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Direito Penal III Prof. Cristiano Pedreira Das Modalidades de Homicídio

O homicídio parte 02

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Page 1: O homicídio   parte 02

Direito Penal IIIProf. Cristiano

Pedreira

Das Modalidades de Homicídio

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Modalidades de Homicídio

Simples (art. 121, caput)

Privilegiada (art. 121, pár. 1º)

Qualificado (art. 121, pár. 2º)

Culposo (art. 121, pár. 3º)

Causas de Aumento de pena (art. 121, pár. 4º)

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Homicídio Simples

Como identificar o homicídio simples?

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Homicídio Simples

Homicídio simples como forma hedionda?

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Homicídio Privilegiado- Previsão Legal.

- Natureza jurídica do “privilégio”.É Direito subjetivo do acusado X Faculdade do Juiz?

- Transmite-se aos coautores e partícipes?

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Homicídio Privilegiado

Hipóteses:

a) Relevante valor social

b) Relevante valor moral

- Eutanásia (Ortonásia e Distanásia)- A Legítima Defesa da honra.

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RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. HOMICÍDIO PRIVILEGIADO. PRONÚNCIA.

ALEGAÇÃO DE LEGÍTIMA DEFESA DA HONRA. ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE

ANÁLISE DA TESE DEFENSIVA. NULIDADE.

- Tese defensiva sem respaldo jurídico. - Legítima defesa da honra

não é causa de excludente de ilicitude abarcado pelo

ordenamento jurídico atual.

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• - Em tese a conduta do recorrente estaria inclusa no privilégio inserto no § 1º do art. 121 do C.P.B. - Recurso não provido.” (TJ-MA - RSE: 0095122012 MA 0000322-92.2011.8.10.0062, Relator: RAIMUNDO NONATO MAGALHÃES MELO, Data de Julgamento: 10/07/2012, PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 20/07/2012)

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Homicídio PrivilegiadoHipóteses:

c) Sob o domínio de violenta emoção, logo em

seguida a injusta provocação da vítima.

- Distinção necessária:

Homicídio Privilegiado x Legítima Defesa

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Homicídio PrivilegiadoHipóteses:

c) Sob o domínio de violenta emoção, logo

em seguida a injusta provocação da vítima.

- O Cônjuge que surpreende seu parceiro

com “outro alguém”.

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Homicídio Privilegiado

“Quando alguém mata em razão de ter flagrado cônjuge ou

companheiro em ato de adultério, é possível o reconhecimento do

privilégio, pois é inegável que a situação do flagrante provoca violenta

emoção e que o adultério é considerado ato de injusta provocação”

(Gonçalves, p. 87)

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(Prova: VUNESP - 2014 - PC-SP - Médico Legista). Artaxerxes cometeu o crime de homicídio contra Valenciano. Apurou-se que Artaxerxes cometeu o crime sob o domínio de violenta emoção logo em seguida a injusta provocação de Valenciano. Nessa hipótese, pelo que dispõe o Código Penal e desconsiderando outros eventuais fatores, é correto afirmar que:

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a) Artaxerxes deverá responder pelo crime de homicídio qualificado.b) o juiz poderá reduzir a pena de Artaxerxes.c) Artaxerxes poderá ter a sua pena aumentada pelo juiz.d) o juiz deverá aplicar a pena de homicídio simples, sem qualquer redução ou aumento de pena.e) o juiz deverá deixar de aplicar a pena, nesse caso, em razão de Valenciano ter provocado Artaxerxes injustamente.

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Homicídio Privilegiado

Homicídio Qualificado-Privilegiado?

- Hipóteses e ocorrência.

- Espécie de crime hediondo?

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( Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVII - Primeira Fase / Direito Penal - Adaptada). Cristiane, revoltada com a traição de seu marido, Pedro, decide matá-lo. Para tanto, resolve esperar que ele adormeça para, durante a madrugada, acabar com sua vida. Por volta das 22h, Pedro deita para ver futebol na sala da residência do casal. Quando chega à sala, Cristiane percebe que Pedro estava deitado sem se mexer no sofá.

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Acreditando estar dormindo, desfere 10 facadas em seu peito. Nervosa e arrependida, liga para o hospital e, com a chegada dos médicos, é informada que o marido faleceu. O laudo de exame cadavérico, porém, constatou que Pedro havia falecido momentos antes das facadas em razão de um infarto fulminante. Cristiane, então, foi denunciada por tentativa de homicídio.

Você, advogado(a) de Cristiane, qual a tese defensiva que deverá arguir em favor de sua cliente?

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( Prova: CESPE - 2000 - Polícia Federal - Agente Federal da Polícia Federal). Julgue o  seguinte  item. Considere a seguinte situação hipotética. 

Alfa, aproveitando que Gama encontrava-se dormindo, com o intuito e escopo de poupá-lo de intenso sofrimento e acentuada agonia decorrentes de doença de desate letal, ceifou a sua vida. Nesse caso, Alfa responderia por homicídio privilegiado-qualificado, eis que, impelido por motivo de relevante valor moral, utilizou recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa do ofendido.

( ) Certo       ( ) Errado

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(Prova: UFMT - 2014 - MPE-MT - Promotor de Justiça - Adaptada). No que se refere ao tipo penal de homicídio, analise as assertivas: I - É majoritária a posição doutrinária que admite a existência do denominado homicídio híbrido, desde que a circunstância qualificadora tenha caráter subjetivo. II - Incidirão as hipóteses de diminuição de pena, do denominado homicídio privilegiado, quando o agente cometer o crime: impelido por motivo de relevante valor social, impelido por motivo de relevante valor moral ou sob a influência de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima. 

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III - O denominado homicídio privilegiado se constitui em uma causa de diminuição de pena prevista no art. 121, § 1.º do Código Penal. O dispositivo tem caráter subjetivo, razão pela qual, em conformidade com o art. 30 do Código Penal, não se comunica aos autores e partícipes.

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Homicídio qualificadoPrevisão legal:Art. 121, parágrafo 2o, CP.

Hipóteses de homicídio qualificado.a) Motivos (incisos I e II);b) Meios (inciso III);c) Modos (inciso IV); e,d) Fins (inciso V).

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Homicídio qualificadoAs novas figuras incluídas pelas Lei nº 13.104 e Lei no. 13.142, de 2015

Feminicídio

VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: 

Cometido contra agentes de segurança pública

“VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição.”

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Homicídio qualificado.Considerações especiais:

- A natureza hedionda dos homicídios qualificados,

tentados ou consumados.

- A (in)comunicabilidade das qualificadoras de caráter

pessoal (de natureza subjetiva) e a possibilidade de

comunicabilidade de das circunstâncias objetivas.

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(MPE- SC/ 2014) Analise os enunciados das questões abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado.

As circunstâncias que qualificam o crime de homicídio são classificadas doutrinariamente de forma majoritária em objetivas, descritas nos incisos III e IV, e subjetivas, estas inseridas nos incisos I, II e V do tipo penal.

( ) Certo      ( ) Errado

Page 24: O homicídio   parte 02

(MPE- SC/ 2014) Analise os enunciados das questões abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado.

As circunstâncias que qualificam o crime de homicídio são classificadas doutrinariamente de forma majoritária em objetivas, descritas nos incisos III e IV, e subjetivas, estas inseridas nos incisos I, II e V do tipo penal.

( ) Certo      ( ) Errado

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Homicídio Qualificado.Concurso de qualificadoras: Homicídio duplamente

qualificado?

“Tendo sido três as qualificadoras reconhecidas pelo Conselho de Sentença, perfeitamente possível a utilização de uma delas para qualificar o delito e das outras duas ou para elevar a sanção básica ou para agravar a pena na segunda etapa da dosimetria, quando prevista no art. 61 do CP.” (STJ, HC 116.972/MS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 19/08/2010, DJe 13/09/2010)

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Homicídio Qualificado.

Concurso de qualificadoras: Homicídio duplamente qualificado?

“Tendo sido três as qualificadoras reconhecidas pelo Conselho de Sentença, perfeitamente possível a utilização de uma delas para qualificar o delito e das outras duas ou para elevar a sanção básica ou para agravar a pena na segunda etapa da dosimetria, quando prevista no art. 61 do CP.” (STJ, HC 116.972/MS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 19/08/2010, DJe 13/09/2010).

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Homicídio Qualificado.Emprego de qualificadoras não reconhecidas como causas de aumento da pena base. Impossibilidade.

“No homicídio, a eventual motivação fútil ou torpe não pode ser invocada para majorar a pena-base: se os jurados não reconhecem as qualificadoras da motivação fútil ou torpe, a consideração de fatos que se amoldam, em tese, a alguma dessas qualificadoras, ainda que para efeitos da majoração da pena-base, é incompatível com o veredicto do Júri; se, diversamente, há o reconhecimento dessas qualificadoras pelo Conselho de Sentença, o aumento da pena-base pela motivação fútil ou torpe configura bis in idem.” (STJ, REsp 514.583/ES, Rel. Ministro CELSO LIMONGI, SEXTA TURMA, julgado em 17/08/2010, DJe 06/09/2010)

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Homicídio Qualificado.

Comentários ao inciso I, primeira parte.

- Distinção.

- O pagamento ou a promessa pode ser diversa de uma prestação econômica?

- É necessário o recebimento da vantagem para a configuração da qualificadora?

- É modalidade de concurso necessário!!!

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Homicídio Qualificado.Comentários ao inciso I, primeira parte.

Consuma-se o crime quando o agente recebe o

dinheiro e não procura a vítima para realizar o crime?

Resp. art. 31

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Homicídio Qualificado.Comentários ao inciso I, primeira parte.

A Qualificadora de Paga ou Promessa comunicam-se aos coautores e partícipes?

Não: Fragoso, Capez, Monteiro e Greco.Sim: Mirabete, Damásio, STF e STJ.

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Homicídio Qualificado.Comentários ao inciso I, segunda parte

- O que é motivo torpe?

É o motivo torpe, abjeto, vil, repugnante (Ex. matar a namorada porque esta não quis se reconciliar; assassinar alguém para receber herança, etc.)

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Homicídio Qualificado.Constituem-se hipóteses de motivo torpe:

a) Preconceito;b) Canibalismo;c) Vampirismo;d) Rituais macabros;e) Motivação econômica;f) Intenção de ocupar o cargo da vítima;g) matar a esposa que não quis manter relação sexual;h) Preso que mata outro que integra facção criminosa adversária.

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Homicídio Qualificado.

A vingança está elencada entre os motivos torpes?

“A vingança, per se, pode não ou representar motivo torpe - tudo a

depender do caso concreto.” (STJ, HC 126.730/SP, DJe

30/11/2009).

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Homicídio Qualificado.

O Ciúme está entre os motivos torpes?

“O ciúme, por si só, sem outras circunstâncias, não caracteriza o

motivo torpe."(HC 123.918/MG, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA

TURMA, julgado em 13/08/2009, DJe 05/10/2009)” STJ, AgRg no REsp

1072952/RN, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em

29/04/2010, DJe 24/05/2010.

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Homicídio qualificado.

Comentários ao inciso II.

- O que é o motivo fútil?

É o motivo desproporcional. (Ex. simples incidente de trânsito; rompimento do namoro; pequenas discussões entre familiares; o fato de ter a vítima rido do seu algoz, momentos antes do crime).

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Homicídio qualificado.

Comentários ao inciso II.

A discussão antes do homicídio afasta a futilidade da conduta?

“Segundo o entendimento desta Corte, a discussão anterior entre a vítima e o autor

do homicídio, por si só, não afasta a qualificadora do motivo fútil, mormente quando

reconhecida pelo Tribunal do Júri. (AgRg no AgRg no AREsp 209.620/MT, Rel.

Ministro LEOPOLDO DE ARRUDA RAPOSO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO

TJ/PE), QUINTA TURMA, julgado em 21/05/2015, DJe 08/06/2015)

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Homicídio qualificado.Comentários ao inciso II.

- O crime praticado sem motivos afasta a futilidade?

Ausência de prova quanto ao motivo

X

Acusado que diz ter matado sem motivo algum

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A ausência de motivos qualifica o crime?

HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO. EXCLUSÃO DE QUALIFICADORA. FALTA DE MOTIVO NÃO SE CONFUNDE COM MOTIVAÇÃO FÚTIL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CARACTERIZADO. DECISÃO DE PRONÚNCIA. DECRETAÇÃO DA PRISÃO COM BASE SOMENTE NOS MAUS ANTECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE.

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• 1. Sempre haverá um motivo para o cometimento do delito, embora não se consiga, em todos os casos, descobrir a razão que levou o agente a praticá-lo. 2. Não se pode confundir motivo fútil com falta – ou desconhecimento – do motivo, sob pena de configurado ilegal. (...)” (STJ, HC 91.747/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEXTA TURMA, julgado em 12/05/2009, DJe 01/06/2009)

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(Prova: FUNIVERSA - 2015 - SEAP-DF - Agente de Atividades

Penitenciárias). Segundo entendimento do STJ, do STF e da doutrina

dominante acerca do direito penal, julgue o item subsequente.

Responde pela prática de homicídio qualificado por motivo fútil o agente

que, em virtude de um desentendimento relacionado à má divisão do

dinheiro obtido em atividades ilegais de jogatina ocorrido com a vítima,

executa-a mediante disparos de arma de fogo, alvejando-lhe o tórax.

( ) Certo ( ) Errado

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(Prova: FCC - 2014 - DPE-CE - Defensor Público de Entrância Inicial/ Direito Penal). Em relação à qualificadora do motivo fútil no crime de homicídio, NÃO encontra significativo amparo doutrinário e jurisprudencial a tese de quea) é excluída pela embriaguez voluntária ou culposa, se completa.b) não equivale a motivo injustoc) não se confunde com a ausência de motivos.d) é compatível com o homicídio privilegiado.e) não pode coexistir com a do motivo torpe em um mesmo ato.

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Homicídio Qualificado.Comentários ao inciso III.

a) Meios insidiosos e meios cruéis.

Veneno (Venifício)

Podem ser consideradas venenosas as substâncias que, apesar de não serem venenosas, podem levar a morte, em decorrência de doença ou reação alérgica?

Sim (corrente majoritária – Hungria, Capez, Bittencourt)

Não (corente minoritária – Mirabete)

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Homicídio Qualificado.

Comentários ao inciso III.a) Meios insidiosos e meios cruéis.

Veneno (Venifício)

Se houver violência, não haverá qualificadora de veneno.

Somente subsiste a qualificadora se houver perícia.

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( Prova: MPE-BA - 2015 - MPE-BA - Promotor de Justiça Substituto / Direito Penal)Miquelino Boa Morte, em razão de motivo abjeto, praticou delito de homicídio contra Angelino Boa Vida. Para tanto, Miquelino misturou, na presença e sob a ciência de Angelino, em um recipiente, água e substância venenosa, obrigando, sem possibilidade de reação, sua vítima a ingerir tal substância, conduta que ocasionou, após sofrimento do envenenado, o seu óbito. Pergunta-se:

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Miquelino Boa Morte praticou:a) Homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e com emprego de veneno.b) Homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e mediante recurso que tornou impossível a defesa do ofendido.c) Homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e com emprego de veneno.d) Homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e mediante recurso que tornou impossível a defesa do ofendido.e) As alternativas, “a”, “b”, “c” e “d” são incorretas.

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Homicídio Qualificado.Comentários ao inciso III.

b) Emprego de Fogo.

“A qualificadora do fogo também se mostra presente quando o agente põe

fogo no barraco da vítima e ela morre por aspirar a fumaça proveniente da

queima, ainda que o corpo da vítima não seja atingido diretamente pelas

chamas. Há, também, a qualificadora se a vítima é colocada em um caldeirão

com água e, em seguida, esta é aquecida.” (Gonçalves, p. 84)

Page 47: O homicídio   parte 02

Homicídio Qualificado.Comentários ao inciso III.

c) Explosivo

d) Asfixia.

MecânicaToxica

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 ( Prova: MPE-SC - 2014 - MPE-SC - Promotor de Justiça)

Analise os enunciados das questões abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado.Se o homicídio é cometido com emprego de asfixia ele é considerado qualificado. Entretanto, a doutrina e jurisprudência predominante em nosso país entendem que somente se aplica nos casos de asfixia mecânica, não incidindo tal regra (majorante legal) nos casos de asfixia tóxica.

( ) Certo      ( ) Errado

Page 49: O homicídio   parte 02

Homicídio Qualificado.Comentários ao inciso III.

e) Tortura.

- Como diferenciar o homicídio, praticado mediante tortura, da tortura com resultado morte?

- É possível o cumulo material entre os crimes de tortura e homicídio?

Segundo Fernando Capez (2007, p. 53), tal hipótese é possível, desde que o agente haja motivado pela autonomia de desígnios. O mencionado penalista utiliza, para demonstrar a sua tese, o exemplo de um carcereiro que, primeiramente, tortura o preso e, depois, mata-o com um disparo de arma de fogo.

Page 50: O homicídio   parte 02

Homicídio Qualificado.

A reiteração de golpes qualifica o meio cruel?

“Os tribunais tem decidido que a qualificadora do meio cruel somente pode ser admitida na hipótese em que o agente age por puro sadismo, com o nítido propósito de prolongar o sofrimento da vítima.” (CAPEZ, 2007, p. 53).

Casuística:

“(...) a multiplicidade de atos executórios (in casu, reiteração de facadas), por si só, não configura a qualificadora do meio cruel.” (REsp 743.110/MG, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 15/12/2005, DJ 27/03/2006, p. 322)

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Homicídio Qualificado.Inciso III

O que é meio cruel?“(...) provoquem forte sofrimento físico na vítima” (Gonçalves, p. 88)São os casos de espancamento, apedrejamento, jogar a vítima do alto do prédio ou precipício, despejar grande quantidade de ácido na vítima, choque elétrico de alta voltagem; cortar os pulsos e esperar sangrar...

Page 52: O homicídio   parte 02

Homicídio Qualificado.Inciso III

O que é meio insidioso?

“(...) um meio fraudulento para atingir a vítima sem que se perceba que está havendo um crime, como ocorre com as sabotagens em geral (...) trocar o medicamento necessário para manter alguém vivo por comprimidos de farinha (...)” (Gonçalves, p. 89)

Pode haver a cumulação entre os meios insidiosos e cruéis?

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Homicídio Qualificado.Inciso IIIMeio de que possa resultar perigo comum“(...) o meio escolhido pelo agente tem o potencial de causar situação de risco à vida ou integridade corporal de um número elevado e indeterminado de pessoas (...)” (Gonçalves, p. 89)Exemplo: Execução da vítima com disparos de arma de fogo em meio a multidão.

Page 54: O homicídio   parte 02

Homicídio Qualificado.Inciso III

Meio de que possa resultar perigo comum

"[...] A orientação dos Tribunais Superiores segue no sentido

de que o crime de homicídio absorve o crime contra a

incolumidade pública quando as condutas delituosas guardem,

entre si, uma relação de meio e fim estreitamente vinculadas"

(Recurso Criminal n. 2012.069757-0, de Concórdia, rel. Des. Ricardo

Roesler, j. 05-02-2013).

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Homicídio QualificadoModo de execução: inciso IV.a) Traição

Há necessidade de uma relação de confiança anterior entre agente e vítima?Não: Nelson HungriaSim: Mirabete, FragosoSolução da jurisprudencia para Capez (2014, p. 75)

Page 56: O homicídio   parte 02

Homicídio QualificadoModo de execução: inciso IV.b) Emboscada

c) Dissimulação“O criminoso age com falsas mostras de

amizade, ou de tal modo que a vítima, iludida, não tem motivo para desconfiar do ataque (...)” (Capez, p. 75)

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Homicídio Qualificado

d) Qualquer outro meio que dificulte ou torne impossível a defesa

da vítima.

- Surpresa

Hipóteses:

- Vitima presa ou imobilizada.

- Superioridade numérica.

- Vítima embriagada ou em coma;

Page 58: O homicídio   parte 02

Homicídio Qualificado

d) Qualquer outro meio que dificulte ou torne impossível a defesa

da vítima.

Superioridade física;

Não

Superioridade de armas

Vitima maior de 60 anos e menor de 14: não.

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( Prova: FGV - 2014 - Prefeitura de Osasco - SP - Guarda Civil Municipal - 3ª Classe (Masculino/Feminino) / Direito Penal / Crimes contra a vida;  Homicídio;  )Roberto estava na fila de um banco, quando, por descuido, esbarrou em Renato que estava a sua frente, fazendo com que caísse no chão a pasta que estava na mão de Renato. Não obstante o pedido de desculpas, Renato ficou enfurecido, saiu do banco, foi até seu veículo, pegou uma pistola e aguardou na esquina a saída de Roberto do banco. Assim que a vítima cruzou a esquina, Renato sacou a arma e desferiu cinco disparos pelas costas de Roberto, levando-o a imediato óbito. É correto afirmar que:

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Renato cometeu crime de:a) homicídio simples;b) homicídio qualificado pelo motivo torpe;c) homicídio duplamente qualificado pelo motivo torpe e com recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendidod) homicídio duplamente qualificado pelo motivo fútil e com recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendidoe) homicídio triplamente qualificado pelo motivo torpe, emprego de arma de fogo e com recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido

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Não constitui hipótese de agravamento da pena e, isto porque, segundo Fernando Capez (2007, p. 61) “entende-se que ela, muitas vezes, demonstraria uma maior resistência do agente aos impulsos criminosos, motivo que não justificaria o agravamento da pena”. Todavia, a premeditação pode ser utilizada como uma circunstancia judicial no momento da definição da pena base.

“A premeditação do delito justifica maior reprovação, a título de circunstâncias do crime, tal qual se procedeu na espécie. Precedentes.” (STJ, (HC 136.470/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, DJe 02/08/2010)

Premeditação.