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DIREITOS HUMANOS: À BUSCA DA DIGNIDADE João Henrique da Silva Professor da Rede Estadual de Minas Gerais – primavera de 2009 Falar de Direitos Humanos e da Humanidade e fácil, mas romper com essa lógica teórica é provocar uma ruptura da imagem que se estabelece no mundo. Pois, como diria Bois, “é uma sensação estranha, essa consciência dupla, essa sensação de estar sempre a se olhar com os olhos de outros, de medir sua própria alma pela medida de um mundo que continua a mirá-lo com divertido desprezo e piedade”. Somos marcados, fabricados, coisificados. É nessa produção de valores consumistas e capitalista que nos tornamos desiguais. Liu O. Costa lembra que “ser diferente não é necessariamente ser desigual ... A desigualdade determina um nível de hierarquia onde um ser é obrigatoriamente superior ao outro, e a diferença apenas define que um ser não é igual ao outro ... Portanto, diferente sim, desigual nunca! – Essa é uma questão de alteridade”. Uma alteridade que foi esquecida e oprimida. Tornamos selvagens. Dom Helder Câmara se questionava diante desse homem que se tornou um animal no sistema, para ele, “Até quando seremos tão selvagens, a ponto de imaginar que a prova de que um povo tem razão consiste em esmagar outros povos? Até quando manteremos o absurdo e o canibalismo das guerras, mesmo sabendo que o poder destruidor chegou a uma tal perfeição que [...] há forças para varrer a vida humana da terra?”. É nesse caos que queremos resgatar os nossos Direitos Humanos, pois, como confirma Sérgio Brito, “A gente não quer só comida, A gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só comida, A gente quer saída para qualquer parte”. Pois somos todos humanos, iguais por natureza, diferentes por acidentes e possuímos direitos inerente a condição humana em busca da dignidade. De acordo com Adélia Prado “nascemos iguais, vivamos como iguais, para a única vitória que interessa, a vitória do amor entre os homens”. Não buscando o caminho para a paz, porque a paz é o caminho. (Pastor A. J. Muste). Portanto, “não há nada mais Humano, que a Humanidade, de (respeitar) os direitos do outro”. (Liu Onawale Costa). www.sentinelas.org.br/ Promovendo%20Paz/05_Hino%20à%20alegria.mp3 www.dhnet.org.bt/direitos/deconu/artigos/index.html HTTP://dre.pt/ue/varios/anthem-96kbps.mpeg http://educacaoadistancia.org.br/a/anima1.html

Direitos humanos para todos

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Texto sobre a importância dos direitos humanos e os desafios a serem enfrentados.

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Page 1: Direitos humanos  para todos

DIREITOS HUMANOS: À BUSCA DA DIGNIDADE

João Henrique da Silva

Professor da Rede Estadual de Minas Gerais – primavera de 2009

Falar de Direitos Humanos e da Humanidade e fácil, mas romper com essa lógica teórica é

provocar uma ruptura da imagem que se estabelece no mundo. Pois, como diria Bois, “é uma

sensação estranha, essa consciência dupla, essa sensação de estar sempre a se olhar com os olhos de

outros, de medir sua própria alma pela medida de um mundo que continua a mirá-lo com divertido

desprezo e piedade”. Somos marcados, fabricados, coisificados. É nessa produção de valores

consumistas e capitalista que nos tornamos desiguais. Liu O. Costa lembra que “ser diferente não é

necessariamente ser desigual ... A desigualdade determina um nível de hierarquia onde um ser é

obrigatoriamente superior ao outro, e a diferença apenas define que um ser não é igual ao outro ...

Portanto, diferente sim, desigual nunca! – Essa é uma questão de alteridade”. Uma alteridade que

foi esquecida e oprimida. Tornamos selvagens. Dom Helder Câmara se questionava diante desse

homem que se tornou um animal no sistema, para ele,

“Até quando seremos tão selvagens, a ponto de imaginar que a prova de que um povo tem

razão consiste em esmagar outros povos? Até quando manteremos o absurdo e o canibalismo das

guerras, mesmo sabendo que o poder destruidor chegou a uma tal perfeição que [...] há forças para

varrer a vida humana da terra?”. É nesse caos que queremos resgatar os nossos Direitos Humanos,

pois, como confirma Sérgio Brito, “A gente não quer só comida, A gente quer comida, diversão e

arte. A gente não quer só comida, A gente quer saída para qualquer parte”.

Pois somos todos humanos, iguais por natureza, diferentes por acidentes e possuímos

direitos inerente a condição humana em busca da dignidade. De acordo com Adélia Prado

“nascemos iguais, vivamos como iguais, para a única vitória que interessa, a vitória do amor entre

os homens”. Não buscando o caminho para a paz, porque a paz é o caminho. (Pastor A. J. Muste).

Portanto, “não há nada mais Humano, que a Humanidade, de (respeitar) os direitos do

outro”. (Liu Onawale Costa).

www.sentinelas.org.br/ Promovendo%20Paz/05_Hino%20à%20alegria.mp3 www.dhnet.org.bt/direitos/deconu/artigos/index.html HTTP://dre.pt/ue/varios/anthem-96kbps.mpeg http://educacaoadistancia.org.br/a/anima1.html