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Associação entre posição do Associação entre posição do côndilo mandibular e índice de côndilo mandibular e índice de disfunção clínica disfunção clínica PAKNAHAD M., SHAHIDI S. Association between mandibular condylar position and clinical dysfunction index. Journal of Cranio-Maxillo-Facial Surgery, Vol. xxx, p. 1-5, 2015. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ODONTOLOGIA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL Luana Rosário Martins Salvador – BA – Brasil Maio. 2015

Sessão Científica Bolsista Luana Martins - 2015.1

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Associação entre posição do Associação entre posição do côndilo mandibular e índice de côndilo mandibular e índice de

disfunção clínicadisfunção clínica

PAKNAHAD M., SHAHIDI S. Association between mandibular condylar position and clinical dysfunction index. Journal of Cranio-Maxillo-Facial Surgery, Vol. xxx, p. 1-5, 2015.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAFACULDADE DE ODONTOLOGIA

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIALLuana Rosário Martins

Salvador – BA – BrasilMaio. 2015

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IntroduçãoIntrodução

Medições do espaço articular Ricketts (1950). Avaliar a posição do côndilo em radiografias transcranianas.

• Espaço articular radiográfico área radiolúcida entre côndilo e osso temporal.• Posição condilar dimensões relativas dos espaços radiográficos comuns entre a

fossa mandibular e do côndilo mandibular.(White e Pharaoh, 2013)

A controvérsia persiste sobre o significado clínico da posição condilar na ATM.(Bonilla-Aragon et al., 1999; Menezes et al., 2008; Okur et al., 2012)

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(Bonilla-Aragon et al., 1999; Okur et

al., 2012)

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IntroduçãoIntrodução

Várias modalidades de imagem têm sido utilizados para determinar a posição condilar.

(José Pereira et al., 2004; Serra e Gavião, 2006)

TCCB técnica relativamente nova; modalidade de escolha à avaliação de componentes ósseos da ATM.

(Barghan et al., 2012)

Fornece medições lineares precisas e confiáveis para a imagem latente das estruturas dentárias e maxilofaciais.

(Scarfe et al., 2006; Mischkowski et al., 2007)

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IntroduçãoIntrodução

Índice de disfunção clínica de Helkimo – amplamente utilizado.

Mede a gravidade dos distúrbios da ATM e avalia a melhora nas condições dos pacientes após tratamento.

(Helkimo, 1974; Vojdani et al., 2009)

OBJETIVO: avaliar a associação entre a posição condilar e o índice de disfunção clínica (Id) em indivíduos com diferente severidades de DTM usando TCCB.

Critérios

Mobilidade Mandibular

Função da ATM

Dor durante o movimento mandibularDor na ATM durante a palpaçãoSensibilidade Muscular

Classificação dos Indivíduos

Índice

Normal 0

Leve 1

Moderada 2

Grave 3

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Critérios de exclusão:- histórico de cirurgia na ATM;- trauma maxilar e/ou fratura ou patologia na região da ATM;- presença de anomalias congênitas;- doença sistêmica que afete a morfologia articular (artrite reumatoide).

Exame Clínico:- Índice de Helkimo (TABELA 1)

Análise Estatística:- Software SPSS versão 15.- Teste Qui-quadrado correlaciona posição condilar e grau de Id nos 3 grupos.

Materiais e Métodos

Classificação dos Pacientes

Pontos

Id I 1 – 4

Id II 5 – 9

Id III 10 – 25

60 pacientes com DTM(42 mulheres, 18 homens)Entre 20 e 42 anos (33,4 ± 2,94 anos)

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Materiais e MétodosTabela 1

Índice de disfunção clínica (Id) com base na avaliação de 5 sintomas diferentes. A. Função prejudicada da ATMMovimento suave sem ruído articular e desvio na abertura ou encerramento de movimentos 2mm.Ruídos articulares em uma ou ambas as ATMs e/ou desvio de 2mm na abertura ou encerramento de movimentos.Bloqueio e/ou luxação da ATM.

0

1

5

B. Dor muscularSem sensibilidade à palpação.Sensibilidade à palpação em 1-3 pontos.Sensibilidade à palpação > 4 pontos.

0

1

5

C. Dor na ATMSem sensibilidade à palpação.Sensibilidade à palpação lateralmente.Sensibilidade à palpação posteriormente.

0

1

5

D. Dor no movimento mandibularSem dor no movimento.Dor em 1 movimento.Dor em > 2 movimentos.

0

1

5

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Materiais e MétodosTabela 1

E. Alcance de movimentação mandibular (Soma = 1 + 2 + 3 + 4)

1. Máxima abertura de boca>40mm 030-39mm 1< 30mm 52. Máxima lateralidade para a direita>7mm 0 0 ponto 04-6mm 1< 3mm 5 1-4 pontos 13. Máxima lateralidade para a esquerda>7mm 0 5-20 pontos 5 4-6mm 1< 3mm 54. Protrusão máxima>7mm 04-6mm 1< 3mm 5

Soma = A + B + C + D + E Índice de Disfunção Clínica (Id)

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TC Cone Beam da ATM (NewTom VGi):- Pacientes de pé; dentes em máxima intercuspidação.- Plano de Frankfurt paralelo ao solo.

Avaliação da posição condilar:- Vista axial: processo condilar com maior extensão mesiolateral (Fig. 1a).- Corte sagital: valores da parte posterior (P) e anterior (A) do espaço articular

medidos em software de TCCB (Fig. 1b).- Anterior, concêntrica, ou posterior.

(Pullinger e Hollender, 1985)

Medidas de precisão:Pacientes avaliados 2 vezes; imagens medidas em intervalo de 2 semanas.Teste t emparelhado comparar os resultados da 1ª e 2ª medição.Resultados significativos (p <0,05).

Materiais e Métodos

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Materiais e MétodosFigura 1

Medição linear dos espaços articulares anterior (A) e posterior (P) em um paciente da amostra.(a) vista axial; (b) corte sagital.

a b

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Concordância entre os dois exames (sem diferença estatisticamente significativa).

Os valores médios das medições foram calculadas e utilizados para análise estatística.

Diferença estatisticamente significativa entre os 3 grupos quanto à posição condilar (p = 0,03). (TABELA 2)

Resultados

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ResultadosTabela 2

Distribuição de posição condilar em cada grupo e associação entre Id e posição do côndilo da mandíbula.Grupo Id Posição condilar Anterior (%) Concêntrica (%) Posterior (%)Id I 44,4 40,7 14,8Id II 31,8 45,5 22,7Id III 14,8 37,0 48,1Abreviaturas: Id I, índice de disfunção clínica 1; Id II, índice de disfunção clínica 2; Id III, índice de disfunção clínica 3.Qui-quadrado: p = 0,03 (significativo).

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DiscussãoDiscussão

Há controvérsias quanto ao significado clínico da posição condilar e da sua relação com a fossa na ATM.

(Okur et al., 2012)

Muitos estudos relatam posição condilar não-concêntrica em associação com desarranjos internos, osteoartrite, e remodelação da eminência articular e côndilo.

(Sanroman et al.,1997; Rammelsberg et al., 2000; Kurita et al., 2001; Incesu et al., 2004; Gateno et al., 2004; Ikeda e Kawamura, 2013; Cho and Jung, 2012; Scapino, 1983)

Outras pesquisas não encontraram relação significativa entre a posição do disco e a posição do côndilo.

(Bonilla-Aragon et al., 1999; Okur et al., 2012)

ADA e Academia Americana de Distúrbios Craniomandibulares (AADC): radiografias bidimensionais não seriam suficientes para avaliar a posição dos côndilos.

(Eraso, 2006)

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DiscussãoDiscussão

TC: dificuldade em avaliar com detalhes as mudanças morfológicas na superfície do côndilo e da fossa.

(Ikeda e Kawamura, 2009; Ikeda et al., 2011)

RM: não poderia ser usada no estudo – exame de avaliação dos componentes de tecidos moles da ATM.

TC tem custo elevado e baixa disponibilidade; expõe os pacientes à radiação relativamente alta – limitação de uso.

(Barghan et al., 2012)

Em alguns estudos, os pesquisadores compararam pacientes com DTM com um grupo controle.Neste estudo, pacientes com vários graus de severidade da DTM foram comparados entre si.

(Major et al., 2002; Gateno et al., 2004; Mischkowski et al., 2007; Pereira et al., 2007; Vasconcelos et al., 2007; Huang e Zhang, 2012; Okur et ai., 2012; Cho e Jung, 2012)

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DiscussãoDiscussão

Limitações do estudo:- Classificação dos pacientes baseada em registros clínicos - necessidade de novos

registros.- Sinais e sintomas dos pacientes com diferentes cursos resultaram em resolução

completa ou, em alguns casos, a dor persiste.- Tempo de avaliação afeta os resultados.- Falta de validade do Índice de Helkimo limita a aplicação na avaliação das DTMs.

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ConclusãoConclusão

Os dados do estudo baseado em TCCB indicam que a posição côndilo é associada com diferentes gravidades de DTM.

A posição posterior do côndilo é mais frequentemente observada em pacientes com DTM grave.

A posição condilar deve ser considerada como um elemento importante na imagem de raio X, conduzindo ao diagnóstico e tratamento adequado na prática clínica.

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