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NEUROCIÊNCIA DA DOR NA PRÁTICA CLÍNICA MITOS SOBRE A DOR EBOOK

Ebook Neurociência da Dor na prática clínica

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NEUROCIÊNCIA DA DOR NA PRÁTICA CLÍNICA

MITOS SOBRE A DOR

EBOOK

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Apresenta um trajecto notável enquanto professor e investigador na área da dor crónica e neurociências no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Laboratório de Neurociências da Reabilitação da UFRJ, do Laboratório de Neuroimagem da UFRJ e do grupo de pesquisa em Prevenção e Reabilitação das Incapacidades em Hanseníase.Felipe Reis é ainda presença assídua em diversos cursos de pós-graduação no país e palestras internacionais como o World Physical Therapy 2011, IFOMPT Congress 2012 | 2016, Congreso Internacional de Terapia Manual 2014 e Pain, Mind and Movement 2015.É membro da Associação de Fisioterapeutas do Brasil (AFB), da International Association for the Study of Pain (IASP) e da World Physical Therapy (WCPT).

Fisioterapeuta, doutor em ciência médicas, revisor do Journal of Sports Physical Therapy (JOSPT) é na actualidade um dos nomes mais impactantes na área da dor.

Fromador do curso Neurociência da Dor

PROF. DR. FELIPE REIS

IFOMPT - International Federation of Orthopaedic Manipulative Physical Therapists Congress 2016

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No final da década de 80 Melzack e Wall propuseram uma teoria de o cérebro poderia ter grande influência na dor. Esse facto era desconhecido até a criação dessa teoria. No entanto, somente na década de 90, com o advento da ressonância magnética funcional, foi possível estudar mais profundamente como o cérebro processa a dor. Todo esse conhecimento permitiu que passássemos a reconhecer o cérebro como estrutura activa na dor. Novas classificações e propostas de tratamentos foram publicadas e nos últimos 15 anos, houve a necessidade de modificações na prática clínica.

É fundamental que alguns conceitos sobre dor, que antes eram tidos como verdades, sejam hoje revistos. Um desses conceitos era que a dor teria origem nas regiões periféricas e essa informação chegava ao cérebro para se tornar consciente. Hoje, sabemos que o cérebro é uma estrutura activa no processo de dor. Outro conceito actual que se relaciona ao anterior é que a lesão tecidual não é necessária para que se tenha dor e nem mesmo a extensão da lesão significa maior dor. Podemos ter lesões graves sem dor.

Em situações de pessoas com dor crónica, diversas regiões do cérebro sofrem modificações provenientes da neuroplasticidade. Essas modificações dizem respeito tanto na funcionalidade (como áreas do cérebro passam a funcionar) como na própria estrutura cerebral (espessura do cérebro).

O profissional de saúde que lida com pessoas com dor crónica deve ser capaz de perceber como essas modificações contribuem para o quadro do paciente. Além disso, saber reconhecer o mecanismo predominante de dor, a relação de alterações emocionais,

do humor e do comportamento, assim como o condicionamento e a extinção do medo estão presentes tanto no desenvolvimento da dor crónica, na sua magnificação ou mesmo na sua perpetuação. Com base nesses conhecimentos, propor intervenções que possam restaurar a função normal do cérebro devem estar presentes no seu arsenal terapêutico. Entender como o protocolo de exposição da imagem, as técnicas de extinção do medo, as propostas de regulação emocional e a educação em dor poderão facilitar o manejo do paciente com dor crónica.

INTRO

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No final da década de 80 Melzack e Wall propuseram uma teoria de o cérebro poderia ter grande influência na dor. Esse facto era desconhecido até a criação dessa teoria. No entanto, somente na década de 90, com o advento da ressonância magnética funcional, foi possível estudar mais profundamente como o cérebro processa a dor. Todo esse conhecimento permitiu que passássemos a reconhecer o cérebro como estrutura activa na dor. Novas classificações e propostas de tratamentos foram publicadas e nos últimos 15 anos, houve a necessidade de modificações na prática clínica.

É fundamental que alguns conceitos sobre dor, que antes eram tidos como verdades, sejam hoje revistos. Um desses conceitos era que a dor teria origem nas regiões periféricas e essa informação chegava ao cérebro para se tornar consciente. Hoje, sabemos que o cérebro é uma estrutura activa no processo de dor. Outro conceito actual que se relaciona ao anterior é que a lesão tecidual não é necessária para que se tenha dor e nem mesmo a extensão da lesão significa maior dor. Podemos ter lesões graves sem dor.

Em situações de pessoas com dor crónica, diversas regiões do cérebro sofrem modificações provenientes da neuroplasticidade. Essas modificações dizem respeito tanto na funcionalidade (como áreas do cérebro passam a funcionar) como na própria estrutura cerebral (espessura do cérebro).

O profissional de saúde que lida com pessoas com dor crónica deve ser capaz de perceber como essas modificações contribuem para o quadro do paciente. Além disso, saber reconhecer o mecanismo predominante de dor, a relação de alterações emocionais,

do humor e do comportamento, assim como o condicionamento e a extinção do medo estão presentes tanto no desenvolvimento da dor crónica, na sua magnificação ou mesmo na sua perpetuação. Com base nesses conhecimentos, propor intervenções que possam restaurar a função normal do cérebro devem estar presentes no seu arsenal terapêutico. Entender como o protocolo de exposição da imagem, as técnicas de extinção do medo, as propostas de regulação emocional e a educação em dor poderão facilitar o manejo do paciente com dor crónica.

EM PORTUGAL, A DOR CRÓNICA AFECTA MAIS DE 30% DOS ADULTOS PORTUGUESES.

SABIAS QUE...

APED - Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, 2014

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EBOOK MASTER | 9 MITOS SOBRE A DOR

Na verdade, ter dor é normal. A dor é o nosso mecanismo de protecção. O que não é normal é viver todos os dias com dor.

MITO 1A dor é um problema que precisa ser combatido.

A intensidade (quantidade) de dor não está relacionada com o tamanho da lesão. Podem existir lesões muito graves e a pessoa não relatar dor.

MITO 3Quanto maior for a intensidade de dor, maior deve ser a lesão.

Em muitos casos os resultados da cirurgia não é superior ao tratamento com fisioterapia.

MITO 2A cirurgia pode ser a melhor opção para tratar a dor.

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EBOOK MASTER | 9 MITOS SOBRE A DOR

Não existem estudos que evidenciem que a postura causa dor em qualquer parte do corpo.

MITO 5A postura afecta a minha dor.

Nem sempre. Evidências actuais mostram que em alguns casos como a dor lombar e a dor cervical, sem histórico de trauma ou comprometimento neurológico,

não necessitam de exames de imagem.

MITO 4Preciso sempre de realizar um exame para descobrir a causa da dor.

Pelo contrário. Quanto maior o repouso maior será a dor.

MITO 6Ficar na cama ou de repouso prolongado ajuda a melhorar a dor.

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EBOOK MASTER | 9 MITOS SOBRE A DOR

A pessoa com dor crónica deve retornar as suas actividades gradualmente e ser estimulada a praticar exercícios.

MITO 7Quem tem dor crónica não pode fazer exercício.

O sono é fundamental na vida de qualquer indivíduo. A interrupção frequente do sono impede-nos de atingir o estágio de sono profundo. E é nessa fase que nosso organismo

repara estruturas do corpo que sofreram lesões, desgastes ou outros danos.

MITO 8Dormir pouco não influencia a dor.

A dor pode ser influenciada pelas emoções. Emoções negativas, como a tristeza, podem aumentar a intensidade. Por outro lado,

emoções positivas, como a alegria, podem diminuir a intensidade da dor.

MITO 9As emoções não influenciam a dor.

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CURSONEUROCIÊNCIA DA DOR

PROGRAMAA. Paradigmas da dor aguda e crónica• Diferenças entre dor aguda e crónica• Vias de condução da dor• Mecanismos de modulação da dor centrais e periféricos• Classificação da dor com base em mecanismos neurofisiológicos

B. Neurotag da Teoria da Matriz da Dor - O cérebro e a dor• Neurociência e Mapeamento cerebral da dor crónica• Emoção e regulação emocional na dor crónica • Ciclo de medo e evitação • Como a dor provoca alteração do movimento

C. Avaliação da pessoa com dor• Como avaliar os aspectos psicológicos na dor crónica• Instrumentos para avaliar a dor na prática clínica D. Estratégias de tratamento na dor crónica• Imagética Motora Graduada • Desenvolvendo precisão sensoriomotora• Educação com base em neurociência • Técnicas de regulação emocional

E. Direções futuras e revisão

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EBOOK MASTER | CURSO NEUROCIÊNCIA DA DOR

OBJECTIVOS GERAIS• Aprofundar o conhecimento sobre as modificações no sistema nervoso, no sistema músculo-esquelético e no comportamento que ocorrem nas pessoas com dor crónica. • Aumentar o conhecimento sobre dor e neurociência.• Integrar os conceitos de dor e neurociência na prática clínica.• Oferecer uma abordagem clínica à pessoa com dor crónica com base nos conceitos actuais de neurociência.

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