/15/conheca-os-
principais-pontos-do-relatorio-do-ipcc-para-reduzir-
emissoes-de-co2/
25. Brasil entra, definitivamente, no cenrio mundial das
mudanas climticas Nicole, 21/07/2015 O Brasil est experimentando
uma variedade indita de eventos climticos radicais nos ltimos
meses: tornados no Sul, seca no Sudeste e chuvas torrenciais no
Norte, contando ainda com alternncias de temperaturas atpicas para
o calendrio, registrando frio no vero e calor do inverno. S nas
ltimas semanas, nos estados do Paran, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul, a combinao de chuva bem acima dos 100 milmetros numa nica
ocorrncia, ventos de mais de 110 km/h e granizo do tamanho de uma
laranja provocaram estragos nas cidades e no campo, deixando
centenas de pessoas desabrigadas e muitas at machucadas e levando
pnico para as regies afetadas. A cada ano, as mudanas climticas
esto se intensificando e aumentando o grau de destruio. E mais: Os
eventos radicais do clima esto acontecendo em regies onde nunca
houve esse tipo de registro, o que deve servir para acender o
alerta vermelho para todos ns, afirma a diretora da 350.org Brasil,
Nicole Figueiredo de Oliveira.
http://world.350.org/fracking-brasil/2015/07/21/brasil-entra-
definitivamente-no-cenario-mundial-das-mudancas-climaticas/
26. A ao dos negacionistas, ou negadores das mudanas climticas:
James Hansen: Interesses Particulares tm bloqueado a transio em
direo a um futuro de energias renovveis. Em vez de investir
massivamente em energias renovveis as empresas que exploram os
combustveis fsseis optaram por lanar dvidas sobre a mudana
climtica, tal qual fizeram as empresas de tabaco que procuram
desacreditar a ligao entre tabagismo e cncer. Os dirigentes de
empresas que exploram energias fsseis sabem o que fazem e so
conscientes das conseqncias a longo prazo. Na minha opinio, esses
patres deveriam ser processados por crimes contra a humanidade e a
natureza.
27. Sinais da crise escassez de gua O planeta est a enfrentar
escassez de gua global devido extrao de aquferos insubstituveis, os
quais constituem a maior parte do abastecimento de gua fresca do
mundo. Isto coloca uma ameaa agricultura global, a qual tornou- se
uma economia bolha baseada na explorao insustentvel das guas
subterrneas. Uma em cada quatro pessoas no mundo de hoje no tem
acesso a gua potvel (Bill McKibben, New York Review of Books,
25/Setembro/2003). Veja tambm em:
http://www.rede.tripoli.com.br/profiles/blogs/escass
ez-de-gua-dimens-es-da-crise
28. mapa e relatrio elaborados pelo International Water
Managment Institute O relatrio Avaliao Compreensiva do
Gerenciamento de gua em Agricultura do IWMI afirma que um tero da
populao mundial sofre com algum tipo de escassez de gua. Segundo o
relatrio e o mapa existem dois tipos de escassez de gua. A escassez
econmica ocorre devido falta de investimento e caracterizada por
pouca infraestrutura e distribuio desigual de gua. A escassez fsica
ocorre quando os recursos hdricos no conseguem atender demanda da
populao. Regies ridas so as mais associadas com a escassez fsica de
gua.
29. OMS: 748 milhes de pessoas no tm acesso a gua potvel no
planeta (http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/n
oticia/2014-11/oms-748-milhoes-de-pessoas-nao-
tem-acesso-agua-potavel-no-planeta ) No basta banho curto, nem reza
para So Pedro: http://oquevocefariasesoubesse.blogspot.com.br/2
014/12/em-intervencao-realizada-na-praca- do.html#more
30. Sinais da crise extino das espcies A extino de espcies a
mais elevada em 65 milhes de anos, com a perspectiva de extines
progressivas medida que forem removidos os ltimos remanescentes dos
ecossistemas intactos . A taxa de extino j est a aproximar-se 1000
vezes da "referncia" ("benchmark") ou taxa natural ( Scientific
American, Setembro/2005). Cientistas localizaram 25 pontos quentes
sobre a terra que representam 44 por cento de todas as espcies de
plantas vasculares e 35 por cento de todas as espcies em quatro
grupos vertebrados, embora ocupem apenas 1,4 por cento da superfcie
da terra mundial. Todos este pontos quentes esto agora ameaados de
aniquilao rpida devido a causas humanas ( Nature,
24/Fevereiro/2000).
31. Aquecimento global coloca espcies em risco de extino As
implicaes negativas do comportamento do ser humano nos habitats das
espcies so evidentes: 21% de todos os mamferos, 29%de anfbios, 12%
das aves, 35% das rvores conferas e cicadfitas, 17% dos tubares e
27% dos recifes do coral esto em risco de desaparecer. Os coalas,
alerta a IUCN, so uma espcie muito sensvel, devido s necessidades
alimentares muito especficas. O eucalipto a sua nica forma de
alimento, mas as folhas dessa rvore tm perdido capacidade nutritiva
com o aumento da concentrao de CO2. O resultado ser a extino por
falta de alimento. Na Antrtida, a situao dos pinguins-imperador
igualmente preocupante, devido espessura da camada de gelo sazonal
que tem vindo a diminuir. O aquecimento global tambm tem impacto
nas temperaturas dos oceanos. Os corais, por exemplo, so dos mais
prejudicados.
32. Sinais da crise poluio do ar Poluio do ar mata mais que
Aids e Malria juntas, afirma rgo da ONU (estudo realizado pela OMS,
que avaliou a qualidade do ar de 1,1 mil cidades em 95 pases, todas
com mais de 100 mil habitantes.) A poluio do ar tem causado mais
mortes do que doenas graves, como o HIV e a malria juntas", afirmou
o diretor geral da Organizao para o Desenvolvimento Industrial
(Unido), Kandeh Yumkella, em uma conferncia da ONU ocorrida em
Oslo, na Noruega, em abril de 2013. Em 2011, a Aids matou 1,7 milho
de pessoas, enquanto 660 mil morreram com malria. A Organizao
Mundial de Sade (OMS) aponta que 6,8 milhes de pessoas morrem
anualmente devido a complicaes relacionadas poluio do ar.
33. Sinais da crise quebra da capacidade regenerativa da Terra
De acordo com um estudo publicado em 2002 pela National Academy of
Sciences, a economia mundial excedeu a capacidade regenerativa da
terra em 1980 e em 1999 ultrapassou-a em 20 por cento. Isto
significa, segundo os autores do estudo, que "seriam precisas 1,2
terras, ou uma terra por cada 1,2 anos, para regenerar o que a
humanidade utilizou em 1999" (Matthis Wackernagel, et. al,
"Tracking the Ecological Overshoot of the Human Economy,"
Proceedings of the National Academy of Sciences,
09/Julho/2002).
34. Por Juliana Guarexick 13/08/20152 Chegamos ao limite Mais
uma vez, foram menos de oito meses para que a humanidade utilizasse
todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. 13 de
agosto o Dia de Sobrecarga da Terra, conhecido em ingls como
Overshoot Day. A data marca como a demanda anual sobre a natureza
vai alm do que o planeta pode regenerar durante um ano. O clculo
feito pela Global Footprint Network (GFN), organizao internacional
pela sustentabilidade, parceira global da Rede WWF, que monitora a
Pegada Ecolgica das cidades do mundo inteiro. Desde 2000, a data
tem surgido cada vez mais cedo: de 1 de outubro em 2000 a 13 de
agosto em 2015. Fonte:
http://www.envolverde.com.br/1-1-canais/chegamos- ao-limite/
35. Os dados da GFN apontam que a quantidade de emisso de CO
compe mais da metade da demanda sobre a natureza. Os custos deste
excesso ecolgico esto se tornando cada dia mais evidente com o
desmatamento, a seca, a escassez de gua doce, a eroso do solo, a
perda de biodiversidade e o acmulo de dixido de carbono na
atmosfera. Este ltimo uma preocupao constante por conta das mudanas
climticas. Sozinha, a pegada de carbono da humanidade mais do que
duplicou entre 1961 e 1973, quando o mundo entrou em Overshoot
(ultrapassagem) ecolgico (a). Continua a ser o componente de maior
crescimento do fosso crescente entre a Pegada Ecolgica e a
biocapacidade do planeta, afirma Mathis Wackernagel, presidente da
Global Footprint Network.
36. O que Pegada Ecolgica? A Pegada Ecolgica uma metodologia de
contabilidade ambiental que permite avaliar a demanda humana por
recursos naturais, com a capacidade regenerativa do planeta. A
Pegada Ecolgica de uma pessoa, cidade, pas ou regio corresponde ao
tamanho das reas produtivas de terra e mar necessrias para gerar
produtos, bens e servios que utilizamos. Ela mede a quantidade de
recursos naturais biolgicos renovveis (gros, vegetais, carne,
peixes, madeira e fibra, energia renovvel entre outros) que estamos
utilizando para manter o nosso estilo de vida. globais por
habitante, indicando que o consumo mdio de reA Pegada Ecolgica do
Brasil de 2,9 hectares cursos ecolgicos do cidado brasileiro bem
prximo da mdia mundial (2,7 hectares globais por habitante). Isso
significa que se todas as pessoas do planeta consumissem como o
brasileiro, seria necessrio 1,6 planeta para sustentar esse estilo
de vida. A mdia mundial de 1,5 planeta. Ou seja, estamos consumindo
50% alm da capacidade anual do planeta. Fonte:
http://www.envolverde.com.br/1-1-canais/chegamos-ao-limite/
37. O carter da crise planetria e sua superao Morin e Kern
(2005, p. 94), ainda na dcada de 90, do sculo passado, ao analisar
a agonia planetria conceituam o estado da arte da Terra-Ptria e da
Humanidade-comunidade de destino como policrise ou conjunto
policrstico, num entrelaamento das crises do desenvolvimento, da
modernidade e das sociedades; uma crise civilizatria, portanto. A
crise do sistema capitalista: de seus valores, de seu modo de
produo, de seu modelo de desenvolvimento, de seu modo de vida
(JATM).
38. Nas palavras de Jorge Richman: El choque de las sociedades
industriales contra los lmites de la biosfera que se est
produciendo en nuestro tiempo, que es un acontecimiento de
dimensiones casi inimaginables, tiene una fuerza motora detrs: es
la acumulacin de capital. Na concepo de Daniel Tanuro: A chamada
crise ecolgica consiste numa crise histrica na relao entre a
humanidade e o meio ambiente. A sua causa fundamental a superproduo
de mercadorias que acarreta um aumento crescente da acumulao de
riquezas e do superconsumo por um lado; e, por outro lado, um
aumento crescente da acumulao da pobreza e de subconsumo.
39. A crise da civilizao do capital engendra a um s tempo: 1. A
destruio acelerada das bases naturais que sustentam a vida em nosso
planeta 2, Uma desigualdade social cada vez mais abissal entre uma
oligarquia global- cuja renda de seus 500 mais ricos supera a dos
416 milhes mais pobres e os mais de 1 bilho de humanos que
sobrevivem com menos de 1 dlar por dia; 2. A destruio acelerada das
bases naturais que sustentam a vida em nosso planeta.
40. Oxfam: Em 2016, 1% mais ricos tero mais dinheiro que o
resto do mundo Um estudo divulgado nesta segunda-feira 19 pela ONG
britnica Oxfam afirma que, em 2016, as 37 milhes de pessoas que
compem o 1% mais rico da populao mundial tero mais dinheiro do que
os outros 99% juntos. No estudo divulgado nesta segunda, a Oxfam
extrapolou os dados para o futuro e indica que em 2016 o 1% mais
rico ter mais de 50% dos bens e patrimnios existentes no mundo. Ns
realmente queremos viver em um mundo no qual o 1% tem mais do que
ns todos juntos?, questionou Winnie Byanyima, diretora-executiva da
Oxfam e co-presidente do Frum Econmico Mundial.
http://www.cartacapital.com.br/economia/oxfam-em-
2016-1-mais-ricos-terao-mais-dinheiro-que-resto-do-
mundo-8807.html
41. Manifesto Ecossocialista Internacional: o atual sistema
capitalista no pode regular, muito menos superar, as crises que
deflagrou. Ele no pode resolver a crise ecolgica porque faz-lo
implica em colocar limites ao processo de acumulao uma opo
inaceitvel para um sistema baseado na regra cresa ou morra (Lwy,
2005, p. 86).
42. Alm desse paradoxo a imposio de limites a um sistema, cuja
lgica o crescimento sem limites, da o surgimento do atualssimo
debate sobre decrescimento, sero encontradas, pelo menos, mais duas
outras grandes contradies entre o ethos do sistema produtor de
mercadorias e os processos ecolgicos naturais: a apropriao privada
da natureza vista apenas como recurso natural e sua incorporao como
mercadoria, o que s possvel se ela se tornar escassa.
43. Qualquer economia se resume, em ltima anlise, a uma
economia do tempo, disse Marx. Afirmar a necessidade de produzir e
consumir menos, exigir um tempo para se viver, e para se viver
melhor. Significa abrir um debate de sociedade fundamental sobre o
controle do tempo social, sobre o que necessrio e para que, porque,
e em que quantidades. Significaria despertar o desejo coletivo de
um mundo sem guerras, onde se trabalhasse menos e de outra maneira,
onde se polusse menos, onde se desenvolvessem as relaes sociais, se
melhorasse substancialmente o bem- estar, a sade pblica, a educao e
a participao democrtica. Um mundo onde os produtores associados
reaprendessem a dialogar coletivamente com a natureza (...) Este
mundo ser infinitamente menos ftil, menos estressado, menos
apressado numa palavra: mais rico. Daniel Tanuro, em O Impossvel
Capitalismo Verde. Man:
https://www.youtube.com/watch?v=WfGMYdalClU