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Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Para ver uma cópia da licença, visite https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/. DIEGO MENDES RODRIGUES PLANO DE PROJETO PARA MIGRAÇÃO DE SERVIDORES EMPRESARIAIS PARA COMPUTAÇÃO EM NUVEM Trabalho apresentado ao curso MBA em Gerenciamento de Projetos, Pós-Graduação lato sensu, Nível de Especialização, do Programa FGV Management da Fundação Getulio Vargas, como pré-requisito para a obtenção do Titulo de Especialista. Edmarson Bacelar Mota Coordenador Acadêmico Executivo Ana Paula R. B. Arbache Orientadora São Paulo – SP 2016

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DIEGO MENDES RODRIGUES

PLANO DE PROJETO PARA MIGRAÇÃO DE SERVIDORES

EMPRESARIAIS PARA COMPUTAÇÃO EM NUVEM

Trabalho apresentado ao curso MBA em

Gerenciamento de Projetos, Pós-Graduação lato

sensu, Nível de Especialização, do Programa

FGV Management da Fundação Getulio

Vargas, como pré-requisito para a obtenção do

Titulo de Especialista.

Edmarson Bacelar Mota

Coordenador Acadêmico Executivo

Ana Paula R. B. Arbache

Orientadora

São Paulo – SP

2016

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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS

PROGRAMA FGV MANAGEMENT

MBA EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS

O Trabalho de Conclusão de Curso “Plano de Projeto para migração de servidores

empresariais para Computação em Nuvem” elaborado por Diego Mendes Rodrigues e

aprovado pela Coordenação Acadêmica, foi aceito como pré-requisito para a obtenção do

certificado do Curso de Pós-Graduação lato sensu MBA em Gerenciamento de Projetos, Nível

de Especialização, do Programa FGV Management.

São Paulo, 18 de Agosto de 2016.

Edmarson Bacelar Mota

Coordenador Acadêmico Executivo

Ana Paula R. B. Arbache

Orientadora

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TERMO DE COMPROMISSO

O aluno Diego Mendes Rodrigues, abaixo assinado, do curso de MBA em Gerenciamento de

Projetos, Turma GEEP45-Paulista do Programa FGV Management, realizado nas

dependências da instituição conveniada FGV-SP, no período de 09/08/2014 a 18/06/2016,

declara que o conteúdo do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado “Plano de Projeto

para migração de servidores empresariais para Computação em Nuvem”, é autêntico e

original.

São Paulo, 18 de Agosto de 2016.

Diego Mendes Rodrigues

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Dedico esse trabalho aos meus pais Sergio e Regina, que sempre estiveram ao meu lado,

me apoiando incondicionalmente sempre quando necessário.

Minhas irmãs Natalia e Bruna, companheiras de todos os momentos,

me ajudaram emocionalmente na conclusão dessa missão.

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Agradecimentos

Aos professores da Fundação Getulio Vargas que transmitiram conhecimentos e ferramentas

de gerenciamento de projetos para o meu crescimento profissional.

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Resumo

A tecnologia da informação está dentro de um processo contínuo de transformação, que anda cada vez mais rápido. Atualmente, as empresas estão colocando o foco cada vez mais em seus clientes e negócios, desejando um ambiente computacional rápido, seguro e de baixo custo, que atenda suas necessidades. Neste contexto, a aplicação da computação em nuvem para hospedar os servidores e os aplicativos on-line, torna-se uma alternativa que está sendo cada vez mais utilizada. Existem companhias que não estão prontas para utilizar a nuvem, seja por ainda não conhecer esse tipo de serviço, ou por não possuir uma metodologia adequada de implantação. Esse documento apresenta os conceitos da nuvem aos diversos mercados brasileiros, além de disponibilizar um plano de projeto que viabiliza sua utilização e a migração de servidores empresariais para a nuvem.

Palavras Chave: Plano de Projeto. Computação em Nuvem. PMBOK. PMI.

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Abstract

Information technology is in a continuous process of transformation which goes faster and faster. Currently, companies are increasingly focusing on customers and business, demanding a fast, safe and low cost computing environment, to meet their needs. In this context, the use of cloud computing to host the servers and online applications is an alternative that has been increasingly used. There are companies that are not ready to use the cloud, because they either do not know this kind of service, or do not have an adequate methodology for its implementation. This document presents the cloud concepts to various Brazilian markets, and provides a project plan that enables its use and the migration of enterprise servers to the cloud.

Key Words: Project Plan. Cloud Computing. PMBOK. PMI.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Rodadas de financiamento para empresas de SaaS nos últimos 6 anos .................... 14

Figura 2: SaaS M&A e Pública - Capitais levantados .............................................................. 15

Figura 3: Nuvem & SaaS - Financiamentos privados .............................................................. 15

Figura 4: Capital investido em SaaS - Privado versus Público ................................................ 16

Figura 5: Componentes que formam a computação em nuvem ............................................... 27

Figura 6: Software como Serviço - SaaS .................................................................................. 30

Figura 7: Plataforma como Serviço - PaaS ............................................................................... 31

Figura 8: Variação do esforço com o tempo em um projeto .................................................... 40

Figura 9: O ciclo de vida do projeto subdividido em fases ou Grupos de Processo ................ 41

Figura 10: Fluxo com os 47 processos do PMBOK® Guide 5a Edição ................................... 43

Figura 11: As dez áreas de conhecimento do gerenciamento de projetos ................................ 44

Figura 12: Processos de Gerenciamento da Integração distribuídos ao longo das fases do

projeto ............................................................................................................................... 46

Figura 13: Ciclo de Mudanças do projeto ................................................................................ 50

Figura 14: Processos de Gerenciamento do Escopo distribuídos ao longo das fases do projeto

.......................................................................................................................................... 51

Figura 15: Processos de Gerenciamento do Tempo distribuídos ao longo das fases do projeto

.......................................................................................................................................... 56

Figura 16: Gráfico de Gantt ...................................................................................................... 59

Figura 17: Exemplo simplificado de um diagrama de Rede .................................................... 60

Figura 18: Gráfico de Marcos ................................................................................................... 61

Figura 19: Processos de Gerenciamento dos Custos distribuídos ao longo das fases do projeto

.......................................................................................................................................... 63

Figura 20: EAP como ferramenta para o cálculo do custo do projeto ...................................... 64

Figura 21: Exemplo de visualização do orçamento .................................................................. 65

Figura 22: Exemplo de Cronograma de Desembolso de um projeto ........................................ 66

Figura 23: Processos de Gerenciamento das Comunicações distribuídos ao longo das fases do

projeto ............................................................................................................................... 67

Figura 24: Processos de Gerenciamento dos Riscos distribuídos ao longo das fases do projeto

.......................................................................................................................................... 70

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Figura 25: Processos de Gerenciamento das Partes Interessadas distribuídos ao longo das

fases do projeto ................................................................................................................. 73

Figura 26: Diagrama de poder/interesse das partes interessadas .............................................. 74

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: Fatores impulsionadores ...................................................................................... 11

TABELA 2: Fatores inibidores ................................................................................................. 12

TABELA 3: Unidade de processamento de energia utilizado na virtualização e na

paravirtualização ............................................................................................................... 29

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANS Acordo de Níveis de Serviço

AWS Amazon Web Services

APIs Application Programming Interface, ou Interface de Programação de Aplicações

BIOS Basic Input/Output System, ou Sistema Básico de Entrada/Saída

CBS Cost Breakdown Structure

CDN Amazon CloudFront, ou Rede de entrega de conteúdo

CPU Central Processing Unit, ou Unidade central de processamento

DaaS Desktop as a Service, ou Desktop como Serviço

DBaaS DataBase as a Service, ou Banco de Dados como Serviço

DNS Domain Name System, ou Sistema de Nomes de Domínios

EAP Estrutura Analítica do Projeto

EC2 Amazon Elastic Compute Cloud

HD Hard Disk

IaaS Infrastructure as a Service, ou Infraestrutura como Serviço

IoT Internet of Things, ou Internet das Coisas

IP Internet Protocol

IPSec IP Security Protocol, ou Protocolo de Segurança IP

LAN Local Area Network

NoSQL Not Only SQL

Lock-in Risco de aprisionamento forçado

Log Processo de registro de eventos relevantes num sistema computacional

PaaS Plataform as a Service, ou Plataforma como Serviço

PC Personal Computer

PDA Personal Digital Assistant

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PERT Program Evaluation and Review Technique

PHP Personal Home Page

QoS Quality of Service, ou Qualidade de Serviço

RBS Risk Breakdown Structure

REST Representational State Transfer

S3 Simple Storage Service

SaaS Software as a Service, ou Software como Serviço

SDK Software Development Kit, ou Kit de Desenvolvimento de Software/Aplicativos

SDN Software Defined Networking, ou Redes Definidas por Software

SETI Search for Extraterrestrial Intelligence

SSH Secure Shell

SLA Service Level Agreement, ou Acordo de Nível de Serviço

SOAP Simple Object Access Protocol

SQS Queue Service

TAP Termo de Abertura do Projeto

TI Tecnologia da Informação

TV Televisão

WBS Work Breakdown Structure

Web Teia

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 10

1.1 Considerações iniciais ..................................................................................................... 10

1.2 Objetivos ......................................................................................................................... 17

1.3 Delimitação do Tema ...................................................................................................... 17

1.4 Justificativas .................................................................................................................... 17

1.5 Metodologia .................................................................................................................... 18

1.6 Forma de Desenvolvimento do Trabalho ........................................................................ 19

2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................... 20

3 CONCEITOS DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM ........................................................ 24

3.1 O que é uma Nuvem? ...................................................................................................... 24

3.2 Provedores de Nuvens ..................................................................................................... 32

3.3 Segurança na Nuvem ....................................................................................................... 35

4 METODOLOGIA DE PESQUISA ................................................................................. 38

5 PLANO DE PROJETO PARA MIGRAÇÃO DE SERVIDORES EMPRESARIAIS

PARA A COMPUTAÇÃO EM NUVEM ................................................................................ 39

5.1 Apresentação ................................................................................................................... 39

5.2 Gerenciamento da Integração .......................................................................................... 45

5.3 Gerenciamento do Escopo ............................................................................................... 50

5.4 Gerenciamento do Tempo ............................................................................................... 56

5.5 Gerenciamento dos Custos .............................................................................................. 62

5.6 Gerenciamento das Comunicações ................................................................................. 67

5.7 Gerenciamento dos Riscos .............................................................................................. 70

5.8 Gerenciamento das Partes interessadas ........................................................................... 73

6 CONCLUSÕES ............................................................................................................... 76

7 DESDOBRAMENTOS DO ESTUDO ........................................................................... 77

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 78

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Considerações iniciais

No cenário atual, empresas de todos os segmentos e portes, estão se concentrando em

seus negócios, desta forma minimizando investimentos em áreas, como as relacionadas a

tecnologia. Uma maneira moderna de manter suas estratégias, seus projetos, seus planos de

negócios, dentre outras necessidades, com uma área de tecnologia moderna e bem estruturada,

está no uso de computação em nuvem (cloud computing).

A pesquisa de Future of Cloud Computing Survey (2016)1 é realizada anualmente pela

North Bridge, sendo iniciada em 2011 com 417 participantes, até sua edição atual, em 2015,

que contou com 952 colaboradores, sendo 65% (sessenta e cinco por cento) vendedores e

35% (trinta e cinco por cento) usuários. As respostas dessa pesquisa foram coletadas em 38

(trinta e oito) países distribuídos no mundo todo.

As nuvens computacionais podem ser divididas em 4 (quatro) modelos: públicas,

privadas, híbridas e comunitárias. Além disso, dentro destes modelos, existem também alguns

tipos distintos de implementação, dentre os quais pode-se destacar o Software como Serviço

(Software as a Service – SaaS), Plataforma como Serviço (Plataform as a Service - PaaS),

Infraestrutura como Serviço (Infrastructure as a Service - IaaS), Banco de Dados como

Serviço (Data Base as a Service - DBaaS), Redes Definidas por Software (Software Defined

Networking - SDN), dentre outras.

Ao observar os resultados das empresas participantes da pesquisa, entre 2011 e 2015,

sendo que o percentual de utilização dos modelos apresentados de nuvens estão em 47%

(quarenta e sete por cento) para híbridas, 34% (trinta e quatro por cento) para públicas e 19%

(dezenove por cento) nas privadas, foi notado:

• 43,3% de acréscimo nas nuvens públicas;

• 19,2% de acréscimo nas nuvens híbridas;

• 48,4% de decréscimo nas nuvens privadas. 1 Fonte virtual.

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Outro ponto interessante a se destacar, entre as pesquisas de 2014 e 2015, é que as

nuvens SaaS estão em 77% (setenta e sete por cento) das organizações, com um crescimento

de 9% (nove por cento). O tipo IaaS está em 67% (sessenta e sete por cento) das empresas,

com um crescimento de 19% (dezenove por cento) no último ano.

Analisando as receitas dos clientes associada aos serviços SaaS, PaaS e IaaS em 2015,

a pesquisa publica as seguintes valores:

• SaaS - $53B (bilhões de dólares);

• PaaS - $2,3B (bilhões de dólares);

• IaaS - $25B (bilhões de dólares).

Dentre os crescimentos de utilização, destacam-se os seguintes tipos:

• PaaS – 52% (cinquenta e dois por cento);

• DBaaS – 38% (trinta e oito por cento);

• SND – 25% (vinte e três por cento).

O crescimento do DBaaS nos próximos 2 (dois) anos é de 20% (vinte por cento).

Os fatores impulsionadores da utilização de computação em nuvem, comparando os

anos de 2011 e 2015 podem ser vistos na tabela seguinte.

TABELA 1: Fatores impulsionadores

2011 2015

Escalabilidade Escalabilidade

Custo Agilidade

Inovação Custo

Agilidade Inovação

Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa.

De acordo com a pesquisa Future of Cloud Computing Survey (2016), fica claro que

os fatores escalabilidade e a agilidade são pontos chaves na implantação de computação em

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nuvem das principais empresas. Outro fato importante é que a inovação foi citada como fator

propulsor nos 5 (cinco) anos da pesquisa, expondo que explorar novos caminhos no ambiente

de Tecnologia da Informação (TI) tem direcionado os caminhos dessas áreas.

Embora a computação em nuvem venha crescendo de forma satisfatória nos últimos

anos, ainda existem pontos que trazem dificuldades para sua implantação dentro de alguns

cenários. Portanto, devemos demonstrar os fatores inibidores apresentados entre os anos de

2011 e 2015 na pesquisa Future of Cloud Computing Survey (2016).

TABELA 2: Fatores inibidores

2011 2015

Segurança Segurança

Interoperabilidade Regulamentação

Regulamentação Privacidade

Lock-in Lock-in

Confiabilidade Complexidade

Complexidade

Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa.

Na atualidade, inibidores como segurança, regulamentação, privacidade e

complexidade já foram analisados e tratados pelos grandes provedores de serviços em nuvem

mundiais, como Amazon Web Services, Microsoft, Google, dentre outros. Estes mesmos

temas serão tratados ao longo deste documento. O lock-in, ou risco de aprisionamento

forçado, está acontecendo, pois cada provedor implementa seu próprio conjunto para Interface

de Programação de Aplicações (Application Programming Interface - API), muitas vezes seu

próprio banco de dados e seu próprio ambiente de programação. O resultado é que o usuário

pode ficar aprisionado na nuvem deste fornecedor, uma vez que o trabalho de mover suas

aplicações para outras nuvens não será simples nem de baixo valor.

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A redução dos custos de soluções nas nuvens vem sendo muito bem aceita dentro das

organizações. A pesquisa Future of Cloud Computing Survey (2016) aponta que os valores

caíram 3 (três) vezes, comparando os apresentados em 2015 contra os expostos em 2011.

Estes valores reforçam a viabilidade financeira da utilização de nuvens públicas e híbridas em

todo o planeta.

Embora os fatores inibidores venham sendo gerenciados, além de muitas vezes

reduzidos a taxas muito baixas, durante 2015, 38% (trinta e oito por cento) dos dados foram

movidos de nuvens públicas para nuvens privadas ou híbridas. Mas por que? Os responsáveis

pelas migrações destacam os seguintes pontos que influenciaram nessa tomada de decisão:

• 62% (sessenta e dois por cento) - privacidade;

• 56% (cinquenta e seis por cento) - controle;

• 52% (cinquenta e dois por cento) - custo;

• 52% (cinquenta e dois por cento) - velocidade.

Nesta análise, nota-se que o custo apontado anteriormente como um fator

impulsionador, aqui foi exposto como ponto que influenciou essa migração. A privacidade

estava entre os fatores inibidores da tabela anterior, o que realmente pode influenciar nesse

tipo de decisão. O controle das equipe de TI está muito relacionado com o lock-in, ou risco de

aprisionamento forçado, apresentado anteriormente. Por último devemos analisar a

velocidade, pois os recursos computacionais de uma nuvem pública, ou privada, podem ser

contratados ou configurados de acordo com as necessidades e disponibilidades financeiras da

organização contratante. Um fator que eleva a velocidade de uma aplicação em nuvem, para

um usuário de uma empresa, ao compararmos uma nuvem pública com uma privada, está que

nesta última, a velocidade de acesso ao serviço está relacionada com a velocidade de rede da

empresa, enquanto na outra, está relacionada com a velocidade da internet utilizada pela

empresa.

Ao analisar as perspectivas dos usuários finais, apresentadas na Future of Cloud

Computing Study (2016), destaca-se os seguintes pontos:

• Ainda existe uma divisão 50-50, comparando os relacionamentos ad hoc versos os que

fazem parte do plano estratégico;

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• Quanto menor o número de provedores de serviços de nuvens utilizados por uma

contratante, será melhor, pois atualmente 75% (setenta e cinco por cento) das empresas

utilizam menos que 10 fornecedores;

• 61% (sessenta e um por cento) das empresas que contratam PaaS utilizam apenas 1 (um)

fornecedor, 71% (setenta e um por cento) das empresas usuárias do SaaS fecham negócios

com mais de um fornecedor, enquanto os usuários de IaaS estão 50/50 entre um ou muitos

fornecedores;

• 45,9% (quarenta e cinco ponto nove por cento) optam por múltiplos fornecedores devido

às suas capacidades.

Observando as estratégias de venda dos fornecedores, expõem-se as seguintes

informações:

• Mais de 50% (cinquenta por cento) deles provê serviços de nuvens direto aos clientes

finais;

• 56% (cinquenta e seis por cento) deles espera que existam mais compras on-line nos

próximos 2 (dois) anos.

Ao analisar os investimentos nas nuvens, de acordo com a pesquisa Future of Cloud

Computing Survey (2016), os valores correspondentes a modalidade SaaS privada ultrapassam

$70M (setenta milhões de dólares), existindo um aumento dramático dos fundos de

investimento voltados a esse tipo de serviço nos últimos 6 (seis) anos.

Figura 1: Rodadas de financiamento para empresas de SaaS nos últimos 6 anos.

Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa.

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2010 2011 2012 2013 2014 2015

Núm

erode

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sações

Anos

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Figura 2: SaaS M&A e Pública - Capitais levantados.

Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa.

Observando a figura anterior, obtêm-se o valor de $127,8B (cento e vinte e sete ponto

oito bilhões de dólares) em valores levantados pelas empresas fornecedoras de SaaS.

Figura 3: Nuvem & SaaS - Financiamentos privados

Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa.

8369

1606721985

17005

30118

14978959

970

1990

3581

3971

7789

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Valoresd

e$em

milh

ões

Anos

M&A Públicas

1,9

3,24,2

4,85,3

7,8

0123456789

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Valoresd

e$em

bilh

ões

Anos

323inves;dores

386inves;dores

417inves;dores

334inves;dores

470inves;dores

203inves;dores

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Pode-se observar que o financiamento evoluiu 4 (quatro) vezes nos últimos 5 (cinco)

anos, enquanto o valor de cada investidor subiu 1,8 (um ponto oito) vezes nesses anos (2010:

$1,9B/203= $9,2M por investidor – 2015: $7,6B/470= $16,2M por investidor).

Figura 4: Capital investido em SaaS - Privado versus Público

Fonte: Future of Cloud Computing Study, 2016, North Bridge, tradução nossa.

Para finalizar os assuntos abordados nos parágrafos anteriores, pode-se realizar uma

introspecção relativa aos serviços de computação em nuvem e informações apresentadas:

• Nos últimos anos ocorreram mudanças radicais nas regras;

• A nova onda de oportunidades de dados e negócios só é possível na nuvem;

• Nuvem faz parte de cada novo produto e serviço oferecido atualmente;

• Como podemos gerenciar projetos para migrar a infraestrutura de TI das organizações

para as nuvens?

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1

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2010 2011 2012 2013 2014 2015

$em

milh

ões

Anos

Financiamentosprivados Financiamentospúblicos

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1.2 Objetivos

Este trabalho tem como objetivo desenvolver um Plano de Projeto para migração de

servidores empresariais para a computação em Nuvem. Para isto, serão sistematizados os

conhecimentos relativos a computação em nuvem, para que analistas, gerentes e diretores

possam compreender essa tecnologia. Na sequencia serão aplicadas as melhores práticas em

Gerenciamentos de Projetos do PMBOK® (2013) no desenvolvimento do Plano de Projeto,

sendo que este irá aumentar a segurança de projetos de migrações de servidores empresarais,

devido à avaliação e transmissão de conhecimentos relativos ao escopo, tempo, custos, riscos,

privacidade e complexidade deste conhecimento. Ao final do trabalho, será avaliado a

relevância do uso deste método através do Plano de Projeto pelas empresas, na

implementação de seus projetos.

1.3 Delimitação do Tema

Plano de Projeto parcial, nas áreas de gerenciamento de escopo, tempo, custos,

comunicações, riscos e partes interessadas do PMBOK® (2013), com o foco na migração de

servidores empresariais para nuvem. O modelo de computação em nuvem para o qual o plano

de projeto será realizado é o Infraestrutura como Serviço (IaaS), sendo este o segundo modelo

mais utilizado atualmente pelas empresas que contratam serviços de cloud computing, de

acordo com a pesquisa Future of Cloud Computing Study, 2016.

1.4 Justificativas

No cotidiano das empresas do século XXI, a obtenção de resultados nos negócios

deixou de ser uma meta, tornando-se uma necessidade de cada colaborador. Eficiência,

estabilidade financeira e recursos tecnológicos fazem parte do dia a dia dessas organizações.

Presidentes, diretores e acionistas desejam a redução de custos de todas as áreas, embora o

rendimento das atividades não possa ser reduzido. Desta forma, simplificar o ambiente interno

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de tecnologia dessas empresas, reduzindo o custo dessa área, com uma maior estabilidade e

eficiência, mostra-se de grande importância nas companhias com visão para o futuro. Um

plano de projeto adequado para migração desse tipo de infraestrutura para a computação em

nuvem, será um aliado aos gerentes de projeto e gerentes de tecnologia da informação dessas

empresas.

1.5 Metodologia

Paradigma Qualitativo

Será criado um Plano de Projeto de acordo com as áreas do PMBOK® (2013) mais

relevantes aos profissionais que utilizam ou gerenciam servidores de tecnologia da

informação empresariais e/ou governamentais.

Serão coletadas informações não-probabilísticas através de pesquisas e estudos on-

line, para mapear as maiores resistências das empresas ao migrar servidores, além das áreas

mais relevantes para o desenvolvimento do Plano de Projeto. Será realizada uma interpretação

dos dados coletados empiricamente.

Tipo de Pesquisa

Fins: Metodológica, Explicativa.

Meios: Bibliográfica.

Instrumentos

Livros, artigos, pesquisas e conteúdos on-line em websites de tecnologia da

informação e fornecedores de soluções de computação em nuvem.

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1.6 Forma de Desenvolvimento do Trabalho

No capítulo 1 será realizada uma Introdução, onde será apresentado o assunto e o tema

deste trabalho. Neste capítulo será utilizada a pesquisa Future of Cloud Computing Survey

(2016) para apresentar as tendências da computação em nuvem, além dos pontos que auxiliam

e os que restringem a implantação desse tipo de tecnologia.

Nos capítulos 2, 3, 4 e 5, será realizado o desenvolvimento do material, sendo

divididos da seguinte forma:

• Capítulo 2 – Referencial teórico: Levantamento bibliográfico referente à: Computação em

nuvem; Migração de servidores para nuvem; Gestão de projetos; Plano de Projeto.

• Capítulo 3 – Conceitos da Computação em nuvem: Material explicando os conceitos e

fundamentos de computação em nuvem, incluindo temas como: O que é uma nuvem;

Diferença entre virtualização e nuvem; Aplicativos, Negócios e provedores de Nuvens;

Estratégias e Segurança nas nuvens.

• Capítulo 4 – Metodologia de Pesquisa: Metodologia de pesquisa deste estudo realizado

para desenvolver o Plano de Projeto, expondo: paradigma; tipo de pesquisa; instrumentos

utilizados.

• Capítulo 5 – Plano de Projeto: Plano de Projeto baseado no PMBOK® (2013) incluindo

ao menos as seguintes áreas: Gerenciamento da Integração; Gerenciamento de Escopo;

Gerenciamento do Tempo; Gerenciamento de Custos; Gerenciamento das Comunicações;

Gerenciamento dos Riscos; Gerenciamento das Partes Interessadas.

A Conclusão será realizada no capítulo 6, onde serão apresentadas as considerações

finais com foco em gestão de projetos, uma apresentação dos resultados, além de responder as

questões de estudo do objetivo deste documento.

No capítulo 7, serão apresentados os Desdobramentos do Estudo, onde será exposta a

forma de utilização do Plano de Projeto desenvolvido.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

O tema computação em nuvem está sendo cada vez mais pesquisado e publicado por

autores nacionais e internacionais. CHEE (2013) na publicação Cloud Computing –

Computação em Nuvem – Tecnologias e Estratégias Ubíquo, faz uma abordagem sobre os

conceitos e aplicações desse tipo. Pode-se destacar que na publicação de CHEEE (2013) são

abordadas as áreas como: O que é uma Nuvem; Grades; HPs e Nuvem; Virtualização;

Aplicativos; Provedores; Estratégias; Segurança e Futuro da Nuvem.

VELTE (2012) traz uma visão do mundo em serviços e aplicativos de empresas

baseadas na internet, além de explorar a cobertura de infraestrutura para nuvens, padrões,

segurança, migração, melhores práticas, dentre outros conceitos, no livro Computação em

Nuvem: Uma abordagem prática, VELTE (2012) também apresenta uma análise de uma

grande variedade de soluções oferecidas pelos principais fornecedores de computação em

nuvem que atuam no mercado.

Ao analisarmos os principais fornecedores de computação em nuvem da atualidade,

através do artigo on-line de CURTIS (2014)2, da Computer Business Review, temos a seguinte

divisão por modalidade de serviço:

• Infraestrutura como Serviço (IaaS): Amazon Web Services e Microsoft Azure;

• Armazenamento (Storage): Google Drive e Box;

• Desktop como Serviço (DaaS): Citrix e WMware;

• Software como Serviço (SaaS): Salesforce.com e Insightly;

• Plataforma como Serviço (PaaS): Red Hat OpenShift e Heroku.

A Amazon Web Services (AWS)3 sempre está destacada entre um dos melhores

fornecedores de soluções para computação em nuvem, principalmente em IaaS. Em sua

homepage seus principais serviços são apresentados. Na sequencia seguem as opções em

destaque na AWS.

• Serviços de infraestrutura de nuvem (IaaS):

2 Fonte virtual. 3 Fonte virtual.

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o Computação: Servidores virtuais, Contêineres, Implantação de aplicativos Web 1-

Click, Funções de computação orientadas a eventos, Auto Scaling, Balanceamento de

carga;

o Armazenamento e entrega de conteúdo: Armazenamento de objetos, CDN,

Armazenamento em bloco, Armazenamento do sistema de arquivos, Armazenamento

de arquivos mortos, Transporte de dados, Armazenamento integrado;

o Banco de dados: Relacional, Migração do banco de dados, NoSQL, Armazenamento

em cache, Data Warehouse;

o Redes: Virtual Private Cloud, Conexões diretas, Balanceamento de carga, DNS.

• Serviços completos de plataforma na nuvem (PaaS):

o Análise: Hadoop, Pipelines de dados, Elasticsearch, Dados de streaming,

Aprendizagem de máquina, Inteligência de negócios, Data Warehouse;

o Aplicações empresariais: Virtualização de desktops, E-mail e calendário,

Compartilhamento e feedback de documentos;

o Serviços móveis: Desenvolvimento móvel, Gerenciamento de APIs, Identidade, Teste

de aplicativos, Mobile Analytics, Desenvolvimento, Notificações;

o Internet das Coisas: IoT.

• Serviços de produtividade e a eficiência operacional do desenvolvedor:

o Ferramentas de desenvolvedor: Gerenciamento de código fonte, Implantação de

código, Distribuição contínua;

o Ferramentas de gerenciamento: Monitoramento e logs, Modelos de recursos, Auditoria

de uso e recursos, Gerenciamento de recursos Dev/Ops, Catálogo de serviços,

Otimização de desempenho;

o Segurança e identidade: Controle de acesso, Gerenciamento de identidades, Avaliação

de segurança, Gerenciamento e armazenamento de chaves, Firewall de aplicativos da

web;

o Serviços de aplicações: Gerenciamento de APIs, Streaming de aplicativos, Pesquisa,

Transcodificação, E-mail, Notificações, Filas, Fluxo de trabalho.

A AWS disponibiliza uma série de conteúdos educacionais sobre computação em

nuvem, através de artigos e vídeos. Páginas do site de interesse aos novos usuários de cloud

computing são: O que é a computação em nuvem?, Centro de informações sobre economia,

Centro de arquitetura, Centro de segurança, Whitepapers, e Blog da AWS. Também estão

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disponíveis os seguintes Recursos e treinamentos: Desenvolvedores, Java na AWS, JavaScript

na AWS, Aplicativos móveis na AWS, PHP na AWS, Python na AWS, Ruby na AWS,

Windows e NET na AWS, SDKs e ferramentas, AWS Marketplace, Grupos de usuários,

Planos de suporte, Painel de integridade do serviço, Fóruns de discussão, Perguntas

frequentes, Documentação, Artigos e tutoriais, Programa de testes.

O estudo Future of Cloud Computing Study (2016) publicado entre 2011 e 2015 pela

North Bridge realiza uma análise do cenário atual dos usuários e fornecedores de soluções em

computação nas nuvens. A utilização de SaaS e IaaS nessas grandes empresas também é

demonstrado, inclusive o acréscimo e decréscimo desses serviços nos últimos anos. Os fatores

impulsionadores e inibidores da utilização de computação em nuvem entre 2011 e 2015 são

mapeados, demonstrando como os usuários finais enxergam essa tecnologia. Dentre as

considerações finais, o estudo aponta que a “Nuvem faz parte de cada novo produto e serviço

oferecido atualmente” na internet.

O PMBOK® (2013) é atualmente reconhecido como o padrão mundial para

gerenciamento de projetos, sendo este publicado pelo Project Management Institute. Este guia

explora os três conceitos centrais que são de grande importância para o gerenciamento de

projetos: ciclo de vida do projeto; o processo administrativo do projeto e as áreas do

conhecimento. Na edição de 2013, ou seja, a 5a edição, existem dez áreas de conhecimento,

que são: o gerenciamento de escopo, o gerenciamento do tempo, o gerenciamento dos custos,

o gerenciamento da qualidade, o gerenciamento de recursos humanos, o gerenciamento das

comunicações, o gerenciamento de riscos, o gerenciamento de suprimentos (aquisição), o

gerenciamento da integração e o gerenciamento das partes interessadas (stakeholders). Estes

conhecimentos serão utilizados durante o desenvolvimento do “Plano de Projeto para

migração de servidores empresariais para a computação em Nuvem” que está sendo

desenvolvido.

Como auxilio do material para o desenvolvimento de um plano de projeto, será

utilizada a publicação de VIANA (2014), o Manual prático do plano de projeto: utilizando o

PMBOK® Guide. O livro é preenchido com documentos e modelos prontos para utilização no

planejamento e gerenciamento de projetos. VIANA (2014) explica as principais técnicas de

análise e modelagem de forma que esses documentos e modelos podem ser utilizados

efetivamente no gerenciamento de projetos. Ao longo do livro, um exemplo real e prático é

utilizado para explicar todas as questões relacionadas ao gerenciamento do projeto, incluindo

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escopo, tempo, custos, qualidade, recursos humanos, comunicações, aquisições e partes

interessadas. Estas informações, junto ao conhecimento de computação em nuvem, são

importantes para o Plano de Projeto para migração de servidores empresariais para a

computação em Nuvem.

A migração de dados e serviços para a nuvem é abordada no livro de VELTE (2012),

no capítulo Migrando para a Nuvem. Os principais tópicos abordados pelo autor nesta áreas

são: Serviços de Nuvem para Pessoas Físicas, Serviços de Nuvem Visando o Mercado Médio,

Ofertas de Nuvem Enterprise-Class e Migração.

Outra publicação abordando a migração, a dissertação de pós-graduação do Instituto

De Educação Tecnológica, Belo Horizonte, de SANTOS (2010), denominada Computação

em nuvem: Conceitos e Perspectivas, expõe uma metodologia para esse atividade nos

fornecedores de computação em nuvem como, Microsoft, Salesforce, Skytap, HP, IBM,

Amazon e Google. Embora o capítulo Migrando para um ambiente de computação em nuvem

seja importante para este documento, outras partes da dissertação, como Preparando o

ambiente para computação em nuvem, Computação em nuvem no ambiente corporativo e

Segurança, também merecem atenção do leitor.

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3 CONCEITOS DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM

3.1 O que é uma Nuvem?

Ao executar aplicativos que compartilham fotos com milhões de usuários móveis ou

fornecendo suporte a operações críticas de negócios, a "nuvem" oferece acesso rápido a

recursos de TI flexíveis e de baixo custo. Com a computação em nuvem, não é preciso

realizar grandes investimentos iniciais em hardware e perder tempo nas atividades de

manutenção e gerenciamento desse hardware. Ao invés disso, é possível provisionar

exatamente o tipo e tamanho corretos de recursos computacionais necessários para executar a

sua mais recente ideia ou operar o departamento de TI. O usuário final pode acessar quantos

recursos forem necessários, quase instantaneamente, e pagar apenas pelo que usa.

A computação em nuvem oferece uma forma simples de acessar servidores,

armazenamento, bancos de dados e um conjunto amplo de serviços de aplicativo pela Internet.

Os provedores de computação em nuvem, como a Amazon Web Services, Google, Microsoft,

IBM, Locaweb, dentre outros, adquirem e mantêm o hardware conectado à rede necessário

para esses serviços de aplicativo, enquanto o usuário provisiona e utiliza o que precisa através

de um aplicativo web.

De acordo com a Amazon Web Services (2016)4, existem seis vantagens e benefícios

da computação em nuvem:

Substitua despesas de capital por despesas variáveis

Ao invés de investir substancialmente em datacenters e servidores antes de saber como serão utilizados, você pode pagar apenas quando consumir recursos de computação, e pagar apenas pela quantidade consumida.

Beneficie-se de economias massivas de escala

Ao utilizar a computação em nuvem, você pode alcançar um custo variável mais baixo do que seria possível normalmente. Como a utilização de centenas de milhares

4 Fonte virtual. Amazon Web Services, 2016, disponível em: https://aws.amazon.com/pt/what-is-cloud-

computing.

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de clientes é agregada na nuvem, provedores como a Amazon Web Services conseguem alcançar economias de escala maiores, o que se traduz em preços mais baixos com pagamento conforme o uso.

Pare de adivinhar a capacidade

Elimine as suposições ao determinar sua necessidade de capacidade de infraestrutura. Ao tomar uma decisão sobre a capacidade, antes da implementação do aplicativo, você frequentemente lida com a ociosidade de recursos caros ou com limites de capacidade. Com a computação em nuvem, esses problemas desaparecem. Você pode acessar o quanto precisar, e escalonar para maior ou para menor conforme necessário com apenas alguns minutos de antecedência.

Aumente a velocidade e agilidade

No ambiente de computação em nuvem, recursos adicionais de TI estão ao alcance em apenas um clique, o que significa que o tempo necessário para disponibilizar estes recursos aos desenvolvedores é reduzido de semanas para apenas minutos. Isso resulta em um aumento dramático na agilidade da organização, pois o custo e tempo necessários para experimentar e desenvolver é significantemente mais baixo.

Pare de gastar dinheiro com execução e manutenção de datacenters

Concentre-se em projetos que diferenciam sua empresa ao invés da infraestrutura. A computação em nuvem permite que você se volte aos seus clientes, ao invés do trabalho pesado de estruturar, empilhar e manter servidores ligados.

Torne-se global em minutos

Implante facilmente sua aplicação em várias regiões em todo o mundo com apenas alguns cliques. Isso significa que você pode oferecer latência menor e uma experiência melhor aos seus clientes de forma simples e por um custo mínimo.

(Amazon Web Services, 2016, https://aws.amazon.com/pt/what-is-cloud-computing/)

Neste documento, será utilizada a definição CHEE (2013) para o conceito de

computação em nuvem:

Computação em nuvem é um modelo de processamento de informação no qual recursos de computação administrados de forma centralizada são oferecidos como serviços, à medida que são demandados, através da rede para uma variedade de aplicativos que permitem a interatividade com o usuário (CHEE, 2013, p.21).

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Embora algumas ideias já tenham sido apresentadas, antes de entrarmos na

computação em nuvem temos que entender sobre o que estamos falando. Inicialmente

devemos discutir conceitos fundamentais que formam a base de computação em nuvem,

depois entraremos em detalhes mais específicos. Ao longo do material, definiremos termos

usados nas discussões sobre cloud computing e veremos por que as mais variadas

organizações estão utilizando essa tecnologia em suas aplicações.

Serviços de Computador Tornam-se Abstratos

As interações e funções de sistemas computacionais com outros sistemas podem ser

analisados como um conjunto de blocos de montar. Um arquiteto de sistemas, quando inicia

seu trabalho de uma determinada aplicação, utiliza uma série de blocos, de diversas cores,

onde cada cor representa uma funcionalidade ou processo da solução. Os blocos de cores

distintas vão sendo unidos, formando uma aplicação estável e coesa, de acordo com as

necessidades especificadas pelo escopo do projeto. Utilizando o mesmo raciocínio, teremos o

conceito de uma camada de abstração: “[...] proporciona uma maneira de conectar dois

sistemas sem mudar radicalmente nenhum deles [...]” (CHEE, 2013, p.21).

Desta forma, a abstração torna-se um conceito fundamental para o entendimento de

computação em nuvem, já que ela nos permite imaginar um serviço particular, sem pensar em

que componente de hardware será utilizado. Podemos contratar serviços com uma quantidade

de CPU, uma determinada memória, um espaço de armazenamento, um sistema operacional,

atendendo uma necessidade de projeto, onde não saberemos onde, ou que que servidores, esse

serviço contratado através de um serviço Cloud IaaS foi adquirido.

Componentes da Computação em Nuvem

De uma forma simples, uma solução de computação em nuvem é composta de vários

elementos: clientes, datacenter e servidores distribuídos. Conforme as indicações da Figura 5,

estes componentes formam as três partes de uma solução de computação em nuvem.

Cada elemento tem uma finalidade, possuindo um papel específico em entregar um

aplicativo baseado em nuvem.

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Figura 5: Componentes que formam a computação em nuvem

Fonte: Criada pelo autor.

Clientes

Os clientes são em uma arquitetura de computação em nuvem (Computação em

Nuvem), exatamente o que eles são em uma simples, antiga rede local (LAN). São,

geralmente, os computadores que estão em sua mesa. Mas eles podem ser também laptops,

celulares, tablet PCs ou PDAs, todos com poderosos drivers para a computação em nuvem,

devido a sua mobilidade (VELTE, 2012, p.7).

Datacenter

O datacenter é um conjunto de servidores onde o aplicativo é armazenado. Poderia ser

um grande quarto no porão de seu edifício ou em um quarto cheio de servidores no outro lado

do mundo que você acessa através da Internet.

Uma tendência crescente no mundo de TI é a virtualização de servidores. Isto é, o

software pode ser instalado permitindo que vários servidores virtuais sejam usados. Desta

maneira, você pode ter meia dúzia de servidores virtuais funcionando em um servidor físico

(VELTE, 2012, p.7).

Servidores Distribuídos

Entretanto, os servidores não têm que estar alocados em um mesmo local.

Normalmente, os servidores estão em diferentes posições geográficas. Mas para você, usuário

da nuvem, estes servidores agem como se estivessem cantarolando um ao lado do outro.

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Isto permite ao prestador de serviços maior flexibilidade nas opções e na segurança.

Por exemplo, a Amazon possui uma solução de nuvem nos servidores no mundo inteiro. Se

algo acontecer em um local, causando uma falha, o serviço ainda poderá ser acessado através

de outro local. Também, se a nuvem precisa de mais hardware, não precisam jogar mais

servidores no cofre forte, eles podem adicioná-los em outro local e simplesmente torná-lo

parte da nuvem (VELTE, 2012, p.8).

Infraestrutura

A computação em nuvem não é um produto de uma utilidade apenas. A infraestrutura

pode ser implantada de várias maneiras diferentes. A infraestrutura dependerá do aplicativo e

como o provedor escolheu construir a solução da nuvem. Esta é uma das vantagens-chave

para utilizar a nuvem. Suas necessidades podem ser tão grandes que o número de servidores

exigidos pode exceder sua necessidade ou orçamento para funcionar localmente. Por outro

lado, você pode necessitar de pouca potência de processamento, assim você não precisa

comprar um servidor dedicado para realizar o trabalho. A nuvem atende ambas as

necessidades (VELTE, 2012, p.8).

Computação em Grade

A computação em grade é confundida frequentemente com a computação em nuvem,

porém, são completamente diferentes. A computação em grade aplica os recursos de vários

computadores em uma rede de trabalho em um único problema ao mesmo tempo. Isto é feito

geralmente para identificar um problema científico ou técnico.

Um exemplo conhecido disso é a busca para o projeto Search for Extraterrestrial

Intelligence (SEYI) @Home (2016). Neste projeto, pessoas do mundo inteiro permitem que o

projeto SEYI compartilhe os ciclos não utilizados de seus computadores na busca por sinais

da inteligência em milhares de horas de dados de rádio gravados.

A computação em grade necessita do uso de software que pode se dividir e então

enviar partes do programa aos milhares de computadores. Pode ser feito em todos os

computadores de uma empresa, ou pode ser feito como uma forma de colaboração pública

(VELTE, 2012, p.8).

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Virtualização Completa

A virtualização completa é uma técnica em que uma instalação completa de uma

máquina é rodada em outra. O resultado é um sistema no qual todo o software que roda no

servidor está dentro de uma máquina virtual.

Este tipo de implementação permite não somente que as aplicações originais

funcionem, mas que os diferentes sistemas operacionais também.

A virtualização é relevante à computação em nuvem porque é uma das maneiras em

que você acessará serviços na nuvem. Isto é, o datacenter remoto pode disponibilizar seus

serviços em um formato inteiramente virtualizado (VELTE, 2012, p.9).

Paravirtualização

A paravirtualização permite que várias operações de sistemas funcionem em um único

dispositivo de hardware ao mesmo tempo, mais eficientemente, utilizando recursos de

sistema, como processadores e memória.

Uma virtualização completa, o sistema inteiro é emulado (BIOS, drive e assim por

diante), mas na paravirtualização, seu módulo de gerenciamento opera com um sistema

operacional que foi ajustado para trabalhar em uma máquina virtual. A paravirtualização

geralmente funciona melhor do que o modelo de virtualização completa, simplesmente

porque, em uma implantação inteiramente virtualizada, todos os elementos devem ser

emulados (VELTE, 2012, p.10).

TABELA 3: Unidade de processamento de energia utilizado na virtualização e na paravirtualização

Tipo de

virtualização

Instâncias de

Hóspedes

Despesas gerais

de virtulização

Necessidade de

processamento de sistema

Total

Virtualização

completa

5 10% (50% total) 10% (50% total) 100%

Paravirtualização 8 2% (16% total) 10% (50% total) 96%

Fonte: Computação em Nuvem: Uma abordagem prática, (2012, p.11).

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A paravirtualização permite também a melhor escalabilidade. Por exemplo, se uma

solução completa virtualizada exige 10% da utilização do processador, então cinco sistemas

poderiam funcionar em outro, antes que o desempenho chegue no máximo!

A paravirtualização exige somente 2% da utilização do processador, por exemplo, do

convidado e ainda deixa 10% do sistema operacional do convidado disponível. Isto está

ilustrado na Tabela 3.

Software Como Serviço

O Software como um Serviço (SaaS) é o modelo em que um aplicativo é oferecido

como um serviço aos clientes que o acessam através da Internet. Quando o software é

hospedado off-site, o cliente não precisa adquirir licença de uso ou de suporte. Por outro lado,

está fora do alcance do cliente quando o serviço de hospedagem decide mudar. A ideia é que

você usa o software fora da caixa e que não precisa fazer muitas mudanças ou solicitar a

integração a outros sistemas.

O provedor faz todo o processo e atualizações assim como mantém a infraestrutura

funcionando (VELTE, 2012, p.11).

Figura 6: Software como Serviço - SaaS

Fonte: Computação em Nuvem: Uma abordagem prática, (2012, p.12).

O SaaS difere das antigas distribuições de soluções de computação, uma vez que o

SaaS foi desenvolvido especificamente para uso de ferramentas da web, como o navegador.

Isto torna-os web-nativos. Foi construído também com um múltiplo back-end, que permite a

múltiplos clientes usarem o mesmo aplicativo.

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O SaaS oferece acesso à rede baseada em software disponível no mercado. Já que o

software é gerenciado em uma localização central, os clientes podem acessar seus aplicativos

sempre que o acesso à internet estiver disponível.

Plataforma como um serviço

Seguindo os passos do SaaS, a Plataforma como um Serviço (PaaS) é outro modelo de

aplicação. O PaaS fornece todos os recursos necessários para construir aplicativos e serviços

diretamente na internet, sem precisar baixar ou instalar software.

Figura 7: Plataforma como Serviço - PaaS

Fonte: Computação em Nuvem: Uma abordagem prática, (2012, p.14).

Os serviços PaaS incluem design de aplicativo, desenvolvimentos, testes, implantação

e hospedagem. Outros serviços incluem a colaboração em equipem integração de serviços

web, integração de banco de dados, segurança, escalabilidade, gerenciamento de

armazenamento, de estado de versão.

O PaaS pode ser utilizado por muitos usuários simultaneamente, ele foi projetado para

esse fim, e, geralmente, dispõe de instalações automáticas de simultaneidade, gerenciamento,

escalabilidade, fallover (redundância) e segurança.

O PaaS também apoia o desenvolvimento de interfaces web, como Simple Object

Access Protocol (SOAP) e Representational State Transfer (REST), que permitem a

construção de serviços múltiplos de web, às vezes chamado de marshups. As interfaces

também são capazes de acessar bases de dados e serviços de reutilização que estão dentro de

uma rede privada (VETEL, 2012, p.13).

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Insfraestrutura como Serviço

Neste modelo, a Insfraestrutura como Serviço (IaaS) você utiliza as máquinas

fornecedoras de cloud computing. Isto é, você utiliza o servidor virtualizado e executa o

software nele.

De maneira análoga aos modelos anteriores, neste modelo você contrata sua

infraestrutura como serviço, com uma vantagem muito interessante ao modelo tradicional,

que é a contratação de servidores virtuais (e outros dispositivos de infraestrutura) ao invés de

comprar servidores, roteadores, racks e outros hardwares. Aqui você é tarifado por alguns

fatores, como o número de servidores virtuais, quantidade de dados trafegados, dados

armazenados e outros itens, dependendo de como e com quem (fornecedor IaaS) você

trabalha. Neste caso, a Amazon EC2 e a Microsoft são fornecedores em destaque no mercado.

No IaaS, é utilizado o modelo pay-per-use, onde a cobrança é baseada no serviço e não em

produto, ou seja, se você precisa de 10 servidores para o próximo mês, você contrata a

utilização destes servidores por este período determinado e depois, simplesmente cancela a

utilização, exatamente como a compra de um serviço de TV a cabo ou um plano de serviço de

dados para seu celular.

De uma maneira bem simples, podemos dizer que os modelos SaaS, IaaS e PaaS em

cloud computing são substitutos para a infraestrutura tradicional com o diferencial do modelo

de comercialização, que, ao invés de licenciamento, utiliza um modelo baseado em

pagamento por utilização de recursos.

3.2 Provedores de Nuvens

Vale a pena ter um entendimento dos conceitos usados pelos principais provedores de

computação em nuvem, apoiando esse conhecimento em exemplos de serviços. Com essas

informações, você poderá combinar as soluções de nuvem oferecidas com a sua situação real

de TI.

Iremos analisar alguns serviços de nuvens oferecidos atualmente e o que eles

representam. Estes produtos e serviços não são a totalidade dos oferecidos no mercado,

embora representem boas alternativas disponíveis.

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Amazon

A Amazon, ou os Amazon Web Services (AWS), estão sempre na mídia digital, sendo

um dos principais fornecedores de computação em nuvem do mundo. Os AWS fornecem

serviços de hospedagem de máquina virtual (EC2), armazenamento (S3), banco de dados

(SimpleDB), fornecimento de conteúdo (Cloud Front) e Queue Service (SQS) para lidar com a

tráfego assíncrono de servidores. Toda essa magnitude fez com que os Amazon Web Services

abrissem caminho para uma nova indústria, ou pelo menos se tornaram um marca-passo que

todos os outros devem acompanhar.

Amazon S3

Simple Storage Service é simplesmente um sistema de armazenamento baseado na

Web que é extremamente simplificado e que disponibiliza enormes espaços de

armazenamento pelo valor que se escolhe pagar (CHEE, 2013, p. 121).

Ao planejar um armazenamento na nuvem não devemos esquecer que a largura de

banda não é gratuita. O primeiro mês de uso do S3 pode custar mais caro que os meses

adicionais, pois iremos realizar a migração dos HDs locais para o armazenamento virtual. A

Amazon afirma isso em sua página.

De acordo com a “Definição de preço de solicitações”, utilizando a região “América

do Sul (São Paulo)”, temos as seguintes definições de preços:

• Solicitações PUT, COPY, POST ou LIST: $0.007 por 1.000 solicitações;

• Solicitações GET e todas as outras: $0.0056 por 10.000 solicitações.

(Amazon Web Services, 2016, https://aws.amazon.com/pt/s3/pricing/)

Dentre as principais características do S3 podemos destacar:

• Replicaçãoentreregiões;

• Versionamento;

• Gerenciamentodeciclodevida;

• Criptografia;

• Gerenciamentodesegurançaeacesso;

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• Monitoramentoecontrolesdecusto;

• Outros.

Amazon EC2

A Elastic Cloud Compute da Amazon é uma combinação variada na qual imagens de

servidores virtuais podem ser ordenadas em um surpreendente arranjo de combinações de

sistemas operacionais, recursos de sistemas e, naturalmente, integração com o sistema

Amazon S3 de armazenamento. É possível optar por usar as imagens de máquinas prontas da

Amazon ou fazer o upload das suas próprias imagens de discos e fazer a geração do sistema

desde o zero. As opções são muitas, e é essa gama de opções que torna a EC2 útil para tantas

organizações diferentes (CHEE, 2013, p. 123).

A EC2 também proporciona dispersão geográfica dos seus recursos de computação e a

habilidade de mudar para qual servidor virtual são direcionados seus endereços Internet que

realmente estão apontados. Assim, por exemplo, seu grupo de TI pode ter dois ou mais

servidores idênticos rodando. Portanto, suponha que sejam aplicados upgrades de aplicativos

e um problema imprevisto trava sua máquina de produção. Em vez de ter que esperar que os

engenheiros da Amazon mudem seu endereço IP para o seu backup, seu grupo de TI pode

fazê-lo através do portal da conta (CHEE, 2013, p. 124).

O Contrato de Nível de Serviços da Amazon EC2 disponibiliza um SLA, ou seja, uma

confiabilidade em que o serviço estará no funcionando corretamente de 99,95% do tempo.

Traduzindo essa disponibilidade em tempo, ela garante que o serviço pode ficar, na máximo,

21,56 minutos fora de funcionamento em um mês (usando o mês com 30 dias).

De acordo com a “Definição de preço do Amazon EC2”, utilizando a região “América

do Sul (São Paulo)”, temos as seguintes definições de preços:

• Servidor m3.medium (1 vCPU, 3.75 Memória GiB, 1x4GB SSD, Linux): $0.095 por hora;

• Servidor m3.large (2 vCPU, 7.5 Memória GiB, 1x32GB SSD, Linux): $0.19 por hora;

• Servidor m3.xlarge (4 vCPU, 15 Memória GiB, 2x40GB SSD, Linux): $0.381 por hora;

• Servidor m3.2xlarge (8 vCPU, 30 Memória GiB, 2x80GB SSD, Linux): $0.761 por hora.

(Amazon Web Services, 2016, https://aws.amazon.com/pt/ec2/pricing/)

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Google

O Google App Engine se destina a separar o usuário dos problemas que dependem do

sistema operacional, além de fornecer um suporte nativo dos tipos Python e Java Virtual

Machine. O que torna isso mais significativo é que é possível alavancar uma enorme

quantidade de recursos livres disponíveis para qualquer um, e o usuário só será cobrado

quando seu site começar a exceder os limites de contras gratuitas. O download do kit de

desenvolvimento de software está disponível para Mac, Windows e Linux, e permite a

modelagem off-line, mesmo sem uma conta App Engine (CHEE, 2013, p. 127).

O sistema de desenvolvimento do Google fornece um ambiente de desenvolvimento

Web, integrado aos bancos de dados, Imaging API, Mail API e MemCache para lidar com

CDNs. Desta forma, o Google está fornecendo um ambiente de desenvolvimento que tem um

conjunto comum de ferramentas e recursos que por sua própria natureza forçam o código a ter

um maior nível de intercambialidade do que aquilo que você encontra em um sistema baseado

em uma máquina virtual, como o sistema da Amazon.

Microsoft

O Azure da Microsoft é, na realidade, parte de uma solução de nuvem múltipla, que

está rapidamente mudando de forma. Até o momento, não foi apresentado como sendo uma

“solução nuvem”, mas certamente consiste em um punhado de soluções que são muito

nebulosas em sua natureza. Somente o tempo dirá o que os analista irão decidir, mas é certo

que a Microsoft será um participante, mesmo que seja somente por seu domínio no mercado

de workstation e servidor (CHEE, 2013, p. 129).

3.3 Segurança na Nuvem

A segurança em computação na nuvem leva questões relacionadas à privacidade e

segurança das informações que residem nas nuvens. Apesar de inúmeras preocupações com o

assunto, o debate sobre os riscos na nuvem muitas vezes ignora a importância de criar planos

de contingência e Acordo de Níveis de Serviço (ANS), voltados a garantir confiabilidade e a

certeza de que os negócios não sofrerão grandes dificuldades no caso de um incidente.

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Os riscos referentes à segurança e privacidade das informações na nuvem, bem como a

portabilidade dos dados, costumam ser de alta criticidade. Além disso, quando as informações

críticas das empresas estão nas mãos de outras pessoas também pode refletir em menos

garantia do cumprimento das leis.

Na computação tradicional os usuários têm total controle sobre seus dados, processos e

seu computador. Por outro lado, na computação em nuvem todos os serviços e manutenção

dos dados são fornecidos por um fornecedor de nuvem. Neste contexto o cliente desconhece

quais processos estão em execução ou onde os dados estão armazenados, essa abstração de

atividades se deve justamente ao dinamismo inerente da nuvem. Sendo assim o cliente não

tem controle sobre todas as movimentações de seus dados na nuvem.

No serviço de computação em nuvem, torna-se difícil criar padrões a partir de

experiências adquiridas com a computação tradicional. Neste sentido, é necessário buscar

cada vez mais adoção das melhores práticas em segurança, para que as organizações possam

desfrutar dos benefícios da computação em nuvem.

Os serviços fornecidos pela nuvem computacional podem ser disponibilizados em

qualquer local físico de abrangência da mesma, ou utilizando componentes de infraestrutura

compatíveis com o ambiente do consumidor. A gerência de um grande número de serviços

(SaaS, PaaS, IaaS) e recursos físicos pode gerar um volume considerável de dados a ser

administrada de maneira centralizada, pois será necessário coletar, armazenar, analisar e

processar estes dados. Assim, a administração centralizada pode ser considerada impraticável,

e portanto faz-se necessário instanciar serviços de gerenciamento distribuídos e fracamente

acoplados.

Desta forma, é necessário a implantação de um modelo de gerenciamento seguro e

confiável. A implantação de mecanismos de autenticação robustos e esquemas de delegação

de direitos funcionando de maneira confiável são fundamentais para o correto gerenciamento

de identidades e para a prestação de serviços em nuvens computacionais.

MARCON (2016, p. 92) cita um modelo denominado CloudDataSec, a fim de prover a

segurança em Cloud Computing. Este modelo, conforme os autores, é composto das seguintes

camadas:

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• Análise de risco: estabelece e gerencia as avaliações de riscos sobre a terceirização de

serviços na nuvem, auxiliando na identificação das informações e serviços que devem

permanecer dentro dos limites da organização consumidora;

• Orientações de segurança: descreve as políticas e restrições legais relativas à privacidade

aplicáveis ao ambiente de computação em nuvem;

• Monitoração de qualidade de serviço (QoS): um acordo de nível de serviço (Service Level

Agreement – SLA) entre clientes e fornecedores especifica os níveis de exigência de

segurança e privacidade, além de garantir a segurança jurídica dos contratos sobre os

serviços;

• Criptografia dos dados e registros (logs): a criptografia visa proteger a confidencialidade e

integridade das informações, enquanto os registros fornecem um histórico completo das

atividades do usuário;

• Comunicação criptografada: nesta camada são utilizados os protocolos padronizados

como SSH, IPSec e suas implementações.

Para o autor, a aplicação do modelo CloudDataSec garante a aderência à e a proteção

das informações contra alguns ataques, como man-in-the-middle (ataque do intermediário).

Este modelo sugere três níveis de garantia de segurança, sumarizados abaixo. MARCON

(2016, p. 93) afirma que após uma análise de riscos, os seguintes níveis de segurança são

identificados:

• Nível Básico: para o desenvolvimento das páginas Web da empresa; não existem

informações sensíveis armazenadas no servidor Web de desenvolvimento.

• Nível Avançado: para hospedar o site da empresa. Não há restrição sobre o número de

máquinas virtuais na mesma máquina física (host), mas somente máquinas virtuais desse

domínio devem ser permitidas no mesmo host. No caso de um incidente de segurança, a

máquina virtual comprometida é movida para a quarentena, e uma imagem íntegra da

mesma é lançada, para propiciar alta disponibilidade ao serviço.

• Nível Premium: para hospedar uma loja on-line; neste caso, um vazamento de dados dos

usuários pode afetar a reputação da empresa. Em caso de incidente, o sistema é movido

para a quarentena para evitar o vazamento de informações. O serviço não é relançado

automaticamente, para evitar a repetição do ataque e a possibilidade de exposição de

dados pessoais.

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4 METODOLOGIA DE PESQUISA

Paradigma Qualitativo

Será criado um Plano de Projeto de acordo com as áreas do PMBOK® (2013) mais

relevantes aos profissionais que utilizam ou gerenciam servidores de tecnologia da

informação empresariais e/ou governamentais.

Serão coletadas informações não-probabilísticas através de um pesquisas e estudos on-

line, para mapear as maiores resistências das empresas ao migrar servidores, além das áreas

mais relevantes para o desenvolvimento do Plano de Projeto. Será realizada uma interpretação

dos dados coletados empiricamente.

Tipo de Pesquisa

Fins: Metodológica, Explicativa.

Meios: Bibliográfica.

Instrumentos

Livros, artigos, pesquisas e conteúdos on-line em websites de tecnologia da

informação e fornecedores de soluções de computação em nuvem.

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5 PLANO DE PROJETO PARA MIGRAÇÃO DE SERVIDORES EMPRESARIAIS

PARA A COMPUTAÇÃO EM NUVEM

5.1 Apresentação

O que é um projeto?

De acordo com VIANA (2014, p. 3), podemos descrever da seguinte forma:

Projeto é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade.

Com essa definição, fica claro que o gerenciamento de projetos pode ser aplicado em

todas as áreas de conhecimento humano, como marketing, construção civil, pesquisa,

administração de empresas, além da computação em nuvem.

As principais características dos projetos são a temporariedade, a individualidade do

produto ou serviço a ser desenvolvido pelo projeto, a complexidade e a incerteza (VIANA,

2014, p. 3). Essas duas principais características estão relacionadas aos projetos para

migração de servidores empresariais para a computação em nuvem.

Ciclo de Vida de um Projeto

Como exposto por (VIANA, 2014, p. 9), o ciclo de vida possibilita que seja avaliada

uma série de similaridades que podem ser encontradas em todos os projetos, independente de

seu contexto, aplicabilidade ou área de atuação.

Conhecer as fases do ciclo de vida proporciona vários benefícios para quaisquer tipos

de projetos. Dentre eles, podem ser destacados os seguintes:

• a correta análise do ciclo de vida determina o que foi, ou não, feito pelo projeto;

• o ciclo de vida avalia como o projeto está progredindo até o momento;

• o ciclo de vida permite que seja indicado qual o ponto exato em que o projeto se encontra

no momento.

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Um dos principais aspectos a serem avaliados durante o ciclo de vida do projeto é o

nível de esforço. Entende-se por esforço a quantidade de pessoas envolvidas no projeto, o

dispêndio de trabalho e dinheiro com o projeto, as preocupações, as complicações, as horas-

extras etc.

O nível de esforço destinado ao projeto inicia-se em praticamente zero e vai crescendo

até atingir um máximo e, logo após esse ponto, reduz-se bruscamente até atingir o valor zero,

representante do término do projeto.

A localização do ponto máximo de esforço pode variar de projeto para projeto, mas

usualmente acontece no terço final da execução dos trabalhos.

Figura 8: Variação do esforço com o tempo em um projeto

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 10).

Os Grupos de Processos

VIANA (2014, p. 13) diz que os grupos de processos são as fases consideradas

genéricas dentro de um projeto. Cada projeto pode ser dividido em fases que dependem,

intimamente, da natureza do projeto.

Cada fase do projeto é caracterizada pela entrega, ou finalização, de um determinado

trabalho. Um fato importante é que toda entrega deve ser tangível e de fácil identificação,

como por exemplo um relatório confeccionado, um cronograma estabelecido ou um conjunto

de atividades realizado.

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O ciclo de vida de um projeto pode ser dividido em fases características, conforme

ilustrado na figura a seguir.

Figura 9: O ciclo de vida do projeto subdividido em fases ou Grupos de Processo

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 13).

Cada fase do projeto normalmente define:

• qual é o trabalho a ser realizado;

• quem deve estar envolvido (VIANA, 2014, p. 13).

VIANA (2014, p. 14) apresenta uma definição dessas 5 fases do projeto:

Iniciação – É a fase inicial do projeto, quando uma determinada necessidade é identificada e

transformada em um problema estruturado a ser resolvido por ele. Nessa fase, a missão

(justificativa ou caso de negócio) e o objetivo do projeto são definidos, os documentos iniciais

são confeccionados e as melhores estratégias são identificadas.

Planejamento – É a fase responsável por detalhar tudo aquilo que será realizado pelo

projeto, incluindo cronogramas, interdependências entre atividades, alocação dos recursos

envolvidos, análises de custos e etc., para que, no final dessa fase, ele esteja suficientemente

detalhado para ser executado sem dificuldades e imprevistos. Nessa fase, os planos de escopo,

tempo, custos, qualidade, recursos humanos, comunicações, riscos e aquisições são

desenvolvidos.

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Execução – É a fase que materializa tudo aquilo que foi planejado anteriormente,

Qualquer erro cometido nas fases anteriores fica evidente durante esta fase. Grande parte do

orçamento e do esforço do projeto é consumida nessa parte.

Monitoramento e Controle – É a fase que acontece paralelamente às demais fases do

projeto. Tem como objetivo acompanhar e controlar aquilo que está sendo realizado pelo

projeto, de modo a propor ações corretivas e preventivas no menor espaço de tempo possível

após a detecção da anormalidade. O objetivo do controle é comparar o status atual do projeto

com o status previsto pelo planejamento, tomando ações preventivas e corretivas em caso de

desvio.

Encerramento – É a fase quando a execução dos trabalhos é avaliada através de uma

auditoria interna ou externa (terceiros), os documentos do projeto são encerrados e todas as

falhas ocorridas durante o projeto são discutidas e analisadas para que erros similares não

ocorram em novos projetos. Muito conhecida como Fase de Aprendizado.

Durante o projeto, praticamente todas as fases são realizadas quase que

simultaneamente, em um ciclo dinâmico de ações.

Principais Áreas do Gerenciamento de Projetos

O PMBOK® (2013) fornece conceitos fundamentais de gerenciamento de projetos,

sendo que estes conhecimentos baseiam-se na contribuição de profissionais de todo o mundo.

Outro ponto importante é que as práticas abordadas nesse guia são aplicados na maioria dos

projetos, na maioria das vezes, e que há um consenso amplamente difundido sobre seu valor e

utilidade.

Além disso, o PMBOK® (2013) pretende fornecer uma terminologia e um glossário

comum, dentro da profissão e práticas de gerenciamento e execução de projetos, para a

linguagem oral e escrita. Neste guia, são abordados 47 processos divididos nas dez áreas de

conhecimentos, formando um fluxo de processos, como o descrito na figura a seguir:

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Figura 10: Fluxo com os 47 processos do PMBOK® Guide 5a Edição

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 18).

As áreas do gerenciamento de projetos descrevem o gerenciamento de projetos em

termos de seus processos componentes. Esses processos podem ser organizados em dez

grupos integrados, como descrito na Figura 11. Cada um desses processos tem um

detalhamento específico e uma abrangência própria, porém está integrado, a todo momento,

com os demais, formando um todo único e organizado (VIANA, 2014, p. 21).

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Figura 11: As dez áreas de conhecimento do gerenciamento de projetos

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 22).

No Plano de Projeto Para Migração de Servidores Empresariais para a Computação

em Nuvem, apresentado neste documento, serão utilizadas sete áreas do gerenciamento de

projetos (Integração, Escopo, Tempo, Custos, Comunicações, Riscos e Partes Interessadas)

para organizar e gerenciar este tipo de projeto. VIANA (2014, p. 21) descreve essas sete áreas

como exposto na sequencia.

Gerenciamento da Integração – Área que engloba os processos requeridos para

assegurar que todos os elementos do projeto sejam adequadamente coordenados e integrados,

garantindo que o seu todo seja sempre beneficiado.

Gerenciamento do Escopo – Área que engloba os processos necessários para assegurar

que, no projeto, esteja incluído todo o trabalho requerido, e somente o trabalho requerido,

para concluí-lo de maneira bem-sucedida.

Gerenciamento do Tempo – Área que engloba os processos necessários para a

assegurar a conclusão do projeto no prazo previsto. É uma das áreas mais visíveis do

gerenciamento de projetos.

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Gerenciamento dos Custos – Área que engloba os processos requeridos para assegurar

que um projeto seja concluído de acordo com seu orçamento previsto.

Gerenciamento das Comunicações – Área que engloba os processos requeridos para assegurar

que as informações do projeto sejam adequadamente obtidas e disseminadas.

Gerenciamento dos Riscos – Área que visa planejar, identificar, qualificar, quantificar,

responder e monitorar os riscos do projeto.

Gerenciamento das Partes Interessadas – Área criada na 5a Edição do guia que engloba

os processos requeridos para garantir que as partes interessadas no projeto (fornecedores,

equipe, patrocinador, comunicante etc.) sejam identificadas, avaliadas e estrategicamente

gerenciadas.

5.2 Gerenciamento da Integração

O processo de integração do projeto consistem em garantir que todas as demais áreas

estejam integradas em um todo único. Seu objetivo é estruturar todo o projeto de modo a

garantir que as necessidades dos envolvidos sejam atendidas ao projeto (VIANA, 2014, p.

23).

Deve-se então garantir que todas as necessidades da empresa que está realizando a

migração de servidores para computação em nuvem sejam atendidas, focando na usabilidade

dos sistemas existentes, em reduzir ao mínimo o tempo que que os aplicativos e servidores

atuais fiquem indisponíveis, além das necessidades da alta direção e dos patrocinadores do

projeto.

Os processos de gerenciamento da integração se decompõem da seguinte forma:

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Figura 12: Processos de Gerenciamento da Integração distribuídos ao longo das fases do projeto

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 23).

O PMBOK® (2013) divide o gerenciamento da integração da seguinte forma:

• Desenvolver o termo de abertura do projeto (4.1);

• Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto (4.2);

• Orientar e gerenciar o trabalho do projeto (4.3);

• Monitorar e controlar o trabalho do projeto (4.4);

• Realizar o controle integrado de mudanças (4.5);

• Encerrar o projeto ou fase (4.6).

5.2.1 Documentos do Gerenciamento da Integração para a Migração de Servidores para as Nuvens

Deve-se garantir que os servidores empresariais sejam migrados de forma adequada

para a computação em nuvem, o que torna essencial que todas as partes do projeto estejam

integradas e estruturadas, atendendo as necessidades da empresa.

Os documentos descritos na sequencia precisam ser criados para que o projeto possa

ser planejado e executado de forma efetiva.

5.2.1.1 Termo de Abertura do Projeto (TAP)

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O Termo de Abertura do Projeto é o documento legal que reconhece a existência de

um projeto. Ele server como linha de base para o trabalho do gerente do projeto. Contém

diversas informações sobre o projeto, incluindo estimativas iniciais do prazo destinado,

recursos necessários e orçamento disponível (VIANA, 2014, p. 69).

Para o projeto destinado a migração de servidores empresariais para as nuvens, o

Termo de Abertura do Projeto costuma cobrir os seguintes aspectos:

• título do projeto;

• um resumo das condições que definem o projeto (introdução);

• justificativa do projeto de migração;

• nome do gerente do projeto e suas responsabilidades e autoridades;

• necessidades básicas do serviço a ser realizado;

• principais partes interessadas;

• descrição dos serviços do projeto;

• descrição dos servidores que serão migrados;

• cronograma básico do projeto de migração;

• estimativas iniciais de custos;

• necessidades iniciais de recursos;

• necessidade de suporte pela organização que implementa o projeto;

• premissas;

• restrições;

• controle de gerenciamento das informações do projeto;

• aprovações com assinatura do executivo responsável pelo documento (não é o gerente do

projeto).

5.2.1.2 Plano de Gerenciamento do Projeto

O plano de gerenciamento do projeto é o documento que descreve os procedimentos a

serem conduzidos durante a sua execução. É o alicerce de toda a execução. Nele estão

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contidos todos os planos secundários, cronogramas, aspectos técnicos etc (VIANA, 2014, p.

70).

O plano de gerenciamento do projeto de servidores empresariais para migração para a

nuvem deve conter:

• a visão geral dos objetivos, metas e escopo do projeto de migração de uma maneira

resumida e macro para atender aos altos executivos do projeto;

• o objetivo detalhado do projeto para atender ao gerente do projeto e ao time do projeto;

• o nome e as responsabilidades do gerente e do time principal do projeto (matriz de

responsabilidades);

• o organograma do projeto;

• estudo técnico da solução a ser adotada no projeto de migração;

• Estrutura Analítica do Projeto (EAP);

• cronogramas;

• principais marcos com suas datas;

• utilização de recursos pelo projeto (relatório com as funções);

• orçamento e fluxo de caixa;

• potenciais obstáculos a serem enfrentados durante a migração dos servidores com as

possíveis soluções;

• planos de áreas de conhecimento (também considerados planos auxiliares):

o Plano de Gerenciamento do Escopo;

o Plano de Gerenciamento do Cronograma;

o Plano de Gerenciamento dos Custos;

o Plano de Gerenciamento das Comunicações;

o Plano de Gerenciamento dos Riscos;

o Plano de Gerenciamento das Partes Interessadas.

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5.2.1.3 Sistema de Controle Integrado de Mudanças

O Sistema de Controle Integrado de Mudanças é o documento que descreve todos os

processos relacionados às mudanças no projeto, sejam elas mudanças de escopo, prazo ou

custos (VIANA, 2014, p. 71).

Ele tem como objetivo assegurar que as mudanças foram devidamente avaliadas antes

de serem aprovadas, rejeitadas ou alteradas. Usualmente o controle integrado de mudanças é

representado através de um processo contendo regras, fluxogramas, dentre outros (VIANA,

2014, p. 71).

Consistência entre os planos e as expectativas

O Controle de Mudanças pode não ser tratado adequadamente na grande maioria dos

projetos, mas em projetos de migrações de servidores para a nuvem isso não deve acontecer.

É impressionante como os erros costumam se repetir, em muitas empresas, projeto após

projeto. O mais curioso é que o processo “4.5. Realizar o Controle Integrado Mudanças” é um

dos primeiros do PMBOK® (2013), na área de Integração, que mantém unidos todos os

aspectos do projeto.

Como fazer o Gerenciamento de Mudanças?

A mudança deve sempre seguir o ciclo formal de aprovação e comunicação, conforme

a Figura 13.

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Figura 13: Ciclo de Mudanças do projeto.

Fonte: Gestão de projetos na Prática.

Segue a explicação de cada etapa do ciclo de mudanças do projeto:

• Solicitar Mudança – Preencher uma solicitação formal de mudança, explicando

detalhadamente o que se deseja alterar no escopo do serviço;

• Avaliar impacto no projeto – Avaliar os impactos técnicos e gerenciais (prazos, custos,

riscos etc);

• Aprovar / Reprovar – Nem toda mudança é aprovada, às vezes ela simplesmente não é

factível; Um comitê de controle de mudanças deve ser estabelecido para analisar e

deliberar sobre a aprovação ou não;

• Replanejar projeto – O projeto deve ser replanejado incluindo a mudança aprovada;

• Informar stakeholders – Todas as partes interessadas (stakeholders) devem ser

formalmente informados sobre a mudança e seus impactos;

• Executar – Só então deve-se executar a mudança.

5.3 Gerenciamento do Escopo

O gerenciamento do escopo tem como objetivo principal definir e controlar os

trabalhos e serem realizados pelo projeto de modo a garantir que o produto, ou serviço,

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desejado seja obtido através da menor quantidade de trabalho possível, sem abandonar

nenhuma premissa estabelecida pelo objetivo do projeto (VIANA, 2014, p. 27).

É importante que os sistemas e servidores que serão migrados para a computação em

nuvem sejam bem conhecidos, incluindo a quantidade de dados que precisarão ser migrados,

além do nível de importância de cada aplicativo ao cliente final. Caso seja necessário manter

uma redundância de servidores, ou seja, manter o atual durante os primeiros dias em que o

servidor migrado funcione, esta necessidade deve ser incluída no escopo do projeto.

Os processos de gerenciamento do escopo se decompõem da seguinte forma:

Figura 14: Processos de Gerenciamento do Escopo distribuídos ao longo das fases do projeto.

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 27).

O PMBOK® (2013) divide o gerenciamento de escopo da seguinte forma:

• Planejar o gerenciamento do escopo (5.1);

• Coletar os requisitos (5.2);

• Definir o escopo (5.3);

• Criar uma estrutura analítica do projeto (EAP) (5.4);

• Validar o escopo (5.5);

• Controlar o escopo (5.6).

5.1 Planejar o gerenciamento do escopo

5.2 Coletar os requisitos

5.3 Definir o escopo

5.4 Criar a estrutura analítica do projeto (EAP)

Processos de Planejamento

5.5 Validar o escopo

5.6 Controlar o escopoProcessos de Monitoramento e Controle

GERENCIAMENTO DO ESCOPO

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5.3.1 Documentos do Gerenciamento do Escopo para a Migração de Servidores para a Computação em Nuvem

A correta definição do escopo do projeto de migração de servidores auxiliará na

execução correta desse conjunto de serviços. A criação da Estrutura Analítica do Projeto

(EAP) da forma mais completa possível, incluindo seu dicionário, apresenta o detalhamento

dos pacotes de trabalho do projeto como um todo, o que fortalece o gerente do projeto e sua

equipe na execução do projeto e nas tomadas de decisões.

5.3.1.1 Documentação dos Requisitos

É o documento que registra os requisitos necessários para atender às necessidades do

projeto. Ele pode ser construído a partir de requisitos de alto nível, sendo detalhado

progressivamente com o projeto (VIANA, 2014, p. 73).

O documento de requisitos do projeto de migração de servidores deve conter:

• título do projeto;

• nome da pessoa que elaborou o documento;

• descrição do projeto;

• objetivo do projeto;

• requisitos funcionais desejáveis (priorizados);

• requisitos não funcionais desejáveis (desempenho, segurança, confidencialidade, etc);

• configurações mínimas e configurações desejáveis dos servidores que serão migrados;

• critérios de aceitação do projeto;

• potenciais impactos do projeto de migração em outras áreas da empresa e em clientes

externos;

• registro de alterações do documento;

• aprovações.

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5.3.1.2 Especificação do Escopo do Projeto

A Especificação do Escopo (antiga Declaração do Escopo) é o documento que

formaliza o escopo de todos os trabalhos a serem desenvolvidos no projeto, servindo de base

para definir suas características limites. É importante ressaltar que em um projeto somente

existe uma única especificação do escopo. Muitas vezes, a diferença entre especificação

preliminar e especificação final do escopo está apenas no nível de detalhamento (VIANA,

2014, p. 74).

O escopo do projeto a ser utilizado para fins de planejamento e controle será sempre a

especificação final do escopo. Ao contrário do Termo de Abertura do Projeto, a especificação

do escopo pode ter dezenas de páginas com detalhes do projeto.

A Especificação do Escopo do Projeto para a migração de servidores para as nuvens,

deve conter as seguintes informações:

• título do projeto;

• nome da pessoa que elaborou o documento;

• nome do patrocinador;

• nome do gerente do projeto e suas responsabilidades e autoridades;

• organograma;

• nome dos integrantes da equipe do projeto;

• descrição do projeto;

• objetivos do projeto;

• justificativa do projeto;

• descrição dos serviços do projeto;

• descrição dos servidores que serão migrados;

• descrição dos fornecedores de computação em nuvem que serão utilizados;

• expectativa da empresa/patrocinador na migração no projeto como um todo;

• fatores de sucesso do projeto;

• restrições;

• premissas;

• limites do projeto;

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• Estrutura Analítica do Projeto (níveis superiores da estrutura);

• principais atividades do projeto;

• principais entregas dos serviços do projeto;

• orçamento do projeto;

• planos de entregas e marcos do projeto;

• riscos iniciais do projeto;

• requisitos de gerenciamento de configuração e de mudanças do projeto;

• registro de alterações do documento;

• aprovações.

5.3.1.3 Estrutura Analítica do Projeto (EAP)

A Estrutura Analítica do Projeto, também conhecida como WBS – Work Breakdown

Structure, é a ferramenta de gerenciamento do escopo do projeto. Cada nível descendente do

projeto representa um aumento no nível de detalhamento do projeto, como se fosse um

organograma (hierárquico) (VIANA, 2014, p. 75).

O detalhamento pode ser realizado até o nível desejado, apresentando dados genéricos

ou detalhados. O detalhamento mais usual é o pacote de trabalho (work package) (VIANA,

2014, p. 75).

Uma forma de apresentação da EAP muito utilizada é a analítica, onde a EAP

apresenta o escopo de todo o trabalho e todos os serviços do projeto, através de uma lista de

elementos recuados indicando os grupos de trabalho. Normalmente a lista de elementos vem

acompanhada de uma numeração. Esse formato é comum em softwares de gerenciamento de

projetos, como o Microsoft Project.

5.3.1.4 Dicionário da EAP

O dicionário da EAP é um conjunto de definições que descrevem cada pacote de

trabalho do projeto. Ele detalha o trabalho a ser realizado, bem como aspectos relacionados

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aos recursos, predecessores, sucessores, dentre outros. A linha de base do escopo do projeto

nada mais é do que o agrupamento da especificação do escopo, da EAP e do dicionário da

EAP (VIANA, 2014, p. 78).

No dicionário da EAP, devemos apresentar os seguintes elementos:

• nome e código do pacote de trabalho;

• responsável pelo pacote de trabalho;

• principais tarefas contidas no pacote de trabalho;

• recursos previstos para a realização do pacote de trabalho;

• prazo estimado para a execução das tarefas do pacote de trabalho;

• custo estimado para realizar o pacote de trabalho;

• predecessores do pacote de trabalho;

• sucessores do pacote de trabalho;

• riscos associados ao pacote;

• outras informações.

O dicionário da EAP costuma ser documentado através de uma tabela, onde as linhas

são os pacotes de trabalho e as colunas suas informações.

5.3.1.5 Plano de Gerenciamento do Escopo

O plano de gerenciamento do escopo é o documento que descreve os procedimentos

que serão utilizados para gerenciar todo o escopo do projeto. É basicamente a regra com que o

escopo será gerenciado pelo projeto (VIANA, 2014, p. 78).

Este plano de gerenciamento do escopo de migração de servidores deve conter:

• título do projeto;

• nome da pessoa que elaborou o documento;

• nome da pessoa responsável pelo plano;

• descritivo dos processos de gerenciamento do escopo da migração;

• gerenciamento da configuração;

• frequência de avaliação do escopo do projeto;

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• frequência de atualização do plano de gerenciamento do escopo;

• outros assuntos relacionados ao gerenciamento do escopo do projeto não previstos no

plano;

• registro de alterações do documento;

• aprovações.

5.4 Gerenciamento do Tempo

O gerenciamento do tempo, juntamente com o gerenciamento dos custos, são as mais

visíveis áreas do gerenciamento de projetos. A grande maioria das pessoas que se interessa

por projetos tem como objetivo inicial controlar prazos, confeccionar diagramas de redes etc

(VIANA, 2014, p. 31).

O principal objetivo dessa área é garantir que o projeto seja concluído dentro do

prazo determinado. Os processos de gerenciamento do escopo se decompõem da seguinte

forma:

Figura 15: Processos de Gerenciamento do Tempo distribuídos ao longo das fases do projeto.

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 21).

O PMBOK® (2013) divide o gerenciamento do tempo da seguinte forma:

• Planejar o gerenciamento do cronograma (6.1);

• Definir as atividades (6.2);

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• Sequenciar as atividades (6.3);

• Estimar os recursos das atividades (6.4);

• Estimar as durações das atividades (6.5);

• Desenvolver o cronograma (6.6);

• Controlar o cronograma (6.7).

5.4.1 Documentos do Gerenciamento do Tempo para a Migração de Servidores para as Nuvens

5.4.1.1 Lista das Atividades do Projeto

Constitui a listagem completa das atividades do projeto, detalhando todos os pacotes

de trabalho em suas respectivas ações (VIANA, 2014, p. 79).

Atividades são etapas necessárias para se completar um projeto. São executadas em

uma sequência caracterizada pela natureza do projeto. As atividades podem ocorrer

sequencialmente ou simultaneamente (VIANA, 2014, p. 79).

Os principais tipos de atividades nos projetos de migração de servidores para a

computação em nuvem estão listadas na sequencia.

Atividades Executivas ou Tarefas – São as atividades relacionadas diretamente com a

ação dentro de projeto de migração, como por exemplo a digitação de um relatório.

Marcos ou Entregas – Um marco representa um evento que marca a execução de um

grupo de atividades relacionadas entre si, ou o término de uma fase do projeto de migração de

servidores para a nuvem.

Atividades-Resumo ou Pacote de Trabalho – São atividades que englobam outras

atividades, denominadas subatividades. Elas representam um conjunto de atividades,

totalizando duração, datas e custos das atividades a elas pertencentes, como por exemplo fase

de planejamento, fase de testes e etc.

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5.4.1.2 Lista dos Recursos do Projeto

Constitui a listagem completa dos recursos a serem empregados no projeto de

migração.

Os recursos são todas as pessoas, materiais de consumo e equipamentos necessários

para realização da atividade (VIANA, 2014, p. 80).

Os recursos podem ser subdivididos nas seguintes categorias:

• profissionais (mão de obra);

• materiais;

• equipamentos;

• servidores;

• servidores nas nuvens.

5.4.1.3 Alocação dos Recursos

Tabela que associa o recurso ao seu respectivo pacote de trabalho. Documento que

representa a listagem exata de todos os recursos necessários para cada uma das atividades do

projeto. Usualmente confeccionado automaticamente pelos principais softwares de

gerenciamento de projetos (VIANA, 2014, p. 80).

Devemos observar essa tabela junto com o cronograma do projeto, para identificar os

pacotes de trabalho que estão acontecendo ao mesmo tempo. Após mapear esses pacotes, o

ideal é analisar se existe uma superalocações de recursos. Quando um recurso é atribuído

muito trabalho em um determinado período, a maneira mais eficiente de realocar ou reagendar

o trabalho é examinar todos os detalhes pertinentes e decidir qual desvantagem para fazer.

Seguem as principais opções que podem resolver essa superalocação:

• atrasar uma tarefa;

• substituir recursos no projeto;

• encontrar um recurso com tempo disponível;

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• interromper o trabalho em uma tarefa para que parte dela seja iniciada mais tarde na

agenda;

• diminuir a duração da tarefa para reduzir a escopo de uma tarefa;

• atribuir um recurso adicional;

• remover uma atribuição de recurso de um recurso superalocado.

5.4.1.4 Gráfico de Gantt

Forma popular de representação gráfica para cronogramas. O diagrama utiliza barras

horizontais, colocadas dentro de uma escala de tempo. O comprimento relativo das barras

determina a duração da atividade. As linhas conectando as barras individuais em um gráfico

de Gantt refletem as relações entre as atividades (VIANA, 2014, p. 80).

Figura 16: Gráfico de Gantt.

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 81).

As principais vantagens do gráfico de Gantt são as seguintes:

• simples entendimento;

• visualização de atrasos com facilidade;

• escala de tempo bem definidas;

• exposição dos períodos de migração dos servidores para os clientes finais e para a

diretoria da empresa.

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Suas principais desvantagens são:

• inadequação para grandes projetos;

• difícil visualização de dependências;

• vaga descrição de como o projeto reage a alterações de escopo.

O gráfico de Gantt costuma ser a visualização-padrão da maioria dos softwares de

gerenciamento de projetos, como o Microsoft Project.

5.4.1.5 Diagrama de Rede

Representação gráfica do inter-relacionamento entre as atividades do projeto. É

vulgarmente e incorretamente conhecido como rede PERT (Program Evaluation and Review

Technique). O diagrama de rede evidencia os inter-relacionamentos entre as atividades no

projeto global (VIANA, 2014, p. 81).

Figura 17: Exemplo simplificado de um diagrama de Rede.

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 81).

As vantagens do diagrama de rede são:

• simples entendimento;

• interdependência entre as atividades bem definida.

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As desvantagens deste diagrama são:

• apresenta relatórios muito extensos;

• não mostra uma relação visual entre as durações das atividades;

• é de difícil manipulação.

5.4.1.6 Gráfico de Marcos

Gráfico de marcos é a representação dentro de um cronograma das principais

atividades do projeto. É um relatório bastante resumido e de alto valor gerencial. Muito

utilizado em reuniões gerenciais (VIANA, 2014, p. 82).

Figura 18: Gráfico de Marcos

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 82).

Em um projeto de migração de servidores empresariais para as nuvens, os marcos

podem ser utilizados nas seguintes atividades:

• Levantamento de servidores;

• Análise de requisitos dos servidores;

• Migração dos servidores;

• Homologação das máquinas migradas;

• Implantação em produção;

• Testes;

1234

ABCD

ABRIL 2014

ID ATIVIDADE 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

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• Encerramento.

5.4.1.7 Plano de Gerenciamento do Cronograma

É o documento que descreve os procedimentos que serão utilizados para gerenciar e

controlar os prazos do projeto (VIANA, 2014, p. 82).

Na plano de gerenciamento de migrações de servidores para a computação em nuvem,

devemos documentar:

• título do projeto;

• nome da pessoa que elaborou o documento;

• nome do responsável pelo plano;

• descritivo dos processos de gerenciamento do cronograma;

• sistema de controle de mudanças nos prazos;

• frequência de avaliação dos prazos do projeto de migração;

• frequência de atualização do plano do cronograma;

• outros assuntos relacionados ao gerenciamento do cronograma não previstos

anteriormente no plano;

• registro de alterações do documento;

• aprovações.

5.5 Gerenciamento dos Custos

O gerenciamento dos custos tem como objetivo garantir que o capital disponível será

suficiente para obter todos os recursos para se realizarem os trabalhos do projeto (VIANA,

2014, p. 37).

O gerenciamento dos custos não pode considerar apenas os custos incorridos no

próprio projeto (custos enterrados ou sunk cost). Muitas vezes, o projeto está desenvolvendo

um produto ou serviço com interesse comercial, e esse produto, por sua vez, estará

recompensando financeiramente a empresa, retornando tanto o dinheiro investido quanto o

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lucro desejado, estabelecido na concepção do projeto. Um outro nome para essa área de

conhecimento seria “Gerenciamento de Investimentos” (VIANA, 2014, p. 37).

Os processos de gerenciamento dos custos se decompõem da seguinte forma:

Figura 19: Processos de Gerenciamento dos Custos distribuídos ao longo das fases do projeto.

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 27).

O PMBOK® (2013) divide o gerenciamento dos custos da seguinte forma:

• Planejar o gerenciamento dos custos (7.1);

• Estimar os custos (7.2);

• Determinar o orçamento (7.3);

• Controlar os custos (7.4).

5.5.1 Documentos do Gerenciamento dos Custos para a Migração de Servidores para as Nuvens

5.5.1.1 Decomposição do Orçamento na EAP

O orçamento do projeto pode ser representado pelo somatório do custo fixo com o

custo relativo aos recursos de cada atividade do projeto. Orçamentos são as atribuições

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financeiras doe recursos necessários para se completar o projeto, normalmente expressos em

unidades monetárias (VIANA, 2014, p. 83).

A EAP pode ser usada para estimativas de custos das fases do projeto e até de todo o

projeto. O custo da fase é a soma dos custos das atividades a ela pertencentes. O custo total do

projeto é a soma dos custos de suas fases. Esse processo também é conhecido como Bottom

Up estimating. Esse documento é muito conhecido na língua inglesa como CBS ou Cost

Breakdown Structure (VIANA, 2014, p. 83).

Figura 20: EAP como ferramenta para o cálculo do custo do projeto.

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 83).

5.5.1.2 Orçamento do Projeto por Atividades

Documento que detalha o orçamento do projeto por cada uma de suas tarefas. Muito

similar à Decomposição do Orçamento na EAP (Cost Breakdown Structure), no entanto, a

visualização desse documento é através de uma listagem das atividades do projeto e seus

custos associados (VIANA, 2014, p. 83).

$40,00($16,00 + $24,00)

$16,00($6,00 + $10,00)

$6,00 ($4,00 + $2,00)

$2,00

$4,00

$10,00 ($3,00 + $7,00)

$3,00

$7,00

$24,00($7,00 + $17,00)

$7,00 ($4,00 + $3,00)

$4,00

$3,00

$17,00 ($9,00 + $8,00)

$9,00

$8,00

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Figura 21: Exemplo de visualização do orçamento.

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 84).

5.5.1.3 Cronograma de Desembolso do Projeto de Migração

O Cronograma de Desembolso é uma das mais importantes visualizações dos custos do

projeto. Quando inclui receitas é também conhecido como fluxo de caixa do projeto. Ele

associa os custos de cada atividade ao cronograma do projeto, permitindo que se analisem o

desembolso médio e o custo médio de cada atividade do projeto (VIANA, 2014, p. 85).

Quando uma empresa deseja migrar diversos servidores para a nuvem, a utilização do

Cronograma de Desembolso auxilia a equipe do projeto, junto com o gerente do projeto, a

distribuir no tempo as atividades com servidores que irão gerar um alto custo, distribuindo

desta forma o investimento do projeto de forma mais uniforme no tempo.

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Figura 22: Exemplo de Cronograma de Desembolso de um projeto.

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 85).

5.5.1.4 Plano de Gerenciamento dos Custos

O plano de gerenciamento dos custos é o documento que descreve os procedimentos

que serão utilizados para gerenciar todos os custos do projeto (VIANA, 2014, p. 86).

Nos projetos de migração de servidores empresariais para as nuvens, os custos dos

servidores nas nuvens devem ser calculados e gerenciados nesse documento. Após a

implantação dos servidores em produção, devemos utilizar alguns poucos meses para

homologação final. Depois da etapa de homologação o projeto de migração do servidor se

encerra. Os valores para que esse servidores migrados continuem a funcionar na nuvem não

devem ser atribuídos ao processo de migração, mas deve-se criar ou outro projeto, para

gerenciar e manter esses servidores.

No plano de gerenciamento dos custos para a migração dos servidores, devemos

documentar as seguintes informações:

• título do projeto;

• nome da pessoa que elaborou o documento;

• nome do responsável pelo plano;

• descritivo dos processos de gerenciamento dos custos;

• descrição das reservas gerenciais e da autonomia em sua utilização;

• descrição dos valores dos servidores que serão migrados;

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• sistema de controle de mudanças dos custos;

• frequência de avaliação do orçamento do projeto e das reservas gerenciais;

• frequência de atualização do plano de gerenciamento dos custos de migrações;

• outros assuntos relacionados ao gerenciamento de custos não previstos no plano;

• registro de alterações do documento;

• aprovações.

5.6 Gerenciamento das Comunicações

Um efetivo processo de comunicação é necessário para garantir que todas as

informações desejadas cheguem às pessoas corretas no tempo certo e de uma maneira

economicamente viável (VIANA, 2014, p. 49).

O gerente de projeto utiliza-se da comunicação para assegurar que o time do projeto

trabalhe de maneira integrada para resolver os problemas do projeto e aproveitar suas

oportunidades (VIANA, 2014, p. 49).

Os processos de gerenciamento das comunicações se decompõem da seguinte forma:

Figura 23: Processos de Gerenciamento das Comunicações distribuídos ao longo das fases do projeto.

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 49).

O PMBOK® (2013) divide o gerenciamento das comunicações da seguinte forma:

• Planejar o gerenciamento das comunicações (10.1);

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• Gerenciar as comunicações (10.2);

• Controlar as comunicações (10.3).

5.6.1 Documentos do Gerenciamento das Comunicações para a Migração de Servidores para as Nuvens

5.6.1.1 Plano de Gerenciamento das Comunicações

O Plano de Gerenciamento das Comunicações é o documento que descreve os

procedimentos que serão utilizados para gerenciar todo o processo de comunicação do projeto

(VIANA, 2014, p. 93).

No projeto de migração de servidores empresariais para as nuvens, a equipe do projeto

precisa planejar de forma efetiva a comunicação com as seguintes partes interessadas:

• equipe interna da empresa (colaboradores e usuários dos sistemas);

• alta direção da empresa;

• patrocinador;

• fornecedores de soluções para nuvem (AWS, Rackspace, Microsoft, etc);

• usuários externos do sistema.

No Plano de Gerenciamento das Comunicações dos projetos de migração, devemos

documentar:

• título do projeto;

• nome da pessoa que elaborou o documento;

• nome do responsável pelo plano;

• descritivo dos processos de gerenciamento das comunicações;

• reuniões e apresentações;

• cronograma dos eventos das comunicações;

• atas de reuniões;

• exemplos de relatórios e documentos do projeto;

• ambiente técnico e estrutura de armazenamento e distribuição da informação;

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• fornecedores utilizados no projeto junto com suas informações de contato;

• frequência de atualização do plano;

• outros assuntos relacionados ao gerenciamento das comunicações não previstos no plano;

• registro de alterações do documento;

• aprovações.

5.6.2 Reuniões do Projeto de Migração dos Servidores

5.6.2.1 Kick Off Meeting

Objetivo - Dar a partida ao projeto, apresentando as informações quanto aos seu objetivo e à

sua importância para a empresa, aos seus prazos, aos seus custos e etc.

Metodologia - Apresentar em auditório com utilização de projetor, computadores e sistema

de som.

Participantes – Gerente do Projeto, time do projeto, patrocinador e convidados (executivos).

5.6.2.2 Reunião de Avaliação de Fornecedores

Objetivo - Avaliar e antecipar potenciais problemas relativos a fornecedores

(principalmente de servidores de soluções para a nuvem) e entregas de aquisições para o

projeto.

Metodologia - Reuniões individuais, ou conferências pela internet, com os

fornecedores mostrando as indicadores de cumprimento de prazos e qualidade estabelecidos

nos contratos, bem como obtendo retorno sobre possíveis dificuldades enfrentadas pelo

fornecedor no exercício de seu trabalho.

Participantes – Gerente do Projeto, time do projeto (responsáveis pelas contratações),

fornecedores.

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5.7 Gerenciamento dos Riscos

O gerenciamento dos riscos possibilita a chance de melhor compreender a natureza do

projeto, envolvendo os membros do time de modo a identificar as potenciais ameaças e

oportunidades do projeto e responder a eles, geralmente associados a tempo, qualidade e

custos (VIANA, 2014, p. 53).

Os processos de gerenciamento dos riscos se decompõem da seguinte forma:

Figura 24: Processos de Gerenciamento dos Riscos distribuídos ao longo das fases do projeto.

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 49).

O PMBOK® (2013) divide o gerenciamento dos riscos da seguinte forma:

• Planejar o gerenciamento dos riscos (11.1);

• Identificar os riscos (11.2);

• Realizar a análise qualitativa dos riscos (11.3);

• Realizar a análise quantitativa dos riscos (11.4);

• Planejar as respostas aos riscos (11.5);

• Controlar os riscos (11.6).

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5.7.1 Documentos do Gerenciamento dos Riscos para a Migração de Servidores para as Nuvens

5.7.1.1 Registro dos Riscos

O Registro dos Riscos é o documento que registra todas as informações dos riscos do

projeto. É elaborado progressivamente ao longo do planejamento e tem como objetivo

facilitar o monitoramento e o desenvolvimento de respostas aos riscos. Na maioria das vezes é

apresentado no formato de uma planilha eletrônica (VIANA, 2014, p. 95).

Dentre os riscos apresentados no projeto de migração, deve-se avaliar:

• o desempenho dos servidores migrados;

• o licenciamento dos softwares;

• tempo necessário para migração de cada servidor;

• período em que o servidor ficará indisponível ao usuário final;

• confidencialidade dos dados.

No registro dos riscos, devemos documentar as seguintes informações:

• título do projeto;

• nome da pessoa que elaborou o documento;

• nome do responsável pelo plano;

• tabela de dados:

o identificador;

o nome do risco;

o descritivo;

o tipo (ameaça ou oportunidade);

o fornecedor;

o responsável;

o status do risco (aberto, ocorreu, não ocorreu);

o probabilidade de ocorrência;

o impacto (escopo, prazo, custo);

o resposta planejada;

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• registro de alterações do documento;

• aprovações.

5.7.1.2 Plano de Gerenciamento dos Riscos

O plano de gerenciamento dos riscos é o documento que descreve os procedimentos

que serão utilizados para gerenciar os riscos através do projeto. O plano de riscos é um dos

planos secundários do plano geral do projeto (VIANA, 2014, p. 96).

Nesse plano, devem estar documentados:

• título do projeto;

• nome da pessoa que elaborou o documento;

• nome do responsável pelo plano;

• descritivo dos processos de gerenciamento dos riscos;

• RBS – Risk Breakdown Structure para identificação dos riscos;

• mecanismo de qualificação dos riscos;

• mecanismo de quantificação dos riscos;

• sistema de controle de mudanças dos riscos;

• respostas planejadas aos riscos;

• planos de contingência;

• fornecedores de soluções de nuvens associados aos riscos;

• frequência de avaliação dos riscos do projeto de migração;

• frequência de atualização do plano;

• outros assuntos relacionados ao gerenciamento de riscos não previstos no plano;

• registro de alterações do documento;

• aprovações.

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5.8 Gerenciamento das Partes interessadas

O gerenciamento das partes interessadas (stakeholders) tem como objetivo dar garantia

ao projeto de que o gerente e a equipe do projeto sabem quais são os principais interessados

no projeto e são capazes de formalizar e gerenciar estratégias de comunicação e abordagem

para atender a esses interessados (VIANA, 2014, p. 61).

Os interessados podem ser internos à empresa (executivos, outras áreas, gerentes,

funcionários etc) ou externos (comunidade, órgãos reguladores, fornecedores, clientes etc)

(VIANA, 2014, p. 61).

Os processos de gerenciamento das partes interessadas se decompõem da seguinte

forma:

Figura 25: Processos de Gerenciamento das Partes Interessadas distribuídos ao longo das fases do projeto.

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 61).

O PMBOK® (2013) divide o gerenciamento dos riscos da seguinte forma:

• Identificar as partes interessadas (13.1);

• Planejar o gerenciamento das partes interessadas (13.2);

• Gerenciar o engajamento das partes interessadas (13.3);

• Controlar o engajamento das partes interessadas (13.4).

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5.8.1 Documentos do Gerenciamento das Partes Interessadas para a Migração de Servidores para as Nuvens

5.8.1.1 Registro das Partes Interessadas

Documento que identifica, avalia e classifica as partes interessadas no projeto,

determinando a prioridade de cada uma delas no projeto. Tem como objetivo documentar e

capacidade de influência positiva ou negativa de cada uma das partes interessadas no projeto.

Pode ser apresentado através de uma tabela, mapa mental ou diagramas de poder/interesse no

projeto (VIANA, 2014, p. 99).

Os fornecedores de soluções de computação em nuvem devem necessariamente estar

no documento de partes interessadas. Outras partes importantes são os clientes finais das

aplicações migradas, o patrocinador, executivos da empresa, equipe da empresa que utiliza

sistemas desses servidores, gerentes comerciais, gerentes de outras áreas da empresa, etc.

Figura 26: Diagrama de poder/interesse das partes interessadas.

Fonte: Manual prático do plano de projeto: utilizando o PMBOK® Guide, (2014, p. 99).

INTERESSE Alto

Alto

Baixo

POD

ER

Mantersatisfeito

.A

.D

.C.G

.H

.B

.F

Monitorar

Gerenciar com atenção

ManterInformado

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5.8.1.2 Plano de Gerenciamento das Partes Interessadas

O plano de gerenciamento das partes interessadas é o documento que identifica e

escreve estratégias de engajamento das partes interessadas no projeto (VIANA, 2014, p. 100).

No plano de gerenciamento das partes interessadas dos projetos de migração de

servidores empresariais para a computação em nuvem, devemos documentar:

• título do projeto;

• nome da pessoa que elaborou o documento;

• nome do responsável pelo plano;

• descritivo das expectativas de engajamento das partes interessadas;

• requisitos de comunicação dos interessados;

• administração do plano de gerenciamento das partes interessadas;

• frequência de atualização do plano;

• outros assuntos relacionados ao gerenciamento das partes interessadas não previstos no

plano;

• registro de alterações do documento;

• aprovações.

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6 CONCLUSÕES

O objetivo deste trabalho foi identificar, avaliar e transmitir os conhecimentos

relacionados ao gerenciamento de projetos adequados aos serviços de migração de servidores

empresariais para a computação em nuvem.

Questões de tecnologia das nuvens, como a explicação do que é a computação em

nuvem, quais são os aplicativos, negócios e provedores desse tipo de serviço, além de

estratégias de atuação e a segurança desse tipo de ambiente foram expostas nesse documento.

Os conhecimentos do PMBOK® (2013) foram utilizados, alinhados aos conceitos de

nuvem, nas áreas de integração, escopo, tempo, custos, comunicações, riscos e partes

interessadas, para a criação do Plano de projeto para migração de servidores empresariais

para a computação em nuvem. Neste plano, os conceitos de cada área estão alinhados aos

principais documentos que devem ser utilizados nos projetos de organizações que desejam

migrar seus servidores para essa tecnologia.

A utilização do plano de projeto proposto, aumenta a segurança, a escalabilidade, a

agilidade além de reduzir o custo desse tipo de projeto. O entendimento dos conceitos da

computação em nuvem, aliados às técnicas de gerenciamento de projetos também diminuem a

complexidade e aumentam a privacidade para as empresas que desejam adotar a computação

em nuvem em seus negócios.

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7 DESDOBRAMENTOS DO ESTUDO

A metodologia proposta nesse plano de projeto pode ser aplicada em qualquer

segmento de negócio, podendo ser modificada para segmentos específicos do mercado, como

marketing, geotecnologia, hospedagem de websites ou construção civil, para facilitar sua

utilização.

Esse novo modelo de plano de projeto precisa ser aplicado em empresas de diversos

portes e áreas de atuação para atestar sua eficácia. Sua utilização pode validar sua

metodologia e contribuir para expandir em áreas de gerenciamento de projetos ainda não

expostas nesse documento, como qualidade, recursos humanos e aquisições.

Caso sua eficácia seja confirmada, uma nova publicação expandindo esse tipo de

conhecimento, com exemplos de formulários preenchidos, junto com um comparativo entre

os principais serviços oferecidos em nuvem na atualidade, pode auxiliar ainda mais as

empresas que irão atuar com a computação em nuvem no Brasil.

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