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Autores:::.. Aline Dias Brito Francisca Luciana Santos Araújo Larisse Medeiros Gonçalves Luana Santos dos Santos Thamires Monteiro Maués Colaboradora... Professora Dr. Louise Ferreira Rosal VERMICOMPOSTAGEM DE ESTERCO BOVINO

Vermicompostagem de Esterco Bovino

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Page 1: Vermicompostagem de Esterco Bovino

Autores:::.. Aline Dias Brito

Francisca Luciana Santos Araújo

Larisse Medeiros Gonçalves

Luana Santos dos Santos

Thamires Monteiro Maués

Colaboradora... Professora Dr. Louise Ferreira Rosal

VERMICOMPOSTAGEM DE ESTERCO BOVINO

Page 2: Vermicompostagem de Esterco Bovino

Programa de Educação Tutorial Instituto Federal do Pará – Campus

Castanhal

Esta cartilha se apresenta como requisito para cumprimento da atividade intitulada “Fábrica de Aprendizagem” do PET Agronomia, do Instituto Federal do Pará – Campus Castanhal.

CASTANHAL – PA

2017

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ........................................................................................... 3

1. O que é vermicompostagem? .............................................................. 3

2. Qual tipo de minhoca utilizar para fazer a vermicompostagem? ........ 4

3. Quais resíduos posso usar para fazer a vermicompostagem? ............. 4

4. Preparo do vermicomposto ................................................................. 4

5. Montagem da vermicompostagem ...................................................... 5

6. Tempo da vermicompostagem ............................................................ 6

7. Fatores que influenciam na vermicompostagem ................................ 6

8. Referências ........................................................................................... 7

Page 3: Vermicompostagem de Esterco Bovino

APRESENTAÇÃO

Caro leitor, Essa cartilha foi elaborada para auxiliar na produção de

vermicompostagem de esterco bovino, baseada nos processos de

montagem produzida na horta orgânica Instituto Federal do Pará –

Campus Castanhal.

1. O que é

vermicompostagem?

Minhocultura é um termo muito utilizado para se referir à

criação intensiva de minhocas. Como é um processo que visa,

principalmente, a reciclagem de resíduos orgânicos e a produção de

adubo orgânico estabilizado, é mais adequadamente denominado

vermicompostagem. O produto final desse processo é conhecido

como vermicomposto ou húmus de minhoca, capaz de melhorar

atributos químicos e biológicos do solo aumento da diversidade de

organismos benéficos ao solo (AQUINO, 2012).

O efeito físico que as minhocas desempenham no solo ao

criarem galerias, por meio de sua movimentação na busca de

alimento, é também fundamental para a melhoria das condições

gerais do solo, pois proporcionam não só a descompactação, como

também a melhor infiltração de água e ar, sendo uma atividade

complementar e integrada às atividades pecuárias (OLIVEIRA e

CAMARGO, 2013).

Page 4: Vermicompostagem de Esterco Bovino

2. Qual tipo de minhoca posso

utilizar para fazer a

vermicompostagem?

A espécie de minhoca mais utilizada para a produção de

vermicomposto pela larga faixa de tolerância à variação de

temperatura, por viver em resíduos orgânicos com diferentes graus

de umidade e por ser bastante resistente ao manuseio é a Eisenia

foetida, também conhecida como minhoca-vermelha-da-califórnia

(REZENDE et al., 2015).

Figura 01: minhoca-vermelha-da-califórnia

3. Quais resíduos posso usar

para fazer a

vermicompostagem?

Da mesma forma que para a compostagem convencional,

pode-se utilizar todos os tipos de resíduos orgânicos. Porém, deve-se

analisar a qualidade do resíduo fornecido às minhocas, o substrato

adequado possibilita que elas possam ingerir ¼ do seu próprio peso

diariamente. O esterco bovino puro representa boa fonte de alimento

para as minhocas, sendo o mais utilizado, podendo ser misturado

juntamente com outros resíduos, como restos de alimentos, folhas de

leguminosas, resto de podas, capina, aparos de gramas entre outros

(AQUINO, 2005).

4. Preparo do vermicomposto

Estrutura

Instalar um minhocário é o primeiro passo para a produção

de vermicompostagem, e este deve estar instalado de preferência em

locais que apresentem condições de conforto térmico, parcialmente

sombreados, mas com boa insolação, com abastecimento de água

para molhar os canteiros, em terrenos elevados, com pouca

declividade, facilitando a construção dos canteiros e os sistemas de

drenagem.

Canteiros

Para a construção dos canteiros, deve ser levado em

consideração o material disponível pelo agricultor, bem como o

dimensionamento. Os canteiros de alvenaria são mais indicados,

mas, demandam maiores investimentos, porém pode-se fazer de

outras matérias como bambu, resto de telhas de barro e madeira. Os

canteiros mais indicados são os com formato retangular para facilitar

o manejo e a retirada do húmus, contando que a largura não

ultrapasse 1m e a altura esteja entre 0, 50 m a 1m.

Page 5: Vermicompostagem de Esterco Bovino

Figura 02: modelos de canteiros para produção de vermicomposto.

Fonte: google imagens

5. Montagem da

vermicompostagem

Para montar a vermicompostagem deve-se ir preenchendo o

canteiro aos poucos, adicionando em média de 3 a 5 carros de mão

de resto de capina ou resto de folhas para 1 carro de mão cheio de

esterco de gado sobrepondo em camadas misturando o esterco e a

folha, revirando e molhando bem durante cinco dias para poder

inserir as minhocas no composto. Após esse processo, o canteiro

precisa ser coberto por sombrite. É necessário ter cuidado para que a

temperatura da mistura da folha e esterco já esteja controlada, caso

contrário, as minhocas podem morrer, devido à alta temperatura e à

liberação de amônia, no caso dos estercos.

Depois que as minhocas já estiverem dentro do canteiro,

indispensável molhar e revirar o material durante 30 dias, pois as

minhocas poderão se concentrar na parte superior a qual

permanecerá mais úmida, e essa reviragem proporcionará maior

uniformidade da decomposição do material. Após os 30 dias, é

preciso transferir o material para o canto do canteiro e deixar

descansar por mais 30 dias.

Consecutivamente, ir preenchendo uma outra porção do

canteiro, molhando e revirando para controlar a temperatura feita

através da fermentação, dessa forma as minhocas migrarão de uma

pilha de composto para outra espontaneamente quando as reservas

de alimento acabarem e o ambiente estiver úmido para elas se

alimentarem. Dessa forma, o canteiro deve ser preenchido, de tal

forma que se bem manejado, não faltará substrato. A quantidade de

minhocas em um canteiro deve ser em torno de um litro por metro

quadrado.

Page 6: Vermicompostagem de Esterco Bovino

Figura 03: processo de transporte do composto até chegar na extremidade

do canteiro.

Figura 04: (a) canteiro preenchido; (b) viragem do composto em pilhas no

canteiro; (c) vermicomposto. Fonte: Arquivo pessoal, 2016.

6. Tempo da vermicompostagem

O tempo para que o vermicomposto fique pronto varia com a

composição original dos resíduos, mas em geral a

vermicompostagem do esterco bovino leva, em média, 45 dias a 60

dias. Após esse período, o substrato deve ser peneirado e separar

cuidadosamente as minhocas na peneira. As minhocas devem voltar

aos canteiros e o húmus já pode ser aplicado nas atividades

agrícolas.

Figura 05: Processo de separação da minhoca e do húmus. Fonte: Arquivo

pessoal, 2016.

7. Fatores que influenciam na

vermicompostagem

Umidade: o ideal é manter a umidade do substrato de 60% a

70%, o suficiente para que, ao apertar uma amostra do

substrato na mão, não escorra água

Predador de minhoca: formigas

Relação de Carbono/ Nitrogênio

Variação do pH

Aeração

Temperatura

Granulometria

Page 7: Vermicompostagem de Esterco Bovino

A formiga é a principal predadora da minhoca e um dos principais

problemas encontrados em um minhocário. Para controlar o ataque

das formigas basta envolver o espaço em que as formigas estão se

estabelecendo no canteiro com as folhas do melão de são Caetano,

essa planta possui propriedades inseticidas fazendo com que elas

fiquem longe do minhocário.

Figura 06: predador das minhocas e controle biológico.

8. Referências AQUINO, A. Aspectos práticos da vermicompostagem. In:

AQUINO, A; ASSIS, R. Agroecologia: princípios e técnicas para

um agricultura orgânica sustentável. Brasília, DF: Embrapa

Informação Tecnica. 2005. Cap 17. 517p.

CAMARGO, C; OLIVEIRA, P. Compostagem e

vermicompostagem.2013. Revista Mercado Rural, Belo Horizonte,

ano 2, n. 7, p. 29-32, 2013