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SEMINÁRIO SAÚDE DA MULHERPIESC III
Alunos: Auro Eduardo A. Gonçalves Hugo Henrique R. de Almeida Jordian Jorge Pinheiro Lais Anita da Rocha Lima Lidiany Oxenford da Silva Marcos Venancio A. Ferreira Mariana Souza Santana Mateus Kist Ibiapino Tassila Oliveira Nery de Freitas
Instrutora: Sheylla Portela
PIESC Nossa Sra da Vitória I2
CÂNCER DE MAMA
A MAMA FEMININA4
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EPIDEMIOLOGIA O câncer de mama é a quinta maior causa de
morte por câncer em geral e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres.
No Brasil,o câncer de mama é o segundo câncer mais incidente em mulheres de todas as regiões, exceto na Região Norte (câncer do colo do útero). O primeiro é os tumores de pele não-melanoma.
O Brasil apresenta valores intermediários no padrão de incidência e mortalidade por câncer de mama, mas estes são crescentes.
EPIDEMIOLOGIA6
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FATORES DE RISCO Estão relacionados principalmente ao estímulo
estrogênico, seja endógeno ou exógeno, com aumento do risco quanto maior for o tempo de exposição.
Há aumento do risco nas mulheres com história de menarca precoce (menor que 12 anos), menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade e terapia de reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se prolongada por mais de cinco anos.
A obesidade, principalmente após a menopausa, é um fator de risco, sendo a atividade física um fator protetor.
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FATORES DE RISCO O risco é aumentado se houver exposição à
radiação ionizante antes dos 40 anos.
Também há aumento do risco com a ingestão moderada de álcool (até 30g/dia).
O tabagismo NÃO é considerado um fator de risco para o câncer de mama.
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FATORES DE RISCO Risco muito elevado:
Mulheres com história familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade.
Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ.
Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino.
Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária.
Duas fases
HISTÓRIA NATURAL DO CÂNCER DE MAMA
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Fase Pré-Clínica
Fase Clínica
HISTÓRIA NATURAL DO CÂNCER DE MAMA
Epitélio ductal normal
susceptívelHiperplasia
Epitelial Típica
Hiperplasia Epitelial Atípica
Carcinomas Intraductais ou Intralobulares
Carcinoma Invasor
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Fatores Genéticos ou Ambientais
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HISTÓRIA NATURAL DO CÂNCER DE MAMA
Disseminação principal acontece por via linfática.
Células malignas alcançam o linfonodo sentinela.
Células malignas nos linfonodos da cadeia axilar e da cadeia mamária internas.
Por fim, podem formar implantes tumorais metastáticos.
HISTÓRIA NATURAL DO CÂNCER DE MAMA
Principais sítios de metástase: ossos, pulmões, pleuras e pleura, fígado, cérebro, ovário e pele.
Geralmente cresce lentamente.
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS14
DETECÇÃO PRECOCE Manifestações Clínicas:
Nódulo palpável. Endurecimento da mama. Secreção mamilar. Eritema mamário. Edema mamário em "casca de laranja". Retração ou abaulamento. Inversão, descamação ou ulceração do mamilo. Linfonodos axilares palpáveis.
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DIAGNÓSTICO PRECOCE No diagnóstico precoce são identificadas pessoas
com sinais e sintomas da doença, enquanto no rastreamento buscasse identificar lesões sugestivas da doença em uma população sem sinais e sintomas (WHO, 2007).
Estratégia de diagnóstico precoce: educação da mulher e dos profissionais de saúde para o reconhecimento dos sinais e sintomas do câncer de mama, assim como o acesso rápido e facilitado aos serviços de saúde.
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RASTREAMENTO Programas efetivos de rastreamento = Redução
da mortalidade.
Estratégia adotada exame de MAMOGRAFIA!
Exame clínico das mamas como método de rastreamento, em locais sem rastreamento mamográfico, tem sido alvo de pesquisas e há alguma evidência de que seja responsável pela detecção de considerável proporção de casos.
Apesar da insuficiência de evidências, a RM tem sido utilizada em conjunto com a mamografia em pacientes de alto risco.
RASTREAMENTO Riscos da oferta de exames
de mamografia à população assintomática: Indução do CA de mama por
radiação; Falso-positivos; Maior ansiedade nas
mulheres; Sobrediagnóstico e
sobretratamento de lesões malignas de comportamento indolente.
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RASTREAMENTO19
Tabela - População-alvo e periodicidade dos exames no rastreamento de câncer de mama
População - alvo Periodicidade dos exames de rastreamento
Mulheres de 40 a 49 anos ECM anual, e se alterado, mamografia
Mulheres de 50 a 69 anos ECM anual e mamografia a cada dois anos
Mulheres de 35 anos ou mais com
risco elevado
ECM e mamografia anual
Fonte: (INCA, 2004)
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PARTICIPAÇÃO DA MULHER Política de alerta à saúde das mamas
ORIENTAR A
POPULAÇÃO
FEMININA
PRINCIPAIS
SINAIS DO CA
DE MAMA
DETECÇÃO
PRECOCE
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PARTICIPAÇÃO DA MULHER Sinais de alerta:
Nódulo ou espessamento que pareçam diferentes do tecido das mamas;
Mudança no contorno das mamas (RETRAÇÃO OU ABAULAMENTO);
Desconforto ou dor em uma única mama que seja persistente;
Mudanças no mamilo(RETRAÇÃO E DESVIO); Secreção espontânea pelo mamilo,
principalmente se for unilateral.
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EXAME CLÍNICO DAS MAMAS Inspeção Estática e Dinâmica
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EXAME CLÍNICO DAS MAMAS Inspeção Dinâmica
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EXAME CLÍNICO DAS MAMAS Palpação
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MÉTODOS DE IMAGEM Rastreamento Detectar precocemente o câncer de mama, para permitir:
Tratamento menos radical Melhorar a qualidade de vida Reduzir as taxas de mortalidade e morbidade Reduzir gastos no tratamento de mama, para
permitir tratamento menos radical, melhorar a qualidade de vida, reduzir as taxas de mortalidade e morbidade e reduzir gastos no t
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MÉTODOS DE IMAGEM Diagnóstico
FINALIDADE: Confirmar ou não a suspeita de câncer a partir dos sinais detectados no exame clínico, dos sintomas referidos pela paciente ou dos exames de rastreamento alterados.
MÉTODOS: 1) Mamografia 2) Ultrassonografia 3) Ressonância Magnética
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MÉTODOS DE IMAGEM Mamografia
Deve ser realizada nas mulheres com sinais e/ou sintomas de câncer de mama, tais como: nódulo, espessamento e descarga capilar;
Outras indicações são: controle radiológico de lesão provavelmente benigna e avaliação de mama masculina;
Resultados da mamografia são classificados de acordo com o Breast Imaging Reportingand Data Sistem (BI-RADS), publicado pelo Colégio Americano de Radiologia e traduzido pelo Colégio Brasileiro de Radiologia.
MÉTODOS DE IMAGEM28
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MÉTODOS DE IMAGEM Ultrassonografia
Diagnóstico diferencial entre lesão sólida e lesão cística;
Alterações no exame físico(lesão palpável), no caso de mamografia negativa ou inconclusiva;
Na jovem com lesão palpável; Nas alterações do exame clínico no ciclo
grávido-puerperal; Na doença inflamatória e abcesso; No diagnóstico de coleções.
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MÉTODOS DE IMAGEMATENÇÃO!!!Complementação da Mamografia com a Ultrassonografia é OBRIGATÓRIA:
Quando há lesão palpável sem expressão na mamografia
Nódulos regulares ou lobulados Lesões densificantes
Complementação NÃO está indicada: Nas lesões Categoria 2, nas lesões Categoria 5,
nas microcalcificações e na distorção focal da arquitetura.
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MÉTODOS DE IMAGEM Ressonância Magnética
Casos não conclusivos nos métodos tradicionais;
Carcinoma oculto; Planejamento terapêutico; Avaliação de resposta à quimioterapia
neoadjuvante; Suspeita de recidiva; Avaliações das complicações dos implantes.
MÉTODOS INVASIVOS Diagnóstico Final do Câncer – Histopatologia
Diversas formas de Biópsia Classificação Radiológica
Tipo e Localização da Lesão
Composição e Tamanho da Mama
Material e Equipamentos Disponíveis
Recursos Humanos e Características do Serviço
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MÉTODOS INVASIVOS Biópsia Cirúrgica
Considerada padrão ouro Método mais tradicional Maior Disponibilidade
Incisional Excisional
Lesões Não Palpáveis MPC – RX, USG, RNM Fio Metálico ou Marcador Radioativo
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MÉTODOS INVASIVOS Biópsia percutânea com agulha grossa (PAG) –
Core Biopsy Procedimento a nível ambulatorial Retirada do material com auxílio de uma
pistola de biópsia Procedimento minimamente invasivo
Vantagens: Menor Custo Sem Internação Raras Complicações Boa Recuperação
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MÉTODOS INVASIVOS Core Biopsy
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MÉTODOS INVASIVOS Punção por agulha fina (PAAF)
Procedimento ambulatorial, realização Abordagem em lesões palpáveis ou não
Punção nos Cistos Alívio da DOR Crescimento Rápido Complicado x Complexo
Limitações Material insuficiente Não fornece diagnóstico de invasão tumoral
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MÉTODOS INVASIVOS Punção por agulha fina (PAAF)
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MÉTODOS INVASIVOS Biópsia percutânea a vácuo – MAMOTOMIA
Supera o core biopsy e biópsia agulha grossa
Vantagens: Maior nº fragmentos Fragmentos maiores e mais consistentes
Desvantagens: Custo Elevado Menor Disponibilidade
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CONDUTAS Lesões Palpáveis
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< 35 anosUltrassonogr
afia
> 35 anosMamografiaUltrassonogr
afia
Achados Benigno
sS/ Cirurgia
– Acompanh
amento APC/ Cirurgia –
Investigação
Referência
Achados Suspeitos
Biópsia
CONDUTAS Lesões Não Palpáveis
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BI-RADS 1
e 2
• Acompanhamento na AP• Repetição do exame de acordo a faixa
etária.ompan
BI-RADS 3
• Acompanhamento 3 anos – exames a cada 6 meses (1º ano), anual ( dois útimos ano) – achado histopatológico
• Acompanhamento na AS
BI-RADS 4
e 5
• Unidade de referência – biópsia• Malignidade – unidade 3ª para tratamento• Biópsia inconclusiva – prosseguir com
biópsia cirúrgica
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TRATAMENTO Deve ser feito em Unidades de Assistência de Alta
Complexidade em Oncologia (Unacon) e Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), que fazem parte de hospitais de nível terciário.
A doença deve ser tratada dentro de um contexto multidisciplinar e o tratamento deve ser individualizado e orientado não apenas pela extensão da doença, mas também por suas características biológicas, e condições da paciente (idade, status menopausal, comorbidades e preferências).
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TRATAMENTO O tratamento conservador consiste na retirada do
segmento ou setor mamário onde se localiza o tumor com margens de tecido mamário microscopicamente sadio, associada à radioterapia complementar pós ou pré-operatória obrigatória. Seu objetivo principal é eliminar lesões microscópicas eventualmente não extirpadas pela cirurgia, e reduzir o risco de recidiva local.
Está indicado em tumores pequenos, palpáveis ou não, sem evidência de multicentricidade, e sem metástases a distância.
Do ponto de vista oncológico, está contraindicado no câncer da mama masculino e nos tumores extensos ou multicêntricos. Esteticamente, deve ser evitada quando não permite uma ressecção adequada sem causar grande deformidade
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TRATAMENTO A terapia sistêmica é baseada principalmente na
mensuração dos receptores hormonais (receptor de estrogênio e progesterona), quando a hormonioterapia pode ser indicada, e também do HER-2 (fator de crescimento epidérmico 2), para consideração de terapia biológica anti-HER-2.
Na doença localmente avançada, o tratamento deve ser inicialmente sistêmico, e o tratamento cirúrgico estará indicado após resposta adequada com redução do tumor.
Havendo metástases a distância, o tratamento cirúrgico tem indicações restritas, sendo o tratamento sistêmico a principal opção, observando o equilíbrio entre a resposta tumoral, prolongamento da sobrevida e os potenciais efeitos colaterais decorrentes do tratamento.
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PREVENÇÃO
O aleitamento materno previne o câncer de mama na mulher.
Aspectos do estilo de vida como obesidade pós-menopausa, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e terapia de reposição hormonal devem ser controlados.
Estima-se que é possível prevenir 28% dos casos de câncer de mama por meio da alimentação, nutrição, atividade física e gordura corporal adequada.
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PREVENÇÃO Está contra-indicado o uso da quimioprofilaxia do
câncer de mama (tamoxifeno e raloxifeno) em mulheres assintomáticas com risco baixo ou intermediário.
Não há informações suficientes para esclarecer o papel da mastectomia profilática para mulheres de alto risco.
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BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-
natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Cadernos de Atenção Básica, nº 32)
OBRIGADO !!!!!!47