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adriana18cguardia
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I 1964/1969 PERÍODO INSTITUCIONALIZAÇÃO DA NOVA ORDEM
Castelo Branco(1964-1967)
Costa e Silva (1967-1969
II 1969/1974 – O MILAGRE ECONÔMICO
OS ANOS DE CHUMBO
Medici 1969/1074
III 1973/1979 - A CRISE – O FIM DO MILAGRE
A ABERTURA
Geisel (1974-1978)
IV 1979- 1984 -ABERTURA E TRANSIÇÃO
Figueiredo (1979-1985)
ETAPAS DA DITADURA MILITAR
ANTECEDENTES : O debate sobre o desenvolvimento brasileiro
O governo Jango (1961-1964)
A noite do Golpe
DECADA DE 60
Debate entre dois projetos políticos que começou no governo Getulio
Projeto Nacional-Desenvolvimentista
Projeto Desenvolvimentista
ANTECEDENTES : O debate sobre o desenvolvimento brasileiro
ANTECEDENTES : O debate sobre o desenvolvimento brasileiro
1962
Reformas de baseGoverno João Goulart
UNE CPC (Centro popular de Cultura)
Teatro Musica
Canção do Subdesaenvolvido, Carlos Lira
Crit ica à dependência cultural, polí t ica e econômica do pais desde o Descobrimento
Para ouvir acesse :
http://www.youtube.com/watch?v=opFt_gLoA5A
“O Brasil é uma terra de amores,Alcatifada de flores,Onde a brisa fala amores,Nas lindas tardes de abril.Correi pras bandas do Sul.Debaixo de um céu de anil,Encontrareis um gigante deitado:Santa Cruz, hoje o Brasil.
Mas um dia o gigante despertou (ooaahhh!).Deixou de ser gigante adormecido.E dele um anão se levantou.Era um país subdesenvolvidoSubdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido (bis)
E passado o período colonial,O país passou a ser um bom quintal.E depois de dada a conta a PortugalInstalou-se o latifúndio nacional .. (Ai)Subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido
Então o bravo brasileiro (iehéé),Em perigos e guerras esforçados (iehéé),Mais que prometia a força humanaPlantou couve, colheu banana.Bravo esforço do povo brasileiroMandou vir capital lá do estrangeiro.Subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido.
As nações do mundo para cá mandaramSeus capitais tão desinteressados.As nações coitadas só queriam ajudar, não é?Aquela ilha velha não roubou ninguém,País de poucas terras só nos fez um bemUm Big BenUm big ben , bom, bem, bomNos deu luz (ah)Tirou ouro (oh)Nos deu trem (ah)Mas levou o nosso tesouro
Subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido
Mas data houve em que se acabaram os tempos duros e sofridosPorque um dia aqui chegaram os capitais dos países amigos.País amigo, desenvolvido,País amigo, país amigo,Amigo do subdesenvolvidoPaís amigo, país amigo.E os nossos amigos americanosCom muita fé, com muita fé,Nos deram dinheiro e nos plantamosSó café, só café.É uma terra em que se plantando tudo dá.Pode-se plantar tudo que quiserMas eles resolveram que nos devíamos plantarSó café, só café
Bento que bento o frade, frade.Na boca do forno, forno.Tirai um bolo, boloFareis tudo que seu mestre mandar?Faremos todos, faremos todos, faremos todos.Começaram a nos vender e nos comprar.Comprar borracha, vender pneu.Comprar minério, vender navio.Pra nossa vela, vender pavio.Só mandaram o que sobrou de lá:Matéria plástica, que entusiástica,Que coisa elástica, que coisa drástica,Rock balada, filme de mocinho,Ar refrigerado e chiclete de bola (pop)E coca cola.Subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido.
O povo brasileiro tem personalidade.Não se impressiona com facilidadeEmbora pense como americano“Uuuuuuu, I’m going to kill that indian before he kills me (pinim...)Embora dance como americanoTa-ta-ta-ta, ta-ta-ta-taEmbora cante como americanoEh boi, lá, lá, lá,Eh roçado bão, lá, lá, lá,O melhor do meu sertão, lá, lá, láComeram o boi.
O povo brasileiro, embora pense, cante e dance como americanoNão come como americano,Não bebe como americano,Vive menos, sofre maisIsso é muito importanteMuito mais do que importantePois difere o brasileiro dos demaisPersonalidade, personalidade, personalidade sem igual,Porém,Subdesenvolvida, subdesenvolvida,Essa é que é a vida nacional.”
Para ouvir acesse :
http://www.youtube.com/watch?v=opFt_gLoA5A
Projeto Nacional-Desenvolvimentista
População Distribuição de Renda
50%
30%
15%
5%
17,91%
27,92%
26,66%
27,69%
80% dos consumidores
salariosMercadoria de bens não duraveis
sindicatos greves
alimentos
Para isso : lei - eleições - partidos
Pequenas propriedades
Projeto Desenvolvimentista
20% dos consumidores
Modernização do país
2ªabertura dos portos
Brasilia
Industria automobilistica
JK
Mercado exterior
Latifundio
exportaçãomecanização
Para isso
Ideologia do automovel
Estradas de rodagem
Dinheiro do Estado
Emissão Empréstimo externo
InflaçãoAumento da dívida
20% dos consumidores Aumentar o salário da classe
media
Achatar o salário dos 80%
Imobilizar politicamente os 80%
ProjetosProjetos
Aliados ideológicos da Aliados ideológicos da 1ºprojeto1ºprojeto
80%80% SindicatosSindicatos TrabalhadoresTrabalhadores Movimentos SociaisMovimentos Sociais
Aliados ideológicos Aliados ideológicos da 2º projetoda 2º projeto
Classe media e Classe media e alta(20%)alta(20%)
Os que gostam de Os que gostam de ordem e segurançaordem e segurança
Forças Forças Armadas(ESG)Armadas(ESG)
Anti-comunistasAnti-comunistas Povo : inimigo internoPovo : inimigo interno
Golpe de 31 de março de 1964
13 de março
19 de março
vitoria do segundo projeto
comicio pelas reformas ou Comicio da Central, organizado pela CGT
Marcha da Família com Deus pela Liberdade, organizada pela União Cívica Feminina, IPES e com as bênção da Igreja Católica
30 de março : discurso de Jango no Automovel Clube do Rio
31 de março: tropas do General Olimpio Mourão Filho( 4ª região militar- MG) movimentam-se para o Rio
“Não admitirei o golpe das reacionários”
“O exercito dormiu janguista. O exercito acordou revolucionario” (Elio Gaspari)
Atos
Ins
titu
cio
nais
legit imação e legalização das ações polít icas dos mil i tares.
De 1964 a 1969 são decretados 17 atos inst itucionais regulamentados por 104 atos complementares.
O governo divulgou que seu objet ivo era combater a "corrupção e a subversão
1964/1969 -- PERÍODO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DA NOVA ORDEM
AI -1 – suspende a constituição de 1946, organizações de base, sindicatos, ligas camponesas, UNE, centros acadêmicos), cassação de direitos politicos de centenas de pessoas
AI-2 – após eleições dos governadores, cassa JK (candidato a presidente), prorroga Castelo Branco até 67, não há mais eleições diretas (presidente e governador), bipartidarismo (Arena e MDB)
AI- 3 determinava eleições indiretas para governadores e nomeação dos prefeitos das capitais.
AI-4 – Convocação do Congresso Nacional para a votação e promulgação do projeto de Constituição, que revogava definitivamente a Constituição de 1946.
lutas com criatividade (encontros da UNE)
subversão, clandestinidade.
Festivais de música (tratado político)
Reação estudantil
Um grupo do CCC(Comando de Caça aos Cmunistas) invade o teatro Galpão em São Paulo, em 1968, e espanca o elenco da peça Roda Viva
Tem dias que a gente se senteComo quem partiu ou morreuA gente estancou de repenteOu foi o mundo então que cresceu...A gente quer ter voz ativaNo nosso destino mandarMas eis que chega a roda vivaE carrega o destino prá lá ...Roda mundo, roda giganteRoda moinho, roda piãoO tempo rodou num instanteNas voltas do meu coração...A gente vai contra a correnteAté não poder resistirNa volta do barco é que senteO quanto deixou de cumprirFaz tempo que a gente cultivaA mais linda roseira que háMas eis que chega a roda vivaE carrega a roseira prá lá...Roda mundo, roda giganteRoda moinho, roda piãoO tempo rodou num instanteNas voltas do meu coração...
A roda da saia mulataNão quer mais rodar não senhorNão posso fazer serenataA roda de samba acabou...A gente toma a iniciativaViola na rua a cantarMas eis que chega a roda vivaE carrega a viola prá lá...Roda mundo, roda giganteRoda moinho, roda piãoO tempo rodou num instanteNas voltas do meu coração...O samba, a viola, a roseiraQue um dia a fogueira queimouFoi tudo ilusão passageiraQue a brisa primeira levou...No peito a saudade cativaFaz força pro tempo pararMas eis que chega a roda vivaE carrega a saudade prá lá ...Roda mundo, roda giganteRoda moinho, roda piãoO tempo rodou num instanteNas voltas do meu coração...(4x)
Roda Viva- Chico Buarque
Para ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=HRFw5u5wR4c
- Rebelião da juventude – Paris, Alemanha, México
1968
Movimento Hippie Poder Negro Marcuse
Brasil – passeatas morte de Edson Luis
FIC ( Vandré : Para não dizer que não falei de flores)
7 de setembro – Marcio Moreira Alves
A repressão proporcionou uma riqueza cultural imensurável devido à atmosfera de tensão vivida pelo povo. Sem outra opção, era
preciso encontrar uma maneira de protestar através da arte.
Dentre toda a produção musical do período ditatorial, “ Pra não dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré, foi um hino de resistência ao regime militar.
1968
Caminhando e cantandoE seguindo a cançãoSomos todos iguaisBraços dados ou nãoNas escolas, nas ruasCampos, construçõesCaminhando e cantandoE seguindo a canção...Vem, vamos emboraQue esperar não é saberQuem sabe faz a horaNão espera acontecer...(2x)
Pelos campos há fomeEm grandes plantaçõesPelas ruas marchandoIndecisos cordõesAinda fazem da florSeu mais forte refrãoE acreditam nas floresVencendo o canhão...Vem, vamos emboraQue esperar não é saberQuem sabe faz a horaNão espera acontecer...(2x)
Pra Não Dizer Que Não Falei Das FloresGerComposição: Geraldo Vandré aldo Vandré
Para ouvir acesse: http://www.youtube.com/watch?v=PDWuwh6edkY
Há soldados armadosAmados ou nãoQuase todos perdidosDe armas na mãoNos quartéis lhes ensinamUma antiga lição:De morrer pela pátriaE viver sem razão...Vem, vamos emboraQue esperar não é saberQuem sabe faz a horaNão espera acontecer...(2x)Nas escolas, nas ruasCampos, construçõesSomos todos soldadosArmados ou nãoCaminhando e cantandoE seguindo a cançãoSomos todos iguaisBraços dados ou não...
Os amores na menteAs flores no chãoA certeza na frenteA história na mãoCaminhando e cantandoE seguindo a cançãoAprendendo e ensinandoUma nova lição...Vem, vamos emboraQue esperar não é saberQuem sabe faz a horaNão espera acontecer...(4x)
AI-5
Recesso Parlamentar : fechamento do Congresso
Plenos poderes para o Presidente arbitrariamente intervir em estados e municípios
Prerrogativa presidencial: suspender direitos politicos e cassação de mandatos
Ficava extinto, em caso de crimes políticos ou contra a economia, o habeas corpus.
O presidente poderia decretar, a qualquer momento, estado de sitio,
AI-5
Decreto 477
Lei da Segurança Nacional
SNI (futuros presidentes)
Ciex – Dói-Codi Cenimar Cisa Dops
200 mil dedos-duros Oban Esquadrão da Morte Fleury
Opções - 1. Estudar 2. Exílio 3. Luta armada - urbana - rural
Caça às bruxas
Universidade de Brasíl ia
USP
Federal do Rio
Colégio Vocacional
Período de intenso crescimento econômico e de posterior endividamento.
O PIB do Brasil cresceu acima de 10% ao ano, em média, apesar da inflação, que oscilou entre 15% e 20% ao ano,
acentuação da desigualdade social e aumento da pobreza, com cerceamento às liberdades individuais associado à repressão politica
Grande concentração de renda, com redução dos salários reais
1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
1970 50% = 14,91 30% = 22,85 15% = 27,38 5% = 34,86
Supermercados Shoppings
Industria -------- mercadoria ------- consumidor
Repressão X euforia dos consumidores Ideologia Brasil, ame-o ou deixe-o Ninguém segura este país.
Brasil Ilha de tranquilidade3ª abertura dos portos
petrodolares
Aumento da dívida externaConstrução de infra-estrutura
Pólo químico da Bahia
Industria de base
Grandes projetos
Transamazônica
Rio-Niteroi
Usinas
Energia Nuclear
Ferrovia do aço
1969/1973 – OS ANOS DE CHUMBO
A expressão anos de chumbo foi aplicada inicialmente a um fenômeno da Europa Ocidental, relacionado com a Guerra Fria e com a estratégia de tensão.
Anos 70/80 : anos marcados por violência política, luta armada e terrorismo de esquerda e de direita, bem como pelo endurecimento do aparato repressivo dos estados democráticos da Europa Ocidental.
Anos de Chumbo
do Ai-5 em 13 de dezembro daquele ano, até o final do governo Médici, em março de 1974
feroz combate entre a extrema- esquerda de um lado, e de outro, o aparelho repressivo policial-militar do Estado.
O governo é apoiado por organizações paramilitares e grandes empresas.
Durante esse período, houve "desaparecimento" e morte de milhares de militantes, políticos e estudantes de esquerda.
A liberdade de imprensa, de expressão e manifestação foram cerceadas.
Por outro lado, alguns noticiários, como o Jornal Nacional, tentavam transmitir a imagem de um Brasil democrático e retratavam o evidente desenvolvimento nacional.
1969
Operação Bandeirante(OBAN)
Sequestro do Embaixador Americano
Esquadrão da Morte
Assassinato de Marighela(ALN)
1970
Guerrilhas contra o regime militar espalham-se na cidade e no campo
Copa do Mundo
Vendo circular pelas ruas os automóveis com o adesivo “Brasil: ame-o ou deixe-o“, Chico Buarque se viu obrigado a reagir com sua melhor arma: a música. E assim nasceu “Apesar de você”:
A música foi adotada como hino de resistência aos militaresquando um jornal publicou uma notinha dizendo que “você”na
verdade, era o general Médici.
Apesar De VocêCChico Buarque
Chamado para depor, Chico disse que a música era para uma mulher muito mandona, mas não colou. A música foi proibida de ser executada e todos os compactos recolhidos e queimados.
Apesar De VocêChico BuarqueComposição: Chico Buarque
(Crescendo) Amanhã vai ser outro dia x 3Hoje você é quem mandaFalou, tá faladoNão tem discussão, não.A minha gente hoje andaFalando de lado e olhando pro chãoViu?Você que inventou esse EstadoInventou de inventarToda escuridãoVocê que inventou o pecadoEsqueceu-se de inventar o perdão(Coro) Apesar de vocêamanhã há de ser outro diaEu pergunto a você onde vai se esconderDa enorme euforia?Como vai proibirQuando o galo insistir em cantar?Água nova brotandoE a gente se amando sem pararQuando chegar o momentoEsse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!Todo esse amor reprimido,Esse grito contido,Esse samba no escuroVocê que inventou a tristezaOra tenha a finezade "desinventar"Você vai pagar, e é dobrado,Cada lágrima roladaNesse meu penar(Coro2) Apesar de vocêAmanhã há de ser outro dia.Ainda pago pra verO jardim florescerQual você não queriaVocê vai se amargarVendo o dia raiarSem lhe pedir licençaE eu vou morrer de rirE esse dia há de virantes do que você pensa
Apesar de você(Coro3) Apesar de vocêAmanhã há de ser outro diaVocê vai ter que verA manhã renascerE esbanjar poesiaComo vai se explicarVendo o céu clarear, de repente,Impunemente?Como vai abafarNosso coro a cantar,Na sua frente.Apesar de você(Coro4) Apesar de vocêAmanhã há de ser outro dia.Você vai se dar mal, etc e tal,
Para ouvir acesse:http://www.youtube.com/watch?v=R7xRtSUunEY
"Cálice" é uma canção escrita e interpretada por Chico Buarque e Gilberto Gil em 1973.
Calice – Chico Buarque e Gilberto Gil
Para ouvir acesse: http://www.youtube.com/watch?v=wV4vAtPn5-Q
Na canção percebe-se um elaborado jogo de palavras para despistar a censura da ditadura militar. A palavra-título, por exemplo, é cantado pelo coral que acompanha o cantor de forma a soar como um raivoso "Cale-se!".
A canção teve sua execução proibida durante anos no Brasil. Na versão, Milton Nascimento canta os versos de Gil.
CáliceChico BuarqueComposição: Chico Buarque e Gilberto Gil
Pai! Afasta de mim esse cáliceDe vinho tinto de sangue...(2x)Como beberDessa bebida amargaTragar a dorEngolir a labutaMesmo calada a bocaResta o peitoSilêncio na cidadeNão se escutaDe que me valeSer filho da santaMelhor seriaSer filho da outraOutra realidadeMenos mortaTanta mentiraTanta força bruta...Pai! Afasta de mim esse cáliceDe vinho tinto de sangue...
Como é difícilAcordar caladoSe na calada da noiteEu me danoQuero lançarUm grito desumanoQue é uma maneiraDe ser escutadoEsse silêncio todoMe atordoaAtordoadoEu permaneço atentoNa arquibancadaPrá a qualquer momentoVer emergirO monstro da lagoa...Pai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cáliceDe vinho tinto de sangue...
De muito gordaA porca já não anda(Cálice!)De muito usadaA faca já não cortaComo é difícilPai, abrir a portaPai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cálicComo beberDessa bebida amargaTragar a dorEngolir a labutaMesmo calada a bocaResta o peitoSilêncio na cidadeNão se escutaDe que me valeSer filho da santaMelhor seriaSer filho da outraOutra realidadeMenos mortaTanta mentiraTanta força bruta...
Pai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cáliceDe vinho tinto de sangue...De muito gordaA porca já não anda(Cálice!)De muito usadaA faca já não cortaComo é difícilPai, abrir a porta(Cálice!)Essa palavraPresa na gargantaEsse pilequeHomérico no mundoDe que adiantaTer boa vontade
Mesmo calado o peitoResta a cucaDos bêbadosDo centro da cidade...Pai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cálicePai! Afasta de mim esse cáliceDe vinho tinto de sangue...Talvez o mundoNão seja pequeno(Cale-se!)Nem seja a vidaUm fato consumado(Cale-se!)Quero inventarO meu próprio pecado(Cale-se!)Quero morrerDo meu próprio veneno(Pai! Cale-se!)
Quero perder de vezTua cabeça(Cale-se!)Minha cabeçaPerder teu juízo(Cale-se!)Quero cheirar fumaçaDe óleo diesel(Cale-se!)Me embriagarAté que alguém me esqueça(Cale-se!)
1973 -1979 –A crise : o fim do milagre
Crise externa A crise do petróleo
Crise interna
Esgotamento da capacidade de consumo da classe media
Sobe o numero de carnets
Fim da ilusãoindustria
Queima de estoque
Aumento dos preços
Diminui a capacidade produtiva
ociosidade
desemprego
Nova força de trabalho
subemprego
Caos social
marginalidade
policia violência
Classe MediaDeixa de consumir
Questiona o modelo
1974: voto na oposição
Governo Duas táticas
Crise política
Crise econômica
Crise econômicaÉ preciso pagar os juros e as amortizações da dívida externa
Crise econômica
agricultura
Incentivar o latifundio : “exportar é o que importa”
incentivos fiscais: isenção de impostos
Mão de obra barata: “boias-frias”
Destruição da pequena propriedade que produzia alimentos para o mercado interno: êxodo rural
Aumento do preço dos alimentos
Importação de alimentos: aumento da dívida
industria Isenção de impostos para exportação
Começa a faltar dinheiro para o Estado
Políticas sociais são afetadas
Crise econômica
solução
Fabricar dinheiro : inflação
Aumento de imposto da classe media :
Letras do tesouro e ORNT para os ricos comprarem. O rico só compra com juros altos : aumenta a dívida interna
Temos que pagar a divida externa e a divida interna
solução
Emprestar mais para pagar juros da dívida externa
Jogar mais letras no mercado
Circulo financeiro da especulação
Cigarro.
Energia eletrica
Imposto de renda
Crise política
1970
Organização da sociedade civil
Movimentos de reivindicação
Comunidades eclesiais de base
Movimento custo de vida
Renascimento do movimento estudantil
Sindicatos:ABC – novas lideranças
Movimento dos camponeses
Foros políticos de debates
ABI
OAB
SBPC
Igreja
Táticas do governo
76 - Lei Falcão
77 – Pacote de Abril
Crise política
A repressão se empenha para desarticular a guerri lha urbana, prendendo, matando e torturando.
1971
1973Golpe Mil i tar no Chile: Pinochet
1974
Derrota da Guerri lha do Araguaia
Eleição de senadores de oposição
1975 Morre Vladimir Herzog
1976 Terrorismo de direita
1977Intensificam-se os movimentos da sociedade civi l contra a ditadura
1979- 1984 -Abertura e transição
Segunda crise internacional
Novo aumento do petroleo
Aumento do juros internacionais
Baixam os preços da matéria prima e produtos agrícolas
Aumentam os preços da tecnologia e produtos industrializados
Daí – mais empréstimos ---aumenta a dívida –aumenta o latifundio para exportar
Crise econômica
Setembro de 1982
O Banco do Brasil em Nova York declarou-se sem fundo
FMI – cartas de intenções
Fim da década de 70. A pressão para uma abertura democrática no Brasil vem de todas as formas, mas é duramente reprimida.
Para ouvir acesse: http://www.youtube.com/watch?v=6kVBqefGcf4
Havia os exilados, os presos, os torturados e o resto, que não tinha armas com que lutar contra o governo, embora também não pudesse continuar como estava.
Isso só acabaria com a Lei da Anistia, sancionada no mesmo ano de criação da musica “O Bêbado e a Equilibrista” , de João Bosco– (a utopia e a esperança ) que traz, em cada verso, um pequeno pedaço de cada batalha.
Caía a tarde feito um viadutoE um bêbado trajando lutoMe lembrou Carlitos...A luaTal qual a dona do bordelPedia a cada estrela friaUm brilho de aluguelE nuvens!Lá no mata-borrão do céuChupavam manchas torturadasQue sufoco!Louco!O bêbado com chapéu-cocoFazia irreverências milPrá noite do Brasil.Meu Brasil!...Que sonha com a voltaDo irmão do Henfil.Com tanta gente que partiuNum rabo de fogueteChora!
A nossa PátriaMãe gentilChoram MariasE ClarissesNo solo do Brasil...Mas sei, que uma dorAssim pungenteNão há de ser inutilmenteA esperança...Dança na corda bambaDe sombrinhaE em cada passoDessa linhaPode se machucar...Azar!A esperança equilibristaSabe que o showDe todo artistaTem que continuar...
Tô Voltando
Composição: Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós
Pode ir armando o coretoE preparando aquele feijão pretoEu tô voltandoPõe meia dúzia de Brahma pra gelarMuda a roupa de camaEu tô voltandoLeva o chinelo pra sala de jantarQue é lá mesmo que a mala eu vou largarQuero te abraçar, pode se perfumarPorque eu tô voltandoDá uma geral, faz um bom defumadorEnche a casa de florQue eu tô voltando
Pega uma praia, aproveita, tá calorVai pegando uma corQue eu tô voltandoFaz um cabelo bonito pra eu notarQue eu só quero mesmo é despentearQuero te agarrarPode se preparar porque eu tô voltandoPõe pra tocar na vitrola aquele somEstréia uma camisolaEu tô voltandoDá folga pra empregadaManda a criançada pra casa da avóQue eu to voltandoDiz que eu só volto amanhã se alguém chamarTelefone não deixa nem tocarQuero lá, lá, lá, ia, porque eu to voltando!
Para ouvir acesse: http://www.youtube.com/watch?v=Ka_l9wyY7vU
1980 : reforma partidaria
repressão às greves do ABC
A questão da terra
greve dos professores
Crise
política
1981 : Atentados da
direita
Atentado do Rio
Centro
Pacote eleitoral
Crise
política
Crise
política vitoria da oposição:
Tancredo,
Brizola,
Montoro
Greves de inumeras categorias de trabalhadores
1982
1983
Fundação da CUT
O final do governo militar de 1964
O fim do governo mili tar
Em 8 de maio de 1985, o Congresso Nacional aprovou emenda constitucional que acabava com os últimos vestígios da ditadura.
Vai passar nessa avenida um samba popularCada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiarAo lembrar que aqui passaram sambas imortaisQue aqui sangraram pelos nossos pésQue aqui sambaram nossos ancestraisNum tempo página infeliz da nossa história,passagem desbotada na memóriaDas nossas novas geraçõesDormia a nossa pátria mãe tão distraídasem perceber que era subtraídaEm tenebrosas transaçõesSeus filhos erravam cegos pelo continente,levavam pedras feito penitentesErguendo estranhas catedraisE um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugazUma ofegante epidemia que se chamava carnaval,Vai passar nessa avenida um samba popularCada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortaisQue aqui sangraram pelos nossos pésQue aqui sambaram nossos ancestraisNum tempo página infeliz da nossa história,passagem desbotada na memóriaDas nossas novas geraçõesDormia a nossa pátria mãe tão distraídasem perceber que era subtraídaEm tenebrosas transaçõesSeus filhos erravam cegos pelo continente,levavam pedras feito penitentesErguendo estranhas catedraisE um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugazUma ofegante epidemia que se chamava carnaval,o carnaval, o carnavalVai passar, palmas pra ala dos barões famintosO bloco dos napoleões retintose os pigmeus do boulevardMeu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantarA evolução da liberdade até o dia clarearAi que vida boa, ô lerê,ai que vida boa, ô laráO estandarte do sanatório geral vai passarAi que vida boa, ô lerê,ai que vida boa, ô laráO estandarte do sanatório geral... vai passar
Vai PassarChico BuarqueComposição: Chico Buarque e Francis
http://www.youtube.com/watch?v=9A_JrsJF6mM
Para ilustrar os acontecimentos da Ditadura Militar, veja os videos da TV Camara, CONTOS DA RESISTÊNCIA.
Episódio 1: Estudantes e Igreja : O primeiro episódio de Contos da Resistência retrata a atuação de estudantes e da Igreja contra a ditadura militar. Relatos emocionantes de presos políticos e vítimas do regime marcam o documentário.
Episódio 2: Congresso O segundo episódio da série Contos da Resistência enfoca as relações políticas entre Congresso Nacional e governos militares. O objetivo da série de documentários é esclarecer fatos políticos dos 20 anos de ditadura militar, iniciada em março de 1964, explicar como se davam as ações de poder e dominação do governo central, e como o Congresso foi, ao mesmo tempo, núcleo de resistência e caixa de ressonância dos desejos dos militares daquela época.
Episódio 3: Artes e Imprensa Dando continuidade à série Contos da Resistência, o terceiro episódio trata da resistência nas artes e na imprensa no período da ditadura militar que vai de 1968 a 1979. Este período foi marcado principalmente pelo anúncio do Ato Institucional nº 5, o AI-5. Com ele se decretou a censura prévia em jornais, revistas, emissoras de TV e também nos espetáculos culturais de música, teatro, entre outros.
Episódio 4: Movimento Sindical O quarto episódio da série conta como operários e líderes sindicais da região do ABC Paulista resistiam à falta de liberdade e se organizavam por melhores salários e condições de vida. O programa mostra a trajetória dos metalúrgicos: da alienação política à campanha pelas eleições diretas em 1984 e como a batalha por melhores salários resultou na luta pela redemocratização do Brasil. Histórias dramáticas e curiosas de operários anônimos e líderes reconhecidos.
Acesse http://www.camara.gov.br/ internet/tvcamara/?lnk=CONTOS-DA-RESISTENCIA&selecao=MATDATA&programa=90
Dossiê Ditadura - Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil 1964- 1985 Autor: Imprensa Oficial Editora: Imprensa Oficial SP 1968 : O Diálogo É a Violência - Movimento Estudantil e Ditadura Militar no Brasil Autor: Vale, Maria Ribeiro do Editora: Unicamp Brasil - 1964 / 1968 - A Ditadura Já Era Ditadura Autor: Silva, Marcos Editora: LCTE Memória Política , Repressão e Ditadura no Brasil Autor: Ansara, Soraia Editora: Jurua A Ditadura Militar no Brasil - Repressão e Pretensão de Legitimidade 1964-1984 Autor: Rezende, Maria José de Editora: Eduel A Ditadura no Brasil - Coleção Por Dentro da História Autor: Caldevilla, Vinicius; Loconte, Wanderley Editora: Saraiva
A Resistência da Mulher À Ditadura Militar no Brasil Autor: Colling, Ana Maria Editora: Rosa dos Tempos Desarquivando a Ditadura - Memória e Justiça no Brasil - 2 Volumes Autor: Santos, Cecilia MacDowell; Teles, Edson; Teles, Janaína de Almeida Editora: Hucitec Fatos da Ditadura Militar no Brasil - Coleção Temas Brasileiros Autor: S., Frederico de Editora: Martins Editora História Indiscreta da Ditadura e da Abertura - Brasil: 1964 - 1985 Autor: Couto, Ronaldo Costa Editora: Record OAB X Ditadura Militar - A História de um Período Difícil para as Instituições Democráticas no Brasil Autor: Souza Filho, Cid Vieira de Editora: Quartier Latin
Ditadura militar, esquerdas e sociedade Autor: Reis Filho, Daniel Aarão Editora: J. Zahar O fim da Ditadura Militar Autor: Kucinski, Bernardo Editora: Contexto Carlos Marighella: o inimigo número um da ditadura militar Autor: José, Emiliano Editora: Sol & Chuva A Caixa-preta do Golpe de 64 Autor: Bastos, Paulo de Mello Editora: Família Bastos
A Ditadura Militar no Brasil – Coleções Caros Amigos- Doze fasciculos
O Golpe de 64 e a Ditadura Militar - Coleção Polêmica Autor: Chiavenato, Júlio José Editora: Moderna O Governo Goulart e o Golpe 64 - Coleção Tudo é História Autor: Toledo, Caio Navarro de Editora: Brasiliense Propaganda e Cinema a Servico Golpe 1962/64 Autor: Assis, Denise Editora: Mauad
Ação Libertadora Nacional (ALN)
Comando de Libertação Nacional (COLINA)
MNR
Movimento de Libertação Popular - Molipo
Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8]
PCB
Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR)
Partido Operário Comunista (POC)
POLOP
VAR-Palmares
Vanguarda Popular Revolucionária (VPR, VAR-P ou VAR-PAL)
Organizações armadas contra o regime mil itar
Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES)
Instituto Brasi leiro de Ação Democrática (Ibad)
Campanha da Mulher pela Democracia (Camde) - financiada pelo Ipes
União Cívica Feminina (UCF) - sob orientação do Ipes
Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (Adce) - ligada ao Ipes
Movimento Anticomunista (MAC) - formado por universitários
Frente da Juventude Democrática - formada por estudantes anticomunistas radicais
Comando de Caça aos Comunistas (CCC) - formado por estudantes anticomunistas radicais
Principais movimentos de direita
Mais de mil sindicatos de trabalhadores foram fundados até 1964
Surge o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT)
Pacto de Unidade e Ação (PUA) - aliança intersindical
União Nacional dos Estudantes (UNE)
Ação Popular (católicos de esquerda)
Insti tuto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb) - reunindo intelectuais de esquerda
Frente de Mobil ização Popular (FMP) - liderada por Leonel Brizola
União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Brasil Ligas camponesas
Principais movimentos de esquerda
Pra frente, Brasil (1983, Brasil, direção: Roberto Farias) – Sobre a ditadura militar brasileira nos anos 1970. Um cidadão comum é tomado por guerrilheiro, é preso e torturado. Ambientado durante a Copa do Mundo de 70, denuncia a repressão para-militar do período
Lamarca (1994, Brasil, direção: Sérgio Resende) – Sobre o militar e guerrilheiro Carlos Lamarca (1937-71) que, em 1969, entrou para a Vanguarda Popular Revolucionária, abandonou um quartel em São Paulo e instalou um foco guerrilheiro no Vale do Ribeira (SP). Em 1970 comandou o seqüestro do embaixador suíço no Rio de janeiro; foi morto em 17/09/1971 pelo exército no sertão da Bahia.
Cabra marcado para morrer (1984, Brasil, direção: Eduardo Coutinho) – O diretor rodava um filme sobre o Nordeste brasileiro, quando estourou o golpe de 1964. Retomou o projeto em 1981, retornando aos mesmos lugares e entrevistando as mesmas pessoas, para verificar o que tinha ocorrido com elas
Que bom te ver viva (1989, Brasil, direção: Lúcia Murat) – Sobre a tortura no país. Registro das experiências de oito ex-prisioneiras políticas sobre a tortura que sofreram durante a ditadura militar.
Zuzu Angel (2006, Brasil, direção: Sérgio Rezende) – sobre Zuleika Angel Jones (conhecida como Zuzu Angel), estilista conhecida internacionalmente, que a partir de 1971 passou a procurar seu filho Stuart Angel Jones, um militante do movimento MR-8 que foi preso, torturado e assassinado nas dependências dos órgãos de repressão do Brasil, que negavam o fato e não apresentaram seu corpo.
Araguaya A conspiração do silêncio– A conspiração do silêncio (2004, Brasil, direção: Ronaldo Duque) – Uma tentativa de retratar a Guerrilha do Araguaia, ocorrida no início da década de 1970 por militantes do PCdoB. Importante para tomar contato com aspectos do período da ditadura militar brasileira. Os documentos oficiais referentes a este episódio ainda não foram divulgados e nem os restos mortais de 59 guerrilheiros não foram localizados. 105 min.
Batismo de Sangue (2005, Brasil, direção: Helvécio Ratton) – Com base na obra de Frei Betto, este filme – que se passa durante os anos de chumbo – trata mais do dominicano Frei Tito (e de outros quatro frades) do que do próprio período militar. Mas é importante para que se tenha consciência da tortura (choques, pau-de-arara, prisão incomunicável e outras) implantada no país. 110
“Golpe de 64” - de Fernando Morais Março de 1964. Os olhos do mundo estão voltados para o Brasil. Num planeta dividido entre dois blocos antagônicos é cada vez mais difícil manter-se independente. Esquerda ou direita? Que rumo tomar? Uma coisa é certa: a solução, infelizmente, não será democrática. Neste cenário fervilhante, o processo político se radicaliza a cada dia. O fatídico mês avança e a temperatura se eleva. Os comícios reúnem centenas de milhares de pessoas, os discursos são mais inflamados do que nunca. Nos gabinetes, conspira-se. haverá golpe? Haverá contra-golpe? Os americanos estão de prontidão? Não há mais tempo para planejar. É preciso agir. E rápido. Os tanques já estão nas ruas. Prepare-se para reviver um dia de cão e de chumbo: 31 de março de 64.
Marighella - Retrato Falado do Guerrilheiro" de Silvio Tendler
Conta a história, as polêmicas, as vitórias e derrotas de Carlos Marighella, um dos líderes da luta armada contra a ditadura militar no Brasil. Autor do "Manual do Guerrilheiro Urbano" foi fundador da Ação Libertadora Nacional, primeiro movimento armado pós-64. Foi homenageado com o filme no ano em que completaria 90 anos.
"O que é isso companheiro?" de Bruno Barreto
Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após alguns anos de manifestações políticas, é promulgado em dezembro de 1968 o Ato Constitucional nº 5, que nada mais era que o golpe dentro do golpe, pois acabava com a liberdade de imprensa e os direitos civis. Neste período vários estudantes abraçam a luta armada, entrando na clandestinidade, e em 1969 militantes do MR-8 elaboram um plano para seqüestrar o embaixador dos Estados Unidos (Alan Arkin) para trocá-lo por prisioneiros políticos, que eram torturados nos porões da ditadura.
Ato de Fé – Angelo Rampazzo, 2004 - O filme narra fatos já bem conhecidos da luta armada contra a ditadura na voz de alguns de seus personagens. Os depoimentos dominam o documentário, sobretudo sobre as torturas sofiridas pelos freis dominicanos e sua relação com Carlos Marighela.
Vlado - 30 Anos Depois”de João Batista de Andrade
No dia 25 de outubro de 1975 o jornalista Vladimir Herzog acorda de manhã e se despede da mulher Clarice: ele deve se apresentar ao DOI-CODI, órgão da repressão política do regime militar, para um depoimento. Vlado nem imaginava que nunca mais voltaria para casa. Naquele fatídico dia ele seria morto. Segundo fonte oficial, teria se suicidado na prisão. Neste documentário o diretor João Batista de Andrade ouve depoimentos de amigos, familiares, colegas que viveram com Vlado a história, a amplitude das perseguições dos anos de chumbo, a trajetória do jornalista, desde sua infância até sua posse como Diretor de Jornalismo da TV Cultura de São Paulo e a perseguição a ele iniciada naquele momento. Com depoimentos de Clarice Herzog, José Mindlin, Ruy Ohtake, Dom Paulo Evaristo Arns, Henry Sobel, Fernando Morais, Paulo Markun, João Bosco, Aldir Blanc, Alberto Dines, Diléia Frate, Mino Carta, Rose Nogueira.
O ano em que meus pais saíram de férias" de Cao Hamburguer
1970. O Brasil e o mundo parecem estar de cabeça para baixo, mas a maior preocupação na vida de Mauro, um garoto de 12 anos, tem pouco a ver com a ditadura militar que impera no país: seu maior sonho é ver o Brasil tricampeão mundial de futebol. De repente, ele é separado dos pais e obrigado a se adaptar a uma "estranha" e divertida comunidade - o Bom Retiro, bairro de São Paulo, que abriga judeus e italianos entre outras culturas. Uma história emocionante de superação e solidariedade.
“Barra 68 – Sem perder a ternura” de Vladimir Carvalho
A luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 60 para criar e implantar a Universidade Brasília. E as repetidas agressões sofridas pela UNB, desde o golpe militar de 64 até os acontecimentos de 1968. Desde os seus primórdios, Brasília foi fortemente marcada pelos acontecimentos políticos, como a renúncia de Jânio Quadros e o golpe militar de 64. Envolvida, a comunidade conheceu a intranqüilidade e ficou estigmatizada pela repressão. Um dos seus bens mais preciosos, a Universidade, criada por Darcy Ribeiro, foi agredida em 64, 68 e 77. Na primeira vez a UnB foi ocupada por tropas militares e quase perdeu todo o seu corpo docente que voluntariamente se demitiu em protesto célebre. A crise se arrastou por quatro longos anos e em l968, com o movimento deflagrado em reação ao assassinato de Edson Luís, no Rio de Janeiro, as ruas de Brasília assistiram aos embates entre estudantes e a polícia. As famílias sobressaltadas procuravam alento nos ofícios religiosos, enquanto cerca de 5OO jovens eram detidos numa praça de esportes no campus da UnB. Tudo culmina, depois de lances dramáticos com a prisão de parlamentares, o fechamento do Congresso Nacional e a promulgação do AI-5. Essa trajetória é resgatada através da urdidura de depoimentos, casos e histórias mesclados às raras imagens e sons que ficaram e perfazem, de uma época, uma memória imperfeita, mas sempre verdadeira.
Hércules 56" de Silvio Da-Rin Em 1969, em plena ditadura no Brasil, duas organizações revolucionárias raptaram o embaixador americano Charles Elbrick e exigiram a libertação de quinze presos políticos, levados ao México no avião Hércules, prefixo 56. Neste documentário, os nove remanescentes do grupo e cinco membros da organização responsáveis pelo seqüestro discutem as causas e conseqüências da luta armada contra o regime militar.
O homem que virou suco (1980, Brasil, direção: João Batista de Andrade) – Trata sobre migração e marginalidade urbana no Brasil no período. Um cantor de cordel é confundido pela polícia com um operário que esfaqueou o patrão
Jânio a 24 quadros (1981, Brasil, direção: Luiz Alberto Ferreira) – A vida política do ex-presidente, mas com pouca profundidade na análise histórica.
Jango (1984, Brasil, direção: Sílvio Tendler) – Coletânea de filmes, fotos, documentários e entrevistas sobre a carreira política de João Goulart. Do tempo em que era Ministro do Trabalho de Vargas à sua morte no exílio.
Linha de Montagem ,( Rento Tapajós, 1982)
Os peões , (Eduardo Coutinho, 2004)
Eles não usam Black-tie ,( Leon Hirszman,1981)
Investigação sobre a gênese do movimento sindical de São Bernardo do Campo entre os anos de 1978 e 1981, quando se produziram as maiores greves de metalúrgicos na região, desafiando a repressão do final da ditadura militar. Radiografa-se a cidade no calor da grande efervescência das assembléias no estádio da Vila Euclides, onde os operários decidiam os novos rumos do movimento. As greves de 1979 e 1980 levaram à intervenção federal no Sindicato dos Metalúrgicos, à prisão de líderes, como Luís Inácio da Silva, processados com base na Lei de Segurança Nacional.
Documentário sobre a história pessoal de trabalhadores da indústria metalúrgica do ABC paulista que tomaram parte no movimento grevista de 1979 e 1980, mas permaneceram em relativo anonimato. Eles falam de suas origens, de sua participação no movimento e dos caminhos que suas vidas trilharam desde então. Exibem souvenirs das greves, recordam os sofrimentos e recompensas do trabalho nas fábricas, comentam o efeito da militância política no âmbito familiar, dão sua visão pessoal de Lula e dos rumos do país. O filme foi rodado no período final da campanha presidencial de 2002.
Um operário engravida a namorada e resolve se casar. Paralelamente, inicia-se um movimento grevista na empresa onde trabalha, liderado por seu próprio pai. O personagem resolve furar a greve para garantir o emprego, mas sua decisão provoca enorme conflito com seu pai.
Abc da Greve , (Leon Hirszman, 1979)
O filme cobre os acontecimentos na região do ABC paulista, acompanhando a trajetória do movimento de 150 mil metalúrgicos em luta por melhores salários e condições de vida. Sem obter êxito em suas reivindicações, decidem-se pela greve, afrontando o governo militar. Este responde com uma intervenção no sindicato da categoria. Mobilizando numeroso contingente policial, o governo inicia uma grande operação de repressão. Sem espaço para realizar suas assembléias, os trabalhadores são acolhidos pela igreja. Passados 45 dias, patrões e empregados chegam a um acordo. Mas o movimento sindical nunca mais foi o mesmo
Braços Cruzados, Máquinas Paradas” de Roberto Gervitz, Sérgio Toledo,São Paulo, 1978. Três chapas disputam a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, o maior da América Latina, com 300.000 associados, e presidido por um "pelego", desde o golpe militar de 1964. Em meio às eleições, eclodem as primeiras greves operárias que iriam mudar o país. Braços Cruzados, Máquinas Paradas revela, em narrativa envolvente, como funciona a estrutura sindical brasileira, de inspiração fascista. É também o primeiro documentário de longa-metragem sobre as chamadas "greves espontâneas", ocorridas em São Paulo, 10 anos após a decretação do AI-5. Tais greves, que culminaram em um amplo movimento social que traria de volta a democracia ao país, estão na base dos acontecimentos que levaram à eleição do primeiro presidente operário da América Latina.
Pixote – A lei do mais fraco (1980, Brasil, direção: Hector Babenco) – Sobre menores abandonados no Brasil no período após 64. Menores fogem de um reformatório e passam a viver com uma prostituta. Um retrato dos menores abandonados das grandes cidades brasileiras
Lúcio Flávio, o passageiro da agonia (1977, Brasil, direção: Hector Babenco) – Sobre um marginal consciente que, pouco antes de morrer, revelou certos aspectos da corrupção policial. Trata da história de um bandido que exerceu certo fascínio sobre faixas da população carioca nos anos 70.
Amazônia em Chamas (The Burning Season; 1994, EUA, direção: John Frankenheimer) – Uma visão de Hollywood sobre fatos que marcaram a vida de Chico Mendes (1944-88), o famoso sindicalista e ambientalista de Xapuri (AC
Quase dois irmãos” de Lúcia MuratMiguel é um senador que decide reencontrar Jorge, um antigo amigo de infância e atualmente poderoso traficante de drogas do Rio de Janeiro, para negociar um projeto social nas favelas. De origens diferentes, eles se tornaram amigos na década de 1950. Nos anos 70, reencontraram-se na prisão de Ilha Grande, onde os brancos eram prisioneiros políticos e os negros, criminosos comuns.
Terra para Rose (1987, Brasil, direção: Tetê Morares) – A partir da história de Rose, uma gaúcha sem-terra, este documentário fala das 1.500 famílias que ocuparam a improdutiva Fazenda Annoni (RS). Era o momento de transição após regime militar e o início do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil. Rose deu à luz ao primeiro bebê nascido no acampamento.
O Sonho de Rose (2.000, Brasil, direção: Tetê Morares) – Dez anos após o filme Terra para Rose, ocorreu este reencontro com personagens da ocupação da Fazenda Annoni. O documentário acompanha a trajetória dos agricultores sem-terra, narra os resultados dos assentamentos, seus conflitos e vai atrás dos filhos de Rose. Importante para quem é contrário à reforma agrária.
Os anos JK – Silvio Tendler - 1954: suicídio de Getúlio Vargas. 1955: crise política ameaça a posse do presidente eleito, Juscelino Kubitschek. 1956: JK assume a presidência. Promete democracia e desenvolvimento. Supera crises e crises. Começa a construção de Brasília. Brasil muda de tom. 1960: JK inaugura Brasília. 1961: JK dá posse a seu sucesso Jânio Quadros. Sete meses depois Jânio renuncia. Crise. 1964: Golpe Militar instaura ditadura. JK é cassado. Dez anos de história. Muitas crises. O governo JK é um exercício de democracia. O Brasil ferve. Os anos JK. Ver para não esquecer. Margarida de Prata, CNBB Festival de Gramado - Melhor Montagem, Prêmio Especial do Júri, Associação Paulista de Críticos de Arte - Melhor Montagem
“Companheiras ” - 2010- direção Breno Queirós – video produzido por um grupo de concluintes do curso de Jornalismo da Puc-Campinas. Depoimentos de companheiras de presos políticos que foram assassinados pela ditadura mil i tar,