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AVALIAÇÃO DO IMPACTO ANTROPOGÊNICO NA ZONA COSTEIRA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL RAQUEL DEZIDÉRIO SOUTO RIO DE JANEIRO, 2005

Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

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AVALIAÇÃO DO IMPACTO ANTROPOGÊNICO

NA ZONA COSTEIRA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIRO, BRASIL

RAQUEL DEZIDÉRIO SOUTO

RIO DE JANEIRO, 2005

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Errata

Anexo I – quadro 42 (página 100) – Indicador: Coeficiente de Suficiência de Docentes

Onde lê-se ÍNDICE (docentes/matrículas), leia ÍNDICE (docentes/habitantes).

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RESUMO

Com a crescente preocupação com o desenvolvimento saudável das sociedades

em harmonia com o meio, o homem passou a organizar-se e a se esforçar em

criar mecanismos de acompanhamento e controle dos processos induzidos por

atividades antrópicas na Zona Costeira (ZC). O conhecimento acerca da ecologia

e da dinâmica costeiras passou a ser informação referencial para a tomada de

decisões públicas a fim de que o crescimento e a expansão das sociedades sejam

sustentáveis. Nesse âmbito, surge o Gerenciamento Costeiro Integrado como

Ciência cujo objetivo é o de reconhecer a costa e suas características,

compreender sua evolução e criar mecanismos de controle da qualidade da ZC,

garantindo qualidade de vida à população que vive em tais zonas. Uma das

ferramentas utilizadas para levantar o estado da ZC é a estatística paramétrica,

onde as características da ZC e as forças que atuam nela são representadas por

parâmetros. De posse dos parâmetros, são então concebidos os indicadores,

utilizados para fornecer informações a respeito de organizações complexas. O

grau de importância dos parâmetros é distinguido por atribuição de pesos às

medidas obtidas, resultando nos valores dos índices de cada indicador. Os

estudos desenvolvidos com relação a indicadores de sustentabilidade têm

demonstrado que a escolha dos mesmos deve-se ao reconhecimento das

principais forças atuantes como pressão no ecossistema e que, assim, os

conjuntos de indicadores variam entre diferentes regiões. No entanto, os

indicadores possuem características comuns, sendo a mais notória a clareza

para transmissão de informações. Como instrumento importante nas análises

ambientais e, principalmente na disponibilização dos resultados, os Sistemas de

Informação Geográfica foram consagrados pela comunidade científica devido ao

seu grande poder de síntese e cruzamento de informações e sua capacidade em

trabalhar com dados georeferenciados. O presente trabalho tem como finalidade

analisar os parâmetros referentes aos 34 municípios costeiros, dentro das 6

dimensões do Desenvolvimento Sustentável apresentada por Sachs – espacial,

cultural, econômica, ecológica, social e política. Para cada município serão

então calculados os polígonos de impacto antrópico, onde a influência de cada

uma das dimensões analisadas estará representada. Como produto final gerou-

se um mapa digital, classificando cada município quanto ao grau de impacto

antrópico em alto, médio ou baixo impacto.

Palavras-chave: Zona Costeira, impacto antropogênico, desenvolvimento sustentável.

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ABSTRACT

With the increasing concern with the healthful development of the societies in

harmony with the environment, the man started to organize itself and to

strengthen itself in creating mechanisms of accompaniment and control of the

processes induced by anthropogenic activities at Coastal Zone (CZ). The

knowledge about coastal ecology and about coastal dynamics has passed to be

referential information for taking public decisions with the objective of growth

and expansion of the societies in a sustainable way. In this scope, the Integrated

Coastal Management appears as Science whose objective is to recognize the

coast and its characteristics, to understand its evolution and to create

mechanisms of control of the quality of the CZ, guaranteeing quality of life to

the population that lives in such zones. One of the used tools to raise the state of

the CZ is the parametric statistics, where the characteristics of the CZ and the

forces that act in it are represented by parameters. Of ownership of the

parameters, the indicators are conceived and used to supply information

regarding complex organizations. The degree of importance of the parameters is

distinguished by attribution from weights to the gotten measures, resulting in

the values of the indices of each indicator. The studies developed with regard to

sustainability indicators have demonstrated that the choice of the same ones is

done through the recognition of the main operating forces as pressure in the

ecosystem and thus, the sets of indicators vary between different regions.

However, the indicators possess common characteristics, being the most well-

known, the clarity for transmission of information. As important instrument in

environment analyses and, mainly in the availability of the results, the

Geographic Information System has been considered by the scientific

community because its great power of synthesis and crossing of information and

its capacity in working with georeferenced data. The present work has as

purpose to analyze the referring parameters to the 34 coastal cities, inside of

the 6 dimensions of the Sustainable Development presented by Sachs - space,

cultural, economic, ecological, social and political. So, the polygons of

anthropogenic impact will be calculated for each city, where the influence of

each one of the analyzed dimensions will be represented. As end product, a

digital map will be presented, representing the classification of the degree of

anthropogenic impact in high, medium and low impact.

Keywords: Coastal Zone, anthropogenic impacts, sustainable development.

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SUMÁRIO

Resumo .................................................................................................................................. ii

Abstract ................................................................................................................................. iii

Lista de figuras ..................................................................................................................... vii

Lista de quadros .................................................................................................................... ix

Lista de anexos .................................................................................................................... xiii

1 Apresentação ........................................................................................................................ 1

2 Objetivos .............................................................................................................................. 2

2.1 Objetivo geral ......................................................................................................... 2

2.2 Objetivos específicos .............................................................................................. 2

3 Fundamentação teórica ...................................................................................................... 3

3.1 A Zona Costeira ...................................................................................................... 3

3.2 Problemas de origem antrópica encontrados na Zona Costeira .............................. 3

3.2.1 Conflitos pelo uso do espaço ................................................................... 4

3.2.2 Ineficácia dos modelos e inadequação dos dados .................................... 4

3.2.3 Atividades humanas que comprometem a integridade

dos ecossistemas ............................................................................................... 5

3.2.3.1 Agricultura e pecuária ............................................................... 6

3.2.3.2 Extrativismo vegetal e silvicultura ............................................ 6

3.2.3.3 Pesca, aqüicultura e maricultura ................................................ 7

3.2.3.4 Atividades industriais................................................................. 9

3.2.3.5 Expansão imobiliária ................................................................. 9

3.3 O Gerenciamento Costeiro Integrado ..................................................................... 9

3.3.1 O Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro ................................ 12

3.3.2 O Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC) ........................ 12

3.3.2.1 Princípios do PNGC .................................................................13

3.3.2.2 Objetivos do PNGC .................................................................14

3.3.2.3 Área de abrangência do PNGC ............................................... 15

3.3.2.4 Instrumentos de gestão do PNGC ........................................... 16

3.3.3 O Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro II (PNGC II) ............... 18

3.3.4 O Programa Estadual de Gerenciamento Costeiro (Gerco/RJ) ............. 18

3.4 O Desenvolvimento Sustentável ........................................................................... 21

3.4.1 Dimensões do Desenvolvimento Sustentável ....................................... 24

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3.4.2 Indicadores ............................................................................................ 25

3.4.2.1 Definições de indicadores ...................................................... 25

3.4.2.2 Características dos indicadores .............................................. 25

3.4.3 Indicadores de sustentabilidade ............................................................. 26

3.4.3.1 Tipos de indicadores de sustentabilidade ............................... 26

3.4.3.2 Experiências com uso de indicadores .................................... 27

3.5 Análise ambiental ................................................................................................. 29

3.5.1 Paisagens ............................................................................................... 29

3.5.1.1 Definições de paisagem ......................................................... 29

3.5.1.2 Características das paisagens ................................................. 30

3.5.1.3 Propriedades das paisagens .................................................... 30

3.5.1.4 Regionalização das paisagens ................................................ 31

3.5.1.5 Unidade geoecológica territorial ............................................ 31

3.5.1.6 Formas de geração de unidades territoriais ............................ 31

3.5.1.7 Ecologia das paisagens .......................................................... 32

3.5.1.8 Dinâmica das paisagens ......................................................... 32

3.6 Sistemas de Informação Geográfica (SIG) como ferramenta para a análise

ambiental ................................................................................................................... 34

3.6.1 Categorias de Geossistemas ................................................................. 34

3.6.2 Sistemas de Informação Geográfica ..................................................... 34

3.6.2.1 Definição de SIG ................................................................... 35

3.6.2.2 Componentes do SIG ............................................................ 36

3.6.2.3 Ferramentas para análise de múltiplos mapas ....................... 36

3.6.3 Importância dos SIGs na análise ambiental ......................................... 38

3.6.4 Limitações do Geoprocessamento como ferramenta

na análise ambiental ...................................................................................... 39

4 Área de estudo .................................................................................................................... 40

4.1 Geomorfologia ...................................................................................................... 42

4.2 Vegetação .............................................................................................................. 44

4.3 Climatologia e Meteorologia ................................................................................ 45

4.4 Oceanografia ......................................................................................................... 45

4.5 Municípios costeiros ............................................................................................. 49

5 Metodologia ........................................................................................................................ 63

5.1 Levantamento bibliográfico ...................................................................................63

5.2 Formulação de perguntas de pesquisa ....................................................................63

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5.3 Formulação de hipóteses ........................................................................................64

5.4 Parâmetros e indicadores escolhidos ......................................................................64

5.5 Modelo relacional do banco de dados BD_Rio ......................................................67

5.6 Modelo de análise – média ponderada ...................................................................69

5.7 Classificação e mapeamento temático ....................................................................70

5.8 Polígonos de impacto .............................................................................................71

5.9 Disponibilização dos resultados .............................................................................71

6 Resultados e discussão ........................................................................................................72

6.1 Índices das dimensões e Índice Geral de Impacto Antropogênico ........................72

6.2 Índices temáticos ....................................................................................................72

6.3 Correlação entre índices .........................................................................................73

6.4 Mapas temáticos .....................................................................................................73

6.5 Polígonos de impacto antropogênico .....................................................................77

7 Considerações finais ........................................................................................................... 78

8 Referências bibliográficas ................................................................................................. 80

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LISTA DE FIGURAS

CapaPraia de Ipanema e do Leblon(fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/imagem:Leblon_and_Ipanema.jpg)

Figura 1 Delimitação política do estado do Rio de Janeiro ...................................... 40

Figura 2Regiões de Governo e Microregiões Geográficas do Estado do Rio de Janeiro......................................................................................................... 41

Figura 3 Microregiões segundo a classificação do IBGE ........................................ 41

Figura 4 Domínios tectono-magmáticos do estado do Rio de Janeiro e áreas adjacentes ................................................................................................... 42

Figura 5Distribuição das isolinhas de mesma profundidade presentes na costa do Rio de Janeiro ............................................................................................ 47

Figura 6 Distribuição das diferentes massas d’água presentes na costa do Rio de Janeiro ........................................................................................................ 47

Figura 7 Mapa do município de Macaé .................................................................... 49

Figura 8 Mapa do município de Carapebus .............................................................. 49

Figura 9 Mapa do município de Quissamã ............................................................... 50

Figura 10 Mapa do município de Campos ................................................................. 50

Figura 11 Mapa do município de São João da Barra ................................................. 51

Figura 12 Mapa do município de São Francisco de Itabapoana ................................. 51

Figura 13 Mapa do município de Saquarema ............................................................ 52

Figura 14 Mapa dos municípios de Araruama e Iguaba Grande ................................ 52

Figura 15 Mapa dos municípios de São Pedro d´Aldeia e Arraial do Cabo .............. 53

Figura 16 Mapa dos municípios de Cabo Frio e Armação dos Búzios ...................... 53

Figura 17 Mapa do município de Casimiro de Abreu ................................................ 54

Figura 18 Mapa do município de Rio das Ostras ....................................................... 54

Figura 19 Mapa do município do Rio de Janeiro ....................................................... 55

Figura 20 Mapa do município de Nova Iguaçu .......................................................... 55

Figura 21 Mapa dos municípios de Belford Roxo, São João de Meriti e Nilópolis.... 56

Figura 22 Mapa do município de Duque de Caxias ................................................... 56

Figura 23 Mapa do município de Magé ..................................................................... 57

Figura 24 Mapa do município de Guapimirim............................................................ 57

Figura 25 Mapa do município de São Gonçalo .......................................................... 58

Figura 26 Mapa do município de Itaboraí .................................................................. 58

Figura 27 Mapa do município de Niterói ................................................................... 59

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Figura 28 Mapa do município de Maricá ................................................................... 59

Figura 29 Mapa do município de Paraty .................................................................... 60

Figura 30 Mapa do município de Angra dos Reis ...................................................... 60

Figura 31 Mapa do município de Mangaratiba .......................................................... 61

Figura 32 Mapa do município de Itaguaí ................................................................... 61

Figura 33 Mapa dos municípios de Seropédica, Queimados e Japeri ........................ 62

Figura 34 Modelo lógico do banco de dados BD_Rio ............................................... 69

Figura 35Mapa temático do Índice Geral de Impacto Antropogênico (IGIA) para os municípios do estado do Rio de Janeiro .................................................... 76

Figura 36Polígono de impacto antropogênico geral comparando os valores de IGIA dos 34 municípios ...................................................................................... 77

Figura 37 Mapa do Índice Geral de Impacto Antropogênico (IGIA) ....................... 106

Figura 38 Mapa do índice de impacto na dimensão espacial ................................... 106

Figura 39 Mapa do índice de impacto da urbanização ............................................. 107

Figura 40 Mapa do índice de impacto em áreas preservadas ................................... 107

Figura 41 Mapa do índice de impacto pelo uso do solo ........................................... 108

Figura 42 Mapa do índice de impacto na dimensão cultural .................................... 108

Figura 43 Mapa do índice de impacto em bens histórico-culturais .......................... 109

Figura 44 Mapa do índice de impacto na dimensão econômica ............................... 109

Figura 45 Mapa do índice de impacto no emprego e renda ..................................... 110

Figura 46 Mapa do índice de impacto no PIB........................................................... 110

Figura 47 Mapa do índice de impacto na pesca ....................................................... 111

Figura 48 Mapa do índice de impacto nas empresas ................................................ 111

Figura 49 Mapa do índice de impacto na dimensão ecológica ................................. 112

Figura 50 Mapa do índice de impacto na modificação da paisagem ........................ 112

Figura 51 Mapa do índice de impacto na dimensão social ....................................... 113

Figura 52 Mapa do índice de impacto na saúde ....................................................... 113

Figura 53 Mapa do índice de impacto no saneamento ............................................. 114

Figura 54 Mapa do índice de impacto na educação ................................................. 114

Figura 55 Mapa do índice de impacto na habitação ................................................. 115

Figura 56 Mapa do índice de impacto na segurança ................................................ 115

Figura 57 Mapa do índice de impacto na dimensão política .................................... 116

Figura 58 Mapa do índice de impacto na administração pública ............................. 116

Figura 59 Polígono de impacto antropogênico geral ................................................ 117

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Figura 60 Polígono de Angra dos Reis ..................................................................... 118

Figura 61 Polígono Araruama .................................................................................. 118

Figura 62 Polígono Armação dos Búzios ................................................................. 118

Figura 63 Polígono Arraial do Cabo ........................................................................ 118

Figura 64 Polígono Belford Roxo ............................................................................ 118

Figura 65 Polígono Cabo Frio .................................................................................. 118

Figura 66 Polígono Campos dos Goytacazes .......................................................... 119

Figura 67 Polígono Carapebus ................................................................................. 119

Figura 68 Polígono Casimiro de Abreu .................................................................... 119

Figura 69 Polígono Duque de Caxias ....................................................................... 119

Figura 70 Polígono Guapimirim............................................................................... 119

Figura 71 Polígono Iguaba Grande .......................................................................... 119

Figura 72 Polígono Itaboraí ...................................................................................... 120

Figura 73 Polígono Itaguaí ....................................................................................... 120

Figura 74 Polígono Japeri ........................................................................................ 120

Figura 75 Polígono Macaé ....................................................................................... 120

Figura 76 Polígono Magé ......................................................................................... 120

Figura 77 Polígono Mangaratiba .............................................................................. 120

Figura 78 Polígono Maricá ....................................................................................... 121

Figura 79 Polígono Nilópolis ................................................................................... 121

Figura 80 Polígono Niterói ....................................................................................... 121

Figura 81 Polígono Nova Iguaçu ............................................................................. 121

Figura 82 Polígono Paraty ........................................................................................ 121

Figura 83 Polígono Queimados ................................................................................ 121

Figura 84 Polígono Quissamã .................................................................................. 122

Figura 85 Polígono Rio das Ostras ........................................................................... 122

Figura 86 Polígono Rio de Janeiro ........................................................................... 122

Figura 87 Polígono São Francisco de Itabapoana .................................................... 122

Figura 88 Polígono São Gonçalo ............................................................................. 122

Figura 89 Polígono São João da Barra ..................................................................... 122

Figura 90 Polígono São João de Meriti .................................................................... 123

Figura 91 Polígono São Pedro da Aldeia ................................................................. 123

Figura 92 Polígono Saquarema ................................................................................ 123

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Figura 93 Polígono Seropédica .................................................................................123

Figura 94 Correlação entre urbanização e cobertura por Mata Atlântica ................. 124

Figura 95 Correlação entre urbanização e cobertura por lavoura permanente ......... 124

Figura 96Correlação entre cobertura por Mata Atlântica e cobertura por lavoura permanente ............................................................................................... 125

Figura 97Correlação entre tombamento de bens histórico-culturais e despesas municipais por função de Educação e Cultura ......................................... 125

Figura 98 Correlação entre emprego e renda e segurança ........................................ 126

Figura 99Correlação entre participação das empresas na economia municipal e estabelecimentos hoteleiros ..................................................................... 126

Figura 100 Correlação entre pesca e emprego e renda ............................................... 127

Figura 101 Correlação entre urbanização e aqüicultores ........................................... 127

Figura 102 Correlação entre urbanização e pescadores ............................................. 128

Figura 103 Correlação entre urbanização e modificação da paisagem ...................... 128

Figura 104 Correlação entre urbanização e cobertura por campo/ pastagem ............. 129

Figura 105 Correlação entre urbanização e áreas degradadas .................................... 129

Figura 106Correlação entreesgotamento sanitário e mortalidade por doenças trnsmissíveis ............................................................................................. 130

Figura 107Correlação entre intensidade da pobreza (linha de R$ 37,75) e mortalidade infantil ...................................................................................................... 130

Figura 108Correlação entre intensidade da pobreza (linha de R$ 75,50) e mortalidade infantil ...................................................................................................... 131

Figura 109 Correlação entre esgotamento sanitário e mortalidade infantil ................ 131

Figura 110 Correlação entre saneamento e saúde ...................................................... 132

Figura 111Correlação entre densidade demográfica e população em aglomerados subnormais ............................................................................................... 132

Figura 112 Correlação entre urbanização e aglomeração subnormal ......................... 133

Figura 113Correlação entre despesas municipais por função de saúde e saneamento e saneamento ............................................................................................... 133

Figura 114Correlação entre despesas municipais por função de Segurança Nacional e Defesa Pública e homicídios .................................................................... 134

Figura 115Correlação entre eficiência do esgotamento sanitário e esperança de vida ao nascer ....................................................................................................... 134

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Divisão da costa fluminense em setores para fins do GERCO/RJ ................ 20

Quadro 2 Exemplos de indicadores físico-bióticos ..................................................... 27

Quadro 3 Exemplos de indicadores socioeconômicos ................................................. 27

Quadro 4 Princípios gerais emergentes das paisagens ............................................. 33

Quadro 5 Categorias de geossistemas ....................................................................... 34

Quadro 6 Parâmetros utilizados................................................................................... 65

Quadro 7 Indicadores utilizados ................................................................................. 66

Quadro 8 Fórmulas de cálculo dos índices simples ..................................................... 70

Quadro 9 Fórmulas de cálculo dos índices agregados ............................................... 70

Quadro 10 Índices temáticos ....................................................................................... 74

Quadro 11 Correlação entre índices ............................................................................ 75

Quadro 12 Indicador: Coef. de Urbanização ................................................................. 85

Quadro 13 Indicador: Coef. de cobertura por Mata Atlântica ........................................ 85

Quadro 14 Indicador: Coef. de cobertura por lavoura permanente ............................. 86

Quadro 15 Indicador: Coef. de tombamento de bens histórico-culturais ..................... 86

Quadro 16 Indicador: IDH-M Renda ............................................................................. 87

Quadro 17 Indicador: Coef. de participação da população na PEA ............................... 87

Quadro 18 Indicador: Coef. de intensidade da pobreza – linha de R$ 37,75 ................ 88

Quadro 19 Indicador: Coef. de intensidade da pobreza – linha de R$ 75,50 ................. 88

Quadro 20 Indicador: Coef. do PIB ............................................................................... 89

Quadro 21 Indicador: Coef. de participação da indústria na economia municipal ....... 89

Quadro 22 Indicador: Coef. de aqüicultores ................................................................. 90

Quadro 23 Indicador: Coef. de pescadores .................................................................. 90

Quadro 24 Indicador: Coef. de participação das empresas na economia municipal .... 91

Quadro 25 Indicador: Coef. de estabelecimentos hoteleiros ......................................... 91

Quadro 26 Indicador: Coef. de cobertura por vegetação secundária ........................... 92

Quadro 27 Indicador: Coef. de cobertura por campo/ pastagem .................................. 92

Quadro 28 Indicador: Coef. de áreas degradadas ........................................................ 93

Quadro 29 Indicador: Coef. de área de corpos d'água .................................................. 93

Quadro 30 Indicador: IDH-M Longevidade ................................................................... 94

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Quadro 31 Indicador: Coef. de esperança de vida ao nascer ....................................... 94

Quadro 32 Indicador: Coef. de mortalidade por doenças transmissíveis ..................... 95

Quadro 33 Indicador: Coef. de mortalidade infantil ...................................................... 95

Quadro 34 Indicador: Coef. de eficiência do esgotamento sanitário ............................ 96

Quadro 35 Indicador: Coef. de cobertura do abastecimento de água .......................... 96

Quadro 36 Indicador: Coef. de eficiência da coleta domiciliar de lixo .......................... 97

Quadro 37 Indicador: Coef. de cobertura das estações de tratamento de água .......... 97

Quadro 38 Indicador: Coef. de eficiência das estações de tratamento de esgoto ....... 98

Quadro 39 Indicador: Coef. de cobertura da rede de drenagem urbana ...................... 98

Quadro 40 Indicador: IDH-M Educação ........................................................................ 99

Quadro 41 Indicador: Coef. de inserção na escola ....................................................... 99

Quadro 42 Indicador: Coef. de suficiência de docentes .............................................. 100

Quadro 43 Indicador: Coef. de analfabetismo ............................................................. 100

Quadro 44 Indicador: Coeficiente de densidade demográfica .................................... 101

Quadro 45 Indicador: Coef. de população em aglomerados subnormais ................... 101

Quadro 46 Indicador: Coef. de aglomeração subnormal ............................................. 102

Quadro 47 Indicador: Coef. de homicídios .................................................................. 102

Quadro 48 Indicador: Coef. de despesa capital municipal total .................................. 103

Quadro 49 Indicador: Coef. de despesa corrente municipal total ............................... 103

Quadro 50 Indicador: Coef. de despesas municipais por função de Educação e Cultura ................................................................................................................... 104

Quadro 51 Indicador: Coef. de despesas municipais por função de Saúde e Saneamento .................................................................................................................. 104

Quadro 52 Indicador: Coef. de despesas municipais por função de Segurança Nacional e Defesa Pública .......................................................................................... 105

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

LISTA DE ANEXOS

Anexo I Fichas descritivas dos indicadores .................................................................. 85

Anexo II Mapas temáticos .............................................................................................. 106

Anexo III Polígonos de impacto antropogênico .............................................................. 117

Anexo IV Correlação entre índices .................................................................................. 124

Anexo V Tabelas índices ................................................................................................ 135

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 1

APRESENTAÇÃO

O estado do Rio de Janeiro destaca-se dos demais estados brasileiros por

possuir a mais vasta documentação levantada a respeito das suas

características naturais e da sua História. No entanto, as informações

apresentam-se fragmentadas e distribuídas nos diversos segmentos

organizados da sociedade.

O curso do desenvolvimento econômico no estado pressionou à fixação

desordenada de grande parte da população fluminense na zona costeira

(ZC), o que em muitos locais extrapolou a capacidade de suporte do meio,

causando problemas nas diferentes dimensões do ecodesenvolvimento:

espacial, cultural, econômica, ecológica, social e política. A ausência de

uma política de centralização das informações sobre a ZC contribui para

a manutenção desse status quo, uma vez que não há suporte

informacional para a gestão pública.

O presente trabalho visa avaliar o impacto antropogênico na ZC do

estado e gerar como produto um Atlas digital a ser disponibilizado à

sociedade através da rede mundial de computadores. Para alcançar tal

objetivo, as tecnologias do sistema de informação e da programação de

computadores serão utilizadas.

A pesquisa proposta justifica-se por colaborar para o melhor

entendimento das dinâmicas sócio-ambientais presentes no estado,

constituindo relato necessário ao suporte informacional para a

formulação de políticas públicas adequadas à gestão dos recursos

naturais e à garantia da qualidade de vida da população.

Page 17: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 2

OBJETIVOS

Objetivo geral

Avaliar o impacto antropogênico na zona costeira do estado do Rio de

Janeiro e exibir os resultados na forma de atlas digital, a ser

disponibilizado à sociedade via Internet.

Objetivos específios

● Classificar os 34 municípios da zona costeira do estado do Rio de

Janeiro segundo o grau de impacto antropogênico em alto, médio

ou baixo impacto;

● Gerar atlas digital com mapas representativos do grau de impacto

antrópico calculado para cada município e dentro das seis

dimensões do ecodesenvolvimento sustentável de Ignacy Sachs, a

ser disponibilizado na Internet via rede mundial de computadores.

Page 18: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 3

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 A Zona Costeira

A Zona Costeira (ZC) representa cerca de 20% da superfície

terrestre e aproximadamente 50 por cento da população mundial ocupa

tais zonas. A densidade média da população residente em áreas costeiras

é de 80 hab/km2, duas vezes o valor da densidade média global.

Aproximadamente 70% das cidades com mais de oito milhões de pessoas

estão localizadas na Zona Costeira (BELFIORI, 2003). No Brasil, a ZC abriga

mais de 20% da população brasileira, distribuída em 412 municípios. A

maior concentração populacional é encontrada nas Regiões

Metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador e Rio de Janeiro.

A intensiva ocupação da ZC explica-se pelo fato de que a mesma

exerce grande variedade de funções importantes para a sociedade, tais

como: a produção de alimentos, a produção de energia, a extração de

recursos naturais, a manutenção de habitats de reprodução, a

manutenção de rotas migratórias, a garantia da diversidade genética das

espécies, a localização para habitação e prática de recreação, dentre

outros (DUBSKY, 1999, p.63,64). Além da variedade de funções, encontra-se

a diversidade de inter-relações oriundas do estabelecimento humano e do

desenvolvimento econômico associado ao mesmo. No entanto, a

multiplicidade de tais relações e funções pode acarretar em problemas de

conflito de usos e em problemas relacionados à sustentabilidade do

ambiente e das atividades desenvolvidas.

3.2 Problemas de origem antrópica encontrados na Zona Costeira

“A população humana continua a aumentar em todo o mundo numa

taxa de quase 2% ao ano. As taxas mais altas de aumento populacional

estão em alguns dos países mais pobres. Mesmo se o crescimento

populacional parasse hoje, os problemas resultantes permaneceriam. A

atual população humana está consumindo os recursos mais rápido do que

são regenerados pela biosfera, isso ao mesmo tempo em que libera tantos

rejeitos que a qualidade do ambiente na maior parte na maior parte das

regiões da Terra está se deteriorando numa taxa alarmante. Se

pretendemos viver num mundo habitável para as futuras gerações, nossa

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 4

prioridade máxima deve ser atingir uma relação sustentável com o resto da

biosfera”. (RICKLEFS, 2003, p.473)

Cerca de 30 por cento das regiões costeiras mundiais são

particularmente vulneráveis a fontes poluidoras localizadas na costa e ao

desenvolvimento de infra-estruturas relacionadas às atividades humanas.

Consequentemente, os recursos naturais costeiros estão sob forte

pressão antropogênica. Os perigos envolvidos na ZC são enormes e

incluem não só a poluição originária de áreas densamente povoadas, mas

também outros: entrada de poluentes provenientes de descargas de rios,

descarga de efluentes industriais, derrame de óleo, descarga de água de

lastro de embarcações, erosão e aterramento costeiros, desmatamento e

instalação de usinas hidrelétricas. (EL-SABH, 1998, p.2)

Os danos causados pelos efeitos negativos de atividades

desenvolvidas na costa em ambientes marinhos e costeiros advêm de

duas fontes: associados às mudanças econômicas e sociais e aqueles

associados à pressão causada pelo excesso populacional sobre os

recursos naturais. As mudanças econômicas e sociais em áreas costeiras

freqüentemente resultam em aumento da pressão da demanda por

recursos naturais encontrados em bacias hidrográficas e entre as

mesmas. (GESAMP, 2001, p.116)

3.2.1 Conflitos pelo uso do espaço

Os problemas referentes ao excessivo crescimento populacional

estão intimamente relacionados à competição pelo uso do espaço: o

desenvolvimento de maricultura extensiva pode entrar em conflito com o

crescimento das rotas de transporte marítimo e com as áreas de

recreação pública (GOLDBERG, 1994, p.127). A extração de areia para

fornecimento à construção civil entra em conflito com atividades de pesca

e de extração manual de espécies endógenas por parte das comunidades

tradicionais (GOLDBERG, 1993, p.123). Os estabelecimentos portuários

podem conflitar com a pesca, uma vez que as operações de dragagem,

comumente realizadas para otimizar os canais de navegação, causam

sérios danos à biota pela ressuspensão de material particulado e

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 5

remobilização de espécies químicas potencialmente danosas. Ademais, o

próprio estabelecimento de portos ou, em menor escala, de pier e de

decks, oferece perigo a diversas comunidades marinhas costeiras pela

destruição de locais de engorda (GOLDBERG, op. cit., p.99). Uma vez que

todos esses conflitos relacionam-se ao homem e suas atividades,

Goldberg (op. cit., p.135) define o problema com precisão:

“A chave para minimizar conflitos na zona

costeira é o gerenciamento da população”.1

3.2.2 Ineficácia dos modelos e inadequação dos dados

Importante notar, entretanto, que a matéria ainda não está

esgotada. O debate a respeito do poder das influências antropogênicas ou

naturais é um dos componentes da incerteza envolvida nos estudos a

respeito do meio ambiente. Isto porque as mudanças ambientais são

resultado de interações muito complexas e fazem com que sejam

encontrados problemas quando da tentativa de modelá-las e compreendê-

las. A não-linearidade dos sistemas ecológicos faz com que a dimensão

das respostas encontradas não seja diretamente proporcional ao tamanho

do estímulo que provoca os distúrbios ambientais. Além disso, prever

mudanças ambientais depende dos modelos empregados e muitos destes

são imperfeitos por causa das suposições grosseiras empregadas. E

ainda, a natureza surpreende-nos por vezes, como nos casos de desastres

naturais, fato que não vai mudar no futuro. Os desastres podem atuar

tanto minimizando quanto incrementando as conseqüências de muitas

das ações humanas. Para complicar ainda mais, a falta de séries de dados

temporais contínuos colabora para a dificuldade em prever fenômenos

que podem estar acontecendo com certa periodicidade. Finalmente, há

problemas na definição de alguns fenômenos e, sem a clara definição dos

mesmos, as medidas são dificilmente realizadas, corre-se o risco dos

resultados não serem precisos e que, assim, as mudanças devam ser

identificadas com maior dificuldade (GOUDIE, 1993, pp. 372-3).

Além da falta de séries temporais contínuas de dados, outro

problema refere-se à incompatibilidade de escalas das bases empíricas

com os fenômenos observados. Segundo estudo apresentado pelo 1 “The key to minimizing conflicts in the coastal zone is population management”.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 6

Ministério do Meio Ambiente sobre fragmentação de ecossistemas (MMA,

2003, p.66), a identificação de fatores antrópicos que interferem no

processo de fragmentação ambiental torna-se difícil por essa

incompatibilidade, uma vez que geram-se suposições frágeis, com baixa

confiabilidade teórica e empírica, não se constituindo em um apoio

seguro às decisões de formulação e implementação de políticas públicas.

O documento do MMA ressalta ainda que são necessários diversos

estudos, não apenas para identificar, mas também para quantificar e

qualificar os impactos antrópicos. Somente desse modo será possível

delinear limites aceitáveis e desejáveis das perturbações decorrentes das

atividades humanas, viabilizando o apoio às decisões de implantação de

políticas públicas de manejo ambiental sustentável. (MMA, op. cit., p. 66).

3.2.3 Atividades humanas que comprometem a integridade dos

ecossistemas naturais

Da bibliografia atual podem ser listadas algumas das atividades

humanas desenvolvidas ao longo do tempo já identificadas como

comprometedoras da integridade dos ecossistemas naturais.

3.2.3.1  Agricultura e pecuária

A agricultura e a pecuária exercem forte pressão tanto sobre as

florestas como sobre os ecossistemas abertos, causando perda de

biodiversidade. Desmatamentos, uso do fogo, superpastoreio,

monocultura, a mecanização intensiva e, principalmente, o uso

indiscriminado de agrotóxicos, diminuem a diversidade da flora e da

fauna e alteram a qualidade e a disponibilidade de água, quer pela

contaminação por agrotóxicos quer pelo assoreamento decorrente da

erosão dos solos. (MMA, op. cit., p.80)

Goudie (1993, p.375) apontou que a poluição dos corpos d´água

causada pela agricultura, mediante a aplicação de agrotóxicos e a erosão

do solo, é mais intensa que aquela causada pelas indústrias e que as

mudanças causadas pela agricultura nos habitats podem afetar os

animais selvagens. Como conseqüências desastrosas ao ambiente, o

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 7

pesquisador aponta ainda a salinização e a desertificação do solo como

alguns dos mais sérios problemas encontrados pelo homem desde a

civilização pré-industrial. Mudanças climáticas também foram apontadas,

uma vez que a liberação de gás carbônico na atmosfera devido à

expansão da agricultura altera os valores do albedo à superfície.

A atividade pecuária pode ser fonte de impactos, uma vez que

grande parte do nitrogênio contido no esterco animal é transformada em

nitrato, fonte significante de contaminação das águas subterrâneas e

superficiais (CORSON, apud MMA, 2003, p.82). Outros agentes contaminantes

são os steptococos e os coliformes fecais presentes nas fezes carreadas

para os cursos d´água, podendo contaminar outros animais, alimentos e o

próprio homem. (MMA, 2003, p.82).

3.2.3.2 Extrativismo vegetal e silvicultura

Além das áreas abertas para a agropecuária, mais árvores são

cortadas para suprir as necessidades humanas de carvão vegetal, de

madeira para construção civil, de papel, entre outros produtos obtidos a

partir da floresta. A extração seletiva piora a qualidade das matas e

interfere na manutenção da flora e da fauna. A retirada de galhadas

secas suprime o abrigo e refúgio da fauna silvestre, além de diminuir a

quantidade de nutrientes no solo, por interromper a ciclagem dos

mesmos. Estudos mostram que, independente da região geográfica,

grande parte dos moradores das áreas rurais retira das florestas lenha

para uso na cocção de alimentos ou obtêm madeira para construção de

casas, currais, pocilgas, cercas, porteiras ou cabos de ferramentas. Como

agravante, as matas existentes nas propriedades são, geralmente, áreas

de preservação permanente. (MMA, op.cit., p.85)

3.2.3.3 Pesca, aqüicultura e maricultura

Os corpos d´água abrigam uma fauna aquática ainda pouco

conhecida e contam com diversas espécies endêmicas. Em relação aos

peixes, esses ecossistemas são detentores de uma ictiofauna pouco

conhecida no Brasil. A ocupação desordenada do entorno dos fragmentos

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 8

aquáticos leva à perda do sombreamento exercido pela vegetação ciliar,

que evita mudanças bruscas de temperatura e inibe a predação dos

peixes por aves e por outros animais. Na maioria dos casos, a integridade

dos ecossistemas aquáticos fica comprometida como conseqüência das

atividades de mineração e de exploração agropecuária, pelos

assentamentos humanos regulares ou não, pela emissão de poluentes e

pela aqüicultura. (MMA, op.cit., p.89)

Troncos, galhos e folhas da mata ciliar normalmente caem nos

cursos d ’água e constituem uma fonte direta de matéria orgânica para os

organismos aquáticos. Estas estruturas submersas fornecem também

abrigo para os peixes, protegendo-os de predadores, além de servirem

como locais de desova. Nos trechos em que há perda de mata ciliar,

costuma haver predomínio de gramíneas. Os peixes continuam se

relacionando com a vegetação, mas com uma complexidade bem menor

do que aquela que ocorre quando se trata de mata ciliar preservada.

Alguns autores evidenciaram que a complexidade de habitats aumenta a

complexidade da comunidade de peixes e a estabilidade ambiental. (MMA,

op.cit., pp.89-90)

A piscicultura brasileira estabelece seus cultivos nas proximidades

dos rios, dentro da área de preservação permanente, facilitando a

propagação dos exemplares num possível escape. A influência de

espécies exóticas e alóctones de peixes pode ser considerada uma

ameaça à manutenção da biodiversidade de peixes, principalmente nos

fragmentos localizados em áreas onde as introduções foram realizadas

em massa como nas regiões sul, sudeste e nordeste do Brasil. (MMA, 2003,

p. 90)

Problemas relacionados à pesca redundam geralmente na redução

dos estoques pesqueiros, devido a uma série de ações inadequadas que

levam à insustentabilidade da atividade. Como práticas condenáveis

podem ser citadas: o aumento desmedido do esforço de pesca, o

desrespeito às épocas de defeso, a fertilização artificial, o uso de

artifícios de pesca pouco seletivos, o bycatch não controlado, as formas

inadequadas de disposição dos resíduos dos barcos, dentre outras.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 9

Com relação à aqüicultura e à maricultura, o principal problema diz

respeito à eutrofização das águas. Na aqüicultura, o uso indiscriminado

de antibióticos pode levar ainda à contaminação das mesmas e provocar o

desenvolvimento de superbactérias, resistentes aos fármacos. Em ambas

as atividades, o risco de introdução e disseminação de espécies exóticas é

elevado, o que pode afetar não somente a área na qual a atividade é

desenvolvida, como também áreas adjacentes ou distantes desta.

3.2.3.4 Atividades industriais

As atividades industriais podem causar diversos tipos de

contaminação do solo, da água e do ar, além de contribuir com a poluição

sonora e visual. Como exemplos, podem ser citados: o lançamento de

dejetos industriais sem tratamento, inclusive com elevadas concentrações

de metais pesados, a emissão de gases poluentes na atmosfera, a emissão

de ruídos em faixas inaceitáveis e o assoreamento de rios e de corpos d

´água. Se localizadas próximas a florestas ou manguezais, podem ser

constatadas irregularidades no que tange à derrubada da mata nativa

para expansão da atividade, contribuindo para a diminuição da

diversidade ecológica e perda de habitats naturais. O desvio do curso e o

represamento de rios também consistem em problemas sérios, uma vez

que há grande perda de espécimes.

3.2.3.5 Expansão imobiliária

A expansão imobiliária pode acarretar prejuízos ao ecossistema

natural quando do desenvolvimento não regularizado e desenfreado.

Dentre os danos possíveis, citam-se: modificação da paisagem e

topografia locais, destruição de vegetação nativa, desestabilização de

encostas, lesão à privacidade, aeração e insolação das propriedades

vizinhas, prejuízos sociais pelo favorecimento à especulação imobiliária,

obstrução de corpos d´água pelo corte de formações rochosas e

supressão de espécies vegetais e animais silvestres.

3.3 O Gerenciamento Costeiro Integrado (GERCO)

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 10

Em meio a tantos problemas, a partir da década de 80, tornou-se

pública a preocupação com a saúde do planeta e até os dias atuais tal

sentimento se mantém. A compreensão de que a população humana é

capaz de causar danos ao meio em escala regional ou global levou a

comunidade científica e os tomadores de decisão a empenharam-se em

planejar e estabelecer ações preventivas e mitigadoras através do

Gerenciamento Costeiro Integrado. (GOLDBERG, 1994, p.9)

Uma definição breve e precisa de Gerenciamento Costeiro

Integrado foi estabelecida por Sorensen (1997, p.9):

“Gerenciamento Costeiro Integrado: o gerenciamento e

planejamento integrados dos ambientes e recursos costeiros de

maneira que se baseie nas inter-relações físicas, sócio-

econômicas e políticas com e sobre sistemas costeiros

dinâmicos que, quando agregados, definem a zona costeira”.2

O GERCO surgiu há três décadas, sendo efetivado nos primeiros

dez anos nos Estados Unidos e na Austrália (SORENSEN, 1997, p.3). O

conceito foi estabelecido para prevenir e minimizar problemas

relacionados à ZC, uma vez que leva em conta a sua dinâmica, no tocante

ao meio natural e às relações sociais presentes. O seu principal objetivo é

o de alcançar o desenvolvimento sustentável, conceito que se baseia na

eficiência ecológica3.

O GERCO apresenta-se como um desafio, uma vez que as práticas

relacionadas ao mesmo requerem níveis de inovação e de arranjos

institucionais bem estabelecidos e que dificilmente são mantidos. (HANSON,

1998, p.167)

Outro desafio relaciona-se à adequação da metodologia empregada

em estudos da ZC. Vallega (2000, p.2) ressalta que as pesquisas

2 “Integrated Coastal Zone Management (ICZM): the integrated planning and management of coastal resources and environments in a manner that is based on the physical, socioeconomic and political interconnections both within and among the dynamical coastal systems, wich when agregated together, define a coastal zone”.

3 “Os ecólogos se referem à percentagem de energia transferida de um nível trófico para outro como eficiência ecológica ou eficiência da cadeia alimentar”.(RICKLEFS, 2003, p.125).

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convencionais sobre o oceano têm se sustentado na lógica Cartesiana,

utilizando-se principalmente dos princípios da redução e da exaustão e

que, em contraste, novas abordagens estão sendo propostas, requerendo

para tal, backgrounds lógicos construtivistas. O mais interessante é o

conceito4, publicado pelo mesmo autor, de que a mudança no

embasamento lógico implica em mudança no modo como o mundo é visto.

Até recentemente, as pesquisas sobre a ZC têm dispensado pouca

atenção às interações entre os sistemas sociais e a variabilidade

ambiental, com conseqüente limitação do entendimento a respeito das

relações entre as dinâmicas de sistemas costeiros e os benefícios sociais

associados. No entanto, na década passada, muito esforço foi feito nessa

direção, podendo ser definidos três períodos distintos: a princípio,

iniciativas foram tomadas a fim de avaliar os programas de

gerenciamento costeiro; em seguida, houve desenvolvimento de modelos

emergentes de indicadores, que têm servido como base para muitas

avaliações e, mais recentemente, o estabelecimento de monitoramentos e

de protocolos internacionais oferece melhores oportunidades para

observações mais sistemáticas e integradas sobre as dinâmicas costeiras

(BELFIORI, 2003, p.229).

A estratégia, a política e os planos nacionais referentes à gestão

integrada da zona costeira e marinha e à proteção desses ambientes são

implementados no Brasil sob a supervisão do Ministério do Meio

Ambiente (MMA), por intermédio do Projeto de Gestão Integrada dos

Ambientes Costeiro e Marinho, no âmbito do Programa de Gerenciamento

Ambiental Territorial (PGT), da Secretaria de Qualidade Ambiental nos

Assentamentos Humanos (SQA). No que se refere a programas e projetos

específicos para gestão integrada da zona costeira e marinha e a seus

4 “Conventional approaches to the ocean have been sustained by Cartesian logic; in particular they have been consistent with the principles of reduction and exhaustiveness. In contrast, novel approaches, encouraged by new scientific trends and the demands of Agenda 21, require constructivist logical backgrounds...Changing the logical basis implies a fundamental change in the way we view the world; it paves the way toward a post-modern vision of society, and the ocean provides us with a unique opportunity to experiment with new ways of perceiving the world, and imaging the future…This means that it is a reality that cannot be described in an objectivist sense but as a reality which may be assessed in a relativist sense and by representing it through models, reflecting new ways of considering the world”.

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objetivos e metas, o Brasil dispõe do Programa Nacional de

Gerenciamento Costeiro (GERCO), do Projeto de Gestão Integrada da

Orla Marítima (Projeto ORLA) e do Programa de Avaliação do Potencial

Sustentável de Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva (REVIZEE).

(MMA, 2004)

3.3.1 O Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro

O Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro tem como

objetivo operacionalizar o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

(PNGC), com o propósito de planejar e gerenciar, de forma integrada,

descentralizada e participativa, as atividades socioeconômicas na Zona

Costeira, de forma a garantir a utilização sustentável, por meio de

medidas de controle, proteção, preservação e recuperação dos recursos

naturais e ecossistemas costeiros. Assim, o MMA busca estabelecer uma

estratégia continuada de planejamento e de gestão ambiental dos

espaços costeiros, com o desenvolvimento e fortalecimento de um

processo transparente de administração de interesses, apoiado por

informações e tecnologia. (MMA, 2004)

O Programa vem sendo executado nos 17 estados costeiros da

Federação, no âmbito do Programa Nacional de Meio Ambiente (PNMA) e

com o apoio financeiro do Governo Federal e do Banco Mundial. Como

forma de promover a integração entre os diversos atores que atuam na

Zona Costeira, foi instituído, no âmbito da Comissão Interministerial para

os Recursos do Mar - CIRM, do Ministério da Marinha, o Grupo de

Integração de Gerenciamento Costeiro - GI-GERCO, que é composto por

representantes de entidades federais, estaduais, municipais e da

sociedade civil. (FEEMA, 2005)

3.3.2 O Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC)

O Governo Brasileiro instituiu em 16 de maio de 1988 o Plano

Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC) através da Lei 7.6615

5 Institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro e dá outras providências.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 13

(anexo I), dando especial atenção ao uso sustentável dos recursos

costeiros. Essa lei reflete o compromisso governamental com o

planejamento integrado da utilização de tais recursos, visando o

ordenamento da ocupação dos espaços litorâneos.

A Lei 7.661 foi regulamentada pelo Decreto-Lei 5.300 de 7 de

dezembro de 20046 (anexo II). Os detalhamentos e a operacionalização do

PNGC foram alvo da Resolução no 01/90 da Comissão Interministerial

para os Recursos do Mar (CIRM), de 21 de novembro de 1990, aprovada

após audiência do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA).

3.3.2.1 Princípios do PNGC

1. Observância da Política Nacional de Meio Ambiente e da Política

Nacional para os Recursos do Mar, de forma articulada e

compatibilizada com as demais políticas incidentes na sua área de

abrangência e de atuação;

2. Observância dos compromissos internacionais assumidos pelo

Brasil na matéria;

3. Observância dos direitos de liberdade de navegação, na forma da

legislação vigente;

4. Utilização sustentável dos recursos costeiros em observância aos

critérios previstos em Lei e no PNGC;

5. Gestão integrada dos ambientes terrestres e marinhos da Zona

Costeira, com a construção e manutenção de mecanismos

transparentes e participativos de tomada de decisões, baseada na

melhoria da informação e da tecnologia disponíveis e na

convergência e compatibilização das políticas públicas, em todos os

níveis da administração;

6. Consideração, na faixa marítima, da área de abrangência localizada

na plataforma continental interna, na qual os processos de

6 Regulamenta a Lei no 7.661 de 16 de maio de 1988, que institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro – PNGC, dispõe sobre regras de uso e ocupação da zona costeira e estabelece critérios de gestão da orla marítima e dá outras providências.

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transporte sedimentar e modificação topográfica do fundo marinho

constituem parte integrante substancial dos processos costeiros, e

ainda daquela porção de mar onde o efeito dos aportes terrestres

sobre os ecossistemas marinhos é mais significativo;

7. Não-fragmentação, na faixa terrestre, da unidade natural dos

ecossistemas costeiros, de forma a permitir a regulamentação da

utilização de seus recursos, respeitando sua integridade;

8. Consideração, na faixa terrestre, das áreas marcadas por

atividades socioeconômicas e culturais de características costeiras

e sua área de influência imediata, em função dos efeitos dessas

atividades sobre a conformação do território costeiro;

9. Consideração dos limites municipais, dada a operacionalidade das

articulações necessárias ao processo de gestão;

10.Preservação, conservação e controle de áreas que sejam

representativas dos ecossistemas da Zona Costeira, com

recuperação e reabilitação das áreas degradadas ou

descaracterizadas;

11.Aplicação do Princípio da Precaução7 tal como definido na Agenda

21, adotando-se medidas eficazes para impedir ou minimizar a

degradação do meio ambiente, sempre que houver perigo de dano

grave ou irreversíveis, mesmo na falta de dados científicos

completos e atualizados; e

12.Execução em conformidade com o Princípio da Descentralização8,

assegurando o comprometimento e a cooperação entre os níveis de

7 “O Princípio da Precaução é a garantia contra os riscos potenciais que, de acordo com o estado atual do conhecimento, não podem ser ainda identificados. Este Princípio afirma que a ausência da certeza científica formal, a existência de um risco de um dano sério ou irreversível requer a implementação de medidas que possam prever este dano”. (UNITED NATIONS, 1992)8 “O princípio da descentralização compreende a competente repartição de encargos entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, bem como a possibilidade de delegação entre essas esferas de governo e entre o setor público e a iniciativa privada”. (PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, 2003)

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 15

governo, e desses com a sociedade, no estabelecimento de

políticas, planos e programas estaduais e municipais. (MMA, 2004)

3.3.2.2 Objetivos do PNGC

1. Promover o ordenamento do uso dos recursos naturais e da

ocupação dos espaços costeiros, subsidiando e otimizando a

aplicação dos instrumentos de controle e de gestão pró-ativa da

Zona Costeira;

2. Estabelecer o processo de gestão, de forma integrada,

descentralizada e participativa, das atividades socioeconômicas na

Zona Costeira, de modo a contribuir para elevar a qualidade de

vida de sua população e a proteção de seu patrimônio natural,

histórico, étnico e cultural;

3. Desenvolver sistematicamente o diagnóstico da qualidade

ambiental da Zona Costeira, identificando suas potencialidades,

vulnerabilidades e tendências predominantes, como elemento

essencial para o processo de gestão;

4. Incorporar a dimensão ambiental nas políticas setoriais voltadas à

gestão integrada dos ambientes costeiros e marinhos,

compatibilizando-as com o PNGC;

5. Exercer controle efetivo sobre os agentes causadores de poluição

ou de degradação ambiental sob todas as formas que ameacem a

qualidade de vida na Zona Costeira e

6. Promover a produção e a difusão do conhecimento necessário ao

desenvolvimento e ao aprimoramento das ações de Gerenciamento

Costeiro.

3.3.2.3 Área de abrangência do PNGC

Zona Costeira - é o espaço geográfico de interação do ar, do mar e da

terra, incluindo seus recursos ambientais, abrangendo as seguintes

faixas:

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 16

Faixa Marítima - é a faixa que se estende mar afora distando 12 milhas

marítimas (22,2 Km) a partir das Linhas de Base estabelecidas de

acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar,

compreendendo a totalidade do Mar Territorial.

Faixa Terrestre - é a faixa do continente formada pelos municípios que

sofrem influência direta dos fenômenos ocorrentes na Zona Costeira, a

saber:

a) os municípios defrontantes com o mar, assim considerados em

listagem desta classe, estabelecida pelo Instituto Brasileiros de

Geografia Estatística (IBGE);

b) os municípios não defrontantes com o mar que se localizem nas

regiões metropolitanas litorâneas;

c) os municípios contíguos às grandes cidades e às capitais estaduais

litorâneas que apresentem processo de conurbação;

d) os municípios próximos ao litoral, até 50 km da linha de costa, que

aloquem, em seu território, atividades ou infra-estruturas de grande

impacto ambiental sobre a Zona Costeira, ou sobre os ecossistemas

costeiros de alta relevância;

e) os municípios estuarinos-lagunares, mesmo que não diretamente

defrontantes com o mar, dada a relevância destes ambientes para a

dinâmica marítimo-litorânea; e

f) os municípios que, mesmo não defrontantes com o mar, tenham todos

os seus limites estabelecidos com os municípios referidos nas alíneas

anteriores.

g) os municípios criados após a aprovação do PNGC, dentro do limite

abrangido pelo conjunto dos critérios acima descritos, serão

automaticamente considerados como componentes da faixa terrestre,

tendo-se como referência a data de sua emancipação;

3.3.2.4 Instrumentos de gestão do PNGC

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 17

1. Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro (PEGC) - Legalmente

estabelecido, deve explicitar os desdobramentos do PNGC, visando

a implementação da Política Estadual de Gerenciamento Costeiro,

incluindo a definição das responsabilidades e procedimentos

institucionais para a sua execução;

2. Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro (PMGC) - Legalmente

estabelecido, deve explicitar os desdobramentos do PNGC e do

PEGC, visando a implementação da Política Municipal de

Gerenciamento Costeiro, incluindo as responsabilidades e os

procedimentos institucionais para a sua execução. O PMGC deve

guardar estreita relação com os planos de uso e de ocupação

territorial e com outros planos pertinentes ao planejamento

municipal;

3. Sistema de Informações do Gerenciamento Costeiro (SIGERCO)

Componente do Sistema Nacional de Informações sobre Meio

Ambiente (SINIMA), constitui um sistema que integra informações

do PNGC, devendo propiciar suporte e capilaridade aos

subsistemas estruturados e gerenciados pelos Estados e

Municípios;

4. Sistema de Monitoramento Ambiental da Zona Costeira (SMA-ZC) -

Constitui a estrutura operacional de coleta de dados e informações,

de forma contínua, de modo a acompanhar os indicadores de

qualidade sócio-ambiental da Zona Costeira e propiciar o suporte

permanente dos Planos de Gestão;

5. Relatório de Qualidade Ambiental da Zona Costeira (RQA-ZC) -

Consiste no procedimento de consolidação periódica dos resultados

produzidos pelo monitoramento ambiental e, sobretudo, de

avaliação da eficiência e da eficácia das medidas e das ações da

gestão. Esse relatório será elaborado, periodicamente, pela

Coordenação Nacional do Gerenciamento Costeiro, a partir dos

relatórios desenvolvidos pelas Coordenações Estaduais;

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 18

6. Zoneamento Ecológico-Econômico Costeiro (ZEEC) - Constitui o

instrumento balizador do processo de ordenamento territorial

necessário para a obtenção das condições de sustentabilidade

ambiental do desenvolvimento da Zona Costeira, em consonância

com a diretrizes do Zoneamento Ecológico-Econômico do território

nacional e

7. Plano de Gestão da Zona Costeira (PGZC) - Compreende a

formulação de um conjunto de ações estratégicas e programáticas,

articuladas e localizadas, elaboradas com a participação da

sociedade, que visam orientar a execução do Gerenciamento

Costeiro. Esse plano poderá ser aplicado nos diferentes níveis de

governo e em variadas escalas de atuação. (MMA, 2004)

3.3.3 O Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro II (PNGC II)

A Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM),

através da Resolução Nº 005 de 03 de dezembro de 1997, aprovou o

PNGC II, na busca em estabelecer as bases para a continuidade das

ações do PNGC, de forma a consolidar os avanços obtidos e possibilitar o

seu aprimoramento, mantendo a flexibilidade necessária para

atendimento da ampla diversidade de situações que se apresentam ao

longo da Zona Costeira brasileira. (INSTITUTOPHAROS, 2004)

3.3.4 O Programa Estadual de Gerenciamento Costeiro - Gerco/RJ

O Programa Estadual de Gerenciamento Costeiro vem sendo

executado sob a coordenação da Fundação Estadual de Engenharia do

Meio Ambiente (FEEMA), em parceria com diversas instituições públicas

das esferas federal, estadual e municipal, com instituições privadas e

com segmentos organizados da sociedade (FEEMA, 2005). Segundo a

instituição, os desafios que se apresentam na gestão ambiental do Rio de

Janeiro são diversos:

1. Implantação de um plano de gestão para a faixa costeira do litoral

do Estado do Rio de Janeiro;

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 19

2. Fortalecimento do sistema de controle e fiscalização do ambiente

costeiro, pela cooperação e parceria com os municípios e com os

demais órgãos atuantes na faixa costeira (Plano Integrado de

Gestão Costeira);

3. Fortalecimento dos mecanismos de cooperação técnica e

assessoramento aos municípios litorâneos para a incorporação das

diretrizes do macrozoneamento costeiro nos seus respectivos

Planos Diretores;

4. Implantação de monitoramento das ações antrópicas sobre o meio

ambiente com a incorporação da tecnologia de sensoriamento

remoto;

5. Implantação de novas unidades de conservação da natureza,

compreendendo os parques, as reservas biológicas, as estações

ecológicas, áreas de proteção ambiental, áreas de relevante

interesse ecológico e consolidação das unidades já existentes;

6. Maior atuação do Estado no fomento a projetos específicos de

recuperação ambiental e de desenvolvimento sustentado, a serem

implantados por iniciativa das organizações não-governamentais e

do setor privado;

7. Sistematização de uma base de informações técnico-científica sobre

a faixa costeira, como apoio à administração pública federal,

estadual e municipal;

8. Aprimoramento da legislação aplicável à faixa costeira do estado e

edição de uma Lei de Defesa do Litoral e

9. Criação de mecanismos de participação popular no planejamento e

controle do uso do espaço costeiro.

O engajamento do Estado do Rio de Janeiro no Programa se

justifica por duas razões básicas: a) pela importância do litoral

fluminense, seja do ponto de vista econômico, seja do ponto de vista

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 20

ambiental; b) para atender ao que estabelece a Lei Estadual n° 1.204 de

07/11/87, que instituiu o Comitê de Defesa do Litoral - Codel/RJ e

fortaleceu as atribuições do Estado na gestão do processo de uso e

ocupação do litoral. (IDA, 2004)

Para fins do GERCO/RJ, a FEEMA dividiu o litoral fluminense em

quatro setores, conforme exemplificado pelo quadro 1.

Quadro 1 – Divisão da costa fluminense em setores

para fins do GERCO/RJ

Setor Costeiro Municípios

Setor 1Litoral Sul

Paraty, Angra dos Reis, Mangaratiba, Itaguaí, Seropédica, Queimados e Japeri

Setor 2Litoral da Baía de

Guanabara

Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Belford Roxo, São João de Meriti, Nilópolis, Duque de Caxias, Magé,

Guapimirim, São Gonçalo, Itaboraí, Niterói e Maricá

Setor 3Litoral da Região dos

Lagos

Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro d’Aldeia, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Búzios,

Casimiro de Abreu e Rio das Ostras.

Setor 4Litoral Norte -

Fluminense

Macaé, Carapebus, Quissamã, Campos, São João da Barra e São Francisco do Itabapoana.

Total 34 municípios

Fonte: FEEMA, 2005

As atividades em curso na FEEMA com relação ao GERCO/RJ são:

1. Apoio à Regulamentação da Lei nº 7661, que instituiu o Plano

Nacional de Gerenciamento Costeiro, em apoio ao Ministério do

Meio Ambiente;

2. Participação em grupo de trabalho para implementação de projeto

piloto de controle de água de lastro no Porto de Sepetiba;

3. Apoio à implementação do Projeto Orla, que visa o ordenamento

desta fração da zona costeira, envolvendo o aperfeiçoamento do

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 21

arcabouço normativo e a integração dos diversos atores na gestão

integrada da orla;

4. Apoio à implementação da Agenda Ambiental Portuária que visa o

fortalecimento da capacidade dos portos brasileiros para o controle

ambiental;

5. Apoio à estruturação do Programa de Proteção do Ambiente

Marinho no Atlântico Sudoeste, vinculado ao Programa de Ação

Global de Proteção do Ambiente Marinho frente às Atividades

Baseadas em Terra, coordenado pelo Pnuma/ONU;

6. Plano de Gestão Costeira da Baía de Guanabara - desenvolvido no

âmbito do convênio entre o MMA e o Instituto Terra de Preservação

Ambiental - ITPA, sob supervisão da FEEMA/SEMADS (Fundação

Estadual de Engenharia do Meio Ambiente/Secretaria Estadual de

Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), tendo como

principal objetivo fortalecer os instrumentos e procedimentos de

gestão na região, integrando em sua estrutura os diversos

segmentos sociais que direta ou indiretamente se relacionam com a

Baía de Guanabara e

7. Apoio permanente ao processo de Gestão Ambiental, envolvendo a

sistematização de informações sobre aspectos físicos, bióticos e

socioeconômicos da zona costeira, perícias e avaliações ambientais,

planejamento de unidades de conservação, apoio aos municípios no

ordenamento do solo, dentre outros.

3.4 O desenvolvimento sustentável

“Uma comunidade sustentável vive em harmonia com seu

meio ambiente e não causa danos a meios ambientes

distantes ou a outras comunidades - agora ou no futuro. A

qualidade de vida e os interesses das futuras gerações são

mais valorizados do que o crescimento econômico ou o

consumo imediato”.

(IUCN, UNEP e WWF, 1991)

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 22

A sustentabilidade foi definida pela FAO como sendo o

gerenciamento e conservação das bases de recursos naturais e a

orientação de mudanças tecnológicas e institucionais de tal forma a

assegurar a obtenção e a satisfação das necessidades humanas para as

gerações atuais e futuras. Este desenvolvimento sustentável (nos setores

agrícola, florestal e de pesca) conserva terra, água, plantas e animais

sendo ambientalmente não-degradante, tecnicamente apropriado,

economicamente viável e socialmente aceitável. (FAO/NETHERLANDS, 1991

apud SIMÕES-MEIRELLES, 1997, p.15)

O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu na busca da

conciliação entre o desenvolvimento econômico e a preservação

ambiental. Em 1992, os princípios do desenvolvimento sustentável foram

publicados na Agenda 21, documento assinado no Rio de Janeiro por 178

países durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento (ECO-92). A agenda 21 discute a essência do que é

desenvolvimento sustentável, o processo através do qual ele pode ser

alcançado e as ferramentas de gerenciamento necessárias para alcançá-

lo. Os princípios são:

1.Cuidado e respeito pela vida – Reflete o cuidado e respeito por

outras pessoas e por outras formas de vida, hoje e no futuro. O

desenvolvimento atual não pode ser promovido às custas de

gerações futuras. Os custos e benefícios do uso dos recursos e a

conservação ambiental devem ser compartilhados entre as

diferentes comunidades e grupos de interesse, entre as gerações

atuais e futuras;

2.Aumento da qualidade de vida humana – O real objetivo do

desenvolvimento é o aumento da qualidade da vida humana. O

crescimento econômico é um importante componente do

desenvolvimento, mas não pode ser um objetivo em si mesmo, senão

ocorrerá indefinidamente, sem limites. O conceito de qualidade de

vida varia bastante, porém há um consenso geral com relação aos

seguintes aspectos: vida longa e saudável, acesso aos recursos

necessários para um padrão de vida decente, liberdade política,

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 23

acesso à educação, garantia de direitos humanos e segurança. O

desenvolvimento é real somente se tornar a vida humana melhor

nesses aspectos;

3. Conservação da vitalidade e da diversidade da Terra – O

desenvolvimento baseado na conservação precisa incluir ações

deliberadas com vistas a proteger a estrutura, as funções e a

diversidade dos sistemas naturais mundiais, do qual as espécies

dependem. Para tal, são necessários: a) conservar os sistemas que

suportam a vida; conservar a biodiversidade, não somente das

espécies animais, vegetais e de outros organismos, assim como dos

estoques genéticos de cada espécie, b) garantir que o uso dos

recursos renováveis seja sustentável, incluindo o solo, os

organismos selvagens e domésticos, as florestas, as terras

cultiváveis e os ecossistemas marinhos e dulcícolas que suportam as

atividades de pesca. O uso será sustentável se respeitar a

capacidade de renovação dos recursos;

4. Minimização da depleção dos recursos não-renováveis –

Minérios, petróleo, gás e carvão são recursos não renováveis. Não

podem ser utilizados de forma sustentável. Entretanto a duração

dos mesmos pode ser estendida pela reciclagem, pela diminuição de

sua composição em um produto manufaturado ou pela substituição

por componentes renováveis quando for possível;

5. Manutenção da capacidade de suporte da Terra – Há limites

finitos para a capacidade de suporte dos ecossistemas terrestres. Os

limites variam de região para região e os impactos dependem de

quantas pessoas coabitam no mesmo espaço e de quanta comida,

água e energia cada uma utiliza e de quanto lixo gera. Poucas

pessoas consumindo muito podem causar o mesmo dano ambiental

que muitas pessoas consumindo pouco. Assim, os gestores devem

levar em conta o balanço entre o número de pessoas de uma

determinada população e seus estilos de vida e a capacidade de

suporte do meio em que vivem;

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 24

6. Mudança nas atitudes e práticas pessoais – No intuito de adotar

uma conduta ética em relação à sustentabilidade da vida, as pessoas

devem rever seus conceitos e suas atitudes. A sociedade deve

promover valores que suportem a nova ética e que desencorajem

aqueles que sejam incompatíveis com o modo de vida sustentável;

7. Habilitação das comunidades para o cuidado de seus próprios

ambientes – Quando informadas e orientadas de forma adequada,

as sociedades são capazes de contribuir com as tomadas de decisão

que as afetam e, dessa forma, desempenham papel fundamental no

desenvolvimento de sociedades sustentáveis;

8. Promoção de uma estrutura a nível nacional para a

conservação e o desenvolvimento – A maior parte das sociedades

utiliza-se de informações e conhecimento, de estruturas de leis e

instituições, além de políticas econômicas e sociais consistentes

para avançar de modo racional. Um programa a nível nacional para

promover a sustentabilidade deve envolver todos os interessados,

além de identificar e prevenir problemas entre eles. Trata-se de um

processo adaptativo, onde seu curso seja constantemente

redirecionado de acordo com as novas necessidades identificadas;

9. Criação de uma aliança global de cooperação – se o objetivo é

alcançar a sustentabilidade global, uma firme aliança deve ser

estabelecida entre os países. Os níveis de desenvolvimento no

mundo são desiguais e os países menos favorecidos

economicamente devem ser auxiliados pelos países mais ricos, de

modo a desenvolver a sustentabilidade e proteger seus ambientes.

Recursos globais, especialmente a atmosfera, os oceanos e os

ecossistemas compartilhados, devem ser manejados somente sob

bases de propostas e resoluções comuns.

3.4.1 Dimensões do desenvolvimento sustentável

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 25

Segundo Ignacy Sachs9, o desenvolvimento sustentável pode ser

representado em seis dimensões: espacial, cultural, econômica,

ecológica, social e política. Um programa adequado de desenvolvimento

deve contemplar o equilíbrio em todas essas dimensões para que seja

completo, de modo a abranger todos os aspectos relacionados ao homem

e seu meio.

3.4.2 Indicadores

3.4.2.1 Definições de indicador

Marzall e Almeida (2005) apresentaram diversas definições de

indicadores encontradas na literatura científica:

“Um indicador é uma ferramenta que permite a obtenção de informações sobre uma dada realidade (Mitchell, [1997?]). Tem como

principal característica a de poder sintetizar um conjunto complexo de informações, retendo apenas o significado essencial dos aspectos

analisados (Hatchuel e Poquet, 1992; Bouni, 1996; Mitchell, [1997?]). É visto ainda como uma resposta sintomática às atividades exercidas

pelo ser humano dentro de um determinado sistema (Australian Department of Primary Industries and Energy - DPIE,

1995)”.

“Segundo o documento do DPIE (1995), indicadores são medidas da condição, processos, reação ou comportamento que fornecem confiável resumo de sistemas complexos. Se são conhecidas as relações entre os

indicadores e o padrão de respostas dos sistemas, pode-se permitir a previsão de futuras condições. As medidas devem evidenciar

modificações que ocorrem em uma dada realidade (DPIE, 1995; Brown Jr., 1997), principalmente aquelas mudanças determinadas pela ação

antrópica”.

“Benbrook e Groth III (1996) afirmam que muitos aspectos (matéria orgânica, qualidade da água, qualidade do solo etc.) podem ser

medidos de diferentes formas. Considera que um indicador é apenas uma medida, não um instrumento de previsão ou uma medida

estatística definitiva, tampouco uma evidência de causalidade; ele apenas constata uma dada situação. As possíveis causas,

conseqüências ou previsões que podem ser feitas são um exercício de abstração do observador, de acordo com sua bagagem de

conhecimento e sua visão de mundo”.

9 “Ignacy Sachs. eco-sócio-economista. nascido em Varsóvia em 1927. naturalizado francês. Desde 1968 professor da Escola dos Altos Estudos em Ciencias Sociais de Paris e co-diretor do seu Centro de Pesquisas sobre o Brasil Contemporâneo. Estudos superiores no Brasil, na India e na Polônia. autor de mais de 20 livros.” (UNITED NATIONS, 2005)

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Linton e Warner (2003) apresentaram não somente uma definição

de indicador, como também relacionaram-no com os estudos sobre o

ambiente costeiro:

“Um indicador é um símbolo ou um sinal que traduz uma mensagem complexa numa forma simplificada e útil, provendo informações a respeito de uma tendência ou evento que não podem ser diretamente observados. Os indicadores são instrumentos essenciais para monitorar o estado do ambiente costeiro”.

Ceroi, 2002 apud Ferreira (2003) apresenta uma estrutura de

documentação em fichas para os indicadores que facilita o entendimento,

com exemplificação do seu significado e objetivo, da importância da

medição, da forma de compilação dos dados, da unidade de medida

utilizada e do formato de exibição dos dados.

3.4.2.2 Características dos indicadores

Marzall e Almeida (2005) sintetizaram algumas das principais características do indicador:

1. Deve fornecer uma resposta imediata às mudanças efetuadas ou

ocorridas em um dado sistema;

2. Deve ser de fácil aplicação, ou seja, o custo e o tempo gastos devem

ser adequados e deve ser viável efetuar a medida;

3. Deve permitir um enfoque integrado, relacionando-se com outros

indicadores e permitindo analisar essas relações e

4. Deverá ser dirigido ao usuário, ser útil e significativo para seus

propósitos, além de compreensível.

3.4.3 Indicadores de sustentabilidade

3.4.3.1 Tipos de indicadores de sustentabilidade

Segundo Marzall e Almeida (2005) , os indicadores de

sustentabilidade podem ser de dois tipos: físico-biótico ou

socioeconômico. Os indicadores físico-bióticos são escolhidos de acordo

com o tipo de uso da terra e da lista de qualidades da terra (Quadro 2). Já

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os socioeconômicos são escolhidos de acordo com as dinâmicas

populacionais e econômicas mais atuantes (Quadro 3).

Quadro 2 – Exemplos de indicadores físico-bióticos

Relativo Exemplo

à superfície da terra

Ausência de erosão por água ou ventoConstância de runoff

ao soloAusência de salinidadeAcidificação ou perda de atividade biológica devido à ação humana

ao substratoAusência de poluição devido a atividades humanasConstância de profundidade e qualidade das águas subterrâneas

Quadro 3 – Exemplos de indicadores socioeconômicos

Relativo Exemplo

à migração Ausência de êxodo rural

à saúde

Manutenção de suficiência alimentar e dietas bem-balanceadasDiminuição ou ausência de doenças devido a condições insalubres nas populações rurais

à educaçãoConstância ou aumento de frequência e procura nas escolas primárias

3.4.3.2 Experiências com uso de indicadores

Indicadores são utilizados em diversas áreas do conhecimento.

Dentre os trabalhos publicados com uso de indicadores, alguns são

especificamente relacionados ao processo de desenvolvimento do

Gerenciamento Costeiro Integrado.

Ehler (2003) levantou e analisou indicadores para medir a

performance do processo de governo com relação ao gerenciamento

costeiro, com enfoque na fase de avaliação do programa de

gerenciamento e na necessidade de desenvolvimento de indicadores

orientados ao processo e orientados à tomada de decisão, de forma a

prover um gerenciamento costeiro adaptativo.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 28

Henocque (2003) examinou cinco estudos de caso na França, para

avaliar as experiências locais de gerenciamento costeiro e o uso de

instrumentos de planejamento. O autor sugeriu a criação, a partir do

estudo, de um manual de práticas adequadas ao gerenciamento de

regiões costeiras não somente francesas, mas também de qualquer outra

região mundial.

Olsen (2003) apresentou dois modelos com uso de indicadores para

avaliação do progresso das iniciativas de gerenciamento costeiro. O

primeiro relaciona quatro ordens de resultados que agrupam as

sequências de mudanças institucionais, sociais e ambientais, que podem

levar a formas mais sustentáveis de desenvolvimento costeiro. O segundo

é uma versão do modelo consagrado de evolução do gerenciamento

costeiro apresentado pelo GESAMP (1996).

Bowen e Riley (2003) relacionaram indicadores socioeconômicos

com o gerenciamento costeiro. Os autores afirmaram que a análise e o

estabelecimento de programas dirigidos por indicadores para estudar as

mudanças na costa e nos sistemas de bacias hidrográficas tem

aumentado devido às pressões e impactos socioeconômicos nessas

regiões.

Linton e Warner (2003) relacionaram bioindicadores importantes

para a Zona Costeira do Caribe. Os autores discutiram que os

bioindicadores podem fornecer sinais da condição biológica dos

ecossistemas. E, principalmente, que os mesmos alertam sobre algum

tipo de degradação ou poluição em estágio inicial, permitindo que

medidas sejam tomadas a fim de preservar recursos naturais de valor

crítico.

Outros trabalhos são relacionados ao Desenvolvimento Sustentável

(DS). Hanson (2003) mediu o progresso mediante DS e relacionou

indicadores de sustentabilidade a nível nacional, indicadores de

progresso regional e local. O autor ressaltou que os indicadores são

medidas importantes uma vez que fornecem o retrato de sistemas

complexos.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 29

Talaue-McManus et al. (2003) apresentaram o modelo LOICZ

(Land-Ocean Interactions in the Coastal Zone), projeto do programa

International Geosphere-Biosphere Programme, que tem seu foco na

quantificação da relação da Zona Costeira Global na ciclagem de carbono

e de nutrientes. Os pesquisadores listaram indicadores físico-bióticos e

socioeconômicos importantes na avaliação costeira, incluindo a

contribuição da população e das atividades econômicas na geração de

lixo, que resultam em estados do sistema costeiro relacionados à

produção primária e à ciclagem de nutrientes.

Kabuta e Laane (2003) levantaram indicadores ecológicos baseados

em extensiva série de dados oriundos de programas de monitoramento no

Mar do Norte e relacionados às atividades humanas. Desse modo, os

pesquisadores avaliaram os efeitos de impactos antrópicos nos

ecossistemas. Os mesmos argumentaram que mudanças de longo período

podem ser esclarecidas pelo uso desses indicadores.

Rice (2003) relacionou categorias de indicadores de saúde

ambiental e apontou que os indicadores de estado do ecossistema têm

ligação com a comunicação e o suporte à decisão.

3.5 Análise ambiental

3.5.1 Paisagem

3.5.1.1 Definições de paisagem

Na literatura científica podemos encontrar diversas definições de

paisagem:

“Paisagem é um sistema complexo que é parte da superfície da terra, formada pela atividade da rocha, água, ar, plantas, animais e pelo homem, a qual através de suas semelhanças e interrelações formam uma entidade reconhecível” (SIMÕES-MEIRELLES, 1997, p. 21)

“A paisagem não é a simples adição de elementos geográficos disparatados. É, em uma determinada porção do espaço, o resultado de combinação dinâmica, portanto instável de elementos físicos, biológicos e antrópicos que fazem parte de um conjunto único e indissociável, em perpétua evolução.” (BERTRAND, 2002 apud FERREIRA, 2003)

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“Dos muitos conceitos de paisagem, interpretados por profissionais de diversas áreas, os mais atuais a deinem como sendo a expressão do produto de interação espacial e temporal do indivíduo com o meio.” (IUCN, 1984 apud FERREIRA, 2003)

“Paisagem é um conceito amplo na atualidade, pois esta é utilizada pelas mais diversas áreas de pesquisa, tais como a Geografia, a Arquitetura, as Artes Plásticas, a Psicologia, Meio-Ambiente etc. Entender a estrutura, o funcionamento e as mudanças que ocorrem na paisagem é vital para garantirmos um desenvolvimento equilibrado para as gerações presentes e futuras, pois este é o verdadeiro desafio para legar qualidade de vida para a sociedade.” (POLETTE, 2000 apud FERREIRA, 2003)

Segundo Forman & Godron apud Ferreira (2003), a paisagem pode

ser classificada da seguinte forma:

1. Paisagem natural: sem significativo impacto humano;

2. Paisagem manejada: onde as espécies nativas são manejadas ou

cultivadas;

3. Paisagem cultivada: com vilas e manchas de ecossistemas naturais

ou manejados;

4. Paisagem suburbana: área urbana ou rural com manchas

heterogêneas de áreas residenciais, centros comerciais, pastos,

vegetação cultivada e áreas naturais e

5. Paisagem urbana: grande matriz com vários quilômetros e

densamente construída.

3.5.1.2 Características das paisagens

Segundo Simões-Meirelles (1997, p.22), as paisagens são

formações muito complexas caracterizadas por:

1. poliestrutura e heterogeneidade na composição dos elementos que

os integram;

2. múltiplas relações tanto internas quanto externas;

3. variação dos estados e

4. diversidade hierárquica tipológica e individual;

3.5.1.3 Propriedades das paisagens

Segundo Mateo (1991) apud Simões-Meirelles (1997, p.22), a

paisagem pode se caracterizar pelas seguintes propriedades:

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1. pela homogeneidade na composição dos elementos e componentes

que a integram e pelas suas interações e interrelações;

2. pelo caráter sistêmico e complexo da sua formação que determina a

sua integridade e a sua unidade;

3. pelo range de intercâmbio de fluxo de substâncias, energia e

informação, o que determinam seu metabolismo e funcionamento e

4. pela homogeneidade relativa das associações espaciais que

territorialmente se caracterizam, com regularidade de

subordenação espacial e funcional.

3.5.1.4 Regionalização das paisagens

Segundo Simões-Meirelles (1997, p.24):

“O procedimento científico de regionalizar, consiste em determinar o

sistema de divisão territorial de entidades de qualquer espécie

(administrativos, econômicos, naturais etc.). A regionalização natural

engloba todos os tipos de regionalização dos componentes e complexos

da envoltura geográfica (regionalizações climáticas, edáficas, físico-

geográficas etc.). Em particular, a regionalização físico-geográfica ou da

paisagem consiste no esclarecimento, classificação e cartografia dos

complexos físico-geográficos individuais tanto naturais, como

modificados pela atividade humana e a compreensão de sua composição,

estrutura, relações, desenvolvimentos e diferenciações.”

3.5.1.5 Unidade geoecológica territorial

A unidade geoecológica territorial é um conceito fundamental na

Ecologia da Paisagem e é definida como uma porção do território

ecologicamente homogênea na escala considerada (ZONNEVELD, 1989 apud

SIMÕES-MEIRELLES, 1997, p.25). A unidade geoecológica territorial serve

como base para o estudo dos relacionamentos topológicos e funcionais.

3.5.1.6 Formas de geração de unidades territoriais

Algumas técnicas são sugeridas por Simões-Meirelles (1997, p. 25)

para a delimitação de unidades territoriais:

1. Interpretação de imagens de satélite;

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2. Utilização de mapas temáticos e

3. Levantamentos de campo.

3.5.1.7 Ecologia da paisagem

A Ecologia da Paisagem é a ciência que estuda os padrões de

paisagem e como estes interagem ao longo do tempo (FERREIRA, 2003). De

acordo com Simões-Meirelles (1997), a Ecologia da Paisagem é uma

parte da Geografia que estuda o aspecto ecológico-funcional. Dessa

forma, pesquisas a respeito da influência das atividades humanas sobre

os sistemas naturais devem levar em conta as interações entre as

unidades geoecológicas territoriais estabelecidas.

Ferreira (2003) apresentou uma síntese dos princípios gerais

emergentes das paisagens, que devem ser levados em conta, quando

estabelecido o processo de planejamento e gestão de uma unidade

geoecológica territorial, como por exemplo, de um setor litorâneo

(Quadro 4).

3.5.1.8 Dinâmica das paisagens

Segundo Mateo (1991) apud Simões-Meirelles (1997, p.30)

“O estudo da dinâmica da paisagem se baseia na concepção da

análise espaço-temporal e de síntese das paisagens, que inclui:

a estrutura vertical, o funcionamento e os estados.

A dinâmica da paisagem pode ser definida como sendo as trocas

existentes no sistema que ocorrem no meio de uma mesma

estrutura e que não conduzem a sua transformação

quantitativa. As trocas dinâmicas se caracterizam pela

periodicidade e reversibilidade e ocorrem como conseqüência

do conjunto de processos que se manifestam no interior da

paisagem. Desta forma, o funcionamento da paisagem depende

de seu estado.(...) Os estados, temporais ou dinâmicos,

constituem a estrutura temporal da paisagem”

De acordo com a Dinâmica das Paisagens, podem ser distinguidas

três categorias de estado: de curto, de médio e de longo tempo. Os de

curto tempo oscilam entre alguns minutos até um dia (por exemplo, a

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variação da luz durante um dia). Os de médio tempo oscilam entre um dia

até um ano (por exemplo, a variação das estações do ano). Os de longo

tempo são aqueles com período superior a um ano (por exemplo, as

variações climáticas). (MATEO, 1991 apud SIMÕES-MEIRELLES, 1997, p.30)

Quadro 4 – Princípios gerais emergentes das paisagens

Característcas da Ecologia da Paisagem

Princípios da Ecologia da Paisagem

Enunciado da Ecologia da Paisagem

Estrutura da paisagem

Princípio estrutural e de funcionamento da paisagem

A paisagem é heterogênea e difere estruturalmente na distribuição de espécies, energia e material entre as manchas, corredores, corredores e matriz presente. Consequentemente, paisagens diferem funcionalmente no fluxo de espécies, energia e material entre esses elementos estruturais da paisagem.

Princípio da diversidade

biótica

A heterogeneidade da paisagem diminui em abundância a raridade das espécies, aumentando a abundância das espécies de borda e de animais que requerem dois ou mais elementos de paisagem.

Funcionamento da paisagem

Princípio do fluxo de espécies

A expansão e contração de espécies entre elementos da paisagem têm ambas um efeito grande e é controlada pela heterogeneidade da paisagem.

Princípio da redistribuição de

nutrientes

A taxa de distribuição de nutrientes minerais entre os elementos da paisagem aumenta com a intensidade dos distúrbios nos elementos da paisagem.

Princípio do fluxo de energia

O fluxo de energia calórica e biomassa ao longo das bordas separando as manchas, corredores e matrizes da paisagem aumenta com o aumento da heterogeneidade da paisagem.

Mudanças da paisagem

Princípio da mudança da

paisagem

Quando não perturbadas, a estrutura horizontal da paisagem tende progressivamente a ser homogênea; moderado distúrbio rapidamente aumenta a heterogeneidade e distúrbio severo pode aumentar ou diminuir a heterogeneidade.

Princípio da estabilidade da

paisagem

Estabilidade de um mosaico de paisagem pode aumentar de três formas distintas: a uma estabilidade física do sistema (caracterizada pela ausência de biomassa); rápido recobrimento da paisagem pelos distúrbios (baixa biomassa presente) e a uma alta resistência ao distúrbio (usualmente alta biomassa presente).

Fonte: Formann & Godron (1986) adaptado por Polette (2000).

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3.6 Sistemas de Informação Geográfica como ferramenta para a

análise ambiental

3.6.1 Categorias ou tipos de Geosistemas

Mateo (1991) apud Simões-Meirelles (1997, p.23) classificou os

geosistemas de acordo com os elementos que os formam, com o grau de

organização dos sistemas e com o caráter das relações entre os

elementos (Quadro 5).

Quadro 5 – Categorias de geosistemas

Categoria Definição

geosistemas naturais

Parte da superfície terrestre, nas quais os componentes individuais da natureza se encontram em relação estreita uns com os outros e que, como um todo, interatuam com as partes vizinhas da esfera cósmica e da sociedade humana.

geosistemas técnicos-naturais

Nos quais se produzem a interação entre os objetos técnicos e os naturais. A unidade de tal conjugação se determina pela coincidência territorial da estrutura técnica e o sistema natural e a unidade das funções sócio-econômicas que cumprem e a interação entre a energia, a matéria e a informação que se subordinam espacialmente.

geosistemas integrais

São formações territoriais complexas, que incluem desde qualidade de subsistemas, à natureza e à sociedade com seus diferentes tipos de atividades: produtivas, culturais, recreativas etc.

geosistemas antropogênico

s

Variante dos geosistemas integrais. São antropocêntricos, constituindo sistemas bio-sociais, auto-organizados, parcialmente dirigidos.

geosistemas culturais

Caracterizam-se por um grau menor de complexidade, incluindo subsistemas turísticos, territórios naturais e histórico-culturais.

3.6.2 Sistemas de Informação Geográfica (SIGs)

Estudos que envolvam a análise ambiental requerem o tratamento

de dados que estão espacializados e referenciados geograficamente.

Nesse contexto, os Sistemas de Informação Geográfica (SIGs) tornaram-

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se ferramentas indispensáveis e úteis na visualização dos resultados, seja

em que escala for – local, regional ou global.

Os SIGs têm sido utilizados por profissionais de diversas áreas do

conhecimento. Como exemplo, profissionais de saúde podem utilizá-los na

tentativa de mapear a disseminação de um foco de doença, os

engenheiros podem utilizá-los para decidir sobre as melhores vias para

construção de uma estrada, os logísticos podem lançar mão destes para

escolher as melhores rotas para transporte de determinado produto. Mas

os SIGs têm sido utilizados principalmente pelos geocientistas, uma vez

que tais pesquisadores lidam freqüentemente com dados geográficos.

Assim, mapeamentos de diversos tipos são possibilitados e cruzamentos

temáticos são normalmente realizados com uso dessa poderosa

ferramenta.

Simões (1993, p.13) discutiu as dificuldades relacionados ao

manuseio e recuperação de dados de mapas convencionais, impressos em

papel. A pesquisadora reportou a constatação de um fato: os mapas

digitais têm sido amplamente utilizados na análise espacial:

“A utilização da computação digital como uma ferramenta para

o manejo de dados, logo extendeu sua aplicação ao

armazenamento e manipulação de dados espaciais.

Atualmente, os Sistemas de Informação Geográfica (SIGs)

juntamente com a computação gráfica estão cumprindo um

papel semelhante ao dos mapas convencionais na condução da

análise espacial.”

3.6.2.1 Definição de SIG

O termo Sistema de Informação Geográfica é aplicado para

sistemas que realizam o tratamento computacional de dados geográficos

e armazenam a geometria e os atributos dos dados que estão

georreferenciados – localizados na superfície terrestre e representados

em uma projeção cartográfica.

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Simões (1993, p.12) apresentou a definição para tais sistemas e

indicou a importância do uso dos mesmos na tomada de decisão:

“Os sistemas de informação geográfica são sistemas

computacionais nos quais as informações são organizadas,

analisadas e apresentadas tendo como referência a

localização. Devido a esta característica, os SIGs são utilizados

na manipulação de informações geográficas em geral, no

desenvolvimento de projetos e no auxílio a tomada de decisões,

principalmente por parte de órgãos governamentais,

estendendo suas aplicações ao monitoramento ambiental,

controle de ocupação e expansão urbana, uso da terra para

fins agrícolas, estudo de áreas de risco de poluição,

deslizamento etc.”

3.6.2.2 Componentes do SIG

De modo geral, o SIG tem os seguintes componentes:

• Interface com o usuário;

• Entrada e integração de dados;

• Funções de processamento gráfico e de imagens;

• Visualização e plotagem e

• Armazenamento e recuperação de dados, organizados sob a forma de

um banco de dados geográfico;

Cada sistema implementa esses componentes de forma

diferenciada, porém todos esses subsistemas estão presentes.

3.6.2.3 Ferramentas para análise de múltiplos mapas

Pode-se distinguir três grupos de análises em um Sistema de

Informação Geográfica: análise sobre um único mapa, análise sobre dois

mapas e análise sobre múltiplos mapas.

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Na análise regional comumente são trabalhados múltiplos mapas,

conforme citado por Simões-Meirelles (1997, p.39-40):

“No caso do estudo do ambiente para projetos de planejamento

regional, uma série de análises devem ser realizadas acerca das

vulnerabilidades, fragilidades naturais, mudança

antropogênicas, potencialidades sócio-biofísica, potencialidades

sócio-econômica, dentre outras. A partir do resultado destas

análises, uma série de outras informações derivadas ou

diagnoses podem ser elaboradas, novamente através da análise

destas informações.”

Dentre as análise de múltiplos mapas, as mais utilizadas são:

• Aplicação de operadores booleanos sobre uma série de mapas de

entrada, quando o critério for determinado por um conjunto de regras

determinísticas;

• Avaliação de cada área de acordo com um critério de pesos, o que

resulta em graduação definida através de uma escala segundo o grau

de adequação da área aos critérios adotados. Tais modelos

normalmente são prescritivos, uma vez que envolvem a aplicação de

uma série de critérios que são fixados a partir de características

desejáveis. Os modelos preditivos têm como propósito principal a

determinação do potencial da área de estudo para um determinado fim.

(BONHAM-CARTER, 1994 apud SIMÕES-MEIRELLES, 1997, P.39);

A atribuição de pesos pode ser efetuada através da utilização de

critérios estatísticos, utilizando-se uma região conhecida para

relacionamentos espaciais entre os mapas de predição e os mapas de

saída, ou através da estimativa mediante opinião de especialistas. O

primeiro caso de modelagem é denominado como data-driven, enquanto

que o segundo como knowledge-driven. (SIMÕES-MEIRELLES, 1997, p.40)

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3.6.3 Importância dos SIGs na análise ambiental

O progressivo aumento da quantidade de dados utilizados nas

análises geográficas foi explicitado por Simões-Meirelles (1997, p.22):

“As investigações científicas com relação aos sistemas se

transformaram da simples descoberta de objetos à estudar-se

as relações entre eles. Isto tem conduzido a necessidade de

se analisar uma grande quantidade de variáveis. Assim,

dependendo do objeto do estudo, torna-se praticamente

impossível estudar tais situações complexas por métodos

tradicionais.”

Como vantagens na utilização do SIG na análise ambiental podemos

citar (DANGERMOND, 1990 apud SIMÕES, 1993, p.13-14):

1. Os dados são mantidos num formato físico compacto, através do uso

de arquivos magnéticos;

2. Os dados podem ser mantidos e extraídos a um custo menor;

3. Os dados podem ser recuperados com uma velocidade maior;

4. Várias ferramentas computadorizadas permitem que uma variedade

de manipulações sejam efetuadas, tais como: superposição de

mapas, transformações, desenho gráfico e manipulações na base de

dados;

5. Informações gráficas e não gráficas podem ser integradas e

manipuladas simultaneamente;

6. Pode-se elaborar modelos conceituais, tais como: capacidade de

uma região para cultivo, controle do uso do solo etc. Isto facilita a

avaliação de critérios políticos e técnicos para áreas extensas,

utilizando-se um consumo menor de tempo;

7. A análise de mudanças ao longo do tempo podem ser efetuadas

eficientemente para dois ou mais períodos de tempo;

8. Ferramentas automáticas de desenho podem ser utilizadas na

produção final de mapas cartográficos e

9. Algumas formas de análise, que simplesmente não poderiam ser

realizadas eficientemente pelo processo manual, podem ser

efetuadas com baixo custo como é o caso da realização de análises

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de terrenos na forma digital, tais como: cálculo da declividade,

aspecto, intensidade do sol ao longo de uma área, delimitação

automática de bacias hidrográficas, etc.

3.6.4 Limitações do Geoprocessamento como uma ferramenta na

análise ambiental

No entanto, como toda ferramenta, o Geoprocessamento também

apresenta suas limitações. As limitações não dizem respeito aos recursos,

mas sim aos possíveis erros associados (inerentes aos dados,

operacionais, advindos do modelo lógico escolhido etc). como agravante,

pode haver propagação de erros, pela manipulação da informação que já

contiver erro em sua origem (por exemplo, uma medida inadequada).

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ÁREA DE ESTUDOO estado do Rio de Janeiro (Fig.1) está compreendido entre as

latitudes 21 e 230 S e longitudes 41 e 450 W. A sua Zona Costeira (ZC)

abrange uma área de aproximadamente 19.000 km2 e compreende uma

faixa marítima de 12 milhas náuticas de extensão e uma faixa continental

que agrega 34 municípios litorâneos. O seu litoral estende-se por mais de

850 quilômetros, onde vivem aproximadamente 80% da população

fluminense (11 milhões de pessoas), com uma densidade demográfica de

585 hab/km2 (FEEMA, 2005).

A Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro

(CIDE) publicou no Anuário Estatístico do Rio de Janeiro de 2002 as

regiões de governo (segundo divisão do Governo do Estado do Rio de

Janeiro) e as microrregiões geográficas (segundo a divisão do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística). (CIDE, 2002) (Fig. 2)

Figura 1 – Delimitação política do Estado do Rio de Janeiro.

(fonte: IBGE, 2005).

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Figura 2 - Regiões de Governo e Microrregiões Geográficas do

Estado do Rio de Janeiro. (fonte: FUNDAÇÃO CIDE, 2002)

Segundo o IBGE, as microrregiões (Fig. 3) são agrupamentos de

municípios e as mesoregiões são agrupamentos de microrregiões.

Figura 3 – Microrregiões segundo a classificação do IBGE. (IBGE, 2005)

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4.1 Geomorfologia

O estado do Rio de Janeiro está geotectonicamente contido na Província

Mantiqueira (Fig. 4), a mais complexa província estrutural afetada pelo Ciclo

Orogênico neoproterozóico/cambriano (Brasiliano) na América do Sul. Esta

província, com cerca de 700.000 km2, estende-se do paralelo 33ºS, no Uruguai,

até o Sul da Bahia, no paralelo 15ºS, por cerca de 3.000 km de extensão e com

largura média de 200 km, paralelamente à costa brasileira (Silva et al., 2001).

Figura 4 - Domínios tectono-magmáticos do estado do Rio de Janeiro

e áreas adjacentes. (fonte: Silva et al., 2001)

Para os padrões brasileiros, a geomorfologia do Rio de Janeiro é

extremamente acidentada. Apesar de alguns trechos relativamente amplos de

planícies costeiras, há predominância de morros. É notável a ausência de áreas

de planalto, comuns mesmo em outros estados montanhosos como São Paulo,

Minas Gerais e Paraná (DRUMMOND, 1997, p. 74).

As quatro províncias topográficas básicas encontradas são: a Planície

Costeira, a Serra do Mar, a Serra da Mantiqueira e o Vale do Paraíba do Sul.

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A Planície Costeira (ou Baixada Fluminense) é uma faixa descontínua de

terras aplainadas ou levemente onduladas entre o litoral atlântico e o sopé

oriental da Serra do Mar, formada por depósitos fluviais (principalmente do rio

Paraíba do Sul), lacustres e oceânicos, originados no Quaternário. No Litoral Sul

do estado, a planície costeira é muito estreita e freqüentemente desaparece por

completo quando as escarpas da Serra do Mar caem diretamente no Atlântico.

Tais escarpas são parcialmente cobertas por vegetação, separadas por praias

relativamente curtas e com estreitas faixas de areia, espremidas contra os sopés

das serras. amplia-se consideravelmente atrás das baías de Sepetiba e

Guanabara, a partir de Itaguaí, chegando a uma largura média de 50km. Ela

continua para o norte, a partir da Região dos Lagos, com uma largura média de

30 km. Nesses trechos, são freqüentes as ‘Serranias Costeiras’, morros ou

formações rochosas imponentes e isoladas da Serra do Mar, como as Serras da

Carioca, da Pedra Branca, da Tiririca e de Rio Bonito ou as Pedras de Itaipu, do

Pão de Açúcar e de Guaratiba. (DRUMMOND, op. cit., p.75-76).

Da Baía de Sepetiba em direção ao norte, toda a planície foi formada

basicamente por depósitos do rio Paraíba do Sul e por depósitos de origem

oceânica. O litoral desse trecho caracteriza-se por uma sucessão de restingas e

praias alongadas, as quais unem pedras outrora isoladas, formando lagunas

costeiras e baías. Principalmente nas baías de Angra dos Reis, Sepetiba e

Guanabara formaram-se manguezais que expressam a contínua deposição de

sedimentos fluviais de origem recente em terras anteriormente cobertas

permanentemente pelo mar ou intermitentemente pelas marés. Mais ao norte, a

Planície Costeira se funde com os depósitos fluviais e lacustres oriundos do

delta do rio Paraíba do Sul, formando uma área denominada como Baixada

Campista. Nessa região, a planície penetra 60 km ou mais no continente,

incluindo as terras banhadas pelo rio Muriaé, afluente do rio Paraíba do Sul.

Essa é a maior área plana do estado. (DRUMMOND, op. cit., p.76)

A Serra do Mar forma uma barreira montanhosa, paralela à costa e

claramente voltada para o Atlântico. Rochas do Pré-Cambriano médio e tardio

(principalmente granito e gnaisse) constituem-na e a altitude média de sua

crista fluminense gira em torno de 1.000 m, com picos de altitude bem elevados

para padrões brasileiros, como a Pedra do Sino (2.263 m) e da Caledônia (2.284

m). (DRUMMOND, 1997, p.76-7).

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Os trechos mais extensos da Serra do Mar caracterizam-se por pedras e

morros arredondados muito próximos uns dos outros, formando uma paisagem

bastante acidentada, com pouquíssimas áreas planas. Essa paisagem é

consagrada na terminologia topográfica brasileira como ‘Mares de morros’.

Bastante próxima do mar no litoral sul do estado, a Serra do Mar recua

consideravelmente por trás das Baías de Sepetiba e de Guanabara. Em direção

ao norte, acima da latitude de 220S, se reaproxima do litoral, mas as altitudes

médias vão caindo e as serras se espaçam entre si, até que a serra é

definitivamente cortada pelo rio Paraíba do Sul. Ao norte do delta do rio, há

algumas formações montanhosas mais baixas e próximas ao litoral,

remanescentes de um espinhaço da Serra da Mantiqueira. (DRUMMOND, op. cit.,

p.76-7)

O Vale do Paraíba do Sul é uma estreita cadeia de montanhas e vales,

espremida entre a face ocidental da Serra do Mar e a face oriental da Serra da

Mantiqueira. Apesar do gradiente da face ocidental da Serra do Mar ser mais

suave do que o da face oriental, ainda assim encontra-se paisagem acidentada

de ‘Mares de Morros’, com elevações arredondadas de altitudes iguais. Por

entre esses morros descem muitos rios relativamente curtos, fluindo em direção

ao rio Paraíba do Sul, o rio mais volumoso a desaguar no Oceano Atlântico Sul

brasileiro. (DRUMMOND, op. cit., p.77)

4.2 Vegetação

Estudos geológicos, biológicos e climatológicos e a relativamente extensa

literatura de exploradores e viajantes permitem estimar que o atual território

fluminense, em torno do ano de 1500, estava coberto em 92 a 95% de sua área

por florestas úmidas tropicais, latifoliadas e perenifólias. Essas florestas eram

maduras, primárias ou secundárias e parte de uma formação maior, cujo nome

comum é Mata ou Floresta Atlântica ou, de forma mais técnica, “Floresta Úmida

Tropical e Subtropical da Costa Atlântica”. (DRUMMOND, op. cit., p.78)

Mesmo nos seus parcos remanescentes, hoje estimados em cerca de 8% de

sua área original, a Mata Atlântica contém marcantes contrastes e endemismos.

Supõe-se que a Mata Atlântica do ano de 1500 nada devia às atuais florestas

úmidas amazônicas em termos de biodiversidade. A Mata Atlântica foi a maior

extensão contínua de florestas tropicais destruídas pela espécie humana em

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tempos históricos. A atividade humana no Rio de Janeiro posterior ao ano de

1600 colaborou em muito para tal processo destrutivo (DRUMMOND, op. cit., p.79).

As restingas formam uma vegetação relativamente modesta e, por vezes

esparsa, associada a praias, areais, margens de lagoas e dunas. A vegetação é

formada predominantemente por gramíneas e ervas, com poucas plantas

lenhosas (arbustos ou árvores). (DRUMMOND, op. cit., p.79)

Os manguezais das baías de Angra dos Reis, de Sepetiba e de Guanabara

são formações com arbustos e árvores adaptadas à salinidade, de porte médio a

grande, muitas vezes com populações densas, localizadas em terras cobertas

periodicamente por marés. (DRUMMOND, op. cit., p.80)

4.3 Climatologia e Meteorologia

Pela sua posição latitudinal - cortado pelo Trópico de Capricórnio e em

relação aos sistemas de circulação atmosférica – situado sob a trajetória

preferencial de correntes de origem polar, a distinção entre as temperaturas

máximas diárias registradas no verão e as mínimas no inverno é um fato

climático que não se deve desprezar, principalmente em áreas situadas ao sul do

trópico. Esse caráter se torna ainda mais importante quando se leva em conta a

variabilidade térmica destas estações: anos há em que o verão é extremamente

quente e longo, enquanto que em determinados anos o inverno é muito intenso,

a ponto de causar graves transtornos à economia rural. Entretanto, o caráter de

transição climática da Região Sudeste inclina-se mais para climas tropicais do

que para os temperados: a marcha estacional da precipitação, determinando

uma estação muito chuvosa e outra seca, constitui sua característica mais

importante. (NIMER, 1979, p.275)

4.4 Oceanografia

A costa do estado do Rio de Janeiro apresenta orientação geral NE-SW, só

interrompida entre Maricá e Cabo Frio, onde a direção é predominantemente E-

W. Nesta região, com o prolongamento do Cabo Frio avançando cerca de 20km

mar adentro, a inflexão da linha de costa e do conjunto de curvas batimétricas

causa modificações tanto na topografia como no relevo (Fig. 5) (ZEMBRUSCKI,

1979 apud BIZERRIL, 2001, p.13).

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 46

Tal inflexão proporciona o desenvolvimento de ambientes costeiros

diferenciados ao sul e ao norte da Ilha de Cabo Frio. Ao sul da ilha, ocorre um

litoral retilíneo exposto a regimes hidrodinâmicos intensos. Ao norte, o litoral

apresenta-se recortado e exposto a um hidrodinamismo menos intenso (MUEHE,

1979; SILVA, 1985 apud BIZERRIL, 2001, p.13).

No setor Cabo de São Tomé-Cabo Frio e também na área norte do

Embaiamento de São Paulo, até Angra dos Reis, aproximadamente, há uma

alternância de costas do tipo ria (costa muito recortada onde o mar é pouco

profundo) e, sobretudo, costas baixas retificadas, com lagunas interiores

colmatadas, originadas por construções marinhas do tipo restinga (LAMEGO, 1940,

1954; RONCARATTI & NEVES, 1976 apud BIZERRIL, 2001, P. 13).

Entre o Rio Itabapoana e o Cabo de São Tomé, e entre Macaé e Cabo Frio,

as curvas batimétricas de 40m e 80-100m, respectivamente, assumem forma

convexa em relação à costa, sugerindo frentes de progradação sedimentar

(KOWSMANN et al. 1978 apud BIZERRIL, 2001, P.13). Ao sul de Cabo Frio a plataforma

continental apresenta 50km de extensão, e em frente à Ilha de Cabo Frio a

isóbata de 100m dista apenas 6,5km da linha de costa (LANA et al. 1996 apud

BIZERRIL, 2001, P.13).

Formas erosivas não são muito freqüentes no litoral fluminense, com

exceção de alguns canais (Cabo Frio, Rio de Janeiro, Ilha Grande e Búzios) que

cortam perpendicularmente a faixa interna da plataforma (ZEMBRUSCKI, 1979

apud BIZERRIL, 2001, p.13-14). Segundo o mesmo autor, identifica-se ainda na

região cânions que nascem na plataforma e cortam o talude (Cânions Macaé e

Guanabara), ou que começam no talude e avançam até o sopé continental

(Cânion Cabo Frio).

As condições hidrológicas da região costeira do Rio de Janeiro (Fig. 6) são

basicamente determinadas pela predominância de Águas Tropicais (AT) quentes,

salinas (temperatura > 18o C; salinidade > 36,0) e oligotróficas, transportadas

em sentido sul/sudoeste pela Corrente do Brasil. Essa massa de água ocorre na

camada superficial (0-200m), sobre as proximidades da quebra da plataforma

continental e no talude, acima da termoclina permanente. Abaixo da AT ocorre a

Água Central do Atlântico Sul (ACAS; 200-700m) e, além dos 800 m, a Água

Intermediária Antártica (AIA), seguida pela Água Profunda do Atlântico Norte (>

1.100m). (BIZERRIL, 2001, p.15)

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 47

Figura 5 - Distribuição das isolinhas de mesma profundidade

presentes na costa do Rio de Janeiro. (BIZERRIL, 2001)

Figura 6 - Distribuição das diferentes massas d’água

presentes na costa do Rio de Janeiro. (BIZERRIL,

2001)

A ACAS é uma água subtropical (7o C < temperatura < 18o C), rica em

nutrientes, transportada em direção ao norte ao longo do talude e que tem sua

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 48

origem na região da Convergência Subtropical, quando parte das águas da

Corrente das Malvinas mergulha por baixo da Corrente do Brasil. De forma

sazonal, a ACAS pode ser encontrada em menores profundidades no litoral

fluminense como resultado de ressurgências, mais freqüentes na região de Cabo

Frio (Lat. 23oS). A mistura das águas tropicais e subtropicais (AT e ACAS)

somada ao efeito local de deságues continentais, resulta na chamada Água

Costeira (AC), que ocorre entre a plataforma interna e o litoral (< 50m), e que

apresenta salinidade extremamente variável e temperaturas intermediárias.

(BIZERRIL, 2001, p.15)

Processo particularmente destacável na costa fluminense é a ressurgência,

consistindo no evento no qual as águas oceânicas profundas ou subsuperficiais

alcançam a superfície (MAGLIOCCA, 1987 apud BIZERRIL, 2001, p.16).

No Atlântico Sul-Ocidental, entre a região equatorial e a Convergência

Subtropical, a presença de uma termoclina permanente resultante do

“empilhamento” de água quente superficial da Corrente do Brasil para o lado

ocidental das bacias oceânicas, causa uma marcada estratificação térmica. O

estoque de nutrientes inorgânicos dissolvidos mais próximo da zona eufótica

nesta região encontra-se nas camadas subsuperficiais da Água Central do

Atlântico Sul (ACAS), e qualquer processo oceanográfico que rompa a estrutura

fisicamente estável da termoclina resulta em ressurgência (BRANDINI et al., 1997,

apud BIZERRIL, 2001, p.16-17).

No litoral do Estado do Rio de Janeiro, a região de Cabo Frio (23o S)

representa um ponto particular na costa brasileira onde ocorre ressurgência

periódica da ACAS e que, segundo Rocha et al. (1975) apud Bizerril (2001,

p.17), marca a transição entre os ambientes tropicais, ao norte, e os ambientes

subtropicais e temperados, ao sul.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 49

4.5 Municípios costeiros

Litoral Norte – Fluminense

Macaé

Figura 7 - Mapa do município de Macaé. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

Carapebus

Figura 8 - Mapa do município de Carapebus. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

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Quissamã

Figura 9 - Mapa do município de Quissamã. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

Campos

Figura 10 - Mapa do município de Campos. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

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São João da Barra

Figura 11 - Mapa do município de São João da Barra. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

São Francisco de Itabapoana

Figura 12 - Mapa do município de São Francisco de Itabapoana. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

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Litoral da Região dos Lagos

Saquarema

Figura 13 - Mapa do município de Saquarema.(fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

Araruama e Iguaba Grande

Figura 14 - Mapa dos municípios de Araruama e Iguaba Grande. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

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São Pedro d´Aldeia e Arraial do Cabo

Figura 15 - Mapa dos municípios de São Pedro d´Aldeia e Arraial do Cabo. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

Cabo Frio e Armação dos Búzios

Figura 16 - Mapa dos municípios de Cabo Frio e Armação dos Búzios. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

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Casimiro de Abreu

Figura 17 - Mapa do município de Casimiro de Abreu.(fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

Rio das Ostras

Figura 18 - Mapa do município de Rio das Ostras. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

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Litoral da Baía de Guanabara

Rio de Janeiro

Figura 19 - Mapa do município do Rio de Janeiro. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

Nova Iguaçu

Figura 20 - Mapa do município de Nova Iguaçu. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

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Belford Roxo, São João de Meriti e Nilópolis

Figura 21 - Mapa dos municípios de Belford Roxo, São João de Meriti e Nilópolis. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

Duque de Caxias

Figura 22 - Mapa do município de Duque de Cxias. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

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Magé

Figura 23 - Mapa do município de Magé. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

Guapimirim

Figura 24 - Mapa do município de Guapimirim. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

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São Gonçalo

Figura 25 - Mapa do município de São Gonçalo. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

Itaboraí

Figura 26 - Mapa do município de Itaboraí. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

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Niterói

Figura 27 - Mapa do município de Niterói. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

Maricá

Figura 28 - Mapa do município de Maricá. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

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Litoral Sul

Paraty

Figura 29 - Mapa do município de Paraty. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

Angra dos Reis

Figura 30 - Mapa do município de Angra dos Reis. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

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Mangaratiba

Figura 31 - Mapa do município de Mangaratiba. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

Itaguaí

Figura 32 - Mapa do município de Itaguaí. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

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Seropédica, Queimados e Japeri

Figura 33 - Mapa do município de Seropédica, Queimados e Japeri. (fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro, 2005)

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

63METODOLOGIA

5.1 Levantamento bibliográfico

O primeiro passo foi levantar a bibliografia relacionada à temática escolhida, o que

forneceu o arcabouço de informações para que o estudo fosse proposto e desenvolvido. As

seguintes instituições de pesquisa e de ensino foram visitadas com o objetivo de listar a

bibliografia a ser consultada durante o trabalho e de relacionar os dados que provavelmente

pudessem ser utilizados no mesmo:

1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);

2. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do Ministério

da Educação (INEP/MEC);

3. Instituto Pereira Passos;

4. Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA);

5. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN);

6. Fundação SOS Mata Atlântica (SOSMA);

7. Fundação Centro de Informação e Dados do Rio de Janeiro (Fundação CIDE).

5.2 Formulação de perguntas de pesquisa

A fim de auxiliar na investigação, procedeu-se à formulação de perguntas de pesquisa,

as quais podem ser agrupadas em três tipos:

Perguntas descritivas

– Quais os impactos mais importantes e que ocorrem na Zona Costeira (ZC) do estado do Rio de Janeiro ?

– Quais os municípios que sofrem maior impacto em decorrência do estabelecimento humano na ZC do estado do RJ ?

– Quais os impactos visivelmente associados às regiões mais urbanizadas no estado do RJ e quais os associados às regiões ainda com características rurais no mesmo ?

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Perguntas interpretativas 64

– Por que é importante a utilização da Internet como uma forma de levar ao público os impactos detectados na ZC do estado do RJ ?

– Por que é importante o uso de um Sistema de Informações Geográficas na análise especial envolvida nesse trabalho ?

– Por que é fundamental o uso de indicadores no presente estudo ?– Por que é importante levantar o nível de impacto antropogênico na ZC do estado do RJ ?

Perguntas avaliativas

– Como a avaliação do impacto antropogênico por meio de um atlas digital pode ser útil à sociedade ?

– Como a Internet pode ser uma facilitadora na disseminação das informações a respeito do nível de impacto antropogênico ?

5.3 Formulação de hipóteses

Duas hipóteses foram então formuladas para subsidiar a investigação:

Hipótese 1 – Os indicadores de Desenvolvimento Sustentável fornecem um panorama

simplificado de uma realidade complexa.

Hipótese 2 – O Atlas de Avaliação do Impacto Antropogênico é um subsídio importante para

a gestão dos municípios pertencentes à ZC do estado do RJ.

5.4 Parâmetros e indicadores escolhidos

Classificados nas seis dimensões do desenvolvimento sustentável (DS), uma lista

preliminar de 82 indicadores foi elaborada, a qual serviu como base para a escolha dos

41indicadores mais interessantes, de acordo com os princípios da sustentabilidade em Zcs e

segundo os critérios apresentados por Marzall et al. (2007) para a escolha adequada de

indicadores. A partir da lista definitiva de indicadores (Quadro 6), levantaram-se os dados

relativos aos 49 parâmetros necessários para o cálculo dos índices (Quadro 7). 1734 dados

básicos (95%) foram levantados a partir de uma organização não-governamental (Fundação

SOS Mata Atlântica) e de seis fontes governamentais: IBGE, IPEA, FCIDE, INEPAC,

INEP/MEC, DATASUS/MS, por consulta às páginas institucionais disponíveis na Internet,

por visita aos centros de dados ou por comunicação eletrônica. Os 84 dados básicos ausentes

(5%) foram calculados por meio de correlação estatística bivariada.

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Quadro 6 – Parâmetros utilizados 65

Parâmetro Fonte Parâmetro Fonte

P1 Área territorial (ha) IBGE (2000) P26 Óbitos de habitantes com menos de 1 ano de idade

IBGE (2000)

P2 Área urbanizada (ha) SOSMA (2000)

P27 Número de nascidos vivos IBGE (2000)

P3 Área coberta por Mata Atlântica (ha)

SOSMA (2000)

P28 Número de domicílios particulares permanentes

IBGE (2000)

P4 Área coberta por lavoura permanente (ha)

IBGE (2002) P29 Número de domicílios com banheiro ligado à rede geral

IBGE (2000)

P5 Número de habitantes IBGE (2000) P30 Número de domicílios com abastecimento de água ligado à rede geral

IBGE (2000)

P6 Número de bens histórico- culturais tombados

INEPAC (2005)

P31 Número de domicílios com lixo coletado

IBGE (2000)

P7 IDH- M Renda IPEA (2000) P32 Número de estações de tratamento de água

IBGE (2000)

P8 Número de pessoas que pertencem à PEA

IPEA (2000) P33 Volume de esgoto coletado (m3 / dia) IBGE (2000)

P9 Intensidade da pobreza – linha de R$ 37,75

IPEA (2000) P34 Volume de esgoto tratado (m3 / dia) IBGE (2000)

P10 Intensidade da pobreza – linha de R$ 75,50

IPEA (2000) P35 Extensão da rede de drenagem urbana (ha)

IBGE (2000)

P11 PIB per capita (R$) IBGE (2002) P36 IDH- M Educação IPEA (2000)

P12 Rendimento da indústria (R$) IBGE (2002) P37 Número de matrículas no ensino INEP (2003)

P13 Número de aqüicultores IBGE (2000) P38 Número de docentes INEP (2003)

P14 Número de pescadores IBGE (2000) P39 Número de habitantes com 10 anos ou mais de idade e menos de 1 ano de estudo

INEP (2003)

P15 Rendimento das empresas (R$) IBGE (2000) P40 Número de habitantes com 10 anos ou mais de idade

INEP (2003)

P16 Número de estabelecimentos hoteleiros

INEP (2001) P41 Número de pessoas habitando aglomerados subnormais

FCIDE (2000)

P17 Receita municipal (R$) IPEA (2000) P42 Número de habitantes em área urbana

IBGE (2000)

P18 Área coberta por vegetação secundária (ha)

FCIDE (2001)

P43 Número de aglomerados subnormais FCIDE (2000)

P19 Área coberta por campo/ pastagem (ha)

FCIDE (2001)

P44 Número de homicídios DATASUS (2000)

P20 Área degradada (ha) FCIDE (2001)

P45 Despesa capital municipal (R$) IPEA (2000)

P21 Área coberta por corpos de água em 1994 (ha)

FCIDE (1994)

P46 Despesa corrente municipal (R$) IPEA (2000)

P22 Área coberta por corpos de água em 2001 (ha)

FCIDE (2001)

P47 Despesas municipais por função de Educação e Cultura (R$)

IPEA (2000)

P23 IDH- M Longevidade IPEA (2000) P48 Despesas municipais por função de Saúde e Saneamento (R$)

IPEA (2000)

P24 Esperança de vida ao nascer IPEA (2000) P49 Despesas municipais por função de Segurança Nacional e Defesa Pública (R$)

IPEA (2000)

P25 Óbitos por doenças transmissíveis IBGE (2000)

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Quadro 7 – Indicadores utilizados 66Dimensões Setores Indicadores temáticos DPSIR

AEspacial

A1 - Urbanização A1a - Urbanização Pressão

A2 – Áreas preservadas

A2a - Cobertura por Mata Atlântica Estado

A3 – Uso do solo A3a - Cobertura por lavoura permanente Pressão

B Cultural

B1 – Tomb. de bens histórico- culturais

B1a - Tombamento de bens histórico- culturais Resposta

CEconômi

ca

C1 – Emprego e renda

C1a - IDH- M Renda Estado

C1b - Participação da população na PEA Estado

C1c - Intensidade da linha de pobreza – linha de R$ 37,75 Estado

C1d – Intensidade da linha de pobreza – linha de R$ 75,50 Estado

C2 - PIB C2a – Coeficiente do PIB Estado

C2b – Participação da indústria na economia municipal Pressão

C3 - Pesca C3a - Aquicultores Pressão

C3b - Pescadores Pressão

C4 - Empresas C4a – Participação das empresas na economia municipal Força Diretiva/ Resposta

C4b - Estabelecimentos hoteleiros Pressão

DEcológica

D1 – Modificação da paisagem

D1a - Vegetação secundária Estado

D1b - Cobertura por campo/ pastagem Estado

D1c - Áreas degradadas Estado

D1d - Perda de corpos de água Estado

ESocial

E1 - Saúde E1a - IDH – M Longevidade Estado

E1b - Esperança de vida ao nascer Impacto

E1c – Mortalidade por denças transmissíveis Impacto

E1d - Mortalidade infantil Impacto

E2 - Saneamento E2a - Eficiência do esgotamento sanitário Resposta

E2b – Cobertura do abastecimento de água Resposta

E2c – Eficiência da coleta domiciliar de lixo Resposta

E2d – Cobertura das estações de tratamento de água Resposta

E2e – Cobertura das estações de tratamento de esgoto Resposta

E2f – Cobertura da rede de drenagem urbana Resposta

E3 - Educação E3a - IDH – M Educação Estado

E3b – Inserção na escola Estado

E3c – Suficiência docente Resposta

E3d – Coeficiente de analfabetismo Estado

E4 - Habitação E4a - Densidade demográfica Força diretiva/ Pressão

E4b – População em aglomerados subnormais Impacto/ Pressão

E4c – Aglomeração subnormal Impacto/ Pressão

E5 - Segurança E5a – Homicídios Impacto

FPolítica

F1 – Administração pública

F1a – Despesa capital municipal total Resposta

F1b – Despesa corrente municipal Resposta

F1c – Despesas municipais por função de Educação e Cultura Resposta

F1d – Despesas municipais por função de Saúde e Saneamento Resposta

F1e – Despesas municipais por função de Segurança Nacional e Defesa Pública

Resposta

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5.5 Modelo relacional do banco de dados BD_Rio 67

O modelo lógico do banco de dados BD_Rio foi estabelecido (Figura 34) e o

banco de dados foi implementado com auxílio do sistema gerenciador de bancos de dados

MySQL v. 5.0, sendo executado em um sistema operacional GNU/Linux Debian Sarge.

Codificações foram criadas para identificar as dimensões (A a F) e os indicadores (Ax a Fx,

sendo x um tipo de sequência alfanumérica relativa à dimensão à que pertence e ao tipo,

simples ou agregado), conforme disposto na Tabela 2. O tipo DPSIR – Forças diretoras,

Pressão, Estado, Impacto e Resposta (em inglês, Driven-Forces, Pressure, State, Impact and

Response) (ESL, 2007) de cada indicador foi identificado, informação relevante na análise de

correlações dos resultados.

A tabela dados_base armazena os dados básicos e inclui os campos: ID (auto-

numeração, chave-primária), cod_dados_base (código de identificação do dado básico),

cod_mun (código de identificação do município), valor_dados_base (valor numérico do dado

básico) e estima_dados_basico (se o dado básico foi estimado).

A tabela info_dados_base armazena os metadados dos dados básicos e inclui os

campos: cod_dados_base (chave-primária, código de identificação), um_dados_base (unidade

de medida), desc_dados_base (descrição), cod_fonte (código da instituição de onde se obteve

a medida), ano_dados_base (ano de obtenção da medida) e fonte_arq_dados (detalhes da

localização da fonte da medida).

A tabela fonte_dados armazena as informações das instituições de onde os

dados básicos foram obtidos e inclui os campos: cod_fonte (chave primária, código de

identificação), sigla_fonte (sigla), desc_fonte (descrição).

A tabela mun armazena a descrição dos municípios e inclui os campos:

cod_mun (chave primária, código de identificação do município), nome_mun (nome do

município) e cod_regiao (código de identificação do setor costeiro ao qual o município

pertence).

A tabela regiao armazena a descrição dos setores costeiros do RJ e inclui os

campos: cod_regiao (chave primária, código de identificação), desc_regiao (descrição).

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

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A tabela ind armazena as informações principais dos indicadores e inclui os

campos: cod_ind (chave primária, código de identificação do indicador), nome_ind (nome do

indicador), cod_dim (código da dimensão a qual está associado o indicador), um_ind (unidade

de medida do indicador), cod_calc (código de identificação da fórmula de cálculo do

indicador) e OBS (campo para registro de eventuais observações relacionadas ao indicador).

A tabela dim armazena a descrição das dimensões do desenvolvimento

sustentável e inclui os campos: cod_dim (chave primária, código de identificação), desc_dim

(descrição da dimensão).

A tabela ind_desc armazena as informações que compõem a ficha descritiva

dos indicadores e inclui os campos: cod_ind (chave primária, código de identificação),

cod_ind_pai (código de identificação do indicador-pai), desc (descrição), just (justificativa),

obj (objetivo de seu uso), obtido (descrição da fórmula de cálculo) e DPSIR (tipo DPSIR

associado).

A tabela ind_fator armazena as informações levantadas da análise estatística

exploratória das séries de índices calculados e inclui os campos: cod_ind (chave primária,

código de identificação do indicador), max (valor máximo), min (valor mínimo), dif

(amplitude), L1 (limite entre os níveis baixo e médio de impacto), L2 (limite entre os níveis

médio e alto de impacto), media (média da série), sem (erro padrão da média), DP (desvio

padrão), var (variância), e coef_var (coeficiente de variação).

A tabela calc armazena as fórmulas de cálculo dos índices e inclui os campos:

cod_calc (chave primária, código de identificação), form_calc (descrição da fórmula de

cálculo).

A tabela pesos armazena os pesos atribuídos no cálculo dos índices e possui os

campos: cod_peso (código de identificação) e valor (valor do peso).

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

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Figura 34 – Modelo lógico do banco de dados BD_Rio.(* indica campos chave-primária).

5.6 Modelo de análise – média ponderada

Os dados levantados foram armazenados em arquivos .csv (valores separados

por vírgula. Em inglês, comma separated values). A tabela dados_base foi preenchida pela

interpretação de um programa em PHP, pelo servidor Apache 2, que lê os dados do arquivo

.cvs, os armazena em uma matriz e preenche a tabela por meio de consulta SQL (linguagem

de consultas estruturadas. Em inglês, Structured Query Language). Tendo concluído o

armazenamento dos dados no banco, passou-se à programação para o cálculo dos índices

simples (Quadro 8) e agregados (Quadro 9). Os índices simples foram calculados de acordo

com a fórmula:

índice i = (Xi – Xi mín) / (Xi máx – Xi mín) (1)

Onde: Xi = valor referente a um município determinado. Xi mín = valor mínimo da série; Xi

máx = valor máximo da série.

Os índices temáticos e os índices de cada dimensão foram calculados por média

aritmética simples dos índices que os compunham e o índice geral de impacto antropogênico

(IGIA) foi calculado por média ponderada dos índices das dimensões: social, econômica e

ecológica, com peso 2; espacial e política, com peso 1,5 e cultural, com peso 1.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

70

A atribuição dos pesos dos indicadores das dimensões do desenvolvimento

sustentável foi feita pelo método de atribuição de pesos por opinião de especialista

(knowledgement driven). Esse método leva em consideração a relevância dos temas, no

cálculo do índice final. Todos os índices foram normalizados para valores entre 0 e 1, por

multiplicação ou divisão por fatores de 10, a fim de facilitar a comparação entre os

indicadores.

Quadro 8 – Fórmulas de cálculo dos índices simples

Ind Fórmula Ind Fórmula Ind Fórmula Ind Fórmula

A1a ( P2 / P1 ) C3b [(P14 / P5) x 10] E2a ( P29 / P28 ) E4b [(P42 / P41) / 10]

A2a ( P3 / P1 ) C4a [(P15 / P17) x 10] E2b ( P30 / P28 ) E4c ( P43 / P5 )

A3a ( P4 / P1 ) C4b [(P16 / P5) x 10] E2c ( P31 / P28 ) E5a [(P44 / P5) x 10]

B1a [( P6 / P5 ) x 1000] D1a ( P18 / P1 ) E2d [(P32 / P28) x 100] F1a ( P45 / P17 )

C1a ( P7 ) D1b (P19 / P1) E2e ( P34 / P33 ) F1b [(P46 / P17) / 10]

C1b ( P8 / P5 ) D1c (P20 / P1) E2f [(P35 / P1) x 10] F1c ( P47 / P17 )

C1c ( P9 ) D1d (P22 - P21) E3a ( P36 ) F1d [(P48 / P17) / 10]

C1d ( P10 / 100 ) E1a ( P23 ) E3b (P37 / P5 ) F1e [(P49 / P17) x 10]

C2a ( P11 / 1 x 106 ) E1b ( P24 / 100 ) E3c [(P38 / P5) x 10]

C2b ( P12 / P17 ) E1c [(P25 / P5) x 100] E3d ( P39 / P40 )

C3a [(P13 / P5 ) x 1.000] E1d [(P26 / P27) x 10] E4a [(P5 / P1) / 1000]

Quadro 9 – Fórmulas de cálculo dos índices agregados

Ind Fórmula Ind Fórmula

A1 A1 = A1a E3 E3 = { [ (1 - E3a)+(1 – E3b)+(1 - E3c)+(E3d) ] / 4] }

A2 A2 = (1 - A2a) E4 E4 = [ (E4a + E4b + E4c) / 3 ]

A3 A3 = A3a E5 E5 = E5a

B1 B1 = (1 - B1a) F1 F1 = { [ (1 - F1a)+(1 - F1b)+(1 – F1c) + (1 - F1d)+(1 - F1e) ] / 5 }

C1 C1 = { [ (1 - C1a)+(1 – C1b)+(C1c)+(C1d) ] / 4] }

A A = [ (A1 + A2 + A3) / 3 ]

C2 C2 = [ (C2a + C2b) / 2 ] B B = B1

C3 C3 = [ (C3a + C3b) / 2 ] C C = [ (C1 + C2 + C3 + C4) / 4 ]

C4 C4 = { [ (1 - C4a) + C4b ] / 2 } D D = D1

D1 D1 = [ (D1a + D1b + D1c + D1d ) / 4 ] E E = [ (E1 + E2 + E3 + E4 + E5) / 5 ]

E1 E1 = { [ (1 – E1a)+(1 – E1b)+E1c+E1d ] / 4 } F F = F1

E2 E2 = { [ (1 - E2a)+(1 - E2b)+(1 – E2c) +(1 - E2d)+(1 - E2e)+(1 – E2f) ] / 6 }

IGIA IGIA = { [ (A x 1,5) + (B x 1,0) + (C x 2,0) + (D x 2,0) + (E x 2,0) + (F x 1,5) ] / 10 }

5.7 Classificação e mapeamento temático

Os limites L1 e L2 para os níveis de impacto adotados (baixo, médio e alto),

foram calculados a partir da análise estatística exploratória dos índices, seguindo as fórmulas

(2) e (3). Os níveis de impacto foram então estabelecidos segundo os intervalos:

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

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índice mínimo <= nível baixo de impacto < L1

L1 < nível médio de impacto < L2

L1 < nível alto de impacto<= índice máximo

L1 = (média – desvio padrão) (2)

L2 = (média + desvio padrão) (3)

Onde: Índice mínimo = menor índice da série; índice máximo = maior índice da série; L1 =

limite entre os níveis baixo e médio de impacto antropogênico L2 = limite entre os níveis

médio e alto de impacto antropogênico.

Os limites L1 e L2 foram armazenados na tabela ind_fator. Em seguida, com

auxílio das funções gráficas do PHP – GDLibrary (em inglês, Graphics Display Library), foi

desenvolvido o programa que faz a classificação dos municípios em relação ao nível de

impacto e gera os mapa temático digital.

5.8 Polígonos de impacto

Por fim, foram elaborados 34 polígonos de impacto para comparação dos índices das

dimensões nos municípios e um polígono de impacto antropogênico geral, comparado os

valores do Índice Geral de Impacto Antropogênico (IGIA) de todos os municípios.

5.9 Disponibilização dos resultados

O atlas digital gerado a partir dessa monografia representa inferência

importante acerca da situação dos municípios constituintes da Zona Costeira do estado do Rio

de Janeiro. Para que se atenda ao objetivo proposto nesse trabalho, tais mapas precisam ser

amplamente disponibilizados, não apenas aos tomadores de decisões, mas também à

população em sua totalidade. Assim, será mantido um sítio para consulta dos resultados aqui

apresentados e para a continuidade do trabalho - http://www.ivides.org/atlas. ( Ivides.org =

Instituto Virtual para o Desenvolvimento Sustentável).

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

72RESULTADOS E DISCUSSÃO

O baixo número de indicadores nas dimensões espacial e ecológica reflete a pouca

disponibilidade de dados relacionados. Contudo, os temas analisados nessas dimensões estão

estritamente relacionados às atividades antrópicas que modificam efetivamente o meio. NA

dimensão cultural, também há baixa disponibilidade de dados e considerou-se, então, o

tombamento de bens histórico-culturais como um indicador relevante, uma vez que no

processo de urbanização, há frequentemente perda de memória cultural. Os dados

relacionados aos indicadores das dimensões econômica e social são os mais fartamente

disponibilizados por fontes oficiais de dados, podendo ser facilmente consultados através da

rede mundial de computadores.

6.1 Índices das dimensões e Índice Geral de Impacto Antropogênico (IGIA)

A dimensão cultural apresentou a maior média de impacto (0,7925 ± 0,2568), seguida

da política (0,6214 ± 0,1305), ecológica (0,3618 ± 0,1775), social (0,3439 ± 0,0707), espacial

(0,3398 ± 0,1383) e econômica (0,3014 ± 0,0587). O maior percentual de municípios com

índice de impacto acima da média foi obtido para a dimensão cultural (70,59%), seguida da

ecológica, econômica, política (47,06%), social (41,18%) e espacial (47,06%). Em relação ao

IGIA, 55,88% dos municípios apresentaram índices acima da média, sendo 47,37% do Litoral

da Baía de Guanabara, 26,32% do Litoral da Região dos Lagos, 15,79% do Litoral Norte-

Fluminense e 10,53% do Litoral Sul. Os três maiores índices IGIA foram obtidos para os

municípios de Rio das Ostras (0,5189), Belford Roxo (0,5002) e Itaguaí (0,4811). Os três

menores, para: Parati (0,3133), São João da Barra (0,3171) e Angra dos Reis (0,3335).

6.2 Índices temáticos

O Quadro 10 apresenta as médias e variâncias das séries de índices temáticos

agregados e os municípios com os maiores e os menores índices dentro do mesmo tema. Os

valores referem-se ao impacto nessas dimensões. Assim, os valores maiores indicam que o

tema deve ser investigado mais detalhadamente para levantar os fatores relacionados a um

possível dano ou desequilíbrio socioambiental.

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6.3 Correlação entre índices 73

Índices foram relacionados por correlação estatística bivariada. Os coeficientes de

correlação calculados e o tipo de relação entre as variáveis são apresentados no Quadro 11.

Para aproximadamente 57 % das correlações, a intensidade da relação entre as variáveis foi de

moderada a muito forte, correspondendo a intervalo do coeficiente de correlação de Pearson

(ρ) de 0,40 a 1,00.

6.4 Mapas temáticos

Mapas temáticos (Anexo II) foram gerados a partir dos 15 índices temáticos(A1 a F1),

dos 6 índices dimensionais (A a F) e do índice IGIA. Os municípios de Parati, Angra dos Reis

e Mangaratiba, no Litoral Sul; Nilópolis, no Litoral da Baía de Guanabara; Quissamã e São

João da Barra, no Litoral Norte-Fluminense; apresentaram os índices IGIA dentro da faixa do

impacto baixo (Fig. 35). Itaguaí, Belford Roxo e Rio de Janeiro, no Litoral da Baía de

Guanabara; e Rio das Ostras, no Litoral da Região dos Lagos; apresentaram índices na faixa

do impacto alto. Os demais municípios apresentaram IGIA na faixa do impacto antropogênico

médio.

Na dimensão espacial, os municípios de Parati, Angra dos Reis e Mangaratiba, no

Litoral Sul; apresentaram índices na faixa do baixo impacto. Os municípios de Belford Roxo e

São João de Meriti, no Litoral da Baía de Guanabara; e Armação dos Búzios, no Litoral da

Região dos Lagos; apresentaram índices na faixa do impacto alto. Os demais municípios do

estado apresentaram índices nessa dimensão na faixa do impacto médio.

Na dimensão cultural, os municípios de Parati, Angra dos Reis e Mangaratiba, no

Litoral Sul; Casimiro de Abreu, no Litoral da Região dos Lagos; Carapebus, Quissamã e São

João da Barra, no Litoral Norte-Fluminense; apresentaram índices na faixa de impacto baixo.

Os municípios de Magé, Niterói, Guapimirim e Maricá, no Litoral da Baía de Guanabara;

Iguaba Grande e Armação dos Búzios, na Região dos Lagos; e São Francisco de Itabapoana,

no Litoral Norte-Fluminense; apresentaram índices na faixa do impacto médio. Os demais

municípios do estado apresentaram índices dentro da faixa de impacto alto.

Na dimensão econômica, Angra dos Reis, no Litoral Sul; Magé, no Litoral da Baía de

Guanabara; Armação dos Búzios e Rio das Ostras, no Litoral da Região do Lagos; e São

Francisco de Itabapoana, no Litoral Norte-Fluminense, apresentaram índices na faixa do

impacto alto. Os municípios de Nilópolis, Guapimirim, Niterói e Maricá, no Litoral da Baía

de Guanabara; Saquarema, Araruama e Iguaba Grande, no Litoral da Região dos Lagos;

apresentaram índices dentro da faixa de impacto baixo. Os demais municípios do estado

apresentaram índices dentro da faixa de impacto médio.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

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Na dimensão ecológica, Itaguaí, no Litoral Sul; Rio de Janeiro e Maricá, no Litoral da

Baía de Guanabara; Rio das Ostras e Casimiro de Abreu, no Litoral da Região dos Lagos;

apresentaram índices dentro da faixa de impacto alto. Nilópolis e Niterói, no Litoral da Baía

de Guanabara; Armação dos Búzios e Cabo Frio, no Litoral da Região dos Lagos e São

Francisco de Itabapoana e São João da Barra, no Litoral Norte-Fluminense, apresentaram

índices dentro da faixa de impacto baixo. Os demais municípios do estado apresentaram

índices dentro da faixa de impacto médio.

Na dimensão social, Parati, no Litoral da Região dos Lagos; Niterói, no Litoral da

Baía de Guanabara; e São Pedro da Aldeia, no Litoral da Região dos Lagos; apresentaram

índices dentro da faixa de impacto baixo. Carapebus e Campos dos Goytacazes, no litoral

Norte-Fluminense, apresentaram índices dentro da faixa de impacto alto. Os demais

municípios do estado apresentaram índices dentro da faixa de impacto médio.

Na dimensão política, Niterói, no Litoral da Baía de Guanabara; e São Francisco de

Itabapoana, no Litoral Norte-Fluminense, apresentaram índices dentro da faixa de impacto

alto. Iguaba Grande, na Região dos Lagos; Carapebus e Campos dos Goytacazes, no Litoral

Norte-Fluminense, apresentaram índices dentro da faixa de impacto baixo. Os demais

municípios do estado apresentaram índices dentro da faixa de impacto médio.

Quadro 10 – Índices temáticos

Ind Municípios com menores índices Municípios com maiores índices Média Variância

A1 São Francisco de Itabapoana 0,0000 São João de Meriti 1,0000

Quissamã 0,0025 Belford Roxo 0,7410

Parati 0,0036 Nilópolis 0,4997

0,1719 0,0515

A2 Angra dos Reis 0,0000 Belford Roxo 1,0000

Parati 0,0143 Iguaba Grande 0,9998

Mangaratiba 0,0704 Queimados 0,9973

0,7749 0,0800

A3 Campos dos Goytacazes 0,0000 Armação dos Búzios 1,0000

São Pedro da Aldeia 0,0019 Mangaratiba 0,2998

São João da Barra 0,0019 Itaguaí 0,2696

0,0726 0,0318

B1 Quissamã 0,0000 São João de Meriti 1,0000

Mangaratiba 0,1753 Rio das Ostras 1,0000

Parati 0,1900 São Gonçalo 0,9925

0,7925 0,0659

C1 Casimiro de Abreu 0,2233 Nova Iguaçu 0,8533

Mangaratiba 0,2365 Japeri 0,7785

Parati 0,2631 Belford Roxo 0,7260

0,4860 0,0240

C2 São João de Meriti 0,0009 Campos dos Goytacazes 0,8961

Nilópolis 0,0013 Quissamã 0,5387

Nova Iguaçu 0,0054 Rio das Ostras 0,4095

0,1062 0,0360

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

C3 Nilópolis 0,0000 Magé 0,5595

Japeri 0,0000 São Francisco de Itabapoana 0,5000

Queimados 0,0009 Mangaratiba 0,4995

0,1290 0,0262

C4 Campos dos Goytacazes 0,0560 Armação dos Búzios 0,9589

Duque de Caxias 0,4070 Carapebus 0,8528

Queimados 0,4073 Parati 0,6224

0,4847 0,0190

D1 Nilópolis 0,0015 Casimiro de Abreu 0,6343

São João da Barra 0,0121 Rio das Ostras 0,6206

Armação dos Búzios 0,0197 Itaguaí 0,6143

0,3618 0,0315

E1 Niterói 0,1287 Carapebus 0,9085

Parati 0,1495 Campos dos Goytacazes 0,6970

São Pedro da Aldeia 0,2040 Guapimirim 0,5788

0,4273 0,0235

E2 Rio de Janeiro 0,2572 Casimiro de Abreu 0,8365

Niterói 0,4131 Itaboraí 0,7996

Arraial do Cabo 0,4148 Campos dos Goytacazes 0,7820

0,5801 0,0164

E3 Mangaratiba 0,2279 São Francisco de Itabapoana 0,7796

Casimiro de Abreu 0,2993 Belford Roxo 0,6352

Rio das Ostras 0,3108 Itaboraí 0,6195

0,4735 0,0139

E4 Quissamã 0,0033 São João de Meriti 0,4638

São Francisco de Itabapoana 0,0854 Rio das Ostras 0,3935

Araruama 0,1054 Mangaratiba 0,3620

0,1964 0,0102

E5 Campos dos Goytacazes 0,0000 Carapebus 1,0000

Rio das Ostras 0,0068 Niterói 0,0273

Seropédica 0,0068 Arraial do Cabo 0,0251

0,0422 0,0286

F1 Carapebus 0,2131 São Francisco de Itabapoana 1,0000

Campos dos Goytacazes 0,3883 Niterói 0,7970

Iguaba Grande 0,4284 Mangaratiba 0,7364

0,6214 0,0170

Quadro 11 – Correlação entre indicadores

Var1 Var2 r Tipo ρ Intensidade

A1a - Urbanização A2a - Cobertura por Mata Atlântica

- 0,0157 INVERSA 0,3748 FRACA

A1a - Urbanização A3a - Cobertura por lavoura permanente

- 0,1187 INVERSA 0,5036 MODERADA

A2a - Cobertura por Mata Atlântica

A3a - Cobertura por lavoura permanente

0,0179 DIRETA 0,9198 MUITO FORTE

B1a - Tombamento de bens histórico- culturais

F1c - Despesas municipais por função de Educação e Cultura

- 0,0057 INVERSA 0,9743 MUITO FORTE

C4b - Estabelecimentos hoteleiros

C4a - Participação das empresas na economia municipal

- 0,0933 INVERSA 0,5997 MODERADA

A1a - Urbanização C3a - Aquicultores - 0,1786 INVERSA 0,3122 FRACA

A1a - Urbanização C3b - Pescadores - 0,3622 INVERSA 0,0347 BEM FRACA

A1a - Urbanização D1b - Cobertura por campo/ pastagem

- 0,2873 INVERSA 0,9995 FRACA

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

A1a - Urbanização D1c - Áreas degradadas 0,1295 DIRETA 0,4653 MODERADA

E2a - Eficiência do esgotamento sanitário

E1c - Mortalidade por denças transmissíveis

0,0537 DIRETA 0,7631 FORTE

C1c - Intensidade da linha de pobreza – linha de R$ 37,75

E1d - Mortalidade infantil 0,0972 DIRETA 0,5846 MODERADA

E2a - Eficiência do esgotamento sanitário

E1d - Mortalidade infantil 0,1401 DIRETA 0,4293 MODERADA

E2a - Eficiência do esgotamento sanitário

E1b - Esperança de vida ao nascer

0,1056 DIRETA 0,5523 MODERADA

E4a - Densidade demográfica

E4b - População em aglomerados subnormais

0,1650 DIRETA 0,3511 FRACA

A1a - Urbanização E4c - Aglomeração subnormal 0,2350 DIRETA 0,1810 BEM FRACA

E4a - Densidade demográfica

E4c - Aglomeração subnormal - 0,2994 INVERSA 0,0854 BEM FRACA

F1e - Despesas municipais por função de Segurança Nacional e Defesa Pública

E5a - Homicídios - 0,0460 INVERSA 0,7693 FORTE

C1d - Intensidade da linha de pobreza – linha de R$ 75,50

E1d - Mortalidade infantil 0,1631 DIRETA 0,3567 FRACA

F1d - Despesas municipais por função de Saúde e Saneamento

E2 - Saneamento 0,0373 DIRETA 0,8339 FORTE

C1 - Emprego e renda E5 - Segurança - 0,2329 INVERSA 0,1850 BEM FRACA

C3 - Pesca C1 - Emprego e renda - 0,1214 INVERSA 0,4974 MODERADA

A1 - Urbanização D1 - Modificação da paisagem 0,2252 DIRETA 0,2004 FRACA

E1 - Saúde E2 - Saneamento 0,0191 DIRETA 0,9148 MUITO FORTE

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

77

Figura 35 – Mapa temático do Índice Geral de Impacto Antropogênico (IGIA) para os municípios da Zona Costeira do estado do Rio de Janeiro.

6.5 Polígonos de impacto

Pelo polígono de impacto antropogênico geral (Figura 36), observa-se que os

municípios apresentam IGIAs entre 0,25 e 0,50, com maior concentração de valores na faixa

de 0,35 a 0,45. Os polígonos de impacto gerados para cada município representam

graficamente o impacto nas seis dimensões do desenvolvimento sustentável, facilitando a

análise dos resultados. Todos os polígonos de impacto estão disponíveis no Anexo III.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

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Figura 36 – Polígono de impacto antropogênico geral,

comparando os valores de IGIA dos 34 municípios.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 78

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As análises possíveis em relação ao espaço costeiro são infinitas e

sua execução dependerá principalmente da disponibilidade de recursos

financeiros, de pessoal qualificado e de dados. Todos esses

requerimentos serão mais facilmente atingidos quando do interesse e

real apoio das autoridades governamentais responsáveis pela gestão

desse espaço.

Os indicadores apresentam-se como medidas úteis em estudos que

envolvam realidades muito complexas. Os mesmos podem ser utilizados

em diversas etapas de desenvolvimento do Gerenciamento Costeiro

Integrado.

A Internet tem se mostrado um importante veículo para

disseminação das informações, permitindo que os atores sociais tenham

acesso às mesmas de praticamente qualquer lugar onde haja uma

conexão com a rede mundial de computadores (world wide web). A sua

utilização deve ser incrementada, principalmente para a disponibilização

de dados ecológicos. Dados socioeconômicos já são bem disponibilizados.

Instituições que merecem destaque nesse sentido são o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisas

Econômicas Aplicadas (IPEA).

Ainda assim, em geral, mecanismos vigentes visam apenas a

pesquisa e recuperação de informações. As demandas atuais, devido ao

rápido crescimento e expansão populacionais, exigem que novas

aplicações sejam desenvolvidas, permitindo a inclusão e alteração de

registros, disponibilidade de gráficos, arquitetura que permita

acoplamento com outros módulos de análise, dentre outras

características. A tecnologia e, especialmente, o poder de processamento

computacionais têm sido subutilizados, o que representa ainda atraso

evolutivo.

Os sistemas de Informações Geográficas e as demais ferramentas

do Geoprocessamento podem auxiliar em muito as pesquisas envolvendo

análises espaciais, uma vez que foram projetados para trabalhar com

dados georreferenciados, permitem conexão a bancos de dados,

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 79

possibilitam o processamento de grande volume de informações e a

análise de diversos planos de informações.

As avaliações de impacto devem ser incentivadas por parte de

gestores públicos, uma vez que apontam em direção de problemas das

localidades sob sua administração. Merecem destaques os estudos que

incluem as diversas dimensões do desenvolvimento sustentável.

As poucas iniciativas existentes com respeito ao estudo da Zona

Costeira (ZC) do estado do Rio de Janeiro devem ser valorizadas e

apoiadas, uma vez que o mesmo constitui-se num dos estados mais

importantes no contexto econômico nacional, além de abrigar grande

diversidade ecológica.

Assim, é desejável que esse trabalho sirva como pontapé inicial

para o entendimento e espacialização da problemática que envolve a ZC

do estado do Rio de Janeiro e, principalmente, como suporte

informacional para a formulação de políticas públicas que venham

atender às carências evidenciadas pelas análises.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 80

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ANEXO I - FICHAS DESCRITIVAS DE INDICADORES

Quadro 12 – Indicador: Coeficiente de urbanizaçãoDimensão Espacial

Tema Urbanização

Indicador Coeficiente de urbanização

JustificativaA urbanização excessiva pode trazer transtornos se não forem planejados aumento e melhoria da infra-estrutura urbana disponível e garantida a qualidade dos assentamentos humanos.

Objetivo

Monitorar o crescimento urbano e suprir as necessidades populacionais em relação à saúde, educação, saneamento, habitação e segurança, mediante a aplicação de políticas públicas de estabelecimento de infra-estrutura urbana (rede de saneamento básico, rede escolar, rede de saúde, delegacias etc) e de ordenamento dos assentamentos humanos.

Obtenção

Por consulta à SOSMA, obtém-se a área territorial urbanizada (ha) por município. Pela internet, obtém-se a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.

Fonte de dados

SOSMA (2000), Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (área urbanizada/área total).

DPSIR Pressão.

Quadro 13 – Indicador: Coeficiente de cobertura por Mata AtlânticaDimensão Espacial

Tema Áreas preservadas

Indicador Coeficiente de cobertura por Mata Atlântica

JustificativaA destruição da Mata Atlântica implica em diversos riscos ambientais, tais como: perda de espécies endêmicas, desertificação e assoreamento de corpos d´água.

ObjetivoGarantir a preservação dos remanescentes de Mata Atlântica mediante a criação de áreas de proteção ambiental.

Obtenção

Por consulta à SOSMA, obtém-se a área territorial coberta por Mata Atlântica (ha) por município. Pela internet, obtém-se a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.

Fonte de dados

SOSMA (2000), Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (área coberta por Mata Atlântica/ área total).

DPSIR Estado.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 86

Quadro 14 – Indicador: Coeficiente de cobertura por lavoura permanente

Dimensão Espacial

Tema Uso do solo

Indicador Coef. de cobertura por lavoura permanente

Justificativa O estabelecimento de agricultura permanente causa esgotamento do solo.

ObjetivoImplantar programas de educação rural visando a substituição do método de cultivo permanente pelo de rotação de culturas.

Obtenção

Pela internet, obtém-se o área territorial coberta por lavoura permanente (ha) por município (http://www.sidra.ibge.gov.br/) e a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.

Fonte de dados

Produção Agrícola Municipal IBGE (2002), Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (área coberta por lavoura permanente/ área total).

DPSIR Pressão

Quadro 15 – Indicador: Coeficiente de tombamento de bens histórico-culturais

Dimensão Cultural

Tema Tombamento de bens histórico-culturais

Indicador Coeficiente de tombamento de bens histórico-culturais

Justificativa

A História e a Cultura de um povo devem ser preservadas a fim de que a identidade cultural seja mantida e não seja substituída pela de outros povos, como observado em alguns países face ao processo de globalização.

ObjetivoEstimular iniciativas por parte da população em solicitar o tombamento do patrimônio histórico-cultural.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o número de bens histórico-culturais tombados por município (http://www.inepac.rj.gov.br/modules.php?name=Guia&file=guia) e o número total de habitantes do município (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 1000.

Fonte de dados

Guia de Bens Tombados INEPAC (1965-2005).

UM ÍNDICE (bens histórico-culturais tombados/ 1000 habitantes).

DPSIR Resposta.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 87

Quadro 16 – Indicador: IDH-M Renda

Dimensão Econômica

Tema Emprego e Renda

IndicadorÍndice de Desenvolvimento Humano Municipal – Renda (IDH-M Renda)

Justificativa

O IDH-M é um índice amplamente reconhecido por instituições governamentais e fornece um retrato do desenvolvimento humano em relação à longevidade, à renda e à educação. O IDH-M Renda é um subíndice do IDH-M relativo à renda.

ObjetivoProver políticas econômicas que incentivem a criação de novos postos de trabalho e melhoria dos existentes.

ObtençãoPela Internet (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671).

Fonte de dados

IPEADATA (2000).

UM ÍNDICE.

DPSIR Estado.

Quadro 17 – Indicador: Coeficiente de participação da população na PEA

Dimensão Econômica

Parâmetro Emprego e Renda

Indicador Coeficiente de participação da população na PEA

Justificativa

Expressa o sucesso da economia e das políticas públicas econômicas. O desemprego é resultado de desequilíbrios estruturais nos sistemas sócio-econômicos. Índices de desemprego elevados por grandes períodos de tempo refletem na saúde dos desempregados e de parte da população.

ObjetivoEstabelecer políticas públicas econômicas que permitam e estimulem a inserção de maior parcela da população na PEA.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o número de habitantes inseridos na PEA (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671) e o número total de habitantes (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) por município. O coeficiente é calculado pela razão entre a primeira medida e a segunda.

Fonte de dados

Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEADATA), 2000.

UM ÍNDICE (habitantes inseridos na PEA/ habitante).

DPSIR Estado.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 88

Quadro 18 – Indicador: Coeficiente de intensidade da pobreza – linha de R$ 37,75

Dimensão Econômica

Tema Emprego e Renda

Indicador Coeficiente de intensidade da pobreza – linha de R$ 37,75

JustificativaA porcentagem de habitantes com renda abaixo da linha de pobreza de R$ 37,75 (25% do salário mínimo em 2000) fornece medida da quantidade de pobres no município.

ObjetivoEstabelecer políticas públicas que garantam a qualidade de vida de toda a população, criando mecanismos para que os pobres tenham acesso à educação, saúde, emprego e renda.

ObtençãoPela Internet, obtém-se a porcentagem da população inserida na faixa de pobreza abaixo de R$ 37,75 (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671).

Fonte de dados

IPEADATA (2000).

UM ÍNDICE.

DPSIR Estado.

Quadro 19 – Indicador: Intensidade da pobreza – linha de R$ 75,50

Dimensão Econômica

Tema Emprego e Renda

Indicador Coeficiente de intensidade da pobreza – linha de R$ 75,50

JustificativaA porcentagem de habitantes com renda abaixo da linha de pobreza de R$ 75,50 (25% do salário mínimo em 2000) fornece medida da quantidade de pobres no município.

ObjetivoEstabelecer políticas públicas que garantam a qualidade de vida de toda a população, criando mecanismos para que os pobres tenham acesso à educação, saúde, emprego e renda.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se a porcentagem da população inserida na faixa de pobreza abaixo de R$ 75,50 (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671). O coeficiente é calculado dividindo a medida por 100.

Fonte de dados

IPEADATA (2000).

UM ÍNDICE.

DPSIR Estado.

Page 106: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 89

Quadro 20 – Indicador: Coeficiente do PIBDimensão Econômica

Tema Emprego e Renda

Indicador Coeficiente do Produto Interno Bruto (PIB)

Justificativa

O aumento no nível de produção econômica é reflexo do aumento na utilização dos recursos, sejam eles naturais ou sociais. Assim, fornece medida de alerta para o monitoramento dos estoques e do uso de tais recursos.

ObjetivoMonitorar o incremento do PIB e garantir a divisão igualitária dos recursos a toda a população. Monitorar o consumo de recursos naturais, a fim de que sua utilização seja sustentável.

ObtençãoPela Internet, obtém-se o valor do PIB per capita (R$) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat) por município. O coeficiente é calculado dividindo a medida por 1.000.000.

Fonte de dados

Produto Interno dos Municípios IBGE (1999-2002)

UM ÍNDICE.

DPSIR Estado.

Quadro 21 – Indicador: Coeficiente de participação da indústria na economia municipal

Dimensão Econômica

Tema PIB

Indicador Coeficiente de participação da indústria na economia municipal

Justificativa

Quanto maior o nível de industrialização e a produção industrial, maior atenção deve ser dada aos possíveis efeitos desta atividade econômica no ambiente, uma vez que incluem provavelmente atividades poluidoras.

ObjetivoMonitorar o incremento da participação da indústria na economia municipal e criar políticas públicas de incentivo ao desenvolvimento industrial.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o rendimento da indústria (R$) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat ) e a receita municipal total (R$) (somatório entre o total de impostos municipais e a receita corrente municipal) (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 100.

Fonte de dados

Produto Interno Bruto dos Municípios IBGE (1999-2002), IPEADATA (2000).

UM ÍNDICE (rendimento da indústria/ receita municipal total).

DPSIR Pressão.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 90

Quadro 22 – Indicador: Coeficiente de aqüicultores

Dimensão Econômica

Tema Pesca

Indicador Coeficiente de aqüicultores

JustificativaA aqüicultura, quando descontrolada e desenvolvida sem apoio técnico, representa ameaça ao ecossistema, pela inserção de espécies invasoras e eutroficação de corpos d´água, dentre outros.

ObjetivoCriar legislação para o ordenamento da aqüicultura de modo a não impactar o ambiente.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o número de aqüicultores (http://www.presidencia.gov.br/seap) e o número total de habitantes (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 1000.

Fonte de dados

Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (aqüicultores/ 100 habitantes).

DPSIR Pressão.

Quadro 23 – Indicador: Coeficiente de pescadores

Dimensão Econômica

Tema Pesca

Indicador Coeficiente de pescadores

Justificativa

A pesca torna-se atividade ameaçadora ao meio-ambiente se desenvolvida sem respeito à dinâmica populacional dos estoques pesqueiros, pelo uso de esforço de pesca excessivo, uso de apetrechos de pesca não seletivos, dentre outros.

Objetivo Criar legislação para o ordenamento da pesca de modo a não impactar o ambiente.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o número de pescadores (http://www.presidencia.gov.br/seap) e o número total de habitantes (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 10.

Fonte de dados

Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (pescadores/habitante).

DPSIR Pressão.

Page 108: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 91

Quadro 24 – Indicador: Coeficiente de participação das empresas na economia municipal

Dimensão Econômica

Tema Empresas

Indicador Coeficiente de participação das empresas na economia municipal

Justificativa

Municípios com grande participação de empresas na economia apresentam maiores chances de sucesso na aplicação de iniciativas que requeiram parcerias públicas-privadas. Políticas de incentivo fiscal podem trazer benefícios sociais.

Objetivo Estabelecer políticas fiscais que incentivem a participação das empresas em projetos sociais.

Obtenção

Pela Internet obtém-se o somatório do rendimento das empresas nos três setores (primário, secundário e terciário) (R$) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat) e a receita municipal total (somatório entre o total de impostos municipais e a receita corrente municipal) (R$) (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 100.

Fonte de dados

Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (rendimento das empresas/ receita municipal total).

DPSIR Força diretiva/ Resposta.

Quadro 25 – Indicador: Coeficiente de estabelecimentos hoteleirosDimensão Econômica

Tema Empresas

Indicador Coeficiente de estabelecimentos hoteleiros

JustificativaO estabelecimento da rede hoteleira deve ser acompanhado e ordenado a fim de que não se extrapole a capacidade de carga do município.

ObjetivoCriar legislação para acompanhar e ordenar a atividade hoteleira de modo que o desenvolvimento da mesma seja dado de modo sustentável.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o número de estabelecimentos hoteleiros (http://200.156.34.123/cgi-bin/deftohtm.exe?CIDE/Turismo/TUREST.DEF) e o número total de habitantes (http://www.sidra.ibge.gov.br/cidadesat) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 100.

Fonte de dados

FCIDE (2001), Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (estabelecimentos hoteleiros/ 100 habitantes).

DPSIR Pressão.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 92

Quadro 26 – Indicador: Coeficiente de cobertura por vegetação secundária

Dimensão Ecológica

Tema Modificação da paisagem

Indicador Coeficiente de cobertura por vegetação secundária

Justificativa

As áreas cobertas por vegetação secundária refletem a intensidade de uso do solo e devem ser controladas, pois compreendem tanto as áreas abandonadas após diferentes tipos e intensidades de uso (o que pode conduzir a diversos padrões de regeneração), quanto as áreas naturais ou em regeneração submetidas a diferentes níveis de degradação, tais como: queimadas e extrativismo vegetal.

ObjetivoMonitorar a expansão de áreas com vegetação secundária e coibir as atividades de degradação ambiental, a fim de que os ecossistemas atualmente existentes sejam preservados.

Obtenção

Por consulta à FCIDE, obtém-se a área coberta por vegetação secundária (ha) por município. Pela Internet, obtém-se a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O índice é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.

Fonte de dados IQM Verde II – Índice de Qualidade dos Municípios FCIDE (2001).

UM ÍNDICE (área coberta por vegetação secundária/ área total).

DPSIR Estado.

Quadro 27 – Indicador: Coeficiente de cobertura por campo/ pastagem

Dimensão Ecológica

Tema Modificação da paisagem

Indicador Coeficiente de cobertura por campo/ pastagem

JustificativaO estabelecimento das atividades agropecuárias em grande parte tem sido responsável pelo desmatamento, o que dizimou cerca de 90% da Mata Atlântica nativa.

ObjetivoEstabelecer limites para o desenvolvimento e a expansão das atividades agropecuárias, de modo a garantir a preservação da biodiversidade.

Obtenção

Por consulta à FCIDE, obtém-se a área coberta por campo/pastagem (ha) por município. Pela Internet, obtém-se a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O índice é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.

Fonte de dados

IQM Verde II – Índice de Qualidade dos Municípios FCIDE (2001).

UM ÍNDICE (área coberta por campo-pastagem/ área total).

DPSIR Estado.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 93

Quadro 28 – Indicador: Coeficiente de áreas degradadas

Dimensão Ecológica

Tema Modificação da paisagem

Indicador Coeficiente de áreas degradadas

JustificativaAtividades antrópicas de diversas naturezas causam degradação ambiental quando desenvolvidas de modo a desrespeitar os limites naturais do ecossistema.

Objetivo Estabelecer políticas de controle e ordenamento das atividades antrópicas e de recuperação das áreas já degradadas.

Obtenção

Por consulta à FCIDE, obtém-se a área degradada (ha) por município. Pela Internet, obtém-se a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O índice é então calculado pela razão entre a primeira medida e a segunda.

Fonte de dados IQM Verde II – Índice de Qualidade dos Municípios FCIDE (2001).

UM ÍNDICE (área degradada/ área total).

DPSIR Estado.

Quadro 29 – Indicador: Coeficiente de área de corpos d'água

Dimensão Ecológica

Tema Modificação da paisagem

Indicador Coeficiente de área de corpos d'água

JustificativaA diminuição da área total de corpos d'água pode ser causada por assoreamento e aterramento artificial para fins de estabelecimento imobiliário e de outras atividades.

ObjetivoFormular políticas públicas que visem o ordenamento e o controle da ocupação imobiliária e de atividades potencialmente causadoras de perda de corpos d'água.

Obtenção

Por consulta à FCIDE, obtém-se a área ocupada por corpos d'água em 1994 e 2001 (ha) por município. O índice é então calculado pela subtração entre o valor referente a 2001 e a 1994. Se o resultado for positivo, o índice recebe valor 0, se negativo, valor 1.

Fonte de dados

IQM Verde I – Índice de Qualidade dos Municípios FCIDE (1994), IQM Verde II – Índice de Qualidade dos Municípios FCIDE (2001).

UM ÍNDICE (perda ou ganho de área de corpos d'água).

DPSIR Estado.

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Quadro 30 – Indicador: IDH-M Longevidade

Dimensão Social

Tema Saúde

Indicador Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Longevidade (IDH-M Longevidade)

Justificativa

O índice de desenvolvimento humano é um índice amplamente reconhecido pelas instituições governamentais e fornece um retrato do desenvolvimento humano com relação à longevidade, educação e renda. O IDH-M Longevidade é um subíndice do IDH-M relativo à longevidade.

Objetivo Garantir boa infra-estrutura hospitalar e formular políticas públicas que aumentem a qualidade de vida média da população.

ObtençãoPela Internet (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671).

Fonte de dados

IPEADATA (2000).

UM ÍNDICE.

DPSIR Estado.

Quadro 31 – Indicador: Coeficiente de esperança de vida ao nascer

Dimensão Social

Tema Saúde

Indicador Coeficiente de esperança de vida ao nascer

Justificativa

Medida que corresponde ao número de anos de vida que uma pessoa nascida hoje esperaria viver, se todas as taxas de mortalidade por idade se mantivessem idênticas ao que são hoje. Assim, apresenta indicação das condições de saúde da comunidade e da qualidade de vida da população.

ObjetivoFormular políticas públicas que visem a garantia da qualidade de vida e de saúde da população.

ObtençãoPela Internet, ontém-se a média de esperança de vida da população (anos) por município (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a medida por 100.

Fonte de dados

IPEADATA, 2000.

UM ÍNDICE.

DPSIR Impacto.

Page 112: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 95

Quadro 32 – Indicador: Coeficiente de mortalidade por doenças transmissíveis

Dimensão Social

Tema Saúde

Indicador Coeficiente de mortalidade por doenças transmissíveis

Justificativa Óbitos por doenças infecciosas e parasitárias refletem condições precárias de saneamento.

ObjetivoFormular políticas públicas de implantação e manutenção de infra-estrutura hospitalar de saneamento básico.

Obtenção

Pela Internet, ontém-se o número de óbitos e o número total de habitantes por município (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 100.

Fonte de dados

IPEADATA, 2000.

UM ÍNDICE (número de óbitos/ 100 habitantes).

DPSIR Impacto.

Quadro 33 – Indicador: Coeficiente de mortalidade infantil

Dimensão Social

Tema Saúde

Indicador Coeficiente de mortalidade infantil

Justificativa Morte no primeiro ano de vida reflete condições precárias de nutrição e saneamento.

ObjetivoFormular políticas públicas de implantação e manutenção de infra-estrutura de saneamento básico, além de garantir a qualidade nutricional da população.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o número de óbitos em habitantes com até 1 ano de idade e o número de nascidos vivos por município (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 10.

Fonte de dados DATASUS/MS (2003).

UM ÍNDICE (óbitos em habitantes com até 1 ano de idade/ nascido vivo).

DPSIR Impacto.

Page 113: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 96

Quadro 34 – Indicador: Coeficiente de eficiência do esgotamento sanitário

Dimensão Social

Tema Saneamento

Indicador Coeficiente de eficiência do esgotamento sanitário

JustificativaA presença de banheiro ligado à rede geral de esgoto evita a contaminação do solo e corpos d´água subterrâneos.

Objetivo Melhorar a infra-estrutura de saneamento básico de modo que todos os domicílios sejam atendidos pela rede.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o número de domicílios particulares permanentes com banheiro ligado à rede geral e o número total de domicílios particulares permanentes (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.

Fonte de dados Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (domicílios com banheiro ligado à rede geral/ domicílio).

DPSIR Resposta.

Quadro 35 – Indicador: Coeficiente de cobertura do abastecimento de água

Dimensão Social

Tema Saneamento

Indicador Coeficiente de cobertura do abastecimento de água

JustificativaO abastecimento de água ligado à rede geral minimiza a contaminação por ingestão de água poluída.

Objetivo Melhorar a infra-estrutura de abastecimento de água de modo que todos os domicílios sejam ligados à rede.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o número de domicílios particulares permanentes com abastecimento ligado à rede geral e o número total de domicílios particulares permanentes (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.

Fonte de dados

Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (domicílios com abastecimento ligado à rede geral/ domicílio).

DPSIR Resposta.

Page 114: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 97

Quadro 36 – Indicador: Coeficiente de eficiência da coleta domiciliar de lixo

Dimensão Social

Tema Saneamento

Indicador Coeficiente de eficiência da coleta domiciliar de lixo

Justificativa A coleta de lixo minimiza o estabelecimento de depósitos de lixo clandestinos e evita que o lixo seja queimado ou enterrado.

ObjetivoMelhorar a rede de coleta de lixo domiciliar de mod que todos os domicílios sejam atendidos pela mesma.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o número de domicílios particulares permanentes com lixo coletado e o número total de domicílios particulares permanentes (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.

Fonte de dados

Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (domicílios com lixo coletado/ domicílio).

DPSIR Resposta.

Quadro 37 – Indicador: Coeficiente de eficiência das estações de tratamento de água

Dimensão Social

Tema Saneamento

Indicador Coeficiente de eficiência das estações de tratamento de água

JustificativaO estabelecimento de estações de tratamento de água permite o fornecimento de água de qualidade à população residente no município.

Objetivo Aumentar o número de estações de tratamento de água de modo a garantir que todos os domicílios sejam abastecidos por água tratada.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o número de estações de tratamento de água e o número de domicílios particulares permanentes (http://www.sidra.ibge.ov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 100.

Fonte de dados

Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (estações e tratamento de água/ 100 domicílios).

DPSIR Resposta.

Page 115: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 98

Quadro 38 – Indicador: Coeficiente de eficiência do tratamento de esgoto

Dimensão Social

Tema Saneamento

Indicador Volume de esgoto tratado por dia

JustificativaO estabelecimento de estações de tratamento de esgoto evita a contaminação do solo e de corpos d´água.

Objetivo Aumentar a capacidade da rede de estações de tratamento de esgoto de modo que a totalidade do esgoto coletado seja tratada.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o volume de esgoto tratado (m3/dia) e o volume de esgoto coletado (m3/dia) por município (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.

Fonte de dados

Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (esgoto tratado/ esgoto coletado).

DPSIR Resposta.

Quadro 39 – Indicador: Coeficiente de cobertura da rede de drenagem urbana

Dimensão Social

Tema Saneamento

Indicador Coeficiente de cobertura da rede de drenagem urbana

JustificativaQuanto maior e melhor distribuída a rede de drenagem urbana, menor a contaminação do solo e da água por dejetos oriundos do carreamento pela água das chuvas.

ObjetivoExpandir a rede de drenagem urbana de modo que a mesma atenda toda a área territorial ocupada por domicílios.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se a extensão da rede de drenagem urbana municipal (ha) (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) e a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.

Fonte de dados

Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (área da rede de drenagem urbana/ área total).

DPSIR Resposta.

Page 116: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 99

Quadro 40 – Indicador: IDH-M - Educação

Dimensão Social

Tema Educação

IndicadorÍndice de Desenvolvimento Humano Muncipal – Educação (IDH-M - Educação)

Justificativa

O índice de desenvolvimento humano é um índice amplamente reconhecido pelas instituições governamentais e fornece um retrato do desenvolvimento humano com relação à longevidade, educação e renda. O IDH-M Educação é um subíndice do IDH-M relativo à educação.

ObjetivoMelhorar a infra-estrutura escolar, além de formular e implementar políticas públicas que garantam a inserção escolar e a alfabetização de toda a população.

Obtenção Pela Internet (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671).

Fonte de dados

IPEADATA (2000).

UM ÍNDICE.

DPSIR Estado.

Quadro 41 – Indicador: Coeficiente de inserção na escola

Dimensão Social

Tema Educação

Indicador Coeficiente de inserção na escola

JustificativaA Educação provê conhecimento intelectual, social, cultural e ético, necessário à formação do indivíduo. O baixo índice de inserção na escola relaciona-se à pobreza, ao trabalho infantil e à violência.

ObjetivoMelhorar a infra-estrutura escolar municipal, além de formular e implementar políticas públicas que garantam a inserção escolar e a alfabetização de toda a população.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o total de matrículas escolares (somatório das matrículas no ensino pré-escolar, fundamental e médio) e o total de habitantes por município (http://www.ibge.gov.br/cidadesat) por município. O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.

Fonte de dados

INEP/MEC (2003).

UM ÍNDICE (matrículas/ habitante).

DPSIR Estado.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 100

Quadro 42 – Indicador: Coeficiente de suficiência de docentes

Dimensão Social

Tema Educação

Indicador Coeficiente de suficiência de docentes

JustificativaA Educação provê conhecimento intelectual, social, cultural e ético, necessário à formação do indivíduo. O baixo índice de inserção na escola relaciona-se à pobreza, ao trabalho infantil e à violência.

ObjetivoCriar novos postos de trabalho para professores de modo a facilitar a inserção na escola.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o número total de docentes (somatório do número de docentes no ensino pré-escolar, fundamental e médio) e o total de habitantes por município (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 10.

Fonte de dados

INEP/MEC (2003).

UM ÍNDICE (docentes/ matrícula).

DPSIR Resposta.

Quadro 43 – Indicador: Coeficiente de analfabetismo

Dimensão Social

Tema Educação

Indicador Coeficiente de analfabetismo

JustificativaA Educação provê conhecimento intelectual, social, cultural e ético, necessário à formação do indivíduo. O baixo índice de inserção na escola relaciona-se à pobreza, ao trabalho infantil e à violência.

ObjetivoMelhorar a infra-estrutura escolar municipal, a fim de facilitar a inserção na escola. Criar e implementar políticas públicas de educação voltadas a acabar com o analfabetismo.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o número de habitantes com 10 anos ou mais de idade e menos de 1 ano de estudo e o número de habitantes com 10 anos ou mais de idade por município (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo-se a primeira medida pela segunda.

Fonte de dados INEP/MEC (2003).

UMÍNDICE (habitantes com 10 anos ou mais de idade e menos de 1 ano de estudo/ habitantes com 10 anos ou mais de idade).

DPSIR Estado.

Page 118: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 101

Quadro 44 – Indicador: Coeficiente de densidade demográficaDimensão Social

Tema Habitação

Indicador Coeficiente de densidade demográfica

Justificativa

A densidade demográfica fornece indicação a respeito das pressões sobre o ambiente. O aumento insustentável da densidade demográfica afeta a saúde humana, facilitando a propagação de doenças. O aumento e/ou diminuição da pressão no ambiente urbano podem ser ilustrados pelo crescimento populaional ao longo do tempo.

Objetivo Equilibrar o aumento populacional com o ambiente e sistemas de assentamento humano.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o total de pessoas residentes no município (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp) e a área territorial municipal total (ha) (http://www.ibge.gov.br/cidadesat). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 1000.

Fonte de dados Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (habitantes/ ha)

DPSIR Força diretiva/ Pressão.

Quadro 45 – Indicador: Coeficiente de população em aglomerados subnormais

Dimensão Social

Tema Habitação

Indicador Coeficiente de população em aglomerados subnormais

Justificativa

O desenvolvimento de aglomerados subnormais é resultado de explosão demográfica desacompanhada de iniciativas desenvolvimentistas que assegurem moradia e qualidade de vida à população. Indica o nível geral de pobreza.

ObjetivoCriar novos assentamentos para realocação da população que hoje vive em aglomerados subnormais, acompanhado da criação de novos postos de trabalho nas proximidades dos novos domicílios.

Obtenção

Por consulta à FCIDE, recupera-se o número de habitantes em aglomerados subnormais por município. Pela Internet, obtém-se o número de habitantes na área urbana por município (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 100.

Fonte de dados Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (habitantes em aglomerados subnormais/ habitantes área urbana).

DPSIR Impacto/ Pressão.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 102

Quadro 46 – Indicador: Coeficiente de aglomeração subnormal

Dimensão Social

Tema Habitação

Indicador Coeficiente de aglomeração subnormal

Justificativa

O desenvolvimento de aglomerados subnormais é resultado de explosão demográfica desacompanhada de iniciativas desenvolvimentistas que assegurem moradia e qualidade de vida à população. Indica o nível geral de pobreza.

ObjetivoCriar novos assentamentos para realocação da população que hoje vive em aglomerados subnormais, acompanhado da criação de novos postos de trabalho nas proximidades dos novos domicílios.

Obtenção

Por consulta à FCIDE, recupera-se o número de aglomerados subnormais por município. Pela Internet, obtém-se o número total de habitantes por município (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda.

Fonte de dados Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (aglomerados subnormais/ habitantes).

DPSIR Impacto/ Pressão.

Quadro 47 – Indicador: Coeficiente de homicídiosDimensão Social

Tema Segurança

Indicador Coeficiente de homicídios

Justificativa

O nível de violência é o retrato das condições de vida da população. Pessoas sem acesso à educação, alimentação balanceada e moradia apresentam maior chance de desenvolver atitudes violentas do que aquelas que desfrutam de infra-estrutura adequada para viver. Índica o nível de segurança do município.

ObjetivoFormular políticas públicas para melhoria e expansão da infra-estrutura escolar e de assentamentos humanos e para a geração de empregos.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o número de homicídios (http://www.tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obtbr.def) e o número total de habitantes por município (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pnsb/default.asp). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 10.

Fonte de dados

DATASUS (2000), Censo Demográfico IBGE (2000).

UM ÍNDICE (homicídios/10 habitantes).

DPSIR Impacto.

Page 120: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 103

Quadro 48 – Indicador: Coeficiente de despesa capital municipal total

Dimensão Política

Tema Administração Pública

Indicador Despesa capital municipal total

Justificativa

Fornece medida do nível de interesse do gestor municipal em relação ao provimento de bens à população. Corresponde às despesas destinadas à aquisição ou constituição de bens de capital, considerados e classificados como bens de uso comum e que integrarão o patrimônio público municipal. Abrange os investimentos, as inversões financeiras e as transferências de capital.

ObjetivoAumentar o gasto municipal de modo que sejam providos os bens de uso comum a toda a população.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o valor da despesa capital municipal total (R$) e a receita municipal total (R$) (somatório entre o total de impostos municipais e a receita corrente municipal) (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 10.

Fonte de dados

IPEADATA, 2000.

UM ÍNDICE (despesa capital municipal/ receita municipal total).

DPSIR Resposta.

Quadro 49 – Indicador: Coeficiente de despesa corrente municipal totalDimensão Política

Tema Administração Pública

Indicador Coeficiente de despesa corrente municipal total

Justificativa

A medida registra o valor de todas as operações destinadas à manutenção e ao funcionamento de serviços públicos , bem como as relacionadas com obras de conservação, adaptação e manutenção de bens móveis e imóveis, tais como pagamento de pessoal, aquisição de material de consumo, pagamento de serviços prestados por terceiros, operação de escolas e de centros de saúde, entre outras.

ObjetivoAumentar a despesa corrente municipal de modo a garantir o satisfatório funcionamento dos serviços públicos e as operações de conservação, adaptação e manutenção de bens móveis e imóveis.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o valor da despesa corrente municipal total (R$) e a receita municipal total (R$) (somatório entre o total de impostos municipais e a receita corrente municipal) (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 10.

Fonte de dados IPEADATA (2000).

UM ÍNDICE (despesa corrente municipal total/ receita municipal total).

DPSIR Resposta.

Page 121: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 104

Quadro 50 – Indicador: Coeficiente de despesas municipais por função de Educação e Cultura

Dimensão Política

Tema Administração Pública

IndicadorCoeficiente de despesas municipais por função de Educação e Cultura

JustificativaO gasto municipal com Educação e Cultura reflete o nível de preocupação do gestor municipal com a Educação e a Cultura do município.

Objetivo Aumentar as despesas municipais com educação e cultura de modo a garantir níveis satisfatórios de educação à população.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o valor da despesa municipal por função de educação e cultura (R$) e a receita municipal total (R$) (somatório entre os impostos municipais e a receita corrente municipal) (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 10.

Fonte de dados

IPEADATA (2000).

UMÍNDICE (despesa municipal por função de educação e cultura/ receita municipal total).

DPSIR Resposta.

Quadro 51 – Indicador: Coeficiente de despesas municipais por função de Saúde e Saneamento

Dimensão Política

Tema Administração Pública

Indicador Despesas municipais por função de Saúde e Saneamento

JustificativaO gasto municipal com Saúde e Saneamento reflete o nível de preocupação do gestor municipal com a Saúde e o Saneamento do município.

ObjetivoAumentar as despesas municipais com saúde e saneamento de modo a garantir níveis satisfatórios de saúde à população.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o valor da despesa municipal por função de saúde e saneamento (R$) e a receita municipal total (R$) (somatório entre os impostos municipais e a receita corrente municipal) (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e dividindo o resultado por 10.

Fonte de dados IPEADATA (2000).

UM ÍNDICE (despesa municipal por função de saúde e saneamento/ receita municipal total).

DPSIR Resposta.

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SOUTO, R.D. 2005. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. 105

Quadro 52 – Indicador: Coeficiente de despesas municipais por função de Segurança Nacional e Defesa Pública

Dimensão Política

Tema Administração Pública

IndicadorDespesas municipais por função de Segurança Nacional e Defesa Pública

JustificativaO gasto municipal com Segurança Nacional e Defesa Pública reflete o nível de preocupação do gestor municipal com a Segurança no município.

Objetivo Aumentar as despesas municipais com saúde e saneamento de modo a garantir níveis satisfatórios de segurança à população.

Obtenção

Pela Internet, obtém-se o valor da despesa municipal por função de segurança nacional e defesa pública (R$) e a receita municipal total (R$) (somatório entre os impostos municipais e a receita corrente municipal) (http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?36095671). O coeficiente é calculado dividindo a primeira medida pela segunda e multiplicando o resultado por 10.

Fonte de dados

IPEADATA (2000).

UM ÍNDICE (despesa municipal por função de segurança nacional e defesa pública/ receita municipal total).

DPSIR Resposta.

Page 123: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

106ANEXO II – MAPAS TEMÁTICOS

Figura 37 – Mapa do Índice Geral de Impacto Antropogênico (IGIA).

Figura 38 – Mapa do índice de impacto na dimensão espacial.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

107

Figura 39 – Mapa do índice de impacto da urbanização.

Figura 40 – Mapa do índice de impacto nas áreas preservadas.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

108

Figura 41 – Mapa do índice de impacto do uso do solo.

Figura 42 – Mapa do índice de impacto na dimensão cultural.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

109

Figura 43 – Mapa do índice de impacto no tombamento de bens histórico-culturais.

Figura 44 – Mapa do índice de impacto na dimensão econômica.

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110

Figura 45 – Mapa do índice de impacto no emprego e renda.

Figura 46 – Mapa do índice de impacto do Produto Interno Bruto.

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111

Figura 47 – Mapa do índice de impacto da pesca.

Figura 48 – Mapa do índice de impacto nas empresas.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

112

Figura 49 – Mapa do índice de impacto na dimensão ecológica.

Figura 50 – Mapa do índice de impacto da modificação da paisagem.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

113

Figura 51 – Mapa do índice de impacto ma dimensão social.

Figura 52 – Mapa do índice de impacto na saúde.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

114

Figura 53 – Mapa do índice de impacto no saneamento.

Figura 54 – Mapa do índice de impacto na educação.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

115

Figura 55 – Mapa do índice de impacto na habitação.

Figura 56 – Mapa do índice de impacto na segurança.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

116

Figura 57 – Mapa do índice de impacto na dimensão política.

Figura 58 – Mapa do índice de impacto na administração pública.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

117

ANEXO III – POLÍGONOS DE IMPACTO

Figura 59 – Polígono de impacto antropogênico geral.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

118

Figura 60 – Polígono Angra dos Reis. Figura 61 – Polígono Araruama.

Figura 62 – Polígono Armação dos Búzios. Figura 63 – Polígono Arraial do Cabo.

Figura 64 – Polígono Belford Roxo. Figura 65 – Polígono Cabo Frio.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

119

Figura 66 – Polígono Campos dos Goytacazes.

Figura 67 – Polígono Carapebus.

Figura 68 – Polígono Casimiro de Abreu. Figura 69 – Polígono Duque de Caxias.

Figura 70 – Polígono Guapimirim. Figura 71 – Polígono Iguaba Grande.

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120

Figura 72 – Polígono Itaboraí. Figura 73 – Polígono Itaguaí.

Figura 74 – Polígono Japeri. Figura 75 – Polígono Macaé.

Figura 76 – Polígono Magé. Figura 77 – Polígono Mangaratiba.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

121

Figura 78 – Polígono Maricá. Figura 79 – Polígono Nilópolis.

Figura 80 – Polígono Niterói. Figura 81 – Polígono Nova Iguaçu.

Figura 82 – Polígono Parati. Figura 83 – Polígono Queimados.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

122

Figura 84 – Polígono Quissamã. Figura 85 – Polígono Rio das Ostras.

Figura 86 – Polígono Rio de Janeiro. Figura 87 – Polígono S. Franc. de Itabapoana.

Figura 88 – Polígono São Gonçalo. Figura 89 – Polígono S. J. da Barra

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123

Figura 90 – Polígono S. J. De Meriti Figura 91 – Polígono S. Pedro da Aldeia

Figura 92 – Polígono Saquarema Figura 93 – Polígono Seropédica

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124

ANEXO IV – CORRELAÇÕES DE ÍNDICES

Figura 94 – Correlação entre urbanização e cobertura por Mata Atlântica.

Figura 95 – Correlação entre urbanização e cobertura por lavoura permanente.

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125

Figura 96 – Correlação entre cobertura por Mata Atlântica e cobertura por lavoura permanente.

Figura 97 – Correlação entre tombamento de bens histórico-culturais e despesas municipais por função de Educação e Cultura.

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126

Figura 98 – Correlação entre emprego e renda e segurança.

Figura 99 – Correlação entre participação das empresas na economia municipal e estabelecimentos hoteleiros.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

127

Figura 100 – Correlação entre pesca e emprego e renda.

Figura 101 – Correlação entre urbanização e aquicultores.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

128

Figura 102 – Correlação entre urbanização e pescadores.

Figura 103 – Correlação entre urbanização e modificação da paisagem.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

129

Figura 104 – Correlação entre urbanização e cobertura por campo/ pastagem.

Figura 105 – Correlação entre urbanização e áreas degradadas.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

130

Figura 106 – Correlação entre esgotamento sanitário e mortalidade por doenças transmissíveis.

Figura 107 – Correlação entre intensidade da pobreza (linha de R$37,75) e mortalidade infantil.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

131

Figura 108 – Correlação entre intensidade da pobreza (linha de R$75,50) e mortalidade infantil.

Figura 109 – Correlação entre esgotamento sanitário e mortalidade infantil.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

132

Figura 110 – Correlação entre saneamento e saúde.

Figura 111 – Correlação entre densidade demográfica e população em aglomerados subnormais.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

133

Figura 112 – Correlação entre urbanização e aglomeração subnormal.

Figura 113 – Correlação entre despesas por função de Saúde e Saneamento e saneamento.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

134

Figura 114 – Correlação entre despesas municipais por função de Defesa Nacional e Segurança Pública e homicídios.

.Figura 115 – Correlação entre esgotamento sanitário e esperança de vida ao nascer.

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

135

ANEXO V

TABELAS ÍNDICES

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

I A B C D E F

Angra dos Reis 0,3335 0,0157 0,3694 0,3779 0,3605 0,3201 0,5499

Araruama 0,4635 0,4031 0,9174 0,2146 0,5339 0,3103 0,6633

Armação dos Búzios 0,4463 0,6879 0,8121 0,4626 0,0197 0,3387 0,6512

Arraial do Cabo 0,4182 0,3498 0,8569 0,3148 0,2384 0,2995 0,7298

Belford Roxo 0,5002 0,5834 0,9608 0,2965 0,4873 0,3943 0,5399

Cabo Frio 0,4021 0,3513 0,8654 0,3268 0,1784 0,2988 0,6805

Campos dos Goytacazes 0,4402 0,3111 0,9245 0,3259 0,4425 0,4456 0,3883

Carapebus 0,4122 0,3799 0,6051 0,3099 0,3655 0,6382 0,2131

Casimiro de Abreu 0,4542 0,3358 0,6902 0,2455 0,6343 0,3056 0,6514

Duque de Caxias 0,4425 0,3024 0,9912 0,2940 0,3595 0,3524 0,6457

Guapimirim 0,3958 0,2383 0,7298 0,2394 0,4017 0,3839 0,5474

Iguaba Grande 0,3928 0,3791 0,7732 0,2102 0,4391 0,3226 0,4284

Itaboraí 0,4598 0,3559 0,9269 0,2820 0,4815 0,4008 0,5391

Itaguaí 0,4811 0,3445 0,9584 0,2678 0,6143 0,2824 0,6711

Japeri 0,4699 0,3574 0,9591 0,3285 0,4873 0,3996 0,5153

Macaé 0,4474 0,2467 0,9222 0,3120 0,4352 0,3010 0,7235

Magé 0,4327 0,2338 0,7510 0,4012 0,4262 0,3902 0,5265

Mangarat iba 0,3636 0,1255 0,1753 0,3225 0,4724 0,2890 0,7364

Maricá 0,4470 0,2838 0,8217 0,2355 0,5513 0,3094 0,6867

Nilópolis 0,3621 0,3020 0,9778 0,2373 0,0015 0,3324 0,6987

Niterói 0,3852 0,3952 0,8361 0,2349 0,1351 0,2436 0,7970

Nova Iguaçu 0,4253 0,2430 0,9437 0,3500 0,3284 0,3652 0,5719

Parat i 0,3133 0,0205 0,1900 0,3440 0,4014 0,2675 0,5911

Queimados 0,4237 0,4272 0,9720 0,2728 0,1905 0,3850 0,6184

Quissamã 0,3414 0,3360 0,0000 0,3582 0,3282 0,2927 0,6342

Rio das Ostras 0,5189 0,3160 1,0000 0,3848 0,6206 0,3841 0,6237

Rio de Janeiro 0,4779 0,4300 0,9225 0,2460 0,6040 0,2949 0,6143

S.Franc.de Itabapoana 0,4494 0,3374 0,8337 0,3735 0,0692 0,3844 1,0000

S. Gonçalo 0,4669 0,4707 0,9925 0,2502 0,3552 0,3550 0,6997

S. João da Barra 0,3171 0,3001 0,5033 0,3120 0,0121 0,3417 0,5907

S. João de Merit i 0,4603 0,6634 1,0000 0,2548 0,2500 0,3732 0,5681

S. Pedro da Aldeia 0,4643 0,3378 0,9457 0,3126 0,4962 0,2459 0,7211

Saquarema 0,4143 0,3264 0,8699 0,2424 0,2979 0,3259 0,7005

Seropédica 0,4233 0,3628 0,9474 0,3087 0,2834 0,3202 0,6112

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

A A1 A2 A3Angra dos Reis 0,0157 0,0119 0,0000 0,0353

Araruama 0,4031 0,0575 0,9669 0,1849Armação dos Búzios 0,6879 0,0919 0,9720 1,0000

Arraial do Cabo 0,3498 0,1204 0,8930 0,0361Belford Roxo 0,5834 0,7410 1,0000 0,0093

Cabo Frio 0,3513 0,0861 0,9647 0,0033Campos dos Goytacazes 0,3111 0,0102 0,9231 0,0000

Carapebus 0,3799 0,1346 0,9929 0,0122Casimiro de Abreu 0,3358 0,0971 0,8988 0,0116Duque de Caxias 0,3024 0,2573 0,6446 0,0055

Guapimirim 0,2383 0,0405 0,6634 0,0110Iguaba Grande 0,3791 0,1317 0,9998 0,0059

Itaboraí 0,3559 0,0894 0,9607 0,0177Itaguaí 0,3445 0,0860 0,6781 0,2696Japeri 0,3574 0,1371 0,8839 0,0512Macaé 0,2467 0,0170 0,6935 0,0296Magé 0,2338 0,0609 0,6315 0,0091

Mangaratiba 0,1255 0,0063 0,0704 0,2998Maricá 0,2838 0,0996 0,7362 0,0158

Nilópolis 0,3020 0,4997 0,3567 0,0497Niterói 0,3952 0,4212 0,7338 0,0308

Nova Iguaçu 0,2430 0,2073 0,5112 0,0105Parati 0,0205 0,0036 0,0143 0,0438

Queimados 0,4272 0,2529 0,9973 0,0315Quissamã 0,3360 0,0025 0,9930 0,0126

Rio das Ostras 0,3160 0,1159 0,8296 0,0027Rio de Janeiro 0,4300 0,4615 0,8164 0,0122

S.Franc.de Itabapoana 0,3374 0,0000 0,9805 0,0317S. Gonçalo 0,4707 0,4382 0,9673 0,0067

S. João da Barra 0,3001 0,0099 0,8885 0,0019S. João de Meriti 0,6634 1,0000 0,9475 0,0427

S. Pedro da Aldeia 0,3378 0,0502 0,9615 0,0019Saquarema 0,3264 0,0608 0,8158 0,1028Seropédica 0,3628 0,0453 0,9627 0,0806

Page 155: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

A1 A1aAngra dos Reis 0,0119 0,0119

Araruama 0,0575 0,0575Armação dos Búzios 0,0919 0,0919

Arraial do Cabo 0,1204 0,1204Belford Roxo 0,7410 0,7410

Cabo Frio 0,0861 0,0861Campos dos Goytacazes 0,0102 0,0102

Carapebus 0,1346 0,1346Casimiro de Abreu 0,0971 0,0971Duque de Caxias 0,2573 0,2573

Guapimirim 0,0405 0,0405Iguaba Grande 0,1317 0,1317

Itaboraí 0,0894 0,0894Itaguaí 0,0860 0,0860Japeri 0,1371 0,1371Macaé 0,0170 0,0170Magé 0,0609 0,0609

Mangaratiba 0,0063 0,0063Maricá 0,0996 0,0996

Nilópolis 0,4997 0,4997Niterói 0,4212 0,4212

Nova Iguaçu 0,2073 0,2073Parati 0,0036 0,0036

Queimados 0,2529 0,2529Quissamã 0,0025 0,0025

Rio das Ostras 0,1159 0,1159Rio de Janeiro 0,4615 0,4615

S.Franc.de Itabapoana 0,0000 0,0000S. Gonçalo 0,4382 0,4382

S. João da Barra 0,0099 0,0099S. João de Meriti 1,0000 1,0000

S. Pedro da Aldeia 0,0502 0,0502Saquarema 0,0608 0,0608Seropédica 0,0453 0,0453

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

A2 A2aAngra dos Reis 0,0000 1,0000

Araruama 0,9669 0,0331Armação dos Búzios 0,9720 0,0280

Arraial do Cabo 0,8930 0,1070Belford Roxo 1,0000 0,0000

Cabo Frio 0,9647 0,0353Campos dos Goytacazes 0,9231 0,0769

Carapebus 0,9929 0,0071Casimiro de Abreu 0,8988 0,1012Duque de Caxias 0,6446 0,3554

Guapimirim 0,6634 0,3366Iguaba Grande 0,9998 0,0002

Itaboraí 0,9607 0,0393Itaguaí 0,6781 0,3219Japeri 0,8839 0,1161Macaé 0,6935 0,3065Magé 0,6315 0,3685

Mangaratiba 0,0704 0,9296Maricá 0,7362 0,2638

Nilópolis 0,3567 0,6433Niterói 0,7338 0,2662

Nova Iguaçu 0,5112 0,4888Parati 0,0143 0,9857

Queimados 0,9973 0,0027Quissamã 0,9930 0,0070

Rio das Ostras 0,8296 0,1704Rio de Janeiro 0,8164 0,1836

S.Franc.de Itabapoana 0,9805 0,0195S. Gonçalo 0,9673 0,0327

S. João da Barra 0,8885 0,1115S. João de Meriti 0,9475 0,0525

S. Pedro da Aldeia 0,9615 0,0385Saquarema 0,8158 0,1842Seropédica 0,9627 0,0373

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

A3 A3aAngra dos Reis 0,0353 0,0353

Araruama 0,1849 0,1849Armação dos Búzios 1,0000 1,0000

Arraial do Cabo 0,0361 0,0361Belford Roxo 0,0093 0,0093

Cabo Frio 0,0033 0,0033Campos dos Goytacazes 0,0000 0,0000

Carapebus 0,0122 0,0122Casimiro de Abreu 0,0116 0,0116Duque de Caxias 0,0055 0,0055

Guapimirim 0,0110 0,0110Iguaba Grande 0,0059 0,0059

Itaboraí 0,0177 0,0177Itaguaí 0,2696 0,2696Japeri 0,0512 0,0512Macaé 0,0296 0,0296Magé 0,0091 0,0091

Mangaratiba 0,2998 0,2998Maricá 0,0158 0,0158

Nilópolis 0,0497 0,0497Niterói 0,0308 0,0308

Nova Iguaçu 0,0105 0,0105Parati 0,0438 0,0438

Queimados 0,0315 0,0315Quissamã 0,0126 0,0126

Rio das Ostras 0,0027 0,0027Rio de Janeiro 0,0122 0,0122

S.Franc.de Itabapoana 0,0317 0,0317S. Gonçalo 0,0067 0,0067

S. João da Barra 0,0019 0,0019S. João de Meriti 0,0427 0,0427

S. Pedro da Aldeia 0,0019 0,0019Saquarema 0,1028 0,1028Seropédica 0,0806 0,0806

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

B B1Angra dos Reis 0,3694 0,3694

Araruama 0,9174 0,9174Armação dos Búzios 0,8121 0,8121

Arraial do Cabo 0,8569 0,8569Belford Roxo 0,9608 0,9608

Cabo Frio 0,8654 0,8654Campos dos Goytacazes 0,9245 0,9245

Carapebus 0,6051 0,6051Casimiro de Abreu 0,6902 0,6902Duque de Caxias 0,9912 0,9912

Guapimirim 0,7298 0,7298Iguaba Grande 0,7732 0,7732

Itaboraí 0,9269 0,9269Itaguaí 0,9584 0,9584Japeri 0,9591 0,9591Macaé 0,9222 0,9222Magé 0,7510 0,7510

Mangaratiba 0,1753 0,1753Maricá 0,8217 0,8217

Nilópolis 0,9778 0,9778Niterói 0,8361 0,8361

Nova Iguaçu 0,9437 0,9437Parati 0,1900 0,1900

Queimados 0,9720 0,9720Quissamã 0,0000 0,0000

Rio das Ostras 1,0000 1,0000Rio de Janeiro 0,9225 0,9225

S.Franc.de Itabapoana 0,8337 0,8337S. Gonçalo 0,9925 0,9925

S. João da Barra 0,5033 0,5033S. João de Meriti 1,0000 1,0000

S. Pedro da Aldeia 0,9457 0,9457Saquarema 0,8699 0,8699Seropédica 0,9474 0,9474

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

B1 B1aAngra dos Reis 0,3694 0,6306

Araruama 0,9174 0,0826Armação dos Búzios 0,8121 0,1879

Arraial do Cabo 0,8569 0,1431Belford Roxo 0,9608 0,0392

Cabo Frio 0,8654 0,1346Campos dos Goytacazes 0,9245 0,0755

Carapebus 0,6051 0,3949Casimiro de Abreu 0,6902 0,3098Duque de Caxias 0,9912 0,0088

Guapimirim 0,7298 0,2702Iguaba Grande 0,7732 0,2268

Itaboraí 0,9269 0,0731Itaguaí 0,9584 0,0416Japeri 0,9591 0,0409Macaé 0,9222 0,0778Magé 0,7510 0,2490

Mangaratiba 0,1753 0,8247Maricá 0,8217 0,1783

Nilópolis 0,9778 0,0222Niterói 0,8361 0,1639

Nova Iguaçu 0,9437 0,0563Parati 0,1900 0,8100

Queimados 0,9720 0,0280Quissamã 0,0000 1,0000

Rio das Ostras 1,0000 0,0000Rio de Janeiro 0,9225 0,0775

S.Franc.de Itabapoana 0,8337 0,1663S. Gonçalo 0,9925 0,0075

S. João da Barra 0,5033 0,4967S. João de Meriti 1,0000 0,0000

S. Pedro da Aldeia 0,9457 0,0543Saquarema 0,8699 0,1301Seropédica 0,9474 0,0526

Page 160: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

C C1 C2 C3 C4Angra dos Reis 0,3779 0,6596 0,0602 0,2800 0,5121

Araruama 0,2146 0,3874 0,0204 0,0183 0,4326Armação dos Búzios 0,4626 0,4353 0,3570 0,0993 0,9589

Arraial do Cabo 0,3148 0,4660 0,0489 0,1865 0,5580Belford Roxo 0,2965 0,7260 0,0089 0,0341 0,4173

Cabo Frio 0,3268 0,4882 0,1103 0,2107 0,4981Campos dos Goytacazes 0,3259 0,3228 0,8961 0,0287 0,0560

Carapebus 0,3099 0,2801 0,0909 0,0159 0,8528Casimiro de Abreu 0,2455 0,2233 0,2425 0,0155 0,5009Duque de Caxias 0,2940 0,6767 0,0710 0,0216 0,4070

Guapimirim 0,2394 0,4224 0,0672 0,0084 0,4598Iguaba Grande 0,2102 0,2673 0,0449 0,0374 0,4912

Itaboraí 0,2820 0,6152 0,0067 0,0663 0,4398Itaguaí 0,2678 0,5345 0,0372 0,0589 0,4409Japeri 0,3285 0,7785 0,0079 0,0000 0,5277Macaé 0,3120 0,3826 0,2743 0,0995 0,4918Magé 0,4012 0,6036 0,0192 0,5595 0,4227

Mangaratiba 0,3225 0,2365 0,0414 0,4995 0,5128Maricá 0,2355 0,4532 0,0098 0,0293 0,4500

Nilópolis 0,2373 0,5400 0,0013 0,0000 0,4082Niterói 0,2349 0,3846 0,0161 0,0775 0,4615

Nova Iguaçu 0,3500 0,8533 0,0054 0,1212 0,4201Parati 0,3440 0,2631 0,0357 0,4549 0,6224

Queimados 0,2728 0,6609 0,0221 0,0009 0,4073Quissamã 0,3582 0,3572 0,5387 0,0392 0,4980

Rio das Ostras 0,3848 0,5266 0,4095 0,0505 0,5526Rio de Janeiro 0,2460 0,4848 0,0246 0,0138 0,4610

S.Franc.de Itabapoana 0,3735 0,4798 0,0241 0,5000 0,4902S. Gonçalo 0,2502 0,5106 0,0075 0,0723 0,4107

S. João da Barra 0,3120 0,4220 0,0517 0,2950 0,4794S. João de Meriti 0,2548 0,6058 0,0009 0,0015 0,4113

S. Pedro da Aldeia 0,3126 0,5347 0,0205 0,2302 0,4653Saquarema 0,2424 0,4237 0,0227 0,0347 0,4888Seropédica 0,3087 0,5197 0,0154 0,2259 0,4740

Page 161: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

C1 C1a C1b C1c C1dAngra dos Reis 0,6596 0,3454 0,8558 1,0000 0,8398

Araruama 0,3874 0,3090 0,8553 0,3671 0,3471Armação dos Búzios 0,4353 0,5345 1,0000 0,7444 0,5314

Arraial do Cabo 0,4660 0,4036 0,8898 0,8166 0,3409Belford Roxo 0,7260 0,0945 0,7975 0,8747 0,9213

Cabo Frio 0,4882 0,4181 0,8598 0,6263 0,6045Campos dos Goytacazes 0,3228 0,1600 0,8183 0,0000 0,2698

Carapebus 0,2801 0,2800 0,8655 0,1148 0,1511Casimiro de Abreu 0,2233 0,3672 0,9334 0,1938 0,0000Duque de Caxias 0,6767 0,2254 0,8372 0,8953 0,8743

Guapimirim 0,4224 0,2472 0,8250 0,5003 0,2615Iguaba Grande 0,2673 0,4581 0,8305 0,0014 0,3567

Itaboraí 0,6152 0,1563 0,8588 0,7321 0,7439Itaguaí 0,5345 0,2763 0,8223 0,6599 0,5769Japeri 0,7785 0,0000 0,7104 0,8245 1,0000Macaé 0,3826 0,5600 0,9096 0,6909 0,3091Magé 0,6036 0,1781 0,7940 0,7379 0,6487

Mangaratiba 0,2365 0,4545 0,8101 0,0783 0,1325Maricá 0,4532 0,4363 0,8578 0,7090 0,3982

Nilópolis 0,5400 0,3927 0,8888 0,7231 0,7184Niterói 0,3846 1,0000 0,9558 0,9541 0,5403

Nova Iguaçu 0,8533 0,2545 0,0000 0,8592 0,8088Parati 0,2631 0,4181 0,8662 0,1104 0,2263

Queimados 0,6609 0,0945 0,7920 0,8093 0,7211Quissamã 0,3572 0,0909 0,7744 0,1992 0,0952

Rio das Ostras 0,5266 0,4581 0,8702 0,9144 0,5203Rio de Janeiro 0,4848 0,8145 0,9034 0,9119 0,7453

S.Franc.de Itabapoana 0,4798 0,0000 0,7602 0,1577 0,5217S. Gonçalo 0,5106 0,3309 0,8960 0,7628 0,5065

S. João da Barra 0,4220 0,0763 0,7843 0,3956 0,1532S. João de Meriti 0,6058 0,2436 0,8635 0,8418 0,6887

S. Pedro da Aldeia 0,5347 0,3090 0,8441 0,6198 0,6721Saquarema 0,4237 0,3236 0,8573 0,4046 0,4713Seropédica 0,5197 0,2472 0,8106 0,5061 0,6307

Page 162: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

C2 C2a C2bAngra dos Reis 0,0602 0,0937 0,0268

Araruama 0,0204 0,0284 0,0125Armação dos Búzios 0,3570 0,5262 0,1879

Arraial do Cabo 0,0489 0,0764 0,0215Belford Roxo 0,0089 0,0067 0,0111

Cabo Frio 0,1103 0,1544 0,0662Campos dos Goytacazes 0,8961 0,7923 1,0000

Carapebus 0,0909 0,1694 0,0125Casimiro de Abreu 0,2425 0,3988 0,0862Duque de Caxias 0,0710 0,0997 0,0424

Guapimirim 0,0672 0,0809 0,0535Iguaba Grande 0,0449 0,0689 0,0210

Itaboraí 0,0067 0,0067 0,0067Itaguaí 0,0372 0,0652 0,0092Japeri 0,0079 0,0037 0,0122Macaé 0,2743 0,4542 0,0945Magé 0,0192 0,0157 0,0227

Mangaratiba 0,0414 0,0727 0,0101Maricá 0,0098 0,0142 0,0055

Nilópolis 0,0013 0,0007 0,0020Niterói 0,0161 0,0322 0,0000

Nova Iguaçu 0,0054 0,0052 0,0057Parati 0,0357 0,0509 0,0206

Queimados 0,0221 0,0202 0,0241Quissamã 0,5387 1,0000 0,0774

Rio das Ostras 0,4095 0,7248 0,0943Rio de Janeiro 0,0246 0,0479 0,0013

S.Franc.de Itabapoana 0,0241 0,0419 0,0064S. Gonçalo 0,0075 0,0067 0,0083

S. João da Barra 0,0517 0,0824 0,0210S. João de Meriti 0,0009 0,0000 0,0018

S. Pedro da Aldeia 0,0205 0,0239 0,0171Saquarema 0,0227 0,0337 0,0118Seropédica 0,0154 0,0232 0,0076

Page 163: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

C3 C3a C3bAngra dos Reis 0,2800 0,3413 0,2187

Araruama 0,0183 0,0000 0,0366Armação dos Búzios 0,0993 0,0000 0,1986

Arraial do Cabo 0,1865 0,0000 0,3730Belford Roxo 0,0341 0,0626 0,0057

Cabo Frio 0,2107 0,2493 0,1721Campos dos Goytacazes 0,0287 0,0000 0,0575

Carapebus 0,0159 0,0000 0,0319Casimiro de Abreu 0,0155 0,0000 0,0311Duque de Caxias 0,0216 0,0323 0,0110

Guapimirim 0,0084 0,0000 0,0168Iguaba Grande 0,0374 0,0000 0,0749

Itaboraí 0,0663 0,1087 0,0239Itaguaí 0,0589 0,0000 0,1179Japeri 0,0000 0,0000 0,0000Macaé 0,0995 0,0000 0,1991Magé 0,5595 1,0000 0,1190

Mangaratiba 0,4995 0,6365 0,3625Maricá 0,0293 0,0000 0,0586

Nilópolis 0,0000 0,0000 0,0000Niterói 0,0775 0,1035 0,0515

Nova Iguaçu 0,1212 0,2375 0,0049Parati 0,4549 0,0000 0,9099

Queimados 0,0009 0,0000 0,0019Quissamã 0,0392 0,0000 0,0785

Rio das Ostras 0,0505 0,0000 0,1011Rio de Janeiro 0,0138 0,0180 0,0096

S.Franc.de Itabapoana 0,5000 0,0000 1,0000S. Gonçalo 0,0723 0,0990 0,0457

S. João da Barra 0,2950 0,0000 0,5900S. João de Meriti 0,0015 0,0000 0,0030

S. Pedro da Aldeia 0,2302 0,3227 0,1377Saquarema 0,0347 0,0000 0,0694Seropédica 0,2259 0,4518 0,0000

Page 164: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

C4 C4a C4bAngra dos Reis 0,5121 0,0675 0,0918

Araruama 0,4326 0,1576 0,0228Armação dos Búzios 0,9589 0,0821 1,0000

Arraial do Cabo 0,5580 0,0556 0,1716Belford Roxo 0,4173 0,1655 0,0001

Cabo Frio 0,4981 0,0821 0,0784Campos dos Goytacazes 0,0560 1,0000 0,1121

Carapebus 0,8528 0,0000 0,7056Casimiro de Abreu 0,5009 0,0357 0,0375Duque de Caxias 0,4070 0,1894 0,0034

Guapimirim 0,4598 0,0940 0,0137Iguaba Grande 0,4912 0,0635 0,0460

Itaboraí 0,4398 0,1245 0,0041Itaguaí 0,4409 0,1377 0,0196Japeri 0,5277 0,1178 0,1733Macaé 0,4918 0,0596 0,0432Magé 0,4227 0,1589 0,0044

Mangaratiba 0,5128 0,0476 0,0732Maricá 0,4500 0,1099 0,0099

Nilópolis 0,4082 0,1907 0,0072Niterói 0,4615 0,0900 0,0130

Nova Iguaçu 0,4201 0,1629 0,0031Parati 0,6224 0,0768 0,3216

Queimados 0,4073 0,1854 0,0000Quissamã 0,4980 0,0132 0,0092

Rio das Ostras 0,5526 0,0251 0,1303Rio de Janeiro 0,4610 0,0887 0,0108

S.Franc.de Itabapoana 0,4902 0,0357 0,0162S. Gonçalo 0,4107 0,1827 0,0041

S. João da Barra 0,4794 0,0450 0,0039S. João de Meriti 0,4113 0,1854 0,0081

S. Pedro da Aldeia 0,4653 0,1112 0,0418Saquarema 0,4888 0,0754 0,0530Seropédica 0,4740 0,0529 0,0009

Page 165: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

D D1Angra dos Reis 0,3605 0,3605

Araruama 0,5339 0,5339Armação dos Búzios 0,0197 0,0197

Arraial do Cabo 0,2384 0,2384Belford Roxo 0,4873 0,4873

Cabo Frio 0,1784 0,1784Campos dos Goytacazes 0,4425 0,4425

Carapebus 0,3655 0,3655Casimiro de Abreu 0,6343 0,6343Duque de Caxias 0,3595 0,3595

Guapimirim 0,4017 0,4017Iguaba Grande 0,4391 0,4391

Itaboraí 0,4815 0,4815Itaguaí 0,6143 0,6143Japeri 0,4873 0,4873Macaé 0,4352 0,4352Magé 0,4262 0,4262

Mangaratiba 0,4724 0,4724Maricá 0,5513 0,5513

Nilópolis 0,0015 0,0015Niterói 0,1351 0,1351

Nova Iguaçu 0,3284 0,3284Parati 0,4014 0,4014

Queimados 0,1905 0,1905Quissamã 0,3282 0,3282

Rio das Ostras 0,6206 0,6206Rio de Janeiro 0,6040 0,6040

S.Franc.de Itabapoana 0,0692 0,0692S. Gonçalo 0,3552 0,3552

S. João da Barra 0,0121 0,0121S. João de Meriti 0,2500 0,2500

S. Pedro da Aldeia 0,4962 0,4962Saquarema 0,2979 0,2979Seropédica 0,2834 0,2834

Page 166: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

D1 D1a D1b D1c D1dAngra dos Reis 0,3605 0,2600 0,1383 0,0440 1,0000

Araruama 0,5339 0,2763 0,8596 0,0000 1,0000Armação dos Búzios 0,0197 0,0000 0,0789 0,0000 0,0000

Arraial do Cabo 0,2384 0,1038 0,1056 0,7442 0,0000Belford Roxo 0,4873 0,2998 0,6496 0,0000 1,0000

Cabo Frio 0,1784 0,1488 0,5649 0,0000 0,0000Campos dos Goytacazes 0,4425 0,1597 0,6103 0,0000 1,0000

Carapebus 0,3655 0,0267 0,4354 0,0000 1,0000Casimiro de Abreu 0,6343 0,8255 0,7118 0,0000 1,0000Duque de Caxias 0,3595 0,1883 0,2499 0,0000 1,0000

Guapimirim 0,4017 0,2921 0,2636 0,0511 1,0000Iguaba Grande 0,4391 0,2174 0,5390 0,0000 1,0000

Itaboraí 0,4815 0,2027 0,7233 0,0000 1,0000Itaguaí 0,6143 0,6214 0,8359 0,0000 1,0000Japeri 0,4873 0,1689 0,7803 0,0000 1,0000Macaé 0,4352 1,0000 0,7411 0,0000 0,0000Magé 0,4262 0,4412 0,2639 0,0000 1,0000

Mangaratiba 0,4724 0,4107 0,1388 0,3403 1,0000Maricá 0,5513 0,4336 0,7717 0,0000 1,0000

Nilópolis 0,0015 0,0000 0,0060 0,0000 0,0000Niterói 0,1351 0,3237 0,0951 0,1216 0,0000

Nova Iguaçu 0,3284 0,1986 0,3235 0,7918 0,0000Parati 0,4014 0,4311 0,1747 0,0000 1,0000

Queimados 0,1905 0,0594 0,7026 0,0000 0,0000Quissamã 0,3282 0,0400 0,2728 0,0000 1,0000

Rio das Ostras 0,6206 0,4826 1,0000 0,0000 1,0000Rio de Janeiro 0,6040 0,3259 0,0901 1,0000 1,0000

S.Franc.de Itabapoana 0,0692 0,0327 0,2443 0,0000 0,0000S. Gonçalo 0,3552 0,1084 0,3075 0,0052 1,0000

S. João da Barra 0,0121 0,0155 0,0332 0,0000 0,0000S. João de Meriti 0,2500 0,0000 0,0000 0,0000 1,0000

S. Pedro da Aldeia 0,4962 0,1956 0,7893 0,0000 1,0000Saquarema 0,2979 0,4093 0,7824 0,0000 0,0000Seropédica 0,2834 0,1826 0,9512 0,0000 0,0000

Page 167: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

E E1 E2 E3 E4 E5Angra dos Reis 0,3201 0,4665 0,5139 0,4190 0,1908 0,0105

Araruama 0,3103 0,3831 0,5469 0,5026 0,1054 0,0137Armação dos Búzios 0,3387 0,5572 0,6173 0,3223 0,1884 0,0083

Arraial do Cabo 0,2995 0,5223 0,4148 0,3692 0,1659 0,0251Belford Roxo 0,3943 0,4459 0,6190 0,6352 0,2616 0,0098

Cabo Frio 0,2988 0,3635 0,5563 0,4471 0,1067 0,0206Campos dos Goytacazes 0,4456 0,6970 0,7820 0,5025 0,2464 0,0000

Carapebus 0,6382 0,9085 0,5449 0,4041 0,3335 1,0000Casimiro de Abreu 0,3056 0,2165 0,8365 0,2993 0,1617 0,0142Duque de Caxias 0,3524 0,5435 0,4512 0,5503 0,2032 0,0137

Guapimirim 0,3839 0,5788 0,5989 0,6150 0,1190 0,0078Iguaba Grande 0,3226 0,4855 0,5429 0,3521 0,2224 0,0103

Itaboraí 0,4008 0,4522 0,7996 0,6195 0,1169 0,0160Itaguaí 0,2824 0,4036 0,4671 0,3552 0,1750 0,0113Japeri 0,3996 0,5069 0,7401 0,5794 0,1537 0,0179Macaé 0,3010 0,4360 0,4454 0,3646 0,2443 0,0145Magé 0,3902 0,4335 0,7225 0,5598 0,2246 0,0108

Mangaratiba 0,2890 0,2869 0,5516 0,2279 0,3620 0,0165Maricá 0,3094 0,3147 0,6963 0,4148 0,1055 0,0155

Nilópolis 0,3324 0,4280 0,5029 0,3790 0,3321 0,0201Niterói 0,2436 0,1287 0,4131 0,3854 0,2636 0,0273

Nova Iguaçu 0,3652 0,4880 0,5578 0,5999 0,1630 0,0174Parati 0,2675 0,1495 0,5441 0,5094 0,1237 0,0108

Queimados 0,3850 0,5511 0,6520 0,5465 0,1652 0,0100Quissamã 0,2927 0,4219 0,5136 0,5095 0,0033 0,0150

Rio das Ostras 0,3841 0,5350 0,6743 0,3108 0,3935 0,0068Rio de Janeiro 0,2949 0,3652 0,2572 0,4901 0,3387 0,0233

S.Franc.de Itabapoana 0,3844 0,3010 0,7479 0,7796 0,0854 0,0083S. Gonçalo 0,3550 0,4790 0,4999 0,5739 0,2104 0,0120

S. João da Barra 0,3417 0,2953 0,7234 0,5593 0,1228 0,0076S. João de Meriti 0,3732 0,2960 0,5335 0,5604 0,4638 0,0123

S. Pedro da Aldeia 0,2459 0,2040 0,4567 0,4523 0,1080 0,0083Saquarema 0,3259 0,3683 0,6698 0,4634 0,1132 0,0150Seropédica 0,3202 0,5154 0,5320 0,4399 0,1071 0,0068

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SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

E1 E1a E1b E1c E1dAngra dos Reis 0,4665 0,3898 0,4285 0,0430 0,6413

Araruama 0,3831 0,2457 0,2857 0,0198 0,0440Armação dos Búzios 0,5572 0,3559 0,2857 0,4629 0,4077

Arraial do Cabo 0,5223 0,3474 0,2857 0,3133 0,4090Belford Roxo 0,4459 0,1779 0,1428 0,0030 0,1014

Cabo Frio 0,3635 0,6271 0,5714 0,0811 0,5717Campos dos Goytacazes 0,6970 0,1694 0,1428 0,1003 1,0000

Carapebus 0,9085 0,0593 0,0000 1,0000 0,6936Casimiro de Abreu 0,2165 0,6610 0,7142 0,0530 0,1882Duque de Caxias 0,5435 0,1525 0,1428 0,0273 0,4422

Guapimirim 0,5788 0,0000 0,0000 0,0123 0,3031Iguaba Grande 0,4855 0,6440 0,5714 0,5436 0,6139

Itaboraí 0,4522 0,1525 0,1428 0,0846 0,0197Itaguaí 0,4036 0,2881 0,2857 0,0025 0,1857Japeri 0,5069 0,0338 0,0000 0,0617 0,0000Macaé 0,4360 0,1694 0,1428 0,0565 0,0000Magé 0,4335 0,1779 0,1428 0,0362 0,0185

Mangaratiba 0,2869 0,4237 0,4285 0,0000 0,0000Maricá 0,3147 0,4406 0,4285 0,0119 0,1161

Nilópolis 0,4280 0,1525 0,1428 0,0074 0,0000Niterói 0,1287 1,0000 1,0000 0,2069 0,3082

Nova Iguaçu 0,4880 0,2288 0,1428 0,0175 0,3063Parati 0,1495 0,7033 0,7142 0,0156 0,0000

Queimados 0,5511 0,0000 0,0000 0,0095 0,1952Quissamã 0,4219 0,1694 0,1428 0,0000 0,0000

Rio das Ostras 0,5350 0,2033 0,1428 0,2733 0,2131Rio de Janeiro 0,3652 0,5423 0,5714 0,0790 0,4958

S.Franc.de Itabapoana 0,3010 0,3728 0,4285 0,0053 0,0000S. Gonçalo 0,4790 0,4406 0,4285 0,5415 0,2437

S. João da Barra 0,2953 0,3983 0,4285 0,0081 0,0000S. João de Meriti 0,2960 0,4576 0,4285 0,0149 0,0555

S. Pedro da Aldeia 0,2040 0,6271 0,5714 0,0147 0,0000Saquarema 0,3683 0,3644 0,2857 0,0490 0,0746Seropédica 0,5154 0,1864 0,1428 0,1975 0,1933

Page 169: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

E2 E2a E2b E2c E2d E2e E2fAngra dos Reis 0,5139 0,6027 0,8835 0,9720 0,0213 0,4088 0,0278

Araruama 0,5469 0,0825 0,8089 0,7849 0,0146 1,0000 0,0273Armação dos Búzios 0,6173 0,0450 0,3582 0,9301 0,0000 0,9491 0,0137

Arraial do Cabo 0,4148 0,7896 0,6869 0,9881 0,0000 1,0000 0,0463Belford Roxo 0,6190 0,6709 0,7277 0,8872 0,0000 0,0000 0,0000

Cabo Frio 0,5563 0,3412 0,5269 0,9454 0,0000 0,8220 0,0264Campos dos Goytacazes 0,7820 0,0060 0,1436 0,1837 0,0800 0,8937 0,0006

Carapebus 0,5449 0,5560 0,3367 0,7829 1,0000 0,0000 0,0545Casimiro de Abreu 0,8365 0,0257 0,0027 0,0000 0,0125 0,9100 0,0301Duque de Caxias 0,4512 0,7078 0,6970 0,8929 0,0000 0,9948 0,0000

Guapimirim 0,5989 0,2658 0,4435 0,7805 0,0000 0,9167 0,0000Iguaba Grande 0,5429 0,1587 0,6827 0,9579 0,0000 0,9431 0,0000

Itaboraí 0,7996 0,3461 0,2158 0,5851 0,0129 0,0422 0,0000Itaguaí 0,4671 0,5124 0,7612 0,8891 0,0000 1,0000 0,0342Japeri 0,7401 0,3424 0,6315 0,5586 0,0000 0,0000 0,0268Macaé 0,4454 0,8368 0,9104 0,9430 0,0185 0,6001 0,0183Magé 0,7225 0,3671 0,4555 0,8409 0,0000 0,0000 0,0011

Mangaratiba 0,5516 0,1807 0,6456 0,8893 0,0000 0,9354 0,0394Maricá 0,6963 0,1190 0,1876 0,7100 0,0153 0,7902 0,0000

Nilópolis 0,5029 1,0000 0,9826 1,0000 0,0000 0,0000 0,0000Niterói 0,4131 0,9186 0,7926 0,9778 0,0000 0,3472 0,4850

Nova Iguaçu 0,5578 0,6442 0,8201 0,8854 0,0013 0,0895 0,2123Parati 0,5441 0,1832 0,7032 0,8227 0,0894 0,9337 0,0030

Queimados 0,6520 0,4317 0,6657 0,8693 0,0000 0,0000 0,1209Quissamã 0,5136 0,2023 0,6479 0,7784 0,2838 1,0000 0,0058

Rio das Ostras 0,6743 0,0312 0,0000 0,9366 0,0000 0,9477 0,0385Rio de Janeiro 0,2572 0,9812 1,0000 0,9987 0,0000 0,4764 1,0000

S.Franc.de Itabapoana 0,7479 0,0000 0,2102 0,3198 0,0300 0,9519 0,0006S. Gonçalo 0,4999 0,5046 0,8145 0,9169 0,0013 0,7042 0,0586

S. João da Barra 0,7234 0,2310 0,6264 0,7581 0,0429 0,0000 0,0009S. João de Meriti 0,5335 0,8383 0,9746 0,9861 0,0000 0,0000 0,0000

S. Pedro da Aldeia 0,4567 0,4952 0,8524 0,9018 0,0000 1,0000 0,0102Saquarema 0,6698 0,1446 0,1922 0,7184 0,0000 0,9241 0,0019Seropédica 0,5320 0,1381 0,8715 0,8002 0,0000 0,9200 0,0782

Page 170: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

E3 E3a E3b E3c E3dAngra dos Reis 0,4190 0,6326 0,4721 0,4490 0,2298

Araruama 0,5026 0,5469 0,5332 0,3436 0,4342Armação dos Búzios 0,3223 0,6653 0,7593 0,4836 0,1975

Arraial do Cabo 0,3692 0,8040 0,4115 0,4652 0,1575Belford Roxo 0,6352 0,6448 0,0719 0,0000 0,2574

Cabo Frio 0,4471 0,6775 0,4513 0,3174 0,2344Campos dos Goytacazes 0,5025 0,5551 0,3591 0,3585 0,2828

Carapebus 0,4041 0,6204 0,6594 0,6886 0,5849Casimiro de Abreu 0,2993 0,5877 1,0000 0,6257 0,4104Duque de Caxias 0,5503 0,6448 0,2654 0,1132 0,2244

Guapimirim 0,6150 0,5224 0,2347 0,1679 0,3850Iguaba Grande 0,3521 0,6734 0,6318 0,5094 0,2229

Itaboraí 0,6195 0,5265 0,2532 0,1434 0,4012Itaguaí 0,3552 0,7102 0,6616 0,4857 0,2782Japeri 0,5794 0,6040 0,3469 0,1351 0,4035Macaé 0,3646 0,7102 0,5522 0,4521 0,1729Magé 0,5598 0,6040 0,3383 0,1189 0,3005

Mangaratiba 0,2279 0,7102 0,6472 1,0000 0,2690Maricá 0,4148 0,6775 0,5024 0,4293 0,2682

Nilópolis 0,3790 0,8897 0,3414 0,2544 0,0015Niterói 0,3854 1,0000 0,1361 0,3222 0,0000

Nova Iguaçu 0,5999 0,6897 0,0863 0,0367 0,2121Parati 0,5094 0,4571 0,4762 0,5378 0,5088

Queimados 0,5465 0,6122 0,4161 0,1001 0,3143Quissamã 0,5095 0,5306 0,5251 0,4822 0,5757

Rio das Ostras 0,3108 0,6285 0,9140 0,5671 0,3528Rio de Janeiro 0,4901 0,8897 0,0479 0,1504 0,0484

S.Franc.de Itabapoana 0,7796 0,0000 0,4690 0,4127 1,0000S. Gonçalo 0,5739 0,7387 0,0000 0,0926 0,1268

S. João da Barra 0,5593 0,3224 0,4432 0,4416 0,4442S. João de Meriti 0,5604 0,7346 0,0800 0,0367 0,0930

S. Pedro da Aldeia 0,4523 0,6571 0,4925 0,3449 0,3036Saquarema 0,4634 0,5428 0,6255 0,4118 0,4335Seropédica 0,4399 0,6816 0,5056 0,3253 0,2720

Page 171: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

E4 E4a E4b E4cAngra dos Reis 0,1908 0,0101 0,5101 0,0522

Araruama 0,1054 0,0085 0,1740 0,1338Armação dos Búzios 0,1884 0,0078 0,0647 0,4928

Arraial do Cabo 0,1659 0,0257 0,0890 0,3831Belford Roxo 0,2616 0,4204 0,3582 0,0061

Cabo Frio 0,1067 0,0234 0,1983 0,0986Campos dos Goytacazes 0,2464 0,0062 0,6659 0,0673

Carapebus 0,3335 0,0007 0,0000 1,0000Casimiro de Abreu 0,1617 0,0023 0,0708 0,4122Duque de Caxias 0,2032 0,1279 0,3724 0,1095

Guapimirim 0,1190 0,0070 0,0971 0,2531Iguaba Grande 0,2224 0,0202 0,0587 0,5885

Itaboraí 0,1169 0,0327 0,2408 0,0774Itaguaí 0,1750 0,0218 0,4493 0,0540Japeri 0,1537 0,0764 0,3846 0,0002Macaé 0,2443 0,0070 0,4817 0,2444Magé 0,2246 0,0397 0,5161 0,1182

Mangaratiba 0,3620 0,0039 1,0000 0,0822Maricá 0,1055 0,0148 0,1599 0,1419

Nilópolis 0,3321 0,6287 0,3522 0,0156Niterói 0,2636 0,2753 0,3542 0,1613

Nova Iguaçu 0,1630 0,1162 0,3623 0,0105Parati 0,1237 0,0007 0,0546 0,3159

Queimados 0,1652 0,1216 0,3582 0,0158Quissamã 0,0033 0,0000 0,0101 0,0000

Rio das Ostras 0,3935 0,0109 0,5546 0,6152Rio de Janeiro 0,3387 0,3845 0,3522 0,2794

S.Franc.de Itabapoana 0,0854 0,0015 0,0182 0,2365S. Gonçalo 0,2104 0,2769 0,3542 0,0002

S. João da Barra 0,1228 0,0031 0,0283 0,3370S. João de Meriti 0,4638 1,0000 0,3522 0,0392

S. Pedro da Aldeia 0,1080 0,0132 0,1457 0,1653Saquarema 0,1132 0,0101 0,1376 0,1920Seropédica 0,1071 0,0163 0,1437 0,1613

Page 172: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

E5 E5aAngra dos Reis 0,0105 0,0105

Araruama 0,0137 0,0137Armação dos Búzios 0,0083 0,0083

Arraial do Cabo 0,0251 0,0251Belford Roxo 0,0098 0,0098

Cabo Frio 0,0206 0,0206Campos dos Goytacazes 0,0000 0,0000

Carapebus 1,0000 1,0000Casimiro de Abreu 0,0142 0,0142Duque de Caxias 0,0137 0,0137

Guapimirim 0,0078 0,0078Iguaba Grande 0,0103 0,0103

Itaboraí 0,0160 0,0160Itaguaí 0,0113 0,0113Japeri 0,0179 0,0179Macaé 0,0145 0,0145Magé 0,0108 0,0108

Mangaratiba 0,0165 0,0165Maricá 0,0155 0,0155

Nilópolis 0,0201 0,0201Niterói 0,0273 0,0273

Nova Iguaçu 0,0174 0,0174Parati 0,0108 0,0108

Queimados 0,0100 0,0100Quissamã 0,0150 0,0150

Rio das Ostras 0,0068 0,0068Rio de Janeiro 0,0233 0,0233

S.Franc.de Itabapoana 0,0083 0,0083S. Gonçalo 0,0120 0,0120

S. João da Barra 0,0076 0,0076S. João de Meriti 0,0123 0,0123

S. Pedro da Aldeia 0,0083 0,0083Saquarema 0,0150 0,0150Seropédica 0,0068 0,0068

Page 173: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

F F1Angra dos Reis 0,5499 0,5499

Araruama 0,6633 0,6633Armação dos Búzios 0,6512 0,6512

Arraial do Cabo 0,7298 0,7298Belford Roxo 0,5399 0,5399

Cabo Frio 0,6805 0,6805Campos dos Goytacazes 0,3883 0,3883

Carapebus 0,2131 0,2131Casimiro de Abreu 0,6514 0,6514Duque de Caxias 0,6457 0,6457

Guapimirim 0,5474 0,5474Iguaba Grande 0,4284 0,4284

Itaboraí 0,5391 0,5391Itaguaí 0,6711 0,6711Japeri 0,5153 0,5153Macaé 0,7235 0,7235Magé 0,5265 0,5265

Mangaratiba 0,7364 0,7364Maricá 0,6867 0,6867

Nilópolis 0,6987 0,6987Niterói 0,7970 0,7970

Nova Iguaçu 0,5719 0,5719Parati 0,5911 0,5911

Queimados 0,6184 0,6184Quissamã 0,6342 0,6342

Rio das Ostras 0,6237 0,6237Rio de Janeiro 0,6143 0,6143

S.Franc.de Itabapoana 1,0000 1,0000S. Gonçalo 0,6997 0,6997

S. João da Barra 0,5907 0,5907S. João de Meriti 0,5681 0,5681

S. Pedro da Aldeia 0,7211 0,7211Saquarema 0,7005 0,7005Seropédica 0,6112 0,6112

Page 174: Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

SOUTO, R.D. Avaliação do Impacto Antropogênico na Zona Costeira do Estado do Rio de Janeiro, Brasil.

F1 F1a F1b F1c F1d F1eAngra dos Reis 0,5499 0,0704 0,6700 0,6844 0,6667 0,1590

Araruama 0,6633 0,0931 0,6206 0,5980 0,3717 0,0000Armação dos Búzios 0,6512 0,2217 0,5626 0,5295 0,4300 0,0000

Arraial do Cabo 0,7298 0,0337 0,4788 0,3937 0,4444 0,0000Belford Roxo 0,5399 0,1553 0,5846 0,8154 0,7089 0,0360

Cabo Frio 0,6805 0,1388 0,6175 0,5498 0,2910 0,0000Campos dos Goytacazes 0,3883 0,4294 0,5368 0,5647 0,5273 1,0000

Carapebus 0,2131 1,0000 1,0000 0,9942 0,8992 0,0408Casimiro de Abreu 0,6514 0,2761 0,6159 0,3927 0,4582 0,0000Duque de Caxias 0,6457 0,0870 0,6332 0,5273 0,5236 0,0000

Guapimirim 0,5474 0,4858 0,5987 0,5980 0,5802 0,0000Iguaba Grande 0,4284 0,5510 0,6802 0,6265 1,0000 0,0000

Itaboraí 0,5391 0,3053 0,6128 0,8506 0,5354 0,0000Itaguaí 0,6711 0,0740 0,6449 0,5449 0,3804 0,0000Japeri 0,5153 0,2159 0,6614 1,0000 0,5461 0,0000Macaé 0,7235 0,2287 0,5000 0,4496 0,2038 0,0000Magé 0,5265 0,2413 0,6583 0,7034 0,7642 0,0000

Mangaratiba 0,7364 0,2027 0,4960 0,5621 0,0572 0,0000Maricá 0,6867 0,1320 0,5626 0,5828 0,2891 0,0000

Nilópolis 0,6987 0,0728 0,5995 0,4868 0,3470 0,0000Niterói 0,7970 0,0485 0,4427 0,2846 0,2388 0,0004

Nova Iguaçu 0,5719 0,1368 0,6183 0,7556 0,6295 0,0000Parati 0,5911 0,1045 0,6230 0,4902 0,4444 0,3820

Queimados 0,6184 0,2118 0,6144 0,9220 0,1595 0,0000Quissamã 0,6342 0,4082 0,5164 0,4822 0,4222 0,0000

Rio das Ostras 0,6237 0,3084 0,4184 0,3534 0,2014 0,5997Rio de Janeiro 0,6143 0,1107 0,5007 0,3172 0,3420 0,6578

S.Franc.de Itabapoana 1,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000S. Gonçalo 0,6997 0,1514 0,5282 0,3732 0,4364 0,0120

S. João da Barra 0,5907 0,4424 0,6128 0,6550 0,3363 0,0000S. João de Meriti 0,5681 0,0383 0,7147 0,6598 0,7467 0,0000

S. Pedro da Aldeia 0,7211 0,1669 0,4866 0,4634 0,2773 0,0000Saquarema 0,7005 0,1121 0,5564 0,4031 0,4173 0,0086Seropédica 0,6112 0,1415 0,6716 0,6101 0,4449 0,0759