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MEMORANDO MEDIDA PROVISÓRIA Nº 766/2017 PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 766/2017. PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA

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MEMORANDO

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 766/2017

PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA

MEMORANDO.

� MEDIDA PROVISÓRIA Nº 766/2017

TRIBUTÁRIO. PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA.

No dia 05 de janeiro de 2017 foi publicada a Medida Provisória (MP) nº

766 instituindo o Programa de Regularização Tributária (PRT) que

permitirá a liquidação de débitos de natureza tributária ou não tributária

tidos pelas pessoas físicas e jurídicas em âmbito da Secretaria da Receita

Federal do Brasil e da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.

Neste Memorando, abordaremos os seguintes aspectos do referido

Programa:

(i) abrangência dos débitos;

(ii) implicações na adesão;

(iii) modalidades de liquidação dos débitos ;

(iv) motivos de exclusão e;

(v) aspectos gerais.

I. ABRANGÊNCIA DOS DÉBITOS

Poderão ser quitados na forma proposta pelo PRT, os débitos de natureza

tributária ou não tributária:

� vencidos até 30 de novembro de 2016

� incluídos em parcelamentos anteriores (rescindidos ou ativos)

� em discussão administrativa ou judicial

� provenientes de lançamento de ofício

II. IMPLICAÇÕES NA ADESÃO

A adesão ao PRT implicará à pessoa física ou jurídica:

� confissão irrevogável e irretratável dos débitos indicados

� aceitação plena e irretratável de todas as condições estabelecidas

� dever do pagamento regular das parcelas dos débitos consolidados

� dever do pagamento regular dos débitos vencidos após 30/11/2016

� vedação da inclusão dos débitos do PRT em parcelamento posterior

� cumprimento regular com o FGTS

� carta fiança ou seguro garantia judicial para os parcelamentos de

débitos consolidados no valor igual ou superior a R$ 15.000.000,00

III. MODALIDADES DE LIQUIDAÇÃO DOS DÉBITOS

III.1. DÉBITOS ADMINISTRADOS PELA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

Em âmbito da Receita Federal do Brasil (RFB), poderão ser liquidados os

débitos mediante a opção de 01 (uma) das modalidades abaixo:

a) pagamento à vista e em espécie de 20% da dívida consolidada e, a

liquidação do saldo restante através da utilização de créditos de prejuízo

fiscal e base de cálculo negativa da CSLL ou através de outros créditos

próprios administrados pela RFB;

b) pagamento em espécie de 24% da dívida consolidada em 24 prestações

mensais e sucessivas e, a liquidação do restante através da utilização de

créditos de prejuízo fiscal e base de cálculo negativa da CSLL ou através

de outros créditos próprios administrados pela RFB;

c) pagamento à vista e em espécie de 20% da dívida consolidada e,

parcelamento do restante em até 96 prestações mensais e sucessivas e;

d) pagamento da dívida consolidada em até 120 prestações mensais e

sucessivas, desde que observados os seguintes percentuais mínimos

aplicados sobre o valor da dívida consolidada:

� da 1ª à 12ª prestação: 0,5%

� da 13ª à 24ª prestação: 0,6%

� da 25ª à 36ª prestação: 0,7% e;

� da 37ª à 120ª prestação: percentual correspondente ao saldo

remanescente, em até 84 prestações mensais e sucessivas

III.2. DÉBITOS ADMINISTRADOS PELA PROCURADORIA GERAL DA

FAZENDA NACIONAL

Em âmbito da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), poderão

ser liquidados os débitos mediante a opção de 01 (uma) das modalidades

abaixo:

a) pagamento à vista de 24% do valor da dívida e restante em até 96

parcelas mensais e sucessivas ou;

b) pagamento da dívida consolidada em até 120 parcelas mensais e

sucessivas desde que observados os seguintes percentuais mínimos

aplicados sobre o valor da dívida consolidada:

� da 1ª à 12ª prestação: 0,5%

� da 13ª à 24ª prestação: 0,6%

� da 25ª à 36ª prestação: 0,7% e;

� da 37ª à 120ª prestação: percentual correspondente ao saldo

remanescente, em até 84 prestações mensais e sucessivas

IV. MOTIVOS DE EXCLUSÃO

O participante do PRT será excluído e terá a exigibilidade imediata da

totalidade do débito confessado e ainda não quitado e execução da

garantia prestada se incorrer na:

a) falta de pagamento de 03 parcelas consecutivas ou 06 alternadas

b) falta de pagamento de 01 parcela, se todas as demais estiverem pagas

c) constatação de ato tendente ao esvaziamento patrimonial

d) decretação de falência ou extinção pela liquidação da pessoa jurídica

e) concessão de medida cautelar fiscal

f) declaração de inaptidão da inscrição no CNPJ

V. ASPECTOS GERAIS

(i) Prazo de adesão: a adesão deverá ser requerida em até 120 dias

contados da data da regulamentação estabelecida pela RFB e PGFN

(ii) o valor mínimo das prestações será de R$ 200,00 para as pessoas

físicas e de R$ 1.000,00 para as pessoas jurídicas

(iii) para inclusão de débitos discutidos administrativamente ou

judicialmente, o sujeito passivo terá de desistir previamente das

impugnações ou recursos e renunciar a quaisquer alegações de direito

(iv) a dívida será consolidada na data do requerimento de adesão ao PRT e

dividida pelo número de prestações indicadas sendo que, enquanto não for

consolidada, o sujeito passivo deverá calcular e recolher o valor à vista ou

o valor do montante parcelado dividido pelo número de parcelas

pretendidas

(v) o deferimento do pedido de adesão é condicionado ao pagamento à

vista ou da 1ª prestação

(vi) o valor de cada prestação será acrescido de juros SELIC acumulado

mensalmente e de 1% relativo ao mês de pagamento.

JANEIRO DE 2017

AVISO: Este Memorando foi produzido em ambiente interno do escritório ALEXANDRE PANTOJA

ADVOCACIA e é distribuído aos seus clientes e colaboradores. Trata-se de uma visão prévia,

genérica e informativa do dispositivo legal e não contém estudo pormenorizado ou crítico quanto a

constitucionalidade ou legalidade da norma, por isso, a aplicação dos conceitos neste discorridos

depende de análise específica e criteriosa do caso concreto.

Não hesite em nos contatar por meio do endereço eletrônico [email protected]