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Transtornos do humor

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Page 1: Transtornos do humor
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Geralmente oscilamos entre um estado de ânimo maiselevado (elação) e um mais baixo.

Quem nunca acordou indisposto para uma atividade,ou nunca se sentiu “eufórico” com alguma boa notícia?No entanto, isso não costuma prejudicar nossasatividades diárias.

Quando o indivíduo fica fixado em uma destaspolaridades, ou varia entre elas de forma muitointensa, a ponto de começar a prejudicar sua vidahabitual, podemos falar em transtornos do humor.

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Os transtornos do humor são também

chamados transtornos afetivos, pois se

caracterizam principalmente por

dificuldades na área do afeto, que é nossa

capacidade de vivenciarmos internamente

nossos sentimentos

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A depressão não é o mesmo que “baixo astral”,por mais que esteja incluída na gíria como “fulanoestá na maior ‘deprê’ ”.

Ao contrário da tristeza comum, a depressãocaracteriza-se por um estágio mais prolongado egrave de abatimento do humor.

A pessoa com depressão apresenta tristezapatológica com perda da auto-estima normalmentereclama de falta de ânimo, cansaço fácil e de nãosentir interesse por nada.

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Outros sintomas identificados na CID-10 são:

concentração e atenção reduzidasautoconfiança reduzida, idéias de culpa e inutilidade,visões desoladas e pessimistas do futuro, idéias ou atos auto-destrutivos ou lesivos ou

suicídio (dependendo da gravidade doepisódio) e

dificuldades em relação ao sono e apetite

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Este é um transtorno muito freqüente (em torno de20% dos pacientes em geral). Pode apresentar-seem diferentes graus, podendo ser Leve, Moderadaou Grave , mais incapacitante em alguns casos,menos incapacitante em outros.

Algumas pessoas, embora sentindo-se todo otempo mal e deprimidas, continuamdesempenhando suas atividade cotidianas.Quando este humor permanece um tempo igual ousuperior a dois anos, denominamos distimia.

.

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Quanto à causa, a depressão pode ser dividida em endógena,psicogênica ou somatogênica.

A depressão endógena é vista como de origem interna,indefinida. Embora o primeiro episódio possa se dar apósalguma perda ou crise, os outros geralmente não apresentamcausas observáveis.

Geralmente é uma forma grave de depressão, apresentandogrande risco de suicídio (10 a 15% dos casos).

Antigamente era chamada de depressão psicótica. Respondemelhor a tratamento medicamentoso.

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A depressão psicogênica tem suas causasmais facilmente localizadas na história devida do indivíduo, que apresenta fatos que olevaram aos sintomas.

Tanto que já foi chamada de depressãoreativa ou situacional. Os sintomas sãomenos graves que na depressão endógena,e o risco de suicídio, embora existente, émenor. Responde melhor à psicoterapia doque ao tratamento medicamentoso.

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A depressão somatogênica é aquela

causada por algum fator de alteração

principalmente orgânico, como o uso de

algumas medicações (por exemplo, alguns

tipos de anti-hipertensivos, anti-

inflamatórios e contraceptivos orais) ou

ainda a interrupção do uso de

psicoestimulantes.

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Os episódios de mania caracterizam-se como o oposto dadepressão. O indivíduo apresenta um ritmo acelerado, falamuito (e geralmente alto), trocando constantemente deassunto (fuga de idéias), movimenta-se amplamente, temenergia de sobra, tanto que, muitas vezes não conseguedormir (hiperatividade).

Mostra-se eufórico, com auto-estima exagerada (achando quepode tudo), a sexualidade também pode estar exacerbada,gosta de atrair atenções. Não acha que tenha problemaalgum, o que muitas vezes prejudica a aceitação dotratamento.

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Às vezes, evolui para um episódio

claramente psicótico e a pessoa passa a

apresentar delírios, alucinações e

comportamento estranho.

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Como na depressão, também há uma

variedade de graus de gravidade, sendo o

mais leve a chamada hipomania,

caracterizada por euforia, hiperatividade e

desinibição mais leves.

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A pessoa com transtorno bipolar geralmenteapresenta uma variação de estados dehumor, ora apresentando mania, oraapresentando depressão.

Essas variações podem se dar em intervalosde dias, semanas ou meses, e é comumfalarmos em “fase de mania” e “fasedepressiva”.

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Na verdade, uma pessoa muito raramenteapresenta apenas mania, como descritono item anterior, o mais comum é que elaintercale episódios maníacos comepisódios depressivos.

O transtorno bipolar também pode seapresentar de forma mais grave ou maisleve, quando é chamado de ciclotimia

.

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Sabemos que a ansiedade faz parte de todos nós.

Como sintoma,ela pode aparecer em váriostranstornos. Nos transtornos de ansiedade,entretanto, ela aparece como sintoma central.

Os transtornos de ansiedade constituem grandeparte da demanda psiquiátrica e envolve umgrande grupo de classificações de trans-tornos,dos quais veremos os principais:

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O paciente com Transtorno de AnsiedadeGeneralizada (TAG) é, normalmente, consideradoum paciente difícil, pois permanece em constanteestado de irritabilidade, impaciência, apreensão.

Geralmente ele reclama de tensão, suoresconstantes (frios ou não), sensação de “cabeçaleve”, tonteiras, mal-estar gastrintestinal,palpitações e dificuldade para dormir.

A pessoa com TAG costuma mostrar-seconstantemente preocupada.

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O fato é que se trata de uma ansiedade

“impossível de controlar” sem o tratamento

adequado, fazendo com que a pessoa

tenha suas atividades limitadas

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Algumas vezes dizemosdescompromissadamente, que tal pessoa é“hipocondríaca” por acharmos que vive commania de doença.

Estamos, nesse caso, cometendo doisgraves erros: o primeiro é que a pessoa comTAG não tem mania de doença e simsintomas físicos de ansiedade (que tambémse expressa por essa via).

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O segundo é que hipocondria é umtranstorno totalmente diferente e específico,que será visto mais tarde.

Se a pessoa que faz tal comentário for umtécnico em enfermagem deverá ficar atentopara seus sentimentos e sua conduta comtais pacientes, a fim de não cometer umterceiro erro, que seria desvalorizar seussintomas, demonstrando impaciência comesse tipo de paciente.

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Nos Transtornos Fóbico-Ansiosos, os sintomas de ansiedadeocorrem diante de objetos ou situações bem definidos, quenão costumam causar temor nas pessoas em geral.

Geralmente os sintomas pioram, a um nível sentido comoinsuportável, diante de tais objetos e situações, o que faz aspessoas evitá-los a qualquer preço, desenvolvendo, muitasvezes, comportamentos estranhos - de evitação, que passama fazer parte do quadro.

Tais transtornos também são chamados de fobias, quepodem ser social, específicas ou agorafobia.

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A fobia social é o medo de expor-se mesmo paragrupos pequenos e situações informais. A pessoageralmente conta com uma auto-estima rebaixadae não é incomum que procure isolamento comoforma de evitação do medo.

Costuma comprometer muito a vida da pessoa,visto que ela passa a perder boas oportunidades,muitas vezes até no trabalho, pela necessidade de“passar despercebida”.

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As fobias específicas referem-se ao medode objetos ou situações específicas, taiscomo avião, altura, animais.

Às vezes passa despercebida durante umtempo, pois a pessoa vai procurandoevitar o estímulo temido, até um ponto emque o próprio comportamento de evitaçãopassa a se tornar um problema.

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Já a agorafobia constitui-se em medo

excessivo de espaços abertos, multidões e

situações em que haja dificuldade de fuga

(lojas, supermercados, teatros, transportes

coletivos, túneis, elevadores) e de ficar

sozinho, mesmo que seja em sua própria

casa.

A ansiedade pode chegar ao pânico. Esta

é a mais incapacitante de todas as fobias.

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• Muito divulgado por vários meios de

comunicação, o Transtorno de Pânico parece uma

nova doença, embora isso não seja verdade,pois

vem sendo descrita na literatura psiquiátrica há

muito tempo.

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O transtorno de pânico caracteriza-se porataques de pânico recorrentes e sem motivoinicial aparente.

Nesses ataques de pânico, a pessoaexperimenta diversos sintomascaracterísticos de alteração do sistemanervoso autônomo, tais como: coraçãoacelerado, respiração rápida e sentida comoineficiente, dor no peito ou no estômago,suores, tremores, dormências, tonturas,náuseas e outros.

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Mas o principal desses ataques é a sensação deterror que a pessoa experimenta diante da nítidasensação de que vai morrer ou perder totalmenteo controle (ter um desmaio ou ter uma amnésiairreversível).

Na verdade, essa sensação é tão real que apessoa passa a temer outro ataque de pânico,passa a ter medo de ter medo. Com isso, passa adesenvolver comportamentos evitativos emrelação às situações em que se encontrava emcada ataque de pânico, desenvolvendo umaagorafobia correlata.

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O Transtorno Obsessivo Compulsivo

(TOC) é um transtorno de ansiedade no

qual o indivíduo desenvolve pensamentos

ou ações repetitivas que ele próprio

considera na maioria das vezes como

inapropriadas, mas que não consegue

controlar, muitas vezes porque acredita

que algo trágico ocorrerá a si ou a outros

caso ele não as execute.

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Esse é um transtorno que pode seextremamente incapacitante, pois,dependendo do grau em que se encontra, oindivíduo fica preso em uma série de rituais,não conseguindo, muitas vezes, realizar nemmesmo tarefas de organização diária acontento.

Além disso, dependendo do ato compulsivorealizado, a pessoa pode provocar lesões emsi mesma, como por exemplo na lavagemquase contínua das mãos.

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No Transtorno de Estresse Pós-Traumático opaciente refere geralmente um eventofortemente traumático (estupro, catástrofes,seqüestros), muito gerador de estresse e apartir do qual passou a desenvolver repetidosepisódios nos quais, mediante a lembrançado evento, desenvolve toda uma série dereações como entorpecimento, ausência derespostas aos estímulos do ambiente,sonolência excessiva, redução da memóriaou concentração.