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As medidas cautelares são sempre provisórias, pois perduram até quando ocorrer à situação que justifique a imposição da medida. São facultativas, cabendo somente quando o processo principal não for suficiente. São revogáveis porque somente serão mantidas se necessárias à preservação de direitos.
Podem ser aplicadas independentemente de ação, ou provocação da parte ou do interessado, como por ex: o habeas corpus; o arbitramento da fiança; a produção antecipada de prova; a concessão de liberdade provisória. Nestas hipóteses o juiz pode determinar a medida de ofício, sem a provocação das partes, o que não ocorre no processo civil.
São várias as medidas cautelares que integram o sistema processual penal. Tais medidas se referem ora à pessoa do acusado; ora a determinada coisa relacionada com o crime; ora á provas que serão produzidas no processo principal. Sobre a pessoa do acusado podem ser apontadas como prisão em flagrante, a prisão preventiva, a decorrente de pronúncia e a prisão temporária.
Essas prisões têm previsão constitucional e somente podem ser aplicadas pelo juiz caso estejam expressamente contempladas na lei, diferente do que ocorre no processo civil. E em caso de abuso podem ser combatidas com liberdade provisória e com o habeas corpus.
As medidas cautelares referentes a coisas têm expressa previsão legal no CPP. São elas as buscas e apreensões; hipoteca legal e aresto. Há ainda a categoria das medidas cautelares relacionadas á produção de provas como o exame de corpo de delito e as perícias em geral.
Em suma, pode-se afirmar que o sistema de cautelares do processo penal tem como objetivo mediadas de restrição e salvaguarda das várias formas de liberdade; de preservação da prova do processo; de preservação dos direitos e interesses do ofendido, sendo todas com a finalidade de assegurar efetividade do processo principal.
Admitem o sistema das cautelares com o objetivo único de assegurar o resultado útil do processo principal.
No Processo Penal “a prova” consiste em todos os atos produzidos pelas partes, juiz ou ate mesmo terceiros (peritos), que tem a finalidade convencer os magistrados das informações, para que possa julgar de acordo com o seu livre consentimento, trazer a verdade real para que o juiz tome a decisão correta.
Sua classificação se dá pelas seguintes formas, prova quanto ao objeto, quando direta, por si só demonstra um fato (ex: auto de apreensão de arma de fogo no homicídio). E quando indireta, visa demostrar outro fato, sendo uma dedução logica (Ex: Alibi).
Prova quanto ao sujeito, sendo a pessoal que emana de uma pessoa (ex: uma ferida) e sendo real, consiste em uma coisa externa e distinta da pessoa (ex: perícia, arma com impressão digital). A prova quanto a forma, à testemunha, são feitas afirmações por uma pessoa, e a documental, são por fotos, vídeos, e etc. Já a material, consiste em qualquer materialidade que sirva de prova ao fato (ex: instrumento do crime).
E por fim a prova de exame de corpo de delito, sendo um laudo técnico realizado por peritos, analisando um determinado local, todos os referidos vestígios. A direta é feita diretamente no vestígio e a indireta é quando analisa através de imagens, fotos.
Temos também fatos que independem de prova, os intuitivos, aqueles que são evidentes, sendo o fato evidente, a convicção já esta formada, logo, não carece de prova. (ex: no caso de morte violenta, quando as lesões externas tornarem evidente a causa da morte, será dispensado o exame de corpo de delito interno art. 162 CPP).
Nas presunções legais, são conclusões decorrentes da própria lei (ex: inimputabilidade). Os fato inúteis, verdadeiros ou não, que não influenciam na solução da causa, na apuração da verdade real. Por exemplo, a testemunha afirma que o crime se deu em momento próximo ao jantar e o juiz quer saber quais os pratos que foram servidos durante tal refeição.
E por ultimo os Notórios, é o caso da verdade sabida. São aqueles cujo conhecimento faz parte da cultura de uma sociedade.
Liberdade provisória é um Instituto processual que garante ao acusado o direito da aguardar em liberdade o transcorrer do processo até o trânsito em julgado, vinculado ou não a certas obrigações, podendo ser revogado a qualquer tempo, diante do descumprimento das condições impostas.
Na liberdade provisória sem fiança, não há a necessidade de o agente prestar fiança aspirando ao benefício da liberdade provisória nas hipóteses de infrações penais de que o réu se livra solto. Somente não se livra solto, na hipótese de ser reincidente em crime doloso ou comprovadamente vadio, nessas hipóteses, a liberdade provisória deixa de ser obrigatória e no caso de o juiz verificar que o agente praticou o fato acobertado por alguma causa de exclusão de ilicitude já no caso de o juiz verificar que não está presente nenhum dos motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva. Em qualquer caso somente o juiz pode conceder a liberdade provisória sem fiança, mas sempre depois ouvir o Ministério Público.
Liberdade provisória com fiança É um direito subjetivo constitucional do acusado, garantido desde a prisão em flagrante até o trânsito em julgado de sentença condenatória, que consiste em uma caução destinada a garantir o cumprimento das obrigações processuais do réu e pode ser dividida nas seguintes modalidades: a) por depósito: consiste no depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos e títulos da dívida pública; b) por hipoteca: desde que inscrita em primeiro lugar.
Na liberdade provisória com fiança, a autoridade policial poderá conceder fiança nos casos de infração punida com detenção ou prisão simples (CPP, art. 322). Nos demais casos, cabe ao juiz a concessão, dentro do prazo de 48 horas (CPP, art. 322, parágrafo único).
Nos casos em que o juiz verificar que o réu não pode prestar fiança, por motivo de pobreza, poderá conceder a liberdade provisória, dispensando-o do pagamento ( CPP, art. 350 ).