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Trabalho Cerrado - 3* ANO

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• O cerrado corresponde a 1/3 da biota brasileira. •Aproximadamente 1,8 ou 2,0 milhões de Km2 se adicionarmos as áreas periféricas encravadas em outros domínios vizinhos.

ÁREA

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Representado no centro do país, a sua área corre o domínio do cerrado e estende-se de um extremo ao outro do Mato Grosso

do Sul ao Piauí em seu eixo maior.

Sul e sudeste: Floresta Atlântica

Leste: vegetação

de Caatinga nordestina

Oeste: Floresta

Amazônica

Geograficamente, a região dos cerrados situa-se em um local

estratégico que facilita o intercâmbio florístico

e faunístico entre os domínios brasileiros.

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• Mais de 90% da precipitação ocorrem de outubro a março, demarcando duas estações climáticas distintas: a chuvosa e a seca.

•Tropical sazonal de inverno seco.•Precipitação média anual de 1.500 mm.

CLIMA

•Temperatura média em torno de 22 - 23ºC.

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• Na sua maioria ricos em argila e óxidos de ferro,de cor vermelha ou vermelha amarelada.• Profundos, porosos, permeáveis, bem drenados e intensamente lixiviados.• Pequena capacidade de retenção de água. • Teor ácido com pH que pode variar de menos de 4 a pouco mais de 5.

SOLO

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•Tóxico para a maioria das plantas agrícolas devido aos altos índices de Al+3. •Teor de matéria orgânica é pequeno, com lenta decomposição do húmus em função do longo período de seca.

SOLO

• A correção do pH e a adubação podem tornar o solo fértil e produtivo, seja para a cultura de grãos ou de frutíferas.

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De modo geral podemos distinguir dois estratos na vegetação dos cerrados.

• Árvores com troncos tortuosos, súber espesso e longas raízes subterrâneas atingindo 10, 15 ou mais metros de profundidade.

A - Estrato lenhoso :

VEGETAÇÃO

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• Raízes superficiais, indo até pouco mais de 30 cm.

B - Extrato herbáceo/arbustivo:• Formado por espécies perenes com órgãos subterrâneos de resistência que lhe garantem sobreviver à seca e ao fogo.

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São responsáveis pela formação de 4, 5, 6 ou mais toneladas de palha por ha/ano.

Um combustível que facilmente se inflama favorecendo a ocorrência e propagação

das queimadas no cerrado.

• Ramos aéreos anuais que secam e morrem durante a estação seca.

B - Extrato herbáceo/arbustivo:

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FISIONOMIAS DO CERRADOEm termos fisionômicos o Cerrado é uma

savana tropical, ou seja, um bioma no qual árvores e arbustos coexistem com uma

vegetação rasteira formada principalmente por gramíneas.

As árvores e arbustos distribuem-se esparsamente pela vegetação rasteira e

raramente formam uma cobertura arbórea contínua, determinando desde formas

campestres abertas, como os campos limpos de cerrado, até formas relativamente densas

florestais como o cerradão.

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• A disponibilidade de água ou profundidade do lençol freático. • A ação do homem.

Estas fisionomias aparecem distribuídas de acordo com:• A quantidade de nutrientes no solo.• As características das queimadas de cada local (freqüência,época,intensidade).

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Predominância do estrato Predominância do estrato herbáceoherbáceo

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Presença de pequena quantidade de Presença de pequena quantidade de arbustos, que se distribuem de forma arbustos, que se distribuem de forma

bem espaçada por entre o estrado bem espaçada por entre o estrado herbáceo mais predominanteherbáceo mais predominante..

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Vegetação campestre, com predomínio de Vegetação campestre, com predomínio de gramíneas, pequenas árvores e arbustos gramíneas, pequenas árvores e arbustos bastante esparsos entre si. Pode tratar-se bastante esparsos entre si. Pode tratar-se de transição entre campo e demais tipo de de transição entre campo e demais tipo de

vegetação ou às vezes resulta da vegetação ou às vezes resulta da degradação do cerrado. degradação do cerrado.

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Presença de arbustos e árvores que Presença de arbustos e árvores que raramente ultrapassam 6 metros de altura, raramente ultrapassam 6 metros de altura,

recobertos por cascas espessas com recobertos por cascas espessas com folhas coriáceas e caules tortuosos, que folhas coriáceas e caules tortuosos, que

se distribuem por entre a vegetação se distribuem por entre a vegetação rasteira (herbácea).rasteira (herbácea).

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Esta é a fisionomia de maior Esta é a fisionomia de maior biodiversidade. Apresenta árvores de biodiversidade. Apresenta árvores de grande porte grande porte com altura entre 8 e 15 com altura entre 8 e 15

metros (cobertura arbórea entre 50 e 90%)metros (cobertura arbórea entre 50 e 90%) . . O estrato herbáceo, como na maioria das O estrato herbáceo, como na maioria das

formações florestais, apresenta-se formações florestais, apresenta-se escasso. escasso.

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OUTRAS FORMAÇÕES DO DOMÍNIO CERRADO

MATA CILIAR:

• Sua ocorrência é favorecida pelas condições físicas locais, relacionada, em especial, à maior umidade do solo.

• Vegetação que cresce ao longo dos cursos d'água e linhas de drenagem.

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Matas-de-galeria:

• A sobreposição de copas promove uma cobertura vegetal de 70 a 95%.

• Vegetação de grande porte (20-30 metros) que ocorre ao longo de pequenos e córregos formando "galerias". • As espécies são perenes, sem perda de folhas durante a seca.

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VEREDAS:• As veredas são sempre encontradas em solos hidromórficos em locais de afloramento do lençol freático, próximas a nascentes ou na borda das matas de galeria, circundadas por campo limpo.• O buritizeiro (Mauritia vinifera) e certas gramíneas são as espécies principais na vereda.

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A ÁGUA É UM FATOR LIMITANTE PARA A

VEGETAÇÃO DO CERRADO??

Com uma longa estação seca, a vegetação do Cerrado,tem aspectos que costumam ser interpretados como adaptações a ambientes secos. (xeromorfismo)

Árvores de pequeno a médio porte e de copa rala.

Folhas endurecidas, com superfície brilhante e, não raro, recoberta por pêlos.

FATOS A FAVOR:

Suber espesso

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•Observa-se o crescimento de Eucalyptus, mangueiras, abacateiros, cana-de-açúcar, laranjeiras, etc sem necessidade de irrigação.

FATOS CONTRA:• Mesmo durante a seca as folhas das árvores perdem razoáveis quantidades de água por evaporação.•Muitas espécies arbóreas do cerrado florescem em plena estação seca.

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A água não é fator limitante para o estrato arbóreo-arbustivo, pois estas possuem raízes pivotantes profundas (10, 15, 20 m) que retiram água do lençol freático. Apenas o estrato herbáceo-arbustivo, devido às suas raízes pouco profundas, sofre com a seca, cuja parte epigéia se desseca e morre, embora suas partes hipogéias se mantenham vivas, resistindo sob a terra às agruras da seca.

CONCLUSÕES:

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O aspecto do estrato arbóreo não é devido à falta d’água, que por isso, apresentaria um pseudoxeromorfismo, mas sim devido à escassez de nutrientes do solo.

Diz-se, então, que a vegetação apresenta um escleromorfismo oligotrófico ou, em outras palavras, "um aspecto muito duro devido à falta de nutrição".

CONCLUSÕES:

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A tortuosidade dos troncos e o espesso suber das árvores do cerrado encontram explicação na ação do fogo que, repetidas vezes, queima o meristema apical das árvores, favorecendo o brotamento das gemas laterais.

CONCLUSÕES:

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O FOGOO fogo é de extraordinária importância para o bioma do cerrado, seja pelos múltiplos e diversificados efeitos ecológicos que exerce, seja por ser ele uma excelente ferramenta para o manejo de áreas de cerrado, com objetivos conservacionistas.

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EFEITOS ECOLÓGICOS DO FOGO• Remineralização da biomassa e transferência de nutrientes sob forma de cinzas, favorecendo o estrato herbáceo/arbustivo

• Rebrotamento com produção de flores, em muitos casos, em função da eliminação total das partes aéreas das plantas.

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Sincronização do processo de floração de várias espécies diferentes, facilitando a polinização cruzada e o conseqüente aumento da biodiversidade.

EFEITOS ECOLÓGICOS DO FOGO

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EFEITOS ECOLÓGICOS DO FOGO• Dispersão de sementes (anemocoria), devido à eliminação da palha seca que se acumula sobre o solo.• Germinação de sementes pirofíticas.• Os insetos polinívoros e nectarívoros beneficiam-se com a resposta floral das plantas após a passagem do fogo.

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• As flores algum tempo depois produzirão frutos e sementes que alimentarão outros animais.

EFEITOS ECOLÓGICOS DO FOGO

•O próprio rebrotamento vegetativo é de grande importância para aqueles que se alimentam de folhas e brotos tenros.

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EFEITOS ECOLÓGICOS DO FOGO• Morte de espécies que compõem os ecossistemas florestais pois estas não possuem adaptações ao fogo.•Redução da densidade de árvores transformando áreas de cerradão em campos sujos e até em campos limpos com o comprometimento da biodiversidade animal e vegetal. Empobrecimento do solo.

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MANEJO DO FOGOO manejo adequado do fogo em nossas reservas de cerrado pode constituir-se em eficiente meio

para a preservação da flora e da fauna. Queimadas em rodízio, em parcelas pequenas e com regimes próprios, reduziriam os riscos de grandes incêndios acidentais,permitiriam às

plantas completar seus ciclos biológicos, acelerariam a ciclagem dos nutrientes minerais e aumentariam a produtividade dos ecossistemas, além de suprir os animais com alimento durante

os difíceis meses de seca. A mortalidade também seria reduzida, uma vez que os animais

disporiam de áreas não queimadas, onde poderiam se refugiar.

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BIODIVERSIDADEO cerrado possui um terço da biodiversidade do nosso país, ou seja, de cada 100 espécies de seres vivos brasileiros, cerca de 33 vivem por lá. É considerado o segundo maior bioma do Brasil, isto é, o segundo maior conjunto de espécies animais e vegetais que vivem em uma mesma área, atrás apenas da Amazônia.

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Sua flora riquíssima apresenta mais de 10.000 espécies de plantas, sendo 4.400 endêmicas dessa área.

A fauna apresenta 837 espécies de aves; 161 espécies de mamíferos (19 endêmicas); 150 espécies de anfíbios, (45 endêmicas); 120 espécies de répteis, (45 endêmicas).

Apenas no Distrito Federal, há 90 espécies de cupins, mil espécies de borboletas e 500 espécies de abelhas e vespas.

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AMEAÇAS AO CERRADOA partir da década de 1960, com a interiorização da capital e a abertura de uma nova rede rodoviária, largos ecossistemas deram lugar à pecuária e à agricultura extensiva, como a soja, arroz e ao trigo.

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A expansão e a modernização da agropecuária no Cerrado gerou impactos econômicos positivos, com o posicionamento do Brasil como um dos maiores produtores internacionais de grãos e a conseqüente geração de divisas.A ocupação do Cerrado,no entanto, também aumentou as diferenças sociais e vêm provocando custos ambientais bastante elevados como a visível

AMEAÇAS AO CERRADO

fragmentação do ambiente natural, a perda da biodiversidade, a invasão de espécies exóticas - que destroem as nativas -, a erosão do solo, a poluição da água, a degradação da terra, o uso pesado de agroquímicos, o desequilíbrio no ciclo de carbono e as mudanças climáticas.

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•A destruição e a fragmentação de habitats consistem, atualmente, na maior ameaça à integridade desse bioma.

•Cerca de 80% do Cerrado já foi modificado pelo homem.

Somente 19,15% corresponde a áreas nas quais a vegetação original ainda está

em bom estado.

•60% da área total é destinada à pecuária e 6% aos grãos, principalmente soja..

AMEAÇAS AO CERRADOAMEAÇAS AO CERRADO

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A cada ano, estima-se que dois milhões de hectares do cerrado são desmatados, sendo que as áreas mais afetadas estão em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, além do oeste da Bahia.

Se a degradação continuar Se a degradação continuar o cerrado poderá o cerrado poderá

desaparecer até 2030.desaparecer até 2030.

AMEAÇAS AO CERRADO

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AMEAÇAS AO CERRADO• Apenas 4,1% do Cerrado se encontram legalmente protegidos.• Poucas são as nossas unidades de conservação, com áreas bem significativas, onde o Cerrado é o bioma dominante. • Entre elas podemos mencionar: o Parque Nacional das Emas, o Parque Nacional Grande Sertão Veredas, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, o Parque Nacional da Serra da Canastra, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e o Parque Nacional de Brasília.

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  Recentemente, uma série de ações por parte dos legisladores tem buscado amenizar os erros do

passado cometidos para com este bioma, atitudes como a Proposta de Emenda à Constituição n° 141 de 1992, o código florestal brasileiro e uma série de decretos a nível municipal, estadual e federal, tem gerado subsídios para a implementação de ações

que visem a conservação e recuperação da área do cerrado.

Se considerarmos que cerca de 45% da área do Domínio do Cerrado já foram convertidos em pastagens cultivadas e lavouras diversas, é

extremamente urgente que novas unidades de conservação representativas dos cerrados sejam

criadas ao longo de toda a extensão deste Domínio.

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O governo e diversos setores organizados da sociedade debatem como conservar o

que restou do Cerrado, embasadas no uso adequado dos recursos priorizando

iniciativas que possibilitem um modelo de desenvolvimento sustentável e justo.

Projetos que visam o resgate e a manutenção da biodiversidade do Cerrado,

estudam a implementação de corredores ecológicos que evitam o isolamento das

áreas protegidas, garantindo o trânsito de espécies por um mosaico de unidades

ambientalmente sustentáveis

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REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:BIBLIOGRÁFICAS:

• http://www.bdt.fat.org.br/indexhttp://www.bdt.fat.org.br/index

• http://eco.ib.usp.br/cerrado/http://eco.ib.usp.br/cerrado/

•http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/cerrado.htm

• http://www.conservation.org.br/onde/cerrado/http://www.conservation.org.br/onde/cerrado/

•Biologia 3 – César e SezarBiologia 3 – César e Sezar