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O “inferno” no qual você vive não precisa existir dentro de você.

O inferno no qual você vive não precisa viver dentro de você by Aldo Novak

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O “inferno” no qual você vive não precisa existir dentro de você.

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O que fazer quando você estiver  passando pelo “inferno”?

Estávamos perdidos, sem água e sem comida

Estávamos todos perdidos na serra da Bocaina, na divisa entre os estadosde São Paulo e Rio de Janeiro. As montanhas cercavam nosso grupo e afome aumentava. Mas a fome ainda não era mortal.

A sede, por outro lado, estava deixando todos tensos. E com medo.

Lembro que, naquele dia, acordamos por volta das 3 da madrugada,bem antes do Sol nascer, e nos encontramos com nossos dois guias,contratados para nos levarem pelas montanhas da região.Acho que estávamos em quinze pessoas, ou mais.

Resolvemos que não iríamos gastar muito dinheiro com guias, portanto economizamos para aproveitarmos mais a aventura.

Por isso contratamos guias baratos.

Como ainda nem eram 4 da manhã, estava escuro, todos nós usávamos lanternas enquanto os cavalos subiam a montanha.

Todos nós estávamos com cavalos selados e carregando cada umdos “aventureiros” de final de semana e nossas mochilas.

Não lembro o nome do meu cavalo, mas lembro que ele erabranco – um branco “sujo”, não um branco como aqueles doscavalos do cinema. 

Estávamos em vários cavalos como uma caravana de exploradores,  com um dos guias liderando a frente do grupo, com um mapa,e outro  cobrindo a retaguarda do grupo, ao final. 

Uns quinze cavalos, talvez, caminhando pela montanha, de madrugada.  Só víamos as luzes das lanternas, os olhos brilhantes dos cavalos e as  estrelas.

Escutávamos apenas os cascos dos cavalos sobre as pedras,  ecoando pelas rochas, no silêncio da noite. E o eco fazia parecerque  éramos um exército enorme, de soldados, viajando à noite. 

Me sentia o próprio Indiana Jones. Uma experiência sensorial inesquecível.Eu estava com minha namorada, mas acho que éramos o único casal do grupo. 

Havia uma bruma que caia pelas montanhas e uma escuridão queapenas  as montanhas têm. Mas, não demorou muito para eu ver quealgo estava errado.  O “guia” que seguia por último, estava totalmente bêbado.E quando digo totalmente quero dizer TO-TAL-MEN-TE. 

Eu tinha uns 19 anos e estávamos todos passeando, mas na hora em  que os encontramos não achei que ele estivesse sem condições. 

De repente, aconteceu.

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O que fazer quando você estiver  passando pelo “inferno”?

Estávamos perdidos, sem água e sem comida

Estávamos todos perdidos na serra da Bocaina, na divisa entre os estadosde São Paulo e Rio de Janeiro. As montanhas cercavam nosso grupo e afome aumentava. Mas a fome ainda não era mortal.

A sede, por outro lado, estava deixando todos tensos. E com medo.

Lembro que, naquele dia, acordamos por volta das 3 da madrugada,bem antes do Sol nascer, e nos encontramos com nossos dois guias,contratados para nos levarem pelas montanhas da região.Acho que estávamos em quinze pessoas, ou mais.

Resolvemos que não iríamos gastar muito dinheiro com guias, portanto economizamos para aproveitarmos mais a aventura.

Por isso contratamos guias baratos.

Como ainda nem eram 4 da manhã, estava escuro, todos nós usávamos lanternas enquanto os cavalos subiam a montanha.

Todos nós estávamos com cavalos selados e carregando cada umdos “aventureiros” de final de semana e nossas mochilas.

Não lembro o nome do meu cavalo, mas lembro que ele erabranco – um branco “sujo”, não um branco como aqueles doscavalos do cinema. 

Estávamos em vários cavalos como uma caravana de exploradores,  com um dos guias liderando a frente do grupo, com um mapa,e outro  cobrindo a retaguarda do grupo, ao final. 

Uns quinze cavalos, talvez, caminhando pela montanha, de madrugada.  Só víamos as luzes das lanternas, os olhos brilhantes dos cavalos e as  estrelas.

Escutávamos apenas os cascos dos cavalos sobre as pedras,  ecoando pelas rochas, no silêncio da noite. E o eco fazia parecerque  éramos um exército enorme, de soldados, viajando à noite. 

Me sentia o próprio Indiana Jones. Uma experiência sensorial inesquecível.Eu estava com minha namorada, mas acho que éramos o único casal do grupo. 

Havia uma bruma que caia pelas montanhas e uma escuridão queapenas  as montanhas têm. Mas, não demorou muito para eu ver quealgo estava errado.  O “guia” que seguia por último, estava totalmente bêbado.E quando digo totalmente quero dizer TO-TAL-MEN-TE. 

Eu tinha uns 19 anos e estávamos todos passeando, mas na hora em  que os encontramos não achei que ele estivesse sem condições. 

De repente, aconteceu.