19
Autor: Washington Morais Costa 5º período de Psicologia – UNIPAC – Campus Bom Despacho

Morte E Luto No Contexto Hospitalar

Embed Size (px)

DESCRIPTION

O presente trabalho visa desmitificar o tabú que se criou em cima do tema morte e luto, além de esclarecer e debater as formas de lidar com esses temas no âmbito hospitalar.

Citation preview

Page 1: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

Autor: Washington Morais Costa5º período de Psicologia – UNIPAC – Campus Bom

Despacho

Page 2: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

A morte e o luto

• São realidades pelas quais todos passamos

• Temas muito pouco debatidos atualmente

Page 3: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

““(...) Torna-se, por isso, fundamental (...) Torna-se, por isso, fundamental recuperar o sentido da naturalidade da recuperar o sentido da naturalidade da morte, voltar a encará-la como um processo morte, voltar a encará-la como um processo inerente à condição Humana e deixar de a inerente à condição Humana e deixar de a pensar como um acidente ou um pensar como um acidente ou um acontecimento que podia ser evitado (...)”acontecimento que podia ser evitado (...)”

Susana Pacheco (2002)

Page 4: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

(William Adolphe Bouguereau (1825-1905) – The Day of the Dead)

Page 5: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

Freud (1914) vem nos falar que a morte de um ente querido nos revolta pois, este ser leva consigo uma parte do nosso próprio eu amado. E na contemporaneidade vivemos uma exigência de imortalidade: que nada mais é que um produto dos nossos desejos.

Page 6: Morte E Luto No Contexto Hospitalar
Page 7: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

CONCEITO de CONCEITO de FINITUDEFINITUDE• A finitude é o que nos permite planejar as coisas: PRAZO.• Só eu posso ser autor da minha existência. A morte (possibilidade dela) dá sentido ao existir, (a jornada só tem sentido porque há o fim).• Imortalidade: Continuar sem projetos, tira o sentido da existência, sem ligação temporal.– Mito de Prometeu / Highlander / Vampiros

Page 8: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

Quando falar da morte?• Desde o início da intervenção, e não apenas na

fase terminal.

• Falar da morte com a pessoa e com a sua família

Características da intervenção:• Acompanhar a pessoa e a sua família,

demonstrando disponibilidade e abertura.

• Validar os esforços de todos os envolvidos.

Page 9: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

Avaliações prévias:

• Funcionamento da família

• Situações de doença e lutos anteriores

• Contexto e significado da doença

• Como a família compreende a morte

Page 10: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

Estratégias:

• Avaliar Necessidades;• Detectar Sinais de Sofrimento;• Encontrar respostas para essas Necessidades e Sinais de Sofrimento;• Promover a Comunicação;• Ajudar a Família a tratar o Doente como Pessoa Viva, e não como se já tivesse morrido;• Estar presente sempre que necessário e

possível;• Reforçar o Apoio à Família durante a fase

terminal• Prestar Apoio quando da Morte.

Page 11: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

A equipe médica vivencia a morte de um paciente como

um fracasso, colocando à prova, a onipotência da medicina. Ainda segundo Mannoni (1995): "é porque a morte é vivenciada como um fracasso pela medicina que os serviços médicos chegam a esquecer a família (ou a esconder-se dela)." 

Segundo Kübler-Ross (1997): "Quando um paciente está gravemente enfermo, em geral é tratado como alguém sem direito a opinar." 

Page 12: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

“Dentro dessa humanidade no atendimento ao doente terminal, Kübler-Ross (1997) nos fala da importância do acolhimento ao doente por parte da equipe médica, da importância da verdade. O que se questiona não é o dizer ou não a verdade, mas sim como contar essa verdade, aproximando-se da dor do paciente, colocando-se no lugar dele para entender seu sofrimento. Essa seria a verdadeira disponibilidade humana para ajudar o outro em seu caminho em direção à morte.” 

Page 13: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

Para Freud (1916), "O Freud (1916), "O luto, de modo geral, é uma luto, de modo geral, é uma reação perante a perda de um reação perante a perda de um ente querido, ou perante à ente querido, ou perante à

perda perda de alguma abstração que de alguma abstração que ocupou o lugar de um ente querido, como o ocupou o lugar de um ente querido, como o país, a liberdade ou o ideal de alguém, e assim país, a liberdade ou o ideal de alguém, e assim por diante." E segue dizendo que o luto normal por diante." E segue dizendo que o luto normal é um processo longo e doloroso, que acaba por é um processo longo e doloroso, que acaba por resolver-se por si só, quando o enlutado resolver-se por si só, quando o enlutado encontra objetos de substituição para o que foi encontra objetos de substituição para o que foi perdido. perdido. 

O LutoO Luto

Page 14: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

LUTO NORMALLUTO NORMAL

• • Não é patológico;Não é patológico;

• • Deve ser superado após certo tempo;Deve ser superado após certo tempo;

• • Não é necessária interferência;Não é necessária interferência;

• • Perturbação da auto-estima ausente;Perturbação da auto-estima ausente;

• • O mundo se torna vazio.O mundo se torna vazio.

LUTO PATOLÓGICOLUTO PATOLÓGICO

• • Melancolia.Melancolia.

• • Desânimo, falta de interesse pelo mundo externo, perda da Desânimo, falta de interesse pelo mundo externo, perda da capacidade de amar;capacidade de amar;

• • Inibição das atividades e do sentimento de auto-estima;Inibição das atividades e do sentimento de auto-estima;

• • Auto-recriminação, com expectativa delirante de punição.Auto-recriminação, com expectativa delirante de punição.

Page 15: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

Paciente terminal:Paciente terminal:

““É aquele que se encontra além É aquele que se encontra além da possibilidade de da possibilidade de umauma

terapêutica curativa e que terapêutica curativa e que necessita de um tratamento paliativo visando necessita de um tratamento paliativo visando alívio de inúmeros sintomas que o atormentam, alívio de inúmeros sintomas que o atormentam, sempre levando em consideração a melhoria da sempre levando em consideração a melhoria da qualidade de vida de uma maneira global, isto é, qualidade de vida de uma maneira global, isto é, não somente a parte biológica, mas também nas não somente a parte biológica, mas também nas esferas espiritual, social e psicológica.” (CHIBA, esferas espiritual, social e psicológica.” (CHIBA, 1996).1996).

Page 16: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

Elizabeth Kübler-Ross, categorizou cinco estágios Elizabeth Kübler-Ross, categorizou cinco estágios pelos quais, os Pacientes passam quando da aproximação pelos quais, os Pacientes passam quando da aproximação da Morte.da Morte.

01) A Negação e o Isolamento01) A Negação e o Isolamento

02) A Indignação02) A Indignação

03) A Barganha03) A Barganha

04) A Depressão04) A Depressão

05) A Aceitação05) A Aceitação

Page 17: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

A equipe de saúde A equipe de saúde quando está frente quando está frente

a a um caso terminal um caso terminal tende a nutrir um tende a nutrir um

sentimento de fracasso diante sentimento de fracasso diante da morte. da morte.

Page 18: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

““Na área da saúde a prioridade Na área da saúde a prioridade deve ser zelar pelo bem estar da deve ser zelar pelo bem estar da Vida, e não lutar contra a Morte, Vida, e não lutar contra a Morte, pois está é uma batalha que não pois está é uma batalha que não

pode ser ganha.”pode ser ganha.”

Page 19: Morte E Luto No Contexto Hospitalar

OBRIGADO!