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2010 / 2020

Plano Setorial de Museus - IBRAM

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  • 2010 / 2020

  • Presidenta da RepblicaDilma Rousseff

    Ministra da CulturaAna de Hollanda

    Presidente do IbramJos do Nascimento Junior

    Diretora do Departamento de Difuso, Fomento e Economia de MuseusEneida Braga Rocha de Lemos

    Diretor do Departamento de Processos MuseaisMrio de Souza Chagas

    Diretora do Departamento de Planejamento e Gesto InternaJane Carla Lopes Mendona

    Coordenadora Geral de Sistemas de Informao MusealRose Moreira de Miranda

    Procurador-chefeJamerson Vieira

    AuditoraSolange Maria C. Medeiros Neves

    Chefe de GabineteCssia Ribeiro Bandeira de Mello

    Plano Nacional Setorial de Museus - 2010/2020 (2010: Braslia DF)

    Ministrio da Cultura, Instituto Brasileiro de Museus. Braslia, DF: MinC/Ibram, 2010.

    ISBN 978-85-63078-14-8

    1. Museus poltica pblica Brasil. 2. Museologia Brasil. 3. Brasil poltica cultural. I Instituto Brasileiro de Museus (Brasil)

    CDD 069

  • Sumrio

    Apresentao

    Plano Nacional Setorial de Museus: uma agenda poltica para os prximos 10 anos

    Plano Nacional de Cultura e a Poltica Nacional de Museus

    Plano Nacional Setorial de Museus: uma proposta de agenda poltica e de

    planejamento do setor museal

    Plano Nacional Setorial de Museus: o desafio de organizar as diversas falas

    Propostas prioritrias

    Propostas por temas transversais

    Plano Nacional Setorial de Museus Diretrizes, Estratgias, Aes e Metas

    Eixos Estruturantes

    Produo simblica e diversidade cultural

    Cultura, cidade e cidadania

    Cultura e desenvolvimento sustentvel

    Cultura e economia criativa

    Gesto e institucionalidade da cultura

    Eixos Setoriais

    Museus de arte

    Museus de histria

    Museus de culturas militares

    Museus de cincias e tecnologia

    Museus etnogrficos

    Museus arqueolgicos

    Museus comunitrios e ecomuseus

    Museus da imagem e do som e de novas tecnologias

    Arquivos e bibliotecas de museus

    Ficha Tcnica

    7

    43

    132

    8

    9

    20

    24

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    33

    44

    53

    60

    68

    77

    81

    87

    93

    98

    103

    108

    114

    120

    126

  • 6

  • 7Apresentao

    sta publicao apresenta o resultado de uma ampla discusso no mbito do setor museal com vistas a estabelecer o conjunto de propostas que deram corpo ao Plano Nacional Setorial de Museus PNSM, o qual se integrar ao Plano Nacional de Cultura PNC, como os demais planos nacionais setoriais culturais.

    Na realidade, o PNSM decorrncia do PNC e da II Conferncia Nacional de Cultura II CNC, bem como de seu conjunto de reunies setoriais, particularmente, a 1a Pr-Conferncia de Museus e Memrias.

    fundamental chamar a ateno para o fato de que o caminho de construo coletiva adotado pelo PNC tor-nou possvel ao segmento cultural, com a mediao do Ministrio da Cultura MinC, mobilizar-se e organizar-se para pensar o prprio segmento de forma estratgica. Essa iniciativa reverberou no mbito do segmento cultu-ral e, como efeito domin, gerou iniciativas da mesma natureza em setores culturais especficos. Nesse sentido, o PNSM compartilhou do mesmo esprito democrtico e participativo presente na proposta de construo do PNC.

    O carter coletivo desse processo de construo ficou evidenciado nos mais variados formatos de instn-cias que foram forjadas ou potencializadas, em relao quelas j constitudas, garantindo que representantes da rea cultural, especialmente na rea museal, pudessem participar, e, dessa forma, contribuir para a reflexo so-bre o diagnstico de demandas, para a avaliao de prioridades, bem como para o estabelecimento de uma agenda poltica para a cultura, no caso, para o setor de museus. A preocupao, sempre presente, que a agen-da poltica cultural, em especial, a de museus, reafirme a correspondncia do Estado com as dinmicas sociais.

    E

  • 8Plano Nacional Setorial de Museus: uma agenda poltica para os

    prximos 10 anos

    elaborao do Plano Nacional Setorial de Museus (PNSM) representa um marco na histria do desenvolvi-mento do campo museal brasileiro. Pela primeira vez, temos um planejamento e uma agenda poltica da rea museolgica construdos de forma conjunta que nos mostram quais caminhos seguir na prxima dcada.

    O PNSM decorrncia do Plano Nacional de Cultura e da II Conferncia Nacional de Cultura II CNC, bem como do seu conjunto de reunies setoriais, particularmente, a 1a Pr-Conferncia de Museus e Memrias. O PNSM foi se moldando e teve suas diretrizes elaboradas e aprovadas na 4a edio do Frum Nacional de Museus, que acon-teceu em Braslia, entre os dias 12 e 17 de julho de 2010. Antes disso, porm, foram realizadas plenrias estaduais que mobilizaram representantes da rea museolgica, da sociedade civil e do poder pblico.

    O Plano aponta para a consolidao de uma poltica pblica especfica para o setor, a qual vem proporcionan-do uma profunda mudana no panorama museal do Brasil nos ltimos oito anos. A instituio da Poltica Nacional de Museus, ainda no ano de 2003, possibilitou novas formas de fomento para o setor, bem como a criao do Sistema Brasileiro de Museus (SBM), do Cadastro Nacional de Museus (CNM), do Estatuto de Museus e do prprio Ibram, e culmina agora com a elaborao deste Plano Setorial. Tal instrumento de planejamento torna-se especialmente estra-tgico no atual cenrio da cultura brasileira, em que os museus vm ganhando importncia na vida cultural e social, sendo reconhecidos como agentes de transformao da sociedade e espaos de encontro e dilogo entre os mais di-versos grupos sociais.

    Ao mesmo tempo em que se configura como resultado da Poltica Nacional de Museus, o Plano Setorial mostra o fortalecimento e amadurecimento do setor para planejar de forma conjunta. Elaborado a partir de um processo democrtico de gesto, em que o Ibram atuou no sentido de propiciar os espaos necessrios ao debate, o PNSM fruto da construo coletiva da comunidade museolgica, ansiosa por cumprir seu papel de agente participativo e atu-ante na configurao do futuro da rea.

    O Plano Nacional Setorial de Museus sintetiza o esforo do governo e do setor empreendido nos ltimos anos para articular, promover, desenvolver e fortalecer o campo museal no Pas. Mais que a culminncia de um processo, no entanto, ele representa o incio de uma nova etapa para o campo museal brasileiro. E ns, que participamos des-ta construo, podemos ter a convico de que, mais do que testemunhas, somos sujeitos ativos da transformao que est em curso.

    Jos do Nascimento JuniorPresidente do Ibram

    A

  • 9m 2003, deu-se incio ao complexo percurso de construo coletiva do PNC. Deve-se ressaltar que, no mesmo ano, o setor museal passou

    a ter uma atuao ativa nesse processo e lanou os princpios norteadores e seus eixos programticos para a atuao de gestores pblicos e privados no mbito do campo museal. Esses princpios e eixos compuseram o caderno denominado Poltica Nacional de Museus - PNM e guiaram o desenvolvimento de programas, aes e medidas voltadas ao setor.

    Assim, tomou lugar no pas um amplo debate so-bre o papel da museologia contempornea, tendo os museus como agentes de incluso cultural, de afirma-o de identidades de grupos sociais, de reconhecimen-to da diversidade e de desenvolvimento econmico.

    Esse debate foi realizado de forma democrti-ca, a partir da mobilizao dos diferentes segmentos

    que compem a rea museal no Brasil, por meio de reunies, distribuio de textos-base para as discus-ses; e debates entre setores das esferas pblicas, as-sociaes de classe, entidades privadas, entre outros.

    Em 2004, foi realizado, na cidade de Salvador/BA, o 1o Frum Nacional de Museus 1o FNM. Na oca-sio, 400 representantes do campo museal, luz do

    1 O Ministrio da Cultura publicou em dezembro de 2007 a primeira edio do caderno intitulado Plano Nacional de Cultura Diretrizes Gerais.

    tema A Imaginao Museal: os caminhos da demo-cracia, refletiram, avaliaram e estabeleceram diretri-zes para a Poltica Nacional de Museus - PNM e para o Sistema Brasileiro de Museus SBM, criado em 2004.

    O processo de construo do Plano Nacional de Cultura, por sua vez, continuou o seu percurso, consoli-dando passo a passo seu ambiente de institucionalidade. Deve-se dar destaque, no ano de 2005, para a aprova-o da Emenda Constitucional no 48, que determinou a realizao plurianual do PNC, e para a realizao da I Conferncia Nacional de Cultura, que completou as bases de sustentao das diretrizes do PNC. Registre-se que as deliberaes da I Conferncia Nacional de Cultura foram encaminhadas ao Congresso Nacional como ponto de partida para a elaborao do Projeto de Lei 6.835/06, que visava a instituir o PNC e o Siste-ma Nacional de Informaes e Indicadores Culturais - SNIIC. O Congresso Nacional passou a integrar de for-ma efetiva o processo de construo coletiva do PNC.

    As deliberaes da I CNC, por sua vez, desdo-bramse em conceitos, valores, desafios, estratgias e diretrizes e foram organizadas e sistematizadas no ca-derno Plano Nacional de Cultura - Diretrizes Gerais1 .

    E

    O Plano Nacional de Cultura e a Poltica Nacional de Museus

  • 10

    Plano Nacional de Cultura Estratgias e Diretr izes :

    Fortalecer a ao do Estado no planejamento e na execuo das polticas pblicas: O Plano Nacional de Cultura engloba linguagens artsticas e mltiplas identidades e expresses culturais, at ento desconsideradas pela ao do Estado. Em consonncia com esta concepo ampliada de cultura, o Plano reafirma o papel indutor do Estado em reconhecer a diversidade cultural, garantindo o pluralismo de gneros, estilos, tecnologias e modalidades. s instituies governamentais cabe formular diretrizes, planejar, implementar, acompanhar e avaliar aes e programas culturais. Para viabilizar essa estratgia fundamental instituir marcos legais, desenvolver sistemas de informaes, indicadores de avaliao e mecanismos de regulao de mercado e de territorializao das polticas culturais. O aprimoramento das regras de financiamento das atividades culturais via fundos pblicos, oramento e leis de incentivo fiscal remete tambm ao pacto federativo para a diviso das prerrogativas e responsabilidades entre as esferas de governo federal, estadual e municipal.

    Plano Nacional de Cultura Valores e Conceitos:

    Cultura,umconceitoabrangente.Expressosimblica,direitodecida-dania e vetor de desenvolvimento.

    Aculturabrasileiradinmica.Expressarelaesentrepassado,pre-sente e futuro de nossa sociedade.

    Asrelaescomomeioambientefazempartedosrepertriosedases-colhas culturais. A natureza indissocivel da cultura.

    Asociedadebrasileirageraedinamizasuacultura,adespeitodaomis-so ou interferncia autoritria do Estado e da lgica especfica do mercado.

    OEstadodeveatuarcomoindutor,fomentadorereguladordasativida-des, servios e bens culturais.

    AoMinistriodeCulturacabeformular,promovereexecutarpolticas,

    programas e aes na rea da cultura. OPlanoNacionaldeCulturaestancoradonacorresponsabilidadede

    diferentes instncias do poder pblico e da sociedade civil.

  • 11

    Incentivar, proteger e valorizar a diversidade artstica e cultural bra-sileira: A cultura feita de smbolos, valores e rituais que criam mltiplos perten-cimentos, sentidos e modos de vida. A diversidade cultural brasileira se atualiza - de maneira criativa e ininterrupta por meio de linguagens artsticas, mltiplas identi-dades e expresses culturais. As polticas pblicas de cultura devem adotar medi-das, programas, aes e polticas para reconhecer, valorizar, proteger e promover a diversidade cultural. O Brasil, cuja formao social foi marcada por sincretismos, hibridao e encontros entre diversas matrizes culturais, possui experincia hist-rica de negociao da diversidade e de reconhecimento de seu valor simblico. O PNC oferece uma oportunidade histrica para a adequao da legislao e da insti-tucionalidade da cultura brasileira Conveno da Diversidade Cultural da Unesco, firmando a diversidade como referncia das polticas de Estado e como elo de ar-ticulao entre segmentos populacionais e comunidades nacionais e internacionais.

    Universalizar o acesso dos brasileiros fruio e produo cultural: O acesso cultura, s artes, memria e ao conhecimento um direito constitu-cional e condio fundamental para o exerccio pleno da cidadania. Sob a perspecti-va de ampliao do conceito de cultura e da valorizao da diversidade, necessrio ultrapassar os enfoques exclusivos nas artes consagradas e incluir entre os campos de ao do Estado outras manifestaes criativas, expresses simblicas e identit-rias que injetam energia vital no tecido social.

    Superar positivamente as indstrias culturais e seu carter restritivo e homo-geneizador, predominante at os anos 90, implica no alargamento das possibilida-des de experimentao e criao esttica e, tambm, na implementao de novas conexes e formas de cooperao entre artistas, produtores, gestores culturais, organizaes sociais e instituies locais. O PNC contempla, ainda, a garantia das condies necessrias realizao dos ciclos que constituem os fenmenos cultu-rais: da formao artstica e de pblico garantia de ampla disponibilidade dos meios de produo e difuso.

    Ampliar a participao da cultura no desenvolvimento socioeconmi-co sustentvel: Economia e Desenvolvimento so aspectos da cultura de um povo. A cultura parte do processo propulsor da criatividade, gerador de inovao econ-mica e tecnolgica. A diversidade cultural produz distintos modelos de gerao de riqueza que devem ser reconhecidos e valorizados. O PNC estabelece vnculos en-tre arte, cincia e economia na perspectiva da incluso e do desenvolvimento. Suas proposies contemplam a formao profissional; a regulamentao do mercado de

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    trabalho para as categorias envolvidas com a produo cultural; e o estmulo aos investimentos e ao empreendedorismo nas atividades econmicas de base cul-tural, entre elas o turismo, as comunicaes, a indstria grfica, a fonogrfica, a arquitetura, a moda, dentre outras. Por outro lado, avaliza a insero de produ-tos, prticas e bens artsticos e culturais nas dinmicas econmicas contempor-neas, com vistas gerao de trabalho, renda e oportunidades de incluso social.

    Consolidar os sistemas de participao social na gesto das pol-ticas pblicas: O desenho e a implementao de polticas pblicas de cultu-ra pressupem a interface entre governos e sociedade. Alm de explicitar suas expectativas e encaminhar suas demandas, os cidados tambm devem assumir corresponsabilidades nas tomadas de deciso, na implementao e avaliao das diretrizes, nos programas e nas aes culturais. Retoma-se, assim, a idia da cul-tura como direito do cidado e amplia-se para a perspectiva da participao so-cial na gesto da cultura. O PNC contempla a criao de redes, mecanismos de acesso, acompanhamento e transparncia dos processos de realizao da poltica de cultura por meio de indicadores culturais e sistemas de gesto compartilha-da. Reafirma-se, portanto, a importncia de sistemas consultivos e deliberativos dotados de representatividade e participao social direta. Nessa perspectiva, diferentes modalidades de participao so fundamentais no s para a constru-o e aprovao do Plano Nacional de Cultura no Congresso Nacional, mas tam-bm para a sua implementao, execuo, aperfeioamentos e revises futuras.

    O campo museal reuniu-se, novamente, para participar do 2o e 3o FNM, em 2006 e 2008, nas cidades de Ouro Preto/MG e Florianpolis/SC, respectivamente, com os temas O futuro se constri hoje e Museus como agentes de mudana social e desenvolvimento. Deve-se destacar a representatividade do setor nos dois eventos: 1.100 pessoas (2o FNM) e 1.500 pessoas (3o FNM). Em ambos os casos, a reflexo sobre a PNM avana e o foco de ateno so as novas experincias museais e a centralidade da museologia social no

    mbito de uma poltica pblica voltada para os museus. importante chamar a ateno para o fato de que o 3o

    FNM representou um diferencial na trajetria de consoli-dao da PNM. O setor museal d incio, de certa forma, a um processo de integrao ao Plano Nacional de Cultura. E, nesse sentido, o primeiro passo foi dado: como resulta-do do 3o FNM, foi sugerida a incluso de diretrizes espec-ficas do setor museal ao caderno Plano Nacional de Cultura - Diretrizes Gerais, que passava por reviso. Essas diretrizes foram absorvidas pelo documento, publicado em 2008.

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    PNC - Estratgias, diretrizes e aes do setor museal

    Fortalecer a ao do Estado no planejamento e execuo das polti-cas culturais

    CriaroInstitutoBrasileirodeMuseuseestimularaformaodesistemas

    e redes estaduais e municipais de museus que estejam integrados ao Sistema Brasi-leiro de Museus.

    Incentivar, proteger e valorizar a diversidade artstica e cultural bra-sileira

    Incentivaraaproximaoentreasaesdepromoodopatrimniodos

    rgos federais, estaduais e municipais de cultura e das iniciativas similares realiza-das em escolas, museus, universidades, publicaes e meios de comunicao e ou-tras instituies de estudos e de fomento.

    Fomentarapesquisa,oregistroeapreservaodasprticassocioculturais,

    valorizando a diversidade e a incluso social em espaos como as universidades p-blicas, os museus e outras instituies vinculadas memria.

    InstituirrepresentaesregionaisdaCinematecaBrasileiraintegradasaos

    museus da imagem e do som estaduais, de modo a garantir a preservao da mem-ria audiovisual.

    Fomentar,nosmunicpios,acriaodemuseusecentrosculturaisquetra-balhem no campo da memria, com a finalidade de promover aes de preservao e dinamizao dos bens patrimoniais locais.

    Instituirumsistemadegestoemredeparaosmuseusetnogrficosecen-tros culturais indgenas, transformando-os em instrumentos de preservao da di-versidade cultural.

    Incentivaraconservao,apreservaoeousosustentveldopatrim-nio cultural. Promover a apropriao social do patrimnio sob a guarda dos museus, compreendendo-os como arquivos de valor.

    Promoveraesqueefetivemavocaodosmuseusparaacomunicao,

    investigao, documentao e preservao da herana cultural, bem como para o estmulo do estudo sobre a produo contempornea.

    Ampliaracapacidadedeatendimentoeducacionaldosmuseuseoferecer

    condies permanentes para que as comunidades reconheam os bens culturais ma-teriais e imateriais de sua regio, visando disseminar noes de identidade e zelo.

    Estimular,pormeiodeprogramasdefomento,aimplantaoe/oumoder-nizao de sistemas de segurana, de forma a resguardar acervos de reconhecido

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    valor histrico, cultural e/ou artstico, de museus, bibliotecas, arquivos, igrejas e ins-tituies afins.

    Fomentarasatividadesdepesquisaedocumentaoquelevemaoaprofun-damento do discurso crtico e reflexivo sobre os acervos de museus.

    Universalizar o acesso dos brasileiros fruio e produo cultural Estimularacriaodeprogramadorasnacionais,estaduaisemunicipaisde

    distribuio de contedo audiovisual para os meios de comunicao, cineclubes, cir-cuitos universitrio e comercial de exibio, escolas, centros culturais, bibliotecas pblicas, museus e videolocadoras.

    Estimularasassociaesdeamigosdeteatros,salasdeconcertoemuseus

    que ofeream prvias de ensaios de espetculos e montagem de exposies e des-contos em ingressos de seus associados, como meio de formao e fidelizao de plateias.

    Preservar,tornaracessveisedifundirosacervosaudiovisuaisdosrgos

    pblicos, como o Centro Tcnico do Audiovisual (CTAv), a Cinemateca Brasileira e os Museus da Imagem e do Som.

    Fomentarosmuseuscomunitrios,ecomuseus,museusdeterritrio,mu-seus locais e outros centros de preservao e difuso do patrimnio cultural, garan-tindo o direito de memria aos diferentes grupos e movimentos sociais.

    Estabelecerprogramasdeestmuloaoacessodecrianasejovensaosbens

    culturais de suas comunidades, por meio da oferta de transporte, descontos e in-gressos gratuitos e a realizao de atividades pelas escolas, como oficinas, visitas a museus, excurses ao cinema e ao teatro.

    GarantircondiesaosespaosdoEstado,comomuseuseespaoscultu-rais, para receber obras artsticas digitais, com tecnologia, equipamentos e pessoal qualificado.

    Instituirprogramasemparceriacomainiciativaprivadaeorganizaesci-vis para a manuteno de rede de equipamentos digitais de acesso pblico em espa-os como telecentros, lan-houses, bibliotecas multimdias, escolas, museus e centros culturais, entre outros.

    Consolidar os sistemas de participao social na gesto das polticas culturais

    Articularossistemasderdioetelevisopblica,museus,centrosculturais,

    gesto do patrimnio e outros temas com as instncias participativas de formulao e acompanhamento das polticas culturais.

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    O processo de construo do PNC entrou em sua reta final em 2008, com discusso pblica, precedida da reviso do caderno Plano Nacional de Cultura - Diretrizes Gerais pelo Conselho Nacional de Poltica Cultural CNPC, instalado em 2007. Para essa etapa, foi constitudo um ciclo de debates composto, principalmente, por seminrios estaduais e frum virtual2. Esse dilogo fortaleceu o processo de construo do PNC.

    Consolidadas as sugestes ao PNC, o MinC preparou-se para a II Conferncia Nacional de Cultura, sob uma nova perspectiva de consolidao do referido Plano e de avano com relao ao que efetivamente se pretendia realizar e alcanar. Foi a oportunidade para o ajuste de metas. Para tanto, e de forma estratgica, foram organizadas reunies pr-setoriais com o objetivo de se criar espaos de discusso dos planos setoriais e para eleio dos membros dos Conselhos Setoriais e de seus representantes no Conselho Nacional de Polt icas Culturais.

    Como preparao para a II CNC, foi realizada em fevereiro de 2010 no Rio de Janeiro a Pr-Conferncia de Museus e Memrias, com a participao de representantes de 26 unidades da Federao3 , a fim de subsidiar o processo de construo de um plano setorial voltado para o setor museal. Nesse sentido, esse

    encontro permitiu que se avanasse na concepo de um plano de atuao voltado para o setor museal. Como resultado da Pr-Conferncia de Museus e Memrias, foram estabelecidas 05 propostas relativas aos 05 eixos estruturantes da II CNC. As propostas foram incorporadas na ntegra ao resultado final da II CNC.

    A 4 edio do Frum Nacional de Museus Direito Memria, Direito a Museus, ocorrida em Braslia, no perodo de 12 a 17 de julho de 2010, representa a culminncia do processo de construo da Poltica Nacional de Museus, bem como de sua efetiva integrao ao Plano Nacional de Cultura. Nesses termos, o 4 FNM e a Pr-Conferncia de Museus e Memrias sintetizam o esforo empreendido para articular, promover, desenvolver e fortalecer o campo museal brasileiro. De forma especfica, a viso estratgica do setor museal refletida nas 05 propostas referentes aos 05 eixos estruturantes da II CNC ganhou densidade propositiva na sequncia do trabalho oportunizada pelo 4 FNM. Assim, as propostas avanaram em objetividade e concretude, inclusive com o estabelecimento de metas e prazos.

    O quadro a seguir apresenta as propostas relativas aos 05 eixos estruturantes da II CNC, bem como aquelas que resultaram do processo de construo do PNSM.

    Eixo I Produo simblica e diversidade cultural: Asseguraroregistroeavalorizaodamemriadosdiferentesgruposso-

    ciais, fortalecendo e garantindo a manuteno dos museus, espaos e centros cultu-rais, com nfase em comunidades menos favorecidas.

    As propostas, nesse caso, convergem para: Aestruturaodeumametodologiadetrabalho,envolvendoequipesmul-

    tidisciplinares e uma perspectiva de trabalho em rede (03 esferas do governo), que d conta de identificar e realizar inventrio museolgico da diversidade cultural bra-sileira.

    2 Registre-se a participao da Comisso de Educao e Cultura e do Frum Nacional de Secretrios e Dirigentes de rgos Estaduais de Cultura na organizao

    dessa etapa de discusso pblica. 3 Ressalte-se a ausncia de representantes do Distrito Federal.

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    Acriaodeumbancodedadosnacionalquerenaasinformaessobre

    esses bens culturais materiais e imateriais, representativo dessa diversidade cultural. AestruturaodeplosregionaisnosEstadosqueatuemcomocentrosdi-

    namizadores de aes de promoo da diversidade cultural brasileira. Aformaoe/ouqualificaodepessoalespecializadonotrabalhodeidenti-

    ficao e inventrio especfico da diversidade brasileira. Oinvestimento,naformadeeditais,quepermitamaestruturaodeequi-

    pes e do sistema de trabalho voltado para a identificao e realizao de inventrio museolgico da diversidade cultural brasileira.

    Para tanto, prev-se que em dois anos: 50%dosmunicpioscominiciativasdeidentificaodadiversidadecultural

    com registro de dados aptos para serem disponibilizados. 100%dossistemasestaduaistendoincorporadogruposdetradiespopu-

    lares em suas programaes culturais.

    Eixo II Cultura, cidade e cidadania: Ampliar,qualificaremelhoraroinvestimentonosquadrosdeprofissionais

    da ao educativa e do servio sociocultural dos museus e demais espaos de mem-ria.

    As propostas, nesse caso, convergem para: Aformaoe/ouqualificaodepessoalespecializadoparaatuarnareaedu-

    cativa e de servio sociocultural com vistas a garantir a efetividade de iniciativas volta-das para estreitar a relao do museu com as comunidades, em especial aquelas mais vulnerveis.

    Apreparaodoambientelegaledosmuseusdeformaagarantirplanoe

    prticas de acessibilidade universal.

    Para tanto, prev-se, a partir da disponibilizao pelo Cadastro Nacional de Mu-seus dos dados de frequncia, retorno e permanncia de visitantes:

    Aumentaranualmenteem20%opercentualdefrequncia,retornoeper-manncia de visitantes dos museus brasileiros.

    Aumentaranualmenteem10%opercentualdefrequncia,retornoeperma-nncia de visitantes com algum tipo de necessidade especial dos museus brasileiros.

  • 17

    Eixo III Cultura e desenvolvimento sustentvel: Promoverpolticaspblicasquegarantamagestomusealeoacessoame-

    canismos de fomento e financiamento direcionados para a diversidade e o patrimnio cultural, os direitos humanos e a cidadania, integrando a economia, a museologia, a educao, a arte, o turismo e a cincia e tecnologia, visando ao desenvolvimento lo-cal e regional, bem como sustentabilidade cultural e ambiental.

    As propostas, nesse caso, convergem para: Apromoodemecanismoseinstrumentos,inclusivelegais,queviabilizem

    alternativas de sustentabilidade econmica aos museus. Oenvolvimentodomuseunasestratgiasrelativasaodesenvolvimentosus-

    tentvel local, envolvendo: a) a gerao de renda para as comunidades trabalhadas; b) a insero dos museus nas estratgias relativas ao desenvolvimento do turis-

    mo sustentvel.

    Para tanto, prev-se, em cinco anos: Aumentarem40%aparticipaodosrecursosprpriosdosmuseusem

    relao ao seu oramento total. 100%dossistemasestaduaisdesenvolvendoiniciativasparapromoode

    alternativas de gerao de renda em comunidades em que os seus museus esto in-seridos.

    Eixo IV Cultura e economia criativa: Fomentararelaomuseu-comunidade,considerandoafunosocialdos

    museus, produzindo novas perspectivas de gerao de renda pautadas em produtos e servios que aproveitem potencialidades, saberes e fazeres. Nesse sentido, criando Fundo Setorial de Museus em mbito Federal, Estadual, Municipal e Distrital voltado para entidades governamentais e no governamentais, a fim de garantir a sustenta-bilidade de seus planos museolgicos plurianuais e destacando a manuteno dessas instituies.

    As propostas, nesse caso, convergem para: Asestratgiasdeaproximaodomuseucomacomunidadeemqueest

    inserido como forma de contribuir para a sustentabilidade econmica dos museus e para a gerao de fluxos econmicos para essas comunidades.

    A formaoe/ouqualificaodepessoalespecializadoparaatuarnas

  • 18

    estratgias de captao de recursos para os museus e para promover parcerias jun-to a redes de parceiros.

    Aconsolidaodacadeiaprodutivadomuseuedasuainterfacecomou-tras cadeias produtivas, em especial a do turismo.

    Para tanto, prev-se, em trs anos: Modelodofundonacionalvoltadoparaosetormusealestabelecido.

    Ampliaraparticipaodoinvestimentonareamusealrelativoagendade

    investimento do pas para os megaeventos esportivos de 2014 e 2016.

    Eixo V Gesto e institucionalidade da cultura: GarantiracontinuidadedaPolticaNacionaldeMuseuseaimplantaodo

    Estatuto de Museus, respeitando a diversidade regional, com a ampliao dos inves-timentos na rea.

    As propostas, nesse caso, convergem para: AcontinuidadedaPolticaNacionaldeMuseuspormeio:

    (a) da consolidao do sistema de participao social na gesto das polticas p-blicas voltadas para o setor museal (Sistema Brasileiro de Museus e o seu Comit Gestor, sistemas de museus);

    (b) da regulamentao do Estatuto dos Museus e da sua efetiva aplicao nos museus brasileiros.

    Para tanto, prev-se, em cinco anos: 100%dasinstituiesadaptadasaoEstatutodosMuseus.

    DobraropercentualdosrecursosdosistemaMinCdestinadosaosetor

    museal.

    Em 02 de dezembro de 2010, foi sancionada a lei 12.343/10, que instituiu o Plano Nacional de Cultura e criou o Sistema Nacional de Informaes e Indicadores Culturais - SNIIC. De acordo com a lei, o PNC ter durao de 10 anos e ser revisto periodicamente, tendo como objetivo a atualizao e o

    aperfeioamento de suas diretrizes e metas (art. 11). Nessas condies o PNSM tambm dever

    ser atualizado periodicamente e, assim, integrar-se dinmica de planejamento adotada pelo Poder Executivo, com o diferencial de que ele traz em si a qualidade de ser um planejamento participativo.

  • 19

    LIN

    HA

    DO

    TEM

    PO -

    PLA

    NO

    SET

    ORI

    AL

    DE

    MU

    SEU

    S

    2003

    2004

    2005

    2006

    2007

    2008

    2009

    2010

    Lanamento da Poltica Nacional de Museus - PNM - maio

    Minifruns

    Miniplenrias Plenria Nacional Consulta Pblica

    Plano Nacional Setorial de Museus - PNSM

    Estatuto de Museus Lei 11.904/10 - janeiro

    Lei n. 12.343/2010 de 3/12/2010 institui o PNC e cria o SNIIC

    Criao do Instituto Brasileiro de Museus - Ibram Lei 11.906/10 - janeiro

    1a Pr-Conferncia Museus e Memria - fevereiro

    II Conferncia Nacional da Cultura - maro

    Plenrias Estaduais - junho

    Criao do DEMU - Departamento de Museus/ IPHAN - outubro

    Criao do Sistema Brasileiro de Museus - SBM - Decreto 5.264/ 2004 - novembro

    1o Frum Nacional de Museus: A imaginao museal: os caminhos da Democracia (Salvador) - dezembro

    Emenda Constitucional no 48/2005 - Criao do Plano Nacional da Cultura - PNC - agosto

    2o Frum Nacional de Museus: O futuro se constri hoje (Ouro Preto) - julho

    Conselho Nacional de Poltica Cultural - Decreto 5.520/05 - agosto

    3o Frum Nacional de Museus: Museus como agentes de mudana social e desenvolvimento - julho

    I Conferncia Nacional da Cultura - I CNC - dezembro

    Apresentao ao Congresso do PL 6835/2006, que contm diretrizes para o Plano Nacional de Cultura

    IV Frum Nacional de Museus - julho

  • 204 Ressalte-se a ausncia de plenrias estaduais no Distrito Federal, Esprito Santo, Gois e Tocantins.

    horizontes - pudesse se transmutar em uma agenda poltica do setor museal para os prximos 10 anos. O 4 FNM, nesse sentido, figurou-se como a oportunidade para que se avanasse na PNM, na definio de suas diretrizes, estratgias, aes e metas, transformadas em atributos de um plano especfico do setor de museus. Nessa nova etapa, os representantes do setor museal se investiram da responsabilidade de constituir uma poltica de museus com metas claras.

    Deve-se destacar, nessa estratgia de construo democrtica do PNSM, as diferentes etapas de discusso que culminaram no conjunto de propostas elaboradas para o setor durante o perodo de realizao do evento do 4o FNM. A primeira, que antecedeu o 4o FNM, foi formada pelas plenrias estaduais 4 , realizadas no perodo de 1 de maio a 28 de junho de 2010. Nessas plenrias estaduais, foram mobilizados representantes da rea museolgica, da sociedade civil e do poder pblico. As discusses tomaram como base os textos do Plano Nacional de Cultura; o texto base da 1 Pr-Conferncia de Museus e Memrias; as cinco estratgias e as cinco diretrizes aprovadas na II CNC, relativas rea de museus; bem como o resultado da II CNC.

    Durante a realizao do 4o FNM, ainda foram realizados os minifruns setoriais, as miniplnrias e a plenria nacional, completando a estrutura dos debates que elegeram as propostas prioritrias e elencaram

    O PNSM fruto da capacidade de mobilizao e organizao dos atores envolvidos com o campo museal, bem como da sua capacidade de vislumbrar competncias e oportunidades a serem exploradas a partir de um conhecimento construdo ao longo de um perodo de intenso intercmbio entre esses atores sobre as principais fragilidades e desafios do setor.

    Deve-se destacar que a experincia de construo da PNM, conjugada com aquelas relativas aos encontros de avaliao dessa poltica especfica do setor museal por meio das trs edies do FNM e da realizao de seminrio de avaliao dos cinco anos da PNM, contribuiu, a seu modo, para o desenvolvimento e o enraizamento social da poltica de museus, compreendida como poltica pblica de cultura. Alm disso, esse exerccio de reflexo permitiu o desenvolvimento de uma massa crtica de gestores pblicos e privados que passaram a ver o setor museal de uma forma mais estratgica: passa-se a dar ateno especial aos problemas estruturais; a ter uma viso sistmica dos mesmos, identificando suas inter-relaes regionais e setoriais; e a propor demandas que visem a trazer respostas concretas a problemas estruturais.

    O passo seguinte, com a mobilizao do setor museal, foi fazer com que todo aquele conhecimento adquirido - em termos de desafios, experincias, resultados efetivos, frustraes, projeo no futuro,

    Plano Nacional Setorial de Museus: uma proposta de agenda poltica e de planejamento do setor museal

  • 21

    as demais propostas que fazem parte do PNSM.O conjunto de propostas que fundamentam o

    PNSM permite a qualificao da viso estratgica do setor museal em cada um dos 05 eixos estruturantes constantes da II CNC. Importante que se chame a ateno para o fato de que esse conjunto de propostas traduz a agenda poltica do setor museal e oferece uma perspectiva clara de como e em que medida o referido setor vai se transformar.

    O PNSM tambm apresenta um conjunto de propostas relativas aos nove eixos setoriais de museus, as quais refletem as especificidades das lgicas de funcionamento dos museus em relao a temas transversais: gesto museal; preservao, aquisio e democratizao de acervos; formao e capacitao; educao e ao social; modernizao

    e segurana; economia dos museus; acessibilidade e sustentabilidade ambiental; comunicao e exposio; pesquisa e inovao. Deve-se destacar que, se por um lado, essas propostas tratam das demandas prprias de cada eixo setorial em resposta a cada um desses temas transversais, por outro, elas podem ser sintetizadas, conforme quadro abaixo, de forma a representar os principais aspectos de cada um desses temas sobre os quais os gestores pblicos e privados devem estar atentos. Nesse caso, no apenas para que os museus cumpram com excelncia suas funes; mas tambm, para que possam ser encarados como portadores das expectativas de transformaes do conjunto do setor museal, qualificadas nos cinco eixos estruturantes da II CNC.

    PNSM Temas Transversais

    01- Gesto museal:

    Consolidao da prtica de elaborao do plano museolgico e dos princ-pios metodolgicos de gesto participativa, envolvendo a comunidade no processo de construo dos planos museolgicos em atendimento ao Estatuto dos Museus.

    02 - Preservao, aquisio e democratizao de acervos:

    Estabelecimento de uma poltica nacional de preservao e aquisio de acervos que possa servir de referncia para os museus ou para iniciativas de ao museolgicas adotarem suas prprias polticas de preservao e aquisio de acer-vo.

    03 - Formao e capacitao:

    Adoo de uma estratgia de atuao na rea que combine ciclos de forma-o continuada dos profissionais dos museus, em atendimento s reais necessidades dessas organizaes e a gesto junto aos rgos competentes para propor adequa-es curriculares em cursos de graduao e ps-graduao que tratem de temas afe-tos ao campo da museologia.

  • 22

    04 - Educao e ao social:

    Consolidao de prtica de desenvolvimento de projetos sociopedaggi-cos e culturais que combine estratgias de parcerias com o setor de ensino formal, promovendo os contedos dos museus como ferramentas educativas e estratgias de aproximao com as comunidades onde esto os museus, para inseri-las no pro-cesso de elaborao dos projetos sociopedaggicos e culturais dos museus.

    05 - Modernizao e segurana:

    Capacitao dos profissionais dos museus em relao aos padres de segu-rana em museus.

    06 - Economia dos museus:

    Consolidao de mecanismos e instrumentos, inclusive legais, que viabili-zem alternativas de sustentabilidade econmica dos museus e do desenvolvimento local.

    07 - Acessibilidade e sustentabilidade ambiental:

    Desenvolvimento de capacidades tcnicas especficas e de recursos finan-ceiros para que os museus realizem as adaptaes necessrias em atendimento aos requisitos de acessibilidade e sustentabilidade ambiental; e, ao mesmo tempo, pos-sam promover aes de promoo de conscincia crtica junto a seu pblico e co-munidade onde est inserido.

    08 - Comunicao e exposio:

    Consolidao de estratgias de exposio e comunicao que conjuguem mostras itinerantes e utilizao de meios miditicos comunitrios que promovam a interao com a populao, inclusive no processo de elaborao da exposio.

    09 - Pesquisa e inovao:

    Promoo de equipes de pesquisa em museus ou de ncleos de pesquisa bem como o apoio e estmulo formao continuada desses profissionais.

  • 23

    . Finalizando, o PNSM, como parte integrante do PNC, organiza, estrutura e viabiliza as polticas pblicas voltadas para o setor museal no pas. Nesse sentido, o PNSM representa um marco de regulao de longo prazo para as polticas pblicas do setor de museus. Ademais, este Plano dever adequar-se a uma estrutura de planejamento nos moldes do Plano Plurianual - PPA, devendo contemplar e indicar aes (projetos ou atividades), com metas e estimativas oramentrias. Nesses termos, pode-se dizer que o PNSM j representa, por si, um avano no processo de consolidao de um modelo de planejamento setorial.

  • 24

    Eixos setoriais

    I. Museus de arte II. Museus de histriaIII. Museus de culturas militares IV. Museus de cincias e tecnologia V. Museus etnogrficos VI. Museus arqueolgicos5

    VII. Museus comunitrios e ecomuseus VIII. Museus da imagem e do som e de novas

    tecnologias IX. Arquivos e bibliotecas de museus

    De acordo com o Regimento Interno do 4o Frum Nacional de Museus, a discusso sobre as propostas que constituem as bases do PNSM estruturou-se com dois enfoques, um estruturante e outro setorial.

    Pelo enfoque estruturante, propunha-se uma discusso que tivesse como fio condutor os cinco eixos estruturantes da II Conferncia Nacional de Cultura, estimulando dessa forma os participantes a trabalharem com uma viso mais geral sobre o setor, pensando em seu futuro. J pelo enfoque setorial, propunha-se uma discusso que tivesse como alinhamento as especificidades das dinmicas de determinados setores de museus (eixos setoriais), relacionados a determinados temas transversais, fazendo com que os participantes refletissem sobre as condies necessrias para que os museus, em cada setor, possam no apenas cumprir plenamente as suas funes, como preparar-se para atuar e contribuir efetivamente para o processo de transformao a que o setor museal se prope de acordo com o PNSM.

    Eixos estruturantes e setoriais:

    Eixos estruturantes (II CNC)

    I. Produo simblica e diversidade cultural II. Cultura, cidade e cidadania III. Cultura e desenvolvimento sustentvel IV. Cultura e economia criativa V. Gesto e institucionalidade da cultura

    Plano Nacional Setorial de Museus: o desafio de organizar as diversas falas

    5 Museusetnogrficosemuseusarqueolgicosconstituam,deacordocomoRegimentoInternodo4o FNM, um nico eixo setorial. A separao em dois eixos de

    discusso se deu no incio dos trabalhos desse minifrum setorial por deliberao do prprio grupo.

  • 25

    Alm disso, ainda segundo o Regimento Interno do 4o FNM, o PNSM seria elaborado a partir das contribuies dos Estados (por meio de plenrias estaduais), do Comit Gestor do Sistema Brasileiro de Museus (SBM) e, de forma geral, por todos

    aqueles envolvidos com o campo museal. Para tanto, o Regimento Interno do 4o FNM no apenas definiu as instncias deliberativas para a proposio das contribuies, mas tambm estabeleceu o formato com base no qual as contribuies seriam apresentadas.

    Cada plenria estadual poderia eleger cinco propostas, uma para cada eixo estruturante da II CNC. As propostas oriundas dos Estados e as propostas

    do Comit Gestor do SBM foram consolidadas no Caderno de Sistematizao de Propostas, instrumento de trabalho para as discusses no mbito do 4o FNM.

    Diretriz 1

    Estratgia 1

    Ao 1

    Meta temporal

    Meta temporal

    Meta temporal

    Meta temporal

    Meta quantitativa

    Meta quantitativa

    Meta quantitativa

    Meta quantitativa

    Ao 2

    Ao 1

    Ao 2

    Estratgia 2

    Estrutura das propostas para o PNSM apresentadas no 4o FNM

  • 26

    Resultado das plenrias estaduais

    Unidade da FederaoPropostas

    Total Diretrizes Total Estratgias Total Aes

    AC 05 07 13

    AL 05 10 20

    AM 05 08 07

    AP 05 09 19

    BA 05 06 12

    CE 05 10 18

    MA 05 05 09

    MG 05 05 08

    MS 05 09 10

    MT 05 10 20

    PA 05 10 19

    PB 05 08 16

    PE 05 07 14

    PI 05 10 15

    PR 05 06 11

    RJ 05 08 13

    RN 05 10 19

    RO * 01 01 00

    RR 05 10 20

    RS 05 07 09

    SC 05 05 05

    SE 05 10 17

    SP 05 16 13

    Comit Gestor do SBM 05 08 12

    Total 116 186 319

    * Nesse caso, o estado no apresentou as propostas no formato de diretrizes/estratgias e aes em relao aos eixos.

  • 27

    Metodologia dos minifruns:

    Divididos em nove minifruns setoriais, os participantes debateram, durante dois dias, propostas de diretrizes relativas aos nove temas transversais.

    De acordo com a metodologia adotada , cada minifrum setorial se dividiu em subgrupos, relat ivos aos temas transversais que seriam discut idos nos respect ivos dias de trabalho.

    Fase I - Processo de elaboraoOs integrantes reuniram-se em subgrupos,

    em crculo externo, e elaboraram diretrizes por tema transversal e escolheram seus relatores para apresentao das diretrizes na fase seguinte.

    Fase II - Processo de seleoOs relatores de cada subgrupo reuniram-se

    em um crculo interno, para apresentao das diretrizes e seleo de uma diretriz por tema transversal, bem como para a mediao do dissenso,

    quando necessrio. Uma das cadeiras do crculo interno ficava vazia para que os demais participantes se candidatassem a par t ic ipar do processo.

    Fase III - Processo de detalhamento das diretrizes

    Os integrantes retomaram suas atividades nos subgrupos, crculo externo, e complementaram as propostas com o detalhamento das estratgias, aes e metas para cada diretriz aprovada na fase II.

    Fase IV - Processo de apresentao e validao das propostas

    Em plenria, foram definidas as 9 propostas de cada minifrum setorial, uma para cada tema transversal.

    A s p ro p o s t a s d i s c u t i d a s p e l o s e i xo s setoriais foram aprovadas em cada minifrum e, de acordo com o Regimento Interno do 4o FNM, foram inseridas na ntegra no PNSM.

    Etapaanterior ao

    4 FNM

    4 Frum Nacional de

    Museus

    Plenrias Estaduais:Cada Plenria elegeu cinco diretrizes, uma

    para cada eixo estruturante da II CNC.

    Miniplenrias nacionais:Discusso e aprovao das

    propostas encaminhadas pelasplenrias estaduais e pelo

    Comit Gestor do SBM. Cincominiplenrias divididas por Eixo

    Estruturante da II CNC.

    Minifruns setoriais:Cada um dos 9 setores

    elaborou uma diretriz para cadaum dos 9 temas transversais.

    PNSM

    Plenria Nacional:Apresentaes e defesas do

    conjunto das diretrizes de cadaminiplenria, seguidas de

    votao de 5 diretrizes prioritrias para cada Eixo

    Estruturante da II CNC.

    Contribuies do Comit Gestor do SBM:

    Cinco diretrizes paracada eixo estruturante

    da II CNC.

    Foram desenvolvidas metodologias de trabalho especficas para cada uma dessas instncias deliberativas, a saber:

    O resultado das plenrias estaduais subsidiou o trabalho dos participantes do 4o FNM, nos minifruns e nas miniplenrias:

  • 28

    Metodologia das miniplenrias:Divididos em cinco miniplenrias, os participantes

    debruaram-se, durante um dia, sobre as propostas oriundas das plenrias estaduais e do Comit Gestor do SBM e apresentadas no Caderno de Sistematizao de Propostas que foi distribudo a todos os inscritos no 4o FNM.

    A coordenao dos trabalhos nas plenrias ficou por conta da equipe composta de diretores e de tcnicos de diferentes reas do Ibram, com o apoio de facilitadores e estudantes de museologia da Universidade de Braslia. De acordo com a metodologia adotada, cada miniplenria submeteu as diretrizes dos respectivos eixos estruturantes apreciao dos participantes, podendo ser aprovadas com ou sem ressalvas.

    Ao final, os participantes de cada miniplenria elegeram, por meio de votao, at 15 diretrizes a serem apresentadas na plenria nacional bem como o(s) relator(es) para a apresentao e defesa dessas diretrizes na referida plenria nacional.

    J nas miniplenrias, foram elaboradas e aprovadas propostas para cada eixo estruturante, a saber:

    Minifruns setoriais

    Propostas aprovadas

    Eixos setoriais Diretrizes Estratgias Aes

    Museus de arte 09 18 34

    Museus de

    histria09 18 36

    Museus de cul-

    turas militares09 18 36

    Museus de

    cincias e

    tecnologia

    09 18 35

    Museus etno-

    grficos09 17 35

    Museus arqueo-

    lgicos09 18 35

    Museus

    comunitrios e

    ecomuseus

    09 18 35

    Museus da

    imagem e do

    som e de novas

    tecnologias

    09 18 36

    Arquivos e

    bibliotecas de

    museus

    09 18 34

    Total 81 161 316

    Miniplenrias

    Propostas aprovadas

    Eixos estrutu-

    rantesDiretrizes Estratgias Aes

    Eixo 1 12 32 72

    Eixo II 12 24 43

    Eixo III 15 38 49

    Eixo IV 15 31 55

    Eixo V 05 19 28

    Total 59 144 247

    Metodologia da plenria nacional:Na plenria nacional, foram feitas as apresentaes e

    defesas do conjunto das diretrizes de cada miniplenria, seguidas de votao das 05 diretrizes prioritrias para cada eixo estruturante da II CNC.

  • 29

    Propostas Prioritrias

    As propostas construdas durante as plenrias estaduais, bem como as contribuies do Comit Gestor do SBM, foram discutidas nas miniplenrias durante o 4o FNM. A seguir, esto dispostas as diretrizes aprovadas na II Conferncia Nacional de Cultura e as diretrizes prioritrias aprovadas em Plenria Nacional durante o 4o FNM, referentes a cada um dos cinco eixos estruturantes da II CNC.

    EIxo I ProDUo SIMblICA E DIVErSIDADE CUlTUrAl

    II Conferncia Nacional de Cultura

    Diretriz Asseguraroregistroeavalorizaodamemriadosdiferentesgrupossociais,fortalecendoegarantindo

    a manuteno dos museus, espaos e centros culturais, com nfase em comunidades menos favorecidas.

    4FNM - Plenria nacional

    Diretrizes prioritrias Assegurar fomentoparapesquisasquecontemplemaproduosimblica, adiversidadeculturalno

    espao museolgico e para o desenvolvimento de aes educativo-culturais e formao na rea dos museus. Estabelecer contnua interlocuo cultural de carter fronteirio entre os pases sul-americanos,

    valorizando as manifestaes artsticas, histricas e sociais, levando em conta realidades locais de formao e desenvolvimento para reflexo, intercmbio de experincias e divulgao de aes de preservao.

    Estabelecer e ampliar polticas culturais voltadas para o campomuseolgico nas esferasmunicipal,

    estadual e federal que atendam s demandas de estruturao e formao em museus, por meio de convnios e parcerias com instituies pblicas, privadas e comunitrias.

    Fomentare aprofundar tericaemetodologicamenteapesquisa sobreadocumentaoeoacervo

    museolgicos. Promoveregarantiraidentificaoeoregistrodememrias,manifestaesculturais,saberesefazeres

    dos diferentes segmentos sociais priorizando pequenas comunidades com nfase na cultura tnica e popular e comunidades indgenas, afro-descendentes, valorizando o patrimnio imaterial brasileiro.

  • 30

    EIxo II CUlTUrA, CIDADE E CIDADANIA

    II Conferncia Nacional de Cultura

    Diretriz Ampliar,qualificaremelhoraroinvestimentonosquadrosdeprofissionaisdaaoeducativaedoservio

    sociocultural dos museus e demais espaos de memria.

    4 FNM - Plenria Nacional

    Diretrizes prioritrias Estabelecerumapolticadeacessibilidadeuniversalparamuseusecentrosculturais.

    Estabeleceroespaodomuseucomomecanismodinmicoderefernciaculturalparaascidades,como

    um bem simblico necessrio para a afirmao de identidades, valorizando a memria e os saberes, promovendo a integrao das comunidades locais.

    Fomentararelaomuseu-comunidade,atravsdoincentivocriaodemuseusdedicadosmemria

    comunitria. Ampliarefortalecerafunosocialdosmuseusreconhecendoeidentificandoarelaoentrecolees,

    comunidade, cidade, rede de pesquisa e cooperao tcnica, fortalecendo a manifestao das identidades. Desenvolverprogramasdeapoiorevitalizaoeadequaodeusodeespaospblicosociosospara

    que sejam utilizados por programas museais.

    EIxo III - CUlTUrA E DESENVolVIMENTo SUSTENTVEl

    II Conferncia Nacional de Cultura

    Diretriz Promover polticas pblicas que garantam a gestomuseal e o acesso amecanismos de fomento e

    financiamento direcionados para a diversidade e o patrimnio cultural, os direitos humanos e a cidadania, integrando a economia, a museologia, a educao, a arte, o turismo e a cincia e tecnologia, visando ao desenvolvimento local e regional, bem como sustentabilidade cultural e ambiental.

    4 FNM - Plenria Nacional

    Diretrizes prioritrias Garantiratransformaodosstiospaleontolgicosearqueolgicosemmuseusdeterritrio,como

    forma de preserv-los e propiciar a gerao de renda para as comunidades do entorno aprovada na plenria do 4o FNM.

  • 31

    Estimular o desenvolvimento do turismo sustentvel pormeio do reconhecimento, valorizao e

    fortalecimento da identidade cultural local, incluindo a capacitao de pessoal para o atendimento ao turista, adaptao dos espaos museais e de memria, de forma a atender aos visitantes, inclusive portadores de deficincia, contribuindo para o desenvolvimento e a incluso social e econmica da comunidade.

    Fortalecer,ampliaredemocratizarasformasdeobtenoderecursoseinstituirosmecanismoslegais

    necessrios para o uso dos recursos prprios obtidos por meio de bilheteria, doaes e servios prestados. Promover polticas pblicas em mbito federal, estadual emunicipal, direcionadas s aesmuseais

    que garantam o fomento de aes de divulgao, valorizao, preservao e difuso dos diferentes tipos de manifestaes culturais, associando estas aes sustentabilidade cultural, ambiental e econmica.

    Assegurar que osmuseus e espaos dememria sejam importantes ferramentas de educao,

    conscientizao e aes transversais de desenvolvimento cultural, social e econmico, regional e local.

    EIxo IV CUlTUrA E ECoNoMIA CrIATIVA

    II Conferncia Nacional de Cultura

    Diretriz Fomentararelaomuseu-comunidade,considerandoafunosocialdosmuseus,produzindonovas

    perspectivas de gerao de renda pautadas em produtos e servios que aproveitem potencialidades, saberes e fazeres. Nesse sentido, criando o Fundo Setorial de Museus em mbito Federal, Estadual, Municipal e Distrital voltado para entidades governamentais e no governamentais, a fim de garantir a sustentabilidade de seus planos museolgicos, plurianuais e destacando a manuteno dessas instituies.

    4 FNM - Plenria Nacional

    Diretrizes prioritrias CriarFundosSetoriaisdeMuseusemmbito federal,estadual,distritalemunicipalpara fomentara

    relao museu-comunidade, produzindo novas perspectivas de gerao de renda para comunidade e receita para os museus, pautadas em produtos e servios que aproveitem potencialidades, saberes e fazeres.

    Asseguraraparticipaodeassociaesjuntoaosmuseuseespaosdememriademodoagarantira

    sustentabilidade destas instituies. Ampliaraspolticasdeeditaisdareademuseus,adequando-assdiversidadesregionais,possibilitando

    maior descentralizao dos recursos, estabelecendo o reconhecimento do custo amaznico. Ampliarparceriasentreosmuseuseosetorturstico,propiciandoaincluso,orespeitoeavalorizao

    da diversidade cultural. Conscientizaredivulgarafunodomuseucomoagenteativodacadeiaprodutivadacultura,capazde

    gerar e estimular a capacidade criativa de futuras geraes.

  • 32

    EIxo V GESTo E INSTITUCIoNAlIDADE DA CUlTUrA

    II Conferncia Nacional de Cultura

    Diretriz GarantiracontinuidadedaPolticaNacionaldeMuseuseaimplantaodoEstatutodeMuseus,respeitando

    a diversidade regional, com a ampliao dos investimentos na rea.

    4 FNM - Plenria nacional

    Diretrizes prioritrias FortaleceroSistemaBrasileirodeMuseus,consolidando-ocomosistemadeparticipaosocialnagesto

    da poltica pblica para museus, integrado com o Sistema Nacional de Cultura. Promoveracriaoderedesdeintegraodosmuseuscomaparticipaodopoderpblico,como

    objetivo de fortalecer e ampliar o campo de ao dos mecanismos de desenvolvimento museolgico. Fomentaracapacitaodeprofissionaisqueatuamemmuseusnasreastcnicaseadministrativasede

    outros agentes locais para a modernizao e revitalizao dos museus. Fortaleceraspolticaspblicasparamuseusemmbitomunicipal,estadualedistrital.

  • 33

    Propostas por Temas TransversaisDurante o 4o FNM, o setor museal foi dividido em eixos setoriais (museus de arte; museus de histria;

    museus de culturas militares; museus de cincias e tecnologia; museus etnogrficos; museus arqueolgicos; museus comunitrios e ecomuseus; museus da imagem e do som e de novas tecnologias; arquivos e bibliotecas de museus), cujos representantes se reuniram em minifruns, elegendo uma proposta para cada um dos seguintes temas transversais:

    a) Gesto museal;b) Preservao, aquisio e democratizao de acervos;c) Formao e capacitao;d) Educao e ao social;e) Modernizao e segurana;d) Economia dos museus;e) Acessibilidade e sustentabilidade ambiental;f) Comunicao e exposies; eg) Pesquisa e inovao.

    A seguir, as diretrizes construdas nos minifruns so apresentadas separadamente por tema transversal.

    Propostas de diretrizes por tema transversal, em relao aos Eixos Setoriais:

    GESTo MUSEAl

    Museus de arte

    Diretriz: Fomentar polticas pblicas que assegurem a execuo dos planos museolgicos nas instituies.

    Museus de histria

    Diretriz: Assegurar e fortalecer a existncia dos museus de histria como locais de reflexo crtica sobre a histria representada e a ser representada, garantindo a coerncia da misso institucional.

    Museus de culturas militares

    Diretriz: Aprimorar a gesto museal.

    Museus de cincias e tecnologia Diretriz: Fortalecer a gesto museal por meio do desenvolvimento pleno das atividades-fim dos museus, com

    foco na capacitao de gestores e atualizao de profissionais das instituies, bem como valorizar o patrimnio relacionado cincia e tecnologia.

  • 34

    Museus etnogrficos

    Diretriz: Garantir o desenvolvimento de processos e metodologias de gesto participativa nos museus.

    Museus arqueolgicos

    Diretriz: Ampliar a legislao com os procedimentos especficos de musealizao do patrimnio arqueolgico escavado ou in situ.

    Museus comunitrios e ecomuseus

    Diretriz: Assegurar o desenvolvimento dos museus comunitrios e ecomuseus e Pontos de Memria por meio da participao das comunidades locais na gesto museal e da alocao de verbas pblicas.

    Museus da imagem e do som e de novas tecnologias

    Diretriz: Garantir o aparato organizacional (gesto, recursos humanos e logsticos) de modo a dar suporte efetivao das aes museolgicas.

    Arquivos e bibliotecas de museus

    Diretriz: Instituir a gesto integrada nos museus, afirmando a colaborao entre os diversos setores tcnicos e uma compreenso no hierarquizada dos acervos (arquivstico, bibliogrfico e museolgico).

    PrESErVAo, AqUISIo E DEMoCrATIzAo DE ACErVoS

    Museus de arte

    Diretriz: Implantar uma poltica de democratizao de acervo que garanta sua salvaguarda e novas aquisies, tendo como horizonte a renovao da produo simblica e da diversidade cultural.

    Museus de histria

    Diretriz: Assegurar a implantao de uma poltica nacional de preservao, aquisio e democratizao dos acervos museolgicos dos museus de histria que garantam o acesso da sociedade ao seu patrimnio cultural.

    Museus de culturas militares

    Diretriz: Implementar mecanismos que promovam as polticas de aquisio, preservao e democratizao de acervos.

    Museus de cincias e tecnologia

    Diretriz: Estabelecer padres e procedimentos de preservao das diferentes tipologias de acervos cientfico-tecnolgicos e histrico-cientficos.

  • 35

    Museus etnogrficos

    Diretriz: Potencializar a dimenso informacional e comunicacional de acervos etnogrficos.

    Museus arqueolgicos

    Diretriz: Fomentar a criao de uma poltica de Estado para musealizao de patrimnio arqueolgico.

    Museus comunitrios e ecomuseus

    Diretriz: Garantir polticas pblicas que permitam a apropriao pela comunidade dos acervos de museus comunitrios, ecomuseus e Pontos de Memria, e a consequente difuso destes.

    Museus da imagem e do som e de novas tecnologias

    Diretriz: Criar bases para a preservao, aquisio, democratizao e compartilhamento de informaes sobre acervos museolgicos.

    Arquivos e bibliotecas de museus

    Diretriz: Garantir que no plano museolgico os arquivos e bibliotecas sejam contemplados nas polticas de preservao, aquisio e comunicao de bens culturais, permitindo a incluso dos diversos segmentos e movimentos sociais, como forma de ampliar as possibilidades de construo da memria.

    ForMAo E CAPACITAo

    Museus de arte

    Diretriz: Elaborar e/ ou ampliar um programa nacional de formao continuada e itinerante promovido pelo Ibram, como foco transdisciplinar para os museus de arte.

    Museus de histria

    Diretriz: Garantir a implantao de um programa nacional de formao profissional (qualificao e capacitao), capaz de suprir as carncias e demandas das instituies pblicas e privadas e garantir a valorizao do profissional de museu e a qualidade dos servios prestados.

    Museus de culturas militares

    Diretriz: Promover a formao/capacitao de profissionais que atuam nas reas tcnicas atinentes aos museus.

    Museus de cincias e tecnologia

    Diretriz: Articular um programa nacional de formao e capacitao de profissionais para atuao em museus de cincia e tecnologia, em todos os nveis.

  • 36

    Museus etnogrficos Diretriz: Fomentar a cooperao entre profissionais de museus (inclusive em formao) e os detentores do

    patrimnio, para a gesto dos processos museolgicos dentro e fora dos museus de antropologia.

    Museus arqueolgicos

    Diretriz: Promover aes de integralizao de contedos sobre a gesto do patrimnio arqueolgico na formao e capacitao de profissionais que atuam neste campo.

    Museus comunitrios e ecomuseus

    Diretriz: Fortalecer sistema de formao e capacitao, terica e tcnica, das equipes e gestores dos museus comunitrios, ecomuseus e Pontos de Memria.

    Museus da imagem e do som e de novas tecnologias

    Diretriz: Fomentar pesquisas e qualificar profissionais dos MIS para promover a incluso dos diferentes pblicos.

    Arquivos e bibliotecas de museus

    Diretriz: Promover um programa de capacitao, atualizao e treinamento de carter interdisciplinar, voltado aos profissionais lotados em arquivos e bibliotecas de museus, de forma a proporcionar aes e prticas colaborativas e cooperativas em museus.

    EDUCAo E Ao SoCIAl

    Museus de arte

    Diretriz: Elaborar e/ou ampliar um programa nacional de formao continuada e itinerante promovido pelo Ibram, com foco transdisciplinar para os museus de arte.

    Museus de histria

    Diretriz: Garantir que cada instituio possua setor educativo, com a mesma equivalncia apontada no organograma para os demais setores tcnicos do museu, composto por uma equipe qualificada e multidisciplinar, que tenha definido um projeto pedaggico que fomente a relao museu-sociedade, assegurando seu status de ferramenta educacional para o desenvolvimento social.

    Museus de culturas militares

    Diretriz: Incentivar visitas escolares aos diversos tipos de museus com o propsito de desenvolver a mentalidade cultural.

  • 37

    Museus de cincias e tecnologia

    Diretriz: Fomentar o desenvolvimento de aes educativas externas e internas s instituies museolgicas de cincia e tecnologia, para que estas atuem como instrumentos de transformao e incluso social.

    Museus etnogrficos Diretriz: Implantar e fomentar polticas institucionais que promovam a interculturalidade atravs das aes

    educativas e sociais.

    Museus arqueolgicos

    Diretriz: Fomentar polticas pblicas de educao patrimonial arqueolgica para diferentes grupos sociais nas esferas municipal, estadual e federal.

    Museus comunitrios e ecomuseus

    Diretriz: Estimular, fomentar e assegurar aes socioeducativas que ampliem o conceito e a prtica da educao vigente e valorizem o saber popular, considerando as potencialidades, especificidades e diversidades dos territrios socioculturais e ambientais.

    Museus da imagem e do som e de novas tecnologias

    Diretriz: Fortalecer a relao museu e sociedade garantindo a funo educacional e social dos museus por meio da familiarizao e utilizao dos meios tecnolgicos.

    Arquivos e bibliotecas de museus

    Diretriz: Articular e incentivar a participao dos Arquivos e das Bibliotecas nas atividades educativas do museu, garantindo a insero destes espaos no desenvolvimento e fortalecimento da funo social das instituies museolgicas.

    MoDErNIzAo E SEGUrANA

    Museus de arte

    Diretriz: Implementar programas de modernizao de museus de artes para garantir a salvaguarda do seu ambiente, do acervo e da relao com a comunidade.

    Museus de histria

    Diretriz: Garantir a instalao e a permanente modernizao de equipamentos e novas tecnologias, com nfase no sistema de segurana, assim como na atualizao dos profissionais dos museus de histria nas referidas reas.

  • 38

    Museus de culturas militares

    Diretriz: Implantar a modernizao dos planos de segurana orgnica especficos para museus.

    Museus de cincias e tecnologia Diretriz: Criar um programa nacional de modernizao e adequao da segurana dos museus de cincias e

    tecnologia.

    Museus etnogrficos Diretriz: Garantir que as aes e projetos de modernizao e segurana dos museus estejam associados s

    questes da acessibilidade e da gesto participativa.

    Museus arqueolgicos

    Diretriz: Elaborar um plano nacional de segurana de museus.

    Museus comunitrios e ecomuseus

    Diretriz: Assegurar recursos materiais e humanos, nas polticas pblicas, para promover a incluso tecnolgica e qualidade de vida local como condies de modernidade e segurana nos museus comunitrios, ecomuseus e Pontos de Memria.

    Museus da imagem e do som e de novas tecnologias

    Diretriz: Fomentar infra-estrutura e recursos humanos para modernizao e segurana.

    Arquivos e bibliotecas de museus

    Diretriz: Incentivar programas de segurana e modernizao dos museus que contemplem sistemas integrados de inventrio e controle dos acervos das bibliotecas e arquivos.

    ECoNoMIA DoS MUSEUS

    Museus de arte

    Diretriz: Promover a democratizao da cadeia produtiva da arte cultura, de forma a garantir o desenvolvimento sustentvel de seus museus, a fim de fomentar sua vocao e misso como espaos de produo de conhecimento e interao social, estimulando a gerao de trabalho, renda e novos acervos.

    Museus de histria

    Diretriz: Implantar polticas de fomento e financiamento especficas para os museus de histria, incentivando a participao da iniciativa privada.

  • 39

    Museus de culturas militares

    Diretriz: Fortalecer e ampliar as formas de obteno de recursos.

    Museus de cincias e tecnologia Diretriz: Ampliar as fontes de recursos dos museus e incrementar a participao das instituies museolgicas

    na economia da rea onde elas estiverem inseridas.

    Museus etnogrficos Diretriz: Propor mudanas na legislao que permitam a ampliao das fontes de recursos dos museus.

    Museus arqueolgicos

    Diretriz: Implantar e organizar indicadores que permitam atender diferentes modelos de museus de arqueologia na perspectiva da economia de museus.

    Museus comunitrios e ecomuseus

    Diretriz: Promover polticas pblicas que reconheam e assegurem a funo social dos museus comunitrios, ecomuseus e Pontos de Memria e que garantam o financiamento regular nos mbitos federal, estadual, municipal e distrital e incentivem a participao popular.

    Museus da imagem e do som e de novas tecnologias

    Diretriz: Dotar os museus de recursos financeiros para o seu pleno funcionamento.

    Arquivos e bibliotecas de museus

    Diretriz: Garantir poltica ampla de financiamento, envolvendo as esferas federal, estadual e municipal, focada no tratamento de acervos arquivsticos e bibliogrficos em museus.

    ACESSIbIlIDADE E SUSTENTAbIlIDADE AMbIENTAl

    Museus de arte

    Diretriz: Garantir a acessibilidade fsica, social, informacional e esttica a todos os tipos de pblico aos museus de arte, compreendendo este fator como de importncia para a sustentabilidade socioambiental.

    Museus de histria

    Diretriz: Assegurar medidas eficazes de acessibilidade aos museus e s informaes museolgicas, incluindo informaes conscientizadoras sobre desenvolvimento sustentvel e sua relao/integrao com o meio ambiente, para todo e qualquer tipo de pblico.

  • 40

    Museus de culturas militares

    Diretriz: Ampliar a acessibilidade e a sustentabilidade ambiental dos museus.

    Museus de cincias e tecnologia

    Diretriz: Estabelecer polticas de incentivo acessibilidade e sustentabilidade ambiental em museus.

    Museus etnogrficos

    Diretriz: Garantir o desenvolvimento de aes voltadas para a acessibilidade em museus que promovam a interculturalidade.

    Museus arqueolgicos

    Diretriz: Fortalecer e incentivar os museus de arqueologia a atuarem de forma dinmica, intra e extramuros, com acervos, stios e reas de forma participativa e sustentvel.

    Museus comunitrios e ecomuseus

    Diretriz: Assegurar polticas inclusivas com programas de acessibilidade que considerem os limites fsicos, simblicos e cognitivos, alm da sustentabilidade ambiental local e regional.

    Museus da imagem e do som e de novas tecnologias

    Diretriz: Transformar tais museus em unidades exemplares em acessibilidade e sustentabilidade ambiental, tornando-os referncia.

    Arquivos e bibliotecas de museus

    Diretriz: Garantir a acessibilidade fsica e virtual, ampliando a disseminao da informao do patrimnio cultural nacional de forma sustentvel, que integrem os acervos arquivsticos e bibliogrficos dos museus.

    CoMUNICAo E ExPoSIES

    Museus de arte

    Diretriz: Assegurar a promoo do museu de arte em todas as suas aes e democratizar a exposio como ferramenta de integrao com a comunidade e o espao museal.

    Museus de histria

    Diretriz: Assegurar a implantao de um plano de comunicao e fomentar mecanismos que possibilitem montagens de exposies que contemplem o dilogo eficiente entre o museu e a comunidade.

  • 41

    Museus de culturas militares

    Diretriz: Ampliar e diversificar a comunicao com o pblico e adequar as exposies para melhor divulgao cultural.

    Museus de cincias e tecnologia

    Diretriz: Qualificar as aes de comunicao e exposio dos museus de cincia e tecnologia por meio da crescente promoo da profissionalizao destas atividades.

    Museus etnogrficos

    Diretriz: Fomentar processos de comunicao horizontal entre as instituies museolgicas e os grupos sociais nelas representados.

    Museus arqueolgicos

    Diretriz: Assegurar no Plano Nacional Setorial de Museus que as estratgias de comunicao dos museus de arqueologia priorizem a difuso de informaes atualizadas por meio de diferentes aes.

    Museus comunitrios e ecomuseus

    Diretriz: Criar e assegurar uma poltica de fortalecimento dos processos de comunicao e de exposio dos ecomuseus, museus comunitrios e Pontos de Memria.

    Museus da imagem e do som e de novas tecnologias

    Diretriz: Fomentar a infra-estrutura e os recursos humanos para comunicao e exposies.

    Arquivos e bibliotecas de museus

    Diretriz: Assegurar a participao dos profissionais de arquivos e bibliotecas de museus no processo de comunicao museal.

    PESqUISA E INoVAo

    Museus de arte

    Diretriz: Reconhecer o museu de arte como ambiente transdisciplinar para pesquisa e criao.

    Museus de histria

    Diretriz: Assegurar que os museus de histria cumpram sua funo social como lugar de produo, sistematizao e difuso do conhecimento histrico, estimulando novos mtodos de pesquisa desenvolvidos no mbito da educao, do acervo, da histria e do pblico.

  • 42

    Museus de culturas militares

    Diretriz: Implementar a pesquisa e a inovao visando ao incremento do conhecimento e sua divulgao.

    Museus de cincias e tecnologia

    Diretriz: Estimular e reconhecer a produo de conhecimento museolgico sobre o patrimnio cultural-cientfico.

    Museus etnogrficos

    Diretriz: Fomentar a pesquisa e inovao nos museus etnogrficos.

    Museus arqueolgicos

    Diretriz: Fomentar a pesquisa arqueolgica e a inovao para enriquecer a produo do conhecimento e a comunicao museal em prol da sociedade.

    Museus comunitrios e ecomuseus

    Diretriz: Democratizar o processo de produo de pesquisa nos museus comunitrios, ecomuseus e Pontos de Memria.

    Museus da imagem e do som e de novas tecnologias

    Diretriz: Fomentar infraestrutura e recursos humanos para pesquisa e inovao.

    Arquivos e bibliotecas de museus

    Diretriz: Implantar um observatrio para mapeamento de pesquisas cientficas e monitoramento do uso de tecnologias da informao e comunicao - TICs em arquivos e bibliotecas de museus no mbito do Ibram.

  • 43

    EIXO

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    s propostas das diretrizes, estratgias, aes e metas apresentadas neste documento foram resultado das am-plas discusses no mbito do setor museal. O Plano Nacional Setorial de Museus (PNSM) ir compor o Plano Na-cional de Cultura (PNC) e decorrncia das discusses realizadas para a II Conferncia Nacional de Cultura II

    CNC, bem como do seu conjunto de reunies setoriais particularmente, da 1 Pr-Conferncia de Museus e Memrias.

    O PNSM foi construdo pelo setor museal em julho de 2010 durante o 4 Frum Nacional de Museus 4 FNM, aps o qual foram sugeridas adequaes s metas quantitativas e temporais aprovadas para as aes previstas no documento.

    O documento revisado foi submetido a consulta pblica no ms de novembro de 2010, levan-do-se sempre em conta o carter colaborativo e participativo na elaborao das diretrizes do Plano.

    Segue o texto completo, fruto das inmeras contribuies e da participao dos representantes do setor.

    Oxal o Plano Nacional Setorial de Museus seja fonte de inspirao e contribua para novas prticas e novas reflexes.

    O PLANO NACIONAL SETORIAL DE MUSEUS

    A

  • 44

    DirEtriz 01 : Assegurar fomento para pesquisas que contemplem a produo simblica, a diversidade cultu-ral no espao museolgico e para o desenvolvimento de aes educativo-culturais e formao na rea dos museus.

    Estratgia 01:Formarequalificarprofissionaisaptospara o desenvolvimento das aes.

    Aes:

    Criarassessoriasetreinamentosaequipes(exis-tentes e novas) de pesquisa interdisciplinares nos museus para o desenvolvimento de mapeamento, inventrio e valorizao da produo simblica, da potica (canto, msica, poesia e outras oralidades), da cultura do corpo e da cultura material de matri-zes afro-brasileira, indgena e de imigrantes, visan-do a sua preservao nos museus e divulgao em CDs, DVDs, sites, livros, revistas (online e impres-sas) e audiovisuais.

    Meta quantitativa: 02 treinamentos.

    Meta temporal: 05 anos.

    Desenvolverosetordepesquisasmuseolgicas,de-finindocotasdebolsasdeestudosemnveldeps-

    graduao (especializao, mestrado e doutorado) para os funcionrios dos museus e outros interes-sados em atuar na rea.

    Meta quantitativa: 02 aes para oferta de bolsas

    por semestre.

    Meta temporal: 05 anos.

    Estratgia 02: Implantar poltica federal, estadual e municipal visando legitimao do educador no museu.

    Aes:

    Criar intercmbioparaa formaoeampliao

    de saberes de educadores para museus com insti-tuies educacionais em nvel de graduao e ps-graduao, visando ao desenvolvimento de projetos de educao para a diversidade cultural e patrimo-nial nos museus.

    Meta quantitativa: 02 programas de intercmbio

    por semestre.

    Meta temporal: 05 anos.

    ContratarpormeiodeconcursopblicoeCLTre-cursoshumanosqualificadosparatrabalharnarea

    de educao em museus.

    Meta quantitativa: Dispor de ao menos um pro-

    fissional por museu atuando na rea de educao,

    sempre que necessrio.

    Meta temporal: 05 anos.

    DirEtriz 02 : Incentivar o acesso ao patrimnio cul-tural integral, por meio das polticas pblicas, valorizando a diversidade cultural, de forma que a cultura seja con-siderada um direito social bsico e que o Estado seja o responsvel por incluir e propiciar o dilogo entre e com osprofissionaiseacomunidade.

    Estratgia 01: Reconhecer as diversas manifestaes culturais das regies, registrando e valorizando os dife-rentes grupos.

    Aes:

    Contratarequipeslocaiseregionaisinterdiscipli-naresparaidentificaodasdiversidades.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 05 anos, semestral.

    Capacitarcomunidadesnoreconhecimentoesig-nificaoculturais.

    Eixo I: Produo simblica e diversidade cultural

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  • 45

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 05 anos, trimestral.

    Estratgia 02: Modernizar a estrutura pblica e ampliar adisponibilizaoderecursosfinanceiros.

    Aes:

    Adequarasinstituiescommeioserecursoshu-manos.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    Estimularacriaodosfundosmunicipaiseesta-duais para museus, em articulao com o nacional.

    Meta quantitativa: Ao menos 01 iniciativa de difu-

    so por ano.

    Meta temporal: 10 anos, anualmente.

    DirEtriz 03 : Implementar polticas pblicas de pre-servao e difuso das diversas manifestaes e refe-rncias culturais, promovendo o acesso produo simblica e diversidade cultural dos municpios.

    Estratgia 01: Aprofundar a articulao entre o siste-ma estadual de museus e os municpios.

    Aes:

    Criaodeplosregionaisdeatendimentoaos

    municpios.

    Meta quantitativa: 100% dos estados com plos re-

    gionais criados.

    Meta temporal: 02 anos.

    Feiradeintercmbiobienaldaproduosimblica

    e da diversidade cultural.

    Meta quantitativa: Ao menos 01 feira estadual e

    uma nacional a cada 02 anos.

    Meta temporal: 10 anos.

    Estratgia 02: Elaborar uma rede de informaes da produo simblica.

    Aes:

    Identificarasmanifestaesculturaisnosmuni-cpios.

    Meta quantitativa: 50% dos municpios com inicia-

    tivas de identificao de manifestaes culturais.

    Meta temporal: 02 anos.

    Registrardadosrelativosaestasmanifestaes(co-letar,classificar,disponibilizar).

    Meta quantitativa: 50% dos municpios com iniciati-

    vas de registro das manifestaes culturais.

    Meta temporal: 02 anos.

    Estratgia 03:Identificar,nosmunicpios,manifesta-es culturais em estado de emergncia.

    Aes:

    Registrarestasmanifestaespormeiodedepoi-mentos orais e imagens.

    Meta quantitativa: 50% dos municpios com iniciati-

    vas de registro das manifestaes culturais.

    Meta temporal: 02 anos.

    Agruparasdiferentesmanifestaesemvdeos,ca-tlogos e exposies itinerantes.

    Meta quantitativa: 01 produto de difuso a cada

    02 anos.

    Meta temporal: 10 anos.

    Estratgia 04: Criar mecanismos de estmulo produ-o e difuso, por meio do registro e da valorizao da memria de diferentes grupos sociais, do dilogo entre eles e da democratizao da informao.

    Aes:

    Identificarecatalogarobjetosecoleesqueabran- EIX

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  • 46

    gem diferentes temticas relacionadas a conheci-mentos tradicionais e de obras de arte sob domnio pblico para a insero em um banco de dados dis-ponibilizado na internet.

    Meta quantitativa: 50% dos municpios com inicia-

    tivas de identificao e catalogao de objetos e

    colees.

    Meta temporal: 02 anos.

    Produzircatlogosimpressoseprodutosaudio-visuais das manifestaes de grupos detentores de conhecimentos tradicionais e de obras de arte sob domnio pblico que possam servir a pesquisa e di-fuso.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    Estratgia 05: Capacitar professores da rede pblica e particular de ensino fundamental e mdio para aes de valorizao e registro de memrias locais.

    Aes:

    Realizaroficinasparacapacitarosprofessores,tor-nando-os multiplicadores dos conhecimentos apre-endidos em seus locais de trabalho.

    Meta quantitativa: Ao menos 02 oficinas por se-

    mestre por estado.

    Meta temporal: 10 anos.

    Elaborarexposiesitinerantes,bemcomoorga-nizar apresentaes de manifestaes culturais nas escolas e nos espaos culturais, atribuindo-lhes ca-rter de material de apoio para que os professores capacitadospormeiodasoficinaspossamrealizar

    atividades educativas.

    Meta quantitativa: Ao menos 02 exposies e apre-

    sentaes por semestre por estado.

    Meta temporal: 10 anos.

    DirEtriz 04 : Fortalecer os museus como espaos de discusso, interao, pesquisa e conhecimento, levando em considerao a produo simblica e a diversidade cultural, garantindo, ainda, a participao efetiva da so-ciedade nos processos museais.

    Estratgia 01: Capacitar agentes da sociedade envol-vidos direta ou indiretamente com a instituio museal, afimdequesepossaasseguraraparticipaoefetivana

    difuso de suas produes simblicas.

    Aes:

    Promoveroficinaseworkshopsdecapacitaoe

    intercmbios entre as instituies museais.

    Meta quantitativa: 02 oficinas nacionais por semestre.

    Meta temporal: 10 anos.

    Estratgia 02: Promover a educao museal como for-ma de aproximao entre a instituio museal e a socie-dade envolvida no processo descrito na diretriz acima.

    Aes:

    Implementaraesconjuntasqueenvolvamedu-cao, turismo e cultura.

    Meta quantitativa: 01 frum anual por regio.

    Meta temporal: 10 anos.

    DirEtriz 05 : Promover a democratizao da institui-o museolgica, dos sistemas e das redes museais por meio da participao comunitria e de aes extramu-ros visando interao com os diversos grupos sociais: tnicos, tradicionais, populares e outros.

    Estratgia 01: Ampliar a interao dos museus com sua comunidade.

    Aes:

    Capacitarosagentesparaquepossibilitemainte-rao com a comunidade.EI

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  • 47

    Meta quantitativa: Quatro oficinas anuais por mi-

    crorregies.

    Meta temporal: 10 anos.

    Fomentarainserodosmuseusnoseumeio.

    Meta quantitativa: Elaborao e/ou atualizao dos

    inventrios municipais do patrimnio material e

    imaterial objeto da misso do museu.

    Meta temporal: Prazo mximo de dois anos.

    Estratgia 02: Registrar os bens culturais materiais e imateriais, objeto da misso do museu.

    Aes:

    Capacitarequipeparaasatividadesoperacionais

    (registrar,filmar,produzir,etc.).

    Meta quantitativa: Editais anuais de incentivo po-

    ltica de manuteno e ampliao de acervos.

    Meta temporal: 10 anos.

    Estruturarncleodedocumentaoeregistro(in-fraestrutura fsica e de equipamentos).

    Meta quantitativa: Editais pblicos anuais para im-

    plantao da poltica de fomento.

    Meta temporal: 10 anos.

    Estratgia 03: Formar e capacitar os diversos grupos de tradies populares de modo a inseri-los nas polticas do setor de museus, com o objetivo de divulgar os seus acervos no mbito federal, estadual e municipal.

    Aes:

    Assegurar,nooramentoanualdaspolticasdose-tordemuseus,osrecursosfinanceirosdemodoa

    garantir a criao e manuteno dos grupos de tra-dies culturais.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    Realizarpesquisassobreosgruposdetradies

    populares em comunidades carentes nos estados.

    Meta quantitativa: 01 pesquisa realizada.

    Meta temporal: 02 anos.

    Formarumbancodedadossobreosgrupospes-quisados.

    Meta quantitativa: Formao de banco de dados.

    Meta temporal: 02 anos.

    Estratgia 04: Promover os grupos de tradies cul-turais, dentre eles as comunidades quilombolas, utilizan-do as pesquisas realizadas nas referidas comunidades.

    Aes:

    DinamizarosSistemasdeMuseusutilizandoosdi-versos grupos de tradies populares.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    AsseguraraapresentaodosgruposdeTradi-es Culturais.

    Meta quantitativa: 100% dos sistemas estaduais in-

    corporando os grupos de Tradies Culturais nas

    suas programaes culturais.

    Meta temporal: 05 anos.

    Registraremdiferentesmdiasasaesrealiza-das nos Sistemas de Museus pertinentes aos grupos de tradies culturais, para serem disponibilizados aos museus.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    Estruturarumplanodedivulgaodasaesedu-cativas e culturais dos Sistemas de Museus.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    EIXO

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    rodu

    o

    sim

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    dive

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    Estratgia 05: Promover a incluso social.

    Aes:

    Desenvolverprogramasculturaisparatodaaco-munidade.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    Desenvolveraeseducativasvoltadascomuni-dade geral.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    Estratgia 06: Promover a acessibilidade de pessoas comdeficincia.

    Aes:

    Desenvolverprogramaseaeseducativasvolta-dasapessoascomdeficincia.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    Assegurarestruturafsicadainstituioapessoas

    comdeficincia.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    Estratgia 07: Atrair grupos sociais diferenciados para os museus.

    Aes:

    Criarnosmuseuspblicosumespaofsicopara

    apresentao das manifestaes culturais de grupos menos favorecidos e menos reconhecidos pelos po-deres pblicos.

    Meta quantitativa: Seleo anual de um museu em cada capital, cesso do espao para um grupo a cada dois meses, totalizando o atendimento de seis grupos por ano.

    Meta temporal: 10 anos.

    DirEtriz 06 : Promover o uso criativo e a apropria-o crtica e social do patrimnio museolgico.

    Estratgia 01: Implementar, em conjunto com o Mi-nistrio da Educao, a incluso nos Parmetros Curri-culares Nacionais - PCNs de contedos que tratem do uso educacional dos museus e dos patrimnios culturais nos currculos de ensino fundamental e mdio das redes pblica e privada.

    Aes:

    Elaborarmaterialdidticodeapoiopedaggicocom

    temtica voltada para a questo museolgica a ser relacionada a temas transversais dos PCNs.

    Meta quantitativa: 01 material de apoio pedaggico.

    Meta temporal: 02 anos.

    Produzirmaterialdidticodirecionadosinstitui-es educacionais.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    Estratgia 02: Democratizar os espaos museais para que sejam ferramentas estratgicas de representao da diversidade e pluralidade cultural.

    Aes:

    Promoveraintegraodosmuseuscomosseg-mentos culturais.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    Realizaroficinas,mini-cursos,palestrasesemin-rios para subsidiar a construo de conhecimento para o uso criativo dos museus.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    EIXO

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    DirEtriz 07 : Estabelecer e ampliar polticas cultu-rais voltadas para o campo museolgico nas esferas mu-nicipal, estadual e federal que atendam s demandas de estruturao e formao em museus, por meio de con-vnios e parcerias com instituies pblicas, privadas e comunitrias.

    Estratgia 01: Ampliar programas de pesquisa tcnico-cientficaentreinstituiesmuseaisecomunidadeslocais.

    Aes:

    Realizarprogramasdepesquisaqueviabilizeme

    valorizem a diversidade cultural na produo sim-blica regional.

    Meta quantitativa: 01 para cada unidade museal.

    Meta temporal: 10 anos.

    Estabelecermecanismosdeidentificaoedivul-gao, em diversos suportes e meios udio-visuais, dos saberes e fazeres das comunidades regionais e grupos sociais.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    Estratgia 02: Estabelecer e ampliar programas de produo e fruio dos bens culturais de carter simb-lico e artstico.

    Aes:

    Realizarprogramasdefomentoeproduoque

    viabilizem e valorizem a diversidade cultural na pro-duo simblica regional por meio de editais es-pecficos,mostras, feiras,exposieseatividades

    educativas e culturais.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    Desenvolverferramentasdedifuso,utilizandodi-versas formas de mdia no mbito local, regional e nacional, resultantes das produes realizadas pelas instituies museais dos estados.

    Meta quantitativa: Ao contnua.

    Meta temporal: 10 anos.

    DirEtriz 08 : Implantar programas que assegurem a manuteno dos museus e centros culturais existentes, com nfase nos territrios indgenas, quilombolas e de comunidades tradicionais, etc., dando visibilidade s cul-turas destes grupos sociais, de modo a contribuir para a difuso e o fortalecimento das suas manifestaes.

    Estratgia 01: Garantir a criao de editais anuais es-pecficosparaacriaoereestruturaodemuseusin-dgenas, quilombolas e de comunidades tradicionais, em mbito estadual e nacional, acompanhados de cursos de capacitao que garantam a participao efetiva das co-munidades tnicas e tradicionais nesses editais.

    Aes:

    Envidaresforosparaincluirnooramentoanu-al das Secretarias de Cultura (municipais e estadu-ais)edoIbram/MinCosrecursosfinanceirosparaa

    abertura dos editais.

    Meta quantitativa: Uma campanha semestral por

    meio de seus fruns tradicionais.

    Meta temporal: 10 anos.

    Estratgia 02: C