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1 O crescimento do conteúdo em vídeo no ambiente digital Aline Oliveira Natalia Moreira Resumo Usando como base exploratória a passagem do vídeo desde a TV até as redes sociais, mostramos neste artigo como o conteúdo em vídeo vem crescendo no ambiente digital. Através de pesquisas de empresas como Comscore, Cisco, Facebook e Google, conseguimos levantar os principais dados sobre o crescimento e engajamento com o conteúdo em vídeo nas redes sociais, não apenas pelas empresas, mas também pelos consumidores. Palavras-chave: vídeo, conteúdo em vídeo, Youtube, Facebook, redes sociais. Introdução Ao entrar em uma rede social é perceptível que boa parte do conteúdo exibido é em vídeo e também que os consumidores e as empresas estão utilizando mais essa mídia na internet. O surgimento dos smartphones, a evolução da internet e o aprimoramento de programas e aplicativos nos possibilitaram a disseminação de vídeos e também aumentaram a utilização desse tipo de conteúdo no ambiente digital. Este artigo explora, através de várias pesquisas encontradas no mercado, a utilização dos vídeos pelas empresas e consumidores, passando pela TV até as redes sociais. Na primeira seção, apresentamos um panorama da publicidade em vídeo na TV, desde o seu surgimento. E ainda, abordamos sucintamente o surgimento da internet e as mudanças que esse novo meio de comunicação trouxe para a publicidade. Na segunda seção, mostramos a influência dos dispositivos móveis e das redes sociais no crescimento dos vídeos na internet. Atualmente, só no Brasil são mais de 650 horas gastas em redes sociais e somos 38,3 milhões de pessoas que acessam a internet através de tablets e smartphones . E, logo em seguida, trazemos alguns dados de como os usuários e as 1 empresas estão consumindo atualmente os vídeos no ambiente digital. Já na quarta seção apresentamos a nossa metodologia que traz alguns insights de uma pesquisa que realizamos online sobre como as empresas utilizam o vídeo na internet. Na quinta seção, são apresentadas estratégias e canais utilizados para a produção e divulgação 1 http://blogs.oglobo.globo.com/nas-redes/post/brasileiros-gastam-650-horas-por-mes-em-redes-sociai s-567026.html

O crescimento do conteúdo em vídeo no ambiente digital

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O crescimento do conteúdo em vídeo no ambiente digital

Aline Oliveira

Natalia Moreira

Resumo

Usando como base exploratória a passagem do vídeo desde a TV até as redes sociais, mostramos neste artigo como o conteúdo em vídeo vem crescendo no ambiente digital. Através de pesquisas de empresas como Comscore, Cisco, Facebook e Google, conseguimos levantar os principais dados sobre o crescimento e engajamento com o conteúdo em vídeo nas redes sociais, não apenas pelas empresas, mas também pelos consumidores.

Palavras-chave: vídeo, conteúdo em vídeo, Youtube, Facebook, redes sociais.

Introdução

Ao entrar em uma rede social é perceptível que boa parte do conteúdo exibido é em

vídeo e também que os consumidores e as empresas estão utilizando mais essa mídia na

internet. O surgimento dos smartphones, a evolução da internet e o aprimoramento de

programas e aplicativos nos possibilitaram a disseminação de vídeos e também aumentaram a

utilização desse tipo de conteúdo no ambiente digital.

Este artigo explora, através de várias pesquisas encontradas no mercado, a utilização

dos vídeos pelas empresas e consumidores, passando pela TV até as redes sociais. Na

primeira seção, apresentamos um panorama da publicidade em vídeo na TV, desde o seu

surgimento. E ainda, abordamos sucintamente o surgimento da internet e as mudanças que

esse novo meio de comunicação trouxe para a publicidade.

Na segunda seção, mostramos a influência dos dispositivos móveis e das redes

sociais no crescimento dos vídeos na internet. Atualmente, só no Brasil são mais de 650 horas

gastas em redes sociais e somos 38,3 milhões de pessoas que acessam a internet através de

tablets e smartphones . E, logo em seguida, trazemos alguns dados de como os usuários e as 1

empresas estão consumindo atualmente os vídeos no ambiente digital.

Já na quarta seção apresentamos a nossa metodologia que traz alguns insights de

uma pesquisa que realizamos online sobre como as empresas utilizam o vídeo na internet. Na

quinta seção, são apresentadas estratégias e canais utilizados para a produção e divulgação

1 http://blogs.oglobo.globo.com/nas-redes/post/brasileiros-gastam-650-horas-por-mes-em-redes-sociais-567026.html

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dos vídeos na internet. Entre as estratégias, abordamos o uso do marketing de conteúdo e

storytelling, que andam juntos para trazer um conteúdo de valor para os consumidores, além

dos principais canais onde eles são entregues: Facebook, Youtube, Instagram e, o mais

recente, Snapchat.

Na penúltima seção mostramos um case de sucesso onde o vídeo foi utilizado como

principal ferramenta de divulgação da marca Seda da Unilever. E no final deste artigo,

esperamos oferecer uma nova perspectiva e importância da utilização do vídeo no ambiente

digital e como estratégia de marketing.

1. O vídeo e a publicidade

O vídeo e a publicidade são parceiros desde o surgimento da TV. No Brasil começou

timidamente com as famosas garotas-propagandas, que com beleza e charme atraíam mais

audiência enquanto exibiam os produtos. A partir dos anos 70, os anunciantes começaram a

comprar espaços publicitários entre os programas, dando origem aos intervalos. Mas só a

partir dos anos 90, ocorreu um aumento da publicidade na TV, que começou a ir além dos

tradicionais comerciais nos intervalos da programação:

O aumento da comercialização generalizada foi outra característica da década. Empresas alugaram espaços para a emissão de programas de venda direta, e surgiram canais a cabo específicos para a comercialização de produtos. Além do intervalo comercial, a publicidade invadiu todas as atrações, com os próprios artistas ou apresentadores fazendo propaganda de diferentes produtos. Também vinhetas eletrônicas foram criadas, exibindo, na parte inferior do vídeo, ofertas de produtos durante uma entrevista, uma canção ou qualquer outra apresentação. (AMORIM. 2008 p.84-85)

Além dos intervalos e espaços comerciais em programas, o merchansing em novelas 2

também começou a ganhar espaço, oferecendo às empresas a possibilidade de inserir os seus

produtos em um momento de entretenimento do consumidor.

A televisão continua sendo, até hoje, a maior mídia de investimentos em publicidade

no Brasil, atingindo milhões de telespectadores. Segundo o estudo RETROSPECTIVAS &

PERSPECTIVAS (2015), realizado pelo Kantar Ibope Media, 70% dos investimentos são

feitos na televisão, sendo que 53% é investido na TV Aberta, 11% na TV por assinatura e 5%

em merchandising. Os outros 30% são divididos entre jornal (13%), display (7%), revista

(4%), rádio (4%), search (1%). OOH (1%) e cinema (1%).

2 Citação ou aparição de determinada marca, produto ou serviço, sem as características explícitas de anúncio publicitário. (Wikipedia)

3

Apesar da televisão ainda dominar o investimento em publicidade no Brasil, a partir

de 1995, ela passou a ter uma forte concorrente para as empresas divulgarem seus produtos e

suas histórias, a internet. E em seu início, ela era apenas um bloco de texto estático e com

poucas funções gráficas.

A publicidade na internet começou com formatos de banners de texto e imagens

estáticas, mas foi evoluindo para os Graphics Interchange Formats (GIFs), banners em flash,

estilo pop-up e em html, até chegar no formato em vídeo. E todos esses formatos ainda são

utilizados atualmente pelos anunciantes online.

Mesmo com uma publicidade mais “simples”, a internet e o aperfeiçoamento desses

banners trouxeram aos usuários uma forma de interagir com aquela informação:

A publicidade tem o propósito básico de disseminar informações para orientar o comportamento de compra e as preferências do consumidor para um determinado produto, serviço ou determinada marca. No entanto, na Web, a publicidade diferencia-se fundamentalmente dos outros meios por permitir que o consumidor possa interagir diretamente com o anúncio. Ele pode, então, clicar no anúncio para obter mais informações ou mesmo realizar a compra do produto. (PINHO, 2000. p. 114 apud Clemente, 2008. p.16)

Já os vídeos publicitários na internet foram testados pela primeira vez em 2004, em

15 sites dos EUA. Eles eram transmitidos através do Windows Media Player com uma 3

tecnologia desenvolvida pela Unicast, agência de publicidade americana, que possibilitava a

interação do vídeo com o internauta. (ESTADÃO. 2004)

Esse foi o primeiro passo para a utilização do vídeo no ambiente digital. Mas um

fator importante que ajudou a disseminar os conteúdos em vídeos, além do crescimento dos

blogs e das redes sociais, foi o surgimento dos dispositivos móveis como smartphones e

tablets.

2. Redes sociais e dispositivos móveis no consumo de vídeos

Segundo CASTELLS (1999), a rede social é “um novo sistema de comunicação que

fala cada vez mais uma língua universal digital, tanto está promovendo a integração global da

produção e distribuição de palavras, sons e imagens de nossa cultura, como

personalizando-os ao gosto das identidades e humores dos indivíduos”.

Uma das primeiras redes sociais que nós brasileiros mais utilizamos foi o Orkut e

nela era possível adicionar os amigos, fazer partes de grupos de interesses e divulgar fotos,

3 Programa de reprodução de vídeos da Microsoft.

4

mas não havia a possibilidade de divulgar vídeos. Diferentemente do Youtube, que surgiu

logo depois, em 2005, totalmente voltado para a divulgação e criação de vídeos. Outra rede

que surgiu na mesma época, mas só começou a disseminar vídeos um tempo depois, foi o

Facebook, que vamos apresentar um pouco mais a frente.

O lançamento mundial do iPhone, que deu entrada para outras marcas lançarem

smartphones modernos e também com a chegada do 3G no Brasil, em 2007, fizeram com que

os brasileiros e o resto do mundo passassem a ter em suas mãos uma nova forma de acesso à

internet e de comunicação. Além disso, com essa evolução, novas redes sociais foram

surgindo para atrair e disputar a atenção dos consumidores, para conhecer outras pessoas,

conversar de forma mais ágil, publicar uma foto como um profissional, gravar um vídeo,

escrever em poucas palavras e outras tantas possibilidades que deixam as pessoas cada vez

mais próximas, mesmo que a distância física, as diferenças pessoais e as preferências sejam

muito grandes.

Atualmente já somos mais de 2 bilhões de pessoas que utilizam as redes sociais pelo 4

mundo e, só no Brasil, já temos mais 168 milhões de smartphones ativos. Esse número é 5

maior se comparado com o uso de computadores (notebooks, tablets e desktops), que é de 160

milhões.

Essa mobilidade fez crescer a distribuição de vídeos online, pois o consumidor

começou a adotar uma linguagem mais visual através das câmeras dos smartphones e, para

esse consumidor, a TV também deixou de ser o único ponto de acesso ao entretenimento e de

atenção. Segundo uma pesquisa realizada em 2013, da Ipsos para o Google, 63 milhões de

brasileiros acessam dois tipos de tela e 68% assistem TV e usam o smartphone ao mesmo 6

tempo. E os vídeos possuem um potencial gigantesco de crescimento, pois já contam com 1

bilhão de usuários, podendo dobrar até 2017 (Segundo a Cisco). Isso significa que em quatro

anos, 81% dos internautas também estarão assistindo vídeos, sendo esta a sua principal

atividade na web, Claro que esse estudo foi medido a partir da quantidade de petabytes que

serão consumidos ao longos dos anos, ou seja, a quantidade de armazenamento de

informações vindos de vídeos online. Podemos notar esse potencial crescimento no gráfico a

seguir:

4 http://idgnow.com.br/internet/2015/04/06/planeta-ja-tem-dois-bilhoes-de-pessoas-usando-redes-sociais/ 5 http://link.estadao.com.br/noticias/gadget,brasil-chega-a-168-milhoes-de-smartphones-em-uso,10000047873 6 https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-br/research-studies/comportamento-consumidor-multiplataforma.html

5

Figura 1: Crescimento do consumo de vídeo

Fonte:http://www.webestrategica.com.br/blog/artigos/videos-online-serao-mais-popu

lares-que-redes-sociais-em-2017/

Segundo dados da COMSCORE (2015), o Brasil ocupa o primeiro lugar em

consumo de vídeo na América Latina com 3 horas a mais que os outros países. Os

consumidores de vídeo brasileiros também estão se tornando cada vez mais engajados. Por

cada visita em sites, como portais e redes sociais são consumidos em média seis vídeos. Além

disso, os anúncios em vídeo estão gerando mais engajamento, cerca de 10,9 minutos por

viewer.

3. O uso do vídeo no ambiente online: consumidores e empresas

Uma pesquisa realizada pela CISCO (2015), indicou que o tráfego anual do

protocolo de internet (IP) vai atingir mais de 2 bilhões de Gigabytes anuais, entre 2014 e

2019, ou seja, são 2 zettabytes de dados em comunicação. E um dos principais fatores desse

crescimento, como vimos na figura anterior, são os novos e avançados serviços de vídeo que

vão representar 80% de todo o tráfego IP até 2019.

6

Serviços como Netflix e redes sociais como Youtube e Facebook estão comprovando

essa pesquisa. Atualmente, esses canais são os principais para aquisição de vídeos on demand

e de transmissões ao vivo no ambiente online. Uma pesquisa da MeSeems realizada junto a

EXAME.com, revelou que 45% dos 1000 entrevistados pensam em substituir a TV a cabo

pela Netflix e que 48% assinam além da TV a cabo outros serviços de streaming como

Netflix, Telecine Play e HBO Go. (ANGRELA. 2016)

Devido a inclusão digital, o crescimento da internet e o aumento de dispositivos

móveis, em 2014, mais de 95,4 milhões de brasileiros já acessaram a internet. Isso quer dizer

que mais de 50% da população brasileira de 10 anos de idade ou mais já tem acesso à

internet. (SARAIVA. 2016). E, com isso, o consumidor brasileiro está hiperconectado,

hipermóvel, hiperinformado, e hiperentretido.

Hiperconectado e hipermóvel, por ter mais acesso à internet por diversos

dispositivos como computadores, tablets e celulares (multitela). Hiperinformado, porque

através dessas conexões o acesso às informações ficou mais fácil, são cerca de 100 bilhões de

pesquisas por mês só no Google. E hiperentretido, através de conteúdos em vídeos online,

onde mais de 70 milhões de brasileiros são consumidores e assistem cerca de 8,1 horas

semanais na web. (MARINHO, 2014).

Em 2014, o Google fez em conjunto com a consultoria Provokers um estudo onde

foram identificados quatro tipos de consumidores de vídeos: “Freedom Watchers”, “Mobile

Chatter”, “TV Rules” e “Unsatisfied Content Searcher”. Os Freedom Watchers (24%)

possuem de 18 a 55 anos e valorizam a liberdade de escolha, como fazer a própria

programação e assistir esses conteúdos quando quiserem. Os “Mobile Chatter” são jovens de

14 a 24 anos que não desgrudam do celular, acessam muitos vídeos compartilhados de

amigos e representam 31% na pesquisa. Os “TV rulers” (22%) preferem o conteúdo em vídeo

da televisão, são mais velhos (45 a 55 anos) e assistem apenas 4,8 horas de vídeo por semana

na web. E os “Unsatisfied Content Searcher” (23%) que são jovens-adultos (25 a 34 anos)

que acham a TV irrelevante, desaprovam o conteúdo televisivo e são os que mais acessam

vídeos pela web com cerca de 9,8 horas por semana. (Think with Google 2014).

Além disso, os consumidores online brasileiros quando utilizam a internet para

acessar vídeos, utilizam os smartphones com mais frequência e assistem à TV ao mesmo

tempo. O conteúdo buscado enquanto assistem a televisão vai desde conversas por texto,

redes sociais, aplicativos e outros conteúdos em vídeo. Na TV o principal conteúdo

7

consumido são filmes e séries, já nos smartphones e nos computadores são vídeos online

produzidos por marcas e por amadores. Por isso é interessante para as marcas e profissionais

de marketing pensarem no conteúdo e no formato que podem atingir todos os dispositivos

que o seu público utiliza.

Segundo a eMarketer (apud Tracto 2013), “50% dos profissionais de marketing em

todo o mundo já consideram o vídeo o tipo de conteúdo que oferece o maior ROI (retorno

sobre o investimento) ”. Mas de acordo com o Mauro Peres, fundador da empresa MBA 60 e

palestrante do Content marketing Brasil “as empresas investem na produção de vídeo, mas

muitas vezes ignoram um elemento igualmente relevante: o content marketing”. Ou seja, as

empresas querem estar presentes, porém se esquecem de um fator muito importante que é o

conteúdo que será transmitido pelos vídeos, para gerar engajamento e interesse dos

internautas com as marcas.

Os conteúdos em vídeo divulgados pelas empresas vão de vídeos promocionais,

como lançamento de novos produtos, versões para a web de suas propagandas na televisão,

vídeos de divulgação de produtos com influenciadores até vídeos de conteúdo que abordam

passo a passo, tutoriais, entrevistas sobre o setor que atua e cursos.

Um relatório realizado pela ROCK CONTENT (2016) indicou que as empresas

brasileiras estão usando conteúdo em vídeo e em outros formatos, para gerar engajamento,

reconhecimento da marca, vendas e para a geração de leads . Além disso, o vídeo está em 5º 7

lugar como o mais utilizado para distribuir conteúdo e ele também está presente como

estratégia de marketing de conteúdo em todas as etapas do funil de vendas.

4. Metodologia

Como base metodológica desse artigo exploratório utilizamos a netnografia, que

segundo KOZINETS (2010) é “uma abordagem de pesquisa online de observação

participante que segue um conjunto de procedimentos e protocolos distintos. A netnografia é

apropriada para o estudo tanto de comunidades virtuais quanto de comunidades e culturas que

manifestam interações sociais importantes virtualmente”. E a partir desse conceito, fizemos

uma pesquisa online, em alguns grupos do Facebook e Linkedin voltados ao marketing e

publicidade, entre os dias 11 e 31 de julho de 2016, com 16 perguntas sobre a utilização de

vídeos no ambiente digital.

7 Alguém que entra em contato com a sua empresa interessado em mais informações sobre o seu produto ou serviço.

8

Essa pesquisa trouxe alguns insights que apresentamos nessa seção e durante o

artigo, sobre como esses profissionais estão utilizando o conteúdo em vídeo online. Com as

60 respostas obtidas de profissionais de diversos setores como agências de publicidade

(65%), veículos de comunicação (5%), consultoria (8,3%) e ecommerce (6,7%), descobrimos

que 56,7% deles utilizam os vídeos para trazer mais engajamento e 18,3% para o

reconhecimento da marca. E a principal fonte de divulgação desses vídeos são os anúncios

em rede de display ou publicações patrocinadas em redes sociais (61,7%).

Além disso, fizemos buscas online de outros artigos, livros e notícias sobre a

utilização de vídeos no ambiente digital. Nossas principais fontes foram o Google Scholar,

que possibilitou encontrar artigos acadêmicos, Google Books onde conseguimos extrair

algumas citações de livros, Google.com, onde encontramos notícias com dados atuais e o

Think With Google, site do Google onde contém muitas pesquisas voltadas para o consumo e

distribuição de vídeos online.

5. Estratégias: marketing de conteúdo e storytelling

A área de marketing geralmente é a que define o mix de canais a ser utilizado na

hora da divulgação da empresa, produto ou serviço. É de extrema importância definir o canal

ideal para que se garanta a correta implantação da estratégia, uma vez que podem existir

diferentes níveis de preços, serviços, custos e riscos, ou seja, é essencial definir o canal ideal

para abordar cada grupo de clientes e ser assertivo.

Canais de marketing são conjuntos de organizações que são independentes, mas que estão ligadas por seu ramo de atividades e que dependem uma da outra para poderem disponibilizar seus produtos ou serviços para uso ou consumo fazendo com que cheguem a seus consumidores finais de acordo com suas exigências. (KOTLER, KELLER 2006)

As redes sociais são canais muito utilizados pelas empresas para a divulgação dos

seus produtos e serviços com o objetivo de passar da forma mais assertiva possível a

mensagem, seja ela com o objetivo de venda, geração de lead ou apenas conhecimento de

marca.

Hoje as empresas apostam nos canais digitais, pois quando pensamos em

mensuração de resultados as diversas plataformas digitais conseguem nos mostrar resultados

de diferentes formas, ou seja, quando no planejamento estratégico de marketing define um

KPI (indicadores chave de performance) para a campanha, sabemos exatamente o que precisa

ser medido e entregue. Não que não haja meios de medir resultados no offline, porém

9

conseguimos ser mais assertivos na mensuração desses resultados no digital. Resultados estes

que apontam perfil do target, alcance, frequência e até mesmo o quanto foi revertido em

venda.

Com isso, cada plataforma de canais digitais disponibiliza uma forma de divulgação

especifica, pois, além de serem assertivas, as mídias devem continuar fazendo sentido para o

usuário, pois todas as mídias são pensadas para as pessoas que vão consumi-las e não para os

anunciantes. Logo, quando uma empresa for escolher um canal de divulgação, deve analisar

bem o seu público e entender em quais locais digitais eles estão para que a comunicação faça

sentido e traga um retorno expressivo para a marca.

A estratégia de canais para o formato em vídeo é crucial, pois em cada uma das redes

o consumo do mesmo é diferente. Uma das estratégias que vem sendo usada para entregar

valores e ser assertivo quanto a produção de conteúdo em vídeo, como em texto ou imagem é

o marketing de conteúdo.

O marketing de conteúdo, segundo STRUTZEL (2015) nada mais é que:

Uma estratégia estruturada para elaborar e disseminar conteúdo relevante com o objetivo de atrair e reter clientes, fortalecendo a presença digital da marca. Em resumo, o Marketing de Conteúdo sustenta-se na premissa de que, ao oferecer algo de valor para o público, você está desenvolvendo um relacionamento saudável, baseado na confiança.

Blanchard (apud REZ, Saccaro e Moraes. 2014, p. 8), vai além:

Marketing de conteúdo é o oposto de anúncio. É sobre engajar clientes com conteúdo que eles realmente desejam, de uma forma que sirva aos propósitos e ideias de sua marca, ao invés de apenas tentar incluir sua logomarca no campo visual deles. É sobre atingir exatamente a audiência que você deseja, e não atirar para todos os lados. É oferecer a experiência que seu público deseja, e não tentar chamá-los com uma oferta e iludi-los com sua proposta discrepante. Em resumo, é a evolução da publicidade para algo mais efetivo, mais eficiente e menos dissimulado".

Ou seja, no marketing de conteúdo são usadas como estratégia informações e

assuntos que vão ajudar o consumidor a solucionar os problemas e dúvidas que ele procura,

através de ferramentas e canais, tanto no ambiente online como no offline. E não apenas

mostrar o produto que pode ser uma solução para ele. Por exemplo, uma empresa que vende

artigos para bebês pode, através de uma estratégia de marketing de conteúdo, fazer vídeos que

vão ajudar esses pais a entender como seus produtos funcionam e também mostrar dicas de

cuidados para o bebê, e não apenas vendê-los sem nenhuma informação que atraia e ajude

esses pais. Informar esses consumidores em todas as etapas do funil de vendas é uma

estratégia do marketing de conteúdo para que eles adquiram o produto com segurança e

10

voltem outras vezes em busca de mais informações, tenham um relacionamento com a sua

marca e consequentemente façam mais compras.

Além dos vídeos, temos outras ferramentas que podem ser usadas como parte da

estratégia de marketing de conteúdo como por exemplo, os blogs, e-mail marketing,

infográficos, e-books, webinars e mídias sociais, mas para entender quando e em qual

momento usar é preciso primeiro identificar as personas , os assuntos que elas procuram, os 8

canais onde elas estão, em qual etapa do funil você quer alcançar e também a linguagem que

será usada.

Essa estratégia é feita de médio a longo prazo, por isso entender todos esses pontos e

principalmente, o que a sua persona procura, fazem toda a diferença nos resultados. O Google

mostrou em um artigo de 2015, que os usuários de smartphones, por exemplo, estão vivendo

micromomentos. E nesses micromomentos podemos identificar qual a melhor estratégia de

marketing de conteúdo a ser utilizada. Veja o infográfico:

Figura 2: Infográfico sobre micromomentos dos usuários de smartphones

8“Persona é a representação fictícia do seu cliente ideal. Ela é baseada em dados reais sobre comportamento e características demográficas dos seus clientes, assim como uma criação de suas histórias pessoais, motivações, objetivos, desafios e preocupações”. (Resultados digitais)

11

Fonte:https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-br/articles/how-micromoments-are-c

hanging-rules.html

Como vimos, o consumidor está buscando atualmente mais informações e

entretenimento que façam sentido para o seu momento. E outra estratégia que pode ser

aplicada para destacar o seu conteúdo em vídeo em meio a tantos outros, é o conceito de

Storylelling, uma palavra em inglês, que está relacionada com uma narrativa e significa a

capacidade de contar histórias relevantes . 9

O conceito de Storytelling ainda é novo para algumas empresas, entretanto, esse é

um assunto que vem atraindo a atenção de muitas organizações, pois trata-se da arte de contar

história em conjunto com a venda de produtos e serviços, e também auxilia na aproximação

entre as empresas e seus consumidores.

Basicamente, possui como finalidade auxiliar as organizações na construção da

estratégia de relacionamento com os seus clientes. É simples, apenas precisam organizar os

fatos reais, em uma estrutura de história e trabalhar os elementos e mensagem que a compõe,

assim seguindo pela elaboração das obras narrativas. E segundo WALTRICK (2015), o

processo de storytelling pode ser resumido em sete etapas: “ouvir, aprender, descobrir,

explorar, criar, comunicar e encantar”.

O Storytelling também pode ajudar em campanhas e estratégias que envolvam

diversos tipos de mídias. Nesse caso, temos o conceito de Transmídia, que segundo Henry

Jenkins em seu livro cultura da convergência, publicado no Brasil em 2008, a narrativa

transmidiática é definida como:

Uma história transmidiática se desenrola através de múltiplos suportes midiáticos, com cada novo texto contribuindo de maneira distinta e valiosa para o todo. Na forma ideal de narrativa transmidiática, cada meio faz o que faz de melhor – a fim de que uma história possa ser introduzida num filme, ser expandida pela televisão, romances e quadrinhos; seu universo possa ser explorado em games ou experimentado como atração de um parque de diversões. Cada acesso à franquia deve ser autônomo, para que não seja necessário ver o filme para gostar do game, e vice-versa. Cada produto determinado é um ponto de acesso à franquia como um todo (JENKINS, 2008, p. 135).

Então, a narrativa transmídia é definida basicamente como uma história, mas o que a

diferencia de outras histórias é que ela é dividida em partes que são veiculadas por diferentes

meios de comunicação, qual veículo é tem maior potencial para divulgar aquela parte da

história.

9 https://en.wikipedia.org/wiki/Storytelling

12

Ainda no mesmo livro, no capitulo 3, Jenkins cita a narrativa do filme Matrix dos

irmãos Wachowski como um grande exemplo. A trilogia não está presente apenas nos filmes

mais também em outras mídias como quadrinhos, animações e games. E todos contribuem

para o entendimento do filme.

Jenkins, também afirma que o conceito de narrativa transmidiática é a narrativa

fragmentada, ou melhor, distribuída em diversas mídias, porém, não sendo interdependentes

entre si. Exemplo: se uma pessoa assistir a trilogia dos filmes Matrix ela iria conseguir

compreender sem precisar jogar os jogos, mas se a mesma jogar ira conseguir uma riqueza de

detalhes sobre o universo da trilogia.

E embora esse termo já exista há muitos anos, atualmente, ele apresenta mais

recursos para transcender essa mensagem: a era da internet, onde as mídias sociais possuem

um papel muito importante para a disseminação da informação. Segundo Henry Jenkins

(apud Intenet Inovattion 2013), “todas as principais mídias estão sendo influenciadas pela

internet como uma forma de adaptação às transformações culturais, sociais e mercadológicas

que ela trouxe aos meios de comunicação”.

Aplicar esse conhecimento às formas de comunicação atuais faz com que a empresa

construa uma relação efetiva com o seu consumidor. A busca por interatividade e informação

faz com que um produto, site ou serviço tornem-se importantes para esse consumidor, desde

que tragam o conteúdo que ele considera relevante e da forma mais apropriada.

6. Canais: redes sociais e influenciadores

Centenas de marcas já utilizam as redes sociais como o principal canal para

divulgação de seus vídeos que contam histórias para engajar, vender, trazer reconhecimento

da marca ou apenas para ser notado e dar a sua opinião sobre certo acontecimento. E entre as

principais redes sociais estão Youtube, Facebook, Instagram e o mais recente, Snapchat que

disponibilizam, cada um, diversas formas de fazer storytelling e divulgação.

Nossa pesquisa realizada com profissionais de comunicação, publicidade e

marketing, também trouxe insights sobre quais canais esses profissionais utilizam para

distribuir o conteúdo em vídeo. Facebook, Youtube e Instagram são os mais utilizados, e não

13

seria diferente, já que essas redes sociais estão entre as mais utilizadas pelos brasileiros

atualmente . 10

Figura 3: Gráfico com a ordem de preferência de cada rede social para a distribuição

de vídeos.

Fonte: Pesquisa realizada para o artigo.

A pesquisa online também indicou que 91,2% desses profissionais trabalham ou

atendem empresas nas agências de publicidade, utilizam o Youtube, principalmente para

fazer engajamento e brand awareness. E também que o Facebook Live (33,3%) e o Snapchat

(29,8%), ferramentas recentes dessas redes sociais, ainda são pouco utilizadas pelas

empresas.

6.1 Youtube

O Youtube surgiu em 2005, como uma plataforma simples para o compartilhamento

de vídeos. Naquele ano, existiam diversos sites semelhantes, mas nenhum com uma interface

10 http://www.secom.gov.br/atuacao/pesquisa/lista-de-pesquisas-quantitativas-e-qualitativas-de-contratos-atuais/pesquisa-brasileira-de-midia-pbm-2015.pdf

14

simples em que usuário não precisasse se preocupar em converter o vídeo e nem com a opção

de incorporar esses vídeos em outros sites.

No mesmo ano, um vídeo onde mostrava o jogador Ronaldinho provando uma

chuteira da Nike conseguiu ultrapassar pela primeira vez 1 milhão de visualizações. E a partir

daí, o Youtube vivenciou um dos seus primeiros vídeos virais e já mostrou todo o seu

potencial como plataforma de conteúdo e rede social.

No final de 2006, o Youtube foi adquirido pelo Google por US$ 1,65 bilhão em

ações, e então, começou uma implementação de melhorias como uma política de direitos

autorais e a inserção de anúncios.

Após 11 anos do lançamento, o Youtube é considerado o segundo site mais 11

acessado no mundo, possui mais de 1 bilhão de usuários em mais de 70 idiomas e com uma

sessão média de mais de 40 minutos através dos dispositivos móveis . Aqui no Brasil, o 12

Youtube é o site mais utilizado pelos brasileiros para assistir vídeos online, tanto de conteúdo

como publicitários. São mais de 60 milhões de visitantes únicos por mês e com uma

visibilidade de 91% de pessoas impactadas pelos anúncios dentro do site . 13

Atualmente, o Youtube disponibiliza diversas formas para que seus usuários

distribuam o seu conteúdo. Qualquer pessoa cadastrada no site tem um canal e consegue

atualizá-lo com vídeos de até 15 minutos ou mais após a verificação da conta. Além disso, as

empresas ou usuários que querem investir na divulgação do seu canal ou marca possuem

algumas opções de anúncios em vídeo que são feitos através do Google Adwords . 14

Um dos tipos de anúncio em vídeo mais utilizados é o TrueView in-stream, em que o

anunciante utiliza um vídeo de até 30 segundos para ser exibido antes do vídeo selecionado

ou em sites de parceiros da rede de Display do Google. Existem outros tipos de anúncio

TrueView que exibem o conteúdo nas buscas, na página inicial e durante a exibição dos

vídeos.

A mais recente opção de anúncio, que ainda está em testes, são os bumper ads,

vinhetas que têm cinco segundos e são exibidas para os usuários antes do vídeo começar e

não possuem a opção de pular. Segundo o Google , alguns testes indicaram que esse tipo de 15

11 http://www.alexa.com/topsites 12 https://www.youtube.com/yt/press/pt-BR/statistics.html 13 https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-br/articles/youtube-insights-criar-video-campanha.html 14 Site de gerenciamento de anúncios em todos os produtos do Google. 15 https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-br/products/bumper-ads.html

15

conteúdo conseguiu gerar “48% a mais de recordação de anúncio (versus pessoas que não

viram o vídeo) e 123% a mais de interesse na busca por termos relacionados à promoção ou

vídeo”. Além disso esse formato ajudará em campanhas de presença de marca e de

divulgação rápida de campanhas publicitárias.

Uma tendência que começou em 2015 e o Youtube já tem disponível, são os uploads

de vídeos em 360º. Esses vídeos permitem que o telespectador olhe em qualquer direção.

Para isso, o usuário pode clicar e arrastar ou com o aplicativo instalado, apenas mover o

dispositivo móvel para a direção que deseja visualizar o vídeo. Esse formato traz novas

possibilidades para quem produz como contar histórias em diversas perspectivas e

principalmente trazer mais experiência para o usuário.

E o Youtube não para trazer novas soluções, em 2015, foi lançado nos EUA o

Youtube RED e o no Brasil o Youtube Kids. O Youtube RED é uma assinatura paga do site,

sem anúncios, com conteúdo exclusivo, onde o usuário também pode, em dispositivos

móveis, baixar e ver offline e reproduzir em segundo plano. Já o Youtube Kids é um

aplicativo exclusivo para crianças entre 2 e 8 anos com foco em conteúdo educativo, onde os

pais podem ter um controle maior sobre o que elas assistem. Nesse app os anúncios estão

presentes, mas com controle rigoroso, sem opção de pular e direcionar para sites externos.

6.2. Facebook

O Facebook foi criado em 2004, pelo americano Mark Zuckerberg quando ainda era

estudante da Universidade de Harvard. O objetivo inicial de Zuckerberg com a criação da

rede social era a interação entre os alunos da faculdade, um meio de estreitar as relações.

O foco inicial do Facebook era criar uma rede de contatos em um momento crucial da vida de um jovem universitário: o momento em que este sai da escola e vai para a universidade, o que, nos Estados Unidos, quase sempre representa uma mudança de cidade e um espectro novo de relações sociais. O sistema, no entanto, era focado em escolas e colégios e, para entrar nele, era preciso ser membro de alguma das instituições reconhecidas (RECUERO apud COSTA, 2009, p.171).

Porém o Facebook caiu no gosto popular e qualquer pessoa com 13 anos ou mais

consegue se inscrever no site e criar um perfil pessoal, adicionar usuários como amigos e

trocar mensagens, incluindo notificações automáticas quando atualizarem o seu perfil. Além

disso o usuário pode participar de grupos de interesse comum, ou até mesmo criar grupos

fechados como com os colegas de faculdade ou do trabalho. Hoje a rede é caracterizada como

a maior rede social do mundo.

16

O que ajudou e muito a tornar o mundo cada vez mais conectado a toda hora e em

qualquer lugar foi a mobilidade de acessos por meio de dispositivos mobile e hoje o

Facebook tem aproximadamente cerca de 823 milhões dos seus mais de 1,59 bilhões de

usuários que utilizam a rede apenas através de aparelhos moveis. Isso representa cerca de

51,7% de todas as pessoas que possuem uma conta no serviço. (ABRÃO. 2016).

E com esse crescimento cada vez mais expressivo do uso do Facebook, o que não

poderia ficar de fora, eram as parcerias com empresas. Então, em novembro de 2007, o

Facebook anunciou o Facebook ads, uma iniciativa que inclui um sistema de sites parceiros

para permitir aos usuários compartilharem informações sobre suas atividades, produtos e

serviços. Com isso as empresas conseguiram estar cada vez mais perto de seus consumidores

ou até mesmo fazer anúncios de forma assertiva baseada no perfil dos usuários. Estes

anúncios podem estar ligados a ganhar mais fãs para a página, brand awareness, vendas ou

apenas interação com o público da fanpage.

Ou seja, o Facebook deixou de ser um espaço somente de relações sociais para se

transformar também em um espaço de negócios. A comunicação das empresas sofreu grandes

mudanças com a vinda dessas mídias sociais. A comunicação deixou de ser função de um

profissional da área de marketing para fazer parte de um meio em que todos têm o mesmo

poder, poder de informar, de criticar, opinar e divulgar.

A tecnologia da informação invadiu o espaço da atividade de relações públicas e

modificou a relação entre comunicadores e públicos. O poder de comunicar, antes restrito aos

grandes grupos de mídia e aos conglomerados corporativos, passa a estar, também nas mãos

do público (TERRA, 2011, p.4).

E com o intuito de cada vez mais as marcas chamarem a atenção dos internautas e

gerar maior interação com eles, acabam adotando diversas estratégias de divulgações

possíveis. Hoje além de postagens de fotos estáticas com longos textos, as empresas podem

divulgar seus conteúdos usando gif, que nada mais é que uma sequência de imagens estáticas

que geram uma animação, ou até mesmo vídeos curtos.

Se fizermos uma retrospectiva mental, podemos perceber que aos poucos os vídeos

foram tomando conta dos feeds de notícias e que a cada momento que passa, mais marcas e

empresas utilizam o audiovisual para engajar sua audiência. Hoje se uma marca postar um

anúncio segmentado com o intuito de que os usuários assistam ao vídeo, o algoritmo do

17

Facebook vai entregar o vídeo primeiro para as pessoas que passam mais de 10 segundos

vendo um vídeo, o que faz com que sua mensagem seja entregue.

O crescimento do uso e do alcance do formato é tão nítido que recentemente a rede

social lançou o Facebook live, uma ferramenta de comunicação que poderá ser usada por

qualquer página certificada. Dessa forma, as personalidades e marcas conseguem fazer vídeos

em tempo real enquanto participam de um evento, por exemplo, e com essa transmissão ao

vivo é possível que as pessoas que estão assistindo consigam interagir curtindo, comentando

e até compartilhando o link com a sua rede de amigos. O Facebook live é uma forma imersiva

de se conectar, em tempo real, com o seu público e além de poder assistir ao conteúdo ao

vivo, depois o conteúdo continua gravado permanentemente no Facebook para quem quiser

assistir novamente.

Um estudo elaborado pelo Facebook, em 2015, identificou que os usuários da rede 16

social, em todo o mundo, estão postando 75% mais vídeos em comparação com o ano

anterior. E também foi constatado que vídeos foram, no geral, visualizados 3.6 vezes mais no

feed de notícias e que 50% dos usuários assíduos do Facebook assistem ao menos um vídeo

por dia.

6.3 Twitter

O Twitter foi fundado em março de 2006, por Jack Dorsey, Evan Williams e Biz

Stone. A ideia surgiu de Dorsey durante uma reunião de discussão de ideias (brainstorming)

em que ele falava sobre um serviço de troca de status, como um SMS.

O Twitter tinha como conceito exatamente o envio de mensagens curtas através do

celular, em que você receberia um twich (vibração, em tradução livre) no seu bolso quando

um update era enviado. Em sua página oficial, o Twitter se diz com a missão de “capacitar

todos os usuários a criar e compartilhar ideias e informações instantaneamente, sem qualquer

barreira”.

Hoje com mais de 310 Milhões de usuários, o Twitter tem o poder informativo em 17

tempo real, pois o que acontece no mundo é rapidamente comentado e twittando na

plataforma. Afinal, o Twitter é considerado o maior sofá do mundo quando associado com a

16 https://insights.fb.com/2015/01/07/new-universal-language/ 17 https://about.twitter.com/pt/company

18

TV. Em estudo feito pela empresa em 20015, de 3 pessoas pelo menos 2 acessam o Twitter 18

enquanto assistem televisão.

O engajamento em vídeo também vem aumentando na plataforma, no mesmo

levantamento eles identificaram que nos últimos 12 meses o número de views em vídeos na

plataforma aumentou 220 vezes e 90% dos brasileiros assistem a vídeos e 54% acham a rede

um ótimo local para descobrir vídeos.

Ainda neste mesmo estudo, concluíram que os retweets (forma como é chamado o

compartilhamento na rede) é 6 vezes maior para vídeos do que em publicações em fotos.

Com isso, a plataforma disponibiliza, além dos meios tradicionais como vídeos curtos e gifs,

o Periscope, uma ferramenta que faz vídeos ao vivo. Além disso, a interação entre os usuários

do Twitter e a TV vem ficando cada vez mais forte com a possibilidade de acompanhar e

participar de votações ao vivo dos programas de televisão por meio de Hashtags.

6.4. Instagram

O Instagram é uma comunidade de mais de 500 milhões de pessoas que capturam e 19

compartilham momentos do mundo no serviço de Kevin Sytrom e Mike Krieger

co-fundadores e CEO do Instagram. Ela tornou-se uma das redes sociais preferidas de todo o

mundo, pois inspiram uma narrativa visual para todos, desde celebridades, redações e marcas,

adolescentes, ou melhor dizendo para qualquer pessoa que partilha com uma paixão criativa.

Caiu no gostou popular por ser uma rede social online de compartilhamento de fotos

e vídeos curtos. A plataforma também permite que qualquer foto seja uma verdadeira

inspiração, pois permite que os usuários apliquem filtros digitais e consigam compartilhar em

uma variedade de serviços sociais como Facebook, twitter, tumblr e Fickr.

O crescimento de consumo de vídeo acontece também com o Instagram. Segundo a

empresa, o tempo em que as pessoas passam assistindo vídeo na rede cresceu 40% nos

últimos seis meses, com isso, foi liberado vídeos mais longos com tempo máximo de 60

segundos, antes era apenas 15.

Como o aplicativo foi adquirido pelo Facebook em 2012, as formas que as empresas

encontram de anunciar seus produtos ou serviços para seu público no Instagram é a mesma

utilizada no Facebook, ou seja, as empresas conseguem se conectar com seu público,

18 https://www.clearslide.com/view/mail?iID=qzPGKz3Sk3LJXhQc8kdT 19 https://www.instagram.com/about/us/

19

promovendo links, fotos e vídeos com base nos interesses dos usuários por meio do

Instagram ads.

No início de agosto de 2016, o Instagram lançou um novo recurso para concorrer

com o Snapchat, o Instagram Stories. Nessa atualização, o usuário pode compartilhar vídeos

curtos e imagens que ficam disponíveis por até 24 horas, assim como o Snapchat que

veremos a seguir.

6.5. Snapchat

Com toda essa evolução do vídeo online, cada vez mais surgem novos formatos e

novas redes sociais e uma das mais atuais é sem dúvida o Snapchat. Um aplicativo de

mensagens onde os usuários podem tirar fotos e gravar vídeos, adicionar textos, desenhos e

emoticons à imagem e escolher o tempo que ela ficará no visor, esse tempo pode variar de 1 a

10 segundos.

Quando o usuário manda uma foto, texto ou vídeo a um amigo, assim que ele abrir a

imagem aparece um contador e depois não é possível mais ver a imagem e nem recuperar já

que o Snap, assim mais usualmente chamado, apaga a imagem tirada tanto do dispositivo

como dos servidores. Também é possível adicionar filtro nas fotos e nos vídeos, salvá-los e

postar na sua linha do tempo. Um fato curioso do Snap é que as imagens e vídeos postados

ficam apenas 24 horas no ar.

O Snapchat pode parecer um pouco simples e banal, ou melhor, uma rede social

passageira, porém já se tornou uma empresa que vale cerca de 10 bilhões de dólares . 20

Um dos recursos que faz com que o Snap seja muito utilizado entre os jovens é pela

sua funcionalidade ao vivo, onde a função é construída pelos usuários que estão participando

de um evento, por exemplo, e conseguem juntar histórias e fatos de diversas partes do mundo

em um só lugar. Outro recurso é a função Discover, uma forma de interagir com marcas e

acontecimentos. Esse recurso apresenta ao usuário notícias, artigos e vídeos de vários canais

diferentes.

O principal público que utiliza a rede é considerado como uma geração que prefere

acesso a informação através de dispositivos moveis, priorizando também formas rápidas e

práticas de interagir. “Esse público costuma assistir a eventos globais por meio do

20 http://marketingdeconteudo.com/snapchat-para-marcas

20

compartilhamento dos usuários através da função “ao vivo”, ao invés de televisão, por

exemplo” . 21

Hoje cerca de 100 milhões de pessoas usam o Snap todos os dias para compartilhar

momento com a família, assistir a historias, ver eventos de todo o mundo ou explorar

conteúdos de diversos canais. Os Snapchatters, assim como é chamado as pessoas que

utilizam a rede, assistem a cerca de 400 milhões de snaps enviados por dia.

(OLIVEIRA.2015)

Aqui no Brasil, o uso do Snapchat pelas empresas ainda é tímido se comparado com

perfis de famosos e influenciadores, mas recentemente o diretor de parcerias, Kevin

Frankefeld, esteve no Brasil para apresentar para os profissionais de digital, mídia e criação

alguns cases de empresas norte-americanas, dados de retorno com o uso da plataforma e

como utilizá-la para a divulgação das marcas. Alguns profissionais da área e notícias indicam

o Snapchat como a plataforma do social que ditará o consumo de vídeo 22

6.6 Influenciadores e Youtubers

Após entendermos o papel de cada rede social e suas funcionalidades, é importante

contextualizarmos um novo fenômeno que observamos atualmente: os influenciadores

digitais que são tidos como os populares da Internet, por terem uma extensa lista de

seguidores, as marcas acabam usando desta influência entre sua rede para interagir com o seu

target, seja para alavancar produtos, serviços ou até mesmo eventos tanto na internet quando

no mundo real.

De acordo com Debra Aho Willianson (2016) analista principal da eMarketer:

O influencer marketing é uma das grandes tendências de content marketing para 2016. As marcas estão se apegando aos influenciadores para tentar combater o bloqueio às peças publicitárias, para dar um novo brilho criativo para suas ações de comunicação (especialmente em vídeo) e conquistar a aprovação do público jovem – que deposita mais confiança em celebridades e estrelas das mídias sociais do que outras faixas etárias.

E ações com influenciadores vem crescendo cada vez mais. Segundo um estudo da

empresa BR Media Group divulgado pelo PORTAL DA PROPAGANDA (2016), o ano de

2016 irá consolidar a geração de conteúdo de marca nas redes sociais de influenciadores. O

CEO da empresa, Celso Forster, "avalia uma estimativa de que a verba destinada pelo

21 https://www.google.com/url?q=http://marketingdeconteudo.com/snapchat-para-marcas/&sa=D&ust=1470675688659000&usg=AFQjCNESkxfSqWkTh0EnVHYmLHieCX8POg 22 https://youpix.com.br/vidcon-2016-o-que-rolou-day1-820dde14a465#.6vks2vl1s

21

mercado para ativações por meio de perfis de influenciadores cresça pelo menos 30% nos

próximos doze meses".

Além do forte aumento de demanda, a previsão da BR Media é justificada pela

crescente importância do conteúdo na estratégia de marketing das marcas. Ainda segundo o

portal da propaganda, uma pesquisa da IBM com os Chief Marketing Officers (CMOs) dos

Estados Unidos, o conteúdo deve ficar com a maior fatia (13,3%) do orçamento das marcas

em 2016, superando inclusive a propaganda tradicional.

E uma das redes que ganhou força na parte de influenciadores, pela facilidade de

criação de conteúdos em vídeo foi o Youtube e na rede eles são chamados de Youtubers, são

famosos por criarem vídeos para a plataforma, e muitos destes vídeos abordam assuntos

como fatos do dia a dia, desilusões amorosas, superação, faça você mesmo, entre outros.

Muitas vezes existe também um teor humorístico, ou seja, um cardápio de conteúdo repleto

de entretenimento para atrair quem busca por informação necessária sobre diversos assuntos

característicos do nosso dia. A relação e identificação com o conteúdo se torna algo

espontâneo e por isso eles acabam tendo milhões de seguidores e visualizações em seus

vídeos.

O marketing por influenciador identifica e ativa indivíduos que podem influenciar a

preferência de marca, decisão de compra e até lealdade a marca. Hoje nas plataformas

sociais, o termo descreve o processo pelo qual empresas recompensam celebridades para criar

conteúdo em prol da marca.

E o impacto pode ser gigantesco, dependendo do influenciador, e os modelos de

contratação podem variar bastante, uns podem ter um custo bem alto para as empresas, porém

alguns influenciadores aceitam como forma de pagamento o modelo de permuta, que nada

mais é que pagamentos em forma de produtos ou serviços do anunciante.

Uma das formas mais utilizadas pelos influenciadores para mostrar a marca/serviço

ou produto de algum anunciante é o formato de vídeo, pois ele consegue um alto impacto e

passa a mensagem de forma simples, clara e objetiva. Como por exemplo a utilização do

Snapchat, pois hoje, o que mais vemos são influenciadores mostrando a utilidade de algum

produto, por meio de diversos vídeos sequenciais na rede.

22

7. Estudo de caso

Em sites de notícias publicitárias e de redes sociais como Facebook e Instagram é

possível encontrar diversos cases de empresas brasileiras de campanhas online com a

utilização do vídeo como principal conteúdo de divulgação. A Seda, marca de produtos para

o cabelo da Unilever, fez no final de 2014, uma campanha exclusiva para redes sociais para

aumentar o reconhecimento da marca, através de vídeos tutoriais, utilizando os cremes para

pentear.

Nessa campanha foram produzidos 36 vídeos com tutoriais de penteados para seis

tipos de cabelos identificados pela marca. A Seda trouxe aos vídeos mulheres e histórias reais

com o objetivo de gerar credibilidade ao conteúdo e aproximar a marca dos consumidores.

Os vídeos foram distribuídos em forma de anúncios no Facebook e trouxeram

resultados significativos para a marca como 16% no aumento em favorabilidade de marca,

9% de aumento na intenção de compra, 3 vezes mais lembrança de anúncio online em

comparação com outras mídias e 69% de aumento de associação de mensagem . 23

Segundo a diretora de marketing da Unilever Hair Brasil, Marina Fernie, “as

ferramentas de segmentação do Facebook, permitiram esses vídeos chegassem nas pessoas

certas, no contexto certo de uma forma relevante, contextualizada e menos invasiva”. Com

isso eles conseguiram esses resultados e fizeram crescer o interesse por cremes para pentear e

trouxeram a essência de Seda para suas consumidoras: “uma marca leve, pop, divertida e

ligada nas últimas tendências de cabelo”.

Figura 4: Modelo de anúncio em vídeo da campanha de Seda no Facebook

23 https://www.facebook.com/business/success/seda

23

Fonte: https://www.facebook.com/business/success/seda

8. Considerações finais

O consumo e a utilização dos vídeos como forma de comunicação e publicidade

entre os consumidores e as empresas estão em crescimento, e como vimos, deve-se ao

surgimento de novas tecnologias e conexões com a internet, como smartphones e conexões

mais avançadas como 3G e 4G. O consumidor busca por informações que ajudam ou

solucionem os seus problemas diários, através do acesso pela internet na “palma da mão” e os

vídeos são aliados nesse processo, pois trazem a informação visual que consegue prender

mais a atenção do consumidor.

As redes sociais também são fortes aliadas no processo de distribuição do conteúdo

em vídeo, pois ficou mais fácil alcançar um público específico e que as empresas buscam

para as suas marcas, mas principalmente para ter um relacionamento e mais assertivo com os

seus consumidores.

As empresas brasileiras precisam pensar em estratégias para trazer valor para as suas

personas e também para alcançar os objetivos de marketing através dos vídeos. O marketing

de conteúdo, o storytelling e transmídia são ferramentas que ainda são utilizadas timidamente

pelas empresas brasileiras, mas que precisam ser adotadas para entregar um conteúdo em

vídeo de valor.

Portanto, comprovamos com a realização desse artigo que o conteúdo em vídeo está

realmente em ascensão no Brasil e no mundo e que algumas empresas brasileiras já estão

investindo nessa mídia no ambiente online. E que qualquer que seja o canal escolhido, o

vídeo, atualmente, merece estar em uma estratégia de marketing digital, principalmente para

24

aumento de brand awareness e engajamento com o público. Porque, afinal, interagir com o

usuário e fazer com que ele se interesse por uma marca e produto, ficou cada vez mais

concorrido. E o conteúdo em vídeo consegue trazer isso.

REFERÊNCIAS

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